Baixe Acordeon - sanfona - mario mascaranhas e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity! METODO DE ACORDEÃE
MÉTODO DE ACORDEÃO
MASCARENHAS
E
TEÓRICO E PRÁTICO
DO
Pror. Mário MascARENHAS
47º EDIÇÃO COMPLETAMENTE REFORMADA
RICORDI BRASILEIRA S.A.
Rua Conselheiro Nábias, 1136
Jndice
Pág.
Prefácio ..sassecesnoceese cnc vese roses 5
A História do Acordeão ...............- 6
Ponto de Partida .............ecc eee 9
Noções Elementares de Música ......... 10
1º Aula Básica ..... 12
Posição Masculina e Feminina .......... 14
Duas Mãos Amigas ....... .....v.cccos 15
Mãos, Pulso e Braços .................- 16
Minha Primeira Valsa ................. 17
Fole ...... 18
O Relogio Bateu 3 Horas ............... 19
2* Aula Básica ...........-ercrerereeos 20
O Velhinho do Realejo ................. 21
Mineirinha 22
A Baratinha Tonta . 23
Sobre as Ondas .... 24
Ondas do Danubio ..............reros 26
ERRA caco o clormia ce 0,0) ataj0;8/ 010.20 0 o epson 28
Parabéns Prá Você ............ccceeeo 29
Grafia Musical da Clave de Fá 30
Preparação para Acompanhamento ..... 32
Sanfoninha de Ouro .............. cu... 3
Uma Festa no Céu ...........cccess 35
Noite Feliz (Franz Gruber) ..... 36
Velhos Tempos ...... 37
Carnaval de Veneza . 38
Capricho Italiano ..........cerereeeoo 39
Quadrilha. .,.0.. aeee semes asas 40
Olhos Negros ..........cccccecceerrere 42
Valsa da Despedida (Robert Burns) . 43
Meu Amigo Acordeão ................. 44
Pig.
Magoas de Acordeão ............e.e neo 41
Escalas Maiores em Sustenidos . - 48
Escalas Maiores em Bemois .... . 49
Escalas Menores Harmônicas em Sust. .. 51
Escalas Menores Harmônicas em Bemois. 52
Escalas Menores Melódicas em Sust. .... 58
Escalas Menores Melódicas em Bemois .. 55
Quadro da Nomenclatura do Acordeão .. 56
Acordes em Tons Maiores .. eu 58
Arpejos em Tons Maiores .... 59
Acordes em Tons Menores ............. 62
Arpejos em Tons Menores ..............
Acordes de Sétima da Dominante ....... 66
Arpejos de Sétima da Dominante e 87
Acordes de Sétima Diminuta ........... 2
Arpejos de Sétima Diminuta ........... 3
Escala Cromática ................e.... é]
Escalas em 3as. e 6as. Duplas .. 8
Ritmos Diversos 82
Below Snake acessem cpa reseso 86
Berceuse (J. Brahms) ................. 8s
A Caravana no Deserto ................ 89
Sinos de Quixeramobim ... 90
O Trem Está Apitando 92
Duas Sogras Brigando ..... 94
A Bandinha Furiosa ...........cceue 96
Fogos de Artifício .............ceeeeo 98
O Canto do Rouxinol ........ 102
O Menino do Sorriso de Anjo . 105
Acordeão Diabólico ........... ese = 07
Rapsodia Húngara N.º 2 (Franz Liszt) 112
Do mesmo autor e mesma Editora o livro PRELÚDIOS E FUGAS, contendo as seguintes
peças de exame: — Peças de Bach do livro de Madalena Bach; Peças fáceis de Bach;
Coprichos de Lebert e Stark N.º 1, 4, 7, 12, 13, 19, 20 e 26; Alilemande da Suite
Francêsa n.º 1 e Aliemande da Suite Inglêsa n.º 3; Prelúdios e Fuguetas N.º |, Il, IV e V
e o Prelúdio e Coral “O menino do sorriso de anjo”.
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O Copyright 1978 Assigned to
pras are
ordi Brasileira S.Ã.E.C.
Diintad im Brasil
“Pre
'Todo principiante é um artista! Nada mais
importante para o Professor, do que ver, pouco
a pouco o progresso de seus alunos, a alegria
que os mesmos têm em tocar suas variadas mú-
sicas.
Como uma criança que ainda não fala, êsses
alunos principiam o estudo de acordeão e, para
o Professor é grande a satisfação em observar à
evolução gradativa de cada um, até que adquiram
o completo domínio do instrumento.
Com o meu espírito de observador, fico à
parte, medindo o progresso e sentindo as diversas
mudanças por que passa O estudante. Este luta
bravamente para conquistar o fim desejado! Todo
principiante é um artista! São entes que trazem
dentro de st o dom da “DIVINA MÚSICA”. Só
pelo fato de se ter impulsionado para tocar, pro-
va que êle precisa da música, alento de nossa
alma. Não se contenta em ouvi-la executada por
outrem; quer com seus próprios dedos, arrancar
as notas, vibrar seus sons, construir suas frases,
o que certamente êle tem em mente.
Eis que que surge a batalha — a grande luta
contra uma profusão de teclas e um exército de
botões. As escalas sobem e descem, as notas se
lhe parecem fugir de seus dedos como por um
encanto. Vem o desânimo, depois a reação e, su-
bitamente, êle vai dominando, segurando como
por um freio, essas notas — vai vencendo! As
melodias surgem simples mas suficientemente be-
las para que O herói se delície como quem con-
quistasse o prêmio da vitória.
O ritmo e o sentimento virão depois em con-
sequência da primeira luta vencida. Vem como
um refôrço e êle, orgulhoso, atira-se mais forte
e destemido para o campo da agilidade.
Após recente viagem que realizei “VOLTA AO
MUNDO”, onde tive à oportunidade de visitar as
melhores Academias de todos os países, trouxe
para nós o que havia de melhor. Tendo perma-
necido há tempos três anos nos Estados Unidos
onde me diplomei, adquirindo tôda minha técni-
ca e conhecimento, agora, com esta grande via-
gem ao redor do mundo, cheguei a conclusão que
o contato direto com Os povos, absorvendo seus
costumes, ritmos, idiomas, é o ideal. Nada melhor
para o musicista do que ouvir dos próprios nati-
fácio
vos suas músicas e seus mestres. Pesquisei minu-
ciosamente o sistema moderno europeu, a técnica
atual dos Estados Unidos e no Oriente tive a
oportunidade de verificar como nos países orien-
tais o Acordeão está difundido principalmente no
Japão onde o ambiente acordeonístico é por de-
mais desenvolvido. A feliz conclusão que cheguei,
foi que o meu sistema do 4º dedo no Dó Mar-
cado é o adotado no mundo inteiro. Esta técnica
perfeita e real, universalmente conhecida, não foi
um invento meu, lancei apenas em nossa Terra
um sistema já consagrado. Hoje, sinto-me com-
pensado pelo estôrgo e trabalho que dispendi para
a difusão do dedilhado perfeito, ao ver tôdas as
melhores Academias do Brasil, adotarem o 4º
dedo no Dó Marcado. Devemos nos aproximar da
perfeição e não nos afastarmos dela.
o presente Método contém o estritamente ne-
cessário. É conjugado com & COLEÇÃO MASCA-
RENHAS PARA ACORDEÃO, série esta de doze
volumes de exercícios de Grandes Mestres do
Piano, transcritos para Acordeão, sendo cada l-
vro dedicado a um ano do Curso visando as pro-
vas de exame. Isto prova & luta que temos tido
para elevarmos cada vez mais o conceito do Acor-
deão, colocando no seu Curso Os mais difíceis
exercícios, peças e estudos do Piano, bem como
incluindo Bach, com suas Invenções a 2 € 3 vo-
zes, Suites Francesas e Inglesas, Prelúdios e Fu-
guetas, Prelúdios e Fugas etc.
Finalizando espero que o meu trabalho seja
de grande eticiência, colaborando com os futuros
acordeonistas e, até mesmo, com aquêles que já O
são, mas que carecem de aperfeiçoamento nos
princípios da escola universal, nos quais estão
alicerçados os ditames de meu método. Se-
guindo-os, estou certo de que será facilimo para
qualquer estudante o manejo do Acordeão e que
êste, dentro em breve, deixará de ser um instru-
mento de luxo, mas, sim, para ser de utilidade,
servindo como complemento da harmonia das vi-
brações da alma em equilíbrio com o sentimento
da vida exterior. E a vida seria muito melhor se
em cada lar houvesse um Acordeão!
Acordeonisticamente,
MÁRIO MASCARENHAS
A História do Acordeão
3 (Para defesa de tese no exame final dos Conservalórios)
O CHENG
Há dois mil e setecentos anos antes de Cristo
foi inventado na China um instrumento denomi-
nado CHENG. É uma espécie de órgão portátil
tocado pelo sôópro da bõca.
Cheng
Tinha a forma de uma ave, o Fênix, que os
Chineses consideravam o Imperador das Aves.
O Cheng era dividido em 3 partes :
1.º) Recipiente de ar
2.º) Canudo de sópro
3.º) Tubos de bambu
O recipiente de ar parece com o bôjo de um
bule de chá. O canudo de sôpro tem a forma de um
bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantida-
de dos tubos de bambu variava, porém, a mais usa.
da é a de 17. Interessante é que dêstes 17 tubos de
bambu 4 não têm a abertura em baixo para en-
trada do ar, são mudos, são colocados sômente
por uma questão de estética. Na parte superior
do recipiente de ar ou reservatório de ar existem
as perfurações onde são fixados os tubos de bam-
bu e em cada tubo é colocada a linguêta ou pa-
lhêta para produzir o som. Este recipiente (es-
pécie de cabaça) é abastecido constantemente pelo
sópro do músico, que tapa com as pontas dos
dedos os pequenos orifícios que existem na parte
inferior de cada tubo. De acôrdo com a música
a ser executada êle vai soltando os dedos, poden-
do formar até acordes. Em cada tubo de bambu
há um caixilho próprio para ser colocada a lin-
gueta, prêsa por uma extremidade e sôlta na outra
que vibra livremente quando q ar comprimido a
agita. O Cheng é o precursor do Harmônio e do
Acordeão, pois foi o primeiro a ser idealizado e
construido na família dos instrumentos de pa-
lhêta. De acôrdo com a região que era usado, o
Cheng recebia nomes diferentes: — Schonofouye,
Hounofouye, Tcheng, Cheng, Khen, Tam Kim,
Yu, Tchao, Ho.
De acôrdo com o Padre Amiot (Jesuita) veio
o Cheng da China para St. Petersburg, na Rússia,
onde Kratzenstein (Christien Theophile) doutor
em filosofia, em medicina e professor da Facul-
dade de Medicina na Universidade de Copenha-
gue, nascido em Wernigerode em 1723 (Prússia),
examinando o instrumento verificou que o seu
agente sonoro era uma lâmina de metal que vi-
brava livremente por meio do sôpro produzindo
cons graves e agudos. Éle sugeriu que Kirschnik
aplicasse nos tubos dos órgãos de sua fabricação
esta lâmina livré de metal, o que foi feito em
1780. Da Rússia passou para a Europa, tendo a
Alemanha tomado grande interêsse sobretudo nos
instrumentos de órgão. Foi daí que Christien
Friederich Ludwig Buschmann, fabricante de ins-
trumentos, teve a idéia de reunir várias lâminas
afinadas e fixadas numa placa formando uma es-
cala cujos sons se faziam ouvir passando rapida-
mente através do sôpro, isto em 1822. Mais tarde
êle transformou esta pequena placa num instru-
mento musical para brinquedo de criança tocado
com as duas mãos ao qual deu o nome de Han-
daolina ou harmônica de mão. Para tanto au-
mentou o número de palhêtas de metal e o tama-
nho do aparelho, anexando-lhe um pequeno fole
e uma série de botões. ste instrumento, depois,
segundo a história, foi aperfeiçoado por Koechel
e sete anos mais tarde o austríaco Cirilo Demian.
construiu em Viena um instrumento rudimentar
de palhêta livre, teclado e fole, o qual em virtude
de ter 4 botões na parte da mão esquerda, que ao
serem tocados com os dedos afundados, permitiam
a obtenção do acorde, deu o nome de acordeão,
nome que ficou definitivamente ligado ao instru-
mento através de inúmeros aperfeiçoamentos.
O sistema de palhêta livre já havia sido aper-
feiçoado por Grenié em 1810, na França, rico em
sonoridade, dando origem ao órgão, e o francês
Pinsonat empregou o mesmo sistema no É
ou diapasão tubular que veio a chamar-se TIPÓ-
FONO ou TIPÓTONO e do qual se originou a
"Gaita de Bôca”, cuja invenção se deve a
ESCHENBACH que é um conjunto de palhêtas me-
tálicas como linguetas, disposta cada uma em
seu caixilho e vibradas pelo ar soprado pela bôca.
Tocador de Cheng
Ponto de Partida
Ao Aluno
Ao iniciarmos esta primeira etapa desejo a
todos os estudantes uma feliz viagem ao Paraíso
dos Sons. A proporção que as paisagens sonoras
forem surgindo diante de seus olhos, seguro es-
tou da alegria que terão, porém, advertindo, que
para chegar à reta final é necessário prudência,
muito estudo, ser meticuloso, pesquisador e per-
sistente. Obediência completa ao Professor que é
seu amigo e que tudo fará para seu progresso. Os
vícios e defeitos são fáceis de adquirir e difíceis
de corrigir, por isso, obedeça seu Mestre. Este acor-
deão que impunha com tanto garbo, é um cofre
sagrado de jóias melodiosas, que nós ao abraçá-
lo contra o peito, com um simples movimento ar-
rancamos dêle um tesouro de Harmonias!
Ao Professor
Caríssimo Professor! O presente livro é um
«Método de Acordeão” e não um tratado de Teo-
ria e solfejo. Entretanto, para Os estudantes que
vivem distante, achei prudente apresentar no iní-
cio algumas noções de Música, devido à dificul-
dade, talvez, de muitos não possuírem um Profes-
sor no local onde vivem.
O estudo de Teoria e solfejo é à parte, o estu-
dante deverá ter um Professor especializado, vis-
to ser êste curso importantíssimo para saber tocar
qualquer instrumento. Geralmente, os próprios
Professores de Acordeão poderão administrá-lo,
pois quase todos estão bem capacitados para tal
fim, porque o curso de Acordeão é conjugado ao
de Teoria e Solfejo e Harmonia.
2 Aulas Básicas
o tun a ERR minuciosa do mecanismo idealizei “2 Aulas Básicas”, para
- o mais direto com o instrumento. Na ânsia di igum
pre E . le tocar al
Ea ode E º aluno terá um grande estímulo, com as pequenas tarefas destas lições e E
entusiasmado para entrar resoluto no campo dêste agradabilíssimo estudo.
10
Noções Elementares da Música
O aluno deverá estudar e reler sempre estas simples lições para vencer todos os peque-
nos obstáculos da 2.2 parte dêste livro.
DEFINIÇÃO DA MÚSICA: — Música é a arte de combinar os sons: Compõe-se de três partes: —
Melodta que é a combinação de sons sucessivos, Harmonia, que é a combinação de sons si-
multâneos e Ritmô,-que é o equilíbrio dos movimentos.
Para designar os sons musicais, há notas. que se denominam: — Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si
escritas sôbre uma pauta composta de cinco linhas e quatro espaços. Quando estas excedem
os limites da pauta, empregam-se linhas e espaços suplementares superiores e inferiores.
EXEMPLO DE NOTAS NA PAUTA E LINHAS E ESPAÇOS SUPLEMENTARES
CLAVES: — Clave é o sinal que se coloca no princípio da pauta, que serve para dar nome às notas.
São três: — Sol, Fá e Dó. No acordeão se usa a clave de Sol: — para a mão direita,
que é o lado do teclado e a Clave de Fá 9: (na quarta linha) para a mão esquerda, que é o
lado dos baixos.
A Clave de Fá serve para escrever notas graves e a de Sol para notas agudas.
Exemplo: —
QUADRO DAS NOTAS NAS CLAVES DE SOL E FÁ
& Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá
Nota:- O La, por exemplo, vem a ser Do na cláve de Fá.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Re Mi Fá Sol Lã Si Do Ré Mi
Cumpre observar que as notas escritas na clave de Sol, embora com a mesma figuração
na Clave de Fá divergem na sua denominação. Primeiramente, o aluno deve estar bem seguro
no conhecimento da Clave de Sol, pois que, para poder conhecêlas na Clave de Fá, basta
contar uma terceira acima, conforme quadro supra.
COMPASSO: — Compasso é a medida que serve para determinar a divisão dos valôres. Divide-se
em três categorias, que são: —
BINÁRIO TERNÁRIO QUATERNÁRIO
“
” 8
“
Tem dois tempos Tem três tempos Tem quatro tempôs
“4
FIGURAS: — A duração dos sons é indicada por sete figuras que se denominam valóres e que se
dividem em positivos e negativos. Positivos são as notas que representam o som e
Negativos são as pausas que representam o silêncio.
à INTEIRO % % % “e %a “as
& TEMPOS | 2 TEMPOS| 4 TEMPO | Yo TEMPO
Semibreve Mínima | Semínima Colcheu Semicolchea Fuza
LIGADURAS: — Os sons ligados, sem interrupção, são feitos por meio de uma linha curva co-
locada sôbre ou sob as notas, e que se denomina ligadura. Os sons dessas notas
saem num fôlego, sôpro, arcada, ou um só movimento de fole, ligando o som de uma a outra
nota, quando da mesma espécie, ou ligando os sons de várias notas, quando de espécie diferente.
Exemplo: —
fes
é
o
PONTO DE AUMENTO: — Um ponto depois de uma nota aumenta a metade do seu valor. Exem-
plo: —
a] e a
EE ? EEE 7 =
o
TOM E SEMITOM: — Semitom,ou Y% tom, é a menor distância que há entre duas notas, isto
é, o intervalo entre dois sons, sem outro intermédio. Tom é a distância du-
plicada do semitom. O efeito do tom e semitom faz-se sentir, por exemplo, na escala do Dó maior,
tocada no teclado da mão direita do acordeão, quando se verifica, pela falta da tecla preta, que,
a distância entre Mi e Fá e Si e Dó é menor que a existente entre as outras notas. Exemplo: —
ACIDENTES: — Dá-se o nome de acidentes a certos sinais que se usam para alterar o som
das notas. São cinco, a saber: — o sustenido $ que eleva o som um semi-
tom; o bemol b que abaixa o som um semitom; o dobrado sustenido x que eleva o som dois se-
mitons ou um tom; o dobrado bemol bb que abaixa dois semitons ou um tom; o bequadro
k que faz voltar o som da nota ao seu estado primitivo, anulando o efeito das outras altera-
FERMATA OU SUSPENSÃO: — Suspende o andamento do compasso, quando aparece por cima
ou por baixo da nota ou pausa o sinal (. ) chamado “fermata” ou suspensão. Pro-
longa o som da nota ou o silêncio.
1&
POSIÇÃO MASCULINA
Depois de colocadas as correias nos ombros e passado o pulso da mão esquerda sob a
correia dos baixos, verifique se estão realmente justas, pois com elas sôltas e bambas jamais o
acordeonista conseguirá um som seguro e límpido. É um dos segredos da Sonoridade, por isso,
peço aos professôres que acostumem seus alunos a apertarem sempre as correias (com especial
cuidado com a do pulso esquerdo).
Mais tarde, nas próximas lições sôbre o som, constatarão porque êste meu cuidado, que
não será sômente o princípio primordial do som, como também, permitirá ao executante tocar na-
turalmente de pé, pois êle já haverá praticado independentemente sem descansá-lo nos joelhos.
De modo contrário, tôda sua técnica e agilidade desaparecerão como por encanto, porque as cor-
Teias largas e o pêso do instrumento farão perder sua confiança em tudo que estudou, por não ha-
ver seguido estas regras. O braço deve ser levantado naturalmente e trazido para fora, até que o
cotovelo fique em direção das teclas e que a mão e o braço fiquem horizontais a elas.
O acordeonista deve tocar com garbo, dando a impressão de plena confiança em si
próprio. Cabeça levantada, sem olhar nenhuma vez para o teclado. Assim sendo, a posição de pé é
a mesma que sentado, podendo as pernas ficarem ligeiramente separadas, tanto para uma como
para outra posição. É esta a postura perfeita para ser um acordeonista completo, de classe e
personalidade.
Ao ser chamado ao palco o artista deve respirar 3 vêzes, profundamente, para o contrô-
le da respiração. É esta a técnica usada por todos os mais famosos artistas antes de entra-
20x dz 87
POSIÇÃO FEMININA
A posição da Mulher é idêntica à do Homem, porém, quando sentada deve cruzar os
pés, passando de preferência graciosamente o pé direito sôbre o esquerdo, podendo trocá-los de vez
em quando. Assim, um dos pés ficará ligeiramente recuado, permitindo à acordeonista levantar um
pouco a perna que ficar na frente, para maior elegância. A Mulher deve ter o máximo de cuida-
do na postura das pernas.
Sômente após longas horas de estudo poderá fazer um pequeno descanso, apoiando o
acordeão no joelho, porém, o ideal é se livrar dêste recurso perigoso. O estudante habituado a tocar
com o instrumento apoiado nos joelhos, sentirá uma tremenda dificuldade em tocar de pé. Esta,
no entanto, ainda não é a principal vantagem dêste sistema e sim de proporcionar ao exe-
cutante um perfeito som e domínio do fole, que é o mais importante de todos os estudos. Ao con-
trário, jamais, estará preparada para usar o fole, que permite dar o sentimento a música, de acôr-
do com sua própria interpretação. Siga estas regras,se quer ser uma “virtuose”.
A Mulher deve tocar com graça, elegância e inteligência, procurando transparecer a calma
em sua execução, para conseguir assim deleitar os ouvintes e à si própria.
O artista no palco deve estar sempre “atuando”, porisso observe a postura de espera.
Mesmo que não esteja tocando, lembre-se que os olhos do público percorrem e examinam cons-
tantemente tudo o que se passa em cena quando a cortina se abre!
15
PEQUENA VALSA
Mi Ligadura
O Professor corrigirá a posição do aluno no instrumento e pedirá que toque vagarosa-
mente a música acima com as duas mãos juntas.
Se o aluno não sabe ler as notas ainda, poderá tocá-la assim mesmo, lendo os nomes das
notas, para que possa praticar a junção das duas mãos.
Quando o M está abaixo do Dó, (00) indica que o Baixo e o Acorde são tocados juntos.
I
LIGADURA — é uma linha curva que une os sons de duas notas de mesmo nome €
altura. Portanto, atenção para a música acima, que há Ligadura: uma nos dois Mi e outra nos
dois DÓ. A segunda nota permanece presa, não levantândo a tecla.
Esta pequena vaisa nada mais é do que um grande estímulo para o aluno, sem obri-
gá-lo a grandes estudos de Teoria Musical. Para aquele que possue conhecimento musical
teórico, será facilimo e o que nada sabe não sentirá dificuldade alguma.
Esta peça tem ainda a finalidade de conseguir do aluno o conhecimento das 5 notas
na mão direta e a prática do DÓ M M e SOL M M, na mão esquerda.
O desenho das duas mãos se cumprimentando, simboliza o progresso do aluno, ao
conseguir juntá-las com igualdade de Ritmo e Som.
16
Mãos, Pulso e Braços
AS MÃOS
Para se tocar bem é indispensável dar a máxima atenção ao mais insignificante detalhe,
desde a uma falange de um dedo, a uma pequenina nota, à um suave som pianíssimo, ao movi-
mento geral de todo o conjunto do corpo, ao ritmo e à interpretação. Assim sendo, as mãos
requerem um trabalho todo especial, pois são elas que nos permitem tocar as teclas para produzir os
sons. Por isso, precisamos prepará-las meticulosamente para que depois nos obedeçam em nossa
execução. Só conseguimos dedos leves, se nós os relaxarmos, sem contração nenhuma dos nervos.
Devem ser colocados nas teclas (mão direita), de forma arredondada como se segurássemos uma
maçã. Nenhuma falange deve ser quebrada, trabalhando como pequenos martelos sem contração ne-
nhuma. Com o maior interêsse aconselho como se deve usar a Mão Esquerda, na sua função mara-
vilhosa, não só no que se refere a parte mecânica como na parte interpretativa. Ela é importantís-
sima, ela é poderosa, encerra tôda a firmeza básica de uma peça. Aliada a segurança do pulso, a
Mão Esquerda, tem 3 pontos de apôio: a parte superior do pulso colocada sob a correia, a palma
da mão e a parte inferior do pulso. Tanto a parte inferior do pulso como a palma da mão, firmam
as 2 quinas da caixa onde se encontram os baixos. Desta maneira os 2 pontos que forçam esta
parte do instrumento formam um triângulo com a parte superior do pulso contra a correia, dan-
do assim um perfeito apôio. Com estas orientações o acordeonista será capaz de conseguir to-
dos os diferentes sons que por ventura queira tirar do instrumento, porque saberá controlar o
ar contido no fole, dando com diferentes pressões do pulso a intensidade que desejar de som.
O PULSO
No meu livro “CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ACORDEÃO” eu digo: O coração do
acordeonista não está no peito e sim no pulso. Éle deve ser frouxo, relaxado para que os dedos
se sintam sôltos, livres de contrações. Só se con segue dedos leves com um pulso perfeitamente
preparado, por isso, experimente de vez em quando sacudir o pulso e sentir a liberdade dos dedos.
Não é esta à principal função do pulso, que para mim é o segrêdo da flexibilidade da execução.
São suas pequenas pressões contra o ar que produzem qualquer intensidade, forte, piano, etc. O
contrôle inteligente destas contrações ao abrir ou fechar o fole é que está todo o segrêdo.
OS BRAÇOS
O braço direito sempre levantado e para a frente permite que o pulso e a mão fiquem na
mesma direção do cotovêlo. Passe uma linha imaginária do cotovêlo às costas das mãos: esticando
os dedos ficarão 3 pontos na mesma direção, dedos, pulso e cotovêlo, posição esta paralela às te-
clas. Depois, dobram-se os dedos naturalmente e a posição estará correta. Enquanto o braço di-
reito deve ser frouxo e flexível, o esquerdo deve ser firme e possante para suportar todo o pêso do
lado esquerdo do instrumento dando ao pulso tôda a segurança possível.
19
O Relógio Bateu 3 Horas
VALSA
MÁRIO MASCARENHAS
Imitando o Relogi
Um ponto depois de uma nota
aumenta metade de seu valor.
A Minima vale 2 tempos, mas
se está pontuada valerá 3.
d.=2+1=3
Temulie Sarto
Escala em Dó Maior
Somente Mão Direita
PÁ MI RÉ Dó
2 1 o
8 2 1
E muito importan:e «= 0 alune pratique desde já a Escala em DO Maior na mão direita.
Conhecimento de Outras Notas
DO RE MI FA SOL
4
O velhinho do Realejo
VALSA
HÉ MÁRIO MASCARENHAS
3: EE 3
as
Sobre as Ondas
VALSA
1. ROSAS
Moderato
R6
Ondas do Danúbio.
VALSA
IVAN IVANOVICI
Ee
Ao repetir o “Parabens Pra Você;
a segunda vez deve ser tocada
mais depressa.
Final da 2º Aula Básica
GRAFÍA MUSICAL DA CLAVE DE FÁ
Convenções
A Grafia Musical para Acordeão para a Clave de FÁ, aprovada pela Convenção Interna-
cional em Milão (setembro de 1950), como também pela American Accordionist's Association, nos
Estados Unidos, é a seguinte: —
Extensão Real dos Baixos
(Fundamental e Contrabaixo)
A extensão real dos Baixos e Contrabaixos não ultrapassa ao SI da segunda linha na
Clave de FA, exemplo: —
O que quer dizer que o DÓ terá de ser repetido, pois não há o DÓ oitava acima, bem
como as outras notas. Então seria: —
Motivo êste que as escalas são escritas como no exemplo acima, ao em vez de: —
je
Do Do Aê
istente para os baixos (j
Soo
Zona da extensão real dos baix
Na Itália existem Professóres de renome que ainda adotam o sistema de ultrapassar a
3.2 linha até ao alto da pauta para os solos dos Baixos, colocando antes B.S., que quer dizer Solo
de Baixos, porém, já está superado, mas me pareceu oportuna esta notação para não haver ne-
nhuma dúvida O sistema oficial é o descrito anteriormente.
81
Acordes, Baixos e Contrabaixos
Os acordes são escritos da 32 linha para cima, isto é, a partir do RÉ (da Clave de FÁ)
Na grafia mundial aprovada, para representar uma melodia nos baixos, é permitido usar-se o
DÓ do 2º espaço (repetido) e o RÉ da 3.2 linha. Note-se, no entanto, que jamais usaremos o DÓ
do 2.º espaço com acorde, mas, o RÉ da 32 linha, sim, é neutro, usa-se tanto no solo de
Baixos como no acorde. Exemplo: —
ACORDES
BAIXOS E CONTRABAIXOS e
E SS
e Neutro, usado tambem no solo de Baixos
iguais emsonoridade
Isto chega, portanto, à simples conclusão que os Baixos e Contrabaixos (na 12 e 22 colu-
na do Teclado dos Baixos) são notas simples que se escrevem da 3.2 linha para baixo na Clave de
FÁ. Os contrabaixos levam um tracinho embaixo MI para diferenciá-los dos Baixos Fundamentais «
Gratia dos Acordes
Na 32, 42 e 62, colunas do Teclado dos Baixos (vide Quadro da Nomenclatura) estão os
acordes, classificados da seguinte maneira e com seus respectivos sinais convencionais para repre-
sentá-los: —
3.2 Coluna = Acordes Maiores representados por um M
4a 2 =? Menores o PURE TE
5a ro = *” T& da Dominante ” E Ie
6a » “= "o fa Diminuta e E E Tas
Somente uma Nota
Importantíssimo é compreender que um dos melhores resultados das Convenções reali-
“zadas para a grafia do Acordeão, foi a vantagem que trouxe em poder representar o acorde sômen-
te por uma nota. Se no Acordeão, na parte dos botões, tivessem os acordes suas inversões, não
seria possível esta decisão, no entanto, como cada acorde só tem uma posição, ficou decidido o se-
guinte, a título de evitar escrever muitas notas iguais sem necessidade: —
escreve-se somente a Tônica
Si o acorde é, (3sons)
M
Do Do
Os acordes são escritos, portanto, sômente com uma nota, sabendo se é MAIOR, menot,
72 da Dominante ou 7.2 da Diminuta pelos sinais M, m, 7 e 7 dm
SANFONINHA DE OURO
MARCHINHA
M MM |SolM MM ;DoMMM |DOMMBM ID MMM
e
Do M
Mário Mascarenhas
M M |Sol MM) M |SelM M M
4 3 E
2a
Do M
MM
SolM M M | SolM
e a UR,
IM MM. BP Bos i
EE
BAIXO ALTERNADO
Para se variar uma música no acompa-
nhamento na mão esquerda no compasso de
marcha usa-se o chamado Baixo Alternado.
Teca-se o DÓ com o 4.º dedo, o M (Acor-
de MAIOR) com o 3.º dedo, e o SOL que
está logo acima do DÓ é que vem a ser o
Baixo Alternado com o 2.º dedo e volta-se
nevamente ao acorde de DÓ com o 3.º dedo.
UMA FESTA NO CÉU
POLKA
a Mário Mascarenhas
ES SEA 3
3
Sol7 7 T|DOMMM DóM MM |DoMM M
Bet TN
DoM MM
-
DoM MM
Do M MM
Soy7 7% Sol? 7
DEM MM ST TT [SAT 7
cs TRIÂNGULO
Volta
u8 parte
e FIM
Nos compassos % e = denomi-
na-se de Triângulo, porque o mo-
vimento e a posição dos dedos
da a ideia de um Triângulo, ao
fazer os Baixos Alternados.
So q
36
NOTTESE ELIZA!
Franz Gruber
CAPRICHO ITALIANO
(TEMA)
- e Melodia Italiana
Com expressão e meiguice
5 4 2 4
& : 4 5
Do M M IDO M M |Sol 7
+ S 4
Be acima
5 2 4 3 2
Do MM ID M M |IDO M M |Do M
-
80 acima...
4 5 3 ã
o
a
MM |D MM |
---—— |r M M Irá M M |Do M M |Do M
|
Es
aa
+0
Quadrilha
MÁRIO MASCARENHAS
DM ODM |IDoM OM |DMO M
Triangulo
DMD M |Si7D7 |DbMÓM |Sl7 (1
Do Sol
DM M|si7OD 1 |SizODr Si 7(D 7 IM %
41
3 a. é + 3 as dl 3 2 234
DM DM |DM MM M |DM GM |Solr (1) 7
sir Dr |slrOD 7 |Si7(Or
Str (MD) 7 Soly (7) 7 So17 (1) q
MEU AMIGO ACORDEÃO
VALSA
Mário Mascarenhas
5
3
fd
47
MAGOAS DE ACORDEÃO
TANG
Mário Mascarenhas
to 4)
7 lLam nm |Lanmo |jRenmmm |Rem mm
= mo pMig ge MITO e mi
s17 77 lsa777|DoMMM|DMMM|MTTT
La Vie bn
-
Os chamados arrancos que se diz nos
tangos, são dados na passagem do
baixo para o acórde bem lJegato, po-
: Es | 3 rêm no fim do acórde um arranco
Mag DE=sES md ba Mi | La «êco, dado com a pressão do fole,
fo ã imitando tal qual uma chicotada. No
caso acima o baixo é Mi e o arran-
co na 7. O segundo 7 que não é pre-
cedido do baixo é apenas simples
staveato
48
Escala Maior nos Baixos
sz e e Ss
Esta dedilhação é empregada em tôdas as escalas de tons maiores.
Escalas Maiores nas Duas Mãos de Sustenidos
Primeiramente se deverá fazer tôdas as escalas na mão direita, para depois unir as duas mãos.
/ Do Maior 5 a a
V 24 43 SE 3
à 23125 2243 Miss 4
e
Este dedilhado de Do Maior serve para todos os “tons maiores na mão esquerda.”
353 t 3 á 35
que 474,5 STE 2+ e
Sol Maior
De
“e
»
ne
e
co eb]
acoo
Igual ao Do Maior, basta colocar o 4º dedo no Sol.
+ 245
542 4
9876
3 : E 3 E 4 4
8585 A an àda 3
(o mesmo dedilhado na mão esquerda em todos os tons.)
E 5
Re Maior 4 4 y 3
+ 3 32
1 2 3428 2.3 4.2 132 4 4324324 8
Os baixos na mão esquerda não têm oitavas, motivo que a escritura da mão esquerda não passa
da 3% linha, ao contrario do piano.
Rs Es Eras as 4
: Ses
La Maior 3 3
possa
+
2: 4 2 + 4
z :
854 — ESca 3
5 A
eg a RO
Colocando sempre o 4.º dedo na nota fundamental da escala todos os dedos caem automaticamente nas
outras notas. Na clave de Fá, até a 3.º linha são notas simples. Por sua convenção mundial ficou resolvido que,
na 3.º linha para cima, na clave de Fá, as notas representam um acórde, sabendo-se si é Maior, Menor, Sétima
e Diminuta pelos sinais convencionais M, m. 7.2 e 7.2 dim.
Escalas Menores Harmônicas nas Duas Mãos 5
(De Sustenidos) Sd
La menor 5 3 3
1 23423 4 4 2342348 É3z432 4 Asosgr4y 2 2
Assim como nas escalas maiores, as menores também têm o mesmo dedilhado, servindo a escala
de La menor de modelo para as outras.
Mi menor
1 23423 +
Si menor
4 284 US
Fa É menor
2
Do É menor
2
5 25
ge "425
+ +
O livro: Curso de Especialização do Acordeão, não só ajuda ao Aluno como ao Professor. «
Sol É menor : 3 3
2.5 342 3 aq2a1 2
Ra Es. 254 254
! ii
Re À menor q :2 3 24 5 2
123 20% 522 a
2 42344 3
4 2 5
+ Pressa
Escalas Menores Harmônicas de Bemóes
Re menor sd Ss Ê g
eU 28 a SD traliza 4 43243 Ed
Mesmo dedilhado dás de sustenidos.
45 2 45 5 +
RR OT aqua Es
1
o
'
o
soa oO
Sol menor
1 2342
2. qa A
Atbaig ra 254 2
e)
Do menor quED O ctg 5 ê
as 128 2 2142 13 245 fica 4
53
3243242
Mib menor
245
45º a
= js im
Escalas Merores Melódicas de dinda
La menor 5
234234 4 234 2p34E & ido gs
O Curso de Especialização do Acordeão, faz o aluno memorisar todos os movimentos e a
sequência das escalas visuaimente.
Como nas escalas anteriores o dedilhado serve para todos os tons.
CORREIA PARA
FECHAR O ACORDEÃO
)
CAIXA DOS BOTÕES
( CONTRABAIXOS
BAIXOS E ACORDES
NOMENCLATURA
ÃO
<A
(120- Baixos)
GERAL
ACORDE
A
REIA DA MÃO ESQUERDA
58
Dó MAIOR
4
SOL MAIOR
RÉ MAIOR
MI MAIOR
Acordes em tons maiores
SI MAIOR
ne
FÁ t MAIOR
FA MAIOR
st
LA b MAIOR
3 3
RÉ b MAIOR 5
424
37
Ria
A
1 4
Acorde Perfeito Maior
Consonante Natural
O acorde perfeito maior compõe-se, no estado fundamental, de uma 3.º maior e de uma 5.2 justa,
em relação à fundamental.
Fundamental é a nota geradora do acorde, isto é, aquela que serve de base às 3ºs. sôbrepostas.
DÓ MAIOR
O exemplo acima mostra o acorde apenas no estado fundamental. Pode entretanto apresentar
em dois outros estados, ou sejam: na 1.2 inversão ou na 2.2 inversão.
Baixo é a nota mais grave do acorde. Quando a fundamental é o baixo, o acorde está no es-
tado fundamental; mas quando a fundamental passa para uma das partes superiores, o acorde está
invertido.
Estado fundamental 1.2 inversão 2.2 inversão
s> fund. E b
+ Baixo Baixo
Em relação ac baixo há Em relação ao baixo hã Em relação ao baixo há
uma 3º maior uma 3. menor uma 4.º justa
e 5º justa e 6º menor e 6º maior
O acorde perfeito menor no estado fundamental é formado por uma 3.2 menor e uma 5.2 justa.
ME
Acordes em tons menores
LÁ menor SOL $ menor
MI menor réb menor
SI menor RÉ menor
ray menor SOL menor
Dó $ menor
[E]
FÁ menor sI b menor
ARPÊJOS EM TONS MENORES
LÁ menor
Estado fundamental 1º inversão 2º inversão
5
5 4 4
1,2 2
Es o rito A
4 4 14
RES ONEO O ai
(3 Ad
SI menor
2,
SS
3
5
FA $ menor
66
Acordes de Sétima da Dominante
SOL 7 (Dominante de DÓ maior e DÓ menor) FAf 7 (SI maior e SI menor)
55
So 5» Joé
ve
Pao se 5 5
RE) q (SOL maior e SOL, menor) DO 87 (FAf mio e FAf menor)
5 4 E 5,5
5 5 3
4 2 2 4 2 24
So Rs 3 = o
LA 17 (RÉ maior e RÉ menor) Dó 7 (FA maior e FÁ menor)
5 >
55
=> 24
MI 7 (LA maior e LÁ menor) FÁ 7 (stb maior e SI b menor)
5 5
5 à 5 5 5
58
See 3 DE O Edu DE
SI 7 (MI maiore MI menor) stb7 mi bmaior e MI b menor)
O,
59
7
Mr b7 (LA b maior e LA b menor) 14b7 (RÉ b maior e RÉ b menor)
5
5 5
5,5
pe
em
ef
el
ARPEJOS EM SÉTIMA DA DOMINANTE
SOL 7 (Dominante de DÓ maior e DÓ menor)
Estado fundamental 12 inversão
5
4 454 348439 443
ga a CSA * 43! ga0as iss
3º inversão
5
5 3 4 4
EA
RÉ 7 (SOL maior e SOL menor) 4
4 34843
12208 42
2
68
LÁ 7 (RÉ maior e RÉ menor)
5
1 sor BIs LES
2º 2 2
MI 7 (LÁ maior e LÁ menor)
324243
L
3
So 2 2 ip 2
4 dd 4 2
pe
ne
vol
Sato *o ca 6 ROS ç a 3 3
SI 7 (MI maior e MI menor)
454
no
es
o
234 3 39 12239
mn
LAb 7 — Réb maior e RÉ b menor)
4
3 Seis.
+32
2 2
ACORDES DA SÉTIMA DIMINUTA
(página seguinte)
(Também chamado de 7.2 da Sensível menor)
Este acorde é formado no estado fundamental pelos seguintes intervalos: 3.2 menor, 5.º dimi-
nuta e 7.2 diminuta.
É encontrado no VII grau das escalas menores.
TOM DE DÓ menor
São êstes os seus estados:
Estado fundamental 1.2 inversão 22 inversão 3.2 inversão
; j
Ss +
+ E
po- fun. + Baixo Baixo
t Baixo
Baixo
Em relação ao baixo há Em relação ao baixo há Em relação ao baixo há Em relação ao baixo hã
uma 3.º menor uma 3.º menor uma 3.º menor uma 2º aumentada
5º diminuta 5º diminuta 4º aumentada 4º justa
e 7% diminuta e 64 maior e 6º maior e 6º maior
ACORDES DA SÉTIMA DIMINUTA
(Também chamado de 7.2 sensível menor)
7.º DIMINUTA DA SENSÍVEL de LÁ menor 7º DIMINUTA de SOL É menor
SEC
4
a ata" OR a
72 DIMINUTA de MI menor 72 DIMINUTA de RÉ É menor
é
7* DIMINUTA de SI menor 7º DIMINUTA de RÉ menor
5
Eis to 5 5 -
3 3 + -
7* DIMINUTA de FA f menor 7º DIMINUTA de SOL menor
Son Sar
3 4 4
Ea RE "2 BE pp E
7* DIMINUTA de DÓ fé menor 73 DIMINUTA de DÓ menor
5.5
72 DIMINUTA de FÁ menor
5 5
k 5
73
74 DIMINUTA de SI b menor
515
ARPÊJOS EM SÉTIMA DIMINUTA
7º DIMINUTA DA SENSÍVEL de LÁ menor
Estado fundamental
3 3Wé 3
22 inversão
5
2 Drs Susa 4
no
o
o
52 5 2 +
3 E
7.º DIMINUTA de MI menor
2 Soh
76
7a DIMINUTA de SOL menor E
2 3% 22
A
3
4 4
ao E Ee Bs
74 DIMINUTA de DÓ menor
3 2
pel
am ode
pel
tom
RSRS 3
74 DIMINUTA de FÁ menor
2 ud
1
m
72 DIMINUTA de SI É menor
5
Es a h5 4
3
Como Encontrar com Facilidade
o Dedilhado de 7.º Diminuta
Muitas vêzes, em exame, o aluno usa vários processos para colocar a mão esquerda
na posição correta onde os dedos possam ficar nas notas que formam o acorde de 7.2 Diminuta,
porém, êstes sistemas são por demais vagarosos. Ora ficam experimentando o som entre as duas
mãos, ora procuram, com dificuldade olhar para os baixos para encontrá-los, o que causa má im-
pressão aos examinadores..O mais prático, o mais rápido e o processo mais eficaz é o seguinte:
Exemplo: Lá 7.2 Diminuta. Procure mentalmente saber qual a sensível de LÁ, que é o SOL
(Sol Sustenido). Colocando o 3.º dedo no LÁ prontamente se encontra o SOL & com o 2.º dedo
(com tracinho), tal como se fôsse fazer uma escala de LÁ menor descendente, Fazendo então
LÁ 3.º dedo e SOL & 2.º dedo (com tracinho) o SOL$ é encontrado rápidamente na 1.2 fila e
assim tôdas as notas do acorde de LÁ Diminuta: SOL & 2,SI 4, RÉ 3º e FÁ 5.º dedo.
Da Importância do Mecanismo
Na prática diária das Escalas e dos Arpejos é que está a chave para um mecanismo per-
feito. No livro das Escalas (CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DO ACORDEÃO) do mesmo autor, se
encontram todos os tons separadamente, de tal maneira distribuídos que permite ao aluno me-
morisar visualmente tôdas as tonalidades e oferece uma grande ajuda ao Professor poupando-lhe
tempo de aula. O ideal seria, se o estudante fizesse diariamente o estudo de cór de todo êste
mecanismo, tocando cada tom completo, exemplo: DÓ MAIOR direto, contrário, relativas Harmôni-
cas e Melódicas, 3.2s e 6.2s entre as duas mãos, 3.2s e 6.25 duplas, arpejos nas 3 posições, eromá-
ticas, ete. Se o aluno que dispõe de pouco tempo pudesse fazer cada dia ao menos uma tonalidade
completa, seria de grande utilidade, pois é no dedilhado das escalas e dos arpejos que está a base
de quase tôdas as músicas, cuja digitação é tirada dêste mecanismo. Um dia êle fará DO MAIOR
completo, com relativas em todos os movimentos seus arpejos e no dia seguinte o SOL MAIOR e
assim por diante. Não é a quantidade que importa e sim a clareza e o capricho de cada estudo.
Com esta prática sentirá nos dedos uma flexibilidade admirável e grande naturalidade na exe-
eução.
Os grandes artistas jamais abandonam o mecanismo!
78
MOVIMENTO CONTRÁRIO Escala Maior
DÓ MAIOR
>
REA e
=
>
Igual em todos os tons.
4353
cy
ve
tesy
ne 6
2.222 & e
2 2 2 5 4
= 4
5 -
ney
e
4
ney
MOVIMENTO CONTRÁRIO Escala Menor Harmônica
LÁ menor
>
>
Igual em todos os tons.
543
qe
- >
2
4
325 754 $a
Nota — No “Curso de Especalização do Acordeão” se encontram as escalas em movimento contrário
em todos os tons.
ESCALA CROMÁTICA nos Baixos
(Sol) (Réf) (Dof)
2 a
e
4
-
a*
»
vs
»
pe
tos
ve
o
=
tos
Enharmonia
Na Escala Cromática é muito comum empregar-se a Enharmonia mesmo em livros de ou-
tros autores que usam outro dedilhado. No Acordeão nós temos esta facilidade que é sem dúvida
alguma um grande recurso, pois ao em vez de buscar a nota longe a teremos bem perto em-
pregando a Enharmonia. Ex: Em vez de um LÁ b usaremos o SOL Ê em frente ao MI, como o
RÉ & em vez de Mi b.
ESCALA CROMÁTICA nas Duas Mãos
quis ai E SAS
Dersa
aj
Igual em todos os tons. (Ré) (Det)
8
Escalas em Têrças Duplas
454
23274 5 +
Sol Maior EESSRE 4
3
AE Espe io
4
E (a
Fa Maior
3 +
qe
es
esa
+
As escalas em 32s e 6.25 duplas em todos os tons se encontram no Livro das Escalas
RITMOS DIVERSOS
RÍTMO DE VALSA
RÍTMO DE VALSEADO
M 7 M
RÍTMO DE MARCHA RANCHO
RÍTMO DE MARCHA
RÍTMO DE MARCHA MILITAR
RÍTMO DE SAMBA CANÇÃO
32
E 23 42
RÍTMO DE SAMBA BATUCADA
es
RÍTMO DE CHÔRO
[ Andamento ligeiro to Menos ligeiro
M 7 M
8
4 ES 4 4 z
RÍTMO DE SAMBA BOSSA NOVA (2 formas)
1º Forma
9
Q2 Forma
10
RÍTMO DE BOOGIE-WOOGIE
Ritmo lento Ritmo rapido
so
RÍTMO DE XAMÊGO (Bellow Shake)
Oscilação do fole
M M M
44
So do simile
RÍTMO DE BAIÃO (4 formas)
12 Forma
22 Forma
CONSELHOS
Como Decorar e Interpreta as Músicas
É muitíssimo comum se encontrar acordeonistas totalmente convictos de não pederem to-
car de cór. A música do acordeão é muito mais fácil de ser decorada do que a do piano, pois O
acompanhamento (mão esquerda) é muito simplificado, devido a combinação mecânica dos acordes.
Enquanto o pianista é obrigado a pensar para executar um grupo de quatro ou cinco notas, para
a mão esquerda, o acordeonista pensa, simplesmente em atacar um botão. Sua atenção pode ficar
voltada quase totalmente para a mão direita, onde é feita a melodia da peça escolhida.
Muitas vêzes também, nada mais é do que um complexo, que pode permanecer para sem-
pre, perseguindo o estudante, o que pode ser evitado. As vêzes o aluno, ao tocar em público, se es-
quece de um trecho da peça, e o mêdo se apodera do mesmo para sempre. 'Tudo isto pode ser elimi-
nado pois existem maneiras de decorar músicas. Entre os diversos sistemas para decorar, reputo o
melhor aquêle que consiste em cantar em voz alta as netas da melodia e as frases que a compõem.
Tôda a música é feita com frases, e o acordeonista vai decorando a peça de dois em dois ou de
quatro em quatro compassos, em voz alta, cantando os nomes das notas. Quando na melodia exis-
tem acordes (3 ou mais notas tocadas simultâneamente) canta-se a nota superior.
BELLOWS SHAKE
(Oscilação do fole)
Bellows Shake ou sacudimento do fole é um dos mais interessantes efeitos do acordeão
porém êste belo recurso tem sido em parte desprezado, talvez pelo fato de ser difícil de conse-
guir fazê-lo com perfeição.
Tanto em músicas regionais como nas peças clássicas o Bellows Shake dá um brilhante
efeito em ritmo bem marcado e vivo.
Ele é usado nos Estados Unidos e tido como efeito indispensável no acordeão tanto pe-
los solistas como nas orquestras.
Vantagens do Bellows Shake
O Bellows Shake é empregado como auxílio para tocar muitas notas repetidas rápida-
mente. A razão de seu uso é que as notas do acordeão são produzidas pela passagem do ar nas pa-
lhêtas abrindo e fechando o fole sem sacudi-lo As válvulas não abrem e fecham em tempo sufi-
ciente. Quando se sacode o fole o dedo fica na nota deixando então a válvula aberta que com
o abrir e fechar as notas se repetem rápidamente.
Posição para o Bellows Shake
Pode-se tocar o Belows Shake tanto em pé como sentado. As correias devem ser bem aper-
tadas, tanto a da mão esquerda como as que passam pelos ombros, porque assim o instrumento
será firmemente apoiado e não dançará no corpo.
Alguns executantes firmam o acordeão no queixo no momento de Bellows Shake, até
mesmo alguns famosos que tive oportunidade de ver e ouvir, porém há outros que o conseguem
sem êste recurso.
Significa isto que firmando com o queixo não constitui defeito, acho, no entanto, mais dis-
tinto será evitá-lo.
O fole deve ser fechado em baixo e aberto em cima o que é muito importante. Quando
abrir e fechar o fole deve-se fazê-lo o mais curto e ligeiro possível para economizar o ar pois todo
"o segrêdo está em abrir e fechar o mais breve possível.
Aconselho para o comêço fechar com a correntinha a parte inferior e tirá-la quando
'começa a ganhar o domínio do fole.
87
O sinal < — indica abrir o foleeo EE para fechar.
5 5 5
3 2 8
1 1 1
Do Do
M M
e o
Quando os acordes ou notas na mão esquerda ou direita são os mesmos não se levanta as mãos.
As notas serão repetidas naturalmente com a volta do fole.
mea
5
2
1
mea
Abaixo segue o sinal para representar as notas que devem ser tocadas com o Bellows Shake.
Tôdas as vêzes que qualquer nota ou melodia tenha êste sinal, então sacode-se o fole.
BERCEUSE
J. Brahms
Tulentundo
Sol 7 e
91
bim Cruzam pe-los a - res lin-das an-do-ri-nhas Ro-de-andoas torres
5
24 1 és 1
das i-gre-ji - nhas Qui - - - xe-ra-mo -bim Qui - - - xe-ra-mo -
2 5 4
bim Oh! co-moeugos-ta - ri-a deouvir os si -nos da A-ve Ma-
Y
r-a co-mo gosta - ri - a de ou-vir os
si - nos da A-ve Ma-ri - a em Quixera-mo - bim
92
Este é um número para audição.
A menina só canta, ou toca e canta.
cando a melodia.
O TREM ESTÁ APITANDO
(Imitação do trem)
Éle
O trem está apitando
Lá no alambique
Você me quer bem
Mas não quer que eu fique
O trem está apitando
Ouço o chique, chique
Chique, chique, etc.
Ela
O trem está chegando
Vai pegar Joaquim
Vai ganhar dinheiro
Prá trazer prá mim
O trem está chegando
Ouço o chique, chique
Chigue, chique, etc.
Letra e música de
MÁRIO MASCARENHAS
Ele
O trem está chegando
Ela
Vai pegar Joaquim
Ele
Dá-me um beijinho
Ela
Toma um assim (dá um beijo)
O trem está chegando
Ouço o chique, chique
Chique, chique, etc.
Um menino faz o trem o tempo todo e o outro canta to-
No final, dá-se o beijinho e o Joaquim sai
. dando adeus, enquanto o que faz o trem toca bem forte imitando a locomotiva.
Abrindo e fechando
Imitação de trem
Bellow Shake
ag!
Imitando apit.
FaM
>
93
O tremes-táia- pi - tan - do La no a lam - bt -
3 5
-
- que Fo - cê me quer bem Mas so quer gut
2 2 4 a 1
4 3
chic chie cht - e Chie chic chic chic chic ete.
43 3
FDC tutti
M|2 vezes
96
A BANDINHA FURIOSA
Ma Música de
MÁRIO MASCARENHAS
E &s, Magestoso => 42 12A
celeste
FOGOS DE ARTIFÍCIO
Uma festa luminosa Misicade
MÁRIO MASCARENHAS
Allegro po
5 E een ERe DAS IE >
: E — o SS
5
T
f qleleste sempre) A banda toca
>
o
tor
ER d4srtdzs o 4» GE 2 ico 24
o a
mf" O povo dança
M