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Guias e Dicas
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Relatório Final IFPE, Provas de Cultura

Relatório de estágio

Tipologia: Provas

2012
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Compartilhado em 03/03/2012

felipe-simoes-6
felipe-simoes-6 🇧🇷

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Baixe Relatório Final IFPE e outras Provas em PDF para Cultura, somente na Docsity! 1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIENCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLE e SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL Felipe de Andrade Simões RECIFE 2011 2 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIENCIA & TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE PROCESSOS, CONTROLES e SISTEMAS ELETRO-ELETRÔNICOS COORDENAÇÃO DE ELETROTÉCNICA COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL Relatório de estágio curricular apresentado à Coordenação de ELETROTÉCNICA como um dos requisitos para obtenção do título de Técnico em ELETROTÉCNICA do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Aluno: Felipe de Andrade Simões Professor orientador: Jairson Marcos Batista dos Santos RECIFE 2012 5 INTRODUÇÃO Este relatório faz uma análise geral sobre o estágio curricular, descrevendo as atividades desempenhadas na empresa Unilever Brasil Gelados do Nordeste S/A, pelo Aluno Felipe de Andrade Simões. Tais atividades serviram para que o aluno pudesse colocar em prática os conhecimentos assimilados por ele em sala de aula e soma-los a outros tantos, de forma que o mesmo se tornasse mais eficaz no desempenho de suas tarefas. O período de avaliação foi de seis meses, supervisionado pelo então Engenheiro Mecatrônico, o Eng. Júlio Cesar Ivani. No final, estão alguns anexos que ajudarão na compreensão do que foi relatado. Estes anexos são imagens de atividades acompanhadas e executadas pelo estagiário. 6 OBJETIVOS Objetivo geral Realizar testes de equipamentos como inversores de frequência, CLP’s, controladores de temperatura, termo resistores, motores elétricos monofásicos e trifásicos. Auxiliar na programação em Ladder, auxiliar na elaboração esquemas elétricos, parametrização de inversores de frequência e instalação dos mesmos na área industrial. Auxílio nas atividades preventivas e corretivas da área industrial. Objetivos específicos  Realizar testes na bancada de manutenção elétrica, visando analisar o funcionamento dos inversores de frequência WEG-CFW08, CLP’s Rockwell, controladores de temperatura Gefran 600, Termo Resistores PT100 e motores elétricos monofásicos e trifásicos WEG;  Auxiliar na programação em Ladder de algumas situações da área industrial, utilizando os CLP’s da Rockwell Automation, com os softwares RSLogix 500 e RSLogix 5000;  Auxiliar na elaboração de desenhos de esquemas elétricos para manutenção corretiva ou melhorias na área industrial;  Parametrizar os inversores de frequência WEG-CFW08 e instalação dos mesmos no circuito de partida dos motores;  Auxiliar nas atividades preventivas e corretivas da fábrica, tais como substituição de sensores, disjuntores, relés, calibração de válvulas de controle, fechamento de motores elétricos, substituição de componentes eletrônicos danificados no circuito, entre outros;  Realizar medições das grandezas elétricas nos circuitos de força e comando dos quadros elétricos, utilizando multímetro ou alicate amperímetro. Palavras-chave: Eletricidade – Indústria – Conhecimentos - Prática 7 1 DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA UNILEVER Presente em 100% dos lares brasileiros Uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, fabricante de produtos de higiene pessoal e limpeza, alimentos e sorvetes, com operações em mais de 100 países, a Unilever completa, em 2009, 80 anos de atuação no Brasil. Presente em 100% dos lares brasileiros ao longo de um ano, seus produtos atingem, mensalmente, 86% dos domicílios, ou seja, cerca de 37 milhões. São oito décadas de sucesso, conquistas, convívio e relacionamento com o consumidor, antecipando desejos, atendendo necessidade e construindo marcas consagradas como Omo, Comfort, Seda, Lux, Kibon, Hellmann’s, Arisco, Knorr, Becel, Maizena, AdeS, Dove, Axe, Close Up e Rexona, entre outras. Atualmente, a Unilever Brasil conta com 12 fábricas nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco e cerca de 12 mil funcionários. Uma empresa socialmente responsável Mesmo com o incremento da produção em 27% nos últimos quatro anos, a Unilever Brasil conseguiu melhorar importantes indicadores ambientais: reduziu as emissões de carbono em 56%, por tonelada produzida, e o consumo de água em 32%, o equivalente a mais de 400 piscinas olímpicas/ano, mais de 60% da energia utilizada nas fábricas provém de fontes renováveis, a companhia trata 100% dos efluentes gerados nas fábricas, quase a totalidade (98%) dos resíduos é encaminhada à reciclagem. Números e Conquistas Em 2007, a Unilever Brasil foi eleita pela segunda vez consecutiva como uma das Empresas dos Sonhos dos Jovens. As consultorias Companhia de Talentos e LAB SSJ entrevistaram mais de 16 mil estudantes universitários. Em 2008, as marcas Omo, Seda, Rexona, Lux, Kibon e Hellmann’s foram as vencedoras, em suas respectivas categorias, do Top Of Mind da Folha de S. Paulo. A Unilever venceu o Top Popular com Hellmann’s, o Top Feminino com Seda e o Top Grand Prix com Omo. A Unilever é a empresa mais admirada no Brasil na categoria Higiene e Limpeza Doméstica no prêmio Carta Capital de 2006. Ficou com o segundo lugar em Higiene, Perfumaria e Cosmético, e Alimentos. A Unilever foi vencedora no item Relacionamento com o Governo e a Sociedade no Guia Exame 2006 de Boa Cidadania Corporativa, com o Projeto Mais Vida. A Unilever foi premiada em 2005, pelo segundo ano consecutivo, como uma das 10 empresas-modelo. A empresa foi destaque no Guia Exame de Boa Cidadania por ter aplicado conceitos de sustentabilidade ao lançar produtos específicos para a população de baixa renda, ter reciclado quase 100% dos resíduos gerados nas suas fábricas e ter mais que duplicado o orçamento para a área ambiental entre 2002 e 2004. Entre as três maiores notas recebidas, a Unilever destaca o quesito “Meio Ambiente” (10), “Valores e transparência” (9,5) e “consumidores/clientes” (9,5). História A Unilever é um grupo anglo-holandês, resultado da fusão, em 1929, de duas empresas que tinham nos óleos e gorduras vegetais as suas matérias-primas mais importantes: a inglesa Lever Brothers e a holandesa Margarine Unie. Com a razão social S.A Irmãos Lever, a empresa iniciou suas atividades no Brasil naquele mesmo ano, comercializando o sabão Sunlight, importado da Inglaterra. Apenas um ano após sua 10 armazenam energia no campo magnético, como motores e transformadores, e para criar fluxo elétrico em equipamentos que armazenam energia no campo elétrico, com os capacitores. É normalmente expressa em quilo-volt-ampère-reativo (kVAr) e a potência aparente S que é a potência total do sistema, ativa e reativa, absorvida por uma instalação elétrica, usualmente expressa em quilovolt-ampère (kVA). Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente elétrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de Ohm, e, segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), é medida em ohms (Ω). 2.2 CIRCIUTO ELÉTRICO Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores, capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a corrente elétrica. 2.3 LEIS ELÉTRICAS -Leis de Kirchhoff  Lei das Correntes ou Lei dos Nós: A soma de todas as correntes que entram num nó é igual à soma de todas as correntes que saem do nó.  Lei das Tensões ou Lei das Malhas: A soma de todas as tensões geradas menos a soma de todas as tensões consumidas numa malha é igual a zero. -Lei de Ohm: A tensão entre as duas pontas de um resistor é igual ao produto da resistência e a corrente que flui através do mesmo. -Teorema de Thévenin: Qualquer circuito elétrico formado por fontes de tensão, fontes de correntes e resistores com dois terminais possui um circuito equivalente formado por uma fonte de tensão em série com um resistor. -Teorema de Norton: Qualquer circuito elétrico formado por fontes de tensão, fontes de correntes e resistores com dois terminais possui um circuito equivalente formado por uma fonte de corrente em paralelo com um resistor. 11 2.4 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS DE GRANDEZAS ELÉTRICAS O galvanómetro mais comum é o tipo conhecido como bobina móvel: uma bobina de fio muito fino é montada em um eixo móvel, e instalada entre os pólos de um ímã fixo. Quando circula corrente eléctrica pela bobina, se forma um campo magnético que interage com o campo do íman, e a bobina gira, movendo um ponteiro, ou agulha, sobre uma escala graduada. Como o movimento do ponteiro é proporcional à corrente elétrica que percorre a bobina, o valor da corrente é indicado na escala graduada. Através de circuitos apropriados, o galvanômetro pode ler outras grandezas eléctricas, como tensão contínua, tensão alternada, resistência, potência, e outras. Outro tipo de galvanómetro é o de ferro móvel: neste, a bobina é fixa, envolvendo uma pequena peça de ferro ligada ao ponteiro, e capaz de girar conforme o campo magnético produzido pela bobina. O galvanómetro de ferro móvel é pouco usado, por ser menos sensível que o de bobina móvel, mas possui as vantagens de ser mais barato, mais robusto, e funcionar tanto com corrente contínua como com corrente alternada. O amperímetro ou alicate amperímetro é um instrumento utilizado para fazer a medida da intensidade no fluxo da corrente elétrica que passa através da sessão transversal de um condutor. A unidade usada é o Ampère. Como a corrente elétrica passa através dos condutores e dispositivos ligados a eles, para aferir a corrente que passa por alguma região de algum circuito, deve-se colocar o amperímetro em série com esta, sendo necessário abrir o circuito no local da medida. Por isso, para as medições serem precisas, é esperado que o amperímetro tenha uma resistência muito pequena comparada às do circuito. Amperímetros podem medir correntes contínuas ou alternadas. Dependendo da qualidade do aparelho, pode possuir várias escalas que permitem seu ajuste para medidas com a máxima precisão possível. A imagem abaixo mostra um alicate amperímetro com display digital: 12 O voltímetro é um aparelho que realiza medições de tensão elétrica em um circuito e exibe essas medições, geralmente, por meio de um ponteiro móvel ou um mostrador digital, de cristal líquido (LCD), por exemplo. A unidade apresentada geralmente é o volt. Muitos voltímetros, na verdade, não são nada mais do que amperímetros com alta resistência interna. O projeto dos voltímetros é tal que, com sua alta resistênc ia interna, introduzam o mínimo de alterações no circuito que está sendo monitorado. Assim como um amperímetro indica a corrente que passa por ele, um voltímetro indica a tensão entre seus terminais. As imagens abaixo mostram um voltímetro com display analógico e outro com display digital, respectivamente: Um Ohmímetro é um instrumento de medida elétrica que mede a resistência elétrica, ou seja, a oposição à passagem da corrente elétrica. O modelo original de um ohmímetro provinha de uma pequena bateria que aplica uma tensão à resistência. É usado um galvanômetro para medir a corrente elétrica através da resistência. A escala do galvanômetro era marcada em ohms, porque a tensão fixa da bateria garantia que, conforme a resistência diminuísse, a corrente através do medidor aumentaria. A imagem abaixo mostra um ohmímetro com display digital: 15 2.5 DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Consiste de um filamento ou lâmina de um metal ou liga metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um ponto determinado de uma instalação elétrica para que se funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente elétrica superar, devido a um curto-circuito ou sobrecarga, um determinado valor que poderia danificar a integridade dos condutores com o risco de incêndio ou destruição de outros elementos do circuito. As imagens abaixo mostram três tipo de fusíveis: Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de detectar uma falha na corrente elétrica, interrompendo-a imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida. Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade em poderem ser rearmados manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude da ocorrência de uma falha. Diferem assim dos fusíveis, que têm a mesma função, mas que ficam inutilizados quando realizam a interrupção. Por outro lado, além de dispositivos de proteção, os disjuntores servem também de dispositivos de manobra, funcionando como interruptores normais que permitem interromper manualmente a passagem de corrente elétrica. 16 As imagens abaixo mostram um disjuntor monofásico, um bifásico e um trifásico, respectivamente: Contactor é um dispositivo eletromecânico que permite, a partir de um circuito de comando, efetuar o controle de cargas num circuito de potência. Essas cargas podem ser de qualquer tipo, desde tensões diferentes do circuito de comando, até conter múltiplas fases. É constituído por uma bobina que produz um campo magnético, que conjuntamente a uma parte fixa, proporciona movimento a uma parte móvel. Essa parte móvel por sua vez, altera o estado dos seus contatos associados. Os que estão abertos, fecha-os, os que estão fechados, abre-os. Estes contatos podem ser de dois tipos, os de potência e os auxiliares. Os de potência, geralmente são apresentados em grupos de 3, devido a sua vulgaridade em comandar motores do tipo trifásicos. As imagens abaixo mostram dois contactores: Um relé é um interruptor acionado eletricamente. A movimentação física deste "interruptor" ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé, criando assim um campo magnético que por sua vez atrai a alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos. O relé é um dispositivo eletromecânico ou não, com inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos. Servindo para ligar ou desligar dispositivos. É 17 normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos. No caso do Relé eletromecânico, a comutação é realizada alimentando-se a bobina do mesmo. Quando uma corrente originada no primeiro circuito passa pela bobina, um campo eletromagnético é gerado, acionando o relé e possibilitando o funcionamento do segundo circuito. Sendo assim, uma das aplicabilidades do relé é utilizar-se de baixas correntes para o comando no primeiro circuito, protegendo o operador das possíveis altas correntes que irão circular no segundo circuito (contatos). A mudança de estado dos contatos de um relé ocorre apenas quando há presença de tensão na bobina que leva os contatos a movimentarem-se para a posição normal fechado (NF) ou normal abertos (NA) quando esta tensão é retirada - este princípio aplica-se para relés tudo ou nada. Em diversos países a nomenclatura NA e NF são encontradas como NO (Normal Open) ou NC (Normal Closed). As imagens abaixo mostram relés de sobrecarga: 2.6 EQUIPAMENTOS ELÉTRICO-ELETRÔNICOS Os conversores de frequência, também conhecidos como inversores de frequência, são dispositivos eletrônicos que convertem a tensão da rede alternada senoidal, em tensão contínua e finalmente convertem esta última, em uma tensão de amplitude e frequência variáveis. A denominação Inversor ou Conversor é bastante controversa, sendo que alguns fabricantes utilizam Inversor e outros Conversor. Inerentemente ao projeto básico de um Conversor de Frequência, teremos na entrada o bloco retificador, o circuito intermediário composto de um banco de capacitores eletrolíticos e circuitos de filtragem de alta frequência e finalmente o bloco inversor, ou seja, o inversor na verdade é um bloco composto de transistores IGBT, dentro do conversor. Na indústria entretanto, ambos os termos são imediatamente 20 (ou variáveis ditas digitais, ou seja, que só assumem valores dentro de um conjunto finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas definidas por intervalos de valores de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os elementos discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis entre valores conhecidos de tensão ou corrente. Os CLP’s tem capacidade de comunicação de dados via canais seriais. Com isto podem ser supervisionados por computadores formando sistemas de controle integrados. Softwares de supervisão controlam redes de Controladores Lógicos Programáveis. Os canais de comunicação nos CLP´s permitem conectar à interface de operação (IHM), computadores, outros CLP´s e até mesmo com unidades de entradas e saídas remotas. Cada fabricante estabelece um protocolo para fazer com seus equipamentos troquem informações entre si. Os protocolos mais comuns são Modbus (Modicon - Schneider Eletric), EtherCAT (Beckhoff), Profibus (Siemens), Unitelway (Telemecanique - Schneider Eletric) e DeviceNet (Allen Bradley), entre muitos outros. Atenção os textos devem ser objetivos, claros e direcionados para as suas atividades que você descreverá nos tópicos seguintes. As imagens abaixo mostram um PLC SIEMENS e um PLC Allen-Bradley, Respectivamente: Uma termorresistência é um instrumento que permite conhecer a temperatura do meio ambiente, recorrendo à relação entre a resistência eléctrica de um material e a sua temperatura. A maior parte das termorresistências são feitas de platina, mas são também utilizados outros materiais, como por exemplo o níquel. Por norma, quando se fala de uma termorresistência ela é identificada pelo material que a constitui e pela resistência que apresenta a 0 °C. Por exemplo, uma Pt-100 será uma termorresistência de platina que a 0 °C 21 apresenta uma resistência de 100 Ω, ao passo que uma Ni-500 será uma termorresistência de níquel que a 0 °C apresenta uma resistência de 500 Ω. As termorresistências, os bulbos de resistência, os termômetros de resistência ou RTD são sensores que se baseiam no principio de variação da resistência ôhmica em função da temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da temperatura. Seu elemento sensor consiste de uma resistência em forma de fio de platina de alta pureza, de níquel ou de cobre (menos usado), encapsulado num bulbo de cerâmica ou vidro. As imagens abaixo mostram Termorresistências PT-100: 2.7 MÁQUINAS ELÉTRICAS Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando – com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. A maioria de motores elétricos trabalha pela interação entre campos eletromagnéticos, mas existem motores baseados em outros fenômenos eletromecânicos, tais como forças eletrostáticas. O princípio fundamental em que os motores eletromagnéticos são baseados é que há uma força mecânica em todo o fio quando está conduzindo corrente elétrica imersa em um campo magnético. A força é descrita pela lei da força de Lorentz e é perpendicular ao fio e ao campo magnético. Em um motor giratório, há um elemento girando, o rotor. O rotor gira porque os fios e o campo magnético são arranjados de modo que um torque seja desenvolvido sobre a linha central do rotor. 22 A maioria de motores magnéticos são giratórios, mas existem também os tipos lineares. Em um motor giratório, a parte giratória (geralmente no interior) é chamada de rotor, e a parte estacionária é chamada de estator . O motor é constituído de eletroímãs que são posicionados em ranhuras do material ferromagnético que constitui o corpo do estator e enroladas e adequadamente dispostas em volta do material ferromagnético que constitui o rotor. São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente alternada. Seu princípio de funcionamento é baseado no campo girante, que surge quando um sistema de correntes alternadas trifásico é aplicada em pólos defasados fisicamente de 120º. Dessa forma, como as correntes são defasadas 120º elétricos, em cada instante, um par de pólos possui o campo de maior intensidade, cuja associação vetorial possui o mesmo efeito de um campo girante que se desloca ao longo do perímetro do estator e que também varia no tempo. Os principais tipos são: Motor síncrono: funciona com velocidade constante; utiliza-se de um induzido que possui um campo constante pré-definido e, com isso, aumenta a resposta ao processo de arraste criado pelo campo girante. É geralmente utilizado quando se necessita de velocidades estáveis sob a ação de cargas variáveis. Também pode ser utilizado quando se requer grande potência, com torque constante. Motor de indução: funciona normalmente com velocidade estável, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de conversores de frequência. As imagens abaixo mostram um motor trifásico e um monofásico, respectivamente: Um transformador ou trafo é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito a outro, transformando tensões, correntes e ou de modificar os valores das impedâncias elétricas de um circuito elétrico. 25 Neste método o motor parte em configuração estrela que proporciona uma maior impedância e menor tensão nas bobinas diminuindo assim a corrente de partida o que ocasionará uma perda considerável do conjugado (torque) de partida. Através desta manobra o motor realizará uma partida mais suave, reduzindo sua corrente de partida em aproximadamente 1/3 da que seria se acionado em partida direta. A Partida Estrela-triângulo não pode ser utilizada em qualquer situação. É necessário que o motor tenha disponível pelo menos seis terminais dos enrolamentos e que a tensão nominal (tensão da concessionária) seja igual à tensão de triângulo do motor. Um ponto importantíssimo em relação a este tipo de partida de motor elétrico trifásico, é que o fechamento para triângulo só deverá ser feito quando o motor atingir pelos menos noventa por cento da rotação nominal. Logo, o ajuste de tempo de mudança estrela-triângulo deverá estar baseado neste fato. O uso de um tacômetro é essencial nesta tarefa na primeira vez que for testar o sistema com carga. A mudança da configuração para triângulo sem que o motor tenha atingido este percentual de rotação provocaria pico de corrente praticamente igual ao que teria se usasse partida direta. Se o motor em questão não preenche este quesito por conta da carga instalada, é conveniente que seja usado outro tipo de partida como: Chave compensadora, Soft-starter ou até mesmo um Inversor de frequência nesta função. A imagem abaixo mostra o diagrama de força e comando da chave de partida estrela- triângulo: 26 A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob cargas de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave estrela- triângulo é inadequada. A norma prevê a utilização desta chave para motores, cuja potência seja alta. Esta chave reduz a corrente de arranque, evitando sobrecarregar a linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado suficiente para a partida. A tensão na chave compensadora é reduzida através de um autotransformador trifásico que possui geralmente taps de 50%, 65 % e 80% da tensão nominal. Durante a partida alimenta-se com a tensão nominal o primário do autotransformador trifásico conectado em estrela e do seu secundário é retirada à alimentação para o circuito do estator do motor. A passagem para o regime permanente faz-se desligando o autotransformador do circuito e conectando diretamente a rede de alimentação o motor trifásico. Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência elevada, acionando cargas com alto índice de atrito, tais como, como acionadores de compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas helicoidais e axiais (poço artesiano), britadores, máquinas acionadas por correias, etc. A imagem abaixo mostra o diagrama de comando da chave de partida compensadora: 27 A Partida de Motores com Reversão tem como objetivo Acionar, de forma automática, um motor com reversão do sentido de rotação, mostrando algumas similaridades com a partida direta. Introduzir o conceito de “Inter travamento”. A imagem abaixo mostra o diagrama de força e comando da chave reversora de partida de motores: 3 TIPOS DE MANUTENÇÃO 3.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA A lógica da gerência em manutenção corretiva é simples e direta: quando uma máquina quebra, conserte-a. Esse método de manutenção de maquinaria fabril tem representado uma grande parte das operações de manutenção da planta industrial que a primeira fábrica foi construída. Uma planta industrial usando gerência por manutenção corretiva não gasta qualquer dinheiro com manutenção, até que a máquina ou sistema falhe em operar. 30 - Reaperto nos mesmos Após a detecção dessas anomalias, eram planejadas as paradas das determinadas máquinas para a manutenção preventiva das mesmas, sem que o equipamento chegasse a quebrar e parar a produção, diminuindo a eficiência da linha de produção. 5.2 ATIVIDADES CORRETIVAS:  Forno de encolhimento Falhas: 1. Botão “desliga” não funcionava 2. Não atingia a temperatura desejada Para solucionar esse problema, o túnel de encolhimento era retirado da fábrica e levado para a sala de manutenção, onde foi analisado o seu desenho do esquema elétrico, para detectar como era a ligação do botão “desliga”, após, visto o desenho elétrico, é aberto o seu quadro elétrico para identificar os componentes mostrados no desenho, e assim fazer a ligação correta. Após resolvido o primeiro problema, fizemos as medições necessárias nas resistências responsáveis pela temperatura do túnel, e identificando que as mesmas não estavam de acordo com indicado pelo fabricante, então, serão todas elas substituídas e o forno liberado para voltar a produção. As imagens abaixo mostram o túnel de encolhimento e o quadro elétrico do mesmo, respectivamente: 31  Motor disparando o sistema de proteção contra sobrecarga Falhas: 1. Travamento mecânico 2. Curto-circuito na caixa de mufla do motor Era feita uma inspeção no local pelos mecânicos para verificar a lubrificação do motor e se o mesmo estava acoplado corretamente, caso estivesse tudo certo mecanicamente e o motivo da parada não fosse travamento mecânico, o motor era substituído e levado para a oficina de manutenção, para verificar o isolamento dos condutores na caixa de mufla do motor e verificar o isolamento entre as bobinas do mesmo.  Dosagem de crocantes fora de especificação Falhas: 1. Regulagem do servo-drive 2. Obstrução do funil de dosagem Era feita a desobstrução geral do funil de dosagem no local, caso o erro permanecesse, o servo-drive era regulado, modificando a velocidade de giro, velocidade de partida e frenagem do servo-motor, e assim chegar a uma regulagem que o produto caísse dentro das especificações.  Erro de funcionamento da linha de produção em geral Falha: 1. Falha no programa do PLC 32 Era feita uma revisão no determinado programa e corrigido o mesmo, após feita essa correção, testava a linha para observação de possíveis erros, caso não houvesse, a linha era liberada para produção. A figura abaixo mostra o notebook ligado ao PLC do quadro elétrico. 5.3 ATIVIDADES NA BANCADA: Na bancada de testes da sala de manutenção elétrica e instrumentação eram feitas alguns testes, tais como:  Testes de funcionamento dos inversores de frequência: Ligavam-se os inversores de frequência a uma fonte elétrica, mediam-se as suas saídas ou ligavam-se motores para testar se seus parâmetros estavam funcionando corretamente.  Testes de funcionamento de sensores indutivos ou capacitivos: Os sensores eram ligados a uma fonte de energia, e eram testados para acionamento de motores por meio de um comando simples, com intermédio de relés de interface, no caso da tensão dos sensores serem de 24VDC.  Testes de motores trifásicos e monofásicos: Os motores eram fechados de acordo com a tensão de linha que iriam ser testados, e ligados à eletricidade, para serem feitas as medições de grandezas, e verificação de temperatura e rotação.
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