Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Português para concurso, Notas de aula de Administração Empresarial

Obs: O candidato deverá considerar a nova Reforma Ortográfica contida no Decreto n.º 6.583, de 29 de setembro de 2008. Compreender e interpretar textos. Níveis de Linguagem na modalidade oral e escrita. Fenômenos Semânticos: Sinonímia, Antonímia, Polissemia, Ambiguidade, Homônimos e Parônimos. Ortografia Oficial. Coerência Textual. Coesão Textual. Concordância Nominal e Verbal. Regência Nominal e Verbal. Colocação pronominal. Pontuação. Figuras de Linguagem: Metáfora, Metonímia, Silepse, Ironia,

Tipologia: Notas de aula

2012
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 03/05/2012

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

4.7

(108)

325 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Português para concurso e outras Notas de aula em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! 1 RESUMO: LÍNGUA PORTUGUESA Obs: O candidato deverá considerar a nova Reforma Ortográfica contida no Decreto n.º 6.583, de 29 de setembro de 2008. Compreender e interpretar textos. Níveis de Linguagem na modalidade oral e escrita. Fenômenos Semânticos: Sinonímia, Antonímia, Polissemia, Ambiguidade, Homônimos e Parônimos. Ortografia Oficial. Coerência Textual. Coesão Textual. Concordância Nominal e Verbal. Regência Nominal e Verbal. Colocação pronominal. Pontuação. Figuras de Linguagem: Metáfora, Metonímia, Silepse, Ironia, Prosopopéia e Antítese. Acentuação gráfica. Emprego da crase. 2 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E GÊNEROS E TIPOS DE TEXTO Compreensão e Interpretação de Textos Para expandir a capacidade de compreensão e, principalmente, de interpretação, é importante acostumar-se à leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou fato. Ao se ler algo, deve-se notar aspectos particulares que permitam associar o elemento da leitura ao tempo e a acontecimentos, destacar o essencial e o secundário relacionando-o a outros já lidos.Semanticamente, o elemento da leitura encerra em si todas as indagações, permitindo uma análise e oferecendo os subsídios da resposta. Compreender um texto é entender o seu sentido; apreender a situação, o fato, a narração, a tese a nós expostos. Interpretar um texto é conseguir desenvolver em outras palavras a idéia do texto, é, portanto, parafraseá-lo ou reescrevê-lo. Para se interpretar bem um texto, é de suma importância uma boa leitura. Para se entender um texto é necessário uma leitura atenta, em que se notem as suas sutilezas e superficiali-dades. É conveniente marcar as idéias principais e estar atento as entrelinhas, aos detalhes e a todo o contexto. Paráfrase: é o desenvolvimento ou citação de um texto ou parte dele, com palavras diferentes, mas de igual significação. Não há alteração da ideia central. Perífrase: é um circunlóquio, um rodeio de palavras; a exposição de ideias é feita usando-se de muitas palavras. Usam- se mais palavras do que o texto original, isto é, usam-se mais palavras que o necessário. Intertextualidade: é a relação entre dois ou mais textos, cujo tema seja o mesmo, porém tratado de forma diferente. Síntese: é uma resenha, que é feita utilizando-se das palavras do texto. Aparecem apenas as ideias principais. Resumo: é uma representação do texto em que só aparecem as ideias principais, não é necessário que seja com as mesmas palavras do texto. Inferência: é uma informação que não está no texto, mas sim fora dele; está nas entrelinhas ou exige um conhecimento extra textual. Tipologia Textual Descrição: ato de descrever características. Pode ser: Objetiva: descrição com caráter universal. Subjetiva: descrição com caráter particular, pessoal. Técnica: descrição com caráter próprio de um ofício, profissão. Narração: é o relato de um fato, de um acontecimento. Seus elementos são: Fato: é o acontecimento; o encadeamento das ações forma o enredo. Personagens: são os participantes do acontecimento. Principais (mais atuantes) Secundários Ambiente ou cenário: é o lugar onde ocorrem os acontecimentos. Tempo: é a localização cronológica do acontecimento. Foco Narrativo (narrador): a narração pode ser em: 1ª pessoa: narrador-personagem 3ª pessoa: narrador-onisciente/narrador-observador. Dissertação: ato de discorrer sobre um tema. A dissertação divide-se em três partes: Introdução: apresenta a ideia principal a ser discutida. Desenvolvimento: é o desdobramento da ideia central, a exposição dos argumentos. Conclusão: retoma ou resume os principais aspectos do texto e confirma a tese inicial. Tipos de Discurso Discurso Direto: a fala do personagem é, geralmente, acompanhada por um verbo de elocução (dizer, falar, responder, perguntar, afirmar etc), não havendo conectivo, porém uma pausa marcada por sinal de pontuação. Ex.: A mãe perguntou-lhe atarantada: - Onde você pensa que vai? Discurso Indireto: o personagem não fala com suas palavras, é o narrador que reproduz com suas palavras o discurso do personagem. Os verbos de elocução são núcleos do predicado da oração principal seguido de oração subordinada. Ex.: Ele respondeu que sempre saía sozinho. Indireto Livre: é um discurso misto, pois há características do discurso direto e do indireto. A fala do personagem se insere no discurso do narrador, são perceptíveis aspectos psicológicos e fluxos do pensamento do personagem. Ex.: Naquele dia o rapaz havia se declarado à sua vizinha. Ele já tinha sofrido muito. Custava à moça acreditar? Não sabia se tinha feito à coisa certa. 5 palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retomar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. Em qualquer atividade profissional, e mesmo na vida cotidiana, todos precisam conhecer os caminhos da escrita - tanto para escrever de forma inteligível quanto para ler com compreensão. Ler e escrever implicam em comunicação, e para atingir esse objetivo é preciso que o texto seja compreensível. Tratando dos fatores que podem constituir dificuldade para a leitura de um texto, sobretudo aqueles de caráter didático, acreditamos que é possível alterar a forma linguística de um texto de modo a facilitar sua compreensão. Para autores, sugerindo-lhes caminhos para a elaboração de textos mais legíveis, adequados a seu público específico. Para professores - sejam eles professores de português, ou de geografia, história, ciências, ou mesmo de matemática - sugerindo-lhes possíveis parâmetros para a avaliação de textos com que devam trabalhar, e sugerindo-lhes como prever e suprir as dificuldades que os alunos experimentam na leitura dos textos disponíveis. Fique atento: Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: Informativa e de reconhecimento Interpretativa A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retome ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Leitura Capacidade de compreensão e interpretação do contexto sócio- econômico-cultural (leitura do mundo). Para expandir a capacidade de compreensão e, principalmente, de interpretação, é importante acostumar-se a leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou fato. É imprescindível, na leitura, observarem-se as camadas de significados: o denotativo, concreto, com sentido próprio, objetivo, permite uma interpretação apenas; e o conotativo, com sentido figurado e significado subjetivo, atribui novos significados ao valor denotativo do signo. Ao se ler algo, deve-se notar aspectos particulares que permitam associar o elemento da leitura ao tempo e a acontecimentos, destacar o essencial e o secundário relacionando-o a outros já lidos. Semanticamente, o elemento da leitura encerra em si todas as indagações, permitindo uma análise e oferecendo os subsídios da resposta. Linguística A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: 1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário; 6 2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Norma culta: A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta. O Conceito de Erro Em Língua: Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo: Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário. O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza. Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Ex: Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.) Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.) O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.) Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil. As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. 7 A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções. Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorre daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos. Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, consequência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra. A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso. O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula. Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência. A gíria: Ao contrário do que muitos pensam a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar? O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão. Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal. SEMÂNTICA Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração: Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Ex: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto. Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Ex: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos: As Homônimas Podem Ser: Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferente na pronúncia. Ex: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar); Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo); Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio); Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Ex: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar 10 Ex.: Qual de nós comunicou à diretoria o problema com o cliente? Quais de nós comunicaram (ou comunicamos) à diretoria o problema com o cliente? Sujeito oracional: o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: São problemas que convém solucionar antes do final do mês. Da voz passiva pronominal: o verbo apassivado pelo pronome se concorda com o sujeito. Ex.: Alugam-se apartamentos. Vendem-se ilusões. Os problemas se resolveram. Atenção: Se o verbo for transitivo indireto, intransitivo ou de ligação deverá ficar na 3ª pessoa do singular, pois o se não é pronome apassivador, mas indeterminador do sujeito. Ex.: Assistiu-se a bons filmes. Precisa-se de funcionários. 2. Sujeito composto Sujeito composto posposto: O verbo concorda no plural; O verbo concorda com o núcleo mais próximo. Ex.: Chegaram (ou chegou) o Padre e o vigário ao local indicado. Falo (ou falamos) eu e você. Sujeito composto por pessoas gramaticais diferentes: A 1ª pessoa tem preferência em relação à 2ª e à 3ª (nós) EU, TU, ELE => concordância com NÓS. Entre a 2ª e a 3ª, a preferência é da 2ª (vós). TU, ELE => concordância com VÓS. Ex.: Tu, ele e eu voltamos cedo. O chefe e tu fostes generosos. Um e outro / nem um nem outro: o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro candidato pediu (ou pediram) revisão da prova no último concurso. Nem um nem outro senador compareceu (ou compareceram) ao debate organizado pelos alunos. Um ou outro: o verbo fica no singular, pois a expressão traz uma ideia de exclusão. Ex.: Um ou outro candidato ocupará a vaga de assessor legislativo. Com elementos que formam unidade de ideia: o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Paixão e amor inundou (ou inundaram) todo o coração. Com elementos de ideias opostas: o verbo deve ficar no plural. Ex.: Amor e ódio trouxeram-lhe desconfortos durante a vida. Sujeito composto resumido por pronome-síntese: o verbo concorda com o pronome (aposto). Ex.: Diretores, professores, pais, alunos, ninguém compreendeu o discurso emocionado do policial. Com elementos ligados por "ou": Se houver uma ideia de exclusão ou retificação, o verbo concorda com o mais próximo; Se predominar a ideia de alternância, o verbo pode concordar no singular ou no plural; Se houver ideia de adição o verbo concorda no plural. Ex.: Pedro ou José casará com Maria. Pedro ou eu casarei com ela. Esperei que a moto ou o carro passasse (ou passassem). Suco ou sorvete refrescam. 3. Verbos especiais Parecer: quando parecer vier seguido de verbo no infinitivo e tiver sujeito no plural, a f1exão de número pode ser feita num ou noutro verbo. Ex.: Os aposentados pareciam chorar. Os aposentados parecia chorarem. Ser: Quando o sujeito e o predicativo forem nome de coisas, o verbo concorda com o nome que estiver no plural; Ex.: Casamento são ilusões. Imóveis eram riqueza. Se o sujeito ou o predicativo forem nome de pessoa, o verbo concorda com o nome que se refere à pessoa; Ex.: Minhas alegrias é você. A criança foi alegrias. 11 Se o sujeito ou o predicativo forem pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal; Ex.: O enfermeiro sou eu. Os interessados somos nós. Se aparecer a expressão perto de, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou do plural; Ex.: Era (ou eram) perto de seis horas. Indicando hora, data, distância; Ex.: É uma hora. São seis horas. Eram quinze quilômetros. Quando precedido de expressões que indicam quantidade, preço, medida, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Hoje são três / Hoje é três. Concordando com a palavra dia ou dias que está subentendida. Dar / bater / soar: na indicação de horas, esses verbos concordam com o número de horas, se não aparecer outra palavra como sujeito. Ex.: Deu três horas o relógio. Deram três horas no relógio. Soou seis horas o relógio da igreja. Soaram seis horas no relógio da igreja. Batiam duas horas. Batia duas horas o relógio. Os sinos batiam uma hora. Fique atento: Haja vista A expressão fica invariável, pode vir ou não seguida de preposição. O verbo haver pode variar, se vier seguido de palavra plural, não pode vir seguido de preposição. Ex.: Haja vista (a)os problemas, o diretor foi demitido. Hajam vista os problemas, o diretor foi demitido. Os verbos impessoais, por não possuírem sujeito, ficam na 3ª pessoa do singular. Ex.: Houve crimes hediondos na periferia na última madrugada. Fez três anos que morreu. Deve haver livros suficientes para todos na biblioteca. CONCORDÂNCIA NOMINAL Regra geral: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex.: Pessoas caridosas e felizes iam pela estrada deserta e sombria daqueles lados do sertão. Casos Particulares Adjetivo em função de adjunto adnominal: Adjetivo anteposto aos substantivos: o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo (atração); Adjetivo posposto aos substantivos: o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo (atração) ou com todos os substantivos (primazia). Ex.: O apaixonado rapaz e a moça saíram atrás de melhores condições de vida. A apaixonada moça e o rapaz saíram atrás de melhores condições de vida. A funcionária e o chefe nervoso notaram a falta do dinheiro no cofre. A funcionária e o chefe nervosos notaram a falta do dinheiro no cofre. Adjetivo em função do predicativo: Adjetivo anteposto aos substantivos: o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo (atração) ou com todos os substantivos (primazia); Adjetivo posposto aos substantivos: o adjetivo concorda com todos os substantivos (primazia). Ex.: Consideraram mortas as plantas e os animais. Consideraram mortos as plantas e os animais. Consideraram as plantas e os animais mortos. Era generosa a mãe e o irmão. (Note que o verbo também fica no singular) Eram generosos a mãe e o irmão. A mãe e o irmão eram generosos. Obrigado, mesmo, próprio, incluso, leso, junto, anexo: essas palavras variam em gênero e número. Ex.: A própria/mesma diretora disse obrigada. Eles disseram obrigados pela taxa já inclusa no valor a pagar. As crianças saíram juntas na noite passada. 12 É crime de lesa-pátria ofender o Presidente. Anexas ao documento, seguem as cartas de cobrança. Atenção: As expressões em anexo, junto de, junto com e junto a são invariáveis. Ex.: As fotocópias em anexo devem ser autenticadas. As crianças saíram junto com o pai. A bolsa junto à porta me pertence. A apostila junto do material é minha. Meio: Como advérbio é invariável (tem valor de um pouco); Como numeral fracionário é variável (tem valor de metade). Ex.: A fruta estava meio estragada. Comeu vorazmente meia fruta e saiu correndo. Só, sós, a sós: Como advérbio é invariável (equivale a somente, apenas); Como adjetivo é variável (equivale a sozinho); A expressão a sós é invariável. Ex.: Todos viram, só o professor não. Os marginais estavam sós / Fiquei só. Ficaram a sós / Fiquei a sós. Menos, pseudo, alerta, a olhos vistos: são invariáveis. Ex.: Hoje, os jovens têm menos força do que na década de sessenta. Os policiais ficaram alerta ao perceber o tumulto na manifestação. Os pseudomédicos não participaram do congresso organizado pela universidade. Os bens foram roubados a olhos vistos. Atenção: Se a palavra alerta acompanhar substantivo será adjetivo, portanto varia. Ex.: Os policiais alertas notaram o tumulto. Bastante, caro, barato, longe: Como advérbios são invariáveis; Como adjetivos ou pronomes adjetivos é variável. Ex.: No Brasil, alguns livros são bastante raros. Há bastantes estudantes carentes que abandonam o ensino superior por não poderem pagar a mensalidade. Sempre morei longe dos meus locais de trabalho. Terras longes são vendidas por valores simbólicos. Livros bons custam caro / barato. Roupas boas são caras /baratas. Atenção: As palavras caro e barato ficam invariáveis com o verbo custar. Ex.: As roupas custam barato/caro. É proibido / é necessário / é bom / é preciso... Se, nessas expressões, o sujeito não vier precedido de determinante, o verbo e o adjetivo ficam invariáveis; Se o sujeito vier precedido de determinante, o verbo e o adjetivo concordam com o sujeito. Ex.: É proibido entrada. Água é bom. Prudência é necessário. Fita verde no cabelo é bonito. É proibida a entrada. Essa água é boa. Alguma prudência é necessária. A fita verde no cabelo é bonita. Quite: É variável em número. Ex.: Estou quite com você. Os jovens estavam quites com o serviço militar, por isso foram admitidos naquela empresa. O mais (menos) ... possível/os mais (menos) ... possíveis: nessas expressões a palavra possível concorda com o artigo que inicia a expressão. Ex.: Trouxe problemas o mais difíceis possível. Trouxe problemas os mais difíceis possíveis. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Regência é a relação de dependência que se estabelece entre dois termos. 15 Ex.: Os candidatos procederam ao debate calmamente. Pisar É TD. Ex.: Não pise o gramado, nem pise o meu pé. Querer TD quando significa desejar. Ex.: O povo sempre quis um governo democrático e interessado em causas sociais. TI quando significa estimar, gostar. Ex.: Os pais sempre querem aos filhos, é sempre um amor imenso. Simpatizar / antipatizar São verbos TI, não são pronominais e exigem a preposição com. Ex.: Os eleitores não simpatizavam com a proposta governista. Ninguém antipatizou com o novo chefe de sessão. Visar TD quando significa dar visto, mirar. Ex.: Na embaixada, a funcionária visou meu passaporte. O policial visou o meliante e atirou. TI quando significa pretender, ter em vista, ter por objetivo. Ex.: O Palmeiras visava à vitória. (O Palmeiras visava a ela.) Os pronomes oblíquos que substituem o OD são: o, a, os, as, os; e o OI: lhe, lhes. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI. Quando os verbos possuem regências diferentes não se deve atribuir um único complemento. Observe os exemplos: Os policiais visaram e atiraram no meliante. ERRADO Os policiais visaram o meliante e atiraram nele. CORRETO Gostou e comprou o livro. ERRADO Gostou do livro e comprou-o. CORRETO Sempre que a oração iniciar-se por pronomes relativos, interrogativos, advérbios interrogativos ou conjunção, a preposição exigida pelo verbo deve preceder tais palavras. Donde você vem? (De + onde) Falei do filme a que assisti ontem. Eram políticos com quem antipatizávamos. COLOCAÇÃO PRONOMINAL A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo: 1. Próclise: pronome antes do verbo 2. Ênclise: pronome depois do verbo 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo Próclise A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: • Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair dessa cama. Ninguém me falou que tinha prova. • Advérbios: Nesta casa se fala alemão. Naquele dia me falaram que a professora não veio. • Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. • Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? Todos se comoveram durante o discurso de despedida. • Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! Aquilo me constrangeu a mudar de atitude! • Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar. • Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. Ênclise 16 A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando: • Verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns aos outros. Sigam-me e não terão derrotas. • O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. Chamaram-me para ser sócio. • O verbo estiver no infinitivo: Eu não quis vangloriar-me. Gostaria de elogiar-te hoje pelo bom trabalho. • O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se, beijando-me a face. • Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. Mesóclise A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito: A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. Por Sabrina Vilarinho Graduada em Letras Equipe Brasil Escola PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc. DIVISÃO E EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO: Ponto (.) Indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Desejava falar com o Padre pela manhã. Separar períodos entre si. Ex.: Não reclame. Entre e fique calado. Nas abreviaturas Ex.: Av.; V. Ex.ª; Pe. Dois-Pontos (:) Iniciar a fala de personagens. Ex.: Então o chefe respondeu: - Não comente nada sobre o roubo. Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequencia de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. Ex.: Li poucos autores: Machado de Assis, Clarice Lispector e Jorge Amado. Antes de citação. Ex.: Como afirmou Descartes: "Penso, logo existo." Reticências (...) Indicar dúvidas ou hesitação do falante. Ex.: Entenda ... quero ver os documentos para liberá-lo, porque ... Deixa para lá. Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. Ex.: Você pode me ajudar a ... Ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia. Ex.: Nunca mais voltarei a falar desse assunto que me traz dor ... Indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita. Ex.: "Alguma coisa acontece com o meu coração ( ... ) E os novos baianos te podem curtir numa boa." (Sampa Caetano Veloso) 4. Parênteses (()) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. Ex.: A 2ª Guerra Mundial (1939-1945) trouxe marcas sociais profundas. Lula (Presidente da República) quer baixar os juros. 17 Atenção: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. Ponto de Exclamação (!) Após vocativo. Ex.: "Deus! Onde estás que não respondes?" ("Navio Negreiro" - Castro Alves) Após imperativo. Ex.: Volte cedo! Após interjeição. Ex.: Ah!/Ai! Após palavras ou frases que denotem caráter emocional. Ex.: Puxa vida! 6. Ponto de interrogação (?) Em perguntas diretas. Ex.: Que é importante para a prova? Às vezes, junto com o ponto de exclamação. Ex.: - Eu?! Você tem certeza? Ponto-e-vírgula (;) Separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência etc. Ex.: Art. 127 - São penalidades disciplinares: I – advertência e II - suspensão. Separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenha sido utilizada a vírgula. Travessão (-) Dar início à fala de um personagem. Ex.: o professor retrucou: Só darei aula se o barulho acabar. Unir palavras. Ex.: Belém-Brasília, sexta-feira Atenção: O travessão também pode ser usado em substituição à vírgula em expressões ou frases explicativas. Ex.: Ronaldinho - jogador brasileiro - foi considerado o melhor do mundo. 9. Aspas (" ") Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. Indicar uma citação textual. Vírgula (,) Usa-se a vírgula obrigatoriamente: Para separar elementos de uma enumeração Ex.: O amor, a paixão, a alegria, a emoção e a dor tomavam conta da pequena mulher naquele instante singular. (Note que o último elemento veio precedido da conjunção e, por isso a vírgula foi dispensada) Separar o aposto Ex.: Itamar Franco, político mineiro, foi Presidente do Brasil. Separar o vocativo Ex.: Homem, que houve com você hoje? Separar o adjunto adverbial deslocado Ex.: Em Brasília, os jovens se interessam por concursos públicos. (Se o adjunto adverbial aparecer no final da oração não haverá vírgula, visto que estará na ordem direta). Ex.: Os jovens se interessam por concursos públicos em Brasília. Isolar o nome de localidades nas datas Ex.: Brasília, 07 de janeiro de 2002. Indicar a omissão de um termo Ex.: O cheiro estava na sala, o defunto, no quintal. Separar as orações coordenadas Ex.: Os candidatos estavam exaustos, porém aguardavam o resultado sem reclamar. Trouxeram os livros, organizaram-nos nas estantes, promoveram a leitura. Separar as orações intercaladas Ex.: Amar ao próximo como a nós mesmos, como já pregou o grande Mestre, é nosso dever. Isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas Ex.: Ronaldinho, que já foi considerado o melhor jogador do mundo, morou num subúrbio do Rio. Separar as orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas) invertidas Ex.: Embora não tenha estudado, foi aprovado. (Se a oração estivesse na ordem direta, a vírgula seria facultativa). Foi aprovado embora não tenha estudado. 20 ACENTUAÇÃO GRÁFICA: ACENTO CIRCUNFLEXO: ANTES AGORA Crêem Creem Dêem deem Lêem leem Vêem veem Prevêem preveem Vôo voo Enjôos enjoos Observação: A acentuação dos verbos ter e vir e seus derivados não muda. No plural, é mantido o circunflexo (ex: elas têm, eles vêm). Já as palavras com mais de uma sílaba continuam recebendo o acento agudo (Ex: ele detém, ele intervém). Acento Diferencial Utilizado para permitir a identificar as palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas), o acento diferencial também é abolido com a reforma ortográfica. Deixam de acentuadas palavras como: - pára (do verbo parar)/para (preposição); - pêra (substantivo)/pera (preposição) -péla (verbo pelar)/ pela (junção de preposição e artigo) - pêlo (substantivo/pelo (do verbo pelar) - pólo (substantivo)/polo (junção de por e lo) Exemplos: ANTES As crianças gostam de jogar polo AGORA As crianças gostam de jogar polo Observação Duas palavras fogem à nova regra: pôr (verbo) e pôde (o verbo conjugado no passado) continuam com o acento diferencial. No caso do pôr é para evitar a confusão com a preposição por. Já o pôde continua com acentuação para não ser confundido com pode (o mesmo verbo conjugado no presente). Nas palavras fôrma/forma o uso do acento é facultativo. Não se usa mais os acentos: 1.Ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (com acento tônico na penúltima sílaba). ANTES AGORA alcalóide alcaloide alcateia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio asteroide asteroide bóia boia Coréia Coreia Celuloide celuloide Claraboia claraboia Colmeia colmeia estréia estreia Européia Europeia heróico heroico idéia ideia jibóia jiboia jóia joia paranoia paranoia platéia platéia Obs: As palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis continuam sendo acentuadas. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 2. No “i” e no “u” tônicos das palavras paroxítonas quando vierem depois de um ditongo. Baiuca , bocaiuva, cauila, feiura, tuiuca. 3. No “u” tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 4. Nas formas verbais terminadas em guar, quar e quir, quando forem pronunciadas com “u” tônico. 21 Exemplo: verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. Já se os verbos terminadas em guar, quar e quir forem pronunciadas com o “a” ou “i” tônicos é necessário utilizar a acentuação. Exemplo: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. Crase (Regras) Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe: Obedecemos ao regulamento. ( a + o ) Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas: Obedecemos à norma. ( a + a ) Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à ) Regra Geral: Haverá crase sempre que: I. O termo antecedente exija a preposição a; II. O termo consequente aceite o artigo a. Fui à cidade. ( a + a = preposição + artigo ) ( substantivo feminino ) Conheço a cidade. ( verbo transitivo direto – não exige preposição ) ( artigo ) ( substantivo feminino ) Vou a Brasília. ( verbo que exige preposição a ) ( preposição ) ( palavra que não aceita artigo ) Observação: Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício: I. Se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo. II. Se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita. Ex: Vim da Bahia. (aceita) Vim de Brasília (não aceita) Vim da Itália. (aceita) Vim de Roma. (não aceita) Nunca ocorre crase: 1) Antes de masculino. Caminhava a passo lento. (preposição) 2) Antes de verbo. Estou disposto a falar. (preposição) 3) Antes de pronomes em geral. Eu me referi a esta menina. (preposição e pronome demonstrativo) Eu falei a ela. (preposição e pronome pessoal) 4) Antes de pronomes de tratamento. Dirijo-me a Vossa Senhoria. REFERÊNCIAS: RETIRADO DE: http://www.reformaortografica.net/category/mudancas/acent o-circunflexo/#ixzz1toGkclCu http://www.tudosobreconcursos.com/crase-regras http://dc260.4shared.com/doc/1_A_00xf/preview.html
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved