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Guias e Dicas
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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA, Teses (TCC) de Pedagogia

Gravidez na Adolescência - TCC

Tipologia: Teses (TCC)

2012

Compartilhado em 19/10/2012

alefe-gomes-2
alefe-gomes-2 🇧🇷

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Baixe GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA e outras Teses (TCC) em PDF para Pedagogia, somente na Docsity! GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA TRABALHO DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM DE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO II APRESENTADO A Prof.ª ROGÉRIA Adriana Oliveira Barbosa, Cleuquia Oliveira Lima Sena, Ediléia Barbosa de Sousa Alves, Jaíny Lopes de Oliveira e Zilene Duarte Vicente Gomes. 20 de Outubro de 2012 SUMÁRIO 1.Introdução------------------------------------------------------------------------------.3,4 2.Levantamento de dados--------------------------------------------------------------5,6,7,8 2.1.Breve Histórico---------------------------------------------------------------------.9 3.O diagnostico do Ambiente----------------------------------------------------------10 3.1.Análise swot (sthregts, weaknesses opportunities and threats )---------------10 *Ambiente Interno-----------------------------------------------------------------------10 Pontos Fortes-----------------------------------------------------------------------------10 Pontos fracos-----------------------------------------------------------------------------11 *Ambiente Externo----------------------------------------------------------------------11 Oportunidades----------------------------------------------------------------------------11 Ameaças-----------------------------------------------------------------------------------12 4.A pesquisa------------------------------------------------------------------------------13 4.1.A escolha do tema-------------------------------------------------------------------13 4.2.Problema------------------------------------------------------------------------------13 4.3.Objetivos------------------------------------------------------------------------------13 4.3.1. Objetivo geral----------------------------------------------------------------------13 4.3.2. Objetivos específicos--------------------------------------------------------------13,14 4.4. Justificativa----------------------------------------------------------------------------14 5. Pesquisa bibliográfica------------------------------------------------------------------15 5.1. Gravidez na Adolescência----------------------------------------------------------15,16 5.2-A prevenção de gravidez na adolescência- Uma visão interdisciplinar-------16,17 5.3. Causas da gravidez--------------------------------------------------------------------17,18 5.4. Consequências da gravidez não planejada na adolescência---------------------19 5.5. Motivos que levam a gravidez na adolescência-----------------------------------19,20 5.6. Fatores que levam a relação sexual precoce-------------------------------------20,21 5.7. A pluralidade encontrada na gravidez----------------------------------------------22 5.8. Obstáculos para o uso dos métodos anticonceptivos-----------------------------22,23 5.9. Motivo do não uso de métodos contraceptivos----------------------------------23,24 5.10. Tipos de métodos mais usados pelos adolescentes-----------------------------24,25 Proposta de intervenção------------------------------------------------------------------26 Conclusão----------------------------------------------------------------------------------27 Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------28,29 Anexos-----------------------------------------------30,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41 2. Levantamento de dados A gravidez na adolescência desde 98 vem aumentando no mundo e, no Brasil, houve um aumento de 7,8%: passou de 515 mil para 533 mil mães adolescentes. Em São Paulo ocorreu uma diminuição de 34% – de 148 mil para 96 mil. É importante lembrar que a gravidez na adolescência de 10 a 14 anos passou no Brasil de 16.000 para 22.000, sendo que o aumento concentrou-se em regiões do Norte e Nordeste. Isso representa no Brasil que, a cada 18 minutos, uma menina de 10 a 14 anos dá à luz uma criança. Uma por minuto, no Brasil, dá à luz entre 10 e 20 anos. O Estado de São Paulo tem o menor índice de gravidez na adolescência, mas o número é de uma a cada 5 minutos, de 10 a 20 anos. Se os jovens têm acesso à informação, por que ocorrem ainda tantos casos de gravidez? A própria garota diz que usou preservativo e engravidou mesmo assim… Isso é possível? Todas as pesquisas apontam que cada vez mais os adolescentes têm informação. A informação não garante a mudança de comportamento. A insegurança dificulta a negociação com o parceiro para o uso do preservativo. As pesquisas feitas junto com a OMS – Organização Mundial da Saúde – mostraram que a menina tem insegurança e medo de não agradar o parceiro e o menino tem medo de falhar. A situação de medo e insegurança, aliada ao pouco tempo de vínculo com o parceiro, dificulta a possibilidade de diálogo entre eles. Mais de 90 dos adolescentes conhecem os preservativos e algum método anticoncepcional e 30% usam esses métodos nas primeiras relações sexuais. O uso do preservativo aumentou entre os jovens, mas eles deixam de usá-lo conforme aumenta o tempo de relacionamento. O adolescente tem um tempo diferente do tempo do adulto. Muito tempo pode ser dois meses. Como prova de carinho ou de fidelidade, o adolescente pode deixar de usar o preservativo ou algumas vezes usar e outras não. O que pode levar a uma gravidez é a adolescente ter duas relações na mesma noite ou dia e usar o preservativo em uma só. Existe um perfil de jovem que engravida cedo? Está relacionado a que fatores? O perfil da adolescente que engravida é idade entre 15 e 17 anos, que tem mais insegurança, baixa autoestima. Adolescentes filhas de mães adolescentes engravidam mais, filhas de pais separados e adolescentes que têm poucos amigos e não se sentem aceitas na escola, mas principalmente adolescentes que depositam no parceiro toda a necessidade de aprovação, aceitação. Adolescentes que dizem: “Só ele me entende, só ele sabe o que sinto. Ele é o meu número, só penso nele. Sem ele não vivo.” A adolescente que tem pouca inserção em grupos, que não tem diversidade de opções de atividades, que não consegue fazer uma rede e fica algemada ao parceiro. 5 Quando ela tem um grupo da escola, do esporte, de dança ou teatro, ela tem vários movimentos de discussão e trânsito. Vai desenvolvendo o seu juízo crítico, sua capacidade de negociação. Essa é a rede que protege a adolescente. Aquela que só tem um amigo ou namorado, fica presa e corre riscos. Toda gravidez na adolescência é “indesejada” ou existem muitas jovens que engravidam de propósito? Por quê? É preciso discutir o que é desejo. Muitas adolescentes dizem que desejaram a gravidez num processo de desafio. Quando você pergunta se elas desejam que suas filhas fiquem grávidas na adolescência, elas respondem “De jeito nenhum, quero que engravidem aos 25, 30, porque é muito duro ficar grávida na adolescência”. O que é engravidar de propósito? É muitas vezes não ter opções, um leque de opções para escolher. Então “de propósito” vira “sem querer”, um “acidente”. A gravidez é muito séria para acontecer de forma inesperada. Por isso, mesmo que as adolescentes digam eu quis, eu desejei, é preciso refletir sobre por que as adolescentes desejaram engravidar tão cedo. Desejar algo envolve conhecimento e muitas vezes o conhecimento da gravidez é superficial e mágico. A maior parte das adolescentes diz depois que não sabiam “como era difícil cuidar de uma criança”. Quais são as consequências emocionais nos jovens pais e mães? Os jovens pais e mães passam rapidamente da situação de adolescentes, que ainda estão sendo cuidados pela família, para cuidadores de uma criança. As estatísticas mostram que mais da metade das jovens são abandonadas pelo parceiro ainda na gravidez. A adolescente fica insegura e se sente muitas vezes rejeitada, pode perder seu grupo de amigos e tem dificuldade de retornar à escola. O conto de fadas com o namorado e a criança se desfaz. Tudo é muito rápido para que ela possa arrumar uma casa e viver junto com a criança e o namorado. Geralmente ela mora com a mãe ou com os sogros, caso ela fique com o parceiro. Ou tem a ilusão de que ele vai trabalhar para arrumar uma casa. A realidade mostra que em 70% dos casos quem assume a gravidez é a família da menina, o que gera cobranças e conflitos. O menino não está socialmente preparado para assumir a gravidez, ele é poupado e, se economicamente não tem condições, ele pode ser excluído. É difícil para os jovens, agora pais, conciliar cuidar deles e do bebê. Eles necessitam de ajuda. Qual o perigo de uma segunda gravidez na adolescência? Qual o percentual de meninas adolescentes que engravidam uma vez e acabam engravidando de novo ainda muito jovens? Por que isso acontece? 6 A segunda gravidez na adolescência acontece em torno de dois anos depois da primeira. Se não for feito um trabalho com essa jovem, os números mostram que 40% voltam a engravidar. Existe o mito de que quem engravida na adolescência aprende a lição, mas constata-se que os adolescentes que engravidam ficam mais frágeis, mais inseguras, com baixa autoestima e muitas vezes uma imagem corporal negativa. E se ainda têm um mau relacionamento com o parceiro, elas ficam vulneráveis em um novo relacionamento. Com dificuldades elas tomarão a atitude de se prevenir de uma segunda gravidez. Se o novo namorado se mostrar afetivo e cuidador da criança do outro relacionamento, pode haver um movimento de dar também a ele um filho já que ele cuida do filho do outro. Se há idas e vindas do parceiro antigo, ela não está preparada para se prevenir. A segunda gravidez, portanto, pode acontecer em 60% dos casos com o novo parceiro, mas com menos apoio familiar e com o rótulo “é o destino”. Dificilmente volta para a escola e sua única opção será ser mãe. Em geral, como reagem os pais das adolescentes grávidas? Existe um trabalho também com a família na casa do adolescente? Houve uma mudança: hoje raramente expulsam as filhas de casa. Num primeiro momento ficam bravos, criticam e, depois, mantêm uma cobrança contínua. Apesar de “aceitarem” isso não garante que os pais sejam parceiros nessa gravidez. O trabalho que é feito na casa do dolescente com a família é justamente discutir o processo de gravidez na adolescência, como será esse apoio, preparar os pais para que eles não culpem e cobrem os adolescentes, mas que ajudem nessa fase. É discutida a importância de voltar à escola, de facilitar que os adolescentes tenham um grupo de amigos, possam fazer atividades, dividam as tarefas e não fiquem o tempo todo sendo rotulados. Isto vai fazer com que a adolescente se sinta segura, possa exercer suas atividades de mãe, previna uma segunda gravidez e possa se relacionar com ela e com o mundo numa perspectiva de um futuro feliz. Na sua opinião, os problemas dos adolescentes são causados mais por fatores externos, como a sociedade e o meio, ou mais por fatores pessoais e familiares? A sociedade gera uma cultura de desafios para o adolescente em relação ao mundo adulto. Se a sociedade que impõe esses desafios e riscos não gera uma rede de proteção, estímulos e perspectivas, os adolescentes se sentirão abandonados e as famílias sozinhas não poderão enfrentar as situações de conflitos. Os adolescentes são vítimas e não culpados pelo mundo em que vivem. Eles podem ter uma grande força de mudança. Para isso é preciso gerar uma cultura de acolhimento e participação. Se os adolescentes têm tendência grupal e gostam de viver em grupo, 7 cabe à sociedade, ao país, estimular serviços, leis, espaços que possam acolher, atender e promover a participação dos adolescentes. 3.1 Análise Swot (Sthregts, Weaknesses, opportunities and threats)  Ambiente Interno Pontos fortes: (Força) são os fatores que podem influenciar e considerados um ponto positivo. - O esporte e lazer. - Participação religiosa. - Programas sociais, como o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e o Pró- Jovem. - Discussões de temas relacionados sobre sexo na escola. - Acesso as informações através da mídia, internet, televisão e revistas. 10 Pontos fracos: (Fraqueza) são fatores negativos que possuem influência direta. Por conta de problemas e comunicação. São as desvantagens. - Diminuição da idade da menarca. - Iniciação sexual cada vez mais precoce. - Inadequação das informações sobre sexualidade e métodos contraceptivos. - Baixo acesso aos serviços de saúde. - Não utilização de métodos por receios que seus pais descubram que estão tendo relações sexuais. - Pensamento mágico ( isto nunca vai acontecer comigo). - Histórico e presença de conflitos familiares. - Abuso de drogas principalmente bebidas alcoólicas. - Faltas de expectativas e perspectivas educacionais e profissionais ausentes ou baixas. - Falta de uma comunicação aberta entre pais e filhos.  Ambiente externo Oportunidades: são fatores que não possuem a influência, são externos, mas contam como um ponto positivo em sua atuação e vantagem. - A falta de informação sexual. - O grupo social de amizades com padrões de relacionamentos pré-estabelecidos. - A precocidade da sensualidade e a omissão dos pais em relação a isso. - A moda – roupas sensuais. - A dança funk – desde cedo as meninas e meninos aprendem as coreografias, muitas vezes incentivados por seus pais, familiares e vizinhos adultos. - Celular – Redes sociais. 11 - Baixo nível socioeconômico – a gravidez representa oportunidade de ascensão social. - Baixa escolaridade – com a gravidez reforça-se a ideia de evasão. Ameaças: são fatores fora do controle e negativos. - Falta de compreensão do parceiro. -Tentativa de aborto. -Evasão escolar. - Autonomia financeira – As adolescentes estão mais visíveis nos espaços públicos da cidade, procurando seu próprio parceiro. - Independência no plano psicológico e afetivo. – O amor livre – Através da mídia a adolescente é estimulada a procurar seus parceiros. 12 4. A Pesquisa 4.1 A Escolha do Tema Palavras-Chave: Gravidez na adolescência. A adolescência é definida como o período de transição entre a infância e a idade adulta caracterizada por instabilidade emocional, mudanças corporais e sociais. Grande parte dos jovens chega à maturidade sexual antes de atingir a maturidade social, emocional ou a independência econômica. Ao mesmo tempo, a erotização do adolescente é promovida pela mídia, que contribui com grande intensidade pela exibição de filmes, novelas, shows, programas e comerciais, em que o erótico e o pornográfico está presente, transformando fatos que gerariam problemas na vida real em situações que se resolvem da melhor maneira possível na tela com uma visão distorcida sobre sexualidade, estimulando a iniciação sexual precoce. Questões individuais não bem explicitadas são colocadas como correto a ser seguido, isso influencia de maneira bem desastrosa aos adolescentes que estão iniciando a sua formação e sua orientação afetivo sexual, que, na ausência de domínio das práticas contraceptivas, pode resultar em gravidez não planejada. Trata-se de um relato sobre as investigações científicas sobre gravidez na adolescência realizada por pesquisadores renomados nacional e internacionalmente. A adolescência é uma fase em que os jovens não se sentem mais crianças e ainda não são adultos. O corpo está passando por intensas transformações. Fisicamente já são capazes de engravidar, mas emocionalmente não estão maduros para serem pais e mães. Isso porque eles ainda não têm claros seus projetos de vida para o futuro, muitos não se sentem responsáveis pelo rumo de sua própria vida e ainda são muito dependentes dos pais. Por outro lado, os adolescentes têm muita curiosidade a respeito de tudo, inclusive de sexo. Estão em contato a todo instante com cenas de sexo na televisão, cinema e nas conversas com amigos. Isso os deixa confusos e com vontade de colocar em prática o que veem e escutam. Tudo isso leva os adolescentes a iniciarem a atividade sexual cada vez mais cedo. E, por desconhecerem o funcionamento do seu corpo, acabam engravidando. Há cada vez mais adolescentes tornando-se mães e pais. Para diminuir a incidência destes casos, não basta falar sobre os métodos contraceptivos, é necessário desvendar essa questão analisando diversos pontos para compreendê-la. 15 Nem sempre a falta de informação é o motivo principal e sim a falta de um projeto de vida. Desta forma é importantíssimo esse trabalho, porque vai de encontro a necessidade dos adolescentes. Indica a falta de contracepção nas relações sexuais, a gravidez e a maternidade. São eles: desvantagens comunitárias e desorganização; vínculo e sucesso na escola; vínculo a instituições religiosas; estrutura e condição econômica das famílias dos adolescentes; vínculo e dinâmica familiares; comunicação e crenças dos pais sobre sexualidade e contracepção; atitudes e comportamento dos pares; presença de um parceiro e as características do parceiro; abuso sexual; antecedentes biológicos; condição étnica; engajamento em outros comportamentos de risco e perturbação emocional; e antecedentes psicossociais sexuais. No que tange a contracepção, outro estudioso no assunto faz referência ao conceito francês definindo esse termo como uma norma social plenamente aprendida que resume os argumentos médicos e psicológicos comumente invocados para a gravidez na adolescência. Enfatiza-se nesse trabalho a preferência do adolescente pelo instantâneo, pela espontaneidade, e pelo risco e pela crença mágica em sua invulnerabilidade. As resistências à contracepção resultaram do perfil psicológico do adolescente, da necessidade de constatação da fertilidade, da acepção do método contraceptivo como artifício técnico no ato amoroso e da recusa em subordinar a liberdade sexual à dependência médica. Por fim, o desejo inconsciente dos jovens de engravidar ou de ter filho. 5.2 A PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA – Uma visão interdisciplinar. A população brasileira adolescente se encontra muito vulnerável a gravidez, à violência e as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS, sendo que as adolescentes menores de dezoito anos apresentam o maio índices de complicações e mortalidade materna. No Brasil, o parto representa a primeira causa de internação de adolescentes de 10 a 14 anos de idade no sistema público de saúde.  Apenas 14% das jovens de 15 a 19 anos usam algum tipo de método contraceptivo.  Um total de 14% das mulheres abaixo d 15 anos já tiveram ao menos um filho.  Pesquisas sobre a sexualidade dos estudantes entre 13 e 19 anos aponta que 36,06% já tiveram uma experiência sexual. 16 A análise e o estudo dos dados estatísticos relatados tem mostrado que, apesar de todos os esforços envidados no sentido de prevenção da gravidez da adolescência, os resultados tem sido precários. A gravidez na adolescência tem sido identificada como um problema de saúde pública, no Brasil. Atualmente, o percentual de partos em mulheres de 10 a 14 anos, realizados pelo SUS, cresceu 31% e, na faixa de 15 a 19 anos houve um acréscimo de 19%. No Brasil há uma carência de pesquisas que procurem desenvolver e aprimorar programas voltados para a realidade brasileira. Os indicadores atuais demonstram que os poucos programas existentes no Brasil foram capazes de diminuir os índices relacionados com a ocorrência de gravidez na adolescência e reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento infantil, permitindo um vislumbre positivo do que pode vir a ser realizado no combate à gravidez precoce. É importante um trabalho interdisciplinar, envolvendo todos os atores governamentais e não governamentais numa tenção educativa e integral para a prevenção da gravidez não desejada na adolescência. A sociedade não reconhece e tende a ignorar o exercício da sexualidade pelo jovem, muitas vezes no processo educativo, qualquer manifestação de sexualidade é negada, reprimida ou vista como uma certa intolerância. Ao engravidar, as adolescentes “são convidadas a sair da escola” – como péssimo exemplo para as colegas e, com essa evasão a escola deixa de funcionar como fator protetor numa segunda gravidez, que na maioria das vezes acontece dois a três anos após a primeira gravidez. A escola é apontada por todos os especialistas como um dos canais da prevenção da gravidez não planejada na adolescência. 5.3 Causas da gravidez As principais causas são: (1) a idade da primeira relação sexual entre 14 e 17 anos; (2) a infecção vaginal foi o fator de risco mais frequente; (3) o esquecimento e o excesso de confiança foram os motivos apontados pelas adolescentes para não usarem métodos contraceptivos; 17 (4) as complicações mais frequentes foram as endometrites e os restos ovulares. (5) as principais fontes de educação sexual segundo as adolescentes são amigos, meios de comunicação e programas escolares. Raramente os pais. A partir dos anos 80, A concepção de que a gravidez na adolescência é resultante da falta de informação sobre métodos contraceptivos ainda é bastante corrente, tanto na literatura quanto no senso comum. Nesta perspectiva, para solucionar tal problema bastaria haver uma boa difusão de informação sobre o uso correto dos métodos contraceptivos bem como a garantia de acesso aos mesmos. É também frequente a temática sobre contracepção aparecer relacionada à da iniciação sexual. Argumenta-se que, quanto mais precoce a iniciação sexual, menores são as chances de uso de métodos contraceptivos e, consequentemente, maiores são as possibilidades de gravidez. De mesma forma, é estabelecida uma correlação entre escolaridade e contracepção: quanto maior o grau de escolaridade do jovem, maiores são as chances de utilização de algum método tanto na primeira relação quanto nas subsequentes. É interessante a informação acerca das razões em jogo na não utilização de método contraceptivo na iniciação sexual: dentre as mulheres, prevalece a 13 justificativa do “não esperava ter relações naquele momento”, ao passo que dentre os homens, a alegação principal é a do “não conhecia nenhum método”, seguida da “não se preocupou com isso”pois a responsabilidade da contracepção é da parceira (BEMFAM, 1999). Em estudo realizado pela Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil (BEMFAM, 1999), a respeito do comportamento sexual e reprodutivo de jovens brasileiros, a totalidade dos inquiridos “conhecia” algum tipo de método contraceptivo e a maioria já havia utilizado algum método pelo menos uma vez. Todavia, essa mesma pesquisa mostra a “limitação” de seus dados, pois o “nível de conhecimento” inferido está relacionado ao simplesmente “ter ouvido falar” dos métodos, sem detalhar questões acerca da utilização adequada. Segundo esse estudo, os principais métodos utilizados pelos jovens são a pílula anticoncepcional (prevalente entre as mulheres) e o preservativo masculino (prevalente entre os homens). Salienta-se a maior referência ao coito interrompido na coorte masculina. 5.6Fatores que levam a relações sexuais precoces Mais ainda, alguns fatores que levam a relações sexuais precoces como menarca precoce, fracasso escolar, conflito, separação ou divórcio dos pais, doença 20 prolongada ou morte na família e relação tensa com os pais. E outros fatores como: busca de um novo momento por desajustes na família, falta de perspectivas para o futuro, o exercício da sexualidade sem prevenção e no envolvimento da paixão, a ignorância quanto a anticoncepção, a conduta dos pais achando que conhecer métodos anticoncepcionais possam levar seus filhos ao sexo desenfreado. Verifica-se que na realidade, são jovens atingindo o período fértil sem conhecimentos básicos sobre o corpo e seu funcionamento, ficando difícil controlar adequadamente a sua fertilidade. O apoio dos pais, da estrutura escolar, principalmente pelos professores é fundamental para evitar condutas discriminatórias com adolescentes grávidas e para estimular a permanência delas na escola. A literatura médica identifica diferentes argumentos na abordagem em questão, como por exemplo, situação de risco na gravidez precoce e consequências a incapacidade psíquica dos jovens para criar os filhos, os nexos com situações de marginalidade social e econômica, como também as estratégias de inserção social no mundo dos adultos. A autora conclui sua pesquisa dizendo que o conhecimento de tais métodos não garante o seu uso. Contudo, a disponibilidade de maior número de serviços e orientações sobre esses métodos podem favorecer a mudança de atitude dos jovens no que se refere à prática de uso eficiente e preventivo em relação aos métodos contraceptivos. Na Bahia, Almeida analisou a gravidez na adolescência em jovens de três capitais brasileiras. A saber, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A autora conclui que a gravidez na adolescência e, principalmente, a maternidade e paternidade para a maioria dos jovens das camadas mais populares resultam de processos sociais complexos que também os expulsam da escola, ou pelo menos não favorecem seus avanços em termos educacionais. A autora enfatiza a importância da inclusão dos homens na atenção a saúde reprodutiva; ser necessário o acolhimento e o cuidado nos casos de gravidez confirmada, o que implica assegurar assistência pré-natal e ao parto, mas também, a atenção humana e de qualidade para as jovens e seus parceiros quando a gravidez é interrompida. 21 5.7 A pluralidade encontrada na gravidez. Pelo prisma da literatura sobre gravidez na adolescência, pode-se dizer que há uma pluralidade de situações encontradas: gravidez planejada, indesejada, tentativas de aborto, radical oposição ao aborto, arranjos conjugais diversos, uniões exitosas, separações, distintos graus de apoio familiar, reconhecimento social da paternidade, rejeição do vínculo paterno, assunção apenas da criança e não da parceira, paternidade como estímulo ao ingresso no mundo da criminalidade ou a saída da delinquência. 5.8 Obstáculos para o uso dos métodos anticonceptivos A própria literatura na saúde coletiva tem assinalado que a sexualidade masculina, pelo menos na cultura sexual brasileira, é freqüentemente representada como “incontrolável” (Villela & Barbosa, 1996) e, portanto, ser homem significa ter menos controle sobre seus impulsos sexuais. Tal como afirmou Paiva (1994:235): “colocar camisinha, racionalizar ou regrar seus impulso sexuais (...) é trair sua virilidade” É curioso observar que, mesmo após o advento da AIDS e com inúmeras campanhas no sentido da utilização do preservativo, este ainda traz dificuldades para a esfera da relação conjugal. Poder-se-ia esperar que uma geração socializada na era da AIDS tivesse menos percalços com o uso de preservativos? Mas o uso da camisinha ainda acompanha uma classificação moral do universo de parceiras, dividindo-as em mulheres “da rua entre “da casa” O conhecimento sobre ciclo reprodutivo e métodos contraceptivos é precário e vários elementos estão interligados nesta configuração. Pode-se indagar se tal precariedade estaria relacionada a uma falta de informação dada pela baixa (ou fraca) escolaridade dos jovens. Deve-se lembrar que a literatura correntemente afirma que o conhecimento e o uso de métodos contraceptivos é maior entre os mais escolarizados (BEMFAM, 1999; Luker, 1996). Por outro lado, questões de gênero também atuam sinergicamente nesse cenário. A preocupação com a contracepção e a responsabilidade (quase que direta sobre esta) tem reiteradamente caído sobre as mulheres (pelo menos nos últimos trinta anos com o advento do anticoncepcional oral). A esse respeito, Arilha (1998:60) afirma: “filhos e contracepção fazem parte de um universo que ao longo do tempo cristalizou se no imaginário social como sendo do campo das mulheres”. Nesse sentido, uma política 22 de informação aos jovens sobre reprodução e métodos contraceptivos não seria, por si só, suficiente ou eficaz na medida em que esbarraria nesta cultura de gênero. caso negativo, a tendência é providenciar a compra do mesmo ou aconselhar que a parceira consulte um médico. Não faz parte do escopo das preocupações do rapaz saber se o uso da pílula está correto. Em outras circunstâncias, nenhuma medida contraceptiva é adotada a despeito das consecutivas relações sexuais. Dentre estas, perfilam-se os casos em que se alega que é atribuição exclusiva da mulher a responsabilidade com relação à vida reprodutiva, assim como aqueles que (sempre) atribuem à imprevisibilidade das relações o não uso. O conhecimento sobre ciclo reprodutivo e métodos contraceptivos é precário e vários elementos estão interligados. Pode-se indagar se tal precariedade estaria relacionada a uma falta de informação dada pela baixa (ou fraca) escolaridade dos jovens. Deve-se lembrar que o conhecimento e o uso de métodos contraceptivos é maior entre os mais escolarizados (BEMFAM, 1999; Luker, 1996). Por outro lado, questões de gênero também atuam sinergicamente nesse cenário. A preocupação com a contracepção e a responsabilidade (quase que direta sobre esta) tem reiteradamente caído sobre as mulheres (pelo menos nos últimos trinta anos com o advento do anticoncepcional oral). 25 Proposta de Intervenção Criação de grupos dinâmicos onde os pais de adolescentes na faixa etária de 11 à 19 anos, recebam uma educação clara sobre sexualidade, possam rever conceitos sócios culturais, livrando-se de tabus, mitos e preconceitos. E tenham também uma orientação afetivo-sexual, estabelecendo com isso um modelo a ser seguido, onde possa criar um vínculo de confiança com os filhos, para repassar formações sexuais para os filhos adolescentes. Estes grupos poderiam ser realizados nas escolas com apoio dos professores e profissionais de saúde. Num outro momento este mesmo modelo de grupo se destinaria aos adolescentes com fornecimentos de informações claras sobre o funcionamento do corpo e exercício da sensualidade. Disponibilizando e dispensando métodos anticoncepcionais como pílula e camisinha. 26 Conclusão Levando em conta o material pesquisado concluímos que a gravidez na adolescência se configurará como problema quando além de não tiver sido prevista, acaba repercutindo negativamente nos projetos de vida dos jovens pai e mãe, tornando ainda mais complexa a entrada no mundo do trabalho e o prosseguimento dos estudos. Como pais e educadores (as), cabe compreender que, em tal situação, os jovens necessitam de apoio, respeito e muito diálogo. Mais que nunca é imprescindível diante dessa realidade evitar que tanto o rapaz como a moça venham a se tornar alvo de preconceitos e críticas. Esse tipo de tratamento contribui, muitas vezes, para a interrupção ou abandono dos estudos. Veja que extremamente importante é também estimulá-los a uma conversa franca com pais e responsáveis, e isso o mais rápido possível, afinal, eles é que na maioria das vezes poderão oferecer suporte material e afetivo, tão essencial aos futuros e jovens pais. E isso pode ser decisivo para que o jovem permaneça na escola. Os programas de intervenção precoce para gravidez na adolescência devem ter como objetivo prevenir a ocorrência da gravidez na adolescência, aumentar os meios de informação sobre sexualidade, fornecer serviços de pré-natal, diminuir taxa de reincidência de gravidez precoce e promover nos meio sociais projetos para que o adolescente se insira na comunidade como um indivíduo ativo e comprometido com seus alvos. 27 BIBLIOGRAFIA: 1. ARIÈS, P., 1981. História Social da Criança e da Família. Entrevistas com Adolescentes de Batinga. Caso A; 18 Anos 1-O que para você significa a palavra MÃE? R. Uma coisa importante, uma responsabilidade. 2-Dialoga com a mãe sobre métodos contraceptivos?Conheceu sobre isso no posto ou amigas? R.Não.Conheci através de amigas. 3-A questão da sexualidade entre pais e filhos. R.Eu nunca tive a liberdade de procurar minha mãe pra esclarecer alguma duvida que eu tinha, posso dizer que não éramos muito amigas. 4-Como foi o impacto da descoberta da gravidez? O que você sentiu e pensou? R.Ruim. Entrei em pânico queria tomar remédios, pra me matar e matar meu filho,não conseguia pensar em nada minha vida acabava ali. 5-Abandonou a escola apos a descoberta da gravidez?Porque? R.Não. Cursava o terceiro ano do ensino médio, estava quase me formando,no primeiro momento fiquei um pouco acanhada ,mas depois percebi que não valia a pena. 6-Qual a sua relação com o pai da criança?Amigável ou rejeição? R.Somos namorados. 7-Você concluiu seus estudos?Tem planos de trabalhar? R.Ainda não. Sim. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Por quê? R.Não. Porque quase todo o meu tempo tem que me dedicar ao meu filho, ele agora e minha prioridade. 30 9-Como foi a reação da sua família? Rejeição, dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? R.No inicio um pouco de dificuldade mas,depois eles me aceitaram muito bem e ate me ajudam hoje a cuidar do bebe. 10-Pensando no termo MÃE ;O que você acha que seu filho espera de você? R.Espera que eu seja uma mãe dedicada , vou tentar o máximo possível ser amiga do meu filho pra dar a ele aquilo que eu não recebi quando eu precisei dos meu pais. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Não. As vezes eu tenho um pouco de dificuldade com os meus colegas falta compreensão.Sim, tenho receio ao meu corpo apos o nascimento do bebe. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.O melhor possível quero casar com pai dele, ter uma boa vida financeira e profissional. Caso B; 16 anos 1-O que para você significa a palavra MÃE? R. Para me a palavra mãe é tudo. 2-Dialoga com a mãe sobre métodos contraceptivos?Conheceu sobre isso no posto ou amigas? R.Não conheceu através de amigos 3-A questão da sexualidade entre pais e filhos. R.Não, não tinha esse tipo de conversa com a minha mãe tinha vergonha. 4-Como foi o impacto da descoberta da gravidez? O que você sentiu e pensou? R.Ruim, muito ruim.Pensei logo em aborto. 31 5-Abandonou a escola apos a descoberta da gravidez?Porque? R.Não.Porque tinha consciência que devia terminar os estudos. 6-Qual a sua relação com o pai da criança?Amigável ou rejeição? R. Amigável,mas conversamos muito pouco. 7-Você concluiu seus estudos?Tem planos de trabalhar? R.Sim.Sim, quero poder dar um futuro bom pra minhas filhas. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Porque? R.Não.Porque tenho que cuidar delas. 9-Como foi a reação da sua família?Rejeição,dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? R.Apoio e acolhimento. 10-Pensando no termo MÃE; O que você acha que seu filho espera de você? R.Que eu seja uma boa mãe. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Sim, houveram muitas criticas ao meu respeito dentro da escola e eu me sentia um pouco incomodada com isso. Não minhas amigas sempre me apoiavam e me ajudava.Sim, não queria aceitar as deformações do meu corpo depois que engravidei. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Não quero me casar, nem ter mais filhos, quero mesmo é trabalhar e criar minhas filhas juntamente com minha mãe e minha irmã. Caso C; 16 anos. 1-O que para você significa a palavra MÃE? 32 R.Responsabilidade e compromisso. R.Rejeição. 10-Pensando no termo MÃE; O que você acha que seu filho espera de você? R.Uma boa mãe. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Parei de estudar. Criticas das amigas. Não. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Estudar, casar, trabalhar e dar uma vida melhor para meu filho. Caso E; 16 Anos 1-O que para você significa a palavra MÃE? R.E bom ter um filho, mas exige muita responsabilidade. 2-Dialoga com a mãe sobre métodos contraceptivos?Conheceu sobre isso no posto ou amigas? R.Não. Com as amigas. 3-A questão da sexualidade entre pais e filhos. R.Moro com a minha avó que já tem muita idade, tinha vergonha de conversar. 4-Como foi o impacto da descoberta da gravidez? O que você sentiu e pensou? R.Boa, pois gostava muito do pai da criança. Nada. 5-Abandonou a escola apos a descoberta da gravidez?Porque? R.Sim, por causa da gravidez. 6-Qual a sua relação com o pai da criança?Amigável ou rejeição? 35 R.Amigavel, mais somos atualmente separados. 7-Você concluiu seus estudos?Tem planos de trabalhar? R.Não. Sim. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Porque? R.Sim. Levo ele. 9-Como foi a reação da sua família?Rejeição,dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? R.Dificuldade de aceitação, condições financeiras muito baixa. 10-Pensando no termo MÃE;O que você acha que seu filho espera de você? R.Uma boa mãe. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Não. Criticas das amigas e dos familiares. Muita rejeição ao corpo. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Trabalhar, casar, mais tarde poder ter mias filhos. Caso F; 17 Anos 1-O que para você significa a palavra MÃE? R.Hoje muita alegria. 2-Dialoga com a mãe sobre métodos contraceptivos?Conheceu sobre isso no posto ou amigas? R.Não.Através das minhas amigas. 3-A questão da sexualidade entre pais e filhos. 36 R.Não, não podíamos falar sobre esse assunto dentro de casa pois apanhávamos, por isso tinha medo. 4-Como foi o impacto da descoberta da gravidez? O que você sentiu e pensou? R.Ruim.De me matar . 5-Abandonou a escola apos a descoberta da gravidez?Porque? R.Sim. Fui obrigada a parar de estudar, pois meu pai me proibiu. 6-Qual a sua relação com o pai da criança?Amigável ou rejeição? R.Ele faleceu,mas éramos amigos. 7-Você concluiu seus estudos?Tem planos de trabalhar? R.Sim.Sim. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Porque? R.Não vivia pressa dentro de casa fazendo serviços domésticos e cuidando do bebe. 9-Como foi a reação da sua família?Rejeição, dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? R.Rejeição,muita por parte dos meus pais. 10-Pensando no termo MÃE;O que você acha que seu filho espera de você? R.Que eu possa dar a ela um futuro digno. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Não.Sim,todos os vizinhos me apontavam.Não. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Casar , ter um bom futuro,construir uma casa, que ele possa ser um bom pai , um bom marido. 37 Caso G; 13 ANOS. R.Ainda não. Sim. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Porque? R.Não. Responsabilidade de mãe. 9-Como foi a reação da sua família?Rejeição, dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? R.Apoio e acolhimento. 10-Pensando no termo MÃE; O que você acha que seu filho espera de você? R.Muito amor , afeto, cuidado e compreensão. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Não.Não,Sim. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Casar , trabalhar e ter mais filhos depois do casamento. Caso I; 19 anos. 1-O que para você significa a palavra MÃE? R.Não gosto muito de ser mãe. Não tenho paciência pra isso, muita responsabilidade. 2-Dialoga com a mãe sobre métodos contraceptivos?Conheceu sobre isso no posto ou amigas? R.Não.No posto de saúde. 3-A questão da sexualidade entre pais e filhos. R.Não, minha mãe e eu não damos muito bem , brigamos muito. 40 4-Como foi o impacto da descoberta da gravidez? O que você sentiu e pensou? R.Ruim, muito ruim. Tomei remédio, mas não matou. 5-Abandonou a escola apos a descoberta da gravidez?Porque? R.Sim.Porque não tinha vontade mais de estudar. 6-Qual a sua relação com o pai da criança?Amigável ou rejeição? R.Amigos, só amigos não quero nunca mais nada com aquele traste, só quero que ele pague a pensão dos filhos dele. 7-Você concluiu seus estudos?Tem planos de trabalhar? R.Não. Não. 8-Você se sente livre para viver sua vida de adolescente?Porque? R.Sim. eu quero mais é curtir. 9-Como foi a reação da sua família?Rejeição, dificuldade de aceitação ou teve apoio e acolhimento? Rejeição , meu pai quase me mata. 10-Pensando no termo MÃE; O que você acha que seu filho espera de você? R.Coisas boas. 11-Você sente ou teve dificuldade na convivência escolar? Grupo de amigos? Seu próprio corpo? R.Não.Não.Não. 12-Qual o seu pensamento sobre o futuro seu e da criança? R.Ir embora daqui, estudar e melhorar de vida. 41
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