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4622 cirurgia parendodontica, Notas de estudo de Cultura

cirurgia parendodôntica

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 05/11/2012

suyanne-e-candeiro-7
suyanne-e-candeiro-7 🇧🇷

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Baixe 4622 cirurgia parendodontica e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! ISSN 1806-7727 Cirurgia parendodôntica: Avaliação de diferentes técnicas para a realização da apicectomia Endodontic surgery: Evaluation of different techniques for accomplishment of apicoectomy Denise Piotto LEONARDI* Flávia Sens FAGUNDES** Gisele Aihara HARAGUSHIKU*** Paulo Henrique TOMAZINHO**** Flares BARATTO FILHO***** Endereço para correspondência: Denise Piotto Leonardi Rua Gastão Câmara, 645 – ap. 303 – Bigorrilho Curitiba – Paraná – CEP 80730-300 E-mail: deleonardi@yahoo.com.br * Professora de Endodontia do UnicenP/PR. Especialista, Mestre e Doutoranda em Endodontia (FOAr – UNESP/SP). ** Mestranda em Endodontia (CPO São Leopoldo Mandic/SP). *** Mestranda em Endodontia (UNAERP/SP). **** Professor de Microbiologia do UnicenP/PR. Especialista em Periodontia (SOBRAPE), Mestre em Microbiologia (ICB/USP). ***** Professor de Endodontia da UNIVILLE/SC e do UnicenP/PR. Especialista, Mestre (UNAERP/SP) e Doutor em Endodontia (FOP/UPE). Recebido em 14/10/05. Aceito em 7/2/06. Palavras-chave: apicectomia; ápice apical; cirurgia. Resumo A apicectomia é um ato cirúrgico em que é realizada a ressecção apical da raiz. É indicada em casos de raízes dilaceradas que impedem um tratamento convencional, perfurações da raiz no terço apical, presença de ramificações não obturadas e instrumentos endodônticos fraturados, cujos tratamentos foram incapazes de solucionar o problema via canal radicular. O insucesso no tratamento endodôntico ocorre normalmente em virtude da presença de microrganismos nas profundidades do sistema de canais radiculares que resistiram aos procedimentos de limpeza e modelagem. O objetivo do presente estudo foi fazer uma revisão literária sobre fatores relacionados aos recursos técnicos para a realização da apicectomia e às condições anatômicas e histológicas. Por meio da revisão de literatura, pôde-se concluir que vários elementos influenciam no sucesso após a realização de apicectomia, a saber: a região radicular na qual o corte é feito, o uso de brocas ou laser na sua confecção e o envolvimento das variações anatômicas apicais. 16 Leonardi et al. – Cirurgia parendodôntica: Avaliação de diferentes técnicas para a realização da apicectomia Abstract Apicoectomy is the surgery in which the apical resection of the dental root is carried through. Among the indications there are cases of ripped root that can prevent conventional treatment, perforations of the root into the third apical, presence of not filled ramifications and fractured endodontic instruments, whose treatments had been incapable to solve the problem by the root canal. The failure in the endodontic treatment is normally related with the presence of microorganisms in the depths of the root canal system, resistant to the procedures of cleanness and modeling. The objective of the present study was to make a literature review on the factors related to the technical resources, anatomical and histological conditions for the accomplishment of the apicoectomy. It was concluded that some factors influence for the success of the apicoectomy, among them: the root region in which the cut is made, the use of drills or laser in its confection and the involvement of the apical anatomical variations. Keywords: apicoectomy; tooth apex; surgery. Introdução A cirurgia parendodôntica é um procedimento seguro e adequado para o tratamento de dentes com lesões periapicais que não respondem ao tratamento endodôntico convencional [6] ou quando o retratamento não é possível de ser realizado [22, 20]. O sucesso de tal cirurgia tem sido relatado em 80% dos casos nos últimos anos [18]. Esse alto índice pode estar relacionado às novas técnicas cirúrgicas, aos novos instrumentos cirúrgicos [21], às novas pontas ultra- sônicas [14, 4, 17] e à melhora na qualidade dos materiais retroobturadores [1]. Os critérios de avaliação geralmente estão limitados às condições clínicas e radiográficas, embora poucos estudos tenham considerado os resultados histológicos nos casos de insucesso [2]. Durante o procedimento, o ápice geralmente é cortado com brocas cirúrgicas em alta velocidade e a superfície desse corte deve se apresentar com aspecto liso e plano, sem a presença de degraus ou irregularidades, que agem como irritantes ou estimulam a reabsorção dentinária durante o processo de reparo [5, 12]. O objetivo do presente estudo foi fazer uma revisão literária sobre fatores relacionados aos recursos técnicos para a realização da apicectomia e às condições anatômicas e histológicas. Revisão de literatura Anatomia A apicectomia é um procedimento cirúrgico recomendado por inúmeros autores [11, 13] para eliminar os deltas apicais, nem sempre visíveis nas radiografias e passíveis de estarem contaminados ou abrigarem material necrótico. Essas ramificações do canal principal têm sido citadas como uma importante causa de falhas após o tratamento endodôntico. Teixeira et al. (2003) [19] estudaram in vitro a incidência e a posição do istmo na raiz mesovestibular de molares superiores e na raiz mesial de molares inferiores. Para isso, os autores utilizaram 50 molares superiores e 50 primeiros molares inferiores. A partir do ápice, foram feitos seis cortes transversais, no sentido perpendicular ao longo do eixo do dente, de 1 mm de espessura, com um disco de diamante em baixa velocidade. Avaliou-se apenas o lado apical de cada secção. A superfície apicectomizada da raiz foi tingida com tinta nanquim e examinada com estereomicroscópio em aumento de 30 X. As imagens foram armazenadas em um computador e vistas em um projetor em tela branca. Dois examinadores observaram cada secção simultaneamente e determinaram o número de canais radiculares, assim como a presença ou a ausência de um istmo. O istmo foi classificado como completo ou parcial. O completo apresentava continuidade entre os dois canais radiculares principais; o parcial foi classificado como uma projeção estreita de um dos canais em direção ao outro, mas sem ocorrer a fusão entre eles. Notaram-se diferentes formas anatômicas dos istmos. A incidência de istmo na raiz mesovestibular dos primeiros molares superiores e na raiz mesial dos primeiros molares inferiores foi alta, principalmente na região de 3 a 5 mm do ápice. Istmo completo ou parcial foi freqüentemente observado nos dentes que apresentaram dois canais, demonstrando que essa estrutura anatômica deve ser clinicamente considerada. Jung et al. (2005) [7] estudaram os tipos de configuração dos canais, a prevalência e a localização de variações anatômicas no canal mesovestibular de primeiros molares permanentes superiores e da raiz
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