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Nocoes de Amostragem, Notas de estudo de Estatística

Nocoes de Amostragem

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 11/05/2012

joaozinho-65
joaozinho-65 🇧🇷

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Baixe Nocoes de Amostragem e outras Notas de estudo em PDF para Estatística, somente na Docsity! r - Capítulo 2 Noções de Amostragem • Em geral, nas pesquisas surgem questões relativas ao plano de amostragem (para obser- vação da realidade) e ao tipo de análise de dados; I • O interesse geralmente está em verificar a veracidade das informações e conclusões obtidas; • Delineamento é o plano estratégico de observação da realidade, que orientará o deta- lhamento posterior dos métodos e técnicas necessárias à pesquisa; • Em geral, as pesquisas podem ser divididas em três grandes grupos: 1. Experimento: o pesquisador controla a ocorrência das variáveis independentes para observar seus efeitos sobre as variáveis consideradas dependentes. Ex: Estudo do efeito da temperatura (40 e 60°C) e do catalisador (A e B) sobre o rendimento de uma reação. Neste exemplo, as variáveis independentes e controlad1as são tempera- tura e catalisador e a variável observada e dependente é o rendimento (experimento com duplicata); 2. Delineamentos não-experimentais: pesquisa onde a unidade de estudo é o ser humano, não sendo possível controlar a variável independente (ou tratamento) (e nem aleatorizar as pessoas em grupos de comparação). Quando trabalhamos com voluntários, é difícil termos aleatoriedade, mas podemos ter o controle das variáveis independentes. Chamamos tal delineamento de quase-experimental; 3. Levantamento por amostragem: este tipo permite a obtenção de informações a respeito de valores populacionais desconhecidos, observando uma parte (amostra) do universo de estudo. 5 Estatística Aplicada às Ciências Humanas • Os elementos da população são as unidades de observação; • População é definida como um conjunto de elementos que possuem pelo menos uma característica comum (definição matemática). Frequentemente por Pfoblemas de co- bertura ou de acesso, esta população é modificada, levando-se efetivamente em conta o conjunto que possa ser estudado (população de estudo), e seu tamanho é definido pelo número de elementos identificáveis (N) que a compõem; • A menor parte distinta da população é chamada de unidade amostral, identificada para a coleta; • Por que amostragem? economia, tempo, confiabilidade dos dados e operacionali- dade; • Por que não amostragem? população pequena, característica de fácil mensuração e necessidade de alta precisão. 2.1 Fases do Levantamento por Amostragern Fase 1 Formular o problema: qual objeto em estudo será considerado; definir a popula- ção de estudo; definir o objetivo (o que significa explicitar com precisão as evidências pretendidas e o uso do conhecimento adquirido); definir as variáveis (identificar as ca- racterísticas) que serão observadas e analisadas; Fase 2 Plano de amostragem: compreende a definição do tamanho e do esquema de amos- tragem. Definir aqui se o plano de coleta é descritivo ou analítico; definir variáveis priorítárías a serem observadas, os fatores que serão controlados. Podemos também aqui decidir de que forma os resultados serão organizados, as medidas para cálculo e estratégias para verificação das hipóteses ou resultados esperados; Fase 3 Análise dos dados: análise estatística e interpretação dos resultados. 6 Estatística Aplicada às Ciências Humanas 2.5 Tipos de Amostragem Probabilística 1. Amostragem casual simples: a amostragem aleatória simples é a mkneira mais fácil de selecionar uma amostra aleatória (a.a.) de uma população. A população deve ser finita e homogênea. Considere uma listagem de todos os N elementos. A amostra é formada por n elementos desta população, sorteados aleatoriamente. Todas as combi- nações de n elementos diferentes dos N elementos têm igual probabilidade ue formar a amostra a ser efetivamente estudada. Cada elemento é sorteado seJ reposição e em cada etapa do sorteio, todos os elementos têm nova e igual chance de serem sorteados. Temos aqui (~) amostras possíveis e cada amostra tem probabilidade 1/(~) de ser sorteada. No sorteio não existe reposição e a ordem não é importante. Tal sorteio pode ser feito utilizando, por exemplo, a tabela de números aleatórios; 2. Amostragem aleatória estratificada: é a técnica de obtenção de amostra, onde a população de N elementos está subdividida em grupos, chamados estr[atos. Amostras aleatórias de tamanho nh são coletadas de cada estrato; tal esquema é utilizado para eliminar a variabilidade entre os grupos. Os estratos são internamente muito pareci- dos (homogêneos com respeito à variável de interesse), mas existe grande variação da característica de interesse de estrato para estrato. É interessante perceber que a amos- tra coletad; mantém a composição da população em algumas características básicas, também que as amostras de cada um dos estratos podem ser de mesmo tamanho, pro- porcional ao tamanho do estrato ou ainda ótima (proporcional ao tamanho dos estratos e à variação da variável de interesse); 3. Amostragem aleatória por conglomerado: os elementos da população estão reu- nidos em grupos (conglomerados) e alguns destes conglomerados são sorteados para compor a amostra. Estes são internamente muito diferentes, mas de conglomerado para conglomerado existe certa semelhança. Podemos ter conglomerados de tamanhos diferentes. Este tipo de amostragem é prático e econômico; 4. Amostragem aleatória sistemática: consiste em considerar os N elementos da população, reunidos em grupos definidos por um intervalo de amplitude N[ri e sortear um elemento de cada grupo para compor a amostra (este tipo de amostragem é adotado para o sorteio de amostras estratificadas sob o critério de proporcionalidade). 9 ,,' Estatística Aplicada às Ciências Humanas 2.6 Tipos de Amostragem Não-Probabilística 1. Amostragem Acidental: amostra formada por aqueles elementos que vão apare- cendo, até completar a amostra. geralmente utilizada em pesquisas de lopinião, em que os entrevistados são acidentalmente escolhidos. 2. Amostragem intencional: escolha intencional dos indivíduos pertencer à amostra. 3. Amostragem por quota: este tipo abrange 3 fases: • classificação da população em termos da propriedade que se conhece sobre a ca- racterística relevante a ser estudada; • determinação da proporção da população para cada característica, com base na constituição conhecida, presumida ou desejada; • fixação das quotas para o responsável pela seleção dos elementos. 2.7 Pesquisa sobre perfil da juventude brasileira • Esta pesquisa teve como base uma pesquisa realizada sobre o perfil da juventude bra- sileira (Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional; organi- zadores: Abrama, H. W.; Branco, P.P.M. et ai.), Editora Fundação Perseu Abramo, 2005) • Apresentação: - A pesquisa Perfil da Juventude Brasileira é uma iniciativa do Projeto Juven- tude/Instituto Cidadania, com a parceria do Instituto de Hospitalidade e do Se- brae. Foi realizada sob a responsabilidade técnica da Criterium Assessoria em Pesquisas (Núcleo de Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo,1999); - Trata-se de um estudo quantitativo, realizado em áreas urbanas e rurais de todo o território nacional, junto a jovens de 15 a 24 anos, de ambos os sexos e de todos os segmentos sociais. Os dados foram colhidos em novembro e dezembro de 2003; - A perspectiva deste levantamento, parte integrante do Projeto Juventude, é servir como ferramenta nas análises e projetos desenvolvidos por todos os tipos de insti- tuições e agentes que estejam voltados, direta ou indiretamente, para esse público específico. I 10 Estatística Aplicada às Ciências Humanas • Metodologia - Universo: população de 15 a 24 anos, residente no território brasileiro - 34,1 milhões de jovens, ou 20,1% do total da população (Censo 2000 - IBGE) . - Amostra: probabilística nos primeiros estágios (sorteio dos municípios, dos setores censitários e dos domicílios), combinada com controle de cotas de sexo e idade para a seleção dos indivíduos (estágio final). Total de 3.501 entrevistas, distribuídas em 198 municípios, estratificados por localização geográfica (capital e interior, áreas urbanas e rurais) e em tercis de porte (pequenos, médios e grandes), contemplando 25 estados da União. Expansão amostral nas 9 regiões metropolitanas e no Distrito Federal. Abordagem: aplicação de questionário estruturado, em entrevistas pessoais e do- miciliares (tempo médio de uma hora de aplicação). 2.8 Pesquisa sobre perfil dos alunos da UFSCar • A pesquisa sobre perfil dos alunos da UFSCar teve como base a sobre perfil da juventude brasileira. Algumas restrições e considerações foram feitas para adaptar ao universo da UFSCar, considerando também as condições da disciplina. • Dimensionamento da Amostra: consideramos as três grandes áreas do Campus UFSCar - São Carlos (28 cursos, totalizando 1150 vagas) e desconsideramos o período do curso (integral, noturno ou vespertino - noturno). • A Tabela 2.2 mostra a distribuição das vagas segundo os centros. Tabela 2.2: Número de vagas, segundo as áreas na UFSCar (Campus São Carlos). Centros Cursos Número de vagas Ciências Biológicas e da Saúde 7 240 (21%). Ciências Exatas e de Tecnologia 13 600 (52%) Centro de Educação e Ciências Humanas 8 310 (27%) Total 28 1150 (100%) • Um primeiro cálculo do tamanho da amostra (a.a.s.) pode ser feito, mesmo sem conhe- cer o tamanho da população, através da seguinte expressão (Barbetta, 2001): II
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