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Guias e Dicas
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HOLANDA, Sérgio Buarque de - O homem cordial, Manuais, Projetos, Pesquisas de Direito de Família

fichamento de O homem cordial, o famoso capítulo 5 do livro Raízes do Brasil do Sérgio Buarque de Holanda

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2013
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Baixe HOLANDA, Sérgio Buarque de - O homem cordial e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Direito de Família, somente na Docsity! HOLANDA, Sérgio Buarque de. (1936) Capítulo 5 – O homem cordial. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 139 a 151. 1. Antigo x Moderno: rompimento; 2. Pedagogia da sociedade moderna; 2.1. Histórico brasileiro. A família patriarcal; 3. Funcionário “patrimonial” x burocrata. A família dentro do Estado; 4. O homem cordial brasileiro; 4.1. A aversão do homem cordial ao ritualismo social. O horror às distâncias; 4.1.1. O horror às distâncias – característico do homem cordial – na religiosidade. 1. Antigo x Moderno: rompimento O autor defende que o Estado não nasce como decorrência temporal da família, antes, nasce como contraposição às relações familiares. É o triunfo do geral sobre o particular. As relações familiares são superadas. Exatamente o processo pelo qual o geral (Estado) supera o particular (família) diz muito sobre a estrutura de uma sociedade. {Ao determinarmos o objeto de estudo numa sociedade, analisar essa superação da família pelo Estado é um método/roteiro que trará informações relevantes sobre a sociedade que se estuda.} Exemplo/Aplicação: corporações de jornaleiros x indústria moderna. As corporações de jornaleiros (é o espantalho criado para simbolizar o antigo) funcionavam como uma família. Existia uma hierarquia natural, contudo, todos partilhavam das mesmas privações e confortos. Aprendizes e mestres trabalhavam na mesma sala e usavam os mesmos instrumentos. A relação entre empregado e empregador era pessoal e direta, não havia autoridades intermediárias. Na indústria moderna, separa-se o dono do capital do trabalhador. Há grande diferenciação das funções. Há uma grande hierarquia separando o industrial do trabalhador “chão de fábrica”. Suprimindo-se a atmosfera de intimidade, existente antigamente, os dirigentes se sentem irresponsáveis pelas condições de vida dos trabalhadores. 2. Pedagogia da sociedade moderna A sociedade moderna, ao superar sua fundamentação na família, exige que as crianças sejam criadas não mais para reproduzirem, quando adultas, uma postura doméstica, e sim individualidades. Ou seja, ao passarmos de um modelo de sociedade familiar para um modelo moderno de sociedade, desvinculado das amarras familiares, isso vai se refletir no papel que os pais devem assumir nessa nova sociedade: agora, os pais não devem mais impor o medo aos filhos, tornando-os incapazes de decisões não supervisionadas pelos pais, mas antes, incentivarem as individualidades que a sociedade moderna cobrará dos filhos quando adultos, tais quais a concorrência e a iniciativa pessoal. 2.1. Histórico brasileiro. A família patriarcal. No Brasil, a sociedade antiga/familiar era patriarcal, rural e muito opressora. De alguma maneira os cursos jurídicos de São Paulo e Recife, em 1827, contribuíram para o rompimento da sociedade calcada no vínculo familiar, posto exigir dos jovens extraídos das famílias patriarcais um “senso de responsabilidade” que lhes era até então vedado. O desenvolvimento da urbanização, portanto, escancara a contradição das duas formas de sociedade: a tradicional baseada na família e a vindoura que exige uma nova postura, mais independente das pessoas. 3. Funcionário patrimonial vs. Burocrata. A família dentro do Estado. O autor parte da classificação de Max Weber entre o “funcionário patrimonial” e o puro burocrata. “Para o funcionário ‘patrimonial’, a própria gestão política apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático em que prevalecem a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas aos cidadãos. A escolha dos homens que irão exercer funções públicas faz-se de acordo com a confiança pessoal que mereçam os candidatos, e muito menos de acordo com as suas capacidades próprias.” No Brasil, o modelo do funcionário patrimonial é o que predominou. Como visto, tal modelo baseia-se na confiança pessoal, portanto, é restrito a círculos fechados e poucos acessíveis, dentre eles, a família é o mais importante. {então, a modernização da sociedade exige uma ruptura da legitimação na família. Contudo, pelo que eu entendi, essa ruptura é manca no Brasil porque a superação do modelo tradicional familiar se dá com a construção do Estado que, no caso brasileiro, foi preenchido observando o vínculo familiar.} 4. O homem cordial brasileiro. O autor nos apresenta o conceito {talvez, um tipo-ideal} do homem cordial brasileiro. Os estrangeiros costumam falar da cordialidade brasileira em relação à bondade, hospitalidade, contudo, não é isso que o autor quer dizer ao classificar o brasileiro como cordial. O centro dessa ideia é que o brasileiro age cordialmente, ou seja, com o coração. A cordialidade se contrapõe a civilidade. Cordial porque ainda está vinculado à sociedade-família, e não à sociedade-civilização. Sociedade-família essa que, como vimos, é patriarcal e rural. A cordialidade está embasada por um fundo emotivo, enquanto a civilidade tem algo de coercitivo. O exemplo que ilustra a civilidade é a sociedade japonesa. Lá impera a polidez e o ritualismo. Tanto assim que o respeito entre as pessoas se dá de forma parecida com a veneração à divindade ou a reverência religiosa. Em contraposição à civilidade (japonesa), há a cordialidade brasileira. Aqui há a aversão ao ritualismo. Na essência somos contrários à polidez, contudo, pode-se
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