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Desenho de Maquinas, Notas de estudo de Engenharia Civil

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Tipologia: Notas de estudo

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Compartilhado em 23/02/2008

adalberto-mansano-10
adalberto-mansano-10 🇧🇷

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Baixe Desenho de Maquinas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! D i s c i p l i n a D E S E N H O D E M Á Q U I N A S 2 0 0 4 / 0 2 P r o f . F r e d e r i c o A . M . d o V a l e Aluno: _____________________________________________________________Mat. ____________________ SUMÁRIO Lista de tabelas IV 0 Introdução 1 Normas gerais do Desenho Técnico de Mecânico 1.1 Formatos, legenda, lista de peças, tipos de linha, letreiros, números, dobragem de folha 1.1 1.4 Dimensões normalizadas 1.4 1.5 Normas ABNT para o desenho técnico mecânico 1.5 1.6 Escalas normalizadas 1.6 1.7 Concordâncias 1.8 1.8 Projeções 1.10 1.8.1 Vistas ortogonais 1.8.1.1 Projeção no 1º diedro 1.12 1.8.1.2 Projeção no 3º diedro 1.13 1.8.2 Vista auxiliar 1.14 1.8.3 Vista com rebatimento 1.16 1.8.4 Sugestões para seleção de vistas 1.18 1.8.5 Exercícios 1.20 1.9 Corte e seção 1.9.2 normas e recomendações 1.32 1.9.3 Diferença entre corte e seção 1.34 1.9.4 Tipos de corte 1.35 1.9.5 Tipos de seção 1.37 1.9.6 Tipos de hachuras 1.39 1.9.7 Exercícios 1.42 1.10 Cotagem 1.10.1 Tipos de seta e de linha 1.44 1.10.2 Formas de cotagem em função do tipo de linha 1.44 1.10.3 Posição das cotas/linha de chamada 1.45 1.10.4 Distâncias na cotagem 1.45 1.10.5 Cotas de forma e de posição 1.45 1.10.6 Formas de cotagem: - Paralela 1.46 - Série 1.46 - Mista 1.46 - Coordenadas polares 1.47 - Coordenadas 1.47 - Aditiva 1.47 1.10.7 Simbologia na cotagem 1.48 1.10.8 Cotagem de, furo, eixo, arco de circulo,.... 1.10.8.1 Cotas de furo 1.48 1.10.8.2 Cotas de eixo 1.48 1.10.8.3 Cotas de arco de círculo 1.49 1.10.8.4 Cotas de chanfro 1.50 1.10.8.5 Cotas em meia-vista 1.50 1.10.8.6 Cotas em furos concêntricos 1.51 1.10.8.7 Cotas em pequenos detalhes 1.51 1.10.8.8 Cotas de superfícies esféricas 1.52 1.10.8.9 Cota de ângulo 1.53 1.10.8.10 Cotagem de treliças e de Tubulações Industriais 1.53 1.10.8.11 Erros mais comuns na cotagem 1.53 1.10.9 Exercícios 1.55 2 O desenho e os processos de fabricação 2.1 Perspectiva explodida 2.1 2.2 Desenho de conjunto e de detalhes 2.2.1 Desenho de conjunto 2.2 2.2.2 Desenho de detalhes 2.3 Lista de tabelas Tabela 1.1 Dimensões normalizadas 1.4 Tabela 3.1 Classes e valores correspondentes de rugosidade superficial 3.1 Tabela 3.2 A rugosidade e os processos de fabricação 3.3 Tabela 3.3 Passos padronizados de recartilhado 3.5 Tabela 3.4 Tipos de tolerância geométrica 3.6 Tabela 4.1 Comprimento padronizado de parafusos 4.30 Tabela 4.2 Dimensões padronizadas de contrapinos 4.32 Tabela 4.3 Diâmetros de furos de preparação para rosca triangular métrica 4.36 Tabela 4.4 Diâmetros de furos de preparação para rosca Whitworth 4.37. Tabela 4.5 Diâmetros de furos de preparação para rosca NC. UNC, UNF 4.37 Tabela 4.6 Diâmetro de furos sem rosca, para parafusos com rosca triangular Métrica, Whitowrth, NC... 4.38 Tabela 4.7 Dimensões padronizadas de rebites 4.43 Tabela 4.8 Dimensões da lingüeta 4.60 Tabela 4.9 Chaveta meia-lua 4.61 Tabela 4.10 Ranhuras para eixo 4.62 Tabela 4.11 Dimensões de pino cônico 4.63 Tabela 4.12 Dimensões de pino cilíndrico 4.63 Tabela 4.13 Dimensões de pino elástico 4.63 Tabela 4.14 Anel elástico externo 4.64 Tabela 4.15 Anel elástico interno 4.65 Tabela 4.16 Presilha 4.66 Tabela 4.17 Contra-pino 4.67 Tabela 5.1 Dimensões da garganta para polia V 5.7 Tabela 5.2 Módulos e passos diametrais normalizados 5.17 Tabela 5.3 Buchas 5.52 Tabela 5.4 Retentores 5.53 I N T R O D U Ç Ã O A expressão gráfica na forma de desenhos, talvez seja uma das mais antigas e universais atividades desenvolvidas pelo homem, na tentativa descrever as suas aventuras e contar a sua história. A expressão gráfica foi para o homem antigo uma necessidade como a caça, suas crenças e a guerra. Através de seus desenhos representou o que vivenciava, utilizando as paredes das cavernas, o couro dos animais, o papiro e muitos outros materiais. Em todos os tipos de expressão gráfica seja na pintura, na escrita ou nos desenhos, existe uma característica que é comum a todas elas: a necessidade de que aquela representação seja entendida por outras pessoas, mesmo aquelas artes mais abstratas. Este é o principal objetivo quando se redige um desenho: ele deve ser entendido por outras pessoas. O desenho técnico é a linguagem dos Engenheiros e Técnicos, ele está para estes profissionais como o nosso idioma está para as pessoas em geral. Não existe projeto mecânico nas áreas de fabricação, montagem e manutenção em que o engenheiro e o técnico, não utilizem a linguagem gráfica. Um desenho pode ser compreendido apenas pela sua forma, como mostrado na Figura 1, pela aplicação de uma norma (lei) como mostrado na Figura 2 , ou na maioria das vezes é interpretado utilizando as duas formas anteriores, como mostrado nas Figuras 3 , 4 e 5 . Deste modo, ao se redigir um desenho técnico, deve-se verificar, se as vistas, os cortes, as cotas e as indicações, são suficientes para que desenho alcance a finalidade a que se destina. Deve-se ter sempre em mente ao se redigir um desenho técnico, seja com instrumento convencional (esquadros, compasso, etc.), esboço a mão livre ou com o auxílio do computador, que será apenas através da leitura e interpretação correta do desenho, que o elemento mecânico ou máquina será construído, daí a necessidade de se ter conhecimento e o domínio das normas técnicas para que se possa redigir e interpretar os desenhos corretamente. Figura 1 - Tesoura Figura 2 - Cubo M6 Ø 40Ø 24 Ø 13 3, 88 2,1 16,8 29,4 5,6 broca Ø5 broca Ø21 M24 M24 Figura 3 - Engrenagem Figura 4 – Rosca interna Figura 5 – Rosca externa Desenho de máquinas – 2004/02 1.1 Formatos, legenda, tipos de linha, letreiros letras maiúsculas: ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXYZ letras minúsculas: abcdefghijklmnopqrstuvxyz números: 0123456789 1 ou 1 ou ou ou 3,5 2,5 3,5 1/21 1/2 1/2R 1 R Ø Ø 3,5 3,5 frações ordinárias e mistas UFPB - Universidade Federal da Paraiba Prof. Mat.Esc. Data Aluno: Redutor de Engrenagens Helicoidais Frederico Fábio 992013320/11/20002:1 Denominação Q Especificação e MaterialN M10x30 - Aço SAE 102010Paraf. Cab. Sextavada1 M10 - Aço - SAE 102010Porca Sextavada2 120 57 Helicoidais 20/11/2000 Redutor de Engrenagens Esc . Data2 : 1 Prof. Ma t . Fábio 9920133 Frederico Aluno: UFPB - Universidade Federal da Paraiba Aluno: Fábio Frederico 9920133 Ma t . Prof. Esc . 2 : 1 Data UFPB - Universidade Federal da Paraiba Redutor de Engrenagens 20/11/2000 Helicoidais Helicoidais 20/11/2000 Redutor de Engrenagens UFPB - Universidade Federal da Paraiba Data 2 : 1 Esc . Prof. Ma t . 9920133 Frederico Fábio Aluno: Paraf. Cab. Sextavada N Denominação 1 2 Porca Sextavada Q Especificação e Material 10 10 M10x30 - Aço SAE 1020 M10 - Aço - SAE 1020 N 10 10 Q 1 2 Porca Sextavada Paraf. Cab. Sextavada Denominação M10x30 - Aço SAE 1020 M10 - Aço - SAE 1020 Especificação e Material - A unidade de dimensionamento utilizada no desenho Técnico Mecânico é o milímetro. - Os formatos devem ser representados com sua maior dimensão na horizontal, com exeção do formato A4. Formato Dimensões Margem Orelha dobraX Y A0 A1 A2 A3 A4 841x1.189 594x841 420x594 297x420 210x297 10 25 25 25 25 25 185 185 185 192 297 297 297 10 10 10 5 Orelha M ar ge m Margem dobra X do br a Y A4 A3 A2 Dimensões da legenda Formato A0, A1 e A2 A2, A3 e A4 A4 e A5 L H 175 50 120 35 90 25 L 30 30 30 - A legenda deve vir sempre no canto inferior direito do formato. - A lista de peças deve vir ou acima da legenda, ou à sua esquerda. 5 8 51 52 Flange de tranmissão Roda de disco Ø20x3 - Aço SAE 1020 Ø50x10 - Aço SAE 1035 3 Arruela lisa 10 Ø10 - Aço SAE 1020 4 Suporte da bancada 5 fofo 5 Suporte da freza 5 fofo 6 Manivela 5 fofo 7 Eixo da manivela 5 Ø10x50 - Aço SAE 1020 8 Eixo da sapata 10 Ø35x100 - Aço SAE 1035 9 Alavanca de embreagem10 fofo 10 Flange de filtração 5 fofo 11 Corpo de vá lvu la 10 fofo 12 Junta univeral 10 fofo 13 Bucha cilíndrica 10 Ø20x25x22 - Bronze 14 Manivela de cotovêlo 8 A ç o 15 Porca quadrada 20 M12 - Aço - SAE 1020 16 Gaxeta de vedação 10 A ç o S A E 1 0 3 5 17 Estribo mestre 10 M10 - Aço - SAE 1020 18 Prato de munhão 3 fofo 19 Base da coluna 3 5 Aço SAE 120 20 Suporte de árvore 2 fofo 21 Cursor biselado 1 fofo 22 Forquilha de mudança 3 fofo 23 Junção transversal 2 fofo 24 Clipe de catenária 1 fofo 25 Braçadeira angular 3 fofo 26 Fixador de cabo 20 A ç o S A E 1 0 2 0 27 Espera de dobradiça 8 fofo 28 Flange suspenso 4 Ø20x15 - Aço SAE 1020 29 Tampa desl izante 10 Ø20x20 - Aço SAE1020 30 Apoio de t i rante 10 fofo 31 Chapa de união 10 fofo 32 Suporte angular 5 fofo 33 Porta fuso 15 Ø32x15 - Aço SAE 1035 34 Suporte de ventilador 3 fofo 35 Flange de válvula 10 fofo 36 Eng. cil reta 6 Ø120x34 - Aço SAE 1035 37 Eng. ci l . reta 6 Ø60x36 - Aço SAE 1035 38 Gancho 1 fofo 39 Suporte de polia 2 M10 - Aço - SAE 1020 40 Cubo da hélice 1 fofo 41 Placa de guia 6 fofo 42 Tampa de orifício 2 Ø20x12 - Aço SAE 1020 43 Cone deslizante 10 Ø14x18 - Aço SAE 1020 44 Anel 8 Ø12x2 - Aço SAE 1020 45 Braçadeira em gancho 2 fofo 46 Guia do eixo 10 Ø12x4 - Aço SAE 1035 47 Suporte de haste 1 fofo 48 Orelha angular 10 fofo 49 Luva dupla 5 fofo 50 Espaçador articulado 2 fofo - Todos os formatos com exerção dos menores que o A4 (A5, A6), devem ser dobrados como indicado na tabela abaixo (dobra X e dobra Y), ficando com as dimesões do formato A4 após dobrados; com exerção do formato A2 que é permitido ficar um pouco maior. 12 15 6 36 H 6 420 11 1 1 1/2 - Desenhos em papel vegetal não são dobrados, mas sim enrolados. 3,5 1 NORMAS GERAIS DO DESENHO TÉCNICO MECÂNICO 29 7 Paraf. Cab. Sextavada Porca Sextavada Denominação 2 1 N Q 10 10 Especificação e Material M10 - Aço - SAE 1020 M10x30 - Aço SAE 1020 Nota: a altura das letras e números indicados nesta folha, é apenas uma sugestão razoável para ser utilizada em desenhos redigidos em formatos A3, A4 e até A2. A altura da letra é função da dimensão gráfica do desenho. Portanto mesmo num forma- to A3, pode-se utilizar números e le- tras com alturas maiores. linha larga linha estreita lista de peças legenda Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico1.4 1.4 – Dimensões normalizadas utilizadas no Desenho Técnico Mecânico Tabela 1.1 – Dimensões normalizadas DIMENSÕES NORMALIZADAS - NBR 6404/92 - ( milímetro ) 0,1 1 10 100 370 105 375 1,1 11 110 38 380 115 390 0,12 1,2 12 120 0,4 4 40 400 125 410 13 130 42 420 135 430 1,4 14 140 44 440 145 4,5 45 450 1,5 15 150 46 460 155 470 0,16 1,6 16 160 48 480 165 490 17 170 0,5 5 50 500 175 52 520 1,8 18 180 53 530 185 5,5 55 550 19 190 56 560 195 58 580 0,2 2 20 200 0,6 6 60 600 21 210 62 2,2 22 220 63 630 23 230 65 650 24 240 67 670 0,25 2,5 25 250 68 26 260 70 700 270 71 710 2,8 28 280 72 290 75 750 0,3 3 30 300 78 310 0,8 8 80 800 315 82 3,2 32 320 85 850 330 88 34 340 9 90 900 3,5 35 350 92 355 95 950 36 360 98 As dimensões na tabela acima estão apresentadas de quatro maneiras diferentes, altura grande, altura pequena, negrito e claro, de forma a estabelecer um critério de seleção. Quanto maior (em altura) e em negrito a dimensão se apresentar, mais esta dimensão terá prioridade sobre uma outra. Ex.: Entre 35 mm e 36 mm, deve-se escolher 36 mm. Entre 78 mm e 80 mm, deve-se escolher 80 mm. Entre 13 mm e 14 mm, deve-se escolher 14 mm. Entre 16 mm e 14 mm, deve-se escolher 16 mm Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.5 1.5 Relação de algumas normas utilizadas no Desenho Técnico Mecânico, fornecidas pela: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - www.abntdigital.com NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos técnicos NBR 10067 Princípios Gerais de representação em desenho técnico NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenhos técnicos NBR 10126 Cotagem em desenhos técnicos NBR 8196 Emprego de escala NBR 11534 Representação de engrenagens em desenho técnico NBR 10582 Apresentação de folha para desenho técnico NBR 11145 Representação de molas em desenho técnico NBR 12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico NBR 8993 Representação de partes roscadas em desenho técnico NBR 10647 Desenho técnico NBR 10068 Folhas de desenho, leiaute e dimensões NBR 12288 Representação simplificada de furo de centro em desenho técnico NBR 7165 Símbolos gráficos de solda NBR 14220-2 Mancais de deslizamento NBR 1414611 Representação simplificada de estruturas metálicas NBR 14957 Representação de recartilhado Desenho de Máquinas – 2004/02 1.6 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.6 – Escalas 1.6.1 Escalas padronizadas Definição de escala Escala = d d G R dR - Dimensão real (cota) dG - Dimensão gráfica (dimensão em escala natural de qualquer linha representada em uma folha) Escalas padronizadas para o desenho Técnico Mecânico Redução Natural Ampliação 1:2 1:1 2:1 1:5 5:1 1:10 10:1 1:20 20:1 1:100 100:1 1:200 200:1 1:500 500:1 1:1000 1.000:1 1.6.2 Utilização do escalímetro: Para ler ou redigir desenhos com auxílio de um escalímetro, é necessário saber que: 1o – Identificar visualmente se o desenho foi reduzido, ampliado ou está representado na escala natural 2o – As indicações de escala existentes nos escalímetros vendidos no comércio só contêm escala de redução, 1:2; 1:2,5; 1:50;1:100; 1:1000; 1:75; 1:125, etc, 3o – Todos os escalímetros existentes no sistema ISO são baseados no metro. 1.6.2.1 Leitura com Escalas de redução. Tome como exemplo a peça abaixo, Figura 1.6.1 , que foi redigida numa escala de 1:20, significa que a peça foi desenhada vinte vezes menor do que ela realmente é, uma leitura com um escalímetro 1:20 deve ser realizada da seguinte forma: 1o Determinar quanto vale a menor divisão do escalímetro: verifique quantas divisões existem de 0 a 1m (existe escalímetro indicando de 0 a 10m, e de 0 a 100m, deve-se proceder da mesma forma), neste caso existem 50 divisões, logo cada divisão vale 0,02 metros, (no de 0 a 10 valeria 0,2 m e no de 0 a 100 valeria 2m), 2o Contamos quantas divisões existem de zero até o final da peça, no exemplo abaixo são 65 divisões, 3o A dimensão real da peça é 1,3 metros que é resultado do produto de 65 (número de divisões no escalímetro do início ao final da peça) vezes 0,02 metros (valor da menor divisão deste escalímetro). Figura 1.6.1 – Escala de redução Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.9 1.7.2 - Determinação do centro (Circuncentro) e do raio de um arco que passa por três pontos não colineares. 1-Dados os pontos P1, P2 e P3, Figura1.7.1 , trace segmentos de reta ligando os pontos P1, P2 e P3, como mostrado na Figura 1.7.2 Figura 1.7.1 Figura 1.7.2 3- Determine as mediatrizes, pontos B e C dos segmentos P1P2 e P2P3,, por estas mediatrizes levante perpendiculares a cada segmentos de reta, Figura 1.7.3 . da Figura 1.7.2 Figura 1.7.3 4- O ponto de intercessão determinado pelas perpendiculares, determina o centro do arco (O). Para determinar o raio basta medir a distância do centro determinado a qualquer dos pontos dados. Nota: O processo pode ser o inverso, ser dado um arco qualquer de uma circunferência e se determinar o seu raio e centro. Para isto basta marcar sobre este arco ou circunferência, três pontos quaisquer e o problema será resolvido da forma idêntica à anterior, Figura 1.7.3 . 1.7.3 Traçar uma curva reversa (curva em forma de S), de raios iguais ou diferentes 1 - Dados a reta r2, a semi-reta r1 e os raios dos arcos R1 e R2 da curva reversa, levantar uma perpendicular pelo ponto A, sobre esta perpendicular marcar uma distância igual a R1 determinando o ponto O1 Figura 1.7.4 . 2 - Levantar uma perpendicular à reta r2 por qualquer ponto desta. Marcar sobre esta perpendicular a distância R2. Trace uma reta auxiliar paralela à reta r2 por este ponto, Figura 1.7.4 . 3- Trace uma circunferência com centro em O1 e raio igual a R1+R2, este arco irá interceptar a reta auxiliar paralela a r2 no ponto O2, Figura 1.7.5. Figura 1.7.4 Figura 1.7.5 4- Levantar uma perpendicular a r2 que passe, por O2 para determinar o ponto de tangência B, Figura 1.7.6 . 5- Ligue O1 a O2, Figura 1.7.6 e trace uma circunferência com centro em O2 e raio R2, esta circunferência irá interceptar o segmento de reta que liga O1 a O2,, determinando o ponto de tangência D, Figura 1.7.6. Trace um arco circunferência com centro em O1 e raio R1, de A até D completando o processo, Figura 1.7.7 .. Figura 1.7.6 Figura 1.7.7 Desenho de Máquinas – 2004/02 1.10 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.8 Projeções Existem três tipos de projeções utilizadas pelos engenheiros, arquitetos e técnicos, para representar um objeto tridimensional no plano: 1- Projeção ortogonal - Nesta forma de projeção, o objeto tem uma de suas faces posicionada paralelamente ao plano de projeção, e os raios luminosos incidentes vindos de uma fonte no infinito se projetam perpendiculares ao plano e à face do objeto, Figura. 1.8.1. Neste grupo estão as Vistas ortogonais, os Cortes e as Vistas auxiliares. 2- Projeção axométrica, que se subdivide em: 2.1 – Projeção obliqua ou cavaleira. - Nesta forma de projeção, o objeto tem uma de suas faces posicionada paralelamente ao plano de projeção como na projeção ortogonal, mas os raios incidentes vindos da fonte luminosa no infinito, projetam-se obliquamente (angulo # 90o) sobre a face e sobre o plano de projeção, Figura 1.8.2 . 2.2 – Projeção axométrica ortogonal. - Nesta forma de projeção, os raios luminosos incidem perpendicularmente no plano de projeção como na projeção ortogonal, mas o objeto tem as suas faces posicionadas obliquamente (angulo # 90o) em relação a este plano, Figura 1.8.3 . Neste grupo estão as perspectivas Isométrica, Dimétrica e Trimétrica. - 3-Projeção cônica. - Nesta foram de projeção, os raios luminosos provêm de uma fonte próxima ao objeto, desta forma os raios incidentes sobre este e sobre o plano de projeção não são paralelos, como nos casos anteriores, mas formam um cone de luz. Na Figura 1.8.4 , está sendo apresentado o retorno da luz aos olhos do observador e não os raios incidentes. G H I J K L 90° A B C DF E A B C F D G H I J K Figura 1.8.1 – Projeção ortogonal Figura 1.8.2 – Projeção oblíqua 90° A G H I J K D C B F E Figura 1.8.3 – Projeção axométrica Figura 1.8.4 – Projeção cônica Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.11 No Desenho Técnico Mecânico é empregado principalmente a projeção ortogonal nos desenhos para fabricação de peças e máquinas, as projeções axométricas são utilizadas para dar um melhor entendimento a respeito do aspecto final da máquina ou da peça. Dentre as projeções axométricas, a perspectiva cavaleira é excelente para esboço a mão livre e a perspectiva isométrica para desenho com instrumento, seja no computador através da computação gráfica seja na tradicional prancheta com esquadros e compasso. Atualmente com a utilização da computação gráfica na representação de objetos em 3D e no desenho de sólidos, possibilitou a obtenção da perspectiva cônica de forma muito simples, fazendo com que este tipo de desenho deixasse de ser uma atribuição de especialistas. Perspectiva Cavaleira: - As reduções no eixo de “fuga” (eixo Z), mais utilizadas são: 1/3, 1/2 ou 2/3. A 30o A 45o A 60o Perspectiva Isométrica: - Não existe redução entre um eixo e outro Como desenhar círculos em perspectiva: A B CD E F G Reta perpendicular ao segmento CG, passando pela mediatriz de CG. Reta paralela ao lado DC, passando pela mediatriz do sgmento BC. Reta perpendicular ao segmento BF, e passando pela medriatriz de BF. Reta paralela ao lado AB, passando pela mediatriz do segmento FG. Cavaleira Isométrica Desenho de Máquinas – 2004/02 1.14 Normas gerais de Desenho Técnico Mecânico 1.8.2 Vistas auxiliares 1.8.2.1 Planos de projeção PF - Plano Frontal PH - Plano Horizontal PP - Plano de Perfil PQA - Plano Qualquer Auxiliar PF - Observe que tanto o arco como o furo existentes na peça se apresentam defor- mados, não representando suas verdadeiras grandezas, o que pode provocar dúvidas quando da cotagem destes elementos. Desta forma se faz necessário o uso da vista auxiliar, para que estes detalhes sejam representados em verdadeira grandeza e pos- sam desta forma serem cotados. PF PH PP Figura 1.8.5 – Projeção sem plano auxiliar Seleção de um Plano Qualquer Auxiliar Para selecionar um Plano Qualquer Auxiliar, deve-se escolher um plano que seja ao mesmo tempo, perpendicular a um dos planos principais de projeção e paralelo à superfície que se quer visualizar em verdadeira grandeza. Preferencialmente deve- se projetar no plano auxiliar, apenas a superfície da peça que é paralela a este plano, interrompendo a vista com uma linha de ruptura curta a partir deste ponto, ver Figura 1.8.6. Neste exemplo o plano auxiliar escolhido é perpendicular ao Plano Frontal. - Nota: As vistas auxiliares, podem ser em qualquer número, e podem ser projetadas no 1o ou no 3o diedros. Quando no 3o deve ser indicado claramente no desenho esta condição, através de uma seta perpendicular ao plano auxiliar e com uma letra maiúscula sobre a seta, ver Figuras 1.8.8 e 1.8.9. PF Nes te plan o o fu ro e o arc o e stão rep res ent ado s ver dad eira gra nde za. PP PH PF PQ A V.A Figura 1.8.6 - Projeção com plano qualquer auxiliar Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.15 1.8.2.2 Exemplo de vistas auxiliares Figura 1.8.7 - Vistas auxiliares no 1º diedro Figura 1.8.8 - Vistas auxiliares no 3º diedro B Visto de B B Visto de B Figura 1.8.9 - Vista auxiliar no 3º diedro Figura 1.8.10 – Vista auxiliar no 1º diedro Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais de Desenho Técnico Mecânico1.16 1.8.3 – Vista com rebatimento (rotacionada) Em algumas situações a representação de peças pode fugir das regras da projeção ortogonal, com a finalidade de facilitar o entendimento e simplificar o desenho. Quando uma peça pode rotacionar em torno de um centro teórico, e desta forma ser representada em diversas posições sem que este fato altere o entendimento da peça, esta peça pode ser representada com uma vista rotacionada. Exemplo 1: A peça balancim mostrada abaixo, pode ser representada como mostrado na Figura 1.8.11 ou como na Figura 1.8.12, isto porque ela tem um centro teórico de rotação, podendo girar em torno deste centro. Figura 1.8.11 – Projeção ortogonal Figura 1.8.12 – Projeção ortogonal Em peças com esta característica, deve-se escolher a representação por vista rotacionada em vez de vista auxiliar, e no exemplo em questão o desenho deve se apresentar como mostrado na Figura 1.8.13, rotacionando a parte inclinada em relação ao centro de rotação da peça. Nota: não é necessário representar a linha fantasma Figura 1.8.13 – Projeção rotacionada Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.19 4o Elementos que possuem forma de "domínio público" (que todos reconhecem), como por exemplo: tesoura, alicate, chave de fenda e de boca, serrote, etc, devem ter para vista principal, aquela pela qual as pessoas identificam estes objetos. Vista principal Figura 1.8.20 – Peças com forma de domínio público 1.7.4.2 – Escolha das outras vistas 1o Uma vez escolhida a vista principal, a seleção das outras vistas virá da experiência e da observação detalhada da peça. Um opção inicial é, verificar se a peça possui em suas diversas superfícies arcos de circunferência, ou qualquer outra curva ( parábola, elipse, etc.) que necessite ser visualizada em verdadeira grandeza, em caso afirmativo, deve-se representar nos planos principais ou nos planos auxiliares, a superfície da peça que contém este arco ou curva para que possam ser cotadas sem deixar dúvidas quanto à sua verdadeira forma. Figura 1.8.21 – Seleção da segunda vista Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas Gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.31 1.9 Corte e seção A execução do corte no Desenho Técnico Mecânico, tem dois objetivos principais: primeiro, é realizado no desenho de conjunto para permitir a visualização de todas as peças, facilitando o seu entendimento, segundo, no desenho de detalhes para permitir a cotagem de detalhes ocultos, uma vez que no Desenho Técnico Mecânico não é permitido cotar arestas ocultas, Figura 1.9.2a . Um conjunto de peças unidas, representadas apenas por suas vistas ortogonais e auxiliares, dependendo de sua complexidade se tornaria em alguns casos de difícil interpretação, observe no desenho de conjunto abaixo representado na Figura 1.9.1b., como as peças de números 1, 2 e 3 ficam perfeitamente definidas no corte, enquanto na representação em vista, Figura 1.9.1a, esta definição é bastante difícil ou até impossível. a - Representação em vista b - Representação em corte Figura 1.9.1 – Desenho de conjunto a – Representação em vista b – Representação em corte Figura 1.9.2 – Desenho de detalhes 1.9.1 Mecanismo do corte: Para que se possa visualizar os detalhes interiores de uma peça, esta deve ser secionada por um plano secante α, como mostrado na Figura 1.9.3 . Figura 1.9.3 – Mecanismo do corte Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico1.32 Numa representação em vista, o corte anterior ficaria como representado na Figura 1.9.4 , onde o plano secante α é representado pelo seu traço (linha traço ponto, larga), e as setas indicam o sentido de visualização. Pode-se efetuar mais de um corte numa única peça, sendo cada corte independente do anterior, cada corte é efetuado como se a peça não tivesse sido secionada anteriormente. Normalmente no desenho técnico o corte substitui uma das vistas existentes, ocupando a posição desta sempre que isto não contribua para uma interpretação errada da peça, quando a substituição não for possível, deve-se deixar a vista e representar o corte ao lado desta. Figura 1.9.5 – Representação do corte em projeção ortogonal 1.9.2 Normas e recomendações 1.9.2.1 No Desenho Técnico existem dois tipos de corte: o corte longitudinal (corte B-B), e o corte transversal (corte C-C). Alguns elementos mecânicos não devem ser cortados por planos que os secionem longitudinalmente, de uma maneira geral estes planos são os que mostram a maior área da peça hachurada, Figura 1.9.6 (a). É necessário uma especial atenção para esta convenção, para não interpretar erradamente o desenho de uma peça. (a) (b) Figura 1.9.6 – Corte longitudinal e corte transversal 1.9.2.2 Elementos mecânicos que não devem ser seccionados longitudinalmente. - esfera - pino - orelha - dente de engrenagem - nervura - contrapinos - chaveta - dente de roda dentada - eixo - braços - rebites - - parafuso Nota: Caso estas peças possuam detalhes em seu interior que justifiquem um corte longitudinal, este deve ser representado, e de preferência deve ser um corte parcial. Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas Gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.35 1.9.4 Tipos de corte - Na representação em corte, deve-se iniciar preferencialmente pelos que secionam a peça complemente como: Corte Total, Corte em Desvio, Corte com Rebatimento e Meia-vista Meio-corte. O corte Parcial deve ser a última opção escolhida. - Corte Total: O plano de corte seciona complemente a peça sem sofrer desvio. Figura 1.9.13– Corte total - Corte em desvio: tem-se neste caso vários planos paralelos secionando a peça. O desenho mostrado na Figura 1.9.14 representa um corte em desvio, neste exemplo temos três planos paralelos. Nem sempre é possível executar este tipo de corte, após algumas modificações nesta peça, Figura1.9.15, pode-se observar que esta já não pode ser cortada pelo plano em desvio F-G, uma vez que não foi possível desviar o plano antes do detalhe que se quer mostrar no corte, provocando uma vista deficiente, desta forma para esta peça, tem-se que realizar dois cortes totais, FF e EE, Figura 1.9.16. Figura 1.9.14 – Corte possível Figura 1.9.15 – Corte impossível Figura 1.9.16 – Peça com dois cortes totais Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico1.36 Meia vista-meio corte: deve ser utilizado apenas em peças simétricas , onde se representa, metade da peça em corte e a outra metade em vista. As aresta invisíveis de ambos os lados devem ser evitadas a não ser que seja essencial para o entendimento do desenho. Não é necessário indicar o traço do plano. Ver exemplos mostrado nas figuras abaixo. Figura 1.9.17 – Meia-vista meio-corte em um pistão Figura 1.9.18 – Meia-vista meio-corte em uma Contra – ponta - Corte Parcial: é representado na própria vista onde se encontra o detalhe que se quer mostrar. Geralmente não se indica o traço do plano de corte. Se assemelha a uma peça quando quebrada e é limitado por uma linha de ruptura curta e pelo contorno da peça. Geralmente é realizado nas peças que não devem ser cortadas longitudinalmente. Figura 1.9.19 – Corte parcial em um Eixo Figura 1.9.20– Corte parcial em uma Rosca Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas Gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.37 - Corte com rebatimento: deve ser utilizado apenas em peça que possuam centro de rotação, a forma de projetar é idêntica à forma utilizada na projeção com rebatimento vista anteriormente. Figura 1.9.21 – Corte com rebatimento em um Balancim Figura 1.9.22– Corte com rebatimento numa Polia para Correia Trapezoidal 1.9.5 Tipos de Seção Todos os elementos mecânicos podem ser secionados, com exceção da esfera Figura 1.9.23 – Seção em um eixo Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico1.40 Nota - Em peças de pequena espessura gráfica, é permitido preencher a seção com hachura sólida, e quando em desenho de conjunto deve-se separa-las por um espaço denominado linha de luz, Figura 1.9.28, distanciando uma peça da outra de 1 mm, esta distância não deve ser alterada por efeito de escala. Figura 1.9.28 – Linha de luz, aplicada em peças de pequena espessura - Em peças de grande dimensão gráfica, é permitido hachurar apenas o contorno da peça, Figura 1.9.29. Figura 1.9.29 – Peça com grande dimensão gráfica - Não coincidir a direção das hachuras com a direção da linha de cota, nem interceptar a dimensão com as hachuras, Figura 1.9.30. Figura 1.9.30– Inclinação das hachuras em relação às cotas Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas Gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.41 - A inclinação das hachuras não devem coincidir com o contorno da peça, Figura 1.9.31. Errado Correto Correto Errado Errado Figura 1.9.31– Inclinação das hachuras em relação ao contorno da peça 1.9.6.2 Tipos de hachuras Figura 1.9.32 – Tipos de hachuras Desenho de Máquinas – 2004/02 1.44 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.10 Cotagem A cotagem e a escolhas das vistas que irão compor um desenho, são os dois itens que mais exigem conhecimentos e experiência do engenheiro mecânico na área do Desenho Técnico. Influenciam na forma de cotar e na seleção das vistas: o processo de fabricação, a montagem, o contrôle de qualidade, a manutenção, além das normas técnicas específicas do Desenho Técnico Mecânico. Portanto cotar não é distribuir cotas em qualquer vista aleatoriamente. Na cotagem de peças mecânicas, deve-se preferencialmente colocar a dimensão o mais próximo possível do detalhe que se está cotando, mesmo que para isto se deva cotar sobre a vista ou entre as vistas. No Brasil os Desenhos Técnicos Mecânicos devem ter suas cotas expressas em milímetro, não necessitando portanto indicar esta unidade nas cotas dos desenhos, Figura 1.10.1 , quando as dimensões não estiverem em milímetro, deve-se indicar ao lado da dimensão a unidade na qual está sendo cotada, ver Figura 1.10.2 , ou na legenda ou uma nota próximo do desenho, Figura 1.10.3 . 15 55 106 17 1/2" 2" 4" 11 /1 6" 1,5 5, 5 10,6 1, 7 Nota: todas as cotas em metro Figura 1.10.1 – Cotas em milímetro Figura 1.10.2 – Cotas em polegada Figura 1.10.3 – Cotas em metro 1.10.1 Seta, linha de cota e de chamada (extensão) O tipo de linha utilizado para linha de cota e para linha de chamada, é a linha estreita , e na extremidade da linha de cota deve vir uma seta, que deve tocar a linha de chamada ou o detalhe que se está cotando, Figura 1.10.4 . Formas corretas das setas Formas incorretas das setas Figura 1.10.4 – Tipos de seta 1.10.2 Formas de cotagem em função do tipo de linha de cota: Linha contínua: As cotas horizontais devem vir sempre acima da linha de cota, e as cotas verticais à esquerda da linha de cota , Figura 1.10.5 . Linha interrompida, existem duas formas: - Todas as cotas têm a direção da linha de cota, Figura 1.10.6 . - Todas as cotas têm direção horizontal, Figura 1.10.7 . 20 46 55 ° 200 13 060 140 80 45 20 0 80 55° 45 46 2013060 200 200 140 Figura 1.10.5 Figura 1.10.6 Figura 1.10.7 Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.47 4 – Cotagem em coordenadas polares: Este tipo de cotagem deve ser utilizada quando os detalhes a serem cotados estiverem todos a uma mesma distância do centro de uma circunferência. Deve conter o raio do arco que passa pelos centro dos detalhes, o ângulo que referencia a posição do detalhe na peça e a dimensão do detalhe Incorreto Correto Correto Figura 1.10.22 – Cotagem e m coordenadas polares 5 - Cotagem por coordenadas: Deve ser utilizada de preferência em desenhos de peças em cuja fabricação se utilizará maquinas CNC (máquinas ferramentas de comando numérico). O referencial X,Y não deve ser representado no desenho, mas deve ser escolhido de forma a não apresentar coordenadas negativas. Figura - 1.10.32 – Cotagem por coordenadas 6 - Cotagem aditiva: É um sistema de cotagem em paralelo, deve ser utilizada em situações em que o sistema de cotagem normal em paralelo, visto anteriormente se mostre ineficiente (de maneira geral não deve ser utilizado). Figura 1.10.33 – Cotagem aditiva No X Y φ 1 89,3 318,3 84 2 348,2 318,3 84 3 491,0 318,3 54 4 678,5 318,3 54 5 491,0 193,3 100 6 678,5 193,3 100 7 491,0 71,4 36 8 491,0 678,5 80 9 0 419,4 - 10 755,9 419,4 - 11 755,9 0 - 12 413,7 0 - 13 413,7 217,1 - 14 0 217,1 - Desenho de Máquinas – 2004/02 1.48 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.10.7 Simbologia utilizada na cotagem: R – Notação para raio de arco de circunferência, de preferência para arcos de raio maior que 10mm r – Notação para raio de arco de circunferência, de preferência para arcos de raio menor que 10mm φ - Símbolo de diâmetro de circunferência  - Notação para peças de seção quadrada 20 – Uma barra sobre uma dimensão, indica que ela está fora de escala L – Para indicar cantoneira L – Exemplo. L20x20x3 P-PB-128 H – Para indicar vigas H – Exemplo: H 100 L P-PB-126, onde o “L” indica perfil leve I – Para indicar vigas I – Exemplo: I 200 L P-PB-125, onde o “L” indica perfil leve 1.10.8 Cotagem de furo, eixo, arcos de circunferência, chanfro..... 1.10.8.1 - Cotagem de furo: a posição do furo deve ser cotada sempre pelo seu centro, e o diâmetro de preferência na vista em que se apresenta a seção circular , Figura 1.10.13, quando não for possível, cota-se em outra vista, acrescentando-se o símbolo φ antes da dimensão, Figura 1.10.14. ‘ Fig 6 Fig. 7 Figura 1.10.13 – cotagem de furo na seção do furo Figura 1.10.14 – Cotagem do furo em outra vista 1.10.8.2 Cotagem de Eixo e de Cone: a cotagem da posição do um eixo e do cone, deve ser feita quando necessário, no desenho de conjunto, sempre pela linha de eixo do elemento, Figura 1.10.15, e as cotas de diâmetro, no desenho de detalhe, na vista onde está representada a altura do eixo ou do cone, Figura 1.10.16. Figura 1.10.15 – Cotagem da posição do eixo Figura 1.10.16 – Cotagem do diâmetro do eixo Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.49 1.10.8.3 Cotagem de arcos de circunferência: Tanto a posição do centro do arco, como a dimensão do raio do arco, devem ser cotados na vista em que se apresenta o arco do círculo. - Quando as linha de centro do arco estiverem representadas, pode-se omitir o símbolo R antes da dimensão, Figura 1.10.17. - Quando as linhas de centro não estão representadas, deve-se colocar o símbolo R antecedendo a dimensão, Figura 110.18 . Figura 1.10.17 – Cotagem com centro definido Figura 1.10.18 – Cotagem com centro indefinido Nota: Ao se cotar arcos de circunferência, deve-se de preferência colocar a dimensão do arco, a seta e a linha de cota, do lado em que se encontra o centro do arco. Correto Correto Evitar Correto Figura 1.10.19 – Posicionamento da cota de arco de circunferência 1.10.8.3.1 Cotagem de grandes arcos de circunferência: R 20 R20 31 4 74 200 11 6 44 9, 51 20 332 46 7 R3 00 196,48 85 ,5 6 9 6, 29 R 60 6,73 Forma correta Forma correta Forma correta Desenho de Máquinas – 2004/02 1.52 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico Figura 1.10.27 – Cotagem de pequenos detalhes em série Figura 1.10.28 – Cotagem de cantos “filetados” 1.10.8.8 Cotagem de superfícies esféricas: Figura - 1.10.29 Desenho de Máquinas – 2004/02 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico 1.53 1.10.8.9 Cotagem de ângulo: Figura – 1.10.30 1.10.8.10 Cotagem de treliças e de tubulações industriais : São os dois únicos elementos do Desenho Técnico Mecânico, no qual é permitido cotar na peça. Figura 1.10.31 1.10.8.13 Erros comuns na cotagem: a) Errado b) Errado c) Correto Figura - 1.10.34 – Errado, as linhas de chamada estão longe do detalhe em (a) e não estão numa mesma linha em (b) Desenho de Máquinas – 2004/02 1.54 Normas gerais do Desenho Técnico Mecânico a) Errado b) Errado c) Correto Figura 1.10.35 – Errado, as cotas estão muito próximas do contorno em (a) e sobre o contorno da peça em (b) a) Errado b) Correto c) Errado d) Correto Figura 1.10.36 – Errado, a cota de diâmetro está sobre um dos eixos em (a) e a cota do arco não toca o contorno em (b) a) Errado b) Errado c) Errado d) Correto Figura 1.10.37 – Errado, as setas não tocam a linha de chamada em (a) e ultrapassam a linha de chamada em (b) e (c) a) Correto b) Errado Figura 1.10.38- Errado, as linhas de chamada interceptam a linha de cota em (b) a) Errado Figura 1.10.39 – errado, as cotas estão à direita e abaixo das linhas de cota em (a) Desenho de Máquinas – 2004/02 O desenho e os processos de fabricação 2.3 Desenho de detalhes - Figura 2.2.2 Neste tipo de desenho seja no esboço ou no desenho com instrumento, as peças são representadas separadamen- te, estando contemplado todos os detalhes das peças de forma a permitir a sua fabricação. 1. o desenho de detalhe, deve apresentar vistas (inclusive aresta invisíveis), cotas, cortes, seções, indicações e no- tas. 2. a posição na folha e a seqüência do desenho das peças no desenho de detalhes, pode ser qualquer uma, não tendo nenhuma relação com a posição que a peça ocupa no desenho de conjunto, nem com o seu funcionamento. 3. apenas peças não padronizadas devem ser representadas no desenho de detalhes. Se uma peça padronizada preci- sar ser modificada, esta deve ser desenhada, constando no desenho as cotas e informações necessárias a fim de que se possa efetuara esta modificação. 4. O número da peça no desenho de detalhes deve ser o mesmo que consta no desenho de conjunto. 5. cada peça representada no desenho de detalhes pode ser desenhada em folha individual ou todas as peças numa única folha, e cada peça pode ser representada numa escala específica. 6. o desenho de detalhes apresentará legenda com o nome da máquina que consta no desenho de conjunto e lista de peças. Na lista de peças constará apenas a denominação e as especificações das peça desenhadas na folha. 11 99 45 furos Ø2 17 Ø 14 Ø 24 15 3 M9 r3 1x45° 1x45° r2 r3 3 R2 4 M9LH Ø26 Ø32 16 Ø22 Ø55 4 Porca direita 1 Aco-Ø24x17 40 40 M9LH 1 2 3 4 Aco-Ø9x150 Aco-Ø55x100 Aco-Ø24x17 Cubo1 1 Porca esquerda Eixo 3 2 1 1 EspecificacãoQDenominacãoN Desenhista Resp. Téc. EIXO DIANTEIRO DE 1/2 Esc: BICICLETA UFPB 8 ° M9 14 9 9.0 Figura 2.2.2 – Desenho de detalhes Desenho de Máquinas – 2004/02 2.4 O desenho e os processos de fabricação 2.3 Plano de usinagem 2.3.1 – Um plano de usinagem é constituído por: desenho de conjunto, desenho de detalhes e plano de usinagem propria- mente dito. 2.3.1.1 - - Desenho de conjunto e de detalhes. A A Aço 1020- 30x470mm11 Especificação e MaterialQDenominaçãoN Frederico Sargento 12/11/20041:2 10311450 10311371 Tibério Roosevelt Mat. Prof.: DesenhistasData Esc. UFPB - Universiade Federal da Paraíba 2 4 3 1 1 1 Disco Haste Parafuso Barramento em U Aço 1020 - Ø69x5mm Aço 1020 - Ø30x211mm Aço 1020 - Ø10x115mm Corte A-A 1 2 3 4 Figura 2.3.1 – Desenho de conjunto 1.2 Barramento em U UFPB - Universiade Federal da Paraíba Esc. Data Desenhistas Prof.: Mat. Roosevelt Tibério 10311371 10311450 1:2 12/11/2004 Sargento Frederico N Denominação Q Especificação e Material 1 1 1.3 1.4 1.1 40 120 20 0 165 105 30 5 10 ° 90° 8 A A B B Seção A-A Seção B-B 1 M 20 2 8 90° 3 3 58,50 1,5 60° Esc. 2:1 Aço 1020- 30x470mm Ø30 M20 Ø 10 207 15 30 168,5 163,5 Ø 30 Ø11 8 Rebater as extremidades na montagem Ø 10115 Esfera R30 5 17 Ø11 Aço 1020 - Ø10x115mm Aço 1020 - Ø30x211mm Aço 1020 - Ø69x5mm Parafuso Haste Disco 1 1 13 4 2 UFPB - Universiade Federal da Paraíba Esc. Data Desenhistas Prof.: Mat. Roosevelt Tibério 10311371 10311450 1:1 12/11/2004 Sargento Frederico N Denominação Q Especificação e Material Rebater na Montagem 3 4 2 Figura 2.3.2 – Desenho de detalhes da peça 1 Figura 2.3.2 – Desenho de detalhes das peças 2,3 e 4 Desenho de Máquinas – 2004/02 O desenho e os processos de fabricação 2.5 2.3.1.2 - - Plano de usinagem. O plano de usinagem de cada peça deve vir em folha específica, Figuras 2.3.3, 2.3.4, 2.3.5, 2.3.6, 2.3.7, 2.3.8 e 2.3.9, é constituído pelo desenho de detalhe da peça, e pela seqüência de operações que deve ser seguidas pelo operador da má- quina ferramenta durante a usinagem desta. Observe que as dimensões das peças não são necessariamente idênticas às do desenho de detalhes na folha anterior. - Plano de usinagem da peça 1 11 Especificação e MaterialQDenominaçãoN FredericoSargento 12/11/20041:1 10311450 10311371 Tibério Roosevelt Mat. Prof.: DesenhistasDataEsc. UFPB - Universiade Federal da Paraíba Barramento em U 40 Ø30 M201.1 r0, 25 1,35 60 ° 2, 5 Esc. 5:1 5-Cortar a peça no comprimento indicado, 4-Abrir rosca interna M20, 3-Abrir furo passante com broca de 17,5mm, 2-Fazer furo de centro, 1-Prender a peça na placa de três castanhas, centrar e facear, 6-Soldar esta peça à peça 1.2. Aço 1020- Ø30x40mm 11 Especificação e MaterialQDenominaçãoN FredericoSargento 12/11/20041:1 10311450 10311371 Tibério Roosevelt Mat. Prof.: DesenhistasDataEsc. UFPB - Universiade Federal da Paraíba Barramento em U 1.2 117,88 30 45° 30 8 45° C C Seção C-C 1-Aplainar um paralepípedo de 30x117,88mm 2-Fazer a inclinação de 45° em uma das extremidades da peça 3-Chanfrar a 45° para a solda com a devida altura indicada no desenho, na mesma extremidade da inclinação 4-Soldar a extremidade inclinada à peça 1.3 e a outra extremidade à peça 1.1 Aço 1020- 30x118mm Figura 2..3.3 – Plano de usinagem da peça 1.1 Figura 2.3.4 – Plano de usinagem da peça 1.2 45° 30 Barramento em U UFPB - Universiade Federal da Paraíba Esc. Data Desenhistas Prof.: Mat. Roosevelt Tibério 10311371 10311450 1:1 12/11/2004 Sargento Frederico N Denominação Q Especificação e Material 1 1 195,75 45 ° 45 ° A A B B Seção A-ASeção B-B 30 8 81.3 4-Soldar uma das extremidade da peça à peça 1.2 e a outra à peça 1.4. as duas extremidades da peça. 3-Chanfrar a 45° para a solda com a devida altura indicada no desenho, 2-Fazer a inclinação de 45° nas duas extremidades da peça. 1-Aplainar um paralepípedo de 30x195,76mm Aço 1020- 30x196mm 58,50 162,88 1,5 60° 60 11 Especificação e MaterialQDenominaçãoN Frederico Sargento 12/11/20041:1 10311450 10311371 Tibério Roosevelt Mat. Prof.: DesenhistasDataEsc. UFPB - Universiade Federal da Paraíba Barramento em U 30 1.4 45° Seção D-D 45°8 D D 30 10 ° 1-Aplainar um paralepípedo de 30x162,88mm 2-Fazer a inclinação de 45° em uma das extremidades da peça, e de 10° na outra extremidade. 3-Chanfrar a 45° para a solda com a devida altura indicada no desenho, na extremidade inclinada. 4-Fazer ranhuras na face da peça de acordo com o desenho. 5-Soldar a extremidade inclinada de 45° à peça 1.3. Aço 1020- 30x163mm Figura 2.3.5 – Plano de usinagem da peça 1.3 Figura 2.3.6 – Plano de usinagem da peça 1.4 Desenho de Máquinas – 2004/02 Indicações 3.1 3 INDICAÇÕES Indicações são sinais e informações acrescentadas aos desenho mecânicos, que especificam uma condição que deverá ser obtida pela peça durante sua fabricação. 3.1 Indicação de rugosidade superficial no desenho Técnico Mecânico – NBR 6405-88 Rugosidade superficial é o conjunto de irregularidade microgeométricas resultante na superfície de um elemento mecânico após sua fabricação. A unidade de rugosidade superficial é o micrometro ( 1µm = 10-3 milímetros). 3.1.1 Sinal gráfico utilizado para indicar rugosidade: Sinal básico Sinal com retirada de material Sinal sem retirada de material Figura 3.1.1 – Sinal gráfico para indicação da rugosidade Tabela 3.1 – Classes e valores correspondentes de rugosidade superficial CARACTERÍSTICAS DA RUGOSIDADE (Ra) Classes de rugosidade Desvio médio aritmético Ra (µm) N 12 N 11 N 10 N 9 N 8 N 7 N 6 N 5 N 4 N 3 N 2 N 1 50 25 12,5 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,025 3.1.2 Formas de indicação da rugosidade 3.1.2.1 A rugosidade pode ser indicada pelo seu valor, por um intervalo ou pela sua classe, Figura 3.2 . Figura 3.1.2 – Formas de indicação da rugosidade Desenho de Máquinas – 2004/02 3.2 Indicações 3.1.2.3 Quando houver a necessidade da retirada de material da superfície da peça, para se atingir uma determinada rugosi- dade, esta rugosidade deverá ser representada, como na Figura 3.1.3 , quando a remoção do material não for permitido para que a rugosidade seja atingida, esta deverá ser representada como na Figura 3.1.4 . Figura 3.1.3 – Com retirada de material Figura 3.1.4 – Sem retirada de material 3.1.2.4 Quando houver necessidade de indicar a direção das estrias deixadas na superfície durante o processo de polimento deve-se proceder das formas indicadas na Figura 3.1.5. O símbolo = indica que as estrias são parale- las ao plano de projeção sobre o qual o sím- bolo é aplicado. Observe que as estrias não são visíveis a olho nu, no exemplo ao lado isto foi feito ape- nas para uma melhor compreensão desta sim- bologia. O símbolo ⊥ indica que as estrias são perpen- diculares ao plano de projeção da vista sobre o qual ele é aplicado. Quando as estrias em função do processo de fabricação devem ficar cruzadas em duas dire- ções oblíquas, o símbolo indicado no lado di- reito da rugosidade é um X. Figura 3.1.5 – Indicação das estrias 3.1.2.5 Para indicar o processo de fabricação da peça ou um tratamento químico, termo-químico ou térmico, deve-se proce- der de acordo com as formas apresentadas abaixo: Figura 3.1.6 – Exemplo de indicação de tratamento térmico, e de processo de fabricação Desenho de Máquinas – 2004/02 Indicações 3.3 3.1.2.6 Quando o valor da rugosidade for o mesmo em diversas superfícies da peça, indicar como mostrado na Figura 3.1.8 . Figura 3.1.7 Figura 3.1.8 3.1.3 Exemplos de leitura de rugosidade: Quando o sinal da rugosidade é indicado como mostrado na Figura 3.1.9 , deve-se ler que todas as superfícies da peça (superfícies internas e externas), deverão ter rugosidade Ra=6,3µm, com retirada de material. Quando o sinal da rugosidade é indicado como mostrado na Figura 3.1.10, deve-se ler que toda a peça (superfícies externas e interna) tem rugosidade Ra=12,5µm, exceto nas superfícies onde estiver indicado rugosidades Ra=1,6µm e Ra=6,3µm, com retirada de material. 6,3 6,3 1,6 12,5 ( 6,3 1,6 ), Figura 3.1.9 Figura 3.1.10 3.1.4 A rugosidade e os processo de fabricação O objetivo da inclusão da Tabela 3.2 abaixo, tem por objetivo informar ao engenheiro ou técnico a rugosidade esperada em diversos processo de fabricação, de forma a poderem decidir se determinada peça deverá sofrer algum tratamento ou opera- ção posterior para que atinja seus objetivos funcionais. Tabela 3.2 – A rugosidade e os processos de fabricação Simbologia antiga 50 6,3 0,8 0,1Rugosida máxima correspondente Classes de rugosidade N1N2 N3N4N5N6N7N8M9N10N11N12 Rugosidade máxima 50 25 12,5 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,025 RUGOSIDADE ESPERADA EM ALGUNS PROCESSOS Serrar Limar Plainar Tornear Furar Alargar Fresar Brochar Raspar Retificar Polir Lapidar Rugosidade realizavel com usinagem comum Rugosidade realizavel com cuidados e metodos especiais Desenho de Máquinas – 2004/02 3.6 Indicações 3.4 Indicação de tolerância geométrica São erros de fabricação ligados a forma, a orientação e a posição dos elementos mecânicos. Desta forma uma peça pode está dimensionalmente bem fabricada, mas ser geometricamente mal fabricada. Quando se abre um furo numa peça com uma broca por exemplo, aparecem erros de perpendicularidade entre a superfície na qual o furo foi aberto e o eixo do furo; de circularidade, decorrente da excentricidade e vibração da broca e do mandril por exemplo. Estes erros assim como os erros dimensionais estão sempre presentes na fabricação e na montagem de peças mecânicas, cabe ao engenheiro avaliá-los e considerá-los na hora de projetar uma máquina ou um componente mecânico. Nota: A unidade de tolerância geométrica é o milímetro Exemplo de erro geométrico: 3.4.1 Tipos de Tolerância Geométrica Tabela 3.4 – Tipos de tolerância geométrica Simetria TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE POSIÇÃO Posição de um elemento Coaxialidade TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE ORIENTAÇÃO Paralelismo Perpendicularidade Concentricidade Inclinação TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE OCILAÇÃO (Batimento) Batimento Forma de linha qualquer Cilindricidade Circularidade Retitude Planeza Forma de superfície quanquer TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE FORMA Desenho de Máquinas – 2004/02 Indicações 3.7 3.4.2 Sinal gráfico para cotagem de tolerância geométrica e para o referencial O sinal gráfico para a cotagem da tolerância geométrica deve vir sempre paralelo à legenda, e a seta em sua extremidade posicionada perpendicularmente à superfície cotada, Figura 3.4.1 , exceto em cotagem radiais, onde a seta tem a direção da cota de diâmetro (45o). O referencial deve ter a base do triângulo apoiada sobre a superfície de referência., Figura 3.4.2 . Quando a seta do sinal ou do gráfico ou o referencial tocar a superfície da peça ou na linha de extensão desde que não seja no prolongamento da linha de cota, é porque a tolerância deverá ser medida em relação na superfície ou do referencial indicado, Figura 3.4.4 . Quando a seta ou o referencial tocar o eixo da peça ou a linha de extensão no prolongamento da cota, é porque a tolerância deverá ser medida em relação ao eixo ou a linha média da peça, Figura 3.4.3. símbolo da tolerância valor em miímetro da tolerância referencial quando necessário Figura 3.4.1 - Sinal gráfico Figura 3.4.2 - Referencial 3.4.3 – Indicação e interpretação de tolerância geométrica de forma 3.4.3.1 Retitude: Uma peça será considerada "reta", se o seu erro estiver dentro do campo da tolerância (t), onde este campo é definido por um retângulo de comprimento igual ao trecho que se quer medir a retitude e de altura igual a t. 0,5 0,5 Ø 5 Ø 5= 0,5 0,5 Ø 5 Ø 5= Figura 3.4.3 – Em relação ao eixo ou linha média Figura 3.4.4 – Em relação à superfície 3.4.3.2 Planeza: Uma determinada superfície de uma peça será considerada "plana" para uma determinada utilização, quando o erro estiver dentro do campo da tolerância. Este campo está compreendido entre dois planos ideais paralelos, distanciados da tolerância (t). Desenho de Máquinas – 2004/02 3.8 Indicações 3.4.3.3 Circularidade: Uma peça será considerada circular, quando o círculo real ficar compreendido entre duas circunferências concêntricas ideais distanciadas radialmente da tolerância (t). 3.4.3.4 Cilindricidade: Uma peça será considerada cilíndrica, se o erro de cilindricidade for inferior à tolerância indicada. O cilindro real deve se encontrar entre dois cilindros ideais, que se encontram separados radialmente de uma distância igual à tolerância (t). 3.4.3.5 Forma de linha qualquer: A tolerância de forma para o perfil de forma qualquer de um elemento, é definida por duas linhas imaginárias, cuja distância ente si é determinada por uma circunferência de diâmetro t, que tem o seu centro se deslocando sobre o perfil teórico desejado. 3.4.3.6 Forma de superfície qualquer: É semelhante ao caso anterior, apenas que serão duas superfícies imaginárias que têm os seus contornos definidos por uma esfera de diâmetro (t) e que tem o seu centro se deslocando sobre uma superfície teórica. Desenho de Máquinas – 2004/02 Indicações 3.11 Figura 3.4.7 – Indicação de tolerância de localização 3.4.5.2 Concentricidade: É indicado normalmente em peças com formas circulares concêntricas, de pequena espessura, para quantificar o erro admissível ligado à excentricidade deste elemento. O erro de Concentricidade é medido em relação ao centro teórico da circunferência, Figuras 3.4.8 (a), (b), e (c). A Ø0,05 A 3,3 3020 D Ø0,05 D Ø 78 Ø 60 Ø 70 12 8,4 G Ø0,05 G 6 25 Ø 77 Ø 32 R5 20 R26,7 7 (a) Arruela (b) Tampa (c) Flange Figura 3.4.8 – Indicação de concentricidade 3.4.5.3 Coaxialidade: É indicado normalmente em peças com formas cilíndricas escalonadas, para quantificar o erro admissível ligado à excentricidade deste elemento. O erro de Coaxialidade é medido em relação ao eixo teórico do elemento cilíndrico, Figuras 3.4.9 (a) e (b). KØ0,02 K 0,02 K 47A Ø 64 0,1 A Ø 40 2x45° (a) (b) Figura 3.4.9 – Indicação de coaxialidade 3.4.5.4 Simetria: Em alguns elementos mecânicos a condição de simetria é necessária para o seu bom funcionamento, seja um rasgo, ranhura, furo, etc. Como a simetria também é um conceito teórico não realizável na prática, torna-se necessário indicar uma tolerância para esta condição, que é conseguida quando o eixo de simetria real da peça fica no interior do campo de tolerância definido por duas retas paralelas ou dois planos ideais, simétricos em relação ao eixo de simetria de referência . Desenho de Máquinas – 2004/02 3.12 Indicações Figura – 3.4.10 – Indicação de tolerância de simetria 3.4.6 Indicação e interpretação de tolerância geométrica de oscilação 3.4.6.1 Oscilação (ou batimento): Este erro aparece nas peças mecânicas apenas quando estas são submetidas a movimento rotativo sem deslocamento axial (na direção do eixo), é um erro que pode ser provocado pela não circularidade/cilindricidade, ou pela excentricidade do elemento. Este erro pode ser radial, Figura 3.4.11, quando é medido na direção do diâmetro da peça, ou axial quando medido na direção do eixo da peça, Figura 3.4.12,ou os dois ao mesmo tempo. Figura 3.4.11 – Indicação de oscilação radial Figura 3.4.12 – Indicação de oscilação Axial 3.5 - Exemplos de aplicação de Tolerância Geométrica Freza de topo Broca helicoidal - Na peça mostrada na Figura 3.4.10, os centros dos furos de diâmetro 17 mm e 30 mm, devem situar-se entre dois planos ideais paralelos e simétricos em relação ao eixo de simetria de referência, distanciados da tolerância 0,1 mm.. Desenho de Máquinas – 2004/02 Indicações 3.13 Válvula Eixo Disco de Freio Desenho de Máquinas – 2004/02 3.16 Indicações g) Descreva numa linguagem técnica, o que significam cada uma das seguintes indicações no Desenho Técnico Mecânico: Em X 0,5 φ30h7 300 6,3 6,3 15 = temperado e revenido Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.1 4 ELEMENTOS DE UNIÃO 4.1 Hélice É a curva descrita por um ponto no espaço, animado de movimento de rotação e de translação em torno de um cilindro ou de um cone imaginário. A HÉLICE é uma curva de grande importância para a engenharia e em particular para a engenharia mecânica. Através de seus princípios foram idealizadas as roscas, as engrenagens helicoidais, os camos helicoidais, os fusos, os cabos de aço, as pás dos ventiladores e as hélices dos aviões, apenas para citar alguns elementos. 4.1.1 Elementos da Hélice: Ph - Passo da hélice: distância percorrida axialmente por qualquer ponto da hélice, enquanto completa uma volta em torno do eixo. dp - Diâmetro efetivo: diâmetro do cilindro imaginário ou diâmetro imaginário local do cone, em torno do qual a hélice se desenvolve. β - Ângulo da hélice: ângulo da reta tangente à hélice em qualquer ponto desta, medido em relação ao eixo imaginário do cilindro ou do cone Sentido da hélice: esquerda ou direita Figura 4.1 – Hélice em perspectiva Figura 4.2 – Hélice no plano Desenho de Máquinas – 2004/02 4.2 Elementos de união 4.1.1 Desenho da hélice no plano 1 - Desenhe um cilindro de altura igual ao passo da hélice (por exemplo 100 mm) e de diâmetro igual ao diâmetro efetivo da hélice (por exemplo 40 mm), em seguida divida a circunferência e a altura do cilindro em 12 partes iguais (quanto maior o número de divisões melhor) 2 - Levante perpendiculares pelos pontos marcados sobre o eixo, em seguida trace re- tas paralelas ao eixo do cilindro passando pelas divisões marcada sobre a circunfe- rência, estas retas se interceptarão nos pontos (0-0, 1-1, 2-2, 3-3, etc.) 3 - Ligue os pontos primeiro manualmente e em seguida ajuste com curva francesa ou flexível, no CAD utilize uma polilinha. A hélice desenhada é direita. Para ser esquerda, tornar visíveis os pon- tos 12-12,11-11, 10-10, etc. Figura 4.1.3 – Desenho “exato” de uma hélice no plano 4.2 Rosca A roca é um dos componentes mecânicos que utilizam a hélice como princípio fundamental, sendo um dos elementos mecâ- nicos mais importante e comum na engenharia mecânica. Definição: é a curva descrita no espaço por um conjunto de pontos no interior de uma área com forma definida previamente, animados de movimento de rotação e de translação, em torno de um cilindro ou de um cone. 4.2.1 Elementos da rosca: dd Ph In t E xtp P β crista do filete raiz do filete flanco do filete d Figura 4.2.1 – Elementos da rosca Diâmetro externo = dext. Diâmetro interno = dint. Diâmetro efetivo ou do flanco = dp Ângulo da hélice =       = − Ph d tg p π β 1 , Esquerda ou direita Passo da hélice (Ph): distância axial (direção da linha de eixo) percorrida pelo filete em uma volta completa = Ph Passo da rosca (P), distância axial (direção da linha de eixo) medida de um filete a outro = P Número de entradas (N) = Ph P Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.5 1 1' 1" Ph=P 1' Ph=2P 1 1" P Ph=3P 1 1' 1" P Nota: Em teoria não existe limitação para o número de entradas de uma rosca, mas na prática este número geralmente é menor do que dez entradas 4.2.6 Como desenhar roscas simples, múltiplas, direita ou esquerda. 1o - No desenho de qualquer tipo de rosca, seja simples ou múltipla, o primeiro ponto a ser marcado será sempre a metade do avanço (Ph/2) da rosca e o segundo será o avanço (Ph), os pontos seguintes tanto à esquerda como à direita destes pontos, serão sempre iguais ao passo da rosca (P). primeiro ponto P P P P P P P P Ph Ph/2 P PPP Figura 4.2.11 – Primeiro ponto para o traçado da rosca - Nas roscas simples ou de uma entrada, o avanço é igual ao passo da rosca (Ph=P), é o tipo de rosca mais comum. - Nas roscas duplas ou de duas entradas o avanço é igual a duas vezes o passo da rosca (Ph=2P), ela possui duas hélices de mesmo avanço, de mesmo passo de rosca e de mesmo sentido. - Nas roscas triplas ou de três entra- das, o avanço é igual a três vezes o passo da rosca (Ph=3P), ela possui três hélices de mesmo avanço, de mesmo passo de rosca e de mesmo sentido. Desenho de Máquinas – 2004/02 4.6 Elementos de união 2o - Se a rosca for direita, o primeiro ponto será marcado na parte de “baixo” do cilindro, Figura 4.2.12, para que o filete fique inclinado para esquerda, se a rosca for esquerda marca-se o primeiro ponto na parte de “cima” do cilindro, Figura 4.2.13, para que o filete fique inclinado para a direita. Primeiro ponto Figura 4.2.12 – Hélice direita Figura 4.2.13 – Hélice esquerda 4.2.7 Formas de representação de rosca: Representação “Exata” - Neste tipo de representação desenham-se as hélices, Figura 4.2.14. É pouco utilizada, a não ser para um trabalho de ilustração. Figura 4.2.14 – Representação exata da rosca Representação simplificada - Neste tipo de representação, as hélices são substituídas por linhas retas, Figura 4.2.15. Sempre que for necessário desenhar uma rosca, deve-se utilizar este tipo de representação. Isto acontece principalmente quando temos que desenhar componentes mecânicos não padronizados como fusos ou sem-fins, cujas roscas sejam: Trapezoidal, Quadrada, ou Dente de Serra, ou quando a rosca do elemento mecânico vai ser usinada no torno mecânico, independendo do tipo da rosca, se Métrica, UNC, Whitworth, etc. Figura 4.2.15 – Representação simplifica da rosca Representação convencional - Neste tipo de representação as hélices e o perfil do filete não são representados, aparecendo apenas o diâmetro interno e o diâmetro externo da rosca. É sempre utilizada em elementos roscados padronizados, como parafusos e porcas, Figura 4.2.16, ou no desenho de fusos, com trecho muito longo de ros- ca, do tipo trapezoidal, quadrada ou dente de serra, onde um pequeno trecho da rosca é representada na forma simplificada e o restante é representado na forma convencional, Figura 4.2.17. Figura 4.2.16 – Elemento padronizado Figura 4.2.17 – Elemento não padronizado Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.7 4.2.8 Cotagem de rosca 4.1.8.1 Na cotagem de roscas a primeira indicação deve ser sobre o perfil do filete da rosca: Tipo do perfil Indicação Triangular métrica M Whitworth W Whitworth Gás WG Unificada grossa UNC Unificada fina UNF Unificada extra-fina UNEF Quadrada Q Dente de Serra S Trapezoidal Tr 4.2.8.2 A segunda será o diâmetro nominal da rosca: deverá vir em seguida à letra que representa o perfil da rosca Exemplo: M12 - rosca triangular métrica de diâmetro 12 mm W1/2" - rosca Whitworth de meia polegada de diâmetro UNC1/2” - rosca unificada grossa de meia polegada de diâmetro 4.2.8.3 Passo da rosca: As roscas podem ser de passo normal Figura 4.2.18 ou de passo fino, Figura 4.2.192. M 10 1,5 (0,75) M 10 x0 ,7 5 Figura 4.2.18 – Rosca de passo normal Figura 4.2.19 – Rosca de passo fino 1 - Componentes mecânicos padronizados (parafusos, porcas, tarraxas e machos): Se a rosca for de passo normal, o passo da rosca não deve ser indicado na cotagem, Exemplo: M2 - rosca triangular métrica de diâmetro 2mm, (passo normal) W1/2” - rosca Whitworth de diâmetro 1/2”, de passo normal (12 fios/polegada) UNC 1/2” - rosca unificada grossa de diâmetro 1/2”, de passo normal (12 fios/polegada) Se a rosca for de passo fino, obrigatoriamente o passo da rosca deverá ser indicado na cotagem, logo em segui- da ao diâmetro desta, separado por um x, Exemplo: M3x0,35 - rosca de diâmetro 3mm e passo 0,35mm, (passo fino) W1/2”x16 - rosca Whitworth de diâmetro 1/2”, com 16 fios/polegada UNF 1/2x20 - rosca unificada fina de diâmetro 1/2”, com 20 fios/polegada 2 - Elementos mecânicos roscados não padronizados, como os fusos, e parafusos sem-fim, cujas roscas sejam tra- pezoidal, dente de serra ou quadrada, o passo da rosca deve vir sempre indicado no desenho. Exemplo: Tr25x6 - rosca trapezoidal de diâmetro 25mm e passo 6 mm Q30x5 - rosca quadrada de diâmetro 30mm e passo 5 mm S50x8 - rosca dente de serra de diâmetro 50mm e passo 8mm Desenho de Máquinas – 2004/02 4.10 Elementos de união 4.2.9.2 Rosca triangular métrica externa Dados: M1,6LH 1-com as características da rosca, retiradas da Página 4.19, e com os dados fornecidos, determinam-se: Ph=P=0,35 mm (rosca com uma entrada) H/8=0,038 mm H1=0,189 mm r=0,051 mm Rosca esquerda 2-traçar a linha de eixo e as linhas do diâmetro externo (d=1,6 mm), Figura 4.2.24. 3-marque as distâncias H/8 e H1 , como mostrado na Figura 4.2.24. 4-como a rosca é esquerda, marque o primeiro ponto (1o’ = Ph/2) da hélice imaginária em “cima”, no diâmetro fundamental (linha fantasma) para que o filete fique inclinado para a direita. Em seguida marque o avanço da rosca Ph em “baixo” na linha fantasma determinando o segundo ponto da hélice (1o”= Ph). O passo da rosca (P) deve ser marcado tantas vezes quantas forem necessários, à direita e à esquerda a partir do primeiro ponto e do segundo ponto, ver Figura 4.2.25. 5-traçar a hélice imaginária ligando os pontos 0o, 1o, e 2o, Figura 4.2.25. 6-desenhe o perfil do filete, traçando retas inclinadas de 60o em relação ao eixo da rosca, Figura 4.2.26, tomando como referência os pontos marcados anteriormente (passo da rosca) no diâmetro fundamental. 7-apague as linhas de construção, Figura 4.2.26. 8-trace as hélices simplificadas da rosca, ligando os pontos 1, 1’ e 1”, do diâmetro externo. Neste exemplo o trecho 1’1”, é invisível, mas nem sempre isto acontece, dependendo do ângulo da hélice da rosca, partes da hélice neste trecho pode aparecer, deve-se verificar sempre. Trace as hélices simplificadas do diâmetro interno, ligando os pontos 2, 2’, e 2”, o trecho 2’2” é sempre invisível. O desenho deve está agora como mostrado na Figura 4.2.27. 9-Para concluir o desenho da rosca, execute o corte parcial mostrado Figura 4.2.27, com a finalidade de representar as características do filete da rosca. O perfil arredondado do pé do filete só deve ser representado no local do corte parcial, nos demais deve-se representar em quina viva. Feito isto o desenho deve ser cotado. Se a rosca for de passo normal, o passo da rosca deve vir cotado no corte parcial da rosca, ver Figura 4.2.28. Se for uma rosca múltipla ou uma rosca de passo fino, o passo da rosca não deve ser cotado no corte parcial, pois este já vem indicado na cota de diâmetro da rosca, ver Figuras 4.2.29 e 4.2.30. Figura 4.2.24 Figura 4.2.25 Figura 4.2.26 Figura 4.2.27 Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.11 Figura 4.2.28 – Cotagem da rosca com passo normal Figura 4.2.29– Cotagem da rosca com passo fino Figura 4.2.30 – Cotagem da rosca múltipla Desenho de Máquinas – 2004/02 4.12 Elemento de união 4.2.9.3 Rosca trapezoidal externa Dados: Tr50x24P12 1-com as características da rosca trapezoidal retiradas da Página 4.21 e com os dados fornecidos, determinam-se: d=50mm Ph= 24 mm P= 12 mm H= 22,392 mm H1= 6,5 mm Rosca direita, com duas entradas. 2-traçar a linha de eixo da rosca e seu diâmetro externo, (d=50 mm), Figura 4.2.31. 3-marcar as distâncias H1/2 e H1 a partir do diâmetro externo e marcar H/2 a partir do diâmetro do flanco, como mostra a Figura 4.2.31. 4-como a rosca é direita, marcar o primeiro ponto (1o’ = Ph/2) em “baixo”, no diâmetro fundamental (linha fantasma), para que o filete fique inclinado para a esquerda. Em seguida marcar o segundo ponto (1o”= PH) “em cima” no diâmetro fundamental (linha fantasma). Marque o passo da rosca tantas vezes quantas forem necessárias, à direita e à esquerda, a partir do primeiro e do segundo ponto, ver Figura 4.2.32. 5-traçar a hélice fundamental (linha fantasma) ligando os pontos 1o, 1o’ e 1oº, Figura 4.2.32. 6-desenhar o perfil do filete, traçando retas inclinadas de 75o em relação ao eixo da rosca como mostrado na Figura 4.2.33, repetir o procedimento para todos os pontos marcados no diâmetro fundamental. 7-traçar as hélices simplificadas do diâmetro externo, ligando os pontos 1, 1’ e 1”, e as hélices simplificadas do diâmetro interno, ligando os pontos 2, 2’ e 2”, como mostrado na Figura 4.2.34. 8-repetir o procedimento para todos os filetes, apagar as linhas de construção, realizar um corte parcial para cotar os elementos do perfil da rosca, Figura 4.2.35. O desenho ficará como mostrado na Figura 4.2.36. Figura 4.2.31 1° 1°" 1°' P=12 Ph=24 P=12P=12 Ø 50 Ph/2=12 P=12P=12 Figura 4.2.32 75 ° 75° 1° 1°" 1°' Figura 4.2.33 Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.15 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 1°"1° 1°' 3° Figura 4.2.40 1°' 1° 1°" 2"1 2 6 2'1' 1" 3" 3' 3 Figura 4.2.41 +0 ,0 0 -5 0, 00 18,10+0,00-50,00 R2 ,98 3°30° S 70 x7 2P 24 LH 0,05 Figura 4.2.42 – Cotagem da rosca Dente de Serra Desenho de Máquinas – 2004/02 4.16 Elementos de união 4.2.9.5 Exercício sobre desenho de rosca Classe: Rosca Externa I – M1,75x0,35LH II - Q150x132P40 III - Tr50x42P14 H1 =0,189 mm, H/8=0,038 mm, r=0,050 mm, H=0,303mm H = 26,124 mm, H1 = 8 mm 1 2 3 4 5 6 1 M1LH Q18x14P7 Tr18x18P6 S20x5LH W1/8” NC1/4”LH 2 M1x0,2 Q6x2LH Tr25x16P8LH S80x60P20 W3/16”LH NC5/16” 3 M1x0,75P0,25 Q40x28P14LH Tr30x9 S50x10 W1/4” NC3/8”LH 4 M3LH Q18x7 Tr40x40P10 S160x60P30 W5/16”LH NC7/16” 5 M5x0,5LH Q30x36P12 Tr50x28P14 S65x16LH W3/8” NC1/2”LH 6 M5 Q120x35LH Tr38x245P12 S45x40P10 W7/16”LH NF1/4”x28 7 M2,2x0,25 Q80x25LH Tr60x64P12LH S25x14P7 W1/2” NF5/16”x24LH 8 M6x0,75LH Q80x50P25 Tr100x30LH S70x36P18 W1/4”x24LH NF3/8”x24 9 M1,2x0,2 Q50x15LH Tr42x30P10 S65x32P16LH W5/16”/22 NC7/16”x20LH 10 M3x1,5P0,5 Q100x30LH Tr100x60P30 S120x22LH W3/8”x20LH NF1/2”x20 11 M6LH Q60x72P18LH Tr70x36P18 S115x24 W7/16”18 NC9/16”LH 12 M1,2LH Q10x4LH Tr55x48P16 S80x40P20 W1/2”x16LH NC5/8” 13 M4 Q65x18LH Tr120x70P35LH S115x48P24 W5/8” NC11/16”LH 14 M1,8x0,20LH Q90x84P28 Tr160x30 S25x14P7LH W3/4”LH NC3/4” 15 M5x3,2P0,8 Q140x40LH Tr60x32P16LH S35x8 W7/8” NC13/16”LH 16 M2,2x1,35P0,45 Q100x90P30LH Tr55x16 S25x7 W1”LH NC7/8” 17 M3x1,05P0,35LH Q90x28 Tr100x30 S30x16P8LH W5/8”x14 NC1”LH 18 M1,8 Q8x3LH Tr120x70P35LH S40x18P9LH W3/4”x12LH NF1”x12 19 M6LH Q24x30P10 Tr80x22LH S140x52P26 W7/8”x11 NF7/8”x14LH 20 M2,5x0,7P0,35 Q60x18LH Tr120x35LH S30x16P8 W1”x10LH NF3/7”x16 21 M5x0,5LH Q70x20 Tr18x18P6LH S140x52P26 W3/16” NF5/8”18LH 22 M2LH Q12x15P5 Tr42x20P10LH S140x26 W1/4”LH NF9/16”x18 23 M6x1,5P0,75LH Q160x50 Tr32x30P10LH S70x20 W5/16” NF1/4”LH 24 M1,2x0,8P0,2 Q12x10P5LH Tr40x10 S100x20LH W3/8”LH NF5/16” 25 M2,5 Q16x6LH Tr42x30P10LH S140x78P26 W7/16” NC3/8”LH 26 M2,2LH Q30x1 Tr140x160P40LH S90x40P20 W1/4”x26LH NC3/8 27 M1,8x0,9P0,3 Q24x10LH Tr50x28P14 S140x104P26LH W1/4”x26 NC1/2”LH 28 M3x0,35 Q140x120P40LH Tr45x24P12LH S70x18 W3/8”x20LH NC1-1/8” 29 M2x0,8P0,4 Q70x20LH Tr40x10 S120x66P22 W7/16”x18 NF1-1/8”x12LH 30 M2,5x0,3 Q90x56P28LH Tr32x30P10LH S40x9 W1-1/8”LH NC1-1/4” Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.17 4.2.9.6 Exercício sobre cotagem de rosca 1 - Cote as seguintes roscas: (verifique se são de rosca de passo normal ou fino), consulte as Tabelas 4.2, 4.3 e 4.4. a - uma rosca triangular métrica de diâmetro nominal 20 mm, passo 2,5 mm, duas entradas, rosca esquerda b - rosca triangular métrica de diâmetro nominal 20 mm, passo 1mm, com uma entrada, rosca esquerda c - rosca triangular métrica de diâmetro nominal 20 mm, passo 2,5 mm, com uma entrada, rosca esquerda d - rosca trapezoidal de diâmetro nominal 100 mm, passo 20 mm, com três entradas, rosca direita e - rosca Whitworth de diâmetro nominal 5/16", 18 fios por polegada, com uma entrada, rosca direita 2 - Quais os elementos devem ser citados quando da cotagem convencional da rosca? 3 - Quando devemos representar uma rosca na forma simplificada, e quando devemos representa-la na forma convencional? 4 - Quais os elementos da hélice? 5 - Qual o passo de uma rosca que tem 40 fios por polegada? 6 - Um parafuso de diâmetro 20 mm tem comprimento de rosca igual a 100 mm. Se o passo deste parafuso é 0,1mm, quantas voltas são necessárias para retira-lo completamente do furo? 7 - Um parafuso de diâmetro 12 mm, tem comprimento de rosca igual a 200 mm. Se o passo deste parafuso é 0,2 mm, quantas voltas são necessárias para retirar completamente este parafuso? 8 - Um parafuso de diâmetro 10 mm, tem avanço de 0,5 mm e passo 0,1mm. O seu comprimento de rosca é de 25 mm. Quantas voltas são necessárias para retirar este parafuso completamente? 9 - Explique porque um parafuso M12 não serve para ser colocado numa porca M12x1. 10 - Procure verificar porque um parafuso com rosca W1/2” não serve para uma porca UNC1/2”. 11 - Determine o ângulo de hélice da rosca Tr20x6. Qual o ângulo de hélice do diâmetro externo e do diâmetro interno. Porque estes três ângulos são diferentes? 12 – Qual das roscas abaixo está cotada corretamente. , Q 20 x5 Tr 30 x8 P 2 M 30 x4 P 2 M 30 x2 13 - Nos desenhos abaixo temos um fuso e a representação de três roscas internas. Identifique qual rosca interna serve para o fuso. Fuso Desenho de Máquinas – 2004/02 4.20 Elementos de união 4.2.10.3 Perfil da rosca Whitworth Conjunto Altura do triângulo fundamentas = h= 0,96049 P Altura do filete = F = 0,64033 P r = 0,13733 P P = 25 40095, Z , onde Z é o número de filetes por polegada. Nota: no desenho de rosca, Whitworth, deve-se representar o pé e a crista do filete arredon- dados, apenas no local do corte parcial. Rosca Interna Rosca Externa Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.21 4.2.10.4 Perfil da rosca Unificada americana: NC (UNC), NF (UNF) e NEF (UNEF) ri i t 60° h t P Rosca Interna ci D Rosca interna P t t h 60° r ce re e ce d Rosca ExternaRosca externa Conjunto P = 25,4/N N = número de filetes por polegada H = 0,86603 P hi = 0,54127 P he = 0,61343 P tci = 0,21651 P tce = tri = 0,10825 P tre = 0,14434 P rce = 0,108 P Nota: no desenho das roscas Unifi- cada Americana, deve-se represen- tar o pé do filete arredondado ape- nas no local do corte parcial. Desenho de Máquinas – 2004/02 4.22 Elementos de união 4.2.10.5 Perfil da rosca trapezoidal (NF E 03-004) Rosca interna Rosca externa Conjunto H = 1,866 P, altura do triângulo fundamental H1 = 0,5 P + b P 1,5 2 a 5 6 a 12 14 a 40 b 0,15 0,25 0,5 1 Passos padronizados: 5-6-7-8-9-10-12-14-16-18-20-22-24-26 Nota : Caso o passo seja maior do que 40 mm, utilizar b=1 mm Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.25 4.3.3 Desenho de conjunto Com furo roscado passante Com furo roscado cego Com furo passante sem rosca Desenho de Máquinas – 2004/02 4.26 Elementos de união 4.3.4 Seqüência de traçado para junta parafusada de diversos tipos. L L L dd d d L Lado da raiz Paraf. Passante Paraf. Fixação Praf. PrisioneiroParaf. Fixação Paraf. Fixação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 d d d LL d dd d d Parafusos de uma maneira geral: Parafuso Prisioneiro: L1 =L3+(8 a 9 )P e L2=L3+(3 a 4 )P L1 =L3+(8 a 9 )P e L2=L3+(3 a 4 )P d1=1,1d 0,5d ≤ L3 ≤ d – para aços e fofo 1,5 d ≤ L3 ≤ 2,0 d –para aços e fofo d2=0,8d d ≤ L3 ≤ 1,5 d – para materiais macios 2,0 d ≤ L3 ≤ 2,5 d –para materiais macios Desenho de Máquinas – 2004/02 Elementos de união 4.27 4.3.5 Desenho de detalhes das peças da Página 4.26, para parafusos com rosca M24. Nota: O diâmetro da broca para o furo com rosca é retirado das Tabelas 4.2, 4.3 ou 4.4 , e o diâmetro da broca para furo sem rosca para passagem do parafuso, deve ser retirado da Tabela 4.5. M24 broca Ø21 A B Corte A-B DC Corte C-D M24 broca Ø21 F Corte E-F E 1 2 3 4 Especificacão Esc: 1/2 UFPB SUPORTE DO EIXO DA PRENSA Suporte do eixo Denominacão Chapa de escora Base Aço - 90x140x420 Aço-20x75x328 Aço-80x90x320 Desenhista Resp. Téc.
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