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Organização e Normas, Notas de estudo de Gestão de Recursos Humanos

Organização e Normas

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 15/12/2012

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alex-gomes-ag-3 🇧🇷

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Baixe Organização e Normas e outras Notas de estudo em PDF para Gestão de Recursos Humanos, somente na Docsity! SENAI-PE 2 Organização e Normas SENAI-PE 3 Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco Presidente Jorge Wicks Côrte Real Departamento Regional do SENAI de Pernambuco Diretor Regional Antônio Carlos Maranhão de Aguiar Diretor Técnico Uaci Edvaldo Matias Diretor Administrativo e Financeiro Heinz Dieter Loges Ficha Catalográfica 65.012 SENAI.DR.PE. Organização e normas. S474o Recife, SENAI-PE/DITEC/DET, 1998. p.46 1. ORGANIZAÇÃO E NORMAS 2. NORMAS 3. MATERIAL DIDÁTICO – ORGANIZAÇÃO I. Título Direitos autorais de propriedade exclusiva do SENAI. Proibida a reprodução parcial ou total, fora do Sistema, sem a expressa autorização do seu Departamento Regional. SENAI – Departamento Regional de Pernambuco Rua Frei Cassimiro, 88 – Santo Amaro 50100-260 – Recife – PE Tel.: (81)3416-9300 Fax: (81)3222-3837 SENAI-PE 6 Estágio 2 - A organização estável Após as mudanças no aspecto gerencial, a árvore toma nova forma mostrando a transformação da organização. A cultura da organização se assemelha aos valores do homem e vice-versa, a aura da árvore se torna mais densa e consistente. A filosofia da empresa, abertura gerencial e a sinceridade nos refletem em comportamento positivo do homem em relação à organização. Neste caso, a árvore possui raízes mais robustas que absorve os elementos em terreno fertilizado pelo gerenciamento. A política da empresa tem crédito como funcionário devido à constância de propósito e a facilidade de participação do homem na organização. O caule da árvore se torna robusto, perdem-se os espinhos e nascem novos galhos... Procedimentos vindos de uma política correta refletem em atitudes positivas do homem na organização. Na árvore existem muitos galhos fortes com diversas folhas. Como era de se esperar, esta é uma organização que produz resultados (frutos na árvore), o homem satisfeito com a empresa onde trabalha. Estágio 3 - A organização em autocontrole Neste estágio, a organização precisa de líderes para criar novas oportunidades de crescimento. O homem se autogerência, conhece sua importância e suas limitações nas atividades, sempre atuando em equipe. A cultura desta empresa possui maturidade e clareza pois reflete os valores do homem. A árvore é energética. a filosofia da empresa é firme permitindo seu crescimento. Novas raízes provocando o crescimento da árvore. A política é simples e forte. Do caule brotam galhos da árvore crescem e as folhas que caem fertilizam ainda mais o terreno. Os resultados (frutos na árvore) são múltiplos e contínuos. Aparece um novo elemento: a leveza e beleza da satisfação do homem na organização provoca o aparecimento de flores na árvore dando uma perspectiva da existência de novas árvores já preparadas para vencer o desafio da livre concorrência. SENAI-PE 7 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE ADMINISTRAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES VARIÁVEIS FASES ORGANIZAÇÃO INDIVÍDUO FATORES DE INCENTIVO EFICIÊNCIA MODELO DE PODER VISÃO TRADICIONAL Sistema mecanisista. Organização formal. Ser racional. Tarefa e remuneração. Monetários Coordenação + controle = resultados Autoritário RELAÇÕES HUMANAS Sistema social = pessoal, grupos e relações Ser emocional e social, dotado de necessidades . Psicossociais Valores humanos > exigências organizacionai s Paternalist a (afetivo) MOTIVAÇÃO E BEHAVIORISMO Sistema social. Coordenado Cooperação Ser racional, emocional e social Recompensa s mistas Motivação atuando sobre emoções e necessidades Motivação ooperativo PARTICIPAÇÃO Sistema social. Responsabilidades . Partilhadas por objetivos. Sistema aberto. SENAI-PE 8 A ORGANIZAÇÃO, UMA ORQUESTRA A televisão, em vários canais, tem veiculado o comercial de uma instituição na qual um maestro se apresenta perante uma orquestra e a locução trata da semelhança que há entre uma organização e uma orquestra. A idéia é oportuna nesses tempos em que o Brasil vai se abrindo para o mercado mundial e nossas empresas começam a sentir na “carne” a concorrência dos importados e o impacto da tal globalização. Vale a pena analisar uma grande orquestra. Uma orquestra sinfônica e quais as suas eventuais semelhanças como uma empresa. Imaginemos essa orquestra. Cerca de cem pessoas de diferentes origens e formação, idades e personalidades variadas, instrumentos e habilidades distintas, anseios e expectativas diversas reunidas num palco para um concerto. Quais os motivos que levam esse grupo ao sucesso ou ao fracasso? Por que esse grupo faz uma apresentação de classe mundial? Como ele atinge a excelência operacional? De que modo esse grupo se transforma em orquestra padrão internacional e garante competitividade num mercado concorrido e de recursos financeiros escassos? Talvez possamos encontrar respostas: 1. Os músicos têm um único objetivo: a execução de uma mesma obra musical. 2. Eles estão comprometidos com esse objetivo comum. 3. Cada músico tem conhecimento da partitura total, do seu papel e do momento certo em que deve tocar. 4. Cada membro tem uma só atitude: está empenhado em obter a excelência operacional na sua atividade. 5. Cada um sabe o significado da sua participação para o resultado final. 6. Os conflitos de personalidade e de expectativa são superados pela necessidade de se atingir o fim comum. SENAI-PE 11 SENAI-PE 12 1. Diagrama de Parêto 2. Diagrama de Causa e Efeito 3. Gráfico de Tendência 4. Folha de Verificação 5. Histograma 6. Diagrama de Dispersão 7. Gráfico de Controle Um dos principais fatores no desempenho de uma organização é a qualidade de seus produtos e serviços. Existe uma tendência mundial no sentido do aumento das expectativas do consumidor em relação à qualidade. Acompanhando essa tendência, houve uma crescente tomada de consciência de que melhorias contínuas na qualidade são freqüentemente necessárias para atingir e assegurar um bom desempenho econômico. A maioria das organizações - industriais, comerciais ou governamentais - produzem produtos ou serviços destinados a atender as necessidades ou requisitos de um usuário. Tais requisitos são freqüentemente incorporados em especificações, entretanto, especificações técnicas podem não garantir, em si mesmas, que os requisitos de um consumidor sejam consistentemente atendidos, caso existam deficiências nas especificações ou no sistema organizacional para projetar e produzir o produto ou serviço. Consequentemente para sistemas de qualidade e diretrizes que complementam os requisitos específicos de produtos ou serviços apresentados nas especificações técnicas. A série de Normas Internacionais ISO 9000 a 9004 incorpora um racionalização das muitas e várias Normas e propostas nacionais neste campo. O sistema da qualidade de uma organização é influenciado pelos objetivos, produto ou serviço e práticas específicas e, portanto, varia de uma organização para outra. Uma Tabela de correspondência entre os elementos do sistema da qualidade e apresentada em anexo para informação. SENAI-PE 13 ISO 9000 ISO significa Organização Internacional de Normalização. É uma entidade internacional com sede em Genebra - Suíça, foi fundada em 1946. Até o início da década de 80, existiam normas sobre as garantia da Qualidade. Estas normas deviam ser cumpridas pelos fornecedores para que os produtos fossem vendidos em maior quantidade. Isto gerava em certos casos, muita confusão, pois para vender, tanto no mercado nacional quanto no internacional, o fornecedor tinha que se adequar a normas diferentes, dependo do interesse do cliente. Atualmente a ISO possui 180 comitês técnicos, com representantes de diversos países, trabalhando para elaboração das normas. O Brasil participa através da ABNT - que é uma sociedade sem fins lucrativos, composto de pessoas físicas e jurídicas. Objetivos • Esclarecer as diferenças e inter-relações entre os principais conceitos da qualidade. • Fornecer diretrizes para seleção e uso de uma série de normas sobre sistemas da qualidade, que podem ser utilizadas para gestão da qualidade interna (NB 9004) e para a garantia da qualidade externa (NB 9001, NB 9002 e NB 9003). Definições Política da Qualidade - intenções e diretrizes globais de uma organização relativas à qualidade, formalmente expressa pela sua administração. Gestão da Qualidade - Parte da função gerencial global que determina e implementa a política da qualidade. Sistema da Qualidade - Estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos para a implementação da gestão da qualidade. Controle da Qualidade - Técnicas operacionais e atividades utilizadas para atender aos requisitos da qualidade. SENAI-PE 16 ORGANIZAÇÃO X GERENCIAMENTO O Gerenciamento deve ter: • Como aspiração a superação das expectativas dos clientes e acionistas; • Como resultado a consolidação da competitividade da organização; • Como filosofia investimento preventivo, antecipação de fatores não controlados e busca de robustez; • Como fundamento planejamento; • Como método delegação completa; • Como tema estabelecimento de objetivos e o melhoramento da rentabilidade e da produtividade; • Como pré-requisito pessoas criativas, motivadas e competentes; • Como meio pessoas atuando em parceria, com sinergia; • Como recompensa o progresso e o bem estar das pessoas; • Como fatores-chaves comunicação direta, treinando e trabalhando em equipe; • Como ferramenta conhecimento; • Como enfoque liderança; • Como postura circulação através da organização, dos clientes e dos acionistas, mantendo contatos educacionais diretos com as pessoas; • Como escopo externo todos os clientes; • Como escopo interno todas as pessoas; • Como padrão interno de desempenho necessário ser feito e fazê-lo corretamente; • Como padrão externo de desempenho prontidão de atendimento de forma exata e precisa, aos acordos estabelecidos com os clientes e acionistas; • Como método de avaliação interna medida do cumprimento da política e do atingimento de objetivos e metas; • Como método de avaliação externa medida da satisfação dos clientes e acionistas; SENAI-PE 17 CICLO PDCA P D C A Uma proposta de abordagem organizada para qualquer tipo de problema, que serve para orientar de maneira eficaz /eficiente Preparaçâo e Execuçâo de atividades planejadas Solução de um Problema O Que Significa P D C A ? P Definir objetivos / metas Estabelecer métodos de trabalho Objetivo: Estabelecer a direção de concentração de esforços Método: Como atingir o objetivo? Com o método bem definido, diminuem os desvios. Nota : É importante na definição de objetivos colocar um prazo para sua execução. SENAI-PE 18 D Informar/Treinar/Executar Objetivos: Informar /Treinar: Preparar o pessoal que deve executar as tarefas definidas. Método: Executar : fazer o que foi decidido no planejamento C Confrontar os resultados com que foi planejado Objetivos: Coletar os dados que visa buscar evidências de que o objetivo foi atingido ou não. A Consolidar resultados Levantar novos problemas (situações) Objetivos: Consolidar Resultados: evitar perdas dos resultados obtidos para que o problema não volte. Erros comuns: Fazer sem planejar (P) Fazer e não checar (C) Definir metas e não métodos para atingi-las (P) Fazer, checar e não consolidar (C) Definir o que fazer e não preparar o pessoal que deve executar (D) SENAI-PE 21 inabilidade de lidar com as pessoas, de criar e eliminar o enorme desperdício de energia humana ou a subutilização do talento humano nas empresas, de impulsionar e vitalizar as pessoas para a frente e para os objetivos do negócio e para os objetivos individuais, de potencializar e obter sinergia dos grupos de trabalho, parece constituir o principal ponto nevrálgico do gerente. O seu calcanhar de Aquiles. O despreparo para administrar as pessoas ou, se possível, administrar com as pessoas. Daí o desafio central: fazer das pessoas a base da excelência empresarial. E a excelência no bojo da empresa moderna, significa fundamentalmente uma questão de estrutura e processo, de arquitetura e dinâmica. Para ser mais simplista: de estrutura organizacional e de cultura organizacional. HABILIDADES DE UM LÍDER Competência é imprescindível, não exclusivo A função de um líder é gerenciar pessoas, o que não significa delegar afazeres e verificar o cumprimento dos mesmos. Ela se estende a necessidades de conhecimentos, habilidades e práticas psicológicas por parte do líder. O fator competência é imprescindível mas não exclusivo, isto é, não que o indivíduo seja competente em si próprio para gerenciar. O papel gerencial, enquanto responsável pela pilotagem da organização pressupõe de seu ocupante o uso do conhecimento, atitudes, habilidades e valores que se manifestem em quatro dimensões de competência: técnica, administrativa, psicossocial e política. Dimensão Técnica Esta dimensão da competência gerencial situa-se no campo do conhecimento específico do próprio trabalho gerencial. Por ser de fácil visualização, tem sido usada como principal requisito para o provimento das funções gerenciais. Cabe ao líder buscar o contínuo aprimoramento e desenvolvimento técnico, visando a manter-se atualizado em seu campo especifico de atuação. SENAI-PE 22 Sintomas que Contribuem para Baixa Eficiência Administrativa • Ênfase exagerada na atividade de controle e avaliação, exercida, geralmente, de modo autoritário; • Concentração em si mesmo, de atividades de planejamento (nível mental); • Desorganização de seu próprio tempo gerencial, acarretando constantes atrasos e atropelo nas decisões; • Dificuldade de comunicar-se com os escalões inferiores e superiores, muitas vezes reforçada por uma secretária ou assessoria que bloqueia o acesso; Dimensão Administrativa A competência administrativa depende de conhecimentos, atitudes e habilidades necessários ao desempenho das atividades de planejamento, organização, coordenação, controle e acompanhamento do trabalho coletivo. Dimensão Psicossocial Esta dimensão abrange de um lado os conhecimentos e habilidades concernentes aos recursos psicológicos de que dispõe o próprio gerente (sua criatividade, motivação, grau de segurança, desestruturadas ou incertas, controle emocional ou afetivo, sua administração). De outro lado, refere-se aos conhecimentos e habilidades para lidar com outras pessoas isoladamente ou em grupos. Dimensão Política A exagerada ênfase na racionalidade dos atos administrativos reflete o desconhecimento da natureza das organizações ou pior ainda, oculta deliberadamente, o jogo político que caracteriza as relações de trabalho e direciona o processo decisório organizacional. Apesar do tabu que ainda representa a questão do poder a conduta gerencial é essencialmente politizada, na medida em que é determinada por considerações de função de poder ou privação do eu por outrem. Assim a politização é um SENAI-PE 23 caso especial de socialização, no qual as relações interpessoais são consideradas pelas suas conseqüências em termos de poder. PAPÉIS DA COMPETÊNCIA GERENCIAL ∗ Baixa competência nas quatro dimensões. ∗ Média competência nas quatro dimensões. ∗ Alta competência nas quatro dimensões. ∗ Alta competência técnica e baixa competência nas demais dimensões. ∗ Alta competência administrativa e baixa competência nas dimensões. ∗ Alta competência psicossocial e baixa competência nas demais decisões. ∗ Alta competência política e baixa competência nas demais dimensões. ∗ Alta competência técnica e administrativa e baixa competência psicossocial e política. ∗ Alta competência administrativa e psicossocial e baixa política e técnica. ∗ Alta competência psicossocial e política e baixa competência técnica e administrativa. ∗ Alta competência política e técnica e baixa competência administrativa e psicossocial. ∗ Alta competência administrativa e política e baixa competência psicossocial e técnica ∗ Alta competência psicossocial e técnica e baixa competência administrativa e política. ∗ Alta competência técnica, administrativa e psicossocial e baixa competência política. ∗ Alta competência técnica, psicossocial e política e baixa competência administrativa. ∗ Alta competência administrativa, psicossocial e política e baixa competência técnica. ∗ Alta competência política e administrativa e baixa competência psicossocial SENAI-PE 27 CONTROLE DE DESPERDÍCIOS As conseqüências da produção em grande escala tem como resultados grandes perdas. No passado as grandes empresas trabalhavam em três perdas principais: material refugado, tempo ocioso dos funcionários (não estão produzindo) e quase nenhuma utilização de máquinas. Este sistema utilizado no passado agora são vistos como alimentadores de perdas. O sistema de produção das fábricas européias-americanas identifica causas da perda. São elas: superprodução, atrasos, transportes, processamento, estoque excessivo, movimentos, defeitos, tempo, pessoas, trabalho burocrático. Para que uma empresa consiga a redução dessas perdas tem que haver uma conscientização de todos os funcionários (do mais alto escalão para o mais simples). Mas se faz necessária que haja liderança. A produção é um sistema, que quando processado de forma adequada tem como objetivo facilitar e produzir tanto materiais quanto informações. Estando sujeito a problemas que no decorrer do processo causa interferência na produção, consequentemente aumenta as despesas, porém para que isto não aconteça temos que ter planejamento e controle do que se está produzindo, com isso podemos fazer, mudanças e interferências. A produção é um sistema extremamente complexo e ao longo do tempo simples. SENAI-PE 31 AS 10 FRASES MÁGICAS E PODEROSAS EM MARKETING DE VENDAS 1. “Se você precisa criticar, elogie antes de condenar”. 2. “Seja entusiasta”. 3. “Demonstre, prove, documente”. 4. ”Faça seu cliente se sentir em casa”. 5. “Conheça o seu produto”. 6. “Mostre-se sinceramente interessado em seu cliente. Ele merece sua atenção”. 7. “Não exagere. Afirme um centímetro e prove um quilômetro”. 8. “Seja humilde”. 9. “Sorria”. 10. “Agradeça com o coração”. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE NORMALIZAÇÃO NORMA É uma referência resultante de uma escolha coletiva arrazoada, visando servir de base a entendimentos repetitivos. As normas fixam definições, características, dimensões, qualidade, métodos de ensaio, regras de utilização, diretrizes de cálculo, terminologias, etc. NORMALIZAÇÃO É o ramo de atividade que visa orientar a população de bens e serviços de forma a obter: • economia geral de termos de esforço humano, energia na produção e na troca de bens. • proteção de interesses dos consumidores através da qualidade adequada de bens e serviços. • uniformidade dos meios de expressão e de comunicação entre as partes interessadas. • a normalização em seu sentido mais amplo integra todas as funções que lhe são ligadas direta ou indiretamente, a saber: SENAI-PE 32 a) elaboração de normas; b) aplicação de normas; c) pesquisa aplicada e desenvolvimento; d) formação de pessoal; e) controle de qualidade; f) certificação de qualidade; g) ensaios; h) metrologia; i) serviços de calibragem. Aparentemente a normalização pode parecer uma restrição na livre escolha para o projetista, ocasionando uma monotonia de uniformidade. É bem verdade que em alguns casos uma normalização não permite otimizar o desempenho do produto mas pode trazer outras vantagens. Os principais objetivos da normalização foram definidos, há alguns anos, pela Comissão da ISO, destinada ao Estudo dos Princípios da Normalização - ISO/STACO, como sendo os seguintes: 1. economia global; 2. proteção do interesse do consumidor através da adequada e contínua qualidade de produtos e serviços; 3. segurança, saúde e proteção da vida; 4. fornecimento dos meios de expressão e comunicação entre as partes. Normalização de Especificação Especificação padrão é uma definição preferida de quantidade ou qualidade em termos que podem ser medidos. Qualquer especificação estabelece um padrão ao qual um particular item deve estar em conformidade, de modo a atender aquela especificação, mas nem todas as especificações são necessariamente normalizadas. SENAI-PE 33 Níveis de Normalização Em determinados casos o produto projetado deverá atender certos padrões e para alcançar esse objetivo, certos padrões de componentes, relacionados com as atividades de projeto ou de produção deverão ser observados. Normalização a Nível de Fornecedores O projeto é diretamente influenciado pela disponibilidade de fornecimento. Materiais e componentes de suprimento são de imediato interesse do projetista porque, geralmente, são mais facilmente disponíveis e a custos mais baixos do que itens especiais. Onde o fornecedor pode oferecer uma gana adequada de produtos normalizados, o comprador pode certificar-se de um nível conhecido de confiabilidade, bons prazos de entrega e custos razoáveis. A confiança de produtos normalizados causa ao projetista economia de tempo em verificações e controle de qualidade, isso só é conseguido pela experiência ou pesquisa. Normalização a Nível Organizacional As empresas independentes do seu porte devem produzir de acordo com as normas e, devem, ser organizadas de tal forma para atendê-los permanentemente atualizados: • ter normas para tudo o que compra, produz e vende; • devem ser baseadas nas nacionais e internacionais se necessário; • deve ser designado um responsável para manter as normas sempre atualizadas; • as normas criam modelos mais formas e um a definição clara das responsabilidades e do posicionamento dos colaboradores; SENAI-PE 36 NORMALIZAÇÃO A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL Normalização a Nível Nacional Um país de economia desenvolvida tem sua tecnologia própria e suas próprias normas. Ao fazer exportações, também exporta as suas normas, incorporadas a fabricação de produtos. O importador, caso necessite substituir componentes ou complementar o produto, deve necessariamente seguir especificações de acordo com o país produtor. Os países exportadores nesse caso têm um elenco de normas nacionais bastante desenvolvidos. Os países em desenvolvimento possuem setor industrial pouco desenvolvido e de tecnologia importada e incorporada. Suas matérias-primas estão sujeitas a normas nacionais de países produtores, além das normas internacionais. Os países importadores possuem um número restrito de normas nacionais próprias, copiadas das estrangeiros que se adaptam a interesses não bem definidos. As conseqüências desse fato é a existência no campo da produção de bens e serviços, de normas técnicas das mais diferentes procedências: cada indústria, tecnologia ou equipamento importado traz no seu bojo, as normas do país de origem, ocupando o vazio da normalização nacional e muitas vezes - funcionando como barreira protecionista de uma produção. O consumidor dessa forma divide com o produtor os ônus e os custos da falta de uma normalização nacional única. O reconhecimento da necessidade do preparo de normas nacionais foi primeiramente sentido na Grã-Bretanha. Com o efeito, o mais antigo dos Institutos Nacionais de Normalização atualmente existente é o British Standards Instituicion (BSI), fundado em 1901. A maioria das outras instituições de normalização de países industrializados surgiu na 1ª Guerra Mundial, enquanto que para países em desenvolvimento a data de criação mais se aproxima da 2ª Guerra Mundial. O Surgimento dessas associações está relacionado a uma mobilização econômica nacional, de fins militares ou civis. O crescimento da industrialização através do mundo trouxe consigo um aumento do comércio, que provocou um número cada vez maior de normas, fundamentais para a troca de produtos. As normas também se mostravam úteis para eliminar não só a proliferação de variedades desnecessárias como para permitir uma forma de controle na parte de produção, de modo a garantir que o produto uma vez expedido, tenha qualidade normal, obediência aos padrões pré-estabelecidos. Para um país em desenvolvimento é necessário o preparo de um programa coordenado de normas com o fim de servir às atividades industriais que estão sendo implementadas ou se planejam para o país. SENAI-PE 37 um país desenvolvido, que já possui normas nacionais sendo aplicadas por muitos anos, procura mantê-los sempre atualizados e em harmonia com outras nações. Hoje em dia verifica-se uma nítida tendência em todos os países, sejam os altamente industrializados, seja os menos desenvolvimento, de colaborarem para ao desenvolvimento de normas internacionais e em seguida considerar suas normas nacionais como conseqüência do consenso internacional. Esta é uma forma de eliminar os entraves técnicos que dificultam o comercio exterior. Devido a importância da normalização a nível nacional, chega-se a conclusão de que se deve existir um órgão único de normalização, para reunir e fornecer os meios para realizá-la, o mais rápido e economicamente possível. Quanto a organização deve obedecer alguns princípios básicos: a) deve ser reconhecida por lei e ter status legal de ser a entidade responsável pelo preparo de normas nacionais, além de representar os interesses do país junto às organizações internacionais; b) no seu Conselho Diretor devem estar representados os principais interesses do país - órgão do governo, indústria e comércio, instituições profissionais, representantes de consumidores; c) a elaboração da norma deve ser feita por comissões específicas em que estejam representados todos os interessados na matéria (produtores, comerciantes, consumidores, órgãos técnicos e profissionais e entidades oficiais); d) a organização de normas deve possuir ou ter acesso às entidades de pesquisa e ensaios, para resolver dificuldades que apareçam durante o trabalho de comissões de estudo ou comissões específicas; e) a organização nacional deve ser autorizada a representar o país nas organizações internacionais voltadas para o preparo de normas, sejam elas dedicadas a normas voluntárias, sejam elas para fins de legislação. Tipos de Normas Brasileiras a) procedimento; b) especificação; c) padronização; d) método de ensaio; SENAI-PE 38 e) terminologia; f) simbologia; g) classificação; Normas Classificadas pelo CONMETRO a) NBR1 - Normas compulsórias - de uso obrigatório em todo o território nacional e que tratam da saúde e segurança. b) NBR2 - Normas referenciadas - que o governo se auto-impõe por tratar de assuntos do seu interesse direto, devendo, de preferência, ser elaborada por consenso. c) NBR1 - Normas registradas - voluntárias que venham a merecer registro no sistema, por tratar de interesse para o país, devendo ser elaboradas por consenso. d) NBR1 - Normas probatórias - aquelas que devido as suas características estão ainda em estágio experimental, com vigilância limitada. e) NBR1 - Normas brasileiras (Resolução 08/75) - deverão observar na sua elaboração, revisão, registro e classificação os seguintes critérios e diretrizes: # harmonização das normas no plano nacional com a indispensável compatibilidade com os interesses nacionais; # defesa da saúde e da segurança do usuário; # fortalecimento da tecnologia nacional; # utilização de tecnologias viáveis no país; # proteção do meio ambiente; # utilização sempre que possível e conveniente de matérias-primas nacionais; # atendimento a legislação metrológica; # defesa de consumidor; # representação dos interesses do sistema produtivo, dos consumidores, do governo e do sistema nacional de produção tecnológica; # elevação da eficiência do sistema produtivo nacional; # consideração, quando necessário, da análise das normas, dos aspectos e sócio-econômicos regionais; SENAI-PE 41 A estrutura da ISO é a seguinte: Em 1982 a ISO tinha 89 membros, sendo 72 permanentes e 17 correspondentes. Em 1980 a ISO tinha: 163 comitês técnicos, 608 sub-comitês, 1387 grupos de trabalho. Atuação da ISO Somente nos anos 50 é que a ISO começou a apresentar seus primeiros trabalhos, normas básicas de engenharia mecânica (desenhos, unidades, símbolos) e produtos normalizados para os componentes mais importantes também da mecânica (roscas de parafusos e porcas, rolamentos, especificações para o aço). No início dos anos 60 a ISO procurou atingir dirigir seus trabalhos para as novas tecnologias (plásticos, engenharia química, processamento de dados, embalagens, etc). Em fins dos anos 60 a normalização internacional toma vulto, as principais razões: • revolução nos métodos de transporte, que contribuiu para um explosivo crescimento do comércio internacional; • desenvolvimento das companhias multinacionais, que tiveram suas atividades comerciais dificultadas por normas nacionais conflitantes; COMITÊS DE CONSULTORIA EXCO – Comitê principal. PLACO – Comitê de planejamento. STACO – Fundamentos de normalização. CERTICO – Marcação de mercadorias. DEVCO – Normalização em países em desenvolvimento. INFCO – Informação. REMCO – Materiais de Referência. ISCA – ISO/IEC – Consumidor. GRUPOS DE ESPECIALISTAS ASSEMBLÉIA GERAL CONSELHO SECRETARIADO CENTRAL COMITÊS TÉCNICOS SUB-COMITÊS GRUPOS DE TRABALHO SENAI-PE 42 • o crescente interesse das autoridades governamentais em uma plataforma técnica internacional, para o desenvolvimento de regulamentos harmonizados; • a criação de associações de normalização em grande número de países em desenvolvimento, que sentiram a necessidade de uma sólida base internacional para seu trabalho nacional; • o reconhecimento, por outras organizações internacionais, da necessidade de regras para questões técnicas. Houve uma demanda de normas internacionais. O clima foi favorável ao desenvolvimento da ISO, que com a IEC, cobre todos os campos da atividade humana. ABNT /CONMETRO / INMETRO ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas é a entidade nacional de normalização, que procura cultivar na COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) no sentido de promover o comércio de produtos, equipamentos e prestação de serviços entre países das Américas. A ABNT foi fundada em 1940. É uma entidade civil, sem fins lucrativos e é constituída por dois tipos de setores: 1. O Setor administrativo é composto por: • Assembléia Geral (Todos os Sócios); • Conselho Diretor (1 Presidente e 23 Membros); • Diretoria (8 Diretores); • Secretaria Executiva (Sede, Delegacias e Representações). 2. O Setor Técnico é constituído por: • Comitês Brasileiros (atualmente 23) Cada comitê é composto de comissões de estudo. Quando esse número de comissões é grande o comitê é dividido em sub-comitês. Atualmente a ABNT possui mais de 700 comissões de estudo, e mais de 4000 sócios SENAI-PE 43 entre empresas, associações, órgãos do governo e indivíduos, mais de 5000 normas e sua produção é de 600 normas anuais aproximadamente. A ABNT é amparada nos seus trabalhos pela Lei 4150 de 1952. CONMETRO / INMETRO O governo instituiu no país o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, pela Lei 5966 - 11/12/73, tendo a finalidade de formar e executar a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação de qualidade de produtos industriais, sendo integrado por entidades públicas ou privadas que exercem atividades relacionadas com metrologia, normalização industrial e certificação de qualidade de produtos industriais. As preocupações deste sistema são as seguintes: • defesa do consumidor; • conquista e manutenção do mercado externo; • racionalização de produção industrial; • compatibilidade dos interesses comerciais, industriais, governamentais e do consumidor; Órgão normativo e supervisor o Conselho de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO). Órgão executivo o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Controle Industrial (INMETRO), vinculado ao MIC. Compete ao CONMETRO a) formular, coordenador e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização industriais e certificação da qualidade de produtos industriais, provendo mecanismos de consulta que harmonizem os interesses públicos, das empresas industriais e do consumidor; b) assegurar a uniformidade e a racionalização das unidades de medidas utilizadas em todo território nacional; c) estimular as atividades de normalização voluntária no país; d) estabelecer normas referentes a meteriais e produtos industriais; SENAI-PE 46 SCB 17:01 Sub-comitê de Confecções Têxteis SCB 17:02 Sub-comitê de Forrações e Revestimentos Têxteis de Piso SCB 17:03 Sub-comitê de Insumos Têxteis SCB 17:04 Sub-comitê de Máquinas e Acessórios Têxteis Com esta estrutura, o CB 17 produziu, no Biênio 82/83, dezenove normas brasileiras (NRB), assim distribuídas: SCB 17:02 (uma SCB 17:03 (uma) SCB 17:04 ( dezessete) A disparidade no volume de produção dos diferentes sub-comitês, além da gama dos assuntos tratados, foi uma nova maneira de se encarar o trabalho. O SCB 17:04 conseguiu apoio financeiro do DIMAT do Sindicato Interestadual de Máquinas (SINDIMAQ), e contratou uma empresa de assessoria têxtil, para elaborar textos, administrar e organizar uma secretaria profissional, o que até então não existia. O CB - 17 - ESTRUTURAÇÃO A profissionalização do sistema, com a criação de uma secretaria executiva que coordenasse, orientasse, elaborasse e acompanhasse todos os encontros de normalização e a contratação de entidades de pesquisas para a elaboração dos textos-base para as comissões de estudo. • objetivo da união do setor têxtil em torno da normalização, com a formação de sub-comitês ligados estrategicamente às entidades representativas do setor. SENAI-PE 47 Restruturação do CB 17 SCB 17:01 Confecções Têxteis SBC 17:02 Forrações e Revestimentos Têxteis de Piso SCB 17:03 Produtos Químicos Têxteis SCB 17:03 Máquinas e Acessórios Têxteis SCB 17:04 Fibras Têxteis Naturais SCB 17:06 Fibras Têxteis Químicas Segundo o Regimento Interno do CB 17, ficam assim distribuídas as responsabilidades: CB 17 - responsável pela padronização no setor têxtil, agregando em sua estrutura todo o segmento têxtil nacional. Secretaria Executiva - coordena, administra e representa toda a estrutura do CB 17. Sub-Comitê - responsáveis pela padronização em seus segmentos específicos, recebe os projetos de norma de suas comissões de estudo e os encaminha à Presidência do CB 17, através da Secretaria Executiva. Comissões de Estudo - “célula” responsável pela padronização, tem soberania sobre o conteúdo técnico de uma norma, só a Comissão de estudo pode alterar o conteúdo de uma Norma. A CE é formada por produtores, consumidores elementos neutros. Grupos de Trabalho - são formados especialmente para apresentar conclusões sobre trabalhos à comissão de estudo. Para a implantação e implementação da nova estrutura, foram buscados recursos financeiros junto ao Fundo de Amparo à tecnologia da Secretaria de Tecnologia Industrial, órgão do Ministério da Indústria e Comércio. Através da apresentação de um projeto de dinamização das atividades normativas, no Setor Têxtil Nacional, tentou-se a obtenção desses recursos, o projeto foi aprovado no seu mérito mas a falta de recursos não permitiu, até hoje, a liberação das verbas para o projeto. CONVÊNIOS SENAI-PE 48 Com a disponibilidade de recursos oriundos do Convênio SICCT / INMETRO, o CB 17 firmou, no início de 85, contratos de Cooperação Técnica, com a Empresa de Assessoria Textil - CONTÊXTIL e com a Escola SENAI - Francisco Matarazzo, ambos para a elaboração de um total de 25 textos-base de normas técnicas para o SCB 17:04 Máquinas e Acessórios Têxteis. Outros dois convênios foram firmados com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT e a Faculdade de Engenharia Industrial - FEI, para a elaboração de 20 textos-base de normas técnicas para linhas de costura. NORMALIZAÇÃO PARA ROUPAS HOSPITALARES Através de contatos mantidos com o Setor hospitalar, ficou evidenciado que a maioria dos hospitais brasileiros, na área de roupa, ou não utilizam normas técnicas ou quando utilizam, estas são extremamente superficiais. Tudo isto vem, acarretando a compra de produtos têxteis com características de qualidade muito heterogeneas, sendo difícil poder afirmar qualquer coisa sobre o comportamento do material, quer nos aspectos físicos e químicos, como também em relação ao conforto e adequação no tratamento dos pacientes. Tendo em vista a situação observada, o INMETRO, em atividade conjunta com o CB 17 montou um Projeto Especifico para Normalização de Roupas Hospitalares. Identificados algumas prioridades no setor, o Instituto firmou Contratos de Cooperação Técnica e Financeira com o CETEX/IPT, CETIQT/SENAI e IPEI/PCA para a elaboração de textos-base de normas técnicas no assunto. Tais textos-base, após elaboração , foram recebidos pelo CB 17, onde estão sendo discutidos, no âmbito das Comissões de Estudo, para aprovação e posterior registro no INMETRO como Norma Brasileira. Dentre as especificações estão as de tecidos para propé, luvas, máscaras, batas, opas, sacos hamper, campos cirúrgicos e todos os demais artigos de uso hospitalar. BIBLIOGRAFIA
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