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Enfermagem em centro cirurgico - enfermagem cc02, Notas de estudo de Enfermagem

Tudo sobre a ação em centro cirurgico

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 17/11/2008

sergio-murillo-goes-2
sergio-murillo-goes-2 🇧🇷

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Baixe Enfermagem em centro cirurgico - enfermagem cc02 e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! O Portal Educação e Portal Edinação Sites Associados urso de m Centro-Cirúrgico ÓDULO II tá disponível apenas como parâmetro de estudos para ada, é proibida qualquer forma de comercialização do contido são dados a seus respectivos autores descritos Portal Educação MÓDULO II e Tratamento Cirúrgico É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e externas executado através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de instrumentos. A cirurgia abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. À partir deste conceito, podemos dizer que enfermagem cirúrgica é aquela que trata dos cuidados globais de enfermagem prestados aos pacientes nos períodos pré- operatório, trans-operatório e pós-operatório. Esses cuidados objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e reabilitá-lo para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível. Histórico da cirurgia escavações demonstram instrumentais sugestivos de procedimentos cirúrgicos pelos povos primitivos, com técnicas que abrangiam tratamento de feridas, correção de fraturas, trepanação, circuncisão, etc. e Noséculo Vie Va.C.: Grécia com a Medicina dos Templos. Hipócrates deu o cunho científico à medicina , onde desenvolveu técnicas cirúrgicas, vindo do grego: cirurgião (cheir = mão, ergon = trabalho). e História da anestesia: nasce o grande fortalecedor da cirurgia, com os egípcios sendo os representantes de maior destaque. Uso inicial pela odontologia. Figura: Primeira cirurgia com narcose realizada em 1846 Fonte: Quadro pintado pelo pintor Robert C. Hinckley 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Por exemplo: colecistectomia com colangiografia. - Cirurgia contaminada: Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por exemplo: hemicolectomia. - Cirurgia infectada: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta. Tem-se ainda a classificação de cirurgias conforma a tabela utilizada pelo sistema de cobrança dos hospitais segundo a Associação Médica Brasileira (AMB) que caracteriza de acordo com o procedimento anestésico. Varia do porte O a 8, sendo o porte zero, um procedimento com anestesia local e por ordem crescente, cresce a complexidade anestésica e consequentemente a cirúrgica. 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação As cirurgias também podem ser classificadas de acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB), que diz: Para a AMB as cirurgias são classificadas de porte O a 8, sendo o porte zero um procedimento com anestesia local e à medida que se utiliza a classificação em ordem crescente, existe também crescimento da complexidade cirúrgica. Portanto, trata-se de uma classificação com finalidade de cobrança do convênio e Serviço Único de Saúde (SUS), principalmente dos honorários médicos (anestesista e cirurgião), da instrumentação cirúrgica e da sala de operação. Tempos Cirúrgicos De modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou tempos básicos e fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese. « Diérese: É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. A diérese mecânica possui alguns tipos, dentre eles: - Punção: realizada através da introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos, sem, contudo, seccioná-los, com várias finalidades como drenagem de coleção líquida das cavidades ou do interior dos órgãos, colheita de fragmentos de tecidos e de líquidos para exame diagnóstico, injeção de contraste e medicamentos. - Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material cortante, como tesouras, serras, lâminas ou bisturi elétrico. - Divulsão: realizada através do afastamento dos tecidos nos planos anatômicos com tesouras de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores. - Curetagem: consiste na raspagem de superfície de um órgão com auxílio de cureta. - Dilatação: realizada com a finalidade de aumentar a luz de um órgão tubular. Já a diérese física pode ser classificada em: - Térmica: realizada com o uso de calor, cuja fonte é a energia elétrica, por intermédio do bisturi elétrico. 29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação - Crioterapia: consiste no resfriamento intenso e repentino da área em que vai ser realizada a intervenção cirúrgica. Normalmente é utilizado o nitrogênio liquefeito por ser uma substância criogênica potente. - Raio laser: o aparelho de raio laser consiste em um bisturi que emprega um feixe de radiação infravermelha de alta intensidade. Os sistemas laser podem ser obtidos com materiais em estado sólido, líquido e gasoso. Existem vários sistemas laser, mas o mais utilizado na cirurgia é o laser de dióxido de carbono (CO»). « Hemostasia: É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser feito simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão. Na realidade a hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realizam, no pré-operatório imediato, os exames de tempo de coagulação e dosagem de pró-trombina. Pode ser classificada em: - Preventiva: hemostasia que pode ser medicamentosa e cirúrgica. A hemostasia medicamentosa é baseada nos exames laboratoriais pré-operatórios, enquanto a cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o ato operatório, temporária ou definitiva. - Urgência: hemostasia realizada quase sempre em condições não favoráveis e com material muitas vezes improvisado, como, por exemplo, compressão digital, garrotes e torniquetes. - Curativa: consiste na hemostasia realizada durante a intervenção cirúrgica e pode ser medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por vasoconstrição), mecânica (compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou biológica (absorventes). « Exérese: Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo, paliativo, estético/corretivo, diagnóstico. 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Instrumental e material para a sintese: É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas e principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele. Fios cirúrgicos: Algumas características devem ser consideradas para a escolha do fio cirúrgico: - Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais. - Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual. - Tipo de tecido a ser suturado. Características físicas de manuseio e reação tecidual dos fios cirúrgicos: - Configuração física: Refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode ser monofilmentar, quando é constituído de um único filamento, ou multifilamentar que contém várias fibras trançadas ou intercaladas compondo um único fio. - Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e absorver líquidos ao longo do fio cirúrgico. Os fios multiflamentares possuem maior superfície e maior capilaridade, portanto podem apresentar maior aderência microbiana em relação aos monofilamentares. - Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com zeros. Quanto menor o diâmetro, maior o número de zeros. A numeração varia de sete (mais grossos com diâmetros mínimo de 0,90 mm e máximo de 0,999 mm) até dez zeros (mais fino com diâmetro mínimo de 0,020 e máximo de 0,029mm). - Força de tensão: é a quantidade de peso necessária para a ruptura do fio cirúrgico. A força de tensão varia de acordo com o tipo de material de constituição do fio cirúrgico. - Força do nó: é a força necessária para fazer com que um certo tipo de nó desliza parcial ou completamente. Os fios multifilamentares apresentam coeficiente de atrito mais elevado do que os fios monofilamentares, permitindo assim uma fixação mais segura do nó, enquanto os fios monofilamentares possuem um bom deslize do 33 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação nó, mas a fixação é menos segura, necessitando reforçar o nó simples com nós duplos. - Elasticidade: é a capacidade inerente do fio cirúrgico de recuperar a forma e o comprimento originais depois de um estiramento. A elasticidade contribui para diminuir a possibilidade de romper as bordas as incisão cirúrgica ou favorecer uma estenose em sutura vascular. - Memória: é a capacidade de um fio cirúrgico de retornar à sua forma original após ser deformado, geralmente após um nó. Quando um fio apresenta alta memória, consequentemente oferece menor segurança do nó. - Manuseio: relacionado com a rigidez, ou seja, quão facilmente ele pode ser dobrado quanto com o coeficiente de fricção, ou seja, quão facilmente o fio cirúrgico se desliza através do tecido e dá o nó. Um fio cirúrgico com alto coeficiente de fricção tende a deslizar com dificuldade através do tecido. Ele é mais difícil de dar nó porque este não se mantém. Certos fios são revestidos para reduzir o coeficiente de fricção, entretanto o coeficiente não deve ser muito baixo, pois ao contrário, os nós podem se desfazer facilmente. - Reação tecidual: como se trata de substâncias estranhas, todos os fios cirúrgicos causam certa reação tecidual. A reação começa quando o fio agride o tecido durante a introdução e pode persistir de acordo com a composição dele. A reação tecidual tem início com a infiltração de leucócitos na área de agressão. Posteriormente, aparecem os macrófagos e os fibroblastos e finalmente por volta do sétimo dia encontra-se presente um tecido fibroso com inflamação crônica. A reação persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, e isso ocorre quando ele é constituído de material não-absorvível, ou seja, absorvido pelo corpo. * Classificação dos fios cirúrgicos Fios cirúrgicos absorvíveis: São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem sintética são hidrolisados 34 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação quando da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e biológicos. Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos: São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples ou cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de 8 dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em estruturas do aparelho gastrointestinal ou no útero. O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para que sejam preservadas suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das grandes variações de temperatura, por isso são embalados em envelope primário aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio em água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força de tensão. Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos: Ácido poliglicólico — fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala como substituto dos fios de absorção lenta e dos inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas. Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes: Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares, maleáveis e mantém a resistência de tensão por um período mais 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas. Grampos de pele Método frequentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura. Fitas adesivas de pele As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida. Instrumento especial Indicado para determinado tipo de cirurgia a ser realizada, por exemplo, a pinça de Abadie é empregada na cirurgia gastrointestinal especialmente para anastomose gastroentérica; o descolador de amídalas, na amidalectomia; a pinça Satinsky, na cirurgia vascular, pinças Duval e Allis na histerectomia. Instrumental de campo É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do campo operatório. O instrumental cirúrgico se apresenta em tamanhos variados e muito deles tomam as formas retas ou curva. Essa grande variedade de tamanhos e formas visa proporcionar ao cirurgião uma infinidade de recursos para as mais variadas situações cirúrgicas. Instrumental laparoscópio - Irrigador/ aspirador 38 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos orgânicos ou não. Importante para a aspiração de sangue e para a lavagem da cavidade com soro fisiológico. - Pinças, tesouras, ganchos, afastadores Instrumentos de 5 e de 10 mm de diâmetro que não introduzidos na cavidade abdominal ou torácica através dos trocantes para realização dos procedimentos cirúrgicos. - Trocartes Compostos de cânulas de 5, 10, 12, 23 e de 33 mm no interior das quais um mandril (tipo de lança pontiaguda) é introduzido. O conjunto perfura a parede abdominal ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a cânula fica postada para a introdução dos instrumentos. Normalmente nos trocantes maiores se utiliza um redutor de diâmetro permitindo a introdução de instrumental de menor diâmetro sem a perda de CO>. Terminologias Entende-se por nomenclatura cirúrgica “o conjunto de termos de uma arte ou de uma ciência: terminologia”. Assim sendo, a nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para indicar o procedimento cirúrgico a ser realizado. Os termos, do ponto de vista etimológico, são compostos de: e Raiz: é a parte básica da estrutura do termo; e Afixos: constituídos de prefixos e sufixos, partes que podem ser acrescidas antes e após a raiz. Na nomenclatura cirúrgica, então, a raiz significa o segmento anatômico e os afixos a intervenção cirúrgica a ser realizada. Os principais objetivos da nomenclatura cirúrgica são: - Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do procedimento cirúrgico realizado. - Preparar o instrumental cirúrgico, artigos, equipamentos e acessórios apropriados para cada tipo de cirurgia. 39 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Classificação Os termos são formados por um prefixo que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico realizado. Prefixo Relativo a A Sem, negativa Adeno Glândula Artri(o) Artéria Artr(o) Articulação Bi Dois Blefaro Pálpebra Cardi(o) Coração Cefal(o) Cabeça Célio Abdome Cerat(o) Tecido corneano Circun Ao redor Cist(o) Bexiga Cleido Clavícula Colecist(o) Vesícula biliar Colo Cólon Cólon Intestino grosso Colpo Vagina Condr(o) Cartilagem Costo Costela Derm(a) Pele Dia Através,separado Ecto Fora Enter(o) Intestino delgado Episio Vulva Espen(o) Baço Face Membrana do cristalino Faring(o) Faringe Fleb(o) Veia Gastro Estômago Glico Glicose, açúcar Gloss(o) Língua Hem(o) Sangue Hepat(o) Fígado, Hister(o) Utero Lapar(o) Abdome 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Cirurgia Remoção de Apendicectomia Apêndice Cistectomia Bexiga Colecistectomia Vesícula biliar Colectomia Cólon Craniectomia Calota óssea Embolectomia Embolo Esofagectomia Esôfago Esplenectomia Baço Fistulectomia Fístula Gastrectomia Parcial ou total do estômago Hemorroidectomia Hemorróidas Hepatectomia Parcial do fígado Histerectomia Utero Lobectomia Lobo de um órgão Mastectomia Mama Ooforectomia Ovário Miomectomia Mioma Pancreatectomia Pâncreas Pneumectomia Pulmão Prostatectomia Próstata Retosigmoidectomia | Reto-sigmóide Salpingectomia Trompa Simpatectomia Segmentos selecionados do sistema nervoso simpático produzindo vasodilatação. Tiroidectomia Tiróide Quadro 3. Procedimentos cirúrgico de remoção com sufixo ectomia Cirurgia Para fixação Cistopexia Bexiga Histeropexia Utero à parede abdominal Nefropexia Rim à parede abdominal Retinopexia Retina Orquiopexia Testículo em sua bolsa Quadro 4. Principais procedimentos cirúrgicos para fixação com sufixo pexia 43 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Cirurgia Alterar forma e/ou função Artroplastia Articulação para restaurar movimento e função Blefaroplastia Pálpebras Mamoplastia Mamas, Piloroplastia Piloro Queiloplastia Lábio Rinoplastia Nariz Ritioplastia Rugas da face Salpingoplastia Trompa para sua recanalização Toracoplastia Parede torácica plastia Quadro 5. Principais procedimentos cirúrgicos para alterar a forma e/ou a função de um órgão com su fixo Procedimento Sutura de (a) (o) Blefarorrafia Pálpebra Colporrafia Vagina Gastrorrafia Estômago Herniorrafia Hérnia Osteorrafia Sutura ou colocação de fio metálico no osso Palatorrafia Fenda palatina Perineorrafia Períneo Tenorrafia Tendão Quadro 6. Principais procedimentos cirúrgicos de sutura com sufixo rafia Procedimento Visualização Artroscopia Articulação Broncoscopia Brônguios Cistoscopia Bexiga Colonocospia Cólons Colposcopia Vagina Duoenoscopia Duodeno Endoscopia Orgãos internos Esofagoscopia Esôfago Gastroscopia Estômago Laringoscopia Laringe Laparoscopia Cavidade abdominal Sigmoideoscopia Sigmóide Ureteroscopia Ureter Uretroscopia Uretra Ventriculoscopia Ventrículo cerebral Quadro 7. Principais procedimentos cirúrgicos para visualização com sufixo scopia 44 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Aparelho Finalidade Artroscópio Artroscopia Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia Colposcópio Colposcopia Colonoscópio Colonoscopia Endoscópio digestivo | Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia Laringoscópio Laringoscopia Quadro 8. Principais aparelhos para visualização direta Cirurgia Para abertura Artrotomia Articulação Broncotomia Brônquio Cardiotomia Cárdia Cistostomia Bexiga pra drenagem da urina por sonda Colecistostomia Colocação de dreno na vesícula biliar Coledocolitotomia Do colédoco para retirada de cálculo Coledocotomia, Exploração do colédoco Duodenotomia Duodeno Enterostomia Do cólon através da parede abdominal Flebotomia Dissecção de veia Gastrostomia Colocação de uma sonda do estômago através da parede abdominal Hepatotomia Do fígado Ileostomia E colocação de uma sonda ou dreno no íleo Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno para alimentação Laparotomia Da cavidade abdominal Nefrostomia E colocação de sonda no rim Tenotomia Do tendão Toracotomia Da parede torácica Toracostomia Da parede de tórax para drenagem Traqueostomia Da traquéia para facilitar a passagem de ar Ureterolitotomia Do ureter para retirada de cálculo Quadro 9. Principais procedimentos cirúrgicos para abertura com sufixo tomia ou stomia 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q> Portal Educação e Narcose: O que se conhece por sono artificial. Provoca perda de consciência e insensibilidade. O individuo não consegue ser despertado por estímulos sensitivos. É o estado que se deseja obter durante o processo de anestesia cirúrgica. e Anestesia basal: Nível de anestesia mais superficial conseguido, em geral, pela administração de medicação pré-anestésica. O paciente fica inconsciente, mas não suficientemente deprimido para que se possa realizar um procedimento cirúrgico. e Sedação: Estado em que o paciente se encontra acordado, apresentando um grau moderado de depressão do SNC, calmo e sem nervosismo. e Notria: Estado de torpor ou estupor, sendo o termo utilizado para definir inatividade mental e motora do sistema nervoso. O tipo de anestesia em que há bloqueio sensitivo, motor, dos reflexos e do estado mental ou vigília é denominado anestesia equilibrada ou notria. Os objetivos do ato anestésico são: - Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia com manutenção ou não da consciência; - Relaxamento muscular; - Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica. 48 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Para escolha do tipo de anestesia levam-se em consideração alguns fatores como: - Condições fisiológicas do pacientes; - Presença de severidade de doenças coexistentes; - Recuperação pós-operatória de vários tipos de anestesia; - Opções de manuseio da dor no pós-operatório; - Tipo e duração do procedimento cirúrgico; - Posição do paciente durante a cirurgia; - Exigências particulares do cirurgião. Durante a anestesia devem ser continuamente avaliadas as condições de oxigenação, ventilação, circulação e temperatura do paciente. Esta monitorização depende das condições fisiológicas e estabilidade do paciente; do procedimento cirúrgico; da extensão de perda sangúínea e das necessidades de monitoração prevista diante do uso de anestesia geral ou local. Fatores físicos e fisiológicos dos anestésicos Os anestésicos gerais produzem anestesia porque eles passam para o cérebro por uma alta pressão parcial. Quantidades relativamente grandes de anestésico devem ser administradas durante a indução e nas fases iniciais de manutenção, pois o anestésico recircula e é depositado nos tecidos corporais. À medida que estes tecidos se tornam saturados, pequenas quantidades de anestésico são necessárias para manter a anestesia devido ao equilíbrio, ou quase equilíbrio, que foi alcançado entre o cérebro, o sangue e os demais tecidos. Qualquer fator que diminua o fluxo sanguíneo periférico, tal como a vasoconstrição ou o choque, pode fazer requerer apenas pequenas quantidades de anestésico. Inversamente, quando o fluxo sanguíneo periférico está extraordinariamente alto, como em um paciente com os músculos ativos ou em paciente apreensivo, a indução é lenta e grandes quantidades de anestésico são exigidas uma vez que o cérebro recebe uma menor quantidade de anestésico. 49 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Profundidade da anestesia A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos. Sua classificação é dividida em quatro estágios, cada um dos quais apresenta um grupo definido de sinais e sintomas: Estágio |: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O pulso e a respiração são irregulares. Estágio Il: Da perda da consciência até o início de um padrão regular de respiração e o desaparecimento do reflexo palpebral. Também denominado estágio de delírio. Caracterizado por excitação e muitas reações indesejáveis, tais como: vômitos, laringoespasmo e mesmo parada cardíaca podem ocorrer durante esse período. Respiração e pulso são irregulares e rápidos. As pupilas estão dilatadas, porém, contraem-se quando expostas à luz. Estágio Ill: Também chamado de anestesia cirúrgica. A respiração é irregular e o pulso tem ritmo quase normal com bom volume, a pele está rosada ou levemente enrubescida. Com a administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser mantido por várias horas. A maior parte das cirurgias é executada neste estágio. Estágio IV: Dura desde o momento da cessação da respiração até a insuficiência do sistema circulatório. O pulso é filiforme e fraco. Desenvolve-se cianose gradualmente. Quando se chega a este estágio, suspende-se o anestésico imediatamente, faz-se respiração artificial Os estimulantes, ainda que raramente utilizados, podem ser administrados à circulação, se houver dosagem excessiva de anestésicos. Durante a administração dos anestésicos não há, naturalmente, divisão definida entre os vários estágios. O paciente passa gradualmente de um estágio ao outro e somente pela observação cuidadosa dos sinais evidentes (condições das pupilas, pressão sangúínea, batimento cardíaco e ritmo respiratório) o anestesiologista pode ter o controle da situação. 50 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação A visita do anestesiologista e de um enfermeiro de centro cirúrgico antes da cirurgia, é mais calmante para o paciente que os medicamentos utilizados no pré- anestésico. As medicações pré-anestésicas devem ser administradas 45 a 75 minutos antes de começar a anestesia, para que tenham ação antes do início da anestesia com a finalidade de produzir sedação, amnésia, analgesia, diminuição do metabolismo basal e bloqueio vagal. Tipos de anestesia Os diferentes tipos de anestesias se dividem em dois grandes grupos: a anestesia de consciência (geral) e as de partes do corpo (sendo as loco regional: local, tissular, plexular, troncular, epidural e raquianestésica). Uma classificação frequentemente usada para a assistência anestésica é a seguinte: Anestesia geral A anestesia geral pode ser entendida como um estado reversível de ausência de percepção dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. São administrados por vias endovenosas e inalatória preferencialmente devida a relação efeito-doze e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis. Outras vias podem ser usadas, como a anestesia geral retal. Anestesia geral por inalação Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara. A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laringea de borracha macia ou plástico, dentro da traquéia (tubo) ou laringe (máscara laringea), com a ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os 53 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Portal Educação pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões. São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno, metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano — combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a concentração do anestésico no cérebro. 54 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q> Portal Educação Anestesia geral endovenosa Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la do 55 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS O termo perioperatório é empregado para descrever todo o período da cirurgia, incluindo antes e após a cirurgia em si. As três fases dos cuidados perioperatórios são: Pré-operatório, Trans-operatório e Pós-operatório. PRÉ-OPERATÓRIO: esse período tem início desde o momento em que o paciente recebe a indicação da operação e se estende até a sua entrada no centro cirúrgico. Esse período se divide em duas fases: pré-operatório mediato e pré-operatório imediato. Pré-operatório Pré-operatório Mediato Imediato Transoperatório Pré-operatório Mediato: começa no momento da indicação da operação e termina 24 horas antes do seu início. Geralmente, nesse período o paciente ainda não se encontra internado. Neste período mediato, sempre que possível, o cirurgião faz uma avaliação do estado geral do paciente através de exame clínico detalhado e dos resultados de exames de sangue, urina, raios X, eletrocardiograma, entre outros. Essa avaliação tem o objetivo de identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o risco cirúrgico. Tratando-se de cirurgias eletivas, onde há previsão de transfusão sangúínea, muitas vezes é solicitado ao paciente para providenciar doadores saudáveis e compatíveis com seu tipo sangúíneo. Com essa medida pretende-se melhorar a qualidade do sangue disponível e aumentar a quantidade de estoque existente nos hemocentros, evitando sua comercialização. Os cuidados de enfermagem aqui neste período compreendem os preparos psicoespiritual e o preparo físico. 58 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Consentimento cirúrgico: Antes da cirurgia, o paciente deve assinar um formulário de consentimento cirúrgico ou permissão para realização da cirurgia. Quando assinado, esse formulário indica que o paciente permite a realização do procedimento e compreende seus riscos e benefícios, explicados pelo cirurgião. Se o paciente não compreender as explicações, o enfermeiro notifica ao cirurgião antes que o paciente assine o formulário de consentimento. Os pacientes devem assinar um formulário de consentimento para qualquer procedimento invasivo que exija anestesia e comporte risco de complicações. Quando um paciente adulto está confuso, inconsciente ou não é mentalmente competente, um familiar ou um tutor deve assinar o formulário de consentimento. Quando o paciente tem menos de 18 anos de idade, um dos pais ou um tutor legal deve assinar o formulário. Pessoas com menos de 18 anos de idade, que vivem longe de casa e sustentam-se por conta própria, são considerados menores emancipados e assinam o formulário de consentimento. Numa emergência, o cirurgião pode ter que operar sem consentimento. No entanto, a equipe de saúde deve se esforçar ao máximo para obter o consentimento por telefone, telegrama ou fax. Todo enfermeiro deve estar familiarizado com as normas da instituição e com as leis estatais relacionadas aos formulários de consentimento cirúrgico. Os pacientes devem assinar o formulário de consentimento antes que lhes seja administrado qualquer sedativo pré-operatório. Quando o paciente ou a pessoa designada tiver assinado a permissão, uma testemunha adulta também assina para confirmar que o paciente ou o indivíduo designado assinou voluntariamente. Em geral, a testemunha é um membro da equipe de saúde ou um empregado do setor de admissão. É responsabilidade do enfermeiro assegurar que todas as assinaturas necessárias figurem no formulário de consentimento, e que este se encontre no prontuário do paciente antes que ele seja encaminhado ao centro cirúrgico (CC). Avaliação Pré-operatória: os cuidados pré-operatórios exigem uma avaliação completa do paciente. A avaliação varia, dependendo da urgência da cirurgia e de o paciente ter sido admitido no mesmo dia da cirurgia ou antes. No entanto, mesmo em emergências, o enfermeiro deve se esforçar ao máximo para coletar o maior número de dados possível. O 59 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação durante a avaliação do paciente. quadro abaixo apresenta uma lista de informações importantes que devem ser obtidas Quadro 1 - Avaliação Pré-operatória REVISÃO DOS EXAMES DIAGNÓSTICOS E LABORATORIAIS PRÉ-OPERATÓRIOS * Hemograma completo e Tipagem sangúínea e compatibilidade Eletrólitos séricos Urinálise Radiografia de tórax Eletrocardiograma Outros exames relacionados ao procedimento ou à condição clínica do paciente (ex. tempo de protrombina, tempo de tromboplastna parcial, nitrogênio da uréia sangúínea, creatinina, outros estudos radiográficos) prova de REI VISÃO DOS ANTECEDENTES MOÓRBIDOS DO PACIENTE E PREPARO PARA A CIRURGIA e Histórico da doença atual e razão da cirurgia e Antecedentes mórbidos: condições clínicas agudas e crônicas, hospitalzações e cirurgias anteriores, qualquer problema anterior com anestesia, alergias, medicamentos atuais, uso de substâncias como álcool, tabaco, drogas ilícitas e Revisão dos sistemas AVALIAÇÃO FÍSICAS e Capacidade de comunicação DAS NECESSIDADES e Nível de consciência (confusão mental, sonolência, não-responsividade) Sinais vitais Peso e altura Integridade cutânea Capacidade de se mover/deambular Nível de exercício Próteses Condição circulatória AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS e Estado emocional e Nível de compreensão do procedimento cirúrgico e das instruções pré e pós- operatórias e Estratégias de enfrentamento e Sistema de apoio e Papéis e responsabilidades DAS NECESSIDAS AVALIAÇÃO CULTURAIS e Linguagem — necessidade de intérprete e Costumes particulares relacionados à cirurgia, à privacidade, à eliminação de partes do corpo e a transfusões sangúíneas. DAS NECESSIDADES Preparo psicoespiritual: o estado emocional influencia diretamente no funcionamento do corpo, consequentemente, o paciente que apresenta alterações nesta área (ansiedade, 60 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação Pré-operatório Imediato: esta fase compreende as 24 horas que antecedem a operação. De um modo geral, o paciente é admitido no hospital dentro desse período, com o objetivo de ser devidamente preparado para o ato cirúrgico. Esse procedimento, entretanto, pode variar de instituição para instituição, ou dependendo tipo de cirurgia ou do estado do paciente. Há casos em que o paciente interna-se com vários dias de antecedência, quando necessita de um tratamento para habilitá-lo a ser operado. Em outros casos, no entanto, a admissão se dá no mesmo dia da operação. a) Preparo da pele: esse procedimento tem como finalidade eliminar ao máximo a flora bacteriana que normalmente habita a pele do paciente. A área em torno da futura ferida operatória deve ser limpa de modo completo e feita a tricotomia, que significa a raspagem dos pêlos em uma região do corpo. Em vários hospitais, a tricotomia é realizada na véspera da cirurgia, à noite, muito embora seja mais indicado fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de germes após o preparo da pele. A rotina de limpeza da pele depende do procedimento cirúrgico e das normas do cirurgião ou da instituição. O objetivo é diminuir a quantidade de microrganismos sem comprometer a integridade cutânea. Para uma cirurgia planejada, pode-se solicitar ao paciente que limpe a área determinada com um sabão detergente germicida durante vários dias antes do procedimento. Normalmente, os pêlos não são removidos antes da cirurgia, exceto se puderem interferir na incisão. Neste caso, os pêlos são removidos com tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia. b) Preparo intestinal: para a maioria das cirurgias, principalmente as realizadas sob anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que o paciente evacue durante o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser realizada, o médico irá prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante até a aplicação de clister ou lavagem intestinal. Um cirurgia de intestino grosso, por exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e limpo possível. Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a lavagem são feitos na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se dispensar a execução desse preparo, desde que o paciente tenha evacuado normalmente na 63 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação manhã do dia da cirurgia. Um intetino limpo permite a visualização acurada do sitio cirúgico e previne traumas intestinais ou contaminação acidetnal do peritônio por fezes. Um enema evacuador ou um laxante é prescrito para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na manhã do dia da cirurgia. Quando uma cirurgia intestinal é programada, antibióticos também podem ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal. c) Higiene geral: além do preparo local da pele, um banho completo antes da cirurgia, ajuda a evitar infecções, principalmente com uso de anti-sépticos degermantes. d) Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para o anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia. e) Orientar o paciente deambulante para ir ao banheiro, com o objetivo de esvaziar a bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada. f) Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti-la com a abertura para as costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo. 9) Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro. h) Retirar próteses, lentes de contato, ias, adornos em geral. Depois, para evitar que se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou encaminhar para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária antes da anestesia para alguns pacientes em violação da privacidade, onde alguns serviços tem como rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior devolução. i) Conferir os exames pré-operatórios, a autorização para a operação e as radiografias se estão junto ao prontuário médico do paciente. )) Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30 a 60 minutos antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da medicação estiver iniciando, o paciente deve permanecer sob observação, jamais sendo deixado sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como depressão respiratória ou mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa basicamente reduzir a ansiedade, diminuir secreções do trato respiratório e reduzir as intercorrências alérgicas. k) Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar, novamente, os SSVV, anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade observada. 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores No Portal Educação ) Alguns hospitais usam como protocolo de rotina a SVD no período pré-operatório, neste caso realizá-la. Checagem Pré-operatória: A maioria dos pacientes é transportada ao centro cirúrgico numa maca. Para proporcionar privacidade, segurança e aquecimento, o enfermeiro cobre a pessoa com um lençol e fixa em torno dela os cintos de segurança. Antes do paciente deixar o quarto, o enfermeiro registra todas as informações necessárias no seu prontuário: sinais vitais, peso, medicamentos pré-operatórios administrados, procedimentos realizados, se o paciente esvaziou a bexiga, o destino de objetos valiosos e próteses dentárias, e observações pertinentes. A maioria dos hospitais ou dos serviços de cirurgia utiliza uma checagem pré- operatória para que não haja dúvida de que se realizaram todas as avaliações e procedimentos antes da cirurgia. Essa checagem geralmente envolve: e Avaliação: inclui a pulseira de identificação de alergia; lista de medicamentos em uso atualmente, horário da última ingestão alimentar ou líquida do paciente; destino de objetos de valor, dentaduras ou próteses; remoção da maquiagem e do esmalte para unhas; e o uso de vestimentas hospitalares. e Medicamentos pré-operatórios: inclusive a via e o momento da administração. e IV: inclusive localização, tipo de solução, velocidade de infusão. * Preparos pré-operatórios: incluindo, quando apropriado, preparo da pele, passagem de sonda vesical de demora ou de sonda nasogástrica, horários e resultados de enemas ou duchas, uso de meias ou ataduras anti-embolismo, e horário e quantidade da última micção. e Prontuário: inclui o consentimento cirúrgico assinado, história e exame físico, registros antigos, e resultados de exames solicitados. * Outras informações: conforme as exigências do serviço. e Assinatura(s): do enfermeiro e de outras pessoas envolvidas no preparo do paciente para a cirurgia e no seu transporte para o CC. Quando a checagem pré-operatória termina, o paciente está pronto para ser encaminhado ao CC. O pessoal do setor cirúrgico ajuda na transferência do paciente para a maca e depois para o CC ou para a área de espera. 65 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
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