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Influência da Oscilação Decenal do Pacífico e Atlântico em índices extremos na Amazônia Oc, Notas de estudo de Meteorologia

Estudo sobre a influência das oscilações decenais do pacífico (pdo) e multidecenais do atlântico (amo) nos índices extremos de precipitação e temperatura do ar na amazônia ocidental. Utilizaram-se dados de reanálise do ecmwf e de índices de pdo e amo, além de análises de correlação com os índices de amplitude térmica anual, temperatura mínima e máxima, precipitação total e intensidade da precipitação anual. Resultados mostraram correlações significativas na parte leste da amazônia ocidental para a pdo e na parte noroeste para a amo. Amplitude térmica anual teve correlações positivas com a amo e negativas com a pdo. Temperatura mínima aumentou com a amo e diminuiu com a pdo. Precipitação total aumentou na parte central da amazônia ocidental durante a pdo positiva e diminuiu na amo.

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 13/10/2015

mainar-medeiros-3
mainar-medeiros-3 🇧🇷

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Baixe Influência da Oscilação Decenal do Pacífico e Atlântico em índices extremos na Amazônia Oc e outras Notas de estudo em PDF para Meteorologia, somente na Docsity!   VARIABILIDADE DE ÍNDICES DE PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL Santos, D.C.(1); Medeiros, R.M.(1); Correia, D. S.(2); Oliveira, V.G.(3); Brito, J.I.B.(4) dariscorreia@gmail.com (1)Programa de Pós-graduação em Meteorologia da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campina Grande - PB; (2)Graduanda em Geografia Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campina Grande - PB; (3)Graduanda em Meteorologia Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campina Grande - PB; (4)Docente da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campina Grande – PB. RESUMO Tem-se como objetivo verificar a influência da Oscilação Decenal do Pacifico (PDO) e Oscilação Multidecenal do Atlântico (AMO) nos índices extremos de precipitação e temperatura do ar da Amazônia Ocidental. Foram utilizados índices de precipitação e amplitude térmica, distribuídos em pontos de grade, oriundos da reanálise do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF), para o período de 1970 a 2001. Também foram utilizadas informações de índices de teleconexões PDO e AMO extraídos do Home Page do National Centers for Environmental Prediction (NCEP). As analises de correlação realizou-se por meio do método dos mínimos quadrados e a significância estatística foi verificada por meio do teste t-student. Observou-se que os de índices extremos climáticos como amplitude térmica, Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 2 temperaturas máxima e mínima e total anual de precipitação e intensidade diária de precipitação estão correlacionados com os índices de teleconexões. É notório que a variabilidade no padrão interdecenal das chuvas, provavelmente também esta relacionado a fenômenos com duração mais curta, como o ENOS, que tem um período de retorno de 3 a 7 anos. Haja vista que a maior ocorrência de La Niñas (El Niños) na fase fria (fase quente) pode ser um dos fatores categóricos nessa variabilidade das chuvas. Palavras - chave: Teleconexões, Correlação, Interdecenal. INTRODUÇÃO A Amazônia Ocidental vem sendo submetida a influências ambientais advindas dos desmatamentos e dos incêndios florestais. Balanços na estabilidade climática, ecológica e ambiental das florestas tropicais amazônicas indicam sérias ameaças à biodiversidade. De acordo com Alves (2002), o desflorestamento atual tende a ocorrer próximo as áreas previamente desflorestadas, mostrando um padrão espacialmente dependente, concentrando numa faixa de 100 km das principais rodovias e zonas de desenvolvimento da década de 1970. De acordo com Hutyra et al. (2005), eventos climáticos extremos, como secas induzidas tanto pela variabilidade climática natural (por exemplo, dos padrões de circulação do Atlântico, que causaram a seca de 2005 na Amazônia ocidental, e dos eventos El Nino) quanto pelas atividades humanas, podem fragmentar a Floresta Amazônica e transformar Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 5 Figura 1. Espacialização dos pontos de grade na Amazônia Ocidental e sua localização no Brasil. Tabela 2: Coordenadas geográficas dos pontos de grade na Amazônia Ocidental. Pontos de grade Longitude (graus) Latitude (graus) Pontos de grade Longitude (graus) Latitude (graus) 1 -60 0 19 -72,5 -10 2 -62,5 0 20 -60 2,5 3 -65 0 21 -62,5 2,5 4 -67,5 0 22 -65 2,5 5 -70 0 23 -57,5 -2,5 6 -60 5 24 -60 -2,5 7 -57,5 -5 25 -62,5 -2,5 8 -60 -5 26 -65 -2,5 9 -62,5 -5 27 -67,5 -2,5 10 -65 -5 28 -70 -2,5 11 -67,5 -5 29 -60 -7,5 12 -70 -5 30 -62,5 -7,5 13 -72,5 -5 31 -65 -7,5 14 -60 -10 32 -67,5 -7,5 15 -62,5 -10 33 -70 -7,5 16 -65 -10 34 -72,5 -7,5 17 -67,5 -10 35 -60 -12,5 18 -70 -10 36 -62,5 -12,5 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 6 Os softwares Excel e Programa R foram utilizados para realizar as analises de correlação por meio do método dos mínimos quadrados. A significância estatística foi verificada por meio do teste t de Student. O coeficiente de correlação de Pearson é normalmente representado pela letra r e a sua fórmula de cálculo é: (1) onde r e o coeficiente de correlação linear entre as variáveis X e Y. Para a realização deste calculo e necessário ter uma amostra com n valores xi da variável X e também n valores yi da variável Y. Para cada valor xi da variável X existe um valor yi da variável Y. Este coeficiente assume valores entre -1 e 1. r = 1 Significa uma correlação perfeita positiva entre as duas variáveis. r = -1 Significa uma correlação negativa perfeita entre as duas variáveis - isto é, se uma aumenta, a outra sempre diminui. r = 0 Significa que as duas variáveis não dependem linearmente uma da outra. No entanto, pode existir uma outra dependência que seja "não linear". Assim, o resultado r = 0 deve ser investigado por outros meios. A significância estatística de coeficientes de correlação pode ser obtida pelo teste t de Student, que de acordo com Cecon et al. (2012) Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 7 para um coeficiente de correlação, r, a estatística t e obtida pela seguinte equação: (2) Três níveis de significância foram adotados, ou seja, 90% que corresponde a valores de 1,69≤t<2,04, 95% com valores de 2,04≤ t <2,75 e 99% correspondendo a t≥2,75. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir das análises de correlação foram obtidos os coeficientes de correlação linear entre os seguintes pares de variáveis: índice de AMO versus índices de amplitude térmica anual, temperatura do ar mínima absoluta anual, temperatura do ar máxima absoluta anual, precipitação total anual, e intensidade simples da precipitação anual distribuídas em pontos de grade sobre a Amazônia Ocidental, e entre a PDO e estes mesmos índices de extremo climáticos da Amazônia Ocidental. Os valores positivos (negativos) estão sombreados mais escuros (claros). A Figura 2 apresenta os campos dos coeficientes de correlação da amplitude térmica anual- TXx com a PDO (Figura 2a) e com a AMO (Figura 2b), verifica-se que para a PDO as correlações estatisticamente Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 10 La tit ud e (g ra us ) Longitude (graus) -74 -72 -70 -68 -66 -64 -62 -60 -58 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 La tit ud e (g ra us ) Longitude (graus) -74 -72 -70 -68 -66 -64 -62 -60 -58 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 -0.65 -0.45 -0.25 -0.05 0.15 0.35 0.55 Figura 4. Correlação da precipitação total anual-PRCPTOT (mm/dia) com: (a) Oscilação Decenal do Pacífico; (b) Oscilação Multidecenal do Atlântico. As Figuras 5 (a) e (b) mostram os campos dos coeficientes de correlação do índice de intensidade simples de precipitação (SDII) com a PDO e com a AMO, respectivamente, observa-se que o SDII possui comportamento semelhante da PRCPTOT, Figura 3(a),(b), com a PDO e com a AMO. Portanto, aumento ou diminuição da precipitação total anual é decorrente do aumento ou diminuição da intensidade das chuvas. (a) (b) Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 11 La tit ud e (g ra us ) Longitude (graus) -74 -72 -70 -68 -66 -64 -62 -60 -58 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 -0.5 -0.35 -0.2 -0.05 0.1 0.25 0.4 0.55 La tit ud e (g ra us ) Longitude (graus) -74 -72 -70 -68 -66 -64 -62 -60 -58 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 -0.5 -0.35 -0.2 -0.05 0.1 0.25 0.4 0.55 0.7 Figura 5. Correlação do índice simples de intensidade de precipitação diária-SDII (mm/dia) com: (a) Oscilação Decenal do Pacifico; (b) Oscilação Multidecenal do Atlântico. CONCLUSÃO Os índices de extremos climáticos da Amazônia Ocidental são influenciados pelos índices PDO e AMO. O índice positivo de PDO leva a uma diminuição da amplitude térmica da Amazônia Ocidental. As teleconexões PDO e AMO influenciam a precipitação total anual da Amazônia Ocidental, ocorrendo aumento da precipitação total anual durante a PDO positiva e diminuição durante a AMO. A variabilidade no padrão interdecenal das chuvas, provavelmente também esta relacionado a fenômenos com duração mais curta, como o ENOS, que tem um período de retorno de 3 a 7 anos. Haja vista que a (a) (b) Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 12 maior ocorrência de La Niñas (El Niños) na fase fria (fase quente) pode ser um dos fatores categóricos nessa variabilidade das chuvas. REFERÊNCIAS ALVES, D. S. (2002). Space-time Dynamics of Deforestation in Brazilian Amazonia. International Journal of Remote Sensing, v. 23, n. 14, p.2.903-2.908. CECON, P. R.; SILVA, A. R.; NASCIMENTO, M.; FERREIRA, A. (2012). Método Estatístico. Vicosa: Editora UFV. 229p. HUTYRA, L. R.; MUNGER, J. W.; NOBRE, C. A.; SALESKA, S. R.; WOFSY, S. C. (2005). Climatic variability and vegetation vulnerability in Amazona. Geophysical Research Letters, 32, L24712. INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE IPCC 2007. (2007). Climate Change: Impacts, Adaptation and Vulnerability – Contribution of Working Group 2 to the IPCC Third Assessment Report. Cambridge Univ. Press.  
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