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Guias e Dicas
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Orgãos e tecidos linfóides dos animais domesticos, Notas de estudo de Medicina Veterinária

Órgãos e Tecidos Linfoides dos Animais Domenticos

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 22/01/2013

ricardo-holanda-2
ricardo-holanda-2 🇧🇷

4.8

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Baixe Orgãos e tecidos linfóides dos animais domesticos e outras Notas de estudo em PDF para Medicina Veterinária, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPOS CINOBELINA ELVAS – BOM JESUS CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA – 2011.1 DISCIPLINA: ANATOMIA I PROFESSOR: Dr. GUILHERME Discentes: Ricardo Holanda Alves1, Pedro Henrique Fonseca Silva2 ORGÃOS E TECIDOS LINFÓIDES DOS ANIMAIS DOMESTICOS Bom Jesus- PI 2011.2 Introdução O tegumento comum é constituído por um manto contínuo que envolve todo o corpo, protegendo e adaptando ao meio ambiente. Esse envoltório somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais como as narinas, a boca, os olhos, a orelha, o ânus, a vagina e o pênis onde se prolonga pela respectiva mucosa. Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tecido subcutâneo. O tegumento comum é formado pela pele ou cútis que é constituída por duas membranas, na camada mais externa possui a epiderme e na camada mais interna a derme e dentro de suas varias funções tem como uma das principais de regulamentar a temperatura corporal; e ela é ligada as partes de baixo pelo tecido subcutâneo; apresenta os coxins plantares; possuem também a úngula que é subdividida em parede, sola e cunha da úngula; as glândulas da pele que são de dois tipos principais as glândulas sudoríferas e as glândulas sebáceas; a glândulas mamaria presente em animais fêmeas; os vasos e nervos que esta presente em todos os animais e ainda há modificações como pêlos; chifres que esta presente nos ruminantes exceto nas raças mochas e pode ser usado como armas e as penas presente apenas nas aves. A pele possui varias funções dentre elas se destacam a regulação da temperatura corporal, através do fluxo sanguíneo e do suor; Proteção, funcionado como barreira física. E também excreta água e sais minerais, por meio da transpiração. E funciona ainda no sistema imunológico, pois células epidérmicas são importantes para a imunidade. A pele possui espessura variada dependendo da espécie, da parte do corpo, da idade, do sexo e do meio ambiente em que vive o animal. E possui de modo geral uma característica de alta elasticidade e resistência, na grande maioria das regiões a pele é coberta com pelos, lã ou por penas no caso das aves. Dentre os animais domestico os bovinos possuem a maior espessura da pele, pois varia de 3 à 7 mm dependendo da parte do corpo. Nos eqüinos ela pode variar de 1 a 5 mm. Já nos ovinos dependendo da raça e da parte do corpo ela pode variar de 0,5 a 3 mm. Como já foi dito anteriormente a pele é formada por duas membranas que se unem se aderem intimamente e que são a epiderme que se localiza mais externamente e pela derme que se localiza mais internamente a pele. A epiderme é formada pelo tecido celular pavimentoso estratificado. A camada mais periférica da epiderme é constituída por células mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante descamação, sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante renovação. A epiderme é mais espessa ao nível do plano palmar e do plano plantar e mais delgada nas pálpebras. A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio melanócit - estimulante. A derme é constituída por uma camada de tecido conjuntivo denso. É na derme que encontramos a raiz dos pelos e a maioria das glândulas anexas e a ainda é suprida de vasos e nervos. E contem ainda as glândulas cutâneas. O tecido subcutâneo é encontrado profundamente à derme, formado por tecido conectivo possuindo fibras elásticas e gordura. Permite o deslizamento da pele sobre os Introdução O sistema linfático é constituído ou organizado em estruturas que se distribuem por todo corpo; este sistema defende o organismo contra microorganismo e moléculas estranhas, como as toxinas produzidas por microorganismos invasores. Dentro do sistema linfático encontra-se células do sistema imunitário que são capazes de distinguir as moléculas que são próprias do corpo das moléculas estranhas, que estejam isoladas, que façam parte de um vírus, bactéria, fungo, célula maligna ou protozoária. Este sistema trata as células cancerosas como estranhas porque elas possuem proteínas novas, que não existem nas células normais. Após identificar os agressores, o sistema imunitário coordena a inativação ou a distribuição deles. Ocasionalmente, o sistema imunitário pode reagir contra moléculas do próprio organismo, causando as doenças auto-imunes. O sistema linfático é formado por estruturas individualizadas, como baço, timo, Linfonodos e pelo sistema linfático propriamente dito que são Amígdalas, Bursa de fabricius presente somente nas aves, Linfa, Nódulos hemáticos, Capilares linfáticos, Vasos linfáticos e células livres, como os linfócitos, granulócitos e células do sistema mononuclear fagocitário, presente no sangue, na linfa e no tecido conjuntivo (sistema imunitário). Baço: Está contido na parte cranial esquerda do abdome, onde se une à curvatura maior do estômago por inclusão no omento maior. Este ajuda a fixar sua posição, que não pode ser definida com grande precisão, pois depende do grau de repleção do estômago e de seu próprio conteúdo sangüíneo. A formação básica é muito diferente nas várias espécies domésticas, tendo o formato de haltere no cão e no gato, semelhante a uma fita no suíno, uma figura oblonga mais larga nos bovinos e falciformes no eqüino. Sua cápsula emite trabéculos para o interior. Nos carnívoros a cápsula e as trabéculas são muito musculares, já nos ruminantes a cápsula e as trabéculas são muito menos musculares; estas diferenças determinam o grau da variação fisiológica que pode ocorrer no tamanho. Quando relaxado, o baço do cão e do gato aumenta várias vezes com relação à sua forma contraída sendo, portanto, particularmente eficaz como um reservatório, a partir do qual o teor celular da circulação pode ser recrutado em situações de estresse. O tecido mole está contido na estrutura de sustentação que é em polpas vermelhas e polpas brancas; a primeira consiste em espaços em série com os vasos sangüíneos e são ocupados por uma concentração de elementos celulares do sangue. A polpa branca é dividida em focos em geral perfeitamente visíveis a olho nu e é formada de folículos linfóides dentro de uma estrutura reticuloendotelial de sustentação. Este tecido tem propriedades linfogênicas e fagocitárias usuais. As funções do baço são: armazenamento de sangue, remoção de material particulado da circulação, destruição de eritrócitos gastos e produção de linfócitos. A primeira função é familiar a todos que sofreram a “pontada”, a dor aguda que, às vezes, acompanha o estresse físico e está associada à contração da cápsula esplênica. O baço é irrigado pela artéria esplênica, um ramo da artéria celíaca cuja dimensão é ampla com relação ao órgão. A drenagem venosa através das veias esplênicas conduz à veia porta. Existem características especificas importante na disposição desses vasos. Artéria e a veia podem passar unidas através de um hilo restrito, percorrem a extensão do órgão, emitindo ramo e intervalos (cavalo e porco), ou dividem-se ao se aproximarem do baço em ramos que vascularizam compartimentos esplênicos normalmente independentes, embora se comuniquem em cães e gatos. Os vasos linfáticos são encontrados na cápsula, nas trabéculas e não se estendem pela polpa. Timo: É um órgão bem desenvolvido existindo durante a última fase do período pré – natal e no início da vida pós – natal em estado fisiológico muito ativo. Após a maturidade sexual do animal o órgão sofre marcada involução, infiltração de gordura e degeneração amilóide, mas nunca desaparece de todo. Se uma procura minuciosa do tecido conjuntivo no local do timo é realizada em animais velhos, pequenos agregados de tecido tímico ativo poderão ser encontrados. O timo se origina de um crescimento sacular ventral da terceira e quarta bolsas branquiais. A terceira bolsa é a maior fonte de tecido tímico, mas em embriões mais velhos a quarta bolsa rudimentar pode ser identificada. A estrutura tubular, par, começa a se transformar em cordões celulares sólidos que logo se diferenciam em massas sinciciais de células satélites. Os agregados de timócitos vistos no timo são o resultado de infiltrações originárias do sincício, por linfócitos e pela produção de timócitos dentro do parênquima do timo, pelas células do retículo. Histologicamente a cápsula e o septo do timo consistem de tecido conjuntivo areolar frouxo. O tecido intersticial do parênquima contém umas poucas fibras de tecido conjuntivo reticular, muito das quais parecem estar concentradas ao redor dos vasos sangüíneos. O parênquima do timo consiste de um córtex bem desenvolvido e medula. O córtex se caracteriza pela presença de grande número de células semelhantes a pequenos linfócitos, chamados timócitos. Umas poucas células reticulares primitivas de origem endodérmica ocorrem espalhadas no córtex do timo. O parênquima de cada lobo está subdividido em lóbulos que variam em tamanho, dependendo da espécie, de 5 a 15 mm de largura. Um grande número de lóbulos está interligado em grau variável através da continuidade de suas porções medulares. A medula contém muitas células reticulares primitivas e células agranulocíticas com citoplasma abundante, considerada células reticulares primitivas hipertrofiadas. Mielócitos, eosinófilos e células plasmáticas são normalmente observadas. Na medula se observam caracteristicamente os corpúsculos de Hassal,os quais, são estruturas que variam em diâmetro desde 30 até 100u. Sua periferia consiste de poucas camadas de células epiteliais dispostas concentricamente. Internamente estas epiteliais estão mortas ou alteradas, pois seus núcleos estão picnóticos e apresentam cariorrexia. No eqüino o timo está amplamente situado no espaço mediastínicopré- cardial ventralmente à traquéia e aos grandes vasos. Estende se cranialmente para a região do pescoço. Nos ruminantes o timo está situado em ambos os lados da face ventrolateral do pescoço e na porção pré-cardial da cavidade torácica. Nos caninos e felinos o timo situa-se apenas na porção torácica, no espaço mediastínicopré-cardial no esterno entre os dois pulmões. Linfonodos: são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfóide e que aparecem espalhados pelo corpo do animal, sempre no trajeto de vasos linfáticos. São encontrados na região cervical, axilar, torácica ao longo dos vasos do pescoço. Os linfonodos têm em geral a forma de rim e apresentam um lado convexo e o outro com reentrância, o hilo, pelo qual penetram artérias nutridoras e saem às veias e seu tamanho é muito variável. Como acontece no tecido linfático em geral, o parênquima do órgão é sustentado por um arcabouço de células reticulares e fibras reticulares, sintetizadas por essas células. A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão denominado vasos aferentes e saindo pelos vasos linfáticos do hilo os vasos eferentes. No suíno e no elefante a situação é inversa, os vasos aferentes penetram no centro do linfonodo e os vasos eferentes têm inicio na periferia do linfonodo. Nos eqüinos os grupos de linfonodos são compostos freqüentemente de um grande número de linfonodos de tamanho variado. E os bovinos, os caprinos e os ovinos apresentam linfonodos em comum. A cápsula é formada por tecido conjuntivo denso, ela envolve os linfonodos enviando trabéculas para seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. Os linfonodos são “filtros” da linfa, removendo partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo. Um linfonodo ou um grupo de linfonodos que ocorrem constantemente na mesma região do corpo e recebe vasos aferentes de regiões semelhantes em todas as espécies é chamado de centro linfático.
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