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Estudo Comparativo dos Sistemas Construtivos: Steel Frame, Concreto PVC e Sistema Convencional, Notas de estudo de Urbanismo

Os altos investimentos em habitação, a entrada de empresas estrangeiras no setor e a grande concorrência, impulsionam as empresas da construção civil a buscarem novas tecnologias que possibilitam construir mais rápido, mais barato e com maior qualidade. Dentro deste cenário, surgem diversos sistemas construtivos industrializados, com características distintas, mais com o mesmo enfoque: mudar a maneira de se construir. Dentre diversos sistemas foram analisados o steel frame, sistema já difundido

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 31/03/2013

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Baixe Estudo Comparativo dos Sistemas Construtivos: Steel Frame, Concreto PVC e Sistema Convencional e outras Notas de estudo em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! 0 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Estudo Comparativo dos Sistemas Construtivos: Steel Frame, Concreto PVC e Sistema Convencional Conrado Sanches Domarascki Lucas Sato Fagiani Orientadora: Profa. Paula Cacoza Amed Albuquerque 2009 1 Conrado Sanches Domarascki Lucas Sato Fagiani Estudo Comparativo dos Sistemas Construtivos: Steel Frame, Concreto PVC e Sistema Convencional Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, como requisito à obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientadora: Prof. MS. Paula Cacoza Amed Albuquerque Barretos 2009 4 AGRADECIMENTOS À Deus, pela vida. Aos nossos pais, pela educação. Aos nossos amigos, pela compreensão e apoio. A orientadora Paula, pela demarcação do caminho e aos professores, pelo estímulo e confiança. 5 “O desejo da conquista é realmente uma coisa muito natural e comum, e, sempre que os homens conseguem satisfazê-lo, são louvados, nunca recriminados; mas, quando não conseguem e querem satisfazê-lo de qualquer modo, aí estão o erro e a recriminação.” Nicolau Maquiavel 6 RESUMO Os altos investimentos em habitação, a entrada de empresas estrangeiras no setor e a grande concorrência, impulsionam as empresas da construção civil a buscarem novas tecnologias que possibilitam construir mais rápido, mais barato e com maior qualidade. Dentro deste cenário, surgem diversos sistemas construtivos industrializados, com características distintas, mais com o mesmo enfoque: mudar a maneira de se construir. Dentre diversos sistemas foram analisados o steel frame, sistema já difundido em vários países do mundo, e o concreto PVC, que é ainda pouco conhecido. Palavras-chaves: Sistemas construtivos, industrialização da construção, concreto PVC, Steel frame. 9 6.1.5 Cobertura .................................................................................................... 45 6.2 Sistema Concreto PVC ......................................................................................... 47 6.2.1 Fundações .................................................................................................... 49 6.2.2 Estruturas .................................................................................................... 49 6.2.3 Fechamento e revestimento ........................................................................ 53 6.2.4 Instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas. .......................................... 54 6.2.5 Coberturas ................................................................................................... 59 6.3 Sistema Convencional ........................................................................................... 60 7 COMPARAÇÃO DOS SISTEMAS INDUSTRIALIZADOS E SISTEMA CONVENCIONAL ................................................................................................................. 62 7.1 Produtividade ........................................................................................................ 62 7.2 Preço ....................................................................................................................... 64 8 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................................... 69 9 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 71 10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 73 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Relação para 1m3 de concreto leve de peso especifico de 900kg/m3. ............... 51 Tabela 2: Produtividade sistema steel frame. ...................................................................... 62 Tabela 3: Produtividade sistema concreto PVC .................................................................. 62 Tabela 4: Produtividade sistema convencional .................................................................... 62 Tabela 5: Composição de custo do sistema steel frame por metro quadrado de estrutura e vedação. ................................................................................................................................. 64 Tabela 6: Composição de custo por metro quadrado de estrutura e vedação do concreto PVC. ......................................................................................................................................... 65 Tabela 7: Composição de custo por metro quadrado de alvenaria auto portante. .......... 65 Tabela 8: Composição de custo unitário concreto grout para parede autoportante. ...... 66 Tabela 9: Composição de custo unitário para armadura CA 50 para parede autoportante. ........................................................................................................................... 66 Tabela 10: Composição de custo unitário de chapisco. ....................................................... 67 Tabela 11: Composição de custo unitário de emboço desempenado. ................................ 67 Tabela 12: Composição de custo unitário de pintura em látex. ......................................... 68 Tabela 13: Composição de custo unitário da parede alvenaria pronta. ............................ 68 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Banheiro pré-moldado........................................................................................... 18 Figura 2 - Fôrmas de plástico para paredes de concreto .................................................... 26 Figura 3 - Casa construída com o sistema Light Wood Frame .......................................... 27 Figura 4 - Fabricação de Kits hidráulicos ............................................................................ 28 Figura 5 - Construção de casas com blocos de EPS ............................................................ 29 Figura 6 - Fabricação de painéis cerâmicos ......................................................................... 31 Figura 7 - Fôrmas tipo banche .............................................................................................. 32 Figura 8 - Construção em sistema Techouse ........................................................................ 33 Figura 9 - Construção no sistema Tilt-up ............................................................................. 35 Figura 10 - Construção em sistema steel frame ................................................................... 37 Figura 11 - Subestruturas do sistema steel frame ............................................................... 39 Figura 12 - Vigas apoiadas sobre paredes centrais ............................................................. 40 Figura 13- Viga apoiada sobre parede lateral...................................................................... 40 Figura 14 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais com a fundação ................... 41 Figura 15 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais com o revestimento ............. 41 Figura 16 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais entre duas paredes .............. 41 Figura 17 - Subestrutura de cobertura ................................................................................. 42 Figura 18 - Estrutura em steel frame.................................................................................... 42 Figura 19 - Construção com fechamento de placa cimentícia ............................................ 43 Figura 20 - Placas OSB .......................................................................................................... 43 Figura 21 - Processo de fabricação de gesso acartonado .................................................... 44 Figura 22 - Fechamento de parede em steel frame .............................................................. 45 14 2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é apresentar, um panorama sobre a construção industrializada, apresentando diversos sistemas construtivos industrializados utilizados no Brasil, dando ênfase nos sistemas Steel Frame e concreto PVC comparando e determinando qual dos sistemas construtivos é, comparados com nosso sistema convencional, é o mais viável em vários aspectos. 15 3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 3.1 Indústrias da Construção Durante muitos anos os engenheiros civis se perguntaram se era possível que a construção no Brasil deixasse seu caráter artesanal para seguir o caminho da industrialização nos canteiros de obra (FARIA, 2008). Segundo a FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (2005), estima-se que o déficit habitacional brasileiro, no ano de 2005, era de 7.902.699 moradias, o que significa 14,9% do total do estoque de domicílios. De acordo com a metodologia adotada no trabalho, o déficit habitacional está desmembrado em três tipos: o déficit por habitação com ocupação acima de uma família (caso de várias famílias vivendo sob o mesmo teto ou de sublocação de cômodos); o déficit por habitação precária (moradias constituídas de materiais ordinários ou de sobras); e o déficit por habitação desprovida de infra-estrutura adequada. PEDUZZI (2009) citou que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que faz parte dos planos do governo a construção de um milhão de casas populares em 2009. A idéia é combater o problema histórico de habitação no país e, ao mesmo tempo, amenizar outros problemas decorrentes da crise. Agora, o momento parece ter chegado. A oportunidade surge com a expansão dos empreendimentos voltados ao segmento econômico: como a margem de lucro sobre cada unidade é pequena, o negócio só se viabiliza economicamente com a produção de unidades habitacionais em grandes volumes. E produção em larga escala implica industrialização, desde os macrossistemas construtivos - estrutura e vedação - até os elementos construtivos menores - como as instalações elétrica, hidráulicas e as coberturas (FARIA, 2008). O plano habitacional, anunciado em março de 2009, definiu o comprometimento de 20,0% a 10,0% dos rendimentos familiares com as prestações, para o total das famílias e para aquelas com renda de até 3,0 salários mínimos, respectivamente, sendo, para estas últimas, destinadas 400,0 mil unidades (LOURENÇO, 2009). Em contra partida CILIANA (2009) comenta que a indústria da construção, mais especificamente no setor de edificações, apresenta particularidades singulares, que a diferencia da indústria de transformação. Estas particularidades criam obstáculos para que se processe uma introdução mais agressiva de máquinas e equipamentos nos canteiros de obras. 16 Processos predominantemente artesanais, onde são marcantes baixa produtividade e enorme desperdício, ainda compõem a maior parcela da construção civil brasileira (SANTIAGO e ARAUJO, 2008). Segundo CILIANA (2009) destacam-se nestas características: o caráter não homogêneo e não seriado de produção devido à singularidade do produto, feito sob encomenda; a dependência de fatores climáticos no processo construtivo, o período de construção relativamente longo; a complexa rede de interferências dos participantes (usuários, clientes, projetistas, financiadores, construtores); uma ampla segmentação da produção em etapas ou fases que imprime um dinamismo centrado no princípio de sucessão e não de simultaneidade; o parcelamento da responsabilidade entre várias empresas, onde o processo de subcontratação é comum; a significativa mobilidade da força de trabalho; além do nomadismo do setor (tanto em relação aos produtos finais como ao processo de produção); o caráter semi-artesanal (manufatureiro) do processo construtivo. AGOPYAN (et al. 1999) comenta que no caso da execução, são várias as fontes de perdas possíveis: no recebimento, o material pode ser entregue em uma quantidade menor que a solicitada; blocos estocados inadequadamente estão sujeitos a serem quebrados mais facilmente; o concreto, transportado por equipamentos e trajetos inadequados, pode cair pelo caminho; a não obediência ao traço correto da argamassa pode implicar sobre consumos na dosagem dela (processamento intermediário); o processo tradicional de aplicação de gesso pode gerar uma grande quantidade de material endurecido não utilizado. Mais recentemente, o desperdício na construção foi estudado por uma investigação bastante abrangente em nível nacional, onde foram pesquisados 85 canteiros de obras de 75 empresas construtoras em 12 estados, medindo o consumo e perdas relativos a 18 tipos de materiais e diversos serviços (CILIANA, 2009). A pesquisa, coordenada pelos professores Ubiraci Espinelli Lemes de Souza e Vahan Agopyan (Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP), constatou uma variedade grande de desempenho entre uma e outra empresa, tais como perdas mínimas (2,5%) comparáveis aos melhores índices internacionais ao mesmo tempo em que um desperdício alarmante (133%) devido às muitas falhas cometidas na empresa. Também foram constatadas diferenças dentro de uma mesma empresa, de um serviço para outro. O estudo mostrou, principalmente, que o desperdício, em média, é muito menor que o legendário e divulgado desperdício de 30%, ou de uma casa a cada três construídas. Por 19 produção, com materiais de boa qualidade, fornecedores selecionados e mão-de-obra treinada e qualificada, as obras tornaram-se mais organizadas e seguras. Segundo VASCONCELLOS (2002 apud et al. PIGOZZO 2005), não se pode precisar a data em que começou a pré-moldagem. O próprio nascimento do concreto armado ocorreu com a pré-moldagem de elementos, fora do local de seu uso. Sendo assim, pode-se afirmar que a pré-moldagem começou com a invenção do concreto armado. SALAS (1988 et al.PIGOZZO 2005) considera a utilização dos pré-fabricados de concreto dividida nas três seguintes etapas: I) de 1950 a 1970 – período em que a falta de edificações ocasionadas pela devastação da guerra, houve a necessidade de se construir diversos edifícios, tanto habitacionais quanto escolares, hospitalares e industriais, dentro dos sistemas de pré-fabricação de ciclo fechado. No período pós-guerra os sistemas pré-fabricados de ciclo fechado representaram a tecnologia dominante, onde se procurou aplicar na construção civil os mesmos conceitos adotados em outros setores da indústria, buscando-se a produção em série com alto índice de repetição dos elementos pré-moldados. II) de 1970 a 1980 – período em que ocorreram acidentes com alguns edifícios construídos com grandes painéis pré-fabricados. Esses acidentes provocaram, além de uma rejeição social a esse tipo de edifício, uma profunda revisão no conceito de utilização nos processos construtivos em grandes elementos pré-fabricados. Neste contexto, teve o início do declínio dos sistemas pré-fabricados de ciclo fechado de produção. III) pós 1980 – esta etapa caracterizou-se pela consolidação de uma pré-fabricação de ciclo aberto, à base de componentes compatíveis, de origens diversas. Segundo PIGOZZO (et al 2002), surge uma nova geração de sistemas de ciclos “flexibilizados”, por entender que não apenas os componentes são “abertos”, mas todo o sistema o é e, portanto, o projeto também passa a ser necessariamente aberto e flexibilizado para se adequar a qualquer tipologia arquitetônica. CAMPOS (2009) comenta que o conceito de sistemas flexibilizados na produção vai além da fábrica, com a possibilidade da produção de componentes no canteiro, dentro de um sistema com alto grau de controle e qualidade e de organização da produção. 20 3.3 Definições de Industrialização BAPTISTA (2005) diz que a industrialização é um processo organizacional caracterizado por:  continuidade no fluxo de produção;  padronização;  integração dos diferentes estágios do processo global de produção;  alto nível de organização do trabalho;  mecanização em substituição ao trabalho manual sempre que possível;  pesquisa e experimentação organizada integradas à produção. Conforme ROSSO (1980 apud BRUMATTI, 2008), “... a industrialização é um método baseado essencialmente em processos organizados de naturezas repetitivas, nos quais a variabilidade incontrolável e casual de cada fase de trabalho, que caracteriza as ações artesanais, é substituída, por graus pré-determinados de uniformidade e continuidade executiva, características das modalidades operacionais parcial ou totalmente mecanizadas”. Industrialização da Construção é o emprego de forma racional e mecanizada de materiais, meios de transporte e técnicas construtivas para conseguir uma maior produtividade. (ORDONEZ et al. 1974 apud BAPTISTA, 2005). Segundo BRUNA (1976 apud PIGOZZO, 2005) “a industrialização está essencialmente associada aos conceitos de organização e de produção em série, os quais deverão ser entendidos, analisando-se de forma mais ampla, as relações de produção envolvidas e mecanização dos meios de produção". O êxito de ações que conduzem à diminuição dos custos, o aumento da produtividade e ao incremento da qualidade dos processos e do produto final depende da evolução das atividades contrativas, ou seja, do incremento dos seus níveis de industrialização. Segundo SABBATINI (1989 apud BRUMATTI, 2008), “evoluir no sentido de aperfeiçoar-se como indústria é o caminho natural da construção civil”, portanto, industrializar-se para a construção é sinônimo de evoluir. Conclui-se assim que, a Industrialização da Construção não é um fim em si mesma, mas somente um meio de obter determinados objetivos que são basicamente os mesmos de outras áreas da indústria, ou seja (BAPTISTA, 2009): 21 Produzir: em maior quantidade, com melhor qualidade, a um custo menor, em um tempo menor. 3.3.1 Industrialização de Ciclo Fechado BRUNA (1976 apud PIGOZZO 2005) comenta que após o período de pós-guerra na França, com a necessidade de reconstrução do país, utilizaram-se largamente os elementos pré-fabricados de concreto armado, que segundo, possuíam dimensões de aproximadamente 0,60 a 0,90 X 2,50 X 0,20 m, com peso de cerca de uma tonelada montados numa estrutura portante convencional. Porém, os tamanhos reduzidos dos painéis geravam diversas juntas verticais, de difícil execução, sendo necessário aumentar o tamanho dos painéis para a conseqüente redução no número de juntas. Estes elementos cresceram até o ponto de atingirem o tamanho de um vão completo, fazendo com que as juntas passassem a existir apenas entre elementos transversais e longitudinais, que corresponderam às ligações mais fáceis de serem executadas. Desta forma, os painéis de concreto armado de grandes dimensões e com função estrutural, passaram a se impor com grande rapidez pela Europa. Segundo FERREIRA (2003 apud PIGOZZO, 2005), no período pós-guerra os sistemas pré-fabricados de ciclo fechado representaram a tecnologia dominante, onde se procurou aplicar na construção civil os mesmos conceitos adotados em outros setores da indústria, buscando-se a produção em série com alto índice de repetição dos elementos pré-moldados. Deste modo, conforme BRUNA (1976 apud PIGOZZO, 2005), os edifícios, principalmente os residenciais, passaram a ser subdivididos em grandes elementos, em geral, painéis-parede, que eram fabricados em usinas fixas ou móveis ao pé do canteiro e montados por gruas, com equipes reduzidas de operários. Assim sendo, este método de construção passou a ser chamado de Industrialização de Ciclo Fechado. É evidente o fato de que o grande painel pré-fabricado de concreto foi o logotipo da reconstrução da Europa destruída pela II Grande Guerra. No entanto, seria muito restrita nos dias de hoje uma definição de industrialização calcada nos modelos de pré-fabricação do segundo pós-guerra, visto que tais modelos vêm passando já há algum tempo por uma profunda revisão em seus próprios países de origem (CAMPOS, 2009). O grande problema da Industrialização Fechada de grande série é que os sistemas mais difundidos são extremamente limitados do ponto de vista inventivo e mal orientados do ponto de vista cultural porque procuram a solução do problema exclusivamente no âmbito 24 4 METODOLOGIAS E ETAPAS Com base em estudos de livros e autores do assunto em questão, reunindo informações extraídas de sites e revistas, foi proposta a seguinte metodologia para o desenvolvimento da pesquisa: 01 – Revisão Bibliográfica sobre a construção industrializada e sobre sistemas construtivos industrializados. 02 – Levantamento do processo construtivo de dois sistemas distintos, o steel frame e o concreto PVC. 03 – Comparação entre os sistemas construtivos. 04 –Analise de qual sistema se torna mais viável dentro dos parâmetros estabelecidos pelo trabalho. 25 5 SISTEMAS CONSTRUTIVOS INDUSTRIALIZADOS Tradicionalmente, entende-se como elementos industrializados desde as peças mais simples até os diferentes painéis, lajes de piso etc. A derivação qualitativa do conceito de elemento até o de componente sugere a individualização das partes de uma edificação em sub- sistemas, tais como cobertura, vedações, fundações e estruturas. Os sub-sistemas, constituídos como agrupamentos de elementos, tendem a ser unidades auto-suficientes de desenvolvimento e agregação, unidades funcionalmente unitárias e independentes entre si, com respeito à função e possibilidades de desenvolvimento. Dentro desta visão, o componente construtivo seria resultado da decomposição do organismo arquitetônico em unidades auto-suficientes ou unidades de projeto. Sendo assim, o significado adquirido pela expressão "sistema construtivo" em nossos dias equivale ao conjunto de componentes entre os quais se possa atribuir ou definir uma relação, coordenados dimensionalmente e funcionalmente entre si, como estrutura organizada (PEREIRA, 2005). A seguir são apresentados alguns sistemas construtivos industrializados. 5.1 Paredes de Concreto Os construtores têm encarado a moldagem in loco de paredes de concreto como a alternativa industrializada mais viável para a produção de unidades habitacionais em larga escala. Alta produtividade, custos competitivos e familiaridade com material e processo de execução são fatores importantes na escolha dessa solução tecnológica (FARIA, 2009). Segundo CESTA (2008), na época dos estudos o sistema se mostrou mais competitivo em comparação com o steel frame e com as paredes pré-moldadas. O pré-moldado demanda equipamentos para movimentação das peças. O custo do aço e do material de preenchimento do steel frame era inviável para um produto destinado a camadas de menor poder aquisitivo. A aceitação dos consumidores é outro aspecto importante. Os compradores acreditam que a solidez das paredes monolíticas transmite maior sensação de segurança. O steel frame é uma solução técnica fantástica, mas não atende cultural e financeiramente a esse público. Executadas com concreto celular auto-adensável, as unidades são produzidas pela Rodobens Negócios Imobiliários à razão de uma a cada dois dias. As fôrmas de alumínio (figura 2), adquiridas pela empresa, podem ser utilizadas 1.500 vezes (FARIA, 2009). 26 Figura 2 - Fôrmas de plástico para paredes de concreto Fonte: Revista Téchne edição 136 5.2 Casas de Madeira - Light wood frame Um dos materiais mais comuns empregados na construção de casas norte-americanas e canadenses, a madeira ainda sofre, no Brasil, resistência cultural por parte da população. Os testes realizados nos laboratórios, porém, atestam o bom desempenho do material em itens como durabilidade, resistência, conforto térmico e acústico. Observadas as questões de projeto, de tratamento adequado e de manutenção, são moradias previstas para 50 anos. Soluções construtivas industrializadas com o material têm potencial de uso em construções em larga escala de condomínios econômicos, sobretudo os próximos a regiões madeireiras (FARIA, 2009). STAMATO (2008) comenta que a madeira foi muito utilizada pelos nossos arquitetos em meados do século XX, quando foram erguidas diversas estruturas em arcos lamelares e pórticos. Mas, a partir da década de 1970, essa tecnologia começou a se perder por aqui, enquanto que no resto do mundo as estruturas de madeira continuaram evoluindo. A Universidade Federal de Santa Catarina desenvolveu e avaliou, em parceria com a iniciativa privada, um sistema construtivo leve chamado "Sistema Plataforma". Composto por painéis estruturais revestidos e estruturados em madeira, o sistema suporta os esforços verticais e horizontais sem apoio de vigas e colunas tradicionais. O "esqueleto" dos painéis é feito de réguas de seção 4 cm x 8 cm e fechado com chapas de OSB ou madeira compensada. Como as paredes de steel frame ou “drywall”, é preenchida com material isolante térmico e absorvente acústico e tem as instalações elétricas e hidráulicas embutidas (FARIA, 2009). 29 instalações administrativas em São Paulo. Ainda segundo Faria (2009) com uma equipe de quatro pessoas, pode-se construir uma casa de 45 m² em até sete dias. As casas de Bocaina, por exemplo, custarão à CDHU cerca de quatrocentos e cinqüenta reais o metro quadrado. Segundo REIS (2008). Coberta com uma camada de chapisco rolado, a superfície de EPS do bloco pode receber qualquer tipo de revestimento. Os blocos podem ser utilizados em edifícios de até 12 pavimentos. O consumo médio de concreto, com o sistema, é de 1 m³ para cada 17 m² de parede. Figura 5 - Construção de casas com blocos de EPS Fonte: Revista Téchne edição 136 5.4 Painéis cerâmicos pré-fabricados O sistema construtivo consiste na utilização de painéis pré-fabricados com blocos cerâmicos furados, unidos com argamassa, reforçados com concreto armado em seu perímetro e revestidos nas duas faces com argamassa de cimento, cal e areia conforme mostra a figura 6. Os painéis verticais formam as paredes da edificação e apresentam capacidade de receber as cargas da cobertura. Os painéis de paredes vem de fábrica já com a impermeabilização da sua base; podendo conter também janelas, portas, instalações elétricas e hidráulicas. As instalações são complementadas em obra, feitas às colocações dos revestimentos cerâmicos e as pinturas de finalização (BARTH et al. 2006). FARIA (2008) menciona que as instalações hidráulicas e elétricas são embutidas. A ligação mecânica entre os painéis é realizada com soldas de barras e chapas de aço especial e as juntas são protegidas da infiltração de água de chuvas ou de áreas molháveis com selantes flexíveis. A tecnologia pode ser utilizada na produção de casas térreas e sobrados. Segundo BERGAMASCHI (2008), as peças podem ser produzidas no próprio canteiro ou confeccionadas na fábrica e transportadas até a obra. Caso a primeira opção seja a mais 30 viável para o empreendimento, é necessária uma área de 100 m x 15 m para a instalação da pista de produção. A empresa fornece a ponte rolante e as fôrmas e a construtora entra com o caminhão-guindaste. BARTH (et al. 2006) comenta que os painéis são produzidos em mesas metálicas horizontais e desmoldados após 72 horas. A manipulação dos mesmos é realizada com grua ou caminhão com lança telescópica, cujo balancim é fixado nos insertes de aço, posicionados nas suas quatro extremidades, permitindo o seu armazenamento na posição vertical ou na lateral com ângulo de inclinação de aproximadamente 75º. Os painéis são armazenados na fábrica durante 14 dias de modo a adquirir a resistência mecânica necessária ao processo de montagem da edificação. Segundo FARIA (2008) a produtividade média com o sistema é de três casas por dia, sendo necessária uma equipe de cinco pessoas para a montagem das casas e de outras 48 para a produção dos painéis. De acordo com BERGAMASCHI (2008), para que o uso da tecnologia seja economicamente viável em empreendimentos do segmento econômico, a área construída mínima deve ser de 10 mil m², equivalentes a 250 casas de 40 m², em média. Os painéis pré-fabricados podem receber diferentes tipos de revestimentos e pinturas, desde uma pintura a base de PVA, massa corrida, massa texturizada, pintura acrílica ou pintura epóxi no caso de cozinhas e banheiros. Os revestimentos de banheiros e a parede da cozinha onde está localizada a pia podem também ser realizados com azulejos até a altura do teto, recobrindo totalmente as juntas entre os painéis. As juntas entre os azulejos pode ser com 3 a 13mm de espessura, de acordo com o padrão compositivo adotado. Os pisos, por serem realizados de forma convencional, podem receber os revestimentos usuais na construção de casas. O preço de venda do metro quadrado das casas varia entre R$ 450,00 por metro quadrado a R$ 600,00 por metro quadrado, dependendo da sofisticação do acabamento interno das unidades. Desde o ano 2000, aproximadamente oito mil unidades já foram ou estão sendo executadas com a tecnologia (FARIA, 2008). 31 Figura 6 - Fabricação de painéis cerâmicos Fonte: Revista Téchne edição 136 5.5 Fôrmas tipo Banche Sergus Construtora desenvolveu o sistema construtivo com fôrmas tipo banche, que permite produzir edifícios multipiso com paredes de concreto em dois ciclos de concretagem por pavimento. Ele é composto por fôrmas metálicas (paredes) e chapas de madeira (lajes) (FARIA 2008). Segundo o IPT (2007) a tecnologia consiste na moldagem de paredes e lajes de concreto armado, adotando-se fôrmas metálicas denominadas banche (figura 7), para a execução das paredes, e fôrmas de madeira denominadas “tablados”, para execução das lajes. FARIA (2008) comenta que o sistema dispensa escoramento, pois as vigas de sustentação das chapas das lajes são apoiadas nas paredes estruturais anteriormente concretadas. A espessura mínima das paredes é de 12 cm; a das lajes é de 8 cm. Ambas são armadas com telas de aço soldadas CA 60, com reforços localizados em barras e treliças de aço CA 50 ou CA 60, de acordo com o projeto estrutural. A racionalização abrange ainda a adoção de shafts 1 para as prumadas hidráulicas e elétricas, montagem de eletrodutos e caixas de ligação antes da concretagem das paredes e lajes, prévia instalação de marcos de portas e contramarcos de caixilhos ou, eventualmente, de gabaritos para definição de vãos de portas e janelas. Para introdução de ramais de água e 1 O shaft é um espaço de construção vertical por onde passam as instalações hidráulicas e sanitárias do banheiro. 34 personalização do produto com a inserção de frisos ou relevos variados e o envolvimento do projetista no sistema. A montagem é mais segura do que o processo tradicional, porque não usa andaimes e os operários não ficam pendurados. Um dos principais destaques do sistema tilt-up é sua imensa versatilidade e a possibilidade de ser utilizado em qualquer tipo de construção, seja industrial, comercial ou residencial (ABESC, 2009). FARIA (2008) aponta a versatilidade de acabamentos externos como mais uma qualidade do sistema. "é possível agregar desde cerâmica até pedra", explica. Mas 99% das obras são acabadas com pinturas lisas ou texturizadas, facilmente obtidas com a aplicação de tinta diretamente no painel, ou com a incorporação de formliners estampados, além disso o sistema tilt-up permite expansões e mudanças de layout de maneira simples, mediante o deslocamento de painéis ou a abertura de vãos, por meio do corte do painel, sem demolições e remendos. Outra vantagem importante para trabalhar com o tilt-up, além da economia e fácil manutenção, é o fato de que, por não utilizarmos fôrmas de madeira, há um ganho ambiental a ser considerado (SEIXAS, 2009). FARIA (2008) argumenta que além das vantagens acima, o tilt-up é limpo, pois não desperdiça madeira e concreto (que vem dosado), gerando baixo resíduo; racional, porque é um sistema planejado e proporciona ganhos em espaço interno; rápido entre fabricação e montagem das peças, é possível formar a caixa do prédio em quatro a cinco semanas; e econômico, uma vez que é feito em canteiro, com mão-de-obra local e não-especializada, e não requer o recolhimento de IPI nem de ICMS. 35 Figura 9 - Construção no sistema Tilt-up Fonte: Revista Téchne edição 136 36 6 APRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS STEEL FRAME, CONCRETO PVC E SISTEMA CONVENIONAL. A aplicação dos diversos sistemas construtivos existentes esta intimamente ligada à tipologia da edificação. Neste trabalho serão abordados os sistemas steel frame, concreto PVC e sistema convencional. 6.1 Steel frame O aço tem sido utilizado como um material de varias aplicações, com alto desempenho e adaptável às mais severas condições de serviços. Devido as suas características, tem substituído outros materiais em vários setores industriais. Produzido no parque siderúrgico brasileiro e integrado com outros componentes industrializados, o aço agora, empregado no sistema steel frame, substitui com vantagens técnicas, econômicas e ambientais, materiais como tijolos, madeiras, vigas e pilares de concreto; proporcionando um salto qualitativo no processo produtivo e posicionando a indústria nacional de construção civil de uma forma mais competitiva frente a um mercado globalizado (HERNANDES, 2009). O sistema construtivo steel-frame tem sido muito utilizado em diversos países, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. Por séculos os norte-americanos utilizaram a madeira como principal material de construção para as edificações residenciais. No entanto, o grande aumento dos preços, devido à escassez desse material na natureza, levou esses construtores a buscarem alternativas de produtos que substituíssem a madeira. De acordo com JARDIM e SOUZA (2007 apud MACHADO, 2008), em 1998, começaram a ser implantadas, no Brasil, as primeiras construções no processo steel frame, dando prosseguimento à necessidade de um produto industrializado e as vantagens intrínsecas desse processo construtivo frente ao sistema tradicional; portanto, podemos considerar que é um produto tecnológico novo no país. Os perfis formados a frio de paredes finas ganharam grande aplicabilidade, substituindo a madeira nas construções residenciais principalmente devido aos seguintes fatores: baixos preços, qualidade homogênea, similaridades com o sistema de Wood-Frame, alto desempenho estrutural, baixo peso, produção em massa, facilidade de pré-fabricação, entre outros. A figura 10 ilustra uma edificação residencial sendo construída utilizando o sistema steel-frame. 39 O sistema steel frame é uma proposta para racionalizar a concepção da estrutura da edificação utilizando-se perfis dobrados a frio. As chapas têm entre 0,8 mm e 3,0 mm de espessura, sendo a mais utilizada a de espessura de 0,95 mm. O sistema steel frame é composto basicamente por três tipos de subestruturas: os pisos estruturais, as paredes estruturais e o sistema de cobertura. Na figura 11 apresenta-se uma ilustração básica, de cada uma dessas subestruturas componentes do sistema, já detalhando alguns de seus elementos. Figura 11 - Subestruturas do sistema steel frame Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Segundo JUNIOR (2004) as subestruturas de piso são basicamente compostas por vigas apoiadas sobre as paredes estruturais, vencendo os vãos entre elas. As cargas aplicadas sobre essas vigas são os carregamentos permanentes e acidentais de pisos, e os modelos estruturais geralmente utilizados para o dimensionamento desses elementos, são os de viga bi- apoiada ou viga contínua. A figura 12 ilustra o apoio dessas vigas sobre paredes centrais, enquanto a figura 13 mostra em detalhe como as vigas se apóiam em paredes laterais. 40 Figura 12 - Vigas apoiadas sobre paredes centrais Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Figura 13- Viga apoiada sobre parede lateral Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Outra subestrutura do sistema construtivo steel frame são as paredes estruturais, que é basicamente compostas por montantes, que suportam as vigas de piso. No entanto, os detalhes construtivos para esses elementos são inúmeros, sempre ligados à arquitetura das edificações contendo aberturas de janela, portas e ventilação. Os carregamentos atuantes são oriundos do apoio das vigas de piso. Os montantes das paredes externas também estão sujeitos ao carregamento de vento, que atua diretamente sobre as paredes. Logo, esses elementos estruturais são dimensionados como se fossem colunas sujeitas a carregamentos de compressão e flexão. As figuras 14, 15 e 16 ilustram respectivamente detalhes da conexão desses elementos estruturais com as fundações, com os revestimentos e entre duas paredes. 41 Figura 14 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais com a fundação Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Figura 15 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais com o revestimento Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Figura 16 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais entre duas paredes Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço Por último, tem-se a subestrutura de cobertura. Basicamente, essas subestruturas são compostas de treliças e/ou caibros vencendo os vãos de telhado como mostra a figura 17. 44 Segundo FARIA (2008) as chapas de gesso acartonado começaram a ser produzidas no Brasil, no inicio da década de 1970. O produto foi inventado nos Estados Unidos por Augustine Sackett, ainda no final do século 19, mais só na década de 1940 se disseminou seu uso em divisórias internar de casas e escritórios. O gesso acartonado é fabricado a partir do minério de gesso ou Gipsita, em duas fases. Na primeira fase é feita a moagem e a calcinação da Gipsita, enquanto que a segunda etapa consiste na fabricação dos painéis propriamente ditos, como mostra a figura 21 (JUNIOR 2004). Figura 21 - Processo de fabricação de gesso acartonado Fonte: Pereira 2004 No steel frame, podemos dividir o sistema de vedação vertical em três partes: a primeira corresponde aos fechamentos externos (figura 22) que delimitam as áreas molháveis; a segunda refere-se aos isolantes térmicos e acústicos, que são colocados entre as placas e entre os montantes e, por último, os fechamentos internos, instalados nas áreas secas ou úmidas, mas não molháveis. 45 Figura 22 - Fechamento de parede em steel frame Fonte: Revista Téchne edição 139 6.1.4 Instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas. As instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, conforme mostra a figura 23, para edificações com sistema construtivo steel frame são as mesmas utilizadas em edificações convencionais e apresentam o mesmo desempenho, não variando em razão do sistema construtivo. Assim, os materiais empregados e princípios de projeto também são os mesmos aplicados em edificações convencionais e, portanto, as considerações para projeto, dimensionamento e uso das propriedades dos materiais não divergem do tratamento tradicional nessas instalações. Figura 23 - Paredes em steel frame com instalações elétricas e hidráulicas Fonte: Revista Téchne edição 141 6.1.5 Cobertura A cobertura destina-se a proteger as edificações da ação das intempéries. Pode ser vista também como um dos elementos de importância estética do projeto, merecendo, por isso, materiais que atendam tanto ao desempenho técnico como às exigências arquitetônicas. A definição da cobertura da edificação depende, entre outros fatores, de: dimensões dos vãos 46 que deverão ser vencidos; ações da natureza; opções arquitetônicas e estéticas; condições locais e a relação custo-benefício. (TÉCHNE, 2009) De um modo geral, os elementos das coberturas são a vedação propriamente dita (telhas), que pode ser de diversos materiais, a armação ou conjunto de elementos que dão suporte à cobertura, como as ripas, caibros, terças, tesouras, treliças, elementos de contraventamento e o sistema de escoamento das águas pluviais, como condutores, calhas e rufos. Construtivamente, as coberturas próprias para steel frame possuem as mesmas características e princípios das estruturas convencionais. Portanto, podem ser utilizadas com telhas metálicas, cerâmicas, fibrocimento e shingle, entre outras. As coberturas prontas para steel frame, por sua leveza e versatilidade, podem ser utilizadas em edificações de sistemas construtivos tradicionais (figura 24) e são capazes de vencer grandes vãos, inclusive podem ser empregadas em galpões e edificações de usos gerais de serviços. Para executar estruturas de coberturas de steel frame utilizam-se os mesmos perfis de aço galvanizado empregados na estrutura das paredes, que são os perfis U e Ue, com alma de 90 mm, 140 mm ou 200 mm de altura. O conceito de alinhamento das cargas, empregado na execução do restante da estrutura da construção, deve valer também para a cobertura. Os perfis metálicos devem se posicionar entre si de tal forma que gerem o mínimo de excentricidade e transmitam as ações citadas sem gerar efeitos substanciais de segunda ordem. Para tanto, construtivamente, os perfis que compõem a tesoura, treliça ou conjunto de caibros devem ter suas almas alinhadas às almas dos montantes das paredes que as suportam, para que os esforços não produzam efeitos não avaliados no dimensionamento. 49 6.2.1 Fundações No concreto PVC é muito aconselhável o radier, ou base de concreto, que deve estar o mais liso possível na área aonde os painéis vão se apoiar. Também é importante o nível do radier já que os painéis vão copiar todas as irregularidades do piso, projetando-o para a parte superior dos mesmos. Após a base já estar pronta, demarca-se com giz o layout da casa fixando as barras de ancoragem e pregando guias que irão auxiliar na montagem dos painéis conforme mostra a figura 26. Figura 26 - Guias e barras de ancoragem. Fonte: Construção Plástica 6.2.2 Estruturas No sistema concreto PVC a estrutura é formada pelos próprios painéis preenchidos com concreto, o sistema é fixado na fundação através de barras de ancoragem, colocadas a cada dois metros e meio em média, como superestrutura são usados reforços (figura 27). Normalmente estes reforços são colocados nos lados de cada janela e porta (figura 28), mas também são montados nos encontros das paredes e nos cantos da casa. Estes reforços são barras de aço de 8 mm de diâmetro com o seu comprimento igual à altura do pé direito, por exemplo: 2,60m cada um. A colocação destes reforços é muito simples, é só largar dentro da parede junto às janelas e portas. Quando começar a concretagem deve-se ter em conta o fato de centralizar as barras na espessura do painel. 50 Figura 27 - Barra de aço CA50 fixada no radier Fonte: Construção Plástica Figura 28 - Montagem das fôrmas de PVC Fonte: Construção Plástica Como dito anteriormente o sistema não precisa de estruturas adicionais para a sua montagem, simplesmente escoras de madeira em alguns pontos são suficientes para manter em pé com total segurança o layout completo da casa (figura 29). 51 Figura 29 - Escoras dos painéis. Fonte: Construção Plástica Há vários tipos de concreto para o preenchimento do sistema concreto PVC utilizado em moradias populares. Segundo o projeto e a localidade onde será implantado pode-se utilizar concreto leve ou estrutural. Foram feitos os testes na COOPETEC (Universidade Federal do Rio de Janeiro), para a obtenção da melhor densidade do material que cumpre com o equilíbrio entre a resistência mecânica e o melhor isolamento térmico e acústico. A tabela 1 mostra o traço da argamassa. Tabela 1: Relação para 1m3 de concreto leve de peso especifico de 900kg/m3. Nº Descrição Und. Qtd. 1 Cimento Kg 300 2 Areia Comum l 370 3 EPS (bolinhas ou raspa de poliestireno) l 750 4 Água l 110 5 Aditivo vinílico para EPS l 15 6 Superfluidificante l 3 Fonte: Construção Plástica Este tipo de concreto possui as melhores características de isolamento térmico e acústico para uma casa feita em concreto PVC. A resistência mecânica é a suficiente para uma casa do tipo térrea e não para sobrados. Há uma perda de resistência na fixação, deve-se tomar a precaução de colocar reforços nas áreas onde deverão se montar equipamentos tais como aparelhos de TV; microondas; móveis; etc. 54 Apesar disto, existe a possibilidade de pintar as paredes de PVC, para isso, basta lixar a superfície a aplicar massa corrida dissolvida com a tinta desejada. Já estão sendo desenvolvidas tintas especiais para a superfície do PVC. 6.2.4 Instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas. No concreto PVC devem ser feitas as instalações sanitárias convencionais para o tipo de radier ou base de concreto selecionada. A utilização dos distintos tipos de materiais e distribuição no radier, não afeta em nada a montagem do sistema concreto PVC (figura 33). Figura 33 - Radier com instalações sanitárias Fonte: Construção Plástica Deverá ser definido se os esgotos das pias e tanques serão embutidos nas paredes ou diretamente no chão embaixo dos balcões, antes de começar a concretagem das paredes (figura 34). Para os projetos de casas populares é mais recomendável a instalação do tipo não embutido. Esta montagem não precisa de modificações nas vigas da base de concreto nem cuidados no preenchimento de concreto nas paredes. 55 Figura 34 - Instalações sanitárias concreto PVC Fonte: Construção Plástica A instalação pode ser distribuída pela base da parede e por cômodos. Entrando sempre por um ponto no topo da parede (figura 35). Esta instalação é recomendada para distribuição com caixa d água. Desta forma pode-se percorrer o layout da casa e entrar onde é necessário para logo distribuir. Figura 35 - Distribuição das instalações hidráulicas pela base da parede Fonte: Construção Plástica Quando a instalação possui muitos tubos é melhor distribuir pelo radier ou base de concreto (figura 36), já que neste tipo de sistema não há muito espaço dentro dos painéis. Deve-se sempre levar em conta as ancoragens de aço que se encontra em todo o layout e no centro da parede. 56 Figura 36 - Distribuição das instalações hidráulicas pelo radier Fonte: Construção Plástica Se houver problemas para a distribuição interna por causa de outras instalações, (ex: esgoto), é possível fazer a instalação por fora do radier (figura 37). Figura 37 - Distribuição das instalações hidráulicas por fora do radier Fonte: Construção Plástica Outra alternativa é percorrer o layout da casa pela parte mais alta da parede e fazer a entrada onde é necessário (figura 38). 59 Se a casa é projetada com forro, os condutos podem sair pelo topo das paredes ou pouco antes fazendo outro pequeno buraco por cima do nível do forro. O restante da distribuição é convencional. É importante saber que todas as instalações, tanto hidráulicas quanto elétricas não podem ser horizontais. Sempre as instalações são na vertical, desde o radier para cima ou do teto para baixo e dentro de um mesmo painel. Cada ponto elétrico terá um conduto elétrico que sobe ou desce. Depois da concretagem e antes de montar o forro, devem ser conectadas as caixas centrais de cada cômodo com estes chicotes de condutos elétricos deixados anteriormente e finalmente fazer a fiação e montagem dos pontos previstos. 6.2.5 Coberturas A cobertura ou telhado das casas feitas com o sistema concreto PVC são convencionais. Os perfis de PVC atuam como uma parede de tijolo normal, mas com maior resistência mecânica para a descarga linear de qualquer tipo de telhado. Para moradias do tipo popular é muito utilizada a estrutura de madeira e em formas de tesouras (figura 42). Estas estruturas podem ser apoiadas diretamente no topo das paredes de concreto PVC e amarradas da forma mais convencional. Figura 42 - Estrutura da cobertura em madeira para edificação em concreto PVC Fonte: Construção Plástica O sistema de paredes de PVC sem oitão é o mais recomendado para uma casa econômica e do tipo popular. 60 As tesouras ficam apoiadas sobre o pé direito das paredes e o fechamento pode ser de madeira, alvenaria, ou mesmo PVC do tipo forro. Existem tipos de forro que podem ficar expostos ao sol e a intempéries sem sofrer modificações estruturais e nem de cor. 6.3 Sistema Convencional Na construção convencional (figura 43), primeiramente se faz a base de concreto ou radier, que como citado anteriormente é a solução mais econômica, pois além de servir como base pra a construção da casa já serve também como contra piso, muitas vezes dependendo do grau de habilidade dos operários, se dispensa ate a regularização desta base. Depois se inicia a execução da alvenaria, na construção em grande escala, geralmente é feita com blocos cerâmicos autoportantes, por isso despensa a execução de estruturas, o que geralmente se faz, é passar por dentro dos blocos, barras de aço, que depois são concretadas com concreto tipo grout 4 , que nada mais é de que um concreto com pedrisco como agregado. As vigas são executadas com o uso de canaletas, dispensando assim o uso de formas, as lajes são pré-moldadas e se apóiam nas paredes. Depois de executada a alvenaria, as paredes são chapiscadas depois emboçadas com argamassa de cimento, cal e areia trabalho este extremamente artesanal, pois, o prumo da parede depende muito da habilidade do operário. As instalações são embutidas na parede, depois de executada a alvenaria, o operário com uma talhadeira e uma marreta, quebra a parede formando rasgos para a passagem da tubulação. O telhado é executado com estruturas de madeira ou em aço, opção esta que está sendo muito utilizada por empresas do ramo. 4 Argamassa composta por cimento, areia, quartzo, água e aditivos especiais, que tem como destaque sua elevada resistência mecânica. 61 Figura 43 - Construção em sistema convencional Fonte: Autor 64 7.2 Preço Para efeito de comparação, novamente utilizaremos apenas o fechamento e estrutura como parâmetros, infelizmente não foi possível obter dados detalhados, nos sistemas industrializados, quanto ao valor da mão de obra unitária, obtendo apenas o valor global para uma residência econômica com área de fechamento igual a 200m². Steel frame Tabela 5: Composição de custo do sistema steel frame por metro quadrado de estrutura e vedação. Material Mão de Obra Un. Consumo Preço Unitário (R$) Preço Total (R$) Perfis Ue (140X40X0,95 mm) kg 1,60 5,60 8,96 Perfis U (140X50X1,05 mm) kg 0,34 5,60 1,90 Fita metálica 1,0 mm kg 0,36 5,60 2,02 Chunbador un 0,07 1,20 0,08 Parafusos Fixadores un 2,35 0,05 0,12 Placas de Gusset kg 0,03 5,60 0,17 Gesso acartonado m² 0,60 20,00 12,00 Gesso acartonado (RU) m² 0,13 20,00 2,60 Placa de OSB 12mm m² 0,27 18,00 4,86 Tinta látex l 0,18 8,78 1,58 Liquido Preparador l 0,09 9,29 0,84 Liquido selador l 0,09 12,00 1,08 M.O Total h 1,38 18,81 25,96 Leis sociais 122% 31,67 BDI 23% 14,30 Preço Total 108,31 Fonte: Autor 65 Concreto PVC Tabela 6: Composição de custo por metro quadrado de estrutura e vedação do concreto PVC. Material Mão de Obra Un. Consumo Preço Unitário (R$) Preço Total (R$) Painel de PVC espessura 75mm m² 1,00 84,71 84,71 Concreto dosado e lançado fck= 20 Mpa m³ 0,08 247,73 19,82 Barra de aço CA50 Ø8mm kg 1,50 3,82 5,73 Ripas de peroba de 5 x 1,2 cm m 1,00 2,08 2,08 Prego 18x27” kg 0,001 5,27 0,01 M.O Total h 0,70 7,67 5,37 Leis sociais 122% 6,55 BDI 23% 27,07 Total 124,26 Fonte: Autor Convencional Tabela 7: Composição de custo por metro quadrado de alvenaria auto portante. Material Mão de Obra Un. Consumo Preço Unitário (R$) Preço Total (R$) Bloco cerâmico estrutural 14x19x39 cm un 13,00 1,64 21,32 Cimento kg 3,85 0,36 1,39 Cal Hidratada kg 1,19 0,33 0,39 Areia m³ 0,012 62,46 0,75 Pedreiro h 0,92 3,91 3,60 Servente h 1,10 3,28 3,61 Leis sociais 122% 8,79 BDI 23% 9,16 Total 49,01 Fonte: Tabela Março 2009 FDE. 66 Tabela 8: Composição de custo unitário concreto grout para parede autoportante. Material Mão de Obra Un. Consumo Preço Unitário (R$) Preço Total (R$) Cal hidratada kg 20,00 0,33 6,60 Cimento kg 283,00 0,36 101,88 Pedrisco m³ 0,28 56,58 15,84 Areia m³ 0,72 62,46 44,97 Pedreiro h 6,00 3,91 23,46 Servente h 16,00 3,28 52,48 Leis sociais 122% 92,65 BDI 23% 77,71 TOTAL 415,59 Fonte: Tabela Março 2009 FDE. Tabela 9: Composição de custo unitário para armadura CA 50 para parede autoportante. Material Mão de Obra Un. Consumo Preço Unitário (R$) Preço Total (R$) Aço CA-50-a Ø8mm kg 1,15 3,82 4,39 Arame recozido n.18 kg 0,02 5,61 0,11 Ferreiro h 0,10 3,99 0,40 Ajudante h 0,10 3,31 0,33 Leis sociais 122% 0,89 BDI 23% 1,41 TOTAL 7,53 Fonte: Tabela Março 2009 FDE. 69 8 RESULTADO E DISCUSSÃO Analisando os sistemas e comparando-os, observou-se que os sistemas industrializados levam vantagem na fundação, apesar de sua execução ser idêntica ao sistema convencional. Por serem mais leves que a alvenaria comum os sistemas industrializados possibilitam uma base de menor espessura, pois, o peso das paredes diminui consideravelmente. Percebemos que a montagem da estrutura do sistema steel frame se encaixa perfeitamente no conceito de construção seca e industrializada, pois, não há o uso de qualquer tipo de concreto ou argamassa na sua estrutura. Já no sistema concreto PVC, existe esta necessidade, mesmo que de forma simples sem o uso de fôrmas ou escoras para estrutura, ainda assim o trabalho de concretagem dos painéis é um processo relativamente artesanal que influi diretamente na qualidade final do produto, já que uma concretagem mal executada pode afetar a resistência da estrutura. Entretanto o concreto PVC tem a grande vantagem de não utilizar formas de madeira, um item caro e que possui um alto índice de perda. No sistema convencional o fechamento é feito por blocos cerâmicos ou de concreto, assentados com argamassa, revestidos, com emboço desempenado, ou, no caso de áreas molhadas como cozinhas e banheiros, além do emboço, este apenas sarrafeado, ainda há o azulejo, assentado com argamassa colante, geralmente industrializada. Esta é, sem dúvida, a etapa mais artesanal do processo, as construtoras e incorporadoras do ramo de casas populares fogem desta etapa, pois sem dúvida é a etapa que mais gera desperdícios tanto de tempo quanto de materiais, os dois sistemas portanto levam grande vantagem, nesse ponto, mais apenas o concreto PVC, se sobressai por não precisar de revestimento cerâmico, nem de pintura, já as placas do steel frame necessitam dos dois. Esse item da construção tem sido um divisor de águas no que diz respeito as diferenças entre a construção industrializada e a construção convencional, a maioria dos sistemas ditos como industrializados tentam sair do clichê do tijolo sobre tijolo, isso equivale, para a indústria automobilística, a mudar o sistema de combustão do automóvel para um sistema de fusão a frio, ou trocar a gasolina pela água, como combustível, ou seja, uma evolução sem precedentes, conseguir um sistema tão prático e aceito como o convencional. Os dois sistemas cumprem a tarefa, como toda novidade, há a necessidade de treinamento da mão de obra, mais sem dúvidas os sistemas diminuem muito a margem de erro das construções, evitando desperdícios e atrasos nos cronogramas. 70 Tanto nas instalações elétricas quanto nas instalações hidráulicas, o que se faz geralmente na construção convencional, é levantar toda a alvenaria para que depois, sejam feitos os “rasgos” nas paredes para a passagem das tubulações de água fria e condutores elétricos, o problema ocorre quando o operário acaba quebrando a parede ou mesmo quando esses “rasgos” ficam fora de prumo ou desalinhados. Algo muito recorrente são os registros que são fixados na profundidade errada, isso gera um retrabalho ou a necessidade de materiais adicionais para o término da etapa, comparando com o steel frame e o concreto PVC, esse procedimento parece algo dos tempos da caverna. Se levarmos em conta que no sistema concreto PVC as tubulações e tubos ficam “mergulhados” no concreto e, que, depois caso haja a necessidade de manutenção será necessário quebrar a parede, igual ao sistema convencional, portanto não acrescenta nada de novo ao antigo sistema. Já as instalações executadas no steel frame são facilmente acessadas por shafts localizados em pontos estratégicos, evitando assim a quebra da parede. A cobertura dos sistemas difere muito pouco de um para outro, pouco relevante comentar sobre ela. Os índices de produtividade não poderiam ser mais expressivos, o concreto PVC possui uma produtividade quase oito vezes maior que o sistema convencional e quase duas do que o steel frame. Vale ressaltar que esses índices podem melhorar se a produção se der em larga escala. Com base nos valores indicados nas tabelas, observamos que o sistema convencional ainda se mostrou mais barato que steel frame e o concreto PVC. É importante destacar que sistemas industrializados só se tornam são viáveis a partir de certo numero de unidades construídas, e que quanto maior o número de unidades melhores serão os índices de produtividade e de preço. 71 9 CONCLUSÃO Analisando os sistemas, podemos perceber que há grandes diferenças nas práticas de cada um. Enquanto o steel frame, se encaixa perfeitamente na imagem que se faz de uma construção completamente industrializada, ou seja, um sistema que se monta na obra, algo totalmente modulado, seco sem desperdício e sem sujeira. Do outro lado temos o concreto PVC, que ainda apresenta certas características artesanais, no quesito de concretagem dos painéis de PVC. Os dois sistemas industrializados são superiores ao sistema convencional quando se fala em diminuição do desperdício de material e mão de obra, de rapidez de execução, de qualidade dos materiais. Apesar de todos os avanços tecnológicos, o sistema convencional, mesmo que por uma pequena diferença, se mostrou o mais barato dos três sistemas. Atualmente, os sistemas industrializados contam com poucos fornecedores, como no caso do concreto PVC, que só possui dois, e pouca mão de obra, acredita-se que com o passar do tempo, os sistemas serão mais difundidos, fazendo crescer o leque de mão de obra e fornecedores, forçando assim a queda nos preços. Levando em consideração todos esses fatores, conclui-se que o steel frame é o sistema que apresenta o maior número de vantagens perante seus concorrentes, por ser um sistema limpo e rápido e seus componentes serem totalmente industrializados, e seu valor é apenas 6% mais elevado que o sistema convencional, apresentando uma qualidade muito superior. Mais se todos esses fatores impulsionam para o uso dessas novas tecnologias, por que seu uso ainda é restrito? Existem várias hipóteses que podem responder a essa questão. A primeira seria a dispersão do capital produtivo na indústria da construção, isso ocorre devido à grande quantidade de empresas no setor da construção de habitações que ainda trabalham com o sistema convencional de construção. As indústrias encontram dificuldades para trilhar os caminhos do aumento de produtividade por ser necessário uma grande concentração de capital. 74 FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit Habitacional do Brasil. Disponível em: < http://www.fjp.mg.gov.br//index.php?option=com_content&task=view&id=84&Itemid=97>. Acesso em: 10 de julho de 2009. GOMES. G.. Sistema Construtivo Concreto PVC. Disponivel em: < http://www. construirnordeste.com.br/materiaAbrir.php?idMateria=136&abrirMateriaFromIndex=1>. Acesso em: 01 de setembro de 2009. HERNANDES. H.. Sistema industrializado de construção – steel framing edificações leves. Disponível em: <http://www.metalica.com.br/sistema/bin/pg_dinamica.php?id_pag=1793>. Acesso em: 10 de setembro de 2009. IPT. 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