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o estresse do enfermeiro na sala de trauma, Notas de estudo de Enfermagem

O estresse do enfermeiro na sala de trauma é o tema central desta pesquisa que tem como objetivo geral identificar os tipos de estresse sofrido por estes profissionais. Utilizou-se como metodologia a coleta de dados, essa pesquisa é de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, realizada por meio de entrevista semi-estruturada, com 15 enfermeiros, em vários hospitais da rede pública, na cidade do Rio de Janeiro. Após análise do conteúdo obteve-se como resultado a quantidade insuficiente de

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 14/04/2013

EllenAraujo
EllenAraujo 🇧🇷

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Baixe o estresse do enfermeiro na sala de trauma e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! RESUMO O estresse do enfermeiro na sala de trauma é o tema central desta pesquisa que tem como objetivo geral identificar os tipos de estresse sofrido por estes profissionais. Utilizou-se como metodologia a coleta de dados, essa pesquisa é de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, realizada por meio de entrevista semi-estruturada, com 15 enfermeiros, em vários hospitais da rede pública, na cidade do Rio de Janeiro. Após análise do conteúdo obteve-se como resultado a quantidade insuficiente de profissionais de saúde qualificados para trabalhar no setor. Outro problema é a carga horária excessiva que estes profissionais enfrentam. Frente a essa realidade o enfermeiro se sente sobrecarregado para exercer sua função primordial que é assistência ao paciente, pois suas ações acabam sendo exercidas por outras pessoas da equipe, que não tem a noção cientifica que muitas vezes podem até levar um paciente a óbito, pois desta forma, levará o enfermeiro a uma imprudência por estresse. Como conclusão, pode-se dizer que a melhor maneira de se evitar o estresse dos enfermeiros em uma sala de trauma, seria aumentar o número de profissionais com mão de obra qualificada, ou até mesmo, qualificando os que já atuam neste setor, colocando material e pessoal suficiente e de qualidade. Palavras Chaves – enfermagem em trauma, estresse, realizações. ABSTRACT The stress of nurses in the trauma room is the central theme of this research aims at identifying the types of stress suffered by these professionals. Was used as the data collection methodology, carried out through semi-structured interviews with 15 nurses in various public hospitals in the city of Rio de Janeiro. After analyzing the content was obtained as a result of the insufficient amount of qualified health professionals to work in the industry. Another problem is the excessive workload that these professionals face. Facing this reality feels overwhelmed nurses to perform its primary function is patient care, because their actions end up being performed by others on the team, which has no scientific concept that can often lead to a patient to death, because thus, the nurse will take the imprudent stress. In conclusion, we can say that the best way to avoid the stress of nurses in a trauma room, would increase the number of professionals with skilled labor, or even calling those who already work in this sector, placing material and sufficient staff and quality. Keywords - nursing trauma, stress, achievements. 1 INTRODUÇÃO A sala de trauma é um setor que exige grande habilidade técnica e conseqüente embasamento cientifico da equipe que ali atua. É neste setor que é dado o prognostico inicial do paciente, definindo-o como viável ou não. Por este perfil nota-se que é fundamental uma equipe de enfermagem com capacitação especifica para o atendimento inicial. Para FREIRE (2001, p.511) nos CT (Centro de Trauma): “...devem existir locais destinados ao atendimento inicial do politraumatizados aos quais recebem o nome de Sala de Trauma, ou seja, locais onde possam ser realizados os procedimentos inicias de emergência, oferecendo inclusive, a possibilidade de realizar procedimentos cirúgicos de pequeno porte, desde que imprescindíveis”. A sala de trauma deve estar localizada no andar térreo, com acesso fácil para viaturas de resgate assim como para pacientes oriundos de demanda espontânea. Os pacientes não devem permanecer no setor por tempo superior a 60 minutos. Em sua maioria, as salas apresentam caráter misto, recebendo adultos do sexo masculino e feminino. A iluminação deve ser feita de forma que a equipe possa ter uma boa visibilidade quando for realizar atividades específicas que vão desde uma punção venosa periférica até uma cirurgia de pequeno porte como uma toracocentese de alívio. Ainda em relação à sala, deve haver local específico para descanso e alimentação da equipe para que os profissionais que ali atuam não precisem se ausentar do setor. Os cuidados emergenciais são aqueles que visam reverter quadros de injurias agudas e que colocam o individuo em risco de morte. Estes quadros são decorrentes de alterações significativas no padrão de normalidades dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente e que se manifastam de forma súbita. Frente a essas situações faz-se necessária a reversão imediata do quadro, sendo necessário agir com precisão e segurança. De acordo com GOLDIM (2003): 5 “...a assistência em situações de emergência e urgência se caracteriazam pela necessidade de atendimento imediato, assim a capacitação dos profissionais que atuam em unidades de emergência, tornou-se um aspecto relevante, principalmente no setor de trauma”. Este é um setor que pertence à unidade de grande emergência a qual irá receber pacientes em grande maioria acometidos por situações violentas ocorridas em diferentes circunstâncias. O Enfermeiro deve estar preparado psicológica, física e científicamente para este fim, visto que as ações por ele realizadas serão na maioria das vezes de alta complexidade, segundo a lei 7.498 pelo decreto lei 94.406/87 ao enfermeiro incumbe: Cuidaos de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento científico adequado e capacidade de tomar decisões imediatas. É importante ressaltar a necessidade de ma equipe multiprofissional atuando no setor, sendo este um grande diferencial no que diz a respeito à otimização do serviço. É costume dizer que o profissional de emergência tem que agir de forma medular de acordo com ESCUDEIRO (2002.p,101): “A qualidasde da assistência prestada nas situações emergências depende, muitas vezes, da criatividade do profissional; entretanto, ela só brotará se o conhecimento e a prática forem o seu alicerce”. BRASIL (1985): Emergencia é a “unidade destinada à assistência de doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato”. A sala de trauma deve ter um ambiente propício, estando este estrategicamente posicionado como unidade emergencial, dispõe ainda de recursos materiais específicos e sempre bem monitorados pelo serviço de manutenção, sala ampla perto do serviço de imagem e todos os exames laboratoriais, pois assim alcança o objetivo que é a manutenção da vida. O enfermeiro deve ser sensitivo e eficaz e sua coordenação ou chefia, deve ser capaz de proporcionar que o mesmo esteja exclusivamente na assistência evitando que atividades burocráticas interfiram no foco principal que é o paciente. 6 O trauma é considerado para muitos como uma doença do século e seu impacto pode ser sentido nos diversos setores. De forma simplificada podemos dizer que o trauma afeta principalmente o setor econômico, pois a maioria das vítimas de trauma faz parte da população economicamente producente. Outro ponto de destaque é a presença do trauma no cotidiano das pessoas, não há um dia em que se abra um jornal, ou que se ligue a televisão sem que tenhamos incidentes traumáticos de grande porte. Devem se traçar com os profissionais, atividades que irão funcionar como válvula de escape para manter este funcionário emocionalmente apto para esta função. Espero com isso, elaborar uma boa pesquisa técnico-cientifíca de forma a oferecer aos colegas uma base teórica vivida por estes profissionais, pois evidenciamos que uma das maiores causas de morte entre adolescentese jovens são os acidentes de trânsito. Segundo PAVELQUEIRES (2000): “A rotina do trabalho em pronto socorro coloca, muitas vezes, os enfermeiros em situação que exige, além de domínio do conhecimento, a rapidez de raciocínio no sentido de tomar decisões pertinentes ao diagnóstico, ora com um único paciente, ora com um grande números de vítimas”. Este trabalho pretende mostrar o estresse sofrido pelo enfermeiro no setor de trauma. E a influencia desse estresse na vida profissional e pessoal, devido a muitas responsabilidades (ATUAR, LIDERAR E ORGANIZAR),muitas das vezes a falta de especialização, habilidade e experiência, para trabalhar no setor de trauma. Por isso venho aqui mostrar o que o estresse pode causar na vida tanto do profissional Enfermeiro, quanto de qualquer outra profissão que requer atenção extrema e muita responsabilidade. Por ter trabalhado muitos anos em um setor de trauma, e ter acompanhado o dia-a-dia de um enfermeiro, escolhi esse tema, pois é muito difícil fazer tudo e cuidar de todos ao mesmo tempo. Apartir dessa vivencia resolvi tentar desenvolver estratégias para que possa diminuir esse estresse de um plantão, ou melhor, de 7 à complexidade das situações, da evolução dos conhecimentos e da utilização de recursos, torna-se necessário que os enfermeiros do atendimento intra-hospitalar repensem e criem novos modelos e praticas de cuidar em emergência. A emergência deve ser vista como porta de entrada da vitima de politrauma. No serviço de saúde, um ponto importante que interfere na assistência inicial de emergência é a deficiência e inadequação do pessoal que atende a esta vitima, e este acrescido do local mais adequado para atendê-las. Segundo BRITO (2011) em relação às atividades assistenciais exercidas pelo enfermeiro, salientamos abaixo as principais: - elabora, implementa e supervisiona, em 1conjunto com a equipe médica e multidisciplinar, o Protocolo de Atenção em Emergências (PAE) nas bases do acolhimento, pré-atendimento, regulação dos fluxos e humanização do cuidado; - presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico; - prepara e ministra medicamentos; - viabiliza a execução de exames complementares necessários à diagnose; - instalar sondas nasogástricas, nasoenterais e vesicais em pacientes; - realiza troca de traqueotomia e punção venosa com cateter; - efetua curativos de maior complexidade; - preparam instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos diversos; - realiza o controle dos sinais vitais; - executa a consulta de enfermagem, diagnóstico, plano de cuidados, terapêutica em enfermagem e evolução dos pacientes registrando no prontuário; - administra, coordena, qualifica e supervisiona todo o cuidado ao paciente, o serviço de enfermagem em emergência e a equipe de enfermagem sob sua gerência. Dentre as atividades administrativas efetuadas pelo enfermeiro, destacam-se: - realiza a estatística dos atendimentos ocorridos na unidade; 10 - lidera a equipe de enfermagem no atendimento dos pacientes críticos e não críticos; - coordena as atividades do pessoal de recepção, hotelaria, limpeza e portaria; - soluciona problemas decorrentes com o atendimento médico-ambulatorial; - aloca pessoal e recursos materiais necessários; - realiza a escala diária e mensal da equipe de enfermagem; - controla estoque de material, insumos e medicamentos; - verifica a necessidade de manutenção dos equipamentos do setor. 1.1 Objetivos 1..- Geral • Identificar os tipos de estresse sofrido pelo Enfermeiro no setor de trauma de um hospital público. 2..- Específico • Discutir como o estresse interfere na vida do profissional. • Discutir o estresse no setor de trauma. • Levantar as estratégias utilizadas para que possam minimizar o estresse do Enfermeiro, no setor de trauma. 1.2 Justificativa 11 A escolha do tema se deu pela experiência da formanda no setor de trauma, como técnica de enfermagem. Por ter trabalhado muitos anos em um setor de trauma, e ter acompanhado o dia-a-dia de um enfermeiro, percebi a responsabilidade deste profissional (ATUAR, LIDERAR E ORGANIZAR), quanto ao cliente que ali é atendido, quanto com a sua equipe que com ele trabalha. É muito difícil e estressante executar rodas as atividades e cuidar de todos ao mesmo tempo. A partir dessa vivencia resolvi tentar desenvolver estratégias para que possa diminuir esse estresse de um plantão, ou melhor, muitas vezes, de vários plantões. 1.3 Problema • Muitas funções para um mesmo profissional; • Diversidade de atribuições no setor; • Carga horária excessiva; • Insuficiência de mão-de-obra qualificada. De acordo com CABRAL, et al(1997) deve-se evitar sobrecarregar o corpo ou a mente com ações exaustivas repetitivas quando já se está exausto; dormir bem: sendo necessário resguardar-se do estresse à noite, reduzindo o excesso de luz, barulho, frio ou calor e até o consumo exagerado de refeições pesadas e ou bebidas; e reservar momentos para diversão e distração, onde se possa desvencilhar dos problemas estressantes. Segundo CRESPO (2009) o estresse pode esgotar as reservas de vitamina C e complexo B, portanto, uma boa nutrição pode ajudar seu controle, devendo ter maior atenção alimentos frescos, saudáveis e de fontes variadas (carboidratos, proteínas, vegetais, frutas, cereais). E evitando gordura, ingestão de bebidas alcoólicas e diminuição no consumo de café (pseudo-estressor). No estresse crônico, a suplementação vitamínico-mineral geralmente é necessária. Reduzir o estresse não significa que você deve mudar da cidade para o campo, abandonar seu emprego, se aposentar, largar o automóvel ou mudar de 12 Para amenizar tais cargas de trabalho, os estudos apontam algumas estratégias, como adequação do quantitativo de pessoal, educação continuada e melhores condições de trabalho. Tem-se como desafio a realização de pesquisas que revelem com mais precisão a relação entre as cargas e as condições de trabalho da equipe de enfermagem, haja vista o quanto comprometem a saúde dos trabalhadores. (SCHMOELLER,2011. pág.368) Constata-se que as condições de trabalho às quais estão expostas as trabalhadoras pesquisadas, favorecem a exposição dessas trabalhadoras ao estresse ocupacional, em primeiro lugar, pelas características inerentes à profissão, segundo, porque para além da natureza do trabalho, há que se considerar a forma precarizada desse trabalho vivenciado por essas trabalhadoras, que embora mantendo um vínculo formal, atuam com escalas extras de jornada de trabalho, essas sim, caracterizadas como trabalho precarizado dentro do vínculo de trabalho formal. (FERNANDES, 2008. pág.414) Por outro lado à prática educativa é de fundamental importância na enfermagem, tanto para o paciente como para o próprio profissional, de modo que a instituição tem a responsabilidade em propor programas apropriados as necessidade de qualificação em cada situação nova ou para reciclar seus trabalhadores qualificando-os para novas exigências assistenciais ou para mudanças comportamentais necessárias à oferta de assistência e qualidade. Assim, é importante que se façam planos para o alcance do processo educativo proposto. A ação educativa como possibilidade de crescimento, ampliação de consciência e leitura da realidade, deve enfatizar, acima de tudo, o processo de viver e a valorização da vida. (BOLLER, 2003. pág. 336) Sabe-se que o tratamento humanizado não se concretiza se estiver centralizado unicamente no paciente, que os profissionais de saúde também devem dispor das condições necessárias para desenvolver suas atividades. Reconhece-se a dificuldade do ambiente proporcionado pelo PS, porém acredita-se que as condições necessárias para melhoria deste ambiente só serão proporcionadas através de mudanças estruturais a nível nacional, mudanças essas que se espera que ocorram, mas que levarão ainda algum tempo. Essa situação gera a necessidade da conscientização dos profissionais em relação ao cuidado, em todos 15 os seus aspectos, e sua concretização e aplicação destes de uma melhor forma nas condições atuais. (SOUZA, 2007. pág.242) Acreditamos que um dos fatores condicionantes para esta situação, é a existência de um ensino, ainda fragmentado e reducionista, nas faculdades de enfermagem. Um outro fator dificultador é a falta de investimentos, por parte das Unidades de Saúde, na qualificação profissional de seus funcionários, inclusive da equipe de enfermagem; podemos citar ainda, o desinteresse de algumas enfermeiras em manterem-se atualizadas no campo do conhecimento. A academia deveria proporcionar aos alunos um ensino que contempla a totalidade do cuidado, a humanização no atendimento, destacando a subjetividade e a singularidade do usuário. (PINHO, 2006. pág. 46) 16 3- METODOLOGIA 3.1 Tipos de Pesquisa ENTREVISTA COM PELO MENOS 15 ENFERMEIROS DA SALA DE TRAUMA, QUE ATUAM HÁ PELO MENOS 2 ANOS NO SETOR, DE UM HOSPITAL PÚBLICO. Em relação ao tipo de pesquisa utilizada caracterizamos a mesma como um estudo descritivo de natureza exploratória, que de acordo com GIL (2002- pag. 41): “... estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.” 3.2 Abordagem Metodologia de acordo com GIL (2002 – pág. 50): “... descrevem-se os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa. Sua organização varia de acordo com peculiaridades de cada pesquisa. Requer-se, no entanto, a apresentação de informações acerca de alguns aspectos...” 3.3 Método Está sendo utilizado um método de estudo de caso com enfermeiros que atuam na sala de trauma da rede pública porque, segundo GIL (2002.p.105), o estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais, para SANTOS (1994,p.162): “Estudo de caso e a análise, com profundidade, de um ou poucos fatos, com vista à obtenção de um grande conhecimento, com riqueza de detalhes, do objeto estudado”. 3.4 População 17 4 ASPECTOS ÉTICOS Os procedimentos do estudo serão desenvolvidos de forma a proteger a privacidade dos indivíduos, garantindo a participação anônima e voluntária, obedecendo assim a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional e Saúde que define as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, assim como os critérios definidos pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). O consentimento na participação da pesquisa se dá pelo próprio preenchimento e entrega do questionário. Trata-se de pesquisa relacionada ao conhecimento profissional do entrevistado não envolvendo, portanto, procedimentos de caráter invasivo para tratamento, coleta de material orgânico ou qualquer procedimento que envolva a integridade humana. Será informado ao pesquisado que a resposta ao questionário não acarretará nenhum tipo de risco física, psíquico, moral, intelectual, social para a execução de seus serviços, posto que os questionários não terão o nome do estabelecimento de saúde revelado (anexos). Espera-se que os benefícios advindos desta pesquisa sejam notórios de forma que o resultado da pesquisa forneça subsídios para novas pesquisas relativas ao acolhimento do cliente portador de tuberculose nos serviço de pronto-atendimento. 20 5 RESULTADO A pesquisa do estudo em questão ocorreu em diversos níveis, sendo o primeiro a realização de uma leitura de todos os questionários, podendo assim identificá-los e organizá-los em grupos. Foi realizado através de questionários semi-estruturados onde MARCONI E LAKATOS (2002,p.98): “Dizem que questionário é um instrumento de coleta de dados constituídos por várias perguntas que devem ser respondido por escrito e sem a presença do entrevistador, podendo ser enviado para o informante pelo correio ou preenchido, o mesmo devolverá do mesmo modo”. 5.1 O Déficit do Conhecimento Técnico-Cientifico Atualmente o enfermeiro precisa estar tecnicamente e cientificamente atualizado com os atendimentos, principalmente as condutas que implicaram no prognóstico da vítima. Os acidentes estão cada vez mais constantes entre jovens, e o padrão de atendimento se especializando, tornando-se assim necessária uma assistência sincronizada entre a equipe multiprofissional. Segundo a Ver. Latino-Am Enfermagem MORAES (2004,p.478): “Afirmam que os enfermeiros que atuam na unidade de emergência, Centro de trauma devem estar tanto técnico como científico voltado para o autoconhecimento, o que exige deles domínio de suas próprias ações e conhecimento de seus limites e possibilidades”. Pois, BRITO (2006,p.02): “O enfermeiro que atua nessa unidade necessita ter conhecimento cientifico, prático e técnico, afim de que possa tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente.” Onde os enfermeiros da pesquisa afirmam que: 21 PRETO: “...Experiência foi adquirida durante o trabalho na emergência e a capacitação foi dada pela instituição a qual pertenço acompanhada do esforço pessoal para execução com eficiência bem como leitura relacionadas”. BRANCO: “...Através de treinamento no corpo de bombeiro e adquirindo experiência com os colegas”. ROXO: “...Atuando em serviço”. BEGE: “...Observando, estudando, pesquisando, trabalhando”. Nesta avaliação pude constatar que os enfermeiros que trabalham nas salas de trauma se contentam ou não se importam com o pouco de conhecimento adquiridos nas universidades, e por sua vez, as instituições públicas onde trabalham não promovem uma educação continuada para aperfeiçoar o conhecimento do profissional. Diante disso implicará na qualidade da assistência prestada e principalmente ao prognóstico e reabilitação da vítima. 5.2 Procedimentos de Competencia do Enfermeiro de Trauma Em relação as ações desenvolvidas pelo enfermeiro da sala de trauma, pode se ressaltar que tal profissional exerce papel fundamental nas atividades que envolvem conhecimento técnico - cientifico, e função administrativa. Sua competência em organizar, avaliar, liderar e implementar as prioridades de cuidados, o diferencia, e o coloca como uma das peças principais dentro do setor, onde a todo momento este orienta e supervisiona sua equipe. De acordo com a Resolução do COFEN (2005), que dispõe sobre a atuação do profissional de enfermagem no atendimento intra-hospitalar Art.01º, diz que: “O atendimento hospital de suporte básico e suporte básico de vida, previsto em lei, sejam privativos e desenvolvidas pelo enfermeiro de acordo com a complexidade da ação, após sua avaliação.” Devido a isso, o enfermeiro precisa estar atualizado e bem capacitado, para colocar em prática suas ações. 22 6 DISCUSSÃO Após análise das entrevistas, foram obtidos dados suficientes para concluir o objetivo expresso no inicio da pesquisa. Não houve dificuldade em encontrar enfermeiros que participassem da entrevista, todos foram muitos solícitos, e ficaram felizes com o tema abordado. Foram realizadas perguntas abertas e fechadas para dar tempo que responde-se com clareza, sem que ficasse uma coisa importuna. Na primeira categoria o objetivo era saber se eles tiveram algum tipo de treinamento/curso, ou capacitação para atuar no setor de trauma, o mais impressionante é que quase a metade disse que não, a resposta mais assustadora foi, quando um enfermeiro que tem mais de trinta anos no setor me diz: “... não houve oportunidade, porque sempre trabalhei em vários lugares não sobrando tempo...” Segundo SCHMOELLER (2011) “Indicaram as cargas de trabalho como responsáveis pelo desgaste dos profissionais, influenciando a ocorrência de acidentes e os problemas de saúde. Para amenizar tais cargas de trabalho, os estudos apontam algumas estratégias, como adequação do quantitativo de pessoal, educação continuada e melhores condições de trabalho.” Ao enumerar os diferentes profissionais que trabalham com o atendimento ao traumatizado, reforça a quantidade insuficiente de profissionais de saúde qualificados para trabalhar no setor. A identificação dessa carência faz com que a graduação seja importante na mudança desse perfil, criando treinamentos/cursos que qualifiquem e capacitem os enfermeiros que futuramente poderão ingressar na área. Através da segunda pergunta-se o estabelecimento de saúde poderia ajudar na sua qualificação como enfermeiro de um setor que requer grande habilidade de conhecimento. Foram observadas respostas concretas que resolveriam os problemas da maioria das instituições publicas, algumas delas eram a falta de condições de trabalho, de material, de mão de obra insuficiente, uma enfermeira queria da instituição: “... fornecendo materiais e aparelhos mais modernos para melhor e rápido ser o atendimento.” 25 Segundo BATISTA (2006): “O trabalho, quando realizado em condições insalubres e inseguras, tem influência direta sobre o bem-estar físico e psíquico do indivíduo. A organização da instituição piramidal hospitalar é responsável pelas pressões exercidas sobre os profissionais de saúde, referindo que os problemas existentes na instituição são mais comportamentais do que técnicos.” Sem estas referencias dos enfermeiros, os hospitais perderiam, pois, eleva os custos e contribui para o declínio da qualidade de assistência, afetando a organização de multiprofissionais e principalmente o paciente. Na terceira indagou-se sobre o estresse sofrido no setor de trauma, e como tudo isso influencia em sua vida pessoal e profissional. A maioria dos entrevistados respondeu que o estresse atrapalha e ajuda ao mesmo tempo, uma enfermeira em sua entrevista diz:”...na vida profissional, através do estresse direto. Na vida pessoal causando fadiga, mal humor, alteração (distúrbios) do sono.” Segundo MAGELA (2009): “Apesar do estresse que esses profissionais enfrentam durante o cotidiano de trabalho, eles mantêm o compromisso de prestar uma assistência com qualidade e humanização, havendo tendência para exaustão emocional, desânimo e sentimentos de angústia, o que reafirma a importância da prevenção de saúde no ambiente de trabalho.” Foram observadas respostas que demonstram tudo o que um enfermeiro sem capacitação e sem experiência acaba sofrendo. Frente a essa realidade o enfermeiro se sente sobrecarregado para exercer sua função primordial que é o paciente, pois suas ações acabam sendo exercidas por outras pessoas da equipe, que não tem a noção cientifica que muitas vezes podem ate levar um paciente a óbito, pois desta forma, levará o enfermeiro a uma imprudência por estresse. Frente às condições que a instituição muitas vezes coloca o enfermeiro que geralmente precisa do emprego, ele assume situações que sem a sua verdadeira habilidade, causando um estresse absurdo, um dos enfermeiros disse que: “...fico bastante estressada, mesmo após o fim do plantão, fico pouco paciente com os acontecimentos e pessoas.”. Segundo FERNANDES (2008): 26 “Constata-se que as condições de trabalho às quais estão expostas as trabalhadoras pesquisadas, favorecem a exposição dessas trabalhadoras ao estresse ocupacional, em primeiro lugar, pelas características inerentes à profissão, segundo, porque para além da natureza do trabalho, há que se considerar a forma precarizada desse trabalho vivenciado por essas trabalhadoras, que embora mantendo um vínculo formal, atuam com escalas extras de jornada de trabalho...” A análise destas temáticas permitiu ainda verificar que existe a necessidade de maior atenção as questões referentes ao trauma na formação do enfermeiro. É certo que nem todos os que saíram agora da formação serão profissionais de emergência e urgência. No entanto, vale observar que o enfermeiro atualizado se sobre-sai, não só como profissional habilitado mais também o respeito de uma categoria que exige do enfermeiro uma melhor atuação do que a do próprio medico. 27 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA AGUIAR, K. N.; SILVA, A. L. A. C.; FARIA, C. R.; LIMA, F. V.; SOUZA, P. R.; STACCIARINI, J. M. R. - O estresse em uma equipe militar de resgate pré- hospitalar. Eletrônica de Enfermagem (online), Goiânia, v.2, n.2, jul-dez. 2000. ALMEIDA, A. P. G; BASTOS, A. C. M. P. fisiologia do estresse. Saúde & Ambiente em revista, duque de Caxias, v. 2,n.1, p. 127-134, 2007. ALMEIDA, PJS, PIRES DEP. O trabalho em emergência: entre o prazer e o sofrimento. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2007 Set-Dez; 9(3): 617-629. ANDRADE, M.M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7ed. São Paulo: Atlas. 2006. BALLONE, G. J. 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