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Compostagem e produção de composto orgânico, Notas de aula de Agronomia

A compostagem é um processo milenar de transformação de materiais orgânicos em composto utilizável na agricultura, envolvendo complexas transformações bioquímicas promovidas por milhões de microorganismos do solo. O composto resultante é rico em nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, que são liberados lentamente, realizando a adubação de disponibilidade controlada. Além disso, a matéria orgânica melhora a saúde do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos e reduzindo a incidência de doenças em plantas.

Tipologia: Notas de aula

2013

Compartilhado em 13/02/2013

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Baixe Compostagem e produção de composto orgânico e outras Notas de aula em PDF para Agronomia, somente na Docsity! Produção de Composto Orgânico Semana do Meio Ambiente Eng° Agrônomo Lucas de Paula Mera • A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. • Por essa razão uma pilha de composto não é apenas um monte de lixo orgânico empilhado ou acondicionado em um compartimento. É um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas. Mas, o que é exatamente o composto orgânico? Dito de maneira científica: • O composto é o resultado da degradação biológica da matéria orgânica, em presença de oxigênio, sob condições controladas pelo homem. Os produtos do processo de decomposição são: gás carbônico, calor, água e a matéria orgânica “compostada”. • Os nutrientes do composto, ao contrário do que ocorre com os adubos sintéticos, são liberados lentamente, realizando a tão desejada “adubação de disponibilidade controlada”. • A matéria orgânica melhora a “saúde” do solo. A matéria orgânica compostada se liga às partículas do solo, formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e drenagem da água e melhoram a aeração. • A presença da matéria orgânica no solo aumenta a número de minhocas, insetos e microorganismos desejáveis , o que reduz a incidência de doenças em plantas. Benefícios da cobertura morta e da matéria orgânica • Estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais eficientes na absorção de água e nutrientes; • Aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão; • Aumenta a CTC do solo; • Mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (pH), ligado diretamente com a disponibilidade de nutrientes; • Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras; • Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos ao solo; b) Umidade: A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo. Umidade ideal: 50 a 60 %. Umidade processual mínima: 40 a 45 %. Umidade para conservação: 12 a 15%. Teste prático: o composto deve soltar água como uma esponja que já foi espremida antes. c) Aeração: A compostagem conduzida em ambiente aeróbico, além de mais rápida, não produz odores nem proliferação de mosca. Para obter uma melhor aeração pode-se improvisar canais de aeração montando a pilha com bambu ou galhos secos que são mexidos num certo intervalo de tempo. • C/N ideal/média (25 a 30:1): nesta proporção os organismos decompositores tem o alimento balanceado, cria-se um equilíbrio. • C/N baixa (<20:1): mau cheiro por perda do excesso de N e S (cheiro amoniacal e sulfúreo). Para reduzir perdas pode se adicionar galhos secos, palhas ou serragem. • C/N muito alta ( > 35:1): esta proporção constitui uma trava à fraca atividade dos decompositores pela falta de N. O processo será lento e frio enquanto o excesso de C for dissipado. Para acelerar o processo basta adicionar uma fonte rica em N, como esterco, casca de frutas ou folhas verdes. g) Dimensões e formas das pilhas: Quanto ao comprimento, este pode variar em função da quantidade de materiais, do tamanho do pátio e do método de aeração. Já a altura da pilha depende da largura da base. • Pilhas muito altas submetem as camadas inferiores a compactação. • Pilhas baixas perdem calor mais facilmente ou nem se aquecem o suficiente para destruir os organismos fitopatogênicos. • O ideal é que as pilhas apresentem seção triangular, com inclinação em torno de 40° a 60°, com largura entre 2,5 e 3,5 m e altura entre 1,5 e 1,8 m. • Vale lembrar que durante a compostagem existe toda um sequência de microorganismos que decompõem a matéria orgânica, até o surgimento do produto final, o húmus maduro. • Revolvimento da pilha, no mínimo 3 revolvimentos no 1º mês, aos 7, 17 e 30 dias. Aproveitando para verificar a umidade e se necessário irrigar o material para torná-lo úmido. • Manter sempre a umidade adequada, entre 40 e 60 %, de modo que quando se aperte um punhado de composto na mão, pingue mas não escorra água. • No verão, se estiver a pleno sol, é bom cobri- lo com folhagens para evitar o exesso de evaporação de água. • O composto maduro tem cheiro agradável de terra vegetal úmida e os materiais utilizados formam uma massa escura na qual não se diferencia um material do outro. • Quando a temperatura no interior da pilha fica próxima ao da temperatura ambiente, pode-se considerar que o composto está maduro. • Uma forma simples de verificar a maturação do composto é misturando uma porção dele em um copo com água.
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