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Guias e Dicas
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Fundamentos metodologicos da ginastica, Notas de aula de Educação Física

Natureza, história e gênese da ginástica. Conceituação, generalidades e classificação da Ginástica e suas variações. Surgimento e evolução dos métodos Ginásticos. Estrutura da aula de ginástica.

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 20/12/2012

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leonardo-delgado-11 🇧🇷

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Baixe Fundamentos metodologicos da ginastica e outras Notas de aula em PDF para Educação Física, somente na Docsity! Índice 1 PALAVRAS DO PROFESSOR.................................................................................... 3 2 UNIDADE I: NATUREZA, HISTÓRIA E GÊNESE DA GINÁSTICA................................. 5 2.1 SEÇÃO 1: Conceitos............................................................................................... 5 2.2 SEÇÃO 2: Conhecendo a História da Ginás�ca...................................................... 6 2.2.1 Ginás�ca na Pré-História....................................................................................... 6 2.2.2 A Ginás�ca na An�guidade .................................................................................. 7 2.2.2.1 .............................................................................................................................. 2.2.2.2 Hindus:.................................................................................................................. 8 2.2.3 A Ginás�ca no Oriente Próximo............................................................................ 9 2.2.3.1 Egípcios:................................................................................................................ 9 2.2.3.2 Cretenses:............................................................................................................. 10 2.2.4 A Ginás�ca na Grécia............................................................................................ 10 2.2.5 A Ginás�ca em Roma............................................................................................ 13 2.2.6 A Ginás�ca na Idade Média (395-1453)................................................................ 15 2.2.7 A Ginás�ca no Renascimento ............................................................................... 17 2.2.8 A Ginás�ca na Idade Contemporânea................................................................... 17 2.2.8.1 Ginás�ca Alemã.................................................................................................... 19 2.2.8.2 Ginás�ca Nórdica.................................................................................................. 24 2.2.8.3 Ginás�ca Francesa................................................................................................ 25 2.2.8.4 O Movimento Espor�vo Inglês ............................................................................. 27 2.3 SEÇÃO 3: A Inclusão das Ginás�cas na Escola e nas Escolas Brasileiras................ 31 2.3.1 A Formação para o Trabalho com as Ginás�cas No Brasil..................................... 35 2.3.2 Considerações Finais do Capitulo ......................................................................... 35 3 UNIDADE II: MÉTODOS GINÁSTICOS..................................................................... 37 3.1 SEÇÃO 1: Classificação da Ginás�ca...................................................................... 38 3.1.1 Ginás�ca de Condicionamento Físico................................................................... 38 3.1.2 Ginás�ca Geral (Gymnaestrada)........................................................................... 39 3.1.3 Ginás�ca Forma�va.............................................................................................. 39 3.1.4 Ginás�ca Natural ................................................................................................. 39 3.1.5 Ginás�ca Compe��va .......................................................................................... 39 3.2 SEÇÃO 2: Classificação Geral dos Exercícios Físicos............................................... 40 3.3 SEÇÃO 1: Ginás�ca de Condicionamento Físico.................................................... 42 3.3.1 Ginás�ca Calistênica............................................................................................. 42 3.3.2 Ginás�ca Aeróbica................................................................................................ 48 3.3.3 Ginás�ca Localizada.............................................................................................. 59 3.3.4 Hidroginás�ca....................................................................................................... 66 4 .............................................................................................................................. 4.1 Musculação.......................................................................................................... 72 1 Seção 2: Ginás�ca Médica ou Fisioterápica ......................................................... 79 1.1 Ginás�ca Laboral................................................................................................... 79 1.2 Ginás�ca Corre�va................................................................................................ 79 1.3 Ginás�ca Oriental................................................................................................. 79 1.4 Hidroterapia.......................................................................................................... 79 1 UNIDADE IV: GINÁSTICA DE COMPETIÇÃO OU DESPORTIVA................................. 79 1.1 SEÇÃO 1: Ginás�ca Ar�s�ca.................................................................................. 80 1.1.1 Definição:.............................................................................................................. 80 1.1.2 História................................................................................................................. 82 1.1.3 A Ginás�ca Olímpica na escola: possibilidades de trabalho.................................. 82 1.1.4 Segurança na GO/GA e prevenção de acidentes................................................... 83 1.1.5 Modalidades......................................................................................................... 84 1.1.5.1 Ginás�ca Rítmica.................................................................................................. 93 1.1.5.2 Ginás�ca de Trampolim........................................................................................ 94 1.1.5.3 Ginás�ca Acrobá�ca............................................................................................. 94 1.1.5.4 Ginás�ca Aeróbica................................................................................................ 94 2 Referencial Bibliográfico....................................................................................... 96 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Página 2 UNIDADE I: NATUREZA, HISTÓRIA E GÊNESE DA GINÁSTICA Você pode achar que o pensamento constante no tópico Palavras do Professor, de autoria do Pai da Medicina - hipócrates (460 A.C - 377 A.C.), está um tanto quanto an�go ou ainda defasado. Porém, perceba que ele apresenta, de forma simplificada, toda a necessidade de que o corpo humano possui de se manter fisicamente a�vo, executando movimentos naturais ou de maneira disciplinada e con�nua da prá�ca da ginás�ca. Certamente, lhe a�nge-lhe o fato de que uma das caracterís�cas da vida humana no mundo moderno e tecnológico é a falta ou a drás�ca redução da quan�dade dos movimentos naturais executados pelo ser humano, caracterizando-se no que denominamos por Sedentarismo. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), são sedentários todos os indivíduos que �verem um gasto calórico inferior a 500 kcal por semana com a�vidades ocupacionais. A presença constante do automóvel, dos controles remotos e das escadas rolantes, faz com que o homem, nos dias de hoje, execute caminhadas em menor quan�dade, dificilmente corre e os demais exercícios naturais como saltar, lançar, arremessar, sal�tar e outros tantos são movimentos de uma raridade ímpar no co�diano de um ser humano nos dias atuais. Em contraponto, perceba que durante as úl�mas décadas, estamos vendo a constante relação feita entre a manter-se fisicamente a�vo e a saúde, isto se deve a preocupação, por parte da sociedade, na promoção e manutenção da saúde no seu amplo espectro conceitual, ou seja, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é o completo bem-estar �sico, mental e social. Portanto, quando em atuação profissional, tome a precaução de não iniciar ou elaborar um programa de exercícios �sicos e unicamente relacioná-los com a perfeição de linhas, mas principalmente, com a melhora ou manutenção da qualidade de vida dos mais variados �pos e bio�pos de indivíduos, desde crianças até a terceira idade. Procure habilitar-se para prescrever a�vidades �sicas para os obesos que hoje já são parcela considerável da população principalmente nos países desenvolvidos, para os indivíduos portadores de necessidades especiais, que no caso do Brasil, estão próximos dos 15 milhões de pessoas, e um dos grandes campos de trabalho que se desenvolve atualmente, é a prescrição da ginás�ca laboral que funcionaria como uma espécie de compensação às a�vidades normalmente estressantes relacionadas ao trabalho diário. Para concluir, perceba que é notório e ao mesmo tempo paradoxal, os médicos recomendarem repouso absoluto para a maioria das enfermidades desenvolvidas pelo organismo humano, porém, são extremamente entusiastas na recomendação de a�vidades �sicas regulares e orientadas, para a prevenção, controle e tratamento de inúmeras molés�as, fazendo-nos perceber claramente o quanto hipócrates estava com a razão. SEÇÃO 1: Conceitos A ginás�ca é um conceito que engloba modalidades compe��vas e não compe��vas e envolve a prá�ca de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento �sico e mental. GYMNKOS = Origem grega, adje�vo rela�vo ao exercício do corpo GYMNASTIQUE= Origem da língua francesa. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Página 5 Segundo BARBANTI (2003), o termo ginás�ca originou-se aproximadamente em 400 a.C. É derivado de GYMNOS , que significa "nú", levemente ves�do e geralmente se refere a todo �po de exercícios �sicos para as quais se tem de �rar as roupas de uso diário. Durante o curso da História as interpretações de Ginás�ca variaram. Atualmente o termo esta perdendo o seu uso e tem sido subs�tuído por outras nomenclaturas de exercícios e/ou modalidades específicas. Conforme Aurélio (Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 2000), o termo ginás�ca é e�mologicamente: o conjunto de exercícios sistema�zados; o conjunto de movimentos, psicomotores para um obje�vo. Desenvolveu-se, efe�vamente, a par�r dos exercícios �sicos realizados pelos soldados da Grécia An�ga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela época, os ginastas pra�cavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prá�ca só voltou a ser retomada - com ênfase despor�va e militar - no final do século XVIII, na Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prá�ca do esporte. Tais avanços geraram a chamada ginás�ca moderna, agora subdividida. Anos mais tarde, a Federação Internacional de Ginás�ca foi fundada, para regulamentar, sistema�zar e organizar todas as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as prá�cas não compe��vas, popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e pra�cantes. SEÇÃO 2: Conhecendo a História da Ginástica Nesta seção iremos estudar os papéis da Ginás�ca, suas denominações e seus obje�vos no decorrer da história. Conforme Pereira (1988) a cultura �sica (terminologia u�lizada para designar toda a parceria de cultura universal que envolve o exercício �sico, como a Educação Física, a Ginás�ca, o Treinamento Despor�vo e a Dança) caracterizou-se por ser um fenômeno universal, pois existem vários exemplos de exercícios �sicos em várias civilizações, em diversas regiões do planeta. Nesse sen�do, podemos dizer que a Ginás�ca formou-se a par�r de diferentes conceitos, assumindo diversas funções, através dos tempos (desde 3.000 anos a.C. até hoje), nas diferentes culturas, obtendo diversos significados e obje�vos, de acordo com a comunidade em que estava inserida e sua época. Ginástica na Pré-História É claro que a expressão "Ginás�ca" aplicada ao homem pré-histórico é um tanto forçada, pois o exercício �sico não estava sistema�zado, regulamentado, metodizado, estudado cien�ficamente, etc.. Mas tudo isso que nós hoje procuramos a�ngir cien�ficamente (bem estar �sico, saúde, força, velocidade, resistência, aperfeiçoamento das funções fisiológicas, etc.), o homem primi�vo a�ngiu e ultrapassou em muito. É que, pelas condições de vida, um dia na pré- FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Página 6 história, era uma con�nua e completa aula de educação �sica. Para sobreviver ao perigo das feras e inimigos, para fugir as intempéries, para conseguir o alimento, para homenagear os deuses, para festejar vitórias, etc., o homem, em pleno contato com a natureza, precisava correr, saltar, marchar, arremessar, na dar, mergulhar, lutar, levantar e transportar ,equilibrar, trepar, quadrupedar, dançar, jogar, etc. Para fins de estudo, podemos classificar as a�vidades �sicas na pré-história dentro dos aspectos: Natural, U�litário, Guerreiro, Recrea�vo, Religioso. 1 - ASPECTO NATURAL: Aqui colocamos as a�vidades �sicas feitas ins�n�vamente, como meio de sobrevivência: Correr para fugir ao perigo ou para alcançar a caça; Nadar para atravessar os rios; Marchar (caminhar) a procura da caça, da pesca, do abrigo; Arremessar a pedra, a lança, para caçar, pescar, guerrear e ai sim por diante. 2 - ASPECTO UTILITÁRIO: Na caça ou na pesca, quantas vezes a lança foi a�rada imperfeitamente, deixando o homem sem a sua desejada alimentação. Ele percebeu que precisava "treinar" aquele gesto para que, quando surgisse a situação real frente a sua presa, pudesse ter êxito no lance. Esse treino, essa a�vidade intencional, essa "evolução técnica" já não mais apenas ins�n�va, caracteriza o aspecto u�litário. 3- ASPECTO GUERREIRO: Aos poucos, vai o homem dominando a natureza: alguns grupos desenvolvem o pastoreio e a agricultura e já podem abandonar a vida nômade. Mas outros grupos, que ainda vivem da caça e da coleta de frutos silvestres, percebem a fartura daqueles e adestram-se no manejo das armas para atacar e apossar-se do excelente estoque de alimentos. Os sobreviventes do grupo atacado, por sua vez, percebem que não basta criar o gado e armazenar os cereais: é preciso dedicar muita atenção ao preparo para luta e às medidas de segurança. É a educação �sica sob o aspecto guerreiro. Mais tarde, o crescimento dos aglomerados humanos exige a especialização do trabalho e surgem os homens dedicados exclusivamente à segurança: os soldados. E é na caserna que a Educação Física, através de todos os tempos, encontra apoio enfá�co e perene. 4 - ASPECTO RECREATIVO: Os homens primi�vos brincavam de correr, saltar em altura e extensão; lutavam, dançavam, a�ravam ao alvo faziam encenações representando episódios de caça, cenas cômicas, simulações de combates e etc. 5 - ASPECTO RELIGIOSO: Para aplacar a ira dos deuses, ou para homenageá-los, o homem pré-histórico realizava a�vidades rítmicas e danças. Ao ritmo de bastões, tambores, palmas, gritos e outros ruídos, executavam movimentos simbólicos de braços mãos, dedos, cabeça, tronco, balanceamentos, sal�tamentos, passos e corridas, ba�das de pés e etc. A Ginástica na Antiguidade Na An�güidade, principalmente no Oriente, os exercícios �sicos aparecem nas várias formas de luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de a�rar com o arco, como exercícios u�litários, nos jogos, nos rituais religiosos e na preparação guerreira de maneira geral. A ginás�ca aparece aqui como elemento sinônimo de um conjunto de a�vidades �sicas, baseada na massagem e nos movimentos respiratórios, com uma freqüência diária, e com obje�vos médicos e morais. Com algumas par�cularidades, pra�camente todas as civilizações an�gas a que temos acesso, a par�r de quarenta séculos antes de Cristo (através de desenhos, escrituras, etc.), �nham esta concepção. Chineses: a) Os chineses cons�tuem um dos povos mais an�gos da terra. Sua história perde-se na bruma dos tempos e no terreno lendário. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Página 7 Desenvolveram a arte da luta. Nos túmulos de Beni-Hasan foram encontradas figuras de lutadores, pintadas em verme lho e preto, para melhor compreensão da técnica dos golpes,em que aparecem mais de uma centena de fases de luta. Sob o aspecto militar, além do manejo do arco e da flexa, pra�cavam a corrida de carros de guerra, o arremesso de lança, a esgrima com um bastão numa das mãos e com escudo na outra, corridas de velocidade e resistência. d) Em tão alto conceito �nham os egípcios a educação �sica que o próprio herdeiro do trono se exercitava junto com os demais membros da nobreza. E todo o juramento feito em nome do Faraó, terminava com a expressão “Vida, Saúde, Força”. Nos Locais dos exercícios �sicos, assim como fazemos hoje nos estádios e ves�ários, havia frases de incen�vos aos pra�cantes: "Teu braço é mais forte que o dele; não cedas"; "Nosso grupo é mais forte que o deles; força, companheiros”. Cretenses: a) Entre os insulares, ou povos do mar, brilhou, há mais de 2.000 anos A.C., a civilização cretense. Embora ainda não tenha sido possível decifrar os signos da escrita cretense, pelas ruínas, quadros, pinturas e esculturas, pode-se conhecer algo deste povo extraordinário, precursor e inspirador da civilização grega no campo da Educação Física. b) Os cretenses eram baixos, morenos, queimados pelo sol, esbeltos, ágeis, enérgicos, usavam roupas leves (uma simples tanga e saiote ricamente bordado, com uma cinta que ressaltava o talhe atlé�co); as mulheres usavam saias soltas, camisas rendadas, elegantes chapéus, colares, jóias e braceletes. c) Seus templos e palácios possuíam inteligente distribuição de ar, luz, água, drenagens, instalações sanitárias e salas de banho. d) Hábeis marinheiros e possuindo um �po de barco guarda-costas muito veloz, não precisavam de muros e for�ficações para guarnecer seu litoral. Eram apaixonados pelos exercícios de força e destreza. Para seus espetáculos, construíram os primeiros teatros e estádios do mundo. Apreciavam as lutas de gladiadores e os combates de homens e mulheres contra as feras. A coragem e a habilidade acrobá�ca dos cretenses se desenvolveram a tal ponto que casais de toureiros, desarmados, brincavam com o touro furioso, dando cambalhotas e saltos sobre o dorso do animal. Conheciam o pugilismo e já dividiam os lutadores nas três clássicas categorias: leves, médios e pesados. Os lutadores cobriam o corpo com óleo. Como outros povos, os cretenses também pra�caram as danças religiosas e recrea�vas, as corridas, natação e massagem. A Ginástica na Grécia Na Grécia, definiu-se o primeiro conceito de Ginás�ca. Os exercícios ginás�cos �nham de ser pra�cados com o corpo nú, banhados com óleo, nos ginásios, sob uma orientação determinada por preparadores �sicos e filósofos, obje�vando a formação do ser humano, no seu aspecto �sico, intelectual, filosófico, ar�s�co (vinculado à esté�ca e à música), e moral, desenvolvidos a par�r do seu método, “a orquestrica e a palestrica”: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 “Pouco antes de Platão a ginás�ca foi erigida em ins�tuição nacional. Foi metodizada e codificada, juntamente com a ins�tuição dos atletas, e com a dos pedotribas (professores) que se consagravam exclusivamente nos exercícios corporais, com o fim de concorrerem aos jogos públicos.... A Ginás�ca foi dividida em dois grupos: • A orquestrica (formação cultural e moral dos jovens, a�tudes por meio de gestos, música, caráter, dignidade do cidadão, danças rítmicas) • A palestrica (preparo de atletas para os jogos públicos, diversas modalidades de exercícios �sicos e eram realizados nos ginásios)” (BONORINO, op.cit., p.19 e 20) A Grécia an�ga compreendia a extremidade da península balcânica, uma serie de ilhas nos mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo e alguns pontos nas costas da Ásia Menor. Vários povos cruzaram a Grécia, mas é com os Helenos, que a invadiram no século XVI A.C., que o povo grego surge ante a face da História. Os helenos se dividiam em quatro tribos: aqueus, eólios, dórios e jônios. Os dórios se estabeleceram em Esparta e os jônios em Atenas e essas duas cidades-estado lideraram por largos períodos a vida dos povos gregos. Embora da mesma raça, os gregos não possuíam unidade polí�ca. Apenas em casos de guerras com outros povos havia uma união temporária entre algumas cidades. Somente o desporto e a religião, através dos jogos Pan-helênicos, conseguiam uma efe�va unidade nacional. Os gregos, pela harmonia de suas linhas, proporção de seus segmentos e delicadeza de semblante, inteligência, coragem e cultura, foram considerados o protó�po da beleza humana. Separados polí�ca e geograficamente, era natural que diferentes fossem os �pos de educação dos Gregos. Os espartanos eram rudes, fortes, enérgicos, belicosos, colocando o amor a Pátria acima de tudo. Por isso a educação espartana visava a formar soldados eficientes e prontos a morrer pela Pátria. Até os 7 anos a criança ficava com a mãe; era então entregue ao Estado passando a viver em comum com outras crianças, tendo uma alimentação sóbria, realizando exercícios violentos e habituando-se aos rigores da natureza. Aos 13 anos ingressava em regime ainda mais violento, pra�cando exercícios militares como equitação, funda, arco e flexa, manejo da lança. Formavam bandos de adolescentes e eram mandados a assaltar sí�os e viajantes para prover sua própria alimentação. Se não conseguissem a�ngir seu intuito eram severamente cas�gados. Dos 18 aos 20 anos o jovem espartano passava a guardar a cidade e a treinar os grupos mais jovens nos exercícios �sicos e militares. Dos 20 aos 30 anos entrava nos plenos poderes militares, podendo comandar tropas. Depois dos 30 gozava de privilégios polí�cos; após os 60 podia aspirar os mais altos postos da vida polí�ca. Por tudo isso, é fácil concluir-se que a Educação consis�a quase que exclusivamente na Educação Física. Afora, e a educação cívica, os jovens recebiam apenas alguns rudimentos de aritmé�ca, leitura, e poesia. As meninas também recebiam uma educação �sica intensa e, para escândalo dos de mais gregos, par�cipavam dos jogos públicos; corriam, manejavam o arco e a flecha, dirigiam um carro de guerra e lutavam como qualquer homem; �nham obrigação de manter-se belas, fortes e saudáveis a fim de que aos 20 anos fossem desposadas e pudessem gerar filhos saudáveis. Eram educadas a colocar o amor a Pátria acima do amor maternal. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Já a educação em Atenas era diferente. Até aos 7 anos os meninos ficavam ao inteiro cuidado materno, brincando livremente. Aos 7 anos ingressavam na escola onde aprendiam as primeiras letras, canto, musica, jogos, como comportar-se em sociedade. Vemos, então que os atenienses buscavam a formação integral do indivíduo: alma; corpo, mente. Dos 12 anos aos 15 estudos se aprofundavam (Desenho, Astronomia, Matemá�ca, Legislação, Literatura e etc.) e a ginás�ca ia se tornando cada vez mais dura. Dos 15 anos aos 18, recebiam a ginás�ca mais di�cil e dedicavam-se ao atle�smo. Dos 18 aos 20 ingressavam na efebia, espécie de aspiração militar. Além do treinamento cívico e militar, recebiam ensinamentos sobre polí�ca, administração e oratória. As meninas eram educadas pela mãe Sua educação era voltada para o lar; aprendiam a fiar, coser, bordar, ler, escrever, tocar citara, dançar e pra�car alguns jogos. Por esse �po de educação compreende-se porque o ateniense era forte, bravo, amante da sua Pátria, do seu lar, da sua liberdade, e tenha a�ngido altos níveis em todos os ramos das ciências e das artes, causando admiração e servindo de exemplo para todos nós. Os gregos possuíam excelentes locais para as prá�cas gimnicas e despor�vas: a) Estádio - local onde se realizavam as corridas de velocidade e resistência. Ficava na planície junto ou entre morros nos quais construiam-se arquibancadas. "Estádio" é uma medida grega que corresponde mais ou menos a 192 metros. No estádio realizavam-se as corridas, lutas saltos e arremessos. b) Palestra - (palé = luta) - recinto des�nado às lutas. Alem do local das lutas havia ves�ários, salas de ginás�ca, banheiros frios e quentes, salas de reuniões e salas de massagens. c) Hipódromo - local des�nado às corridas à cavalo e de carro. d) Ginásio – Local des�nado à prá�ca da ginás�ca e dos jogos, englobando às vezes também à educação intelectual. Com o tempo, o ginásio passou a cons�tuir um conjunto despor�vo completo (hoje, nós usamos a palavra “estádio” para designar o conjunto despor�vo). Assim como em nossos dias, também na velha Grécia o desporto exerceu extraordinária missão de paz. Nem sábios, nem polí�cos conseguiram unir os gregos; isso só o desporto o fez. Por ocasião dos jogos Pan-helêmcos, toda a Grécia se reunia e confraternizava, ressaltando o valor do povo grego e homenageando a seus deuses. Os mais célebres jogos foram os Olímpicos, Nemeus, Pí�cos e Istmicos. Os Istmicos eram realizados em Corinto; os Pí�cos em Delfos; os Nemeus em Neméia; e os Olímpicos em Olímpia, (em Élis). Além desses Jogos de caráter geral, cada cidade- estado �nha seus próprios "jogos municipais". Pelo seu esplendor e importância, detenhamo-nos um pouco mais nos Jogos Olímpicos. Eram celebrados de 4 em 4 anos, em honra de Zeus, o rei dos deuses. Tiveram início em 776 A.C. e foram ex�ntos em 394 D.C. pelo imperador romano Teodósio, tendo sido celebradas 291 Olimpíadas ao longo de um período de quase 1.200 anos! Os jogos eram organizados e dirigidos pelos 10 helanoicas, homens da mais destacada envergadura moral e social de Elis. Em junho saiam os arautos por toda a Grécia pregando a Trégua Sagrada e convidando para os Jogos. Cessavam então todas as guerras entre os Gregos! As cidades se reconciliavam; todos �nham livre trânsito para Olímpia e ninguém podia ser molestado; as armas não entravam na cidade no período dos Jogos. Na noite de 27 de julho realizavam-se banquetes, procissões e ritos sagrados e ao alvorecer o dia 28, com um majestoso desfile, FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Esse afrouxamento �sico e moral, aliado a outras causas, foi o germe da decadência de Roma. Mas antes de concluir este ponto,permitam que eu lhes diga algo sobre uma belíssima contribuição romana ã Educação Física: as Termas eram as casas de banho dos romanos. Eles espalharam o hábito salutar do banho por todo o seu vasto império. As Termas eram edi�cios imponentes, muito ricamente decorados e construídos em mármore. As principais de pendências eram: ves�ários, salas de ar quente ou morno (seco ou úmido), piscinas quentes e frias, salas de refeição, de leitura, de jogos sociais e despor�vos, salas de massagem. As principais Termas foram as de Agripa, de Nero, de Caracala, de Trajano. Havia Termas com mais de 8.000 banheiros separados. Roma chegou a ter mais de 800 Termas além de mil piscinas para o banho público. Até os escravos, mediante uma módica taxa, podiam par�cipar dos banhos. A Ginástica na Idade Média (395-1453) Com a morte do imperador Teodósio e a divisão do império Romano (395) começa, segundo alguns historiadores, a Idade Média. Esse período caracteriza-se pela quebra do poder real de Roma, surgindo pequenos reinos e senhores em toda a Europa. Assim surgiu o feudalismo, regime em que um senhor mais forte reunia em torno de si senhores mais fracos e dava-lhes domínio hereditário sobre certas terras em troca de obediência e ajuda em caso de guerra (os primeiros eram os "suzeranos" e os segundos os "vassalos"). Aqueles vassalos, por sua vez, dominavam sobre pessoas mais humildes, chamadas "servos da gleba". Os servos da gleba u�lizavam as terras dando uma parte do produto para o seu senhor; também comba�am a serviço do senhor. Um castelo forte, com terras cul�vadas, algumas habitações e campos de criação ao redor é a paisagem caracterís�ca da Idade Média. Isso cons�tuía um feudo. Como os jogos na velha Grécia eram uma oferenda a deuses pagãos e como em Roma eram espetáculos sanguinários nos quais os cristãos foram muitas vezes sacrificados, o cris�anismo, dominando o mundo, exterminou com eles e acabou com todas as suas manifestações. E ainda mais, pregando que o corpo era vil e fonte de muitos pecados, a Igreja comba�a toda a atenção que se pudesse a ele dedicar, para que as atenções se voltassem exclusivamente para a parte espiritual. Essa a�tude nega�va da Igreja em relação à E.F. prejudicou a evolução da E.F. por muito tempo, somente se modificando com o surgimento da Cavalaria e das Cruzadas. Nos feudos, as a�vidades �sicas consis�am na caça, pesca, jogos infan�s (as crianças daquela época �nham mais jogos e brincadeiras que as nossas), danças a jogos populares, lutas e arremessos. Um dos jogos mais populares era a "soule" antepassado do futebol. Até os padres, após a missa dominical, se misturavam com o povo e jogavam a "soule". Consis�a em a�ngir com a bola, jogada de qualquer maneira, um alvo defendido pela equipe contrária. Havia “soles” entre povoados vizinho. A vitória consis�a em levar a bola até à praça do povoado adversária. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A nobreza par�cipava das Justas e dos Torneios e do jogo da "paume”, jogo da "palma", antepassado, do tênis, ou "pela" além das danças. A Justa consis�a numa disputa “amistosa” entre dois cavaleiros que, à cavalo, protegidos por armaduras, munidos de lança e espada, inves�am um contra o outro, tentando derrubar e dominar o adversário. No inicio, não havia muitas regras, e a Justa era quase igual a uma batalha real, havendo, seguidamente, mortes. Mais tarde criaram-se as "armas de cortesia", isto é, a lança de ferro foi subs�tuída pela de madeira com um florão na ponta. Também surgiram regras mais amenas: bastava derrubar o adversário da sela, ou quebrar a própria lança no impacto contra o adversário para ser considerado vencedor. As justas eram realizadas em campo aberto, ou com um muro, (liça) à altura do peito do cavalo. Consta que a úl�ma Justa realizou-se em 1559 para festejar o casamento de Margarida, lrmã do rei Henrique II da França. O Rei par�cipou da festa "justando" com o conde de Montqomery. Na primeira lança, o rei venceu facilmente, derrubando o conde; na segunda, ambos a�ngem o alvo e as lanças voaram em es�lhaços, mas o conde de Montgomery, com o impulso da arreme�da e com o pedaço de lança que sobrara atravessou a viseira do rei ferindo-lhe o olho esquerdo. Dez dias de pois, com grande sofrimento, falece o rei e as Justas se apagam. Os Torneios obedeciam aos mesmos princípios das Justas, porém eram disputados por duas equipes. A codificação dos torneios foi feita pelo cavaleiro francês Geoffroy de Preuilly, no século XI. Um senhor feudal promovia a festa, convidando tantos cavaleiros quantos pudesse, ou convidando um outro senhor feudal e sua equipe. Formavam-se dois par�dos: armavam-se as tribunas e arquibancadas; escolhiam- se os juizes; embandeiravam-se os Iocais da disputa, os animais, as armas e os cavaleiros; realizavam-se treinamentos; os disputantes faziam os juramentos de lealdade às regras e aos adversários; havia homenagens, danças e banquetes; e quando o entusiasmo popular estava no auge, realizava-se o Torneio. Às vezes o combate ia de sol a sol. Ao final, todos confraternizavam e os esfalfados combatentes, com toda a dignidade e cortesia, par�cipavam das festas e danças que eram realizadas em sua homenagem. Os torneios evoluíram despor�vamente até ao ponto de originar o "carrossel" e as "cavalhadas" onde havia apenas combates simulados e demonstração de habilidade eqüestre. A Cavalaria, nobreza dentro da nobreza é o facho luminoso da Educação Física na Idade Média. O cavaleiro cul�vava o ideal de defender à Igreja, à Pátria, as mulheres, os fracos e os oprimidos. A Igreja apóia a cavalaria e assim começa a modificar sua a�tude em relação à Educação Física. O jovem nobre desde pequeno vai se preparando �sica, moral e espiritualmente para se tornar cavaleiro. E então, em plena mocidade, em bela cerimônia cívica e espiritual, recebe as armas de cavaleiro. Ate chegar a esse momento, ele passou muitos anos adestrando-se na Luta, natação, arremessos, Levantamento de pesos, boas maneiras, conhecimento de Leis, exercício das prá�cas religiosas e etc. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A Ginástica no Renascimento Com o Renascimento (1400 a 1727), período de transformações e despertamento cultural e ideológico, que além de libertar as ciências e as artes também serviu para o ressurgimento da cultura �sica. Como o homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da Renascença fez explodir novamente a cultura �sica, as artes, a música, a ciência e a literatura. A beleza do corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada surgindo grandes ar�stas como Leonardo da Vinci (1452-1519), responsável pela criação u�lizada até hoje das regras proporcionais do corpo humano. Consta desse período o estudo da anatomia e a escultura de estátuas famosas como por exemplo a de Davi, esculpida por Michelângelo Buonarro� (1475 - 1564). Considerada tão perfeita que os músculos parecem ter movimentos. A dissecação de cadáveres humanos deu origem à Anatomia como a obra clássica "De Humani Corporis Fábrica" de Andrea Vesalius (1514-1564). A volta de Educação Física escolar se deve também nesse período a Vitorio de Feltre (1378-1466) que em 1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" onde o conteúdo programá�co incluía os exercícios �sicos. O Renascimento foi um período marcante e posi�vista para a cultura �sica, fazendo renascer o interesse e o prazer pela prá�ca de a�vidades �sicas o verdadeiro renascimento da cultura em geral e da Educação Física. O movimento contra o abuso do poder no campo social chamado de iluminismo surgido na Inglaterra no século XVII deu origem a novas idéias. Como destaque dessa época os alfarrábios apontam: Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) e Johann Pestalozzi (1746-1827). Rousseau propôs a Educação Física como necessária à educação infan�l. Segundo ele, pensar dependia extrair energia do corpo em movimento. Pestalozzi foi precursor da escola primária popular e sua atenção estava focada na execução correta dos exercícios. A�vidade 1. Dividir os alunos em 4 Grupos, disponibilizar os nomes dos grupos e seus componentes e representante. 2. Sorteio de 4 temas ( 1 Pré-história, 2 An�guidade, 3 Idade Média e 4 Renascimento) Edificar um trabalho de pesquisa sobre a relação e aspectos evolu�vos da Ginás�ca e o tema sorteado. Apresentação oral/escrita por ordem dos temas dia (-------), tempo máximo por grupo 15 minutos. Obs.: O trabalho escrito deverá apresentar a bibliografia u�lizada. A Ginástica na Idade Contemporânea É na Idade Contemporânea que ocorre o aparecimento do esporte moderno, a sistema�zação da ginás�ca e o amadurecimento da educação �sica escolar. Por esse mo�vo, é à luz do estudo dos princípios doutrinários que marcaram essa época que poderemos compreender e analisar as atuais tendências da educação �sica mundial. A Situação Polí�ca e Social da Europa FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 intervenção estatal na educação. Considerava a ginás�ca de alta significação social e patrió�ca, e meio educa�vo fundamental para a nação, e pediu que o Estado assumisse a organização e divulgação da ginás�ca (Marinho, s.d.a). A derrota que Napoleão infligiu aos alemães em Jena, em 1805, a Prússia em bloco desejou a desforra. Impõem-se, então, um sistema de educação tendente a potencializar, ao máximo, o espírito e o corpo provocou o despertar de um profundo sen�mento nacionalista popular. A nova ginás�ca alemã - Jahn havia subs�tuído a palavra ginás�ca por Turnkunst, em 1811 - ia ao encontro das necessidades do povo, pois Jahn não teve, "durante toda sua existência, outra aspiração senão despertar o sen�mento nacional e a realização da unidade alemã" (30, pág. 56). Jahn somente queria formar o forte. "Viver quem pode viver", era o seu lema. Para ele, os exercícios �sicos não eram meios de educação escolar, mas sim da educação do povo. Inventou aparelhos como a barra fixa, barras paralelas e o cavalo, sendo, portanto o precursor do esporte que hoje se chama ginás�ca olímpica. Registramos que, até a I Guerra Mundial, o sistema nacional de ginás�ca adotado na Alemanha foi o de Jahn. Diz Pepe: "Antes da invasão napoleônica o sen�mento nacional era muito mais um patrio�smo intelectual, representado por grandes estudiosos como Lessing, Herder, Gorthe, Kant, Fichte, etc. que intencionava impor a cultura e não a potência militar". Foram as humilhações sofridas nas várias batalhas durante a dominação napoleônica que despertaram os sen�mentos patrió�cos dos alemães. Foi então que Fichte afirmou que o espírito alemão "é uma águia que com força levanta o seu corpo poderoso para aproximar-se do sol". Korner incitou a Alemanha a construir um único Estado da Europa, e a fundação da Universidade de Berlim teve um obje�vo, sobretudo, patrió�co. Fichte, como primeiro reitor, fez o "Apelo à nação alemã", no qual afirmava a bem conhecida teoria que "Deus �nha confiado ao povo alemão a missão de civilizar o mundo". Conseqüentemente os mestres da ginás�ca, como Jahn, Eiselen, Frieser, Massmann e muitos outros começaram a reunir em ginásios espor�vos e em associações, a juventude para educá-la e prepará-la �sica e moralmente a fim de fazer renascer a nação alemã. Foram estes os mestres que adestraram a juventude sob o gímnico-militar, que enrubusteceram seus membros e endureceram os seus caracteres, preparando-os para darem tudo à Pátria, até a vida. Foram eles também, que deixados os ginásios espor�vos, guiaram - como Jahn - os batalhões dos seus alunos voluntários rumo às estradas da vitória, levando-os da planície de Hasenheide ao triunfo de Paris. Mas com a França já derrotada e expulsa, o governo alemão passou a temer os movimentos de massas liderados por Jahn, de forte conteúdo polí�co. As autoridades temiam que o Turnen servisse difusão das doutrinas liberais então em voga, e proscreveram as sociedades ginás�cas. O próprio Jahn foi preso em 1819, acusado de traição. Segundo Roberts (1973), o governo prussiano até mesmo incorporou o sistema ginás�co na escola formal, num esforço para frustrar as sociedades ginás�cas. Mas a repressão oficial não conseguiu impedir o crescimento do Turnen que recuperou o seu vigor no reinado de Frederico Guilherme IV. Em 1868 organizou-se o Deutsche Turnerscha�, uma federação de todas as sociedades ginás�cas alemãs. Durante a guerra franco-prussiana de 1870-71, quinze mil de seus membros apresentaram-se ao serviço militar. A guerra propiciou a unificação da Alemanha - o grande ideal de Jahn e seus seguidores - e isto levou valorização da ginás�ca, que passou a receber o apoio estatal. Nas escolas alemãs, a Educação Física foi introduzida na forma do sistema ginás�co de Adolph Spiess (1810-1858). Em 1842, o governo prussiano reconheceu oficialmente a Educação Física como uma função do Estado, e após o fracasso em introduzir a ginás�ca de Jahn, Spiess foi convidado a implantar o seu sistema. Spiess estudou e trabalhou em escola suíças que sofreram a influência de Pestalozzi. L , criou um sistema de ginás�ca adaptado a obje�vos pedagógicos e integrado no currículo escolar. Segundo Van Dalen e Bennet (1971 ) Spiess foi bem sucedido em introduzir a Educação Física nas escolas da Alemanha porque seus obje�vos harmonizavam com a polí�ca autocrá�ca e a filosofia educacional da época. Ele dava bastante ênfase disciplina, e embora seu sistema buscasse um desenvolvimento eficiente e completo de todas as partes do corpo, FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 tais obje�vos eram alcançados através de submissão, treino da memória e respostas rápidas e precisas ao comando. Roberts (1973), após estudar o processo histórico do surgimento e desenvolvimento da Educação Física na Alemanha, concluiu que ela desenvolveu-se de duas diferentes formas: como um sistema escolar regular de educação �sica e como um sistema extra-curricular poli�camente orientado que acabou por tornar-se uma força auxiliar de Adolf Hitler, chamada de "Movimento Jovem Hitleriano". É evidente, que assim, na Alemanha, a ginás�ca não pode ter, neste período, outro endereço senão aquele militar, com fundo nacionalista, mesmo se não faltaram interessantes e valiosas alterna�vas. Outras nações européias condividiram com a Alemanha as mesmas paixões nacionalís�cas, o ódio pela opressão estrangeira e o mesmo desejo de renascer, assim que a difusão do pensamento e das idéias da escola alemã encontrou um terreno favorável nas condições históricas do século XIX. A ginás�ca alemã de 1800 teve, como dizíamos acima, também caracterís�cas educa�vas comuns aos demais métodos de educação �sica que se estavam, contemporaneamente, afirmando na Europa: em efeitos, não se pode, certamente, afirmar que a a�vidade �sica da Alemanha tenha ficado alheia e avulsa ao valor pedagógico e daquele médico-cien�fico: somente que, por razões históricas e polí�cas, a ginás�ca alemã reforçou aquele seu endereço militarista que influenciará posteriormente, uma boa parte do ensino tradicional da educação �sica, também nos demais países europeus. A difusão do exercício �sico nas escolas e nas sociedades de ginás�ca levará a uma inevitável diversidade de endereços assumindo novas formas, ficando em inércia a veia patrió�ca suscitada pelo pai da ginás�ca alemã (Jahn). O endereço gímnico da escola alemã teve, portanto, origens patrió�co-militar com Jahn, assumiu com Spiess um caráter escolás�co-educa�vo, com Rothstein racional-higiênico influenciado pela escola sueca, inclinando-se então ao ecle�smo com Jager, por sua vez inspirado pelas origens clássicas do exercício �sico, mas sempre com escasso sucesso. Próximo ao fim de 1800 desenvolveu-se o momento dos jogos ao ar livre e o advento dos esportes sem, porém que esta grande a�vidade se afirme; no inicio de 1900 exis�u um aceno esté�co-rítmico com Jacques Dalcroze, Bode e outros; entre as duas guerras, no clima do estado hitleriano, o exercício �sico retornou o fim nacional e patrió�co, permeado de princípios biológicos com endereço natural e bélico. No período nazista, a a�vidade �sica foi integrada ao sistema polí�co; mais que de educação �sica tratou-se de uma a�vidade que, par�ndo do corpo e servindo-se desse, mirou infundir, na criança, os dotes da obediência absoluta e o hábito à ordem. A educação do corpo foi, sobretudo, duro treinamento para reforçar a vontade ê o caráter do futuro soldado. No segundo após guerra, com Diem, a educação �sica tornar-se-á um meio essencial e indispensável do inteiro complexo educa�vo. De qualquer maneira, a difusão do método ginás�co alemão favoreceu o desenvolvimento, não somente da educação �sica na Alemanha, mas também no resto da Europa, até na América, tanto no século XIX que na primeira metade do século XX. A única diferença entre a ginás�ca da escola alemã e aquela das demais escolas (suecas, inglesas, francesas), é que a primeira �nha limitadas capacidades de difusão pelas próprias condições históricas ambientais da Alemanha antes de 1870, enquanto que as outras não conheceram tais limitações ou obstáculos para os fins universais que se �nham prefixadas. Método Natural Austríaco O desenvolvimento do Método Natural Austríaco deve-se basicamente aos educadores Gaullhofer e Streicher, ambos convidados pelo governo austríaco para par�cipar da reforma de ensino naquele país. Tais educadores par�am das premissas que era necessário “fornecer bases cien�ficas para a Educação �sica” e “criar um método natural de Educação �sica”. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Apesar do grande trabalho desenvolvido por ambos na criação do método, o período compreendido pelas duas guerras mundiais, fez com que este método fosse esquecido, visto o domínio da Alemanha sobre a Áustria. No pós-guerra, outros dois educadores - Burguer e Groll - resgataram o método, introduzindo sua finalidade maior que era o desenvolvimento pleno da força corporal, espiritual e moral de um povo. O Método Natural Austríaco, pela própria nomenclatura, propõe uma pedagogia de desenvolvimento natural e a�va, valorizando a�vidades próximas da natureza. Dessa forma, as a�vidades devem ser executadas ao ar livre e englobar a�vidades como marchar, correr, saltar, lançar, arremessar, quadrupedar e outros. Também para buscar o interesse na execução do método por parte das classes ou turmas, os idealizadores do método propuseram a u�lização de pequenos e grandes jogos e de aparelhos como: cordas, bastões, colchões, medicine-ball, bancos suecos, elevações naturais, plintons, espaldares e outros. Busca-se na execução dos exercícios �sicos e a�vidades desse método, a�ngir as grandes funções orgânicas, quer sejam: o sistema respiratório, o sistema circulatório e o sistema cardíaco. Para tais situações, pode-se empregar exercícios �sicos de força pura, força dinâmica, força explosiva e de resistência geral. É muito comum no desenvolvimento de uma sessão desse método, de que as a�vidades sejam desenvolvidas em duplas, trios e quartetos, onde se preconiza o sen�do de auxílio e cooperação na execução dos exercícios e das a�vidades. Na execução dos exercícios do Método Natural Austríaco, busca-se a execução de movimentos globais e naturais, buscando com os mesmos a�ngir a grande maioria dos grupos musculares do corpo humano, tendo por principais obje�vos: • Desenvolver de forma harmônica as qualidades �sicas do organismo humano, buscando de forma paralela também a o�mização das caracterís�cas sócio-psíquicas e morais do indivíduo; • Buscar através da execução de pequenos e grandes jogos o desenvolvimento emocional do indivíduo, visando o trabalho em grupos e o comportamento equilibrado diante de vitórias e derrotas; • Aperfeiçoar o indivíduo na dosagem da força e da resistência, treinando-o no sen�do de u�lizar as suas energias na execução das a�vidades. Para finalizar, percebe-se uma grande u�lidade na execução desse método para treinamento de militares, onde muitas caracterís�cas são u�lizadas nos treinamentos atuais das academias e quartéis. Para sua efe�va aplicação nas escolas, existe a natural necessidade de adaptações no volume e na intensidade dos exercícios propostos. Sobre a Áustria Wikipédia As origens da Áustria remetem-se ao tempo do Império Romano, quando um reino celta foi conquistado pelos romanos em 15 a.C., aproximadamente, e mais tarde tornou- se Noricum, uma província romana, em meados do século I d.C.,[6] em uma área que abrangia a maior parte da Áustria atual. Em 788 d.C., o rei franco Carlos Magno conquistou a área e introduziu o cris�anismo. Sob a dinas�a na�va dos Habsburgo, a Áustria tornou-se uma das grandes potências da Europa. Em 1867, o Império Austríaco foi incorporado pela Áustria- Hungria. O Império Austro-Húngaro desmoronou em 1918 com o fim da Primeira Guerra Mundial. Depois de estabelecer a Primeira República Austríaca, em 1919, a Áustria foi, de fato, anexada à Grande Alemanha pelo regime nazista no chamado Anschluss, em 1938.[7] Isto durou até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, depois que a Áustria foi ocupada pelos Aliados. Em 1955, o Tratado do Estado Austríaco restabeleceu a Áustria como um Estado soberano e o fim da ocupação. No mesmo ano, o Parlamento austríaco criou a Declaração de Neutralidade, que estabeleceu que o país se tornaria neutro. Método Natural de Georges Hébert FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 havia incluído as crianças nos seus estudos. Até a I Guerra Mundial, nenhuma outra influência fora da órbita lingiana acrescenta algo significa�vo à educação �sica sueca. Ginástica Francesa É da maior importância o estudo dessa escola, pois dela chegaram os primeiros es�mulos que vieram a cons�tuir os alicerces da educação �sica brasileira. Neste período realça a figura de Dom Francisco Amoros y Ondeano (1770-1848), militar espanhol que chega à França em 1814 e, em 1816, adquire a cidadania francesa. A sua figura é de grande relevância histórica, pois foi quem introduziu a ginás�ca naquele país, sendo conhecido como o "pai da ginás�ca francesa". A sua ginás�ca reflete influências que podem ser definidas a par�r da fórmula: Rabelais/Guts Muths/Jahn/Pestalozzi. Pode-se considerar que era uma ginás�ca u�litária (Rabelais), com intenção pedagógica (Guts Muths), acrobá�ca (Jahn) e atra�va (Pestalozzi). Mas o que caracterizava a ginás�ca amorosiana era o seu marcante espírito militar e "nunca poderíamos admi�-la como um método de ginás�ca escolar" (4, pág. 98). Langlade compar�lha dessa opinião quando afirma que a citada ginás�ca "não �nha uma finalidade escolar ainda que as crianças também a pra�cassem" (42, pág. 28). Apesar disso, foi introduzida nas escolas francesas em 1850, sendo ministrada quase sempre por suboficiais do exército, sem cultura geral e com deficiências de formação pedagógica. Somente no final do século, por influência de Pierre de Couber�n, inicia-se uma campanha para que se crie uma autên�ca educação �sica escolar francesa. Registramos, ainda, a presença menos marcante, mas também influente, de Phok�on Heinrich Clias (1782-1854) que, entre outras inicia�vas, cria a calistenia, em 1829 - como ginás�ca feminina com tendências esté�cas e derivadas dos gestos de dança -, de tão larga divulgação no Brasil. É importante assinalar, em virtude da influência que exerceu sobre a educação �sica brasileira, a criação do Ins�tuto de Ginás�ca do Exército Francês, em 1852, na Escola de Joinville-le-Pont. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 CARACTERÍSTICAS SOBRE A ORIGEM DO MÉTODO • A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em 15 de julho de 1852, no mesmo local onde ainda se encontra. • A Escola adotou então o Regulamento Francês de Ginás�ca, aprovado em 24 de agosto de 1846, pelo Ministro da Guerra, como o �tulo “Instrução para o Ensino da Ginás�ca nos Corpos de Tropa e nos Estabelecimentos Militares”, que foi elaborado por uma comissão: General Aupik, Coronel Amoros, Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros. • Em 1815 o comandante D’Argy publicou “Instruções para o Ensino da Ginás�ca”, que se fazia acompanhar de um plano e de uma relação de aparelhos usados no exército. • A 22 de dezembro de 1904, por decreto do Presidente da República Francesa, foi ins�tuída uma comissão interministerial para tratar da unificação dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos, onde presidiu o General Castex e outros 13 membros, resultando no “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires” • Após várias tenta�vas, ensaios em alguns novos regulamentos, baseados sempre nos anteriores, com pequenas modificações, que fizeram parte Tissié e Herbert, com a experiência da guerra de 1914-18, então surgiu em 1919 um complemento ao “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires”. Era um manual completamente novo de �tulo “Projet de Réglement General d’Educa�on Physique”. Tal projeto foi consolidado em 1927, sendo reeditado em 1932. ANÁLISE GERAL DO MÉTODO FRANCÊS O Método francês possui sua fundamentação voltada para as ciências médicas, tais como a fisiologia e a Anatomia, possuindo um fulcro na Mecânica. Com a contribuição do professor e fisiologista francês Georges Dêmeny (1850 – 1917), considerado por muitos como o grande patriarca do Método francês, o método buscou um embasamento maior nas leis da �sica e da Biologia, aplicando exercícios �sicos e a�vidades com base cien�fica. Bases Fisiológicas - A educação �sica deverá ser orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a infância a educação �sica deve visar ao desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na idade adulta o seu papel é manter e melhorar o funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do coração e dos vasos sangüíneos, o valor funcional do aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar a saúde. Bases Pedagógicas - segundo a definição do método, a educação �sica compreende o conjunto de exercícios cuja prá�ca racional e metódica é suscep�vel de fazer o homem a�ngir o mais alto grau de aperfeiçoamento �sico, compa�vel com sua natureza, e u�lizando-se de várias formas de trabalho: jogos, flexionamentos, exercícios educa�vos, aplicações (as grandes famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar, e defender-se), desportos individuais, desportos cole�vos. REGRAS GERAIS PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO FRANCÊS 1. Grupamento dos Indivíduos - baseado na fisiologia e na experiência, adotou a classificação racional em grupos de valor fisiológico sensivelmente equivalente: educação �sica elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13 anos); educação �sica secundária ou pubertária e pós- pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos); educação �sica superior ou despor�va e atlé�ca (adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e ginás�ca de conservação para a idade madura (adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos). 2. Adaptação ao Exercício - o regime de trabalho �sico a que serão subme�dos depende: do fim a a�ngir, da dificuldade e da intensidade dos exercícios e das qualidades que estes exercícios são suscep�veis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para compor o programa de exercícios foram elaborados quadros de exercícios por ciclos (elementar, secundário e superior) e que constava de: grupamento, fim a a�ngir (obje�vo), o programa de exercício e regime de trabalho. 3. Atração do Exercício - os exercícios �sicos devem ser higiênicos e salutar quanto maior o prazer com que for pra�cado. O instrutor deverá esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 escolha judiciosa dos exercícios que variará, freqüentemente, pela introdução de jogos em momento oportuno no decorrer da lição e, principalmente, pela emulação e disposição para o trabalho que provocará em sua classe. 4. Verificação Periódica da Instrução - a verificação periódica dos exercícios �sicos é realizada pelo médico e pelo professor e repousa nos exames fisiológicos e prá�cos. A verificação médica é efetuada no início e final do ano le�vo, seguido de exame prá�co de dificuldade compa�vel com o valor �sico dos concorrentes. UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES De forma genérica, o método buscava ordenar e aplicar um grupo racionalizado de exercícios e a�vidades que compreendiam os saltos e sal�tos, os lançamentos, os arremessos, as corridas, as marchas e com sua aplicação militar também u�lizavam-se de esportes como a esgrima, a natação e a equitação. 1. Preparatória - duração de 2/10 do tempo total da sessão. Comporta evoluções e flexionamentos dos braços, pernas, tronco, combinados, assimétricos e de caixa torácica. 2. Lição Propriamente Dita - duração de 7/10 da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar e defender-se. 3. Volta á Calma - duração de 1/10 da sessão. Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios, marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem. O Movimento Esportivo Inglês A Situação Polí�ca e Social As revoluções inglesas do século XVII deram à Inglaterra um regime parlamentarista estável, livrando-a das agitações que perturbaram a Europa con�nental nos séculos XVIII e XIX. Durante os séculos XVI e XVII a Inglaterra experimentou grande desenvolvimento comercial, que aumentou com a adoção do liberalismo econômico no século XVIII e com a formação de um vasto império colonial. A par�r de 1760 a Inglaterra passou a sediar a Revolução Industrial, acontecimento que - ao lado da Revolução Francesa - modelou a história da civilização ocidental. Vários fatores foram decisivos para que a Revolução Industrial se desenrolasse entre os ingleses. A Inglaterra expandiu o seu comércio e assegurou mercado consumidor e mercado fornecedor de matérias-primas já no século XVIII. O desenvolvimento comercial possibilitou também a acumulação de capital, e além disso a Inglaterra dispunha de bastante carvão e ferro. As revoluções do século XVII haviam �rado poder da aristocracia em favor da burguesia, desejosa de promover o desenvolvimento econômico. Por outro lado, a doutrina do puritanismo e do calvinismo inglês es�mularam o enriquecimento e a acumulação de riquezas. A Revolução Industrial significou a passagem do trabalho artesanal para o trabalho industrial, do trabalho domés�co para o trabalho fabril e transformação do artesão em trabalhador assalariado. A Revolução Industrial mudou radicalmente o regime de produção econômica, proporcionando uma inédita acumulação de riquezas e gerando transformações em todas as instâncias da sociedade inglesa dos séculos XVIIl e XIX. Desenvolveu-se a tecnologia industrial, a população urbana cresceu muito nas grandes cidades, a classe média tornou-se mais numerosa e mais rica, o proletariado a par�r de certo momento organiza-se para lutar contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários, e a agricultura moderniza-se para atender a um crescente consumo. A par�r de 1850, a Revolução Industrial foi exportada para outros países da Europa e da América, iniciando pela Bélgica, França, Alemanha, Itália e Estados Unidos, após a estabilização de seus quadros polí�cos. Situação das Ins�tuições Educacionais A Inglaterra foi mais demorada - em comparação com outros países europeus - em estabelecer uma educação pública nacional controlada pelo Estado. Segundo Luzuriaga (1979) FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Thomas Arnold (1795-1842), diretor do Colégio de Rugby, surge como líder de um movimento denominado "cris�anismo muscular", concebido em virtude de "um certo desajustamento na juventude inglesa" (44, pág. 116). Educador imbuído de um elevado espírito humanista, incorporou, no âmbito escolar, o esporte com uma conotação verdadeiramente educa�va, haja vista a importância que era dada ao fair-play. Importante considerar que Arnold não foi, propriamente, um criador de jogos, como o foram no campo da ginás�ca, Jahn, Ling e Amoros. Seu maior mérito foi a integração dos esportes no quadro pedagógico da escola que dirigia. A inicia�va de Arnold foi seguida por quase todas as escolas inglesas, apesar da resistência oferecida por vários setores: "O clero não podia admi�r que a força �sica �vesse um papel primordial na educação moral. O médico julgava imprudente fazer trabalhar o organismo de uma maneira tão intensa. O intelectual temia que o nível de estudos experimentasse uma queda prejudicial ao país. A imprensa sus�nha, com seu poder, todas as crí�cas que se elevavam contra a inicia�va de Arnold" (30, pág. 65). A relevância dada ao esporte no campo da educação �sica ficou restrita à Inglaterra, até a realização da I Lingíada, em 1939, quando as escolas passaram a sofrer influências recíprocas. É ainda digna de nota a atuação de Clías, também na Inglaterra, onde chegou em 1822, destacado para o treinamento de tropas militares. Dedicando-se à ginás�ca terapêu�ca, marca o início da implantação de uma educação �sica sistemá�ca inglesa. Método de Educação Física Desportiva Generalizada Os atuais princípios do Método de Educação �sica Despor�va Generalizada foram estabelecidos no ano de 1945, na frança, através do Ins�tuto Nacional de Esportes. Para tal estabelecimento par�u-se da premissa que era necessário oferecer uma educação integral, onde fossem educados os aspectos �sicos do corpo, o espírito, o caráter, a responsabilidade com conotação social. Também cabe ressaltar, que o fator psicológico durante a realização dos exercícios �sicos e das a�vidades despor�vas propostas deveria preponderar, fazendo com que os mesmos fossem realizados de uma forma prazerosa, tanto por jovens, quanto por adultos. Uma das principais bases do Método de Educação �sica Despor�va Generalizada é o desporto e a sua prá�ca por todos de forma indis�nta. Também cabe ressaltar que as a�vidades lúdicas (pequenos jogos) e sua prá�ca ao ar livre são u�lizadas por esse método. Na execução desse método pretende-se que o desporto seja um meio eficaz para a aquisição de bons hábitos de higiene, desenvolvimento do espírito altruísta, busca do aperfeiçoamento do sen�do de grupo ou equipe e conseqüentemente do bem cole�vo, redução de manifestações egoístas e maniqueístas. Portanto, o desporto é, na visão dos idealizadores desse método, uma poderosa ferramenta de formação de indivíduos. Dentre os principais obje�vos a serem alcançados pelos indivíduos que fossem educados pelo Método da Educação �sica Despor�va Generalizada, podemos destacar: • U�lizar o desporto como meio para o desenvolvimento social do indivíduo, proporcionando-lhe vivência cole�va com regras pré-estabelecidas. • Proporcionar aos alunos uma clara noção da progressividade espor�va, levando-se em consideração caracterís�cas como idade, sexo e limitações fisiológicas. • Possibilitar aos alunos a iniciação a técnica despor�va, através da aprendizagem por repe�ção dos diversos movimentos despor�vos. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Outra caracterís�ca inerente a esse método é procurar oferecer a prá�ca espor�va a todos os indivíduos, valorizando a prá�ca, em detrimento num primeiro momento, ao rendimento despor�vo. Nesse caso, a valorização da compe�ção educa�va, em que todos são par�cipantes e cooperam entre si, é mais importante que a vitória dos mais aptos. Na montagem de aulas desse método, devemos conhecer uma série de jogos e desportos adaptados. Dessa forma, podemos classificar os exercícios e as a�vidades da seguinte forma: a) Exercícios Naturais e os jogos: relacionados basicamente pela execução de movimentos simples (primários) e naturais e posteriormente a execução de jogos (livres, parcialmente dirigidos ou totalmente dirigidos), que podem ser com caracterís�cas cinestésicas, intelectuais ou com u�lização da mímica. b) Exercícios forma�vos: compostos por exercícios �sicos clássicos, que buscam o desenvolvimento harmonioso do organismo humano, tanto nos seus aspectos �sicos, quanto psicológicos. c) Desportos Cole�vos: indicados para complementação do processo de socialização iniciada nos jogos anteriormente descritos. O fator de sociabilização a ser desenvolvido pela prá�ca do desporto desponta como item principal a ser considerado. Devido à u�lização dos mais variados �pos de jogos e pela prá�ca e treinamento espor�vo preconizados por esse método, devemos destacar que as formas de trabalho com o grupo ou turma são muito importantes. Dessa forma, sobre tais formas podemos destacar as seguintes: a) forma de trabalho - Individual: considerada como forma que permite o desenvolvimento da personalidade. Caracteriza-se pelo fato do aluno realizar a a�vidade proposta sem ajuda, respeitando o seu próprio ritmo ou o ritmo designado pelo professor. b) forma de trabalho - Em pequenos grupos: tem por principal caracterís�ca a formação de grupos que não ultrapassem cinco indivíduos. É uma forma bastante u�lizada para o desenvolvimento do sen�do de cooperação e auxílio mútuo. c) forma de trabalho - Em grandes grupos: normalmente u�lizada após o uso das duas formas anteriores, os grandes grupos podem ser concebidos de duas maneiras dis�ntas: • Relação direta entre os alunos: quando, por exemplo, os alunos são posicionados em círculo, quadrado, triângulo e outras formas geométricas e as ações desenvolvidas por todos são similares. • Relação como adversários: normalmente u�lizadas no trabalho com modalidades espor�vas, em que um grupo responde pela parte defensiva, enquanto outro grupo desenvolve ações ofensivas. Este método é bastante u�lizado nas modalidades de quadra (futsal, handebol, voleibol e basquetebol). Os obje�vos norteadores de aula neste método são o preparo moral e �sico, a iniciação despor�va e a busca pela performance �sica e espor�va. SEÇÃO 3: A Inclusão das Ginásticas na Escola e nas Escolas Brasileiras Em meados do século XVIII, as Ginás�cas foram inseridas no Brasil, visando a preparação �sica dos soldados da Corte e, o primeiro sistema de Ginás�cas a ser implantado no país foi o alemão, na primeira metade do século XIX (Marinho, 1953). Meneghe� (2003) registra que a introdução do Método Alemão no Brasil deve-se ao grande número de imigrantes refugiados da guerra que se instalaram no país tendo como hábito essa prá�ca. A FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 força do referido Método é tão ampla que, por volta de 1860, é consagrado como o método oficial do exército brasileiro. Em 1822, se dá a consolidação das Ginás�cas na escola em que Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 — Reforma Leôncio de Carvalho, Decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública —, no qual defendeu a inclusão da ginás�ca nas escolas e a equiparação dos professores de ginás�ca aos das outras disciplinas. Nesse parecer, ele destacou e explicitou sua idéia sobre a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a a�vidade intelectual (BRASIL, 1997, p. 19). Com a reforma, “houve recomendação para que a Ginás�ca fosse obrigatória, para ambos os sexos, e que fosse oferecida para as Escolas Normais” (DARIDO e SANCHEZ NETO, 2005, p. 2). Contudo, Be� (1991) coloca que até a década de 30, as leis propostas pela reforma, foram aderidas apenas pelas escolas da corte imperial e capital da República, e as escolas militares. Nessa mesma época a educação brasileira sofria uma forte influência do movimento escola-novista, que evidenciou a importância da Educação Física no desenvolvimento integral do ser humano. Essa conjuntura possibilitou que profissionais da educação na III Conferência Nacional de Educação, em 1929, discu�ssem os métodos, as prá�cas e os problemas rela�vos ao ensino da Educação Física. A Educação Física que se ensinava nesse período era baseada nos métodos europeus — o sueco, o alemão e, posteriormente, o francês —, que se firmavam em princípios biológicos. Faziam parte de um movimento mais amplo, de natureza cultural, polí�ca e cien�fica, conhecido como Movimento Ginás�co Europeu, e foi a primeira sistema�zação cien�fica da Educação Física no Ocidente. Em 1920 passa a ganhar espaço na escola o Método Francês, bem como “vários estados da federação começam a realizar suas reformas educacionais e incluem a Educação Física, com o nome mais freqüente de Ginás�ca” (DARIDO e SANCHEZ NETO, 2005, p. 2). O Método Francês passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras até por volta de 1960, quando o esporte começa a ser inserido em âmbito escolar, reforçado pelas vitórias da Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo (DARIDO e SANCHEZ NETO, 2005). Também a nomenclatura mais u�lizada agora é a de Educação Física e as Ginás�cas aos poucos vão deixando de ser ‘a’ Educação Física para se tornar um conteúdo ‘da’ Educação Física. Do final do Estado Novo até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro. Nessa lei ficou determinada a obrigatoriedade da Educação Física para o ensino primário e médio. A par�r daí, o esporte passou a ocupar cada vez mais espaço nas aulas de Educação Física. O processo de espor�vização da Educação Física escolar iniciou com a introdução do Método Despor�vo Generalizado, que significou uma contraposição aos an�gos métodos de ginás�ca tradicional e uma tenta�va de incorporar esporte, que já era uma ins�tuição bastante independente, adequando-o a obje�vos e prá�cas pedagógicas. Com a lei n° 5.692, a Educação Física teve seu caráter instrumental reforçado: era considerada uma a�vidade prá�ca, voltada para o desempenho técnico e �sico do aluno. Em relação ao âmbito escolar, a par�r do Decreto n. 69.450, de 1971, considerou- se a Educação Física como “a a�vidade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças �sicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando”. A falta de especificidade do decreto manteve a ênfase na ap�dão �sica, tanto na organização das a�vidades como no seu controle e avaliação. A iniciação espor�va, a par�r da quinta série, tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino; buscava-se a descoberta de novos talentos que pudessem par�cipar de compe�ções internacionais, representando a pátria. Nesse período, o chamado “modelo piramidal” norteou as diretrizes polí�cas para a Educação Física: a Educação Física escolar, a melhoria da ap�dão �sica da população urbana e o empreendimento da inicia�va privada na organização despor�va para a comunidade FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A Formação para o Trabalho com as Ginásticas No Brasil A necessidade de se formar professores que trabalhassem com a�vidade �sica, educação corporal surge com a Reforma Couto Ferraz, em 1851, e, três anos depois, com sua regulamentação através da Lei nº. 630, que confere a obrigatoriedade das Ginás�cas nas escolas (DARIDO, 2003; PIRES, 2006). Marinho (1943) relata que, as inicia�vas de formação de professores para ministrarem Ginás�cas que avançaram no Brasil, como a criação da Escola de Educação Física da Força Policial em 1909, restringiram-se à capacitação militar. Melo (1996), aponta que em 1922, é fundado o Centro Militar de Educação Física no Rio de Janeiro, que daria origem futuramente à Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx). A EsEFEx foi criada com a intenção de formar instrutores, monitores, mestre d’arma, monitores de esgrima e médicos especializados para o exército. Seus cursos eram oferecidos para militares e, eventualmente, civis podiam realizar o curso de monitor. Muitas propostas quanto à criação de cursos sur�ram durante as décadas de 20 e 30, no entanto Pires (2006) afirma que: (...) o primeiro programa sistema�zado de Educação Física no Brasil, foi o curso da Escola de Educação Física do Estado de São Paulo, criado em 1931, mas que só começou a funcionar em 1934. Este curso �nha como propósito a formação de dois profissionais dis�ntos, quais sejam: Instrutor de Ginás�ca e o Professor de Educação Física. (p. 182). O autor descreve que os saberes do instrutor de ginás�ca deveriam abranger “o estudo da vida humana em seu aspecto celular, anatômico, funcional, mecânico, preven�vo, estudo dos exercícios �sicos da infância a idade madura, estudos dos exercícios motores, lúdicos e agonís�cos” (p. 182). Em 1939, com a realização de revisão na proposta de formação profissional do curso citado, passam agora a ser cinco formações quais sejam: instrutores de ginás�ca (professores primários), instrutor de ginás�ca, professor de Educação Física, médico especializado em Educação Física, técnico em massagem, técnico despor�sta. (PIRES, 2006) É notório que as Ginás�cas perfazem a formação dos profissionais e dos cursos superiores, sendo inegável sua contribuição ao desenvolvimento do que hoje se concebe como Educação Física seja na escola, seja na universidade. No âmbito da educação básica, antes mesmo que houvesse profissionais proferindo o ensino das Ginás�cas, estas passam a fazer parte dos conteúdos a serem desenvolvidos na escola. Dessa maneira, por meio das mais diversas indicações, alegadas por diferentes obje�vos, as Ginás�cas passam para o espaço da educação formal, sendo incluídas agora nos currículos educacionais. Considerações Finais do Capitulo A par�r dessa breve revisão literária, discorrendo alguns momentos históricos referentes às Ginás�cas e mostrando a importância do referido conhecimento, percebeu-se que o conteúdo rela�vo à evolução desta prá�ca é altamente rico. Fica evidente que as Ginás�cas encontraram caminhos para se dividir atualmente trazendo consigo todo o seu conhecimento histórico. Portanto, é importante que, indiferente do espaço em que seja abordada, mas especialmente na escola e na graduação, o seu contexto histórico seja apresentado de forma singular, para que se possam iden�ficar caminhos inovadores de evolução. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A relevância do conhecimento histórico das Ginás�cas na formação acadêmica é par�cularmente essencial para e atuação do profissional de Educação Física, especialmente o professor escolar. É dentro do espaço de atuação que estes profissionais podem disseminar o referido conhecimento histórico e, aprimorá-lo de acordo com as vivências atuais das Ginás�cas. Par�ndo de um conhecimento histórico contextualizado de forma relevante, poder- se-á contribuir de maneira mais eficaz na formação crí�ca e consciente do cidadão, preservando bem como disseminando o patrimônio cultural das Ginás�cas. Acredita-se que ser um educador, seja na formação acadêmica seja na escola, é mostrar aos alunos aquilo que vai além do presente, é voltar ao passado para se construir um futuro. É apresentar o que foi e o que pode ser e, situar esses alunos dentro dessa edificação que em muito depende deles. A par�r destas constatações, é possível citar Bloch (1965): É tal a força de solidariedade das épocas que os laços de inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sen�dos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais ú�l esforçarmo-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente (p. 42-43). A gênese da ginás�ca, bem como algumas abordagens de sua natureza, são essenciais para entender a importância da a�vidade �sica e dos exercícios para a saúde e a qualidade de vida das pessoas. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 UNIDADE II: MÉTODOS GINÁSTICOS Obje�vos de Aprendizagem • Conhecer os principais métodos para a prá�ca de exercícios e a�vidades �sicas. • Diferenciar os métodos, procurando adaptar os mesmos para os alunos de diferentes origens. O termo Método estabelece uma forma de organizar e empregar formas e meios, com a finalidade principal de se a�ngir os obje�vos propostos. Em nosso caso específico, de métodos para aplicação de exercícios ginás�cos, é condição fundamental que sejam estabelecidos procedimentos de aplicação do método. Os principais procedimentos são: a) Organização: parte do princípio que para toda aplicação de um método, existe um processo organizacional de conteúdos. b) Explicação: embasado no fato de transmi�r ao aluno de forma precisa e progressiva, os conteúdos inerentes aos exercícios ginás�cos a serem executados durante uma aula ou sessão. c) Demonstração: procedimento fundamental para nossas aulas de Ginás�ca, pois certamente irá potencializar o procedimento anterior da Explicação. Este procedimento é dividido nas seguintes etapas: • Repe�ção: para que o movimento seja realizado com a técnica correta mínima necessária. • Correção: para que o movimento tenha grande eficiência e mínimo de gasto energé�co. • Progressão: para que o aluno venha a executar movimentos mais complexos no decurso natural do tempo des�nado às aulas. Os métodos ginás�cos podem ser entendidos como um primeiro esboço de sistema�zação cien�fica da a�vidade �sica, pois apresentam um conjunto sofis�cado de prescrições e jus�fica�vas desenvolvidas através do conhecimento cien�fico do corpo e do movimento. Historicamente, a par�r de propostas pedagógicas diversas, se desenvolveram vários grandes métodos relacionados a uma sistema�zação cien�fica das a�vidades �sicas no mundo ocidental. Esses métodos foram fundamentados a par�r de relações co�dianas, diver�mentos, festas culturais e espetáculos corporais, agregando ordem e disciplina. Os mesmos apresentavam par�cularidades de seus países de origem, porém acentuavam finalidades e semelhanças, tais como regenerar as populações, promover a saúde, combater vícios gerais e posturais, bem como, acentuar a eficiência dos gestos executados. Tinham como principais propostas, transformar, desenvolver nos indivíduos à vontade, a coragem, a força e a energia de viver. (Soares, 2002). Em outro âmbito, a aplicação dos métodos de prá�ca de exercícios �sicos busca a melhora da ap�dão �sica, onde se pressupõe um estado hígido, que apresenta um elevado grau de desenvolvimento de suas funções cardiovasculares e respiratórias, complementado por uma adequada resistência muscular e mobilidade ar�cular, tudo dentro de um perfeito equilíbrio psicológico. (GRAFF, 2006). Vários desses métodos possuem obje�vos militares em sua essência e �veram, ao longo dos anos, uma série de adaptações para que pudessem ser aplicados no âmbito escolar, focalizando, portanto, grupos diferentes. Existem dois enfoques no que se refere a ap�dão �sica: ap�dão �sica relacionada à saúde, que inclui elementos fundamentais para a vida a�va com menos riscos de doenças hipociné�cas, e a ap�dão �sica motora ou atlé�ca, que deve incluir, além dos FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 SEÇÃO 2: Classificação Geral dos Exercícios Físicos Por ocasião dessa seção, necessitamos diferenciar o conceito de exercício �sico em relação ao conceito de a�vidade �sica, podendo dessa forma citar que: O que é exercício �sico? O Exercício �sico é uma a�vidade realizada com repe�ções sistemá�cas de movimentos orientados, com conseqüente aumento no consumo de oxigênio devido à solicitação muscular, gerando, portanto, trabalho (BARROS NETO, 1999). O que é a�vidade �sica ? A a�vidade �sica é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pra�ca, envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais ap�dões �sicas, além de a�vidades mental e social, de modo que terá como resultados os bene�cios à saúde (MARCELLO MONTTI, 2005). A par�r dos conceitos acima, percebe-se que a a�vidade �sica indica um conceito mais amplo, enquanto que o exercício �sico demonstra ser algo mais restrito. Os processos de classificação dos exercícios �sicos vão ajudar você a compreender, de forma bastante clara, os diversos �pos de exercícios �sicos que podemos desenvolver para o corpo humano. Perceba você que na seção anterior (Divisão da Ginás�ca) estão permeados conhecimentos com da seção atual. Este fato é bastante interessante, pois permite a você acadêmico, contrapor conhecimentos de autores diversos. Veja algumas formas mais u�lizadas: a) Segundo a Forma de Execução: Neste item abordamos alguns meios possíveis de se dividir os exercícios �sicos quanto a sua forma de execução, ou seja: 1) Exercícios Naturais: repare você que a palavra co�diano caracteriza esses exercícios, pois são aqueles u�lizados para manutenção e desenvolvimento das necessidades primárias do ser humano. Vamos, dentre vários, destacar o andar, o correr, o lançar, o arremessar, o saltar, o quadrupedar, o escalar, o rastejar, o rolar, o sal�tar e outros. Modernamente, o andar e o correr são exemplos de a�vidades �sicas que se tornaram um hábito de muitos indivíduos. 2) Exercícios Rítmicos: U�liza basicamente os exercícios naturais para o desenvolvimento das qualidades �sicas em conjunto com a cria�vidade e a expressão corporal através de músicas, palmas, sons instrumentais e ordens de comando. Atualmente, as academias oferecem ao público um sem número de a�vidades com exercícios rítmicos que muitas vezes se diferenciam entre si na freqüência rítmica u�lizada e no caráter comercial de cada um de seus criadores. 3) Exercícios Forma�vos: Des�nados especificamente ao desenvolvimento e/ ou manutenção de qualidades �sicas inerentes ao ser humano como a força, flexibilidade, resistência, velocidade e coordenação. 4) Exercícios Laborais: Geralmente realizados em algumas situações especiais, os exercícios laborais se prestam a amenizar problemas adquiridos (no trabalho) ou congênitos, atualmente, encontram-se bastante difundidos em países industrializados e são sub-divididos em: • Exercícios de Compensação - Na sua realização visam corrigir assimetrias musculares causadas por situações de excessivas cargas de trabalho em determinados grupos musculares. A realização de exercícios �sicos que venham a a�ngir musculaturas agonistas e antagonistas é a caracterís�ca principal de tais exercícios. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • Exercícios Corre�vos - São aplicados após um diagnós�co médico do problema. Normalmente estão relacionados com problemas posturais, maus hábitos ou retorno das funções ósteo-musculares normais de segmentos corporais. • Exercícios de Manutenção - São estabelecidos a par�r de um padrão es�pulado que o indivíduo julga como sendo o ideal para o seu organismo, levando em consideração fatores como a idade, o meio social, o co�diano e outros. Os exercícios de manutenção possuem como finalidade principal a estabilização das qualidades �sicas adquiridas através da prá�ca de a�vidade �sica. A classificação apresentada anteriormente não deve ser u�lizada apenas de forma individualizada, ou seja, pode-se prescrever por exemplo um exercício �sico que seja forma�vo e tenha caráter rítmico e vice-versa. b) Segundo o Esforço Esta classificação é bastante subje�va, pois está diretamente relacionada com a condição �sica e anamnese atlé�co-despor�va do pra�cante. Os exercícios �sicos são divididos em: 1) Exercícios Fracos: são aqueles que o dispêndio de energia para sua realização é pequeno. Normalmente são u�lizados no início de uma sessão ou aula ou ainda por indivíduos em início de treinamento, com idade avançada ou em recuperação de doenças ou cirurgias. 2) Exercícios Médios: são aqueles que consomem razoável quan�dade de energia para sua realização e executados por pessoas com rela�va condição �sica. 3) Exercícios Fortes: são aqueles que para sua realização requerem grandes quan�dades de energia e somente devem ser executados por indivíduos em plena condição atlé�ca. c)Segundo a Ação Na classificação por ação, nos interessa vislumbrar a região do corpo humano que o exercício irá atuar com maior intensidade. Para tanto, os mesmos são classificados da seguinte maneira: 1) Generalizados ou Sinté�cos: relacionado com as grandes funções do organismo, geralmente são exercícios naturais e principalmente des�nados a melhoria da capacidade aeróbica. 2) Localizados ou Analí�cos: denominação u�lizada para os exercícios �sicos que a�ngem apenas algumas cadeias ciné�cas (grupo de ossos, músculos e ar�culações) do corpo humano. RESUMO Os exercícios �sicos podem ser classificados segundo uma série de itens e também de acordo com uma série de autores. Dessa forma, podemos por ocasião de prescrevermos exercícios �sicos e aplicarmos em nossas turmas de alunos, podermos indicar aqueles exercícios mais condizentes com o estado �sico geral dos nossos alunos. Procedimentos interessantes podem ser u�lizados por ocasião da realização dos exercícios �sicos, tais como a u�lização do peso do próprio corpo ou de companheiros por ocasião de exercícios de elevação de cargas ou ainda a u�lização de ritmos variados (música, palmas ou sons de apitos) quando desejarmos a execução de exercícios rítmicos. Um campo de trabalho para profissionais de educação �sica são os exercícios laborais ou ainda a ginás�ca laboral, que preconiza a execução de movimentos simples e por pequeno intervalo de tempo, durante o próprio expediente de trabalho, com função de prevenção de lesões, alongamento muscular e melhora da circulação sanguínea. A�vidades 1. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios naturais e que possam ser executados em grupos de três indivíduos. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 2. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios que possam ser desenvolvidos dentro de um escritório, mantendo os indivíduos sentados em suas cadeiras. 3. Pesquise e descreva de forma detalhada cinco exercícios que possam ser enquadrados como exercícios de compensação para profissionais que trabalhem por muito tempo sentados. 4. Pesquise e descreva cinco exercícios que possam atuar nos grupos musculares glúteos e que possam ser executados sem a u�lização de aparelhos ou equipamentos especiais. 5. Pesquise e descreva cinco exercícios que possam atuar nos grupos musculares da parte interna das coxas e nos grupos musculares do pescoço. SEÇÃO 1: Ginástica de Condicionamento Físico Englobam todas as modalidades que tem por obje�vo a aquisição ou a manutenção da ap�dão �sica do indivíduo normal e/ou atleta. A ap�dão �sica ou condição �sica é formada principalmente, pelos seguintes componentes: resistência aeróbica, resistência muscular localizada, força muscular, flexibilidade e composição corporal, logo para um indivíduo possuir uma boa condição �sica é necessário, que os seus componentes sejam desenvolvidos harmoniosamente. Não basta apenas desenvolver um ou dois parâmetros e sim todos de forma equilibrada. Para que isso ocorra, é fundamental que se u�lize vários meios e métodos de treinamento, pois não existe um método que desenvolva todos esses parâmetros de forma eficiente, porque cada método possui no seu desenvolvimento qualidades �sicas principal e secundária. Tendo a ginás�ca de condicionamento como obje�vo básico a obtenção da condição �sica nos seus par�cipantes, tornar-se-á necessário um planejamento adequado para a�ngir-se os obje�vos traçados. Dentro desta visão o professor não deve u�lizar somente a ginás�ca localizada ou a ginás�ca de flexionamento, ou a aeróbica nem tão pouco a musculação como um fim em si mesmo, pois estes métodos isolados não desenvolvem a condição �sica eficientemente, somente com a junção destes é que poderemos desenvolvê-la. Por isso apresentaremos uma proposta que estruturar e organizar a ginás�ca de academia como meio de proporcionar a condição �sica, através de seus meios e métodos de treinamento. Ginástica Calistênica É por assim dizer, o verdadeiro marco do desenvolvimento da ginás�ca moderna com fundamentos específicos e abrangentes des�nada aos obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e também às mulheres. Calistenia, segundo Marinho (1980) citado por Marcelo Costa, tem origem grega e significa kallós - belo, sthenos - força + o sufixo ia. Significa cheio de vigor, força, buscar pela exercitação a harmonia do corpo. Origem Calistenia é um sistema de ginás�ca que encontra as suas origens na ginás�ca sueca e que apresenta, como caracterís�cas, a predominância de formas analí�cas, a divisão dos exercícios em oito grupos, a associação da música ao ritmo dos movimentos, a FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Lewis comba�a: • A idéia de que uma grande força era a essência do bem-estar e de que a ginás�ca era exclusivamente para ginastas; • A idéia de que o jogo livre e sem supervisão das crianças era suficiente para desenvolver convenientemente as formas do corpo. • Os métodos militares, pois só desenvolviam superior de tronco e conduziam a posições forçadas e que os esportes atlé�cos não proporcionavam harmonia muscular; Lewis opinava: • Desportos atlé�cos desenvolviam o corpo desarmonicamente A Nova Ginás�ca de Lewis representava uma combinação de exercícios livres com a calistenia, incluindo exercícios com materiais do �po halteres, bastões, bolas, como também passos de dança. As ACM nos EUA, por intermédio de Wood e Roberts adotou para seu programa de Educação �sica a Nova Ginás�ca de Lewis, que se popularizou no mundo inteiro levada pelos secretários e diretores de Educação �sica graduados nas escolas de Springfield e Chicago Propostas Metodológicas de Skarstron Dr. William Skarstron, americano de origem sueca, inves�gador da Educação �sica, baseando-se nos princípios Suecos e Dinamarqueses e em suas próprias inves�gações, aderiu a Calistenia e resolveu sistema�zá-la apresentando o seu Plano Skartron Skarstron deu uma nova definição para a calistenia => “ Uma combinação de exercícios simples com arte, musica e beleza, com a finalidade de exercitar todo o corpo, desenvolvendo graça na mulher e elegância no homem”. Dividiu o corpo em três unidades fundamentais – braços, pernas e tronco – onde os exercícios poderiam ser executados de forma independente ou combinados. Apresentava ainda os seguintes obje�vos a valores para a calistenia: • Fim higiênico • Fim educacional • Aspecto recrea�vo • Adaptação ao meio ambiente e ás condições existentes. (Marinho. 1980) Skarstron dividiu seu plano em 8 grupos. • Braços e pernas • Região póstero-superior de tronco • Região postero-inferior de tronco • Região lateral do tronco • Equilíbrio • Região abdominal • Gerais de ombros e espáduas saltos e corridas (sufocantes) Imediatamente a Calistenia foi lançada na América do Sul e firmando-se no Brasil através da ACM que se instala aqui em 1893 no Rio de Janeiro (Marinho,1981). A abertura de varias Academias trouxe de Clubes e da ACM, professores de ginás�ca que especificamente trabalhavam com o sexo masculino e que �nham no método calistênico a base de seu trabalho, assim através destes professores as Academias implantaram o método calistênico, passando a ter uma nova tendência metodológica para a ginás�ca. Nos anos 60 começou a ser implantada nas poucas academias pelos professores da ACM ganhando cada vez mais adeptos nos anos 70 sempre com inovações calcadas na ciência. Este sistema causava muita desmo�vação principalmente nas crianças e jovens que não gostavam de "DAR 10 VOLTAS NA QUADRA". É da incompreensão do sistema calistenico que vem muita orientação pedagógica equivocada nas aulas de educação �sica que desmo�vam as pessoas. FALTA DE RIGOROSIDADE NOS ESTUDOS. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Nos anos 80 a ginás�ca aeróbica invadiu as academias do Rio de Janeiro e São Paulo. Como na Educação Física sempre há evolução também em função dos erros e acertos, surge então, ainda no final dos anos 80 a ginás�ca localizada desenvolvida com fundamentos teóricos da musculação e o que ficou de bom da Calistenia. A ginás�ca aeróbica de alto impacto causou muitos microtrauma�smos por causa dos sal�tos em ritmos musicais quase alucinantes. A musculação surgiu com uma roupagem nova ainda nos anos 70 para apagar o preconceito que algumas pessoas �nham com relação ao Halterofilismo. Hoje, sob pretexto da cria�vidade, a ginás�ca localizada passa por uma fase ruim com alguns professores ministrando aleatoriamente, aulas sem fundamentos específicos com repe�ções exageradas, fato que a ciência já reprovou, principalmente se o público alvo for o cidadão comum. Características • A calistenia representa uma série de exercícios localizados divididos em oito grupos, associando musica ao ritmo dos movimentos, com fins corre�vos, fisiológicos e pedagógicos; • É por assim dizer, o verdadeiro marco do desenvolvimento da ginás�ca moderna com fundamentos específicos e abrangentes des�nada à população mais necessitada: os obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e também às mulheres. • Dada à sua mobilidade e simplicidade, adapta-se a qualquer �po humano, podendo ser considerada como uma ginás�ca eclé�ca. • Predominância dos movimentos sobre as posições, dos exercícios à mão livre e com pequenos aparelhos (halteres, bastões, maças, etc.); • É um sistema que sofre forte influencia das contribuições da área médica que obedecida a curva do esforço fisiológico e os exercícios eram progressivos. • Os exercícios calistênicos afetam principalmente as grandes massas musculares que colaboram na manutenção ereta do tronco e facilitam as a�vidades dos órgãos vegeta�vos, base importante da saúde, enquanto o corpo adquire uma a�tude esbelta e natural. Finalidades A Calistenia preconizava dois obje�vos principais: • Higiênicos=> representados pelo aperfeiçoamento do �sico e saúde através do aumento da flexibilidade muscular, mobilidade ar�cular, correção da postura e resistência orgânica à fadiga. • Educa�vos=> visa a coordenação neuromuscular e uma melhor eficiência mecânica Vantagens • Facilidade de sua prá�ca, pois a mesma não necessita de materiais de alto custo e complexos ou ainda locais específicos. • De todos os �pos de ginás�ca, a Calistênica é a que mais facilmente se adapta a musica, havendo nela lugar para quase todos os compassos e ritmos. • Pode ser aplicada a um grande grupo de pessoas ao mesmo tempo; • Grande desenvolvimento muscular localizado dos par�cipantes; Desvantagens • Movimentos muito "analí�cos e mecânicos"; • Grande intensidade e impacto nas grandes ar�culações dos membros inferiores com as corridas; • Rigidez na voz de comandos e de ordem; Montagem da Sessão de Treinamento FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 É composta das seguintes partes: Sessão Preparatória, Sessão Propriamente Dita, Volta à Calma. Sessão Preparatória A Sessão Preparatória terá sempre o seguinte esquema: • Exercícios de correção de postura 3 minutos • Exercícios de aquecimento 2 minutos • Exercícios de efeitos localizados (analí�cos) 13 ou 18 minutos • Exercícios de efeitos gerais (sinté�cos) 1 minuto e 30 segundos • Exercícios para a caixa torácica 30 segundos • Tempo total 20 ou 25 minutos A Sessão Propriamente Dita Será de 20 minutos, quando se tratar de uma a�vidade de fundo despor�vo e será de 15 minutos, no caso da a�vidade de fundo ginás�co. Das A�vidades de Fundo Despor�vo As a�vidades de fundo despor�vo a serem pra�cados são as seguintes: • Pequenos jogos (quando reunidos em sessões, para efeito de recreação); • Jogos militares; • Corridas através campo, fora do quadro de atle�smo; • Natação u�litária, fora do quadro dos desportos aquá�cos; • Ataque e defesa (box cole�vo, lutas, etc.); • Pista de obstáculos (Do Pentatlo Militar Internacional); • Desportos individuais e cole�vos. Os desportos individuais e cole�vos embora sejam classificados como a�vidades de fundo despor�vo, devem ser pra�cados fora das horas des�nadas à educação �sica, salvo quando houver campos e instalações suficientes para ateneu- à totalidade ou grande parte dos homens da Unidade Das A�vidades de Fundo Ginás�co Estas a�vidades compreendem a prá�ca das seguintes ginás�cas especializadas; • Ginás�ca com toros de madeira (trabalho individual); • Ginás�ca com toros de madeira (trabalho cole�vo); • Ginás�ca com pesos alçados (até 7 quilos); • Ginás�ca em espaldares; • Ginás�ca em bancos suecos; • Ginás�ca em escadas; • Cavalo • Barra fixa • Paralela • Argola • Ginás�ca clássica de aparelhos; • Saltos com e sem trampolim: livres e sobre plinto, carneiro e cavalo (este com e sem alça), etc; • Exercícios ginás�cos recrea�vos (lagarta, etc); • Pirâmides simples (dois a dois) e cole�vas com ou sem aparelhos. Volta à Calma Esta parte da sessão constará do seguinte: movimentos respiratórios, marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem unida. Exercícios 1. O que é a CALISTENIA? 2. O que valorizava o sistema da exercitação Calistênica? 4. Como iniciava e culminava (terminava) as sessões de Calistenia? FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • Resgatar o auto-conceito posi�vo; • Incorporar novos valores pessoais; • Adquirir novos hábitos e es�lo de vida; • Combater o estresse; • Aprender a mo�var-se por meio do movimento, dentre outros. Geralmente são exercícios em que não há exaustão por acúmulo excessivo de ácido lác�co, onde o consumo de oxigênio pelo músculo é proporcional a este; temos como exemplo de exercícios aeróbicos a caminhada, a natação, o cooper e a ginás�ca aeróbica propriamente dita. Vantagens • Diminui o percentual de gordura no corpo; • Aumenta a percepção e o reflexo; • Ajuda a melhorar e prevenir problemas no sistema cardiovascular e cardiorrespiratório; • Auxilia no bem-estar; • Aumenta a auto-es�ma; • Contribui para o aumento da coordenação motora e agilidade; • Es�mula a convivência em grupo; • Alivia o estresse. Desvantagens • A ginás�ca aeróbica não é indicada para indivíduos com problema na coluna. • Pode sobrecarregar as ar�culações dos membros inferiores, coluna lombar, joelhos, cotovelos e ombros. Componentes de Carga do Exercício Aeróbio Existem três aspectos importantes que devem ser monitorados, para que se obtenham melhores bene�cios e segurança nas aulas: • Freqüência: deve ser pra�cado de 3 a 5 vezes por semana; • Intensidade: deve ser monitorada a FC a fim de se evitar o estresse Zona Alvo de acordo com os Níveis de Treinamento: 60% FCM sedentários, 70% FCM intermediário, 85% FCM avançado. • Duração: deve ser de no mínimo 20 min e máximo 60 min por aula- só devem ultrapassar este tempo indivíduos treinados a fim de se evitar o "overuse". Intensidade A quan�dade da intensidade do esforço cons�tui um dos aspectos mais importantes a serem controlados durante uma sessão de a�vidade aeróbica. Entre as variáveis que traduzem a intensidade do esforço, destacamos a freqüência cardíaca, o índice de esforço percebido e os níveis de lactato sanguíneo. Dependendo do �po de a�vidade podemos classificar a intensidade em dois grupos: • Intensidade constante: caminhada, escalada, "jogging", corrida, step, bicicleta ergométrica, ciclismo, remo, skate, roller blading, ski. • Intensidade inconstante: tênis, squash, handebol, futebol, basquete e outros anaeróbicos. Formas de obtenção da intensidade de trabalho Como é di�cil a determinação da intensidade através do VO2 máx. e lactato na academia, u�lizaremos a freqüência cardíaca como forma de aferição da mesma, pois existe FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 uma correlação direta entre o VO2 máx. freqüência cardíaca e carga de trabalho. Segundo McARDLE-1985, o erro na medição da intensidade através da freqüência cardíaca em relação ao VO2 máx. ou vice-versa é de +-8%. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 1° Passo: Determinação da Freqüência Cardíaca Basal (FCB) É o numero de ba�mentos cardíacos aferidos durante três dias, ao se acordar e antes de realizar qualquer movimento brusco. Devem-se somar os três valores ob�dos e dividir o total por três, calculando a média aritmé�ca simples. FCB = (FCB1+FCB2+FCB3)/3 Devido a grande dificuldade da tomada da freqüência cardíaca basal, muitos autores aceitam a u�lização da FC de repouso, tomada com o indivíduo deitado, por mais ou menos cinco minutos. 2° Passo: Es�mar a Freqüência Cardíaca Máxima Existem várias fórmulas disponíveis para o cálculo da FCM, todas levam em consideração o fator idade. Entretanto, algumas levam em consideração o grau de condicionamento do indivíduo, visto que a FCM pode sofrer uma modificação segundo o nível de capacidade �sica, treinando ou destreinado. Entre as equações mais u�lizadas encontram-se a de KARVONEN (1957), JONES (1975) e SHEFFIELD (1965), sendo que a deste úl�mo é a adotada pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte. Tabela Fórmulas para Cálculo da Freqüência Cardíaca Máxima (FCM) Autores Fórmulas KARVONEN FCM = 220- IDADE JONES1 Homens FCM = 210-(0,65x IDADE) Mulheres FCM = 205-(0,5x IDADE) SHEFFIELD Destreinado FCM = 205-(0,41x IDADE) Treinado FCM = 198-(0,41 x IDADE) Veja na tabela abaixo os valores de regressão da Freqüência Cardíaca máxima referente a idade de KARVONEN, JONES e SHEFFIELD, usando estudos feitos com exercícios dinâmicos e progressivos. Tabela Valores da Freqüência Cardíaca Máxima Referente à idade apresentados por KARVONEN, JONES E SHEFFIELD 3° Passo: determinação do nível de condicionamento �sico (Protocolo de RUFFIER) RUFFIER (apud ROCHA, 1978, p.87), elaborou um protocolo de avaliação da capacidade aeróbica, que consiste em realizar um exercício �sico com bastante vigor para elevar o seu pulso entre 70 a 90% de sua FCMáx. Neste ponto realizar a aferição do pulso, espera exatamente 60 segundos e em seguida, aferir novamente a pulsação. O resultado seria determinado pela subtração entre o pulso de exercício pelo de recuperação após um minuto. Sendo classificado de acordo com a tabela abaixo: Tabela Classificação da freqüência cardíaca de recuperação Classificação FCR = FC logo após exercício- FC1’ após o exercício Excelente Boa Regular Fraca 60 > 40-50 20-30 >10 4° Passo: Determinar a Zona Sensível do Treinamento. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 1 Citação encontrada em DANTAS 1998, 140 Obs.: A intensidade do exercício pode tornar um exercício, às vezes, de maior impacto que um de alto impacto. Portanto, não é somente �rar os dois pés do solo ao mesmo tempo que implicará na caracterís�ca do impacto. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Combo É uma combinação de alto e baixo impacto, estes movimentos podem ser u�lizados nas aulas com variações de repe�ções e movimentação de braços sendo interligados por transições simples ou: • Giros; • Piruetas no solo ou no alto; • Saltos; • Pliométricos; • Funk; • Movimentos isolados quaisquer. Step Forma de trabalho que consiste em subir e descer do banco combinando exercícios de braços e pernas (coordenação). Pode ser u�lizado tanto para indivíduos iniciantes quanto treinados, pois a altura do banco varia de acordo com a capacidade �sica do aluno. Exercícios de Step • Passo Básico (Subida e descida) • Passo em V; • Passo em Reversão; • Lunge Frontal; • Lunge Lateral; • Montaria; • Passa; • Meio giro; • Galope; • Toque no joelho; Outras modalidades da ginás�ca aeróbica: • Aerofight - Aula que reúne os movimentos da ginás�ca aeróbica com os de luta; • Aerojazz - É uma aula de ginás�ca aeróbica, embalada pela música e combinação de passos do jazz; • Aerojumping - Nessa aula, os exercícios são desenvolvidos em cima um minitranpolim; • Aerosalsa - Composta por movimentos da ginás�ca aeróbica, da dança e música la�na; • Aeroaxé - Combina exercícios da aeróbica, com a música e dança baiana. Materiais e Equipamentos para a Ginástica Aeróbica • Halteres; • Barras com anilhas; • Caneleiras; • Elás�cos; • Steps; • Barras fixas e paralelas; • Colchonetes. Montagem da Sessão de Treinamento Duração da aula: • Iniciantes: 45 minutos. • Intermediários e adiantados: 60 minutos. Divisão da aula: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A divisão da aula de ginás�ca aeróbica apresenta uma série de alterna�vas, entre as quais: Esquema 1 1ª Parte: Alongamento e aquecimento 2ª Parte: Aeróbica geral 3ª Parte: Aeróbica local 4ª Parte: Relaxamento Esquema 2 1ª Parte: Alongamento e aquecimento 2ª Parte: Aeróbica local 3ª Parte: Aeróbica geral 4ª Parte: Relaxamento Esquema 3 1ª Parte: Alongamento e aquecimento 2ª Parte: Aeróbica geral 3ª Parte: Esfriamento 4ª Parte: Fase local 5ª Parte: Alongamento e Relaxamento Aquecimento: • Duração: 5 a 10 minutos. Tem um papel importan�ssimo, por preparar as estruturas musculares, ar�culares, cardíacas, e para possibilitar por meio de movimentos simples e similares aos da fase principal, uma facilitação no processo de aprendizagem. • Obje�vos: alongar os principais grupamentos musculares, principalmente a musculatura localizada na região posterior da perna e coxa, redução da viscosidade intramuscular, aumento da elas�cidade muscular, elevar a FC à nível aeróbico progressivamente e proporcionar uma a�tude psicológica posi�va dos alunos. • Movimentos u�lizados: movimentos ritmados globais de flexão, extensão, circundução, balanceios e alongamentos está�cos u�lizados de forma isolada ou combinada, preparando o organismo para exercícios mais vigorosos. • Exercícios contra-indicados: • Movimentos de flexão de tronco ou inclinação lateral em alta velocidade; • Movimentos balís�cos de forma geral, técnicas de alongamento por insistência ou flexionamento intenso; • Hiperflexão de joelhos, hiperflexão cervical; • Movimentos de pescoço em alta velocidade; • Mudanças bruscas de plano; • Excesso de exigência de coordenação motora; • Posição básica com pernas entendidas. • O Ritmo indicado para a aula nesta fase é de 135-145 bmp, possibilitando assim a conclusão e melhor aproveitamento dos movimentos, além de não exigir demasiado esforço do músculo cardíaco logo no início da aula. Aeróbica Geral: • Duração: 20 a 25 minutos (iniciantes); 25 a 35 minutos (intermediários); 35 a 40 minutos (adiantados). • Movimentos u�lizados: passos fundamentais, isolados ou somados, formando uma coreografia nas técnicas de baixo e alto impacto realizados de forma con�nua e que proporcionam o aumento grada�vo da freqüência cardíaca, a�ngindo os níveis ideais de treinamento aeróbico. Esfriamento: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Componentes de Carga Na ginás�ca localizada os componentes da carga são os seguintes: • Volume: (duração da aula, números de séries, números de grupos, número de repe�ção); • Intensidade (aumento de peso, velocidade, diminuição de intervalo, aumento da amplitude); • Freqüência: (Treinar os exercícios localizados de 3-5 vezes por semana. Cada grupo muscular no mínimo 2-3 vezes por semana) • Densidade: (esforço/pausa - entre as partes da aula: a�vo e passivo e entre as aulas); CAPACIDADE % carga máxima Intervalo de recuperação Repe�ções Ritmo 1. Resistência Muscular e cardiorespiratória -45% 30 s +35 rápido 2. Resistência Muscular com pouca força e massa 45- 50% 30-45 s 26-35 rápido 3. Alguma massa muscular com pouca força 50-65% 45 s-1min 16-25 moderado/rápido 4. Massa muscular com força 70-80% 1-1,5 min 10-15 moderado 5. Força e massa muscular possivelmente iguais 80-90% 1,5-2 min 7-12 lento/moderado 6. Força e alguma massa muscular 90-95% 2-3 min 4-6 lento 7. Força pura, pouca ou nenhuma massa muscular 95-100% 3-5 min 1-3 lento Obs.: Os obje�vos 6 e 7 não são trabalhados na Ginás�ca Localizada por falta de segurança e suporte para cargas altas, somente sendo trabalhadas na musculação. As séries e cargas dependem diretamente do nível de treinamento da turma ou aluno. Montagem da Sessão de Treinamento 1° Passo: Avaliação �sica do aluno; • Exame médico; • Anamnese da a�vidade �sica; • Avaliação postural; • Medida dos dados antropométricos; • Avaliação da condição orgânica; • Avaliação da condição músculo-ar�cular. 2° Passo: Determine o nível de ap�dão inicial e faixa etária dos pra�cantes. Nível Básico • Obje�vos: Resistência Geral, Redução de Peso e Resistência Muscular Localizada. • Duração da aula: 50 min. • Número de exercícios por grupamento: até 2 • Número de séries por exercícios: até 2 • Número de repe�ções: mais de 20, 30-40 • Duração (tempo de execução): execução con�nua, com duração de 1 min a 1min30 por série. • Recuperação entre séries: de 30 Seg até 1min • Freqüência semanal: 3 vezes • Recursos materiais: Caneleiras/halteres/step/bastão • Intensidade baixa: de 45% a 50% da Força máxima muscular. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • Ritmo: Rápido • Parâmetros de avaliação: para o aluno sair do nível básico, é necessário que ele apresente, no mínimo, os seguintes valores no teste �sico (avaliação dos resultados): • VO2máx. = 38ml/kg/min. • R.M.L.= Classificação média nos testes. • Flexibilidade = classificação regular no flexiteste. Nível Intermediário e de Manutenção • Obje�vos: Resistência Muscular Localizada e Hipertrofia • Duração da aula: 1h. • Método de treinamento: alternado por segmento; • Número de Grupamentos: Número reduzido de grupamentos musculares de 3-5. • Número de exercícios por grupo muscular: São recomendadas mais de 3 séries por grupamento muscular (3-5) • Número de séries por exercícios: 2 a 3 • Número de Repe�ções: os exercícios devem ser feitos com poucas repe�ções (15-20 por grupamentos musculares) • Duração (tempo de execução): execução con�nua, com duração de 1min30 a 2 min por série. • Recuperação entre séries: de 30 Seg até 1min • Freqüência semanal: 3 a 5 vezes • Recursos Materiais: caneleiras, halteres, elás�co. • Intensidade: Trabalho qualita�vo (com aumentos de intensidade) de 50% a 70% da força máxima do músculo; • Ritmo: Moderado • Intervalos de recuperação: quase total ou total ( 1/1); • Clientela: só poderão par�cipar desse programa os alunos que saíram do nível básico. Nível Avançado - Super-Fit • Obje�vos: Hipertrofia Muscular • Duração da aula: 90 min. • Número de exercícios por grupo muscular: de 2 a 3 • Numero de Séries por exercícios: 3 a 4 • Numero de Repe�ções: 6-12 por grupamentos musculares • Recuperação entre séries: de 30 Seg até 1min • Freqüência semanal: 3 vezes • Recursos Materiais: caneleiras, halteres, elás�co, barras, step. • Intensidade: Trabalho qualita�vo (com aumentos de intensidade) de 70% a 90% da força máxima do músculo; • Ritmo: Lento. • Forma de execução: exercícios simples ou complexos, combinados, assimétricos ou simétricos, etc., com grandes sobrecargas. 3° Passo: defina o obje�vo especifico da aula. Entre as qualidades �sicas que podem ser desenvolvidas com a Ginás�ca Localizada temos: • Resistência muscular localizada • Resistência ao lactato • Aumento da capacidade cardiorrespiratória • Força • Hipertrofia muscular • Flexibilidade 4° Passo: escolha o grupamento que irá trabalhar. Deve-se estabelecer o número de grupamentos musculares que serão trabalhados para uma melhor distribuição da carga por grupo solicitado. Pra que isso ocorra é fundamental um bom conhecimento das funções anatômicas e cinesiológicas. Normalmente trabalha-se no máximo 3 grupos por sessão, duas a três vezes por semana para cada grupamento. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Geralmente em uma aula trabalha-se 11 grupos musculares: 1. Peitorais 2. Dorsais (costas) 3. Bíceps (braço) 4. Tríceps (braço) 5. Ombros 6. Quadríceps (coxa – frente) 7. Posteriores da coxa (coxa – atrás) 8. Adutores (coxa – interna) 9. Abdutores (coxa – externa) 10. Panturrilha (batata da perna) 11. Abdominais (barriga) 6° Passo: selecione quais exercícios vai usar Os exercícios serão escolhidos basicamente em função dos grupos musculares que foram escolhidos no passo anterior. (Ver Anexo) 7° Passo: Escolha a metodologia de treinamento. As aulas de Ginás�ca Localizada são organizadas de dois modos, sendo um deles o ensino massivo, em que todos os pra�cantes executam os mesmos movimentos em simultâneo; o outro modo consiste num circuito no qual os pra�cantes seguem em fila, percorrendo as várias estações pré-determinadas, onde executam exercícios des�nados aos diferentes grupos musculares. a- Sistema de encaixe Consiste na junção progressiva dos exercícios ginás�cos, combinando no máximo até 08 exercícios. Vantagens: • Proporciona um grande atra�vo psicológico. • Excelente método para aperfeiçoar a coordenação e o ritmo. • Exige do pra�cante uma melhor a�tude mental (concentração). • Favorece a uma recuperação mais rápida. • Es�mula a cria�vidade do professor. Desvantagens: • Pode dificultar o desenvolvimento da resistência muscular localizada, devido ao grande número de exercícios. • Tende a ter uma menor intensidade na carga de trabalho. • Os úl�mos exercícios são menos trabalhados que os primeiros, devido a associação progressiva dos exercícios. Observações: • Esse método tende a ser aplicado nas aulas de intensidade mais fraca, devido a aplicação do princípio de alternância. • Para os alunos que apresentam um baixo nível de RML, esse método apresenta uma grande preponderância em relação aos outros. b- Sistema em série Consiste na execução de um certo número de repe�ções e exercícios, com um intervalo de recuperação a�va entre os grupos podendo combinar até no máximo 4 exercícios. Vantagens: • Facilita o desenvolvimento da resistência muscular localizada. • Permite alternar os grupamentos musculares. • Pode-se trabalhar cada grupamento muscular especificamente. • Favorece o desenvolvimento da resistência aeróbica, devido ao repouso a�vo. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 g- Onda crescente Consiste em aumentar e diminuir a carga de trabalho, porém com valores diferentes e constantes. Exemplo: 4 grupos do exercício "jairzinho". 1° grupo -100 rep. Com 11kg. 2° grupo - 60 rep. com 3kg. 3° grupo - 80 rep. com 2kg. 4° grupo - 40 rep. com 4kg. h- Onda constante Consiste na alternância do aumento e diminuição da carga sempre com valores constantes. Exemplo: 4 grupos de abdução do quadril (posição ajoelhada) 1° grupo - 100 rep. com 1 kg 2° grupo - 80 rep. com 2 kg 3° grupo -100 rep. com 1 kg 4° grupo - 80 rep. com 2 kg i- Onda decrescente (é o inverso da onda crescente) A u�lização de uma dessas metodologias permite uma aplicação coerente da sobrecarga tanto no volume quanto na intensidade de forma racional permi�ndo assim, o desenvolvimento da resistência muscular localizada de forma progressiva e consciente. 6° Passo: defina qual material será u�lizado da sessão. Atualmente existe uma gama de materiais que auxiliam no desempenho do trabalho numa aula de Ginás�ca Localizada. A cria�vidade do profissional poderá muito ajudar na elaboração de ro�nas que proporcionarão um excelente resultado, tanto esté�co como fisiológico. Dentre estes materiais estão: • Halteres • Barras com anilhas • Caneleiras • Elás�cos • Steps • Barras fixas e paralelas • Colchonetes 7° Passo: monte a estrutura da aula. Atualmente, a divisão, mais u�lizada em uma sessão de Ginás�ca Localizada é: Fase Duração Aquecimento 6-8 min Aeróbica 6-8 min Localizada 35-40 min Esfriamento 3-5 min Alongamento 8-12 min • Aquecimento • Geral/Orgânico • Específico/Neuromuscular • Parte principal • Exercícios Localizados • Exercícios de Solo • Relaxamento e volta à calma Aquecimento FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Têm duração de Aproximadamente 10 minutos. É composto por exercícios de pré- aquecimento musculares de baixa intensidade e alongamentos. Os movimentos devem ser feitos de maneira suave e pouca amplitude, visando uma adaptação músculo-ar�cular e orgânica, preparando-se para elevação gradual da freqüência cardíaca e do esforço muscular. Deve ser direcionado aos grupamentos de maior exigência durante a sessão de treinamento. O aumento metabólico deve ser lento e gradual. Parte Principal É a parte mais importante da aula, onde serão trabalhados os grandes grupos musculares. Têm duração de aproximadamente entre 30 e 40 minutos e caracteriza-se pela alta intensidade e aumento significa�vo dos parâmetros fisiológicos. U�liza implementos como halteres, caneleiras e barras para exercitar os grandes grupos musculares, tais como Membros inferiores, Membros superiores e Tórax. Exercícios de Solo São caracteris�camente exercícios para o Abdômen, Glúteos e Adutores. São u�lizadas normalmente sobrecargas como caneleiras para aumentar a intensidade do esforço e têm em média 15 a 20 minutos. Relaxamento e Volta à Calma São exercícios de alongamento de leve intensidade e baixa amplitude ar�cular, também conhecida como parte regenera�va da aula. Têm em média 5 a 10 minutos e deve obedecer a uma desaceleração gradual dos parâmetros fisiológicos, tais como a freqüência cardíaca. Nesta parte da aula você deverá proporcionar ao aluno uma recuperação lenta e gradual, reduzindo assim o grau de excitação proporcionado pela parte principal da aula. Hidroginástica É uma a�vidade �sica aquá�ca realizada na posição ver�cal, cons�tuída de exercícios específicos, baseados no aproveitamento da resistência da água e que, através das caracterís�cas e bene�cios dessa, melhora os aspectos bio-psico-sociais. “É um programa de condicionamento, desenvolvido na água, que inclui exercícios do �po aeróbios e exercícios para o desenvolvimento da resistência muscular localizada, força muscular e flexibilidade.” Origem A palavra Hidroginás�ca vem do grego e significa "GINÁSTICA NA ÁGUA". Esta a�vidade aquá�ca surgiu antes de Cristo, Hipócrates (460-375 a.C.) já u�lizava banhos de contraste (água quente e fria) no tratamento de algumas doenças. Os romanos u�lizavam a água com finalidades recrea�vas e cura�vas. Exis�am quatro �pos de banhos: • FRIGIDARIUM: banho frio u�lizado para fins recrea�vos; • TEPIDARIUM: banho com água morna, num ambiente com ar aquecido; • CALDARIUM: banho quente; • SUDATORIUM: um aposento saturado de ar úmido quente, a fim de causar a sudorese. Finalidades A hidroginás�ca tem por finalidade melhorar a capacidade aeróbica e cardiorrespiratória, a resistência e a força muscular, a flexibilidade e o bem-estar de seus pra�cantes. Possui a vantagem de poder ser pra�cada por pessoas de qualquer sexo e idade. A FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 hidroginás�ca é uma opção alterna�va para o programa de prá�ca mais comum de exercícios, como a ginás�ca de academia. Sua eficácia vai de atletas em treinamento, gestantes, pessoas em fase de reabilitação, até as que estão acima ou abaixo do peso ou com algum �po de deficiência. Os exercícios aquá�cos são diver�dos, agradáveis, eficazes, es�mulantes, cômodos e seguros. A hidroginás�ca permite a redução no esforço ar�cular. Vantagens • Movimentação corporal facilitada pela sustentação (flutuação). Peso corporal aliviado em 90% dentro d'água. A água auxilia os exercícios mais di�ceis. • Diminuição do impacto - ar�culação, músculos e coluna podem ser trabalhados com mais segurança. • Ambiente descontraído - alunos mais à vontade, relaxados, sem preocupação com a silhueta no espelho, com a roupa que estão usando ou com a falta de coordenação e habilidade. Dentro d'água os alunos não se enxergam direito (água na altura do peito). • Melhora a autoconfiança - o indivíduo consegue realizar movimentos dentro d'água que seriam impossíveis em terra. Mesmo aqueles que não sabem nadar podem pra�car a Hidroginás�ca. • A Hidroginás�ca, diminui dores e espasmos musculares pós a�vidade, devido ao efeito massageador da água. • Performance global - musculatura agonista e antagonista trabalham igualmente (resistência da água). • Ausência do desconforto da transpiração. • Água - bom condutor de energia. • Sobrecarga natural - resistência da água. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 (fase aérea), nos quais o corpo permanece em posição reta, realizando sua projeção para cima. • Sem impacto: São aqueles movimentos realizados sem o contato dos pés com o chão. Acontece quando o corpo está suspense na água (flutuação), e podem ser executados em piscina profunda ou com o corpo agachado na água, mantendo seu nível no pescoço do pra�cante. Montagem da Sessão de Treinamento A Hidroginás�ca deve proporcionar vários níveis de aula, de acordo com o conhecimento corporal, condicionamento �sico, coordenação motora e mo�vação, para que seus obje�vos sejam alcançados. Para criar e desenvolver um programa de condicionamento aquá�co equilibrado, seguro e efe�vo, deve-se levar em conta algumas premissas básicas: 1° Passo: Determinar como será a estrutura básica das classes (nível) e definir cada parte, com seu tempo aproximado de duração e obje�vos a alcançar. 2° Passo: Listar todos os recursos materiais disponíveis e distribuí-los, combinados (de três a três) ou não, semanalmente, de forma que ao final de um mês todos os materiais tenham sido u�lizados. 3° Passo: Planejamento de Aulas. A distribuição do �po de trabalho deverá ser efetuada na semana, para evitar desta forma repe�ções, e sempre em função dos alunos a quem vai dirigido. Estrutura da Aula 1. Aquecimento - (8' a 10'): Fase de importância vital, já que deve preparar ao aluno para confrontar a fase principal (aeróbica e/ou de tonificação muscular) nas melhores condições possíveis. O obje�vo desta fase é: • Aumento gradual da temperatura da musculatura esquelé�ca e tecido conec�vo geral • Aumento progressivo da FC, preparando assim o sistema cardiovascular (a�vação da circulação sangüínea, incrementando assim o fluxo sangüíneo ao músculo). • A�var o sistema neuromuscular para facilitar uma melhora na transmissão dos impulsos nervosos. • Incrementa a flexibilidade, mobilidade ar�cular e elas�cidade dos músculos, tendões e ligamentos. • Reduzir o risco de lesões musculares e/ou tendinosas 2. Parte aeróbica - (de 15' a 20'): O obje�vo é a elevação da freqüência cardíaca até chegar em sua zona do treinamento entre 60% à 75% a Freqüência Cardíaca de Reserva (FCR) (efeito sobre o sistema cardiorrespiratório). Saltos, deslocamentos, exercícios combinados para o desenvolvimento da coordenação, ritmo, agilidade. 3. Localizada - (de 10' a 15'): Trabalho de força e resistência muscular dando ênfase aos abdominais e glúteos, seguidos pelos membros inferiores e superiores. É importante para a "consciência corporal". Não devemos deixar de nos preocuparmos com a flexibilidade que deverá começar gradualmente até a�ngir 1/2 desta parte da aula. Podemos u�lizar como apoio, diferentes materiais como: borda da piscina, barra, prancha, halteres e etc. 4. Volta a calma - (5' a 8'): Tem como o obje�vo, entre outros, a diminuição da freqüência cardíaca até o estado de relaxação. Deve não ser somente �sico, mas também mental. Bem variado, de acordo com o nível e a necessidade de seus alunos. Dis�ntas formas de trabalho: • Alongamentos • Relaxamento induzido, etc. Materiais u�lizados em Aula FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Os recursos materiais cons�tuem um meio fundamental para desenvolver classes variadas, diver�das e têm como obje�vo fundamental favorecer e facilitar o cumprimento dos obje�vos expostos. Podem ser u�lizados no treinamento aeróbico para fortalecimento e tonificação, para o aumento da flexibilidade, ou inclusive no trabalho de relaxação. É importante ter um grande número de equipamentos para que o trabalho seja muito variado. A variação de materiais proporcionará um trabalho que enriquecerá nossas classes sempre e quando forem explorados ao máximo. Vejamos alguns exemplos: • Halteres • Bola • Luva para hidro • Prancha de natação • Tornozeleiras • Acqua-tubo • Acqua –jogger (colete) • Acquafins = foi lançado em 1997 na conferência de exercícios aquá�cos em Orlando, USA FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Musculação Origem: A história moderna da musculação começa com os estudos de WEBER em 1846 sobre a relação entre a força muscular e a área da seção transversa do músculo. Finalidade: Volta-se basicamente para o desenvolvimento da RML, da força dinâmica e explosiva. Peculiaridades: U�liza implementos como sobrecarga adicional. • Implementos Alodinâmicos: Não compensam as variações nos braços das alavancas ao longo do movimento. (Halteres, barras, peças lastradas e módulos de resistência por meio de roldana, polia ou alavanca) • Implementos Isodinâmicos: Compensam as variações nos braços de alavanca ao longo do arco ar�cular. (Máquinas Cybex, Minigym) Tipos de Respiração: a) Con�nuada b) Ele�va A�va/Passiva c) Combinada Intensidade de treinamento: a) Carga (kg) b) Velocidade de Execução c) Intervalos/Pausas Volume de Treinamento: A musculação, por ser um método que possibilita um alto perfil de consumo energé�co (devendo, para produzir seus resultados, trabalhar os limites superiores do atleta), além de uma grande facilidade de mensuração minuciosa do volume e da intensidade provocará a existência de uma relação absoluta entre este dois fatores. Numa sessão de musculação o volume é dado por: • Número de Exercícios: o número de exercícios a ser realizado influenciará, poderosamente, o volume. Por sessão ter-se-ão realizados doze exercícios diferentes, um mínimo de oito, e um máximo de quinze exercícios para obter resultados sa�sfatórios. • Repe�ções: número de vezes que o aluno executara o mesmo exercício, ou seja, o mesmo número de movimentos. • Grupo: conjunto de dois a quatro exercícios sem intervalo. Significa que serão realizados os três exercícios, quantas vezes forem prescritas pelo número de passagens, sem intervalo. • Série: rol de exercícios a serem realizados numa sessão. • N° de passagens: se a série for realizada mais de uma vez ter-se-á, para cada vez que a série for executada, uma passagem. • Sessão: total geral de exercícios a serem realizados num dia de treinamento. Montagem da Sessão de Treinamento Sessão de treino é a realização de todos os exercícios programados (seqüência, carga, velocidade, respiração). 1° Passo: Avaliação do aluno e seus obje�vos • Exame médico; • Anamnese da a�vidade �sica; • Avaliação postural; • Medida dos dados antropométricos; • Avaliação da condição orgânica; • Avaliação da condição músculo-ar�cular. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Sistema de Super-Série Sistema de Série Composta ou Drop Set Sistema do Super-Série Múl�plo Sistema do Super -Série Tri- SetSistema de Pré-Exaustão Sistema de Série Gigante Intensidade do Treinamento A intensidade será dada pela: • Quilagem: percentual do peso máximo u�lizado para o trabalho. • Velocidade de execução: quanto maior a velocidade menor a intensidade. • Intervalo: período de repouso entre dois grupos; sua duração influirá na intensidade e depende da qualidade �sica treinada. Volume do Treinamento Numa sessão de musculação o volume é dado por: • Número de Exercícios: o número de exercícios a ser realizado influenciará, poderosamente, o volume. Por sessão ter-se-ão realizados doze exercícios diferentes, um mínimo de oito, e um máximo de quinze exercícios para obter resultados sa�sfatórios. • Repe�ções: número de vezes que o aluno executara o mesmo exercício, ou seja, o mesmo número de movimentos. Embora a prescrição de três a cinco séries de seis a doze repe�ções seja amplamente u�lizada, apresentamos o seguinte critério para seleção de número de series e repe�ção. Tabela : Relação entre as variáveis obje�vadas e o número de series e repe�ções em um programa de TF. Variável obje�vada Nº de séries Nº de repe�ções Força (iniciantes) 03 06-08 Força (avançados) 05-06 04-08 Resistência muscular 03 15-20 Hipertrofia muscular 05-06 0-12 • Grupo: conjunto de dois a quatro exercícios sem intervalo. Significa que serão realizados os três exercícios, quantas vezes forem prescritas pelo número de passagens, sem intervalo. • Série: rol de exercícios a serem realizados numa sessão. • N° de passagens: se a série for realizada mais de uma vez ter-se-á, para cada vez que a série for executada, uma passagem. • Sessão: total geral de exercícios a serem realizados num dia de treinamento. Tipos de Respiração São cinco, os �pos de respiração u�lizados na musculação: 1) Respiração Con�nuada ou Livre: Executada livremente durante a trajetória do movimento, sem haver referência em relação às fases da contração muscular. • Indicada para iniciantes na fase de adaptação ao treino. • Promove troca constante de gases. • Mais u�lizada em treinos de: RML e Potência 2) Respiração A�va-Ele�va: quando o atleta que lida com pesos elevados quer evitar o bloqueio da respiração, lança mão do recurso da respiração ele�va que consiste na ritmação da respiração com o movimento. • A inspiração é realizada na Fase Posi�va ou Concêntrica. • A expiração é realizada na Fase Nega�va ou Excêntrica. • Menos indicada ao aluno iniciante. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • Mais u�lizado em treinos de: RML, Força dinâmica (Hipertrofia) 3) Respiração Passiva-Ele�va • A expiração é realizada na Fase Posi�va ou Concêntrica. • A inspiração é realizada na Fase Nega�va ou Excêntrica. • Menos indicada ao aluno iniciante. • Mais u�lizado em treinos de: Força dinâmica (hipertrofia), Força explosiva • U�lizada em gestos despor�vos de potência. Ex: Cortada de Vôlei, Saque do Tênis, Arremessos etc. • Indicada para exercícios que comprimem mecanicamente a cavidade abdominal, facilitando a expiração. 4) Respiração Bloqueada: Realizada em apnéia tanto na Fase Concêntrica e Excêntrica. “Realiza uma Inspiração no início do movimento e uma expiração ao término do mesmo”. • U�lizar apenas com indivíduos condicionados. • Mais u�lizado em treinos de: Força pura e isométrica, Levantamento olímpico e Fisiculturismo 5) Respiração Combinada: é quando o atleta se u�liza à combinação de duas das forças precedentes de respiração. Ex. Inspira na Fase Concêntrica e bloqueia durante a Fase Concêntrica expira durante a Fase Excêntrica. • U�lizada apenas com indivíduos condicionados. • Mais u�lizado em treinos de: Força Pura, Hipertrofia e Fisiculturismo Freqüência Semanal Para iniciantes, o treinamento de força geralmente é conduzido duas a três vezes por semana. Essa freqüência tende a aumentar com o grau de condicionamento do par�cipante, de modo que um número ó�mo de sessões situe-se entre três e cinco dias. 4° Passo: Escolha o �po de força a ser treinada Primeiramente, o treinamento, de força deve ser específico por fase e desenha do para sa�sfazer as necessidades individuais entre as qualidades �sicas treináveis com a musculação aplicada temos: • RMP (Resistência Muscular Prolongada) • RML (Resistência Muscular Localizada) • Hipertrofia • Força Rápida • Força Explosiva • Força Máxima Tabela : Parâmetros para o Treinamento das Modalidades de Força em Musculação Tipo Percentagem de carga máxima Repe�ções N° Exerc. Velocidade de execução Intervalo entre os grupos Respiração RMP 30 a 40% +30 Média - Con�nua RML 40 a 60% 15 a 30 8 a 15 Média 30 a 40” Con�nua Hipertrofia para Nadadores de Fundo 60 a 70% 6 a 10 6 a 9 Lenta a moderada 2 a 4’ Passiva/ele�va Hipertrofia para Nadadores de Velocidade 75 a 80% 6 a 10 6 a 9 Lenta a moderada 2 a 4’ Passiva/ele�va FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Força Rápida 50% a 70% 1 a 6 Rápida 2 a 5’ Passiva/ele�va/ bloqueada Força Explosiva 50 a 60% 6 a 12 Rápida 2 a 5’ Passiva/ele�va Força Máxima 85 a 95% 2 a 5 3 a 5 Lenta 3 a 6’ Passiva/ele�va/ bloqueada 5° Passo: Calibragem da serie Representam o ponto de referência para a determinação do peso a ser u�lizado nos programas de musculação. Atualmente os testes mais u�lizados são: o teste de peso máximo (T.P.M.) e o teste de peso por repe�ção (T.P.R.). 6° Passo: Execute o programa de treinamento A excursão do programa de treinamento deve ocorre assim que os atletas saibam quais os exercícios a executar, qual a carga máxima de 1RM para cada exercício e o �po de força a que será treinado. Planificação dos Ciclos de Treinamento: As necessidades de força do nadador se estabelecem em função da própria natureza da expressão de força segundo o seu es�lo e a distância ou duração da prova. Baseada nisso, a planificação do treinamento de força aplicada a natação ocorre da seguinte forma: PERÍODO PREPARATÓRIO PERÍODO COMPETITIVO PERÍODO TRANSITÓRIO Preparação Geral Preparação Específica Compe��vo Destreinamento Força Básica (Adaptção, RML e Hipertrofia) Força Máxima Força Específica (RMP, Força Rápida e Força de Potência) Força Compe��va Manutenção da Força Básica Fase de Desenvolvimento da Força Básica (FB) Seu obje�vo é o aumento do potencial de força do nadador, a prevenção de lesões e a construção de uma sólida base que prepare para as fases seguintes. Por regra geral, o desenvolvimento da FB implica a melhora da força absoluta do nadador, de acordo com as necessidades de cada especialidade. Por tanto, supõe o trabalho de todos os músculos e a preparação do sistema muscular e ar�cular mediante diferentes exercícios, �pos de contração e diversos conteúdos do treinamento, geralmente pouco intensivos. A carga de trabalho oscilará entre pequena e média, devendo ser incrementada progressivamente. É uma etapa de predomínio do volume e de treinamento da força resistente, com caráter geral dos grupos musculares importantes do nadador. Sua duração é de aproximadamente 2 a 4 semanas, na maioria dos casos, o aumento da força máxima nestes grupos musculares se desenvolvem através de exercícios com pesos ou máquinas que separam o trabalho destes grupos musculares e, em conseqüência, têm um escasso nível de especificidade com o es�lo do nadador. No entanto, é necessário insis�r em desenvolver a força máxima da braçada e da pernada u�lizando instrumentos específicos com polias, carros inclinados, ligas elás�cas grossas e equipamentos isociné�cos. Todos estes procedimentos têm em comum a realização fora da água. Fase de Desenvolvimento da Força Máxima (FM) Um bom nível de força máxima influi no ganho de força rápida ou potente ou de força resistente, ou em ambas, de modo eficaz, o que leva a altos resultados. O obje�vo desta fase é o desenvolvimento da força máxima no maior nível possível, de acordo com a FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 importância igual, gerando assim um total de sete, de acordo com a visão da federação, que deu ainda a cada uma delas um específico Código de Pontos. Uma dentre as demais, não compe��va, reúne no concreto, o conceito da ginás�ca em si: Modalidade Principal evento Primeira aparição Ginás�ca ar�s�ca (no Brasil, chamada também de olímpica) Jogos Olímpicos 1896 Ginás�ca rítmica Jogos Olímpicos 1996 Trampolim acrobá�co Jogos Olímpicos 2000 Ginás�ca acrobá�ca Campeonato Mundial 1974 Ginás�ca aeróbica Campeonato Mundial 1995 Ginás�ca geral Gymnaestrada 1953 SEÇÃO 1: Ginástica Artística “A Ginás�ca é um esporte tanto emocionante quanto belo, que não requer somente coragem de seus adeptos como também graça e domínio do corpo.” Frase re�rada do livro “O Prazer da Ginás�ca”. No meio espor�vo e nas diferentes faculdades de Educação Física de todo o país, vimos a u�lização tanto do termo Ginás�ca Olímpica quanto Ginás�ca Ar�s�ca. De acordo com a Federação Internacional de Ginás�ca (FIG), Ginás�ca Olímpica refere-se a todas as modalidades ginás�cas pra�cadas, atualmente, nas Olimpíadas que são a Ginás�ca Ar�s�ca feminina e masculina; a Ginás�ca Rítmica e o Trampolim Acrobá�co. Nesse sen�do, para a FIG, o termo u�lizado seria a Ginás�ca Ar�s�ca uma vez que a dis�nguiria das demais modalidades gímnicas. Já no Brasil, o termo foi popularizado como Ginás�ca Olímpica a par�r da colonização alemã, no sul do país, mais especificamente no Rio Grande do Sul, oficializado pelo Conselho Nacional de Desportos e sendo homologado pelo Ministério da Educação e Cultura em março de 1979. Em 1985, os profissionais pertencentes à Confederação Brasileira de Ginás�ca (CBG) propuseram a alteração do nome para Ginás�ca Ar�s�ca, com base na nomenclatura oficial da FIG. Hoje em dia, u�lizam-se ainda as duas nomenclaturas, porém em compe�ções internacionais como Jogos PAN AMERICANOS, CAMPEONATOS MUNDIAIS, etc., u�liza-se o termo Ginás�ca Ar�s�ca. Definição: A Ginás�ca Olímpica é um conjunto de exercícios corporais sistema�zados, aplicados com fins compe��vos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elas�cidade. O termo ginás�ca origina-se do grego gymnádzein, que significa “treinar” e, em sen�do literal, “exercitar-se nu”, a forma como os gregos pra�cavam os exercícios. Segundo o COLETIVO DE AUTORES (1992), Pode-se entender ginás�ca como uma forma par�cular de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de a�vidades que provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal das crianças, em par�cular, e do homem em geral. (p. 77) A Ginás�ca Ar�s�ca (GA) ou Ginás�ca Olímpica (GO) pode ser subdividida em dois grupos de a�vidades: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • GO/GA – ATIVIDADE FÍSICA, inserida no conteúdo GINÁSTICA. • GO/GA – ESPORTE. GO/GA – A�vidade Física A par�r dos movimentos naturais e espontâneos, os alunos obtêm recursos que permitem desenvolver com maior amplitude e dinâmica as ações motoras como deslocamentos, saltos, giro no eixo longitudinal e transversal, equilíbrios, balanços em apoio e suspensão, passagem pelo apoio e suspensão inver�da que devem ser coordenados e enriquecidos progressivamente para se transformar nos elementos acrobá�cos. Essa prá�ca possibilita aos pra�cantes tomar consciência de suas potencialidades motoras/corporais e desenvolver suas ap�dões bem como desenvolver um trabalho corporal de forma global, desenvolvendo as capacidades �sicas como força está�ca, dinâmica e explosiva, flexibilidade, coordenação, consciência corporal e noções do corpo no espaço. Possibilita também grande sa�sfação pessoal ao proporcionar experiências motoras, cogni�vas e sócio-afe�vas. GO/GA – Esporte É um esporte olímpico de arte e perfeição que evolui constantemente a par�r das regras ins�tucionalizadas pelo Código Internacional de Pontuação da FIG atualizado a cada ciclo olímpico (4 em 4 anos). Pode ser trabalhado na iniciação espor�va, no nível intermediário e no esporte de alto nível. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 História Foi na Grécia que a ginás�ca alcançou um lugar de destaque na sociedade, tornando-se uma a�vidade de fundamental importância no desenvolvimento cultural do indivíduo. Exercícios �sicos era mo�vo de compe�ção entre os gregos, prá�ca que caiu em desuso com o domínio dos romanos, mais afeitos aos espetáculos mortais entre homens e feras. Durante a sangrenta Idade Média, houve um desinteresse total pela ginás�ca como compe�ção e o seu aproveitamento espor�vo ressurgiu na Europa apenas no início do século XVIII. Foram então criadas as escolas alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos) e sueca (à base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do esporte, em especial o sistema de exercícios �sicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst, matriz essencial da ginás�ca olímpica hoje pra�cada. A Ginás�ca Olímpica chegou ao Brasil, em 1824, por meio da colonização alemã no Rio Grande do Sul. Este foi também o primeiro estado a fundar uma Federação de Ginás�ca (Federação Rio-grandense de Ginás�ca), oficializando assim a prá�ca desta modalidade no Brasil. A prá�ca da ginás�ca olímpica proporciona bene�cios como coordenação motora, flexibilidade, equilíbrio, força, ritmo, velocidade, agilidade, lateralidade, cria�vidade, domínio corporal, disciplina, concentração, auto-es�ma, superação de limites e sociabilização. A Ginástica Olímpica na escola: possibilidades de trabalho Apesar de a Ginás�ca Olímpica ter �do um enorme avanço no Brasil nos úl�mos tempos, em função de conquista espetaculares como as de Daiane dos Santos, Diego Hipólito, Daniela Hipólito, Jade Barbosa dentre outros, a prá�ca dessa modalidade ainda não está massificada nas diferentes regiões do país. Fatores Limitantes: • Falta de aparelhos • Custo elevado dos aparelhos • Espaço insuficiente para a prá�ca • Professores pouco qualificados para a prá�ca da modalidade • Medo de ocorrência de acidentes com os alunos • Entendimento da modalidade enquanto esporte de alto nível • Exigência de alta performance • Preferência dos alunos por outras modalidades Importância da Ginás�ca Olímpica para os Alunos • Desenvolvimento da consciência corporal; • Ampliação do vocabulário motor dos alunos; • Oferece um ambiente rico de experiências corporais para os alunos descobrirem suas dificuldades e desenvolverem suas potencialidades; • Juntamente com o Atle�smo, são a base de todas as a�vidades �sicas; • Desenvolve a cooperação e respeito ao outro NA ESCOLA: deve-se trabalhar numa visão pedagógica, recrea�va, sem o caráter compe��vo, enquanto esporte de espetáculo e de performance. Deve ser entendida no conteúdo de GINÁSTICA. Como podemos trabalhar metodologicamente? • Ludicamente FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 exigência sobre a qualidade dos equipamentos e da execução durante as apresentações dentro de cada exigência. Os aparelhos da ginás�ca ar�s�ca masculina (sigla em inglês: MAG) são diferentes dos aparelhos disputados na ginás�ca ar�s�ca feminina (sigla em inglês: WAG). Enquanto os homens disputam provas em seis aparelhos diferentes, as mulheres as disputam em quatro. As provas femininas: A seqüência aqui descrita obedece a ordem olímpica, ou seja, a ordem oficial de compe�ção. 1) Salto sobre cavalo (de 1,25 m de altura- mesa de salto) 2) Barras assimétricas (de 2,45 m e 1,65 m de altura) 3) Trave de equilíbrio (de 10 cm de largura e 5 metros de comprimento) 4) Exercícios de solo (com fundo musical) As provas masculinas: A seqüência aqui descrita obedece a ordem olímpica, ou seja, a ordem oficial de compe�ção. 1) Exercícios de solo (sem música) 2) Cavalo com alças 3) Argolas 4) Salto sobre o Cavalo (1,35 m de altura - mesa de salto) 5) Barras Paralelas Simétricas 6) Barra Fixa Categorias de Compe�ção e Notas As categorias em que se compete são: a) Pré infan�l (6 anos) b) Infan�l (7 e 8 anos) c) Infan�l A (9 e 10 anos) d) Infan�l B (11 e 12 anos) e) Juvenil (13 a 15 anos) f) Maiores (16 anos adiante). Existe uma segunda classificação por níveis (classificados por letras) que determina o nível de dificuldade dos exercícios e os aparelhos : a) Escolinha (somente metropolitano) b) D (solo exercícios de solo e salto obrigatórios) c) C2 (se compete em quatro aparelhos) d) C1 (os exercícios obrigatórios ) e) B2 (os exercícios podem ser livres ou obrigatórios dependendo da categoria ) f) B1 (exercícios livres com alguma exceções nas categorias mais jovens) g) A o Elite (as 6 melhores notas deste nível integram a seleção nacional). A nota máxima que um ginasta pode alcançar é 10,00 e se consegue pela soma dos diferentes pontos dos árbitros. São eles: • Dificuldades e parte de valor (3,00) • Exigências específicas ou requisitos obrigatórios (1,40 - 0,20) • Bonificação (1,00) • Composição e combinação (0,60) • Execução (4,00) Existem quatro �pos de classificações: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 • Concurso I: classificatório para os outros três concursos (obrigatório). • Concurso II: se chama All Around. é para determinar a ganhadora da classificação individual geral (par�cipam as 36 melhores classificadas no concurso I). • Concurso III: se compete por aparelhos (par�cipam as 8 melhores classificadas em cada aparelho no concurso I). • Concurso IV: é a compe�ção por equipe (par�cipam as 6 equipes melhores classificadas no concurso I). A ordem de compe�ção é por sorteio. A pontuação por equipe se faz da seguinte forma: • Cada equipe contém 6 ginastas. • Em cada aparelho competem 5 ginastas (o técnico decide quem compete em cada aparelho). • Se pega as 4 melhores notas deste aparelho, o seu total é a nota por equipe neste aparelho. • Se repete o procedimento nos outros aparelhos. Julgamento e Pontuação Os exercícios de cada ginasta são julgados e pontuados por um júri. Existem os elementos obrigatórios em cada aparelho, que todos os ginastas devem pra�car ou perderão pontos. O ginasta deve acrescentar outros elementos para obter pontos extras. Todos os exercícios tem um valor inicial, que para os homens é 8.6 e para as mulheres 9.0. Isto quer dizer que se o ginasta não acrescentar elementos que valem bônus, seu exercício poderá obter no máximo essas notas, mesmo que sejam executados perfeitamente. O valor de cada elemento e os movimentos obrigatórios de cada aparelho está no “Código de Pontos” desenvolvido pela FIG. Este código muda a cada quatro anos, após as Olimpíadas, tornando-se mais elaborado. Os juízes procuram erros de postura, de execução, dentre outros, para deduzir do valor inicial do atleta. Equipamentos O uniforme básico de toda ginasta é um collant de lycra em forma de maiô. Em todas as provas, variando de acordo com a preferência, as atletas competem descalças. Os homens usam short ou calça de material apropriado e meias nos pés (exceto nas provas do solo). Suas camisetas, que em verdade são collants, ficam cobertos na altura da cintura, pela outra parte do uniforme: a calça ou o short. Figura : Uniforme de Ginástica É comum que os compe�dores passem pó de magnésio nas mãos, especialmente em provas de barras, para evitar lesões nos dedos e escorregões durante os movimentos. Outros aparatos também são de uso permi�do nas mãos para que o ginasta possa segurar as barras e as argolas sem sofrer com lesões e possíveis feridas - como os protetores palmares (com munhequeiras). Ainda são usados colchões para amortecer as saídas e as braçadeiras (de uso masculino, para as provas das barras paralelas). Local Figura : Ginásio As compe�ções de ginás�ca geralmente são disputadas em locais fechados, com várias adaptações para a prá�ca da modalidade. Os exemplos mais precisos são os ginásios e os estádios cobertos, especialmente preparados para comportar aparelhos e bancas julgadoras, pois cada elemento da ginás�ca ar�s�ca possui a sua peculiaridade. Subdivisão e Aparelhos FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 A modalidade subdivide-se em duas: ginás�ca ar�s�ca masculina e ginás�ca ar�s�ca feminina. Cada uma possui um código próprio (com os movimentos e os aparelhos u�lizados), elaborado pelos comitês (masc. e fem.) da Federação. Em comum, possuem as regras de conduta e as generalidades de cada compe�ção, como a segurança do ginasta e a exigência sobre a qualidade dos equipamentos e da execução durante as apresentações dentro de cada exigência. Os aparelhos da ginás�ca ar�s�ca masculina (sigla em inglês: MAG) são diferentes dos aparelhos disputados na ginás�ca ar�s�ca feminina (sigla em inglês: WAG). Enquanto os homens disputam provas em seis aparelhos diferentes, as mulheres as disputam em quatro. Abaixo, estão descritos cada um dos eventos/aparelhos: ARGOLAS O aparelho é cons�tuído por uma estrutura de onde prendem-se duas argolas, a 2,75 metros do solo. A distância entre elas é de 50 cm e o seu diâmetro interno é de 18 cm. Seu uso em compe�ções é exclusivamente para homens. Caracterís�cas da compe�ção A prova consiste em uma série de exercícios de força, balanço e equilíbrio, realizados pelos membros superiores do corpo. Durante a apresentação o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado numa posição ver�cal ou horizontal em relação ao solo. As argolas devem sempre permanecer paradas. Figura : Diego Hipólito O júri valoriza o controle do aparelho e a dificuldade dos elementos da coreografia. Quanto menos tremer a estrutura que suspende as argolas à haste, melhor será a pontuação de execução do ginasta. Elementos da coreografia: • Movimentos de baixo para cima; • Movimentos está�cos; • Acrobacias (altas e completas); • Saltos no desmonte; • Entrada está�ca no aparelho (com a ajuda do técnico, o ginasta inicia sua ro�na com os braços es�cados e o corpo totalmente ereto, como completando o comprimento das argolas). O ginasta será descontado caso: • Desligue-se do aparelho; • Balance a fita que prende as argolas à haste de sustentação; • Use força invés de impulso nas acrobacias; • Não defina um movimento está�co (ou seja, não mantenha o tempo mínimo de dois segundos); • Não mantenha a postura angular dos ombros durante sua apresentação. Movimentos A gama de movimentos está�cos nas argolas é tão variada quanto nos demais aparelhos masculinos e femininos. Para as saídas, usam-se os saltos costumeiramente vistos em provas de salto. Durante suas apresentações, os ginastas u�lizam de movimentos acrobá�cos e está�cos – validados pelo Código de Pontos de A à Super-E (F) -, entre eles[6]: • Chechi – Saído de uma posição está�ca horizontal, o ginasta es�ca-se para baixo, toma impulso e torna à uma posição está�ca, apoiando o corpo sobre os FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Caracterís�cas da compe�ção A prova consiste em exercícios de equilíbrio – entre giros e paradas de mãos - e força, onde o ginasta u�liza das duas barras obrigatoriamente, passando por todo o seu comprimento. As provas não possuem tempo aproximado de execução, podendo um ginasta cumprir uma prova mais curta, porém com nota de par�da mais elevada, enquanto uma prova mais longa possui inferior dificuldade. Como técnica básica neste aparato, está o chamado apoio. Nele, os braços do atleta ficam completamente estendidos, os ombros alinhados - que pressionam para baixo -, o peito é cavado para dentro e a cabeça, ao centro, dificulta o cumprimento dos aspectos mecânicos, pois o corpo precisa estar sempre na postura correta do apoio. Para uma série ser bem sucedida, o ginasta necessita: • Percorrer toda a extensão dos barrotes, seja com largadas e retomadas, seja com movimentos de equilíbrio • Executar movimentos em ambas as barras simultaneamente e em apenas uma delas • Executar ao menos uma largada. O movimento acrobá�co – que envolve mortais e piruetas – não desconta ponto ao ginasta que não o executa, mas deixa sua ro�na com uma nota A (de par�da) mais baixa • Manter a postura angular correta: 180º ver�cal e 90º nas paradas e movimentos de equilíbrio, além da correta execução das largadas • Finalizar sua apresentação com um salto de saída de dificuldade D Para não sofrer com despontuações, o ginasta não deve arrumar suas mãos nas barras - quando não es�ver executando o próprio movimento -, desprender-se do aparelho, perder a postura – como dobrar os joelhos e cotovelos -, não cumprir com as exigências acrobá�cas e plás�cas exigidas pelo Código de Pontos, tocar as pernas nas barras em qualquer situação e não finalizar um movimento – qualquer passagem ou acrobacia. Movimentos Como nos demais aparelhos, os exercícios nas barras paralelas realizados são bastante variados. Em geral, as acrobacias executadas são de chegada ao apoio braquial – protegidas ou não pelas braçadeiras -, que ajudam a reduzir o impacto nas aterrizagens dos movimentos e dão ao atleta a possibilidade de um melhor apoio e saída para a con�nuação de sua performance. Abaixo, alguns movimentos básicos nomeados: • Esquadro: Como u�lizado nas argolas, o ginasta forma uma figura angular com o corpo, apenas em um dos barrotes. O ginasta firma as mãos e passa as pernas por entre os braços, parando na posição que se assemelha a um esquadro. • Lu�rolle: O movimento começa com o ginasta erguendo as pernas em posição es�cada para se lançar ao impulso. Como em um mortal es�cado para trás, o atleta larga as barras e chega em posição es�cada, como uma parada de mãos. Este movimento se assemelha ao giro-gigante executado na barra fixa. • Stützkehre: O ginasta parte da posição “parada de mãos”, sobre as barras. Lançando-se à frente, solta-se de apenas um dos barrotes, faz-se um giro de 180º graus do corpo e torna à “parada de mãos”, dessa vez, virado para o outro lado. • Felge: Movimento u�lizado para entradas nas barras. Par�ndo da parte de baixo, o ginasta desenha, lançando as pernas es�cadas para cima, uma forma angular com o corpo, de modo a a�ngir, durante o embalo, um X entre as pernas e os braços. Ao elevar-se, passa-se à “parada de mãos”. SALTO (MESA) A Mesa é um aparelho u�lizado na ginás�ca ar�s�ca. Contudo, o aparelho se popularizou sob o nome da prova: Salto. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 O ginasta deve saltar sobre o aparelho par�ndo de um trampolim apoiando as mãos sobre a mesa em um movimento acrobá�co onde são avaliados altura, dificuldade de execução e chegada. Figura : Diego Hypólito executa o salto sobre a mesa nos Jogos Pan-americanos de 2007 O salto é um dos dois eventos que a ginás�ca ar�s�ca feminina e masculina tem em comum. A outra é o solo. O salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem mínima para erros. É o evento mais curto dentre todos, porém, de valor igual aos demais. O cavalo tem 1,25 m de altura medida desde o colchão. Existem quatro grupos de saltos: a) Saltos simples e saltos com mortais. b) Saltos com e sem giros seguidos de mortal. c) Entradas Tsukaharas (entrada no cavalo com ½ giro como no rodante e em seguida se faz diferentes �pos de mortais). d) Entradas Yurchenkos (se faz um rodante em cima do trampolim e entra no cavalo em posição de flic para depois fazer mortais e piruetas). As fases da disputa estão divididas em cinco: • A execução: Esta etapa da-se quando o ginasta determina sua distância de corrida na esteira de 25m e alcança o trampolim ao pé da mesa para dar impulsão ou iniciar ali sua rotação. • O pré-vôo: Esta fase se dá imediatamente após o toque do ginasta no trampolim e antes de soltar a mesa. É quando o ginasta sai do trampolim e a�nge a mesa de salto. • Contacto com a mesa: Esta etapa é a do impulso no aparelho. É onde o ginasta procura maior altura para a precisa realização de seu salto. O ideal é que saia desta fase com angulação mais adequada ao movimento que pretende realizar. Em geral, pontos são descontados caso a angulação não seja a ideal. • O Pós-vôo: Esta é a fase mais importante do evento. É aqui que o ginasta realiza o movimento que anunciou. Esta é a fase que conta mais pontos. Todo o seu posicionamento é avaliado nesta etapa. • A aterrissagem: É a fase onde o ginasta faz contato com o solo (colchões que amortecem eventuais quedas e as próprias chegadas). O ideal desta etapa é que o ginasta crave seu movimento, isto é, concluí-lo sem rotação ou desequilíbrio. PARALELAS ASSIMÉTRICAS As barras ou paralelas assimétricas é um aparelho de ginás�ca ar�s�ca, este aparelho, de uso estritamente feminino, é atualmente fabricado com fibras sinté�cas e, por vezes, material aderente. As assimétricas permitem a ginasta o apoio com o uso apenas das mãos ou dos pés, além de tomá-lo com qualquer outra parte do corpo, desde que faça parte de sua ro�na e seus movimentos sejam realizados com segurança. Figura : Barras Assimétricas As ro�nas neste aparelho realizadas devem conter movimentos de impulso, voo e está�cos. Os exercícios de força devem ser usados com moderação, pois os de impulso são a base dos movimentos está�cos antecedidos pelas rotações ou transições. Se por acaso a ginasta cair ela terá trinta segundos para retomar o exercício de onde ele foi interrompido. A altura da barra inferior é de 1,65 m e a barra superior é de 2,45 m (+/- 3 cm); a separação entre as barras é de 1,50 m. Caracterís�cas da compe�ção FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Sua sigla, para provas internacionais regulamentadas pela Federação Internacional de Ginás�ca, é UB. Este é um aparelho exclusivamente feminino, que derivou das barras paralelas masculinas. A posição das duas barras em diferentes alturas possibilita à ginasta uma gama variada de movimentos, mudanças de empunhaduras e alternância entre as barras. A execução de alguns movimentos também é facilitada através da propriedade de molejo das barras. A ginás�ca nas paralelas assimétricas é de di�cil execução, e exige muita coragem da pra�cante. Seus movimentos de segurança ficam basicamente sobre a cintura e o tronco, que devem, por conseqüência, possuir uma maior mobilidade. Para maior segurança da pra�cante, é necessário verificar uma boa quan�dade de colchões e a montagem do aparelho. Para obter uma boa pontuação, a ginasta possui como obrigação em sua ro�na(1): • Uma troca com voo de barras do barrote superior para o inferior; • Uma segunda troca de barras do barrote inferior para o barrote superior (no mínimo B); • Uma largada e retomada (voo na mesma barra); • Um elemento dos grupos 03, 06 ou 07 (no mínimo C); • Uma saída no mínimo "C" para as compe�ções Classificatória (C-I), na final por Equipes (C-IV) e no Individual geral (C-III) e, no mínimo "D" para a compe�ção por Aparelhos (C-II). Para não ser despontuada, a atleta não pode cometer erros, que variam entre leves e gravíssimos, em um desconto de 0,1 a 1,0, como: • Tocar as barras e no caso de uma corrida preparatória mal sucedida, interrompê-la; • Passar por baixo da barra sem que o movimento faça parte da ro�na em um giro ou rotação; • Uma queda durante a saída ou a execução da série; • Efetuar balanços intermediários enquanto es�ver apresentando as séries; • As pausas durante os exercícios; • Usar força para completar movimentos de impulso; • Falta de alinhamento do corpo. Movimentos Abaixo, uma pequena lista dos movimentos executáveis nas barras(3): • Subida de oitava para trás • Oitava, de apoio frontal para dorsal, unindo as pernas • Giro cavalgado à frente • Sublance (par�ndo do movimento de oitava) • Kippe ao apoio cavalgado • Kippe dorsal, a par�r da suspensão TRAVE OLÍMPICA Popularmente chamada de trave, a trave de equilíbrio é um dos dois aparelhos de prá�cas unicamente femininas. A trave em si é uma barra reves�da com material aderente, situada a 1,25 metros do chão, com 5 (cinco) metros de comprimento e dez cen�metros de largura, onde a atleta deve equilibrar-se e realizar saltos e giros. Figura : A brasileira Jade Barbosa em sua tomada de equilíbrio O exercício deve durar entre 1'10" e 1'30". Seus requisitos são: a) Uma série acrobá�ca de 2 ou mais elementos com vôo b) Uma série ginás�ca de 2 ou mais elementos FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 compe��vo para ginastas de alto nível. Quatorze anos mais tarde, a Federação Internacional organizou os campeonatos mundiais da modalidade, cuja primeira edição contabilizou a par�cipação de 34 países. Esta disciplina requer do ginasta um elevado nível de força, agilidade, flexibilidade e coordenação. Piruetas e mortais, �picos da ginás�ca ar�s�ca, não são movimentos executados pela modalidade aeróbica. Seus eventos são divididos em cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios e sextetos. De acordo com a FIG, o Brasil é o país com o maior número de pra�cantes da ginás�ca aeróbica, com mais quinhentos mil pra�cantes. Estados Unidos, Argen�na, Austrália e Espanha, são outros países de prá�cas destacadas. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA – LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 2012 Referencial Bibliográfico h�p://www.birafitness.com/ginaerobica.htm h�p://pt.wikipedia.org/wiki/Gin%C3%A1s�ca_aer%C3%B3bica h�p://www.cdof.com.br/aerobica1.htm h�p://www.culturamix.com/saude/esporte/ginas�ca-aerobica h�p://www.xenicare.com.br/pc/obesidade/xenicare/web/movimente_se/materias/ materia.asp?CAN=2&MAT=aerobica h�p://www.wandacosta.com.br/exibeno�cia.php?idtrans=331 h�p://www.ahistoria.com.br/esportesjogos/educacao-fisica-escolar.html h�p://penta3.ufrgs.br/CAEF/PCNeducfisica/linhatempo.htm ABDALA, Dennis William. Hidroginás�ca. 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