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Guias e Dicas
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Educação em Saúde, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ciências da Educação

Artigo científico que trata da educação em saúde.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012

Compartilhado em 19/03/2012

jose-carlos-bueno-11
jose-carlos-bueno-11 🇧🇷

5

(2)

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Baixe Educação em Saúde e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Ciências da Educação, somente na Docsity! FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS MARIA JOSÉ ADAMI BUENO EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO COLETIVA BUENO BRANDÃO – 2009 FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS MARIA JOSÉ ADAMI BUENO EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO COLETIVA Artigo científico apresentado à Faculdade de Educação da FINON, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão em Saúde Pública. BUENO BRANDÃO – 2009 3 Educação, em especial a Educação em Saúde. Conforme pode ser visto no trabalho de Edgar Morin de 2003. (MORIN, 2003, p 36). A esse problema universal confronta-se a educação do futuro, pois existe inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre, de um lado, os saberes desunidos, divididos, compartimentados e, de outro, as realidades ou problemas cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários. Na prática deve haver uma maior interação entre os profissionais e sua clientela, através de uma dialógica que desenvolva nos indivíduos uma maior capacidade crítica de perceber sua própria realidade e buscar de maneira criativa a resolução de seus problemas. Os profissionais envolvidos devem trabalhar com grupos específicos e comunidades, buscando diagnosticar problemas comuns. Um exemplo prático é a atuação do Programa de Saúde da Família junto às comunidades de baixa renda. Esta seria uma proposta libertadora tão bem descrita por LESSA et al (2001, p 56): Esta pedagogia, chamada por Paulo Freire problematizadora, libertadora, parte do princípio de que, num mundo de mudanças rápidas e profundas, o importante não são os conhecimentos ou idéias, nem os comportamentos corretos e fiéis ao esperado, senão o aumento da capacidade das pessoas/grupos para detectar os problemas reais e buscar-lhes solução original e criativa. A experiência que deve ser valorizada é a observação grupal da própria realidade, o diálogo e a participação na ação transformadora das condições de vida. O objetivo deste trabalho é demonstrar que a Educação em Saúde é um processo de interação entre o educador e o cliente, em uma atitude de escuta ativa e de acolhimento por parte do profissional/educador que atende aquele ser fragilizado que se apresenta diante dele, sendo auxiliado por uma equipe multidisciplinar criando uma rede de conhecimentos, onde se troca os saberes técnicos e os populares. Segundo KUHN (2002): Nessa articulação entre saúde e condições/qualidade de vida, pode-se identificar o desenvolvimento de uma estratégia das mais promissoras para enfrentar os problemas de saúde que afetam as populações humanas. Trata-se da promoção da saúde, que partindo do conceito amplo sobre o processo saúde-doença e de seus determinantes, propõe a articulação de saberes técnicos e populares, e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados para seu enfrentamento e resolução. Definindo saúde, deve-se ter em mente que esta não é apenas a ausência de doenças, antes: “Saúde é o resultado das condições de vida, logo do acesso ao trabalho, à escola, à moradia e à alimentação” (BRASIL, 1991, apud 4 FIGUEIREDO, 2005, p 25). As políticas públicas ressaltam e estimulam a importância da educação em saúde para a promoção e manutenção da mesma. BRASIL (2001, p 51) define educação em saúde da seguinte forma: A educação é uma parte essencial do tratamento. Constitui um direito e dever do paciente e também um dever dos responsáveis pela promoção da saúde. Desenvolvimento A forma de se levar o conhecimento para um indivíduo, um grupo ou coletividade é fundamental para que o processo de construção contínua da aprendizagem se torne eficaz e seja incorporado de fato em suas vidas, tornando o efeito permanente e dinâmico. Essa “revolução” na maneira de se pensar a saúde é fundamental para que haja mudanças de hábitos, estilos de vida, incorporação de novos valores e com isso manter sua qualidade de vida, antes mesmo de prevenir doenças. O que tem sido observado é que os indivíduos adotam um comportamento passivo diante do seu adoecimento, responsabilizam somente os outros ou até mesmo as instituições pelas suas mazelas! Daí decorre a importância da educação neste âmbito: O profissional\educador deve mostrar ao seu cliente que ele somente irá melhorar suas condições de vida a partir do momento que ampliar sua participação na arte de prevenir e manter sua saúde. Trazer de volta a responsabilidade pelos atos e desenvolver a capacidade de estabelecer vínculos, tanto por parte dos profissionais que promovem saúde quanto por parte da população assistida, devem ser objetivos comuns. Resgatar a autocrítica e promover o conhecimento dentro de um contexto histórico-social, econômico e cultural, que trará de volta a cidadania aos indivíduos constituindo assim uma sociedade mais humanizada e apta a conviver com as diversidades inerentes ao novo século. Tal tarefa é exigida, não mais de um profissional que realiza seu trabalho de maneira isolada e sim de uma equipe multidisciplinar bem preparada, e aberta a buscar e responder aos anseios dessa nova sociedade. As competências necessárias para esses novos profissionais de saúde, educadores, que devem trazer em suas bagagens curriculares uma flexibilidade 5 maior de conteúdos, é que saibam mesclar as diversas áreas ou disciplinas, possibilitando assim a integração dos diversos conhecimentos, rompendo com a segmentação e o fracionamento. Esses profissionais antes detentores do saber, agora devem ser mediadores/filtradores de informações. A interdisciplinaridade possibilitará que diversas áreas, complementem-se, influenciem-se ou contrastem-se enriquecendo e diversificando o cabedal de informações a serem transmitidas. É importante levar em conta a contextualização dos diversos atores envolvidos, e as suas reais demandas, ofertando material adequado a cada situação. Uma das experiências bem sucedidas, em se tratando de Educação em Saúde, especialmente em situações conflituosas, por exemplo, em DST/HIV/AIDS e Drogatização, é a prática do aconselhamento, pois oferece as condições necessárias para lidar com relações intersubjetivas. Conforme descreve o Ministério da Saúde (BRASIL,1998). O resgate da integralidade do cliente, percebido como sujeito participante nas ações de saúde, implica o reconhecimento de sua subjetividade e interação com o profissional que o atende. Acolher o saber e o sentir do cliente, por meio de uma escuta ativa, é condição básica para um atendimento de qualidade. O importante nesse processo de aconselhamento é estabelecer um vínculo de confiança, embasado na ética e respeito mútuo, e fazer com que o cliente reconheça-se como ator principal na busca de sua qualidade de vida. Deve transmitir apoio emocional, ser educativo e planejar as estratégias de redução de riscos. A abordagem pode ser feita de forma individual ou em grupo, porém, deve-se ressaltar a importância da equipe multidisciplinar para se conduzir as questões relativas ao caso. Nessa entrevista de ajuda, pode-se construir um relacionamento de ajuda, onde, tanto entrevistado como o entrevistador cresçam, porém, todo enfoque incide sobre o processo de crescimento do outro que está diante do profissional ou da equipe que o atende. A entrevista de ajuda, tal como citada por Alfred Benjamin (BENJAMIN, 1985, p 14), é definida como um “diálogo no qual muitas pessoas, representando diversas ocupações, estão envolvidas a maior parte do tempo. O médico a põe em prática quando conversa com seu paciente, e o educador ao conversar com
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