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Uso indevido de drogas por jovens e adolescentes na cidade de barro alto, Bahia, Notas de estudo de Pedagogia

O uso indevido de drogas por jovens e adolescentes em idade escolar se tornou ao longo dos tempos uma reflexão que perpassa os muros da escola. Não cabe unicamente a escola possibilitar a discussão reflexiva desse problema, mas toda a sociedade, inclusive os sistemas de segurança pública. Assim, refletir o uso indevido de drogas, requer posturas democraticas, que possibilite a ampliação dos direitos e deveres das instâncias envolvidas e suas possibilidades de intervenção. Como os agentes de segu

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 04/03/2013

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edinei-messias-12 🇧🇷

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Baixe Uso indevido de drogas por jovens e adolescentes na cidade de barro alto, Bahia e outras Notas de estudo em PDF para Pedagogia, somente na Docsity! SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL EDINEI MESSIAS ALECRIM PROJETO DE PESQUISA UMA ANÁLISE DA VISÃO DOS ADOLESCENTES E JOVENS EM IDADE ESCOLAR SOBRE O USO INDEVIDO DE DROGAS NO MUNICÍPIO/SEDE NA CIDADE DE BARRO ALTO, ESTADO DA BAHIA Irecê - Ba 2009 EDINEI MESSIAS ALECRIM PROJETO DE PESQUISA UMA ANÁLISE DA VISÃO DOS ADOLESCENTES E JOVENS em idade escolar SOBRE O USO INDEVIDO DE DROGAS NO MUNICÍPIO/SEDE NA CIDADE DE BARRO ALTO, ESTADO DA BAHIA Projeto apresentado ao Curso de Pós Graduação, nível de especialização, modalidade presencial em Segurança Pública, pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Orientador: Profª. Dra. Ivone Freire Costa Barro Alto - Bahia Julho, 2010 SUMÁRIO • A falta de oportunidades de lazer, esporte e cultura, aliada ao estado de vulnerabilidade social, possibilita o uso indevido de drogas pelos jovens e adolescentes; • A família é um espaço de afetividade que contribui decisivamente para o fortalecimento da auto-estima dos adolescentes e jovens em idade escolar, bem como grande parceira no combate ao uso indevido de drogas; • O uso indevido de drogas prejudica consideravelmente os adolescentes e jovens em idade escolar; • O modelo de formação atual dos educadores contribui decisivamente para o trabalho preventivo do uso indevido de drogas por jovens e adolescentes em idade escolar; • O envolvimento de todas as gestões municipais (Educação, Saúde, cultura, Lazer, Esporte, Assistência Social e o Conselho Tutelar) pode possibilitar uma revolução no processo preventivo ao uso de drogas por jovens e adolescentes em idde escolar. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O uso indevido de drogas por jovens e adolescentes em idade escolar se tornou ao longo dos tempos uma reflexão que perpassa os muros da escola. Não cabe unicamente a escola possibilitar a discussão reflexiva desse problema, mas toda a sociedade, inclusive os sistemas de segurança pública. Assim, refletir o uso indevido de drogas, requer posturas democraticas, que possibilite a ampliação dos direitos e deveres das instâncias envolvidas e suas possibilidades de intervenção. Como os agentes de segurança pública, pode contribuir para a prevenção do uso indevido de drogas por adolescentes e jovens em idade escolar? Questões como essa é fundamental ser respondida a partir de aspectos viáveis e altamente prático, haja vista que necessário se faz a participação de todos os segmentos sociais de uma determinada comunidade para que se possa atingir os objetivos almejados. Porém, antes é fundamental entender melhor os conceitos relevantes sobre as drogas. Mas, o que é drogas? BRASIL (2006) esclarece que: “ Droga, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde, é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu funcionamento” (p. 70). Assim, é importante o conhecimento dos relevantes tipos de drogas e seus efeitos no organismo humano, para a efetiva compreensão dos problemas que estas mesmas drogas possibilita ao ser humano. Algumas drogas podem ajudar no tratamento de doenças, sendo consideradas medicamentos. Porém, outras, pode causar malefícios a saúde, os venenos ou tôxicos. Sendo assim, inúmeras drogas podem alterar o funciomanento do cerébro humano, acarretando modificações no estado mental dos indivíduos. Elas são conhecidas como drogas psicotrópicas ou substâncias psicoativas. Importante compreender que no cenário brasileiro, as drogas podem ser consideradas como lícitas ou ilícitas. As drogas lícitas são geralmente as que podem ser livremente obtidas, diferente das ilícitas que são proibidas por lei. Assim é importante deixar que claro que apesar de lícitas, muitas drogas podem receber restrições, como medicamentos que só podem ser adquiridos com prescrição médica. Atualmente, existe uma classificação das drogas que alteram o Sistema Nervoso Central (SNC), a partir das observações da atividade mental e do comportamento dos indivíduos socialmente. Pode-se caracterizar três níveis de ações das drogas no organismo humano. Primeiro, as Drogas Depressoras da Atividade Mental que como consequencia do seu uso ocorre uma diminuição da atividade global e de certos sistemas específicos do SNC, como: o álcool ( desinibição do comportamento, incoordenação motora, prejuízos da funções sensoriais, prejuízos na capacidade de raciocínio e concentração, hiportermia e morte por parada respiratória), os Barbitúricos (tratamento de insônia), Benzoadiazepínicos (indutores do sono, controle da ansiedade, etc), Opióides (morfina, heroína e a codeína – alalgesia, perda da consciência, etc), Solventes e Inalantes (euforia, desorientação, inconsciência, etc). Segundo, estão as Drogas Estimulantes da Atividade Mental, que são as que tem a capacidade de aumentar a atividae de determinados sistemas neuronais, que acaba acelerando os processos psíquicos, como: as anfetaminas (diminuição do sono e do apetite, taquicardia, elevação da pressão arterial, etc), Cocaína (sensação de euforia e poder, hiperatividade, perda de sensação de cansaço, etc). E terceiro estão as Drogas Pertubadoras da Atividade Mental que cujo efeito principal é provocar nos indivíduos alterações no funcionamento cerebral, entre os mais importantes estão os delírios e as alucinações, como: a Cannabis Sativa, popularmente conhecida como Maconha, sendo usada principalmente a partir das suas folhas secas fumadas ou ingeridas. ( pertubação na capacidade de calcular o tempo e o espaço, interfere na capacidade de aprendizado e memorização, taquicardia, cancerígena, infertilidade, etc), os Alucinógenos ( produzem efeitos psíquicos – alucinações e delírios, etc), o LSD (delírios, ansiedade, pânico, etc), o Ecstasy, usado especialmente por jovens frequentadores de danceterias e boates, apresentando propriedades estimulantes. Já houve casos de morte por esta droga com diagnóstico de Hipertermia malígna, ou seja aumento excessivo da temporatura corporral, ( estimula a hiperatividade, aumenta a sensação de sede, etc), os anticolinpergicos ( causam delírios e alucinações, aumento da frequência cardíaca, dificuldades de urinar, etc). Assim, outras drogas podem ser aqui descritas que também tem ampla relação com os problemas causados ao organismo humano, principalmente aos adolescentes e jovens em idade escolar. São elas, o cigarro, que pode causar doenças cardiovasculares ( infarto, AVC e morte súbita), causando também doenças respiratórias, como (enfisema, asma, bronquite crônica, doença pulmonar crônica, etc), bem como diversas formas de câncer (pulmão, boca, rafinge, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, útero, etc). Neste sentido, a nicotina é extremamente a substância presente no cigarro que causa a dependência, não sendo unicamente a causadora dos problemas de saúde descritos. Uma outra droga presente é a Cafeína, que estimula decisivamente o Sistema Nervoso Central (SNC), podendo ser caracterizada por ansiedade, alterações psicomotoras, distúrbios do sono e alteraçõs do humor. Porém, os Esteróides anabolizantes caracterizam um campo da drogas para aumento da massa muscular, podendo desenvolver no consumidor a dependência, causando diversas doenças cardiovasculares, alterações do fígado, prolongado até o câncer, uma demanda muito grande de jovens e adolescentes, como especificamente a área de Educação, Saúde, Lazer, Esporte e Cultura. Todas estas instâncias, juntas, poderão efetivar projetos sociais, culturais, esportivos e pedagógicos, que articulados com a comunidade favorecerá oportunidades e melhorias na qualidade de vida dos jovens e adolescents do município, possibilitando cada vez mais o distanciamento do uso indevido de drogas. Importante acrescentar duas instâncias fundamentais no trabalho de prevenção ao uso indevido de drogas, o Conselho Tutelar e a Secretaria de Assistência Social. O Conselho Tutelar, é um órgão autônomo e deve zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social, especialmente. Assim, compete ao Conselho Tutelar as Medidas de Proteção previstas no art. 101 do ECA: I – encaminhamento aos pais ou responsáveis, mediante termo de responsabilidade; II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - matrícula e frequencia obrigatórias em estabelecimentos oficial de ensino fundamental; IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; V – requisição de tratamento médico, psiquiátrico ou psicológico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI – inclusção em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII – abrigo em entidade. Tais medidas de proteção são genéricas e enfatizam além da efetivação dos direitos sociais, também o cumprimento de todos os seus direitos, inclusive de tratamento, caso venha a se encontrar com dependência a algum tipo de droga. O MDS – Ministério do Desenvolvimento Social, por meio da Política de ação Social, atualmente constituidos nos municípios como Secretaria de Assistência Social, visam garantir a proteção da infância, da adolescência e da família que necessitam de algum amparo assistencial com o objetivo de assegurar a não inserção destes à situações degradantes, que aqui pode se incluir o uso indevido de drogas. Nesse sentido, A Secretaria de Assistência Social, se configura neste contexto como afirmadora dos direitos sociais de crianças, jovens e adolescentes, se traduzindo numa ampla rede social de proteção ao uso indevido de drogas, especialmente por se encontrarem trabalhando com uma demanda considerada em estado de vulnerabilidade social. Aqui cabe a reflexão em torno da importância do trabalho profissional do Assistente social. Este, se torna neste sentido um profissional de extrema importância, haja vista que sua articulação com o meio social favorecerá a tomada de decisão que fortalecerá o trabalho preventivo do uso indevido de drogas. Também, oportunizará por meio do trabalho coletivo em reuniões em escolas, nos bairros e no contato diario com adolescentes e jovens nos Programas PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e no Projovem Adoecentes, um enfoque preventivo a partir da relação profissional estabelecida. Muito se pode fazer para que se efetive a cultura da prevenção. Existe uma cultura enraizade do individualismo, mas uma corrente maior, impulsionada pela sinergia grupal se articula amparada por ideais de coletividade e valorização da pessoa. Assim, os segmentos sociais, ONGs – Organizações não governamentais, setores públicos e privados num trabalho coletivo, poderão criar possibilidades de articulação, organização e prevenção ao uso indevido de drogas. Aqui o profissional asssitentes social pode se tornar um elo importantíssimo de ligação entre os setores públicos e a comunidade. Alguns dados importantes sobre o Levantamento domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, ajuda a confrontar a realidade com a necessidade de intervir na problemática do uso indevido de drogas, conforme cita BRASIL ( 2008): “O I Levantamento foi realizado nas 107 maiores cidades do País, com pessoas com idade entre 12 e 65 anos de ambos os sexos. Apontou que 68,7% delas já haviam feito uso de álcool alguma vez na vida. Além disso, estimou-se que 11,2% da população brasileira apresentava dependência dessa substância, o que correspondia a 5.283.000 pessoas. Os dados do II Levantamento (2005) apontam que 12,3% das pessoas com idade entre 12 e 65 nanos, são dependentes do álcool, taxa superior à encontrada no I Levantamento (2001), que corresponde a 5.799.000 pessoas. Além disso, cerca de 75% dos entrevistados já beberam alguma vez na vida, 50% no último ano e 38% nos últimos 30 dias. Os dados também idicam o consumo de álcool enm faixas etárias cada vez mais precoces e sugerem a necessidade de revisão das medidas de controle, prevenção e tratamento” ( p.54). Ainda continuando a observação dos dados estatísticos, desta vez entre os jovens estudantes do ensino fundamental e médio, conforme BRASIL (2008), enfatiza que: “O V Levantamento Nacional com estudantes do ensino fundamental e médio, realizado em 2004 nas 27 capitais brasileiras, indicou que o primeiro uso de álcool se deu por volta dos 12 anos de idade e, predominantimente no ambiente familiar. No entanto, as intoxicações alcoólicas, ou mesmo o uso regular de álcool, reramente ocorriam antes da adoelscência. Segundo este levantamento, 62,3% dos jovens haviam feito uso de álcool alguma vez na vida, 63,3% haviam feito algum uso no último ano e 44,3% haviam consumido o álcool alguma vez nos últimos 30 dias que antecederam a pesquisa” ( p 55). O consumo de tabaco também tem relavência entre os dados obtidos, pois conforme cita BRASIL (2008):“ Segundo o Ministério da Saúde, 90% dos fumantes no Brasil ficaram dependentes da nocotina antes do 19 anos de idade. Assim, se as indústrias de tabaco conseguirem convencer um jovem a fumar, as chances de esse jovem se tornar um freguês assíduo de seus produtos, na vida adulta, são altas” (p.58). A relação entre os dados obtidos nos Levantamentos Domiciliares nos anos de 2001 e 2005, enfatizam algumas prevalências de uso de drogas na vida, como demonstra abaixo BRASIL (2008, p. 60): DROGAS 2001 (%) 2005 (%) MACONHA 6,9 8,8 SOLVENTES 5,8 6,1 COCAÍNA 2,3 2,9 CRACK 0,4 0,8 HEROÍNA 0,1 0,09 Fonte: CEBRID/SENAD – I e II Levantamentos domiciliares sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil 2001 e 2005. Assim, uma outra análise se faz importante, sobre a tendência do consumo na vida de vários psicotrópicos entre alunos da 5ª série do ensino fundamental ao último ano do ciclo médio, em dez capitais do Brasil, em diferentes anos, conforme descrito abaixo por BRASIL (2008, p. 61): formulação de mecanismos educacionais que envolvam a participação da comunidade escolar e local na vida da escola, a partir da pesquisa da referida pesquisa de campo envolvendo jovens e adolescentes em idade escolar. Assim, as escolas da zona urbana serão o foco da atuação e o campo da pesquisa, pelo seu universo de alunos nos mais diferentes e variados segmentos do ensino, como do infantil ao fundamental I e II e ensino médio, Estes alunos têm suas condições sociais atreladas na maioria das vezes ao trabalho agrícola, empregos públicos e pequenos comércios locais, de onde seus pais retiram a renda para a sobrevivência familiar. A escolas se inserem no contexto da cidade onde as mesmas estão mergulhadas como uma das poucas oportunidades de entretenimento da comunidade. Sendo assim, as Unidade escolares passam por inúmeras dificuldades no que se refere à competição desigual com outros locais de entretenimento em que adolescentes e jovens freqüentam. Estes locais são de fácil acessibilidade, falam a linguagem juvenil e permanecem como a cultura da moda, ou seja, favorecem a incorporação do jovem em outras redes sociais, muitas vezes nada condizentes com o objetivo almejado pela escola. Atrelado a isto, está também a falta de informação, a ociosidade dos mecanismos públicos na efetiva divulgação dos agentes nocivos à saúde dos jovens, especialmente das diferentes formas de drogas. Mesmo concebendo dificuldades na vida social da comunidade, as escolas se preocupam com a vida e o futuro dos seus alunos, haja vista, que mesmo com inúmeras dificuldades a serem enfrentadas, os gestores escolares, permanecem compromissados com a formulação de mecanismos educativos inerentes à melhoria da qualidade de vida desses educandos. Assim, a Proposta de trabalho ora denominada “uma análise da visão dos adolescentes e jovens em idade escolar sobre o uso indevido de drogas no município/sede na cidade de Barro Alto”, em parceria com a comunidade escolar e local, articulam a necessidade de melhor intervir na realidade escolar, por acreditar que a intervenção seja um mecanismo que bem articulado e sistematizado sob o olhar da dinamicidade coletiva pode proporcionar inúmeras situações que venham a pequeno, médio e longo prazo efetuarem melhorias significativas na qualidade do ensino e consequentemente na prevenção ao uso de drogas. Importante salientar que as Unidades escolares nessa perspectiva se voltam para o contexto desta realidade como eixo centralizador das mudanças necessárias na postura educativa da instituição, bem como mediadora das atividades que visam aprofundar discussões significativas para a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar e local, efetivando práticas preventivas e de inclusão social. A escola precisa estar ciente da realidade social que a envolve do contexto onde esta está mergulhada. A freqüência desorientadas de festas em bares, clubes, boates, não controlados pelos gestores públicos da comunidade, vêm ao longo dos tempos ajudando no aumento significativo do consumo de álcool pelos adolescentes e jovens da comunidade, na sua maioria alunos das Unidades escolares aqui referidas. É notório, que o abuso de festas dançantes na comunidade, acarreta outros fatores como o aparecimento de outras drogas, em especial a “maconha”, esta por sinal já é algo presente em uma grande parcela visível dos adolescentes e jovens da localidade, porém já se tem relatos de envolvimento concreto de alunos dentro e fora do ambiente escolar. No entanto, necessário se faz agir na formulação de ações que possibilitem o avanço de tal abordagem nos ambiente internos e externo à escola, a partir de parcerias com os diversos segmentos sociais da comunidade, inclusive as Secretarias Municipais de: educação, saúde, lazer, esporte, cultura, assistência social, bem como o conselho tutelar, sindicatos, igrejas, associações, etc. O uso indevido de álcool pelos adolescentes e jovens, nota-se que muitos fazem tal procedimento, também por necessidade de incorporação aos grupos e por isso, mergulham em ambientes nada atrativos, concebendo idéias e culturas que passam a fazer parte do dia-a-dia desses adolescentes. Assim, a família nesse contexto passa a ser como em todos os momentos da história de vida das pessoas uma ferramenta indispensável na formulação e construção de valores essenciais à existência e permanência da ética nas relações interpessoais dos seres humanos. Como afirma Brasil (2006): “Na adolescência, sem a participação da família, o adolescente desafiador, que não sabe lidar com as frustrações, apresenta maior chance de desenvolver uso de substâncias” (p. 120). Todavia, a família passa a exercer neste contexto, espaço onde as relações de confiança recíproca deva ser o eixo central da vida familiar, pois necessário se faz que a família tome as rédeas dos problemas que ora estão enfrentando ou evidenciados por seus filhos. Resolver os problemas dos filhos não é a solução a ser aplicada nesta questão aqui enfatizada, mas estar presente nas suas escolhas, suas angústias e decepções, apoiando-os sempre, haja vista, que a família precisa resgatar os valores tão inerentes à vida familiar, como o companheirismo e o respeito. Neste caso, é preciso que a escola entenda às necessidade dos alunos, suas angústias seus desejos e aspirações. Por isso é importante que jovens e adolescentes estejam satisfeitos com escola onde estudam, pois assim como salienta Ceccon (2001): “Todo mundo vive se queixando da escola. Pais, professores e alunos reclamam que ela não está funcionando como devia e que as coisas não podem continuar desse jeito” (p. 11). Assim, é notável que a escola deva ser um ambiente não meramente para estudos com disciplinas hierarquizadas e formalizadas, mas como um ambiente onde seus alunos possam estar em contato com uma diversidade cultural que atenda às suas necessidades de relacionamento e entretenimento, pois a escola deverá ser também um ponto de encontro entre alunos. O gostar da escola estar associada à idéia de que a própria escola jamais deverá ser concebida como única e exclusivamente o lugar de produção científica, mas também de construção relacional. Assim sendo, a escola poderá contar com os mecanismos sociais externos a ela, pois a comunidade local é uma grande parceira diretamente, isto é, a comunidade se torna nesse sentido um grande mecanismo de contribuição social e cultural na efetivação de ações educativas que se realizadas coletivamente contribuirá decisivamente para a melhoria da qualidade da educação como um todo. Pois a este respeito Brasil (2005) reforça que “Serviços de saúde, clubes, associações comunitárias, ONGs, empresas e igrejas também podem ser instituições essenciais nas relações da escola com a comunidade com o objetivo de diminuir os riscos de uso indevido de drogas pelos alunos” (p. 18). Contudo, o Projeto de Pesquisa “uma análise da visão dos adolescentes e jovens em idade escolar sobre o uso indevido de drogas no município/sede na Visita a Instituições Escolares X Aplicação do questionário X Tabulação dos dados X Análise dos resultados X Publicação e apresentação da pesquisa para a comunidade X REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas. SNA/MEC/UNB, Brasília: Universidade de Brasília, 2006. BRASIL, Prevenção ao uso indevido de drogas: curso de capacitação para conselheiros municipais. Presidência da República, Secretaria Nacional Antidrogas, 2008. _______,Cartilha para educadores. SENAD, Brasília: 2005. Série: Por dentro do assunto. _______,Cartilha sobre cocaína, maconha e inalantes. SENAD, Brasília: 2005. Série: Por dentro do assunto. CECCON, Claudius; OLIVEIRA, Miguel Darcy de; OLIVIERA, Rosiska Darcy de. A escola na vida e a escola da vida. 35. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº. 8.069 de julho de 1990 FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. Série: Cadernos de gestão. ANEXO PESQUISA PARA LEVANTAMENTO E DADOS PERFIL DO ENTREVISTADO (A) IDADE:________________________ SEXO: M( ) F( ) LOCALIDADE: ( ) URBANA ( ) RURAL 1. Com que idade você fez o primeiro uso de drogas (lícitas ou ilícitas)? ( ) entre os 10 e 12 anos ( ) entre os 13 e 15 anos ( ) a partir dos 16 anos ( ) outros______________________ 2. Com relação ao uso de drogas na sua vida, você: ( ) faz uso moderado ( ) não faz uso ( ) é usuário (a) ( ) outros ______________________ 3. Qual das drogas abaixo, você considera mais consumida por adolescentes e jovens em Barro Alto? ( ) Álcool ( ) Maconha ( ) Solventes ( ) Cocaína ( ) Crack ( ) outros ___________ 4. Das opções abaixo, assinale o tipo de droga que vem aumentando com mais frequência o seu uso por jovens e adolescentes em Barro Alto: ( ) Álcool ( ) Maconha ( ) Solventes ( ) Cocaína ( ) Crack ( ) outros ___________ 5. Das opções abaixo, qual você considera que tem possibilitado que adolescentes e jovens façam uso de drogas: ( ) miserabilidade social ( ) falta de esporte, cultura e lazer ( ) falta de informações ( ) desemprego ( ) falta de fiscalização de órgãos competentes outros__________________________________________________________ 6. Com relação ao uso indevido de drogas em Barro Alto, você avalia futuramente como: ( ) preocupante ( ) muito preocupante ( ) extremamente preocupante ( ) não há o que se preocupar 7. como você analise a formação dos seus professores para discutir a temática das drogas em sala de aula?
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