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Guias e Dicas
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3 relatorio estagio daiane III - pdf, Provas de Cultura

Relatorio de estágio

Tipologia: Provas

2015
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Compartilhado em 12/12/2015

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Baixe 3 relatorio estagio daiane III - pdf e outras Provas em PDF para Cultura, somente na Docsity! 0 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Imagenologia (USG / ECG) e Radiologia Convencional Contrastada Brasília / DF 2015 1 LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA RA B681AD0 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Imagenologia (USG / ECG) e Radiologia Convencional Contrastada Relatório de Estágio Supervisionado III realizado com 120 horas apresentado à Universidade Paulista – UNIP como requisito parcial para conclusão do curso de Graduação em Tecnologia em Radiologia Orientador: Prof. Glêicio Oliveira Valgas Brasília / DF 2015 4 RESUMO O presente relatório trata da descrição do estágio curricular obrigatório realizado como requisito parcial para conclusão do curso de Tecnologia em Radiologia da Universidade Paulista – UNIP e tem o intuito de apresentar o levantamento realizado e o conhecimento adquirido durante o aprendizado referente à modalidade de radiodiagnóstico denominada imagenologia, onde se usando métodos livres de radiação ionizante se geram e se produzem imagens e/ou traçados gráficos para interpretação e diagnóstico médico auxiliando assim no tratamento de diversas patologias, não deixando também de se ter mergulhado no aprendizado durante o referido estágio curricular obrigatório em uma modalidade também de radiodiagnóstico em que se produzem imagens diferenciadas através da utilização de contrastes, denominando-se, portanto de radiologia contrastada onde se buscou aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula aplicando-o a situações reais, vivenciadas no campo de trabalho, onde efetivamente o profissional das técnicas radiológicas atua levando-se em conta os diferentes métodos para produção de imagens valendo-se da radiologia e da imagenologia, salientando que no estágio de radiologia contrastada foram realizados exames de radiografia contrastada, sendo exames do tipo cistografia e uretrocistografia miccional e na área de imagenologia se conheceu mais a fundo sobre o método de produção de imagens utilizando-se da ultrassonografia, onde através de um aparelho próprio se geram diversas imagens de diferentes locais que vão muito além do exame obstétrico como inicialmente poderia se pensar, concluindo o estágio com a utilização de métodos para produção de gráficos para registro de função cardíaca denominada de eletrocardiograma, complementando e enriquecendo assim esta etapa fundamental na formação profissional. Palavras chave: Imagenologia. Ultrassonografia. Eletrocardiograma. Radiografia Contrastada. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2 OBJETIVOS............................................................................................................... 2.1 Objetivo Geral......................................................................................................... 2.2 Objetivos Específicos............................................................................................ 3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO................................................................. 4 IMAGENOLOGIA........................................................................................................ 4.1 Ultrassonografia.................................................................................................... 4.2 Eletrocardiografia................................................................................................ 5 RADIOLOGIA CONTRASTADA................................................................................ 5.1 Radiografia Contrastada........................................................................................ 6 ATIVIDADES REALIZADAS....................................................................................... 6.1 Fotografias do Estágio (HMLJA)........................................................................ 6.1.1 Fotos estágio ultrassonografia............................................................................ 6.1.2 Fotos estágio eletrocardiograma......................................................................... 6.1.3 Fotos estágio radiologia convencional contrastada.............................................. 6.2 Desenvolvimento de rotina para Ultrassonografia (USG)............................... 6.2.1 Rotina desenvolvida.............................................................................................. 7 IMPRESSÕES SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO...................................................... 8 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO........................................... 9 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA................................................................ 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... REFERÊNCIAS.............................................................................................................. ANEXOS........................................................................................................................ APÊNDICES................................................................................................................ PLANILHAS DE AVALIAÇÃO....................................................................................... 6 8 8 8 9 12 13 22 32 33 41 42 42 43 44 45 45 48 50 56 59 61 65 72 79 6 1 INTRODUÇÃO O presente relatório tem o intuito de demonstrar a prática vivenciada durante estágio curricular obrigatório realizado na modalidade radiodiagnóstico em radiologia contrastada e imagenologia, onde foram realizadas atividades em campo no setor de radiologia convencional contrastada e imagenologia onde foram vistos métodos de produção de imagens sem uso de radiação ionizante. É sabido que nesta nova fase de estágio curricular obrigatório há que se adquirir novos conhecimentos relativos à produção de imagens para diagnóstico valendo-se de radiação ionizante ou não, ou seja, o foco do estágio é não somente ficar na teoria mas adentrar na prática, em situações reais onde há que se demonstrar mais que o saber, há portanto que se mostrar o saber-fazer para que se possa se formar um profissional que saiba atuar corretamente nas atividades por ele exercidas, devendo então o estagiário do curso superior de tecnologia em radiologia valer-se de adquirir experiência não somente no manuseio dos equipamentos de diagnóstico médico que se utiliza de radiação ionizante, mas também conhecer métodos em imagenologia e diagnóstico por imagem que vão além do uso de radiação mas que também gerem imagens para fins de radiodiagnóstico. O estágio relatado neste trabalho foi dividido em imagenologia no campo de realização de ultrassonografia (USG) e eletrocardiograma (ECG) onde foram vistos e apresentados novas formas de radiodiagnóstico enriquecendo a formação acadêmica e preparando a formação profissional além de adentrar no campo da radiologia convencional contrastada onde pode se dizer que é a realização de uma radiografia especial, visto que além da técnica da realização da radiografia convencional é introduzido ou injetado uma solução de contraste para que se possa delimitar determinado órgão que se deseja visualizar especificamente com maior nitidez e clareza. O estágio foi realizado baseando-se também na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego (CBO-MTE) valendo-se da ocupação cadastrada sob o código 3241 que relata sobre profissionais técnicos e tecnólogos em métodos de diagnóstico por imagem e terapêutica, onde fica claro 9 3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO Iniciei o estágio curricular obrigatório no Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo, que conta com serviços especializados em diagnóstico por imagem e métodos gráficos para auxílio diagnóstico (Fig. 1). Figura 1 – Equipamentos de diagnóstico por imagem cadastrados na regional Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/1649643/ A unidade devidamente credenciada junto ao Ministério da Saúde (MS), conta com seu Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), sob o número 2801574 cadastrado como hospital geral (Fig. 2). 10 Figura 2 – CNES HMLJA Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2909302801574&VEsta do=29&VCodMunicipio=290930 Nesta parte do estágio supervisionado onde foi visto imagenologia e radiologia contrastada, apresentei-me na unidade HMLJA, hospital público de porte I contendo cerca de 40 leitos, com leitos para internações na área de cirurgia geral (6), clínica geral (6), Unidade de isolamento (1), obstetrícia clínica e cirúrgica (15) e pediatria (8), além de contar com leitos de observação e pronto socorro. Situado estrategicamente à Avenida Tancredo Neves, Setor Colina Azul em uma avenida que é estendida à BR-324, na saída da cidade, onde obrigatoriamente trafega todo o fluxo de veículo que atravessa o município, facilitando, até mesmo, o atendimento em situações de emergências, como acidentes de trânsito que é uma ocorrência bastante comum na unidade1. 11 Há em seu quadro funcional 128 funcionários efetivos das mais diferentes áreas que vão de serviço de higiene hospitalar, passando por profissionais técnicos em saúde e cerca de 22 prestadores de serviços, em sua maioria médicos1. O estágio foi realizado de forma a se realizar 24 horas semanais em um período de cinco semanas, perfazendo um total de 120 horas conforme orientação do coordenador de estágio da universidade, respeitando assim o disposto na Resolução CONTER de nº 10 de 11 de novembro de 2011 que dispõe em seu artigo 9º que “A jornada do Estágio Supervisionado não poderá ultrapassar 24 (vinte e quatro) horas semanais, em razão da previsão do art. 14 da Lei nº 7.394/1985.” (CONTER, 2011). Destarte o presente estágio se adapta ao disposto na Lei 11.788/2008 no Capítulo IV, Artigo 10, Inciso II, que diz: Artigo 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: [...] II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. (BRASIL, 2008, n.p.). O estágio foi bastante enriquecedor, onde adquiri conhecimentos em novos métodos de diagnóstico por imagem, aprofundando ainda mais a interação do conhecimento teórico com o prático, aprendendo muito além dos conhecimentos ministrados em sala de aula ou laboratório. _________________ 1 Queiroz, E. J. de O. PIM V Unip 14 de um software específico, onde se geram as imagens através de um transdutor ultrassônico, que é um dispositivo que converte energia elétrica em energia mecânica e vice-versa (RITA, 2012). As ultrassonografias são realizadas com um aparelho da marca Medson, modelo PICO (Fig. 3) contendo: Unidade básia, transdutor convexo 3.5 – 5.0 MHZ; Transdutor endocavitário 6 – 9 MHZ e Transdutor linear 5 – 10 MHZ. Figura 3 – Aparelho de Ultrassonografia Medson PICO Figura – Aparelho de Ultrassografia Fonte: Elaborado pela autora 15 A ultrassonografia (ou ecografia) é um método inócuo e relativamente barato de produzir em tempo real imagens em movimento das estruturas e órgãos do interior do corpo. Em virtude de ser um exame de realização muito simples, costuma ser usado para fins preventivos, diagnósticos ou como acompanhamento de tratamentos. (ABC.MED, 2012) A título de pesquisa levantamos as configurações do aparelho, conforme descritas a seguir:  Power Angio;  CAFE Filtro especifico para eliminação de ruídos durante o mapeamento do fluxo em cores;  Harmônica Bi-direcional;  Beamforming e Processamento Digital;  Focalização por pixel;  Cine Loop (Cine Memory) 256 quadros;  Zoom Dinâmico;  Armazenamento de Imagens;  Preset para diversas aplicações;  Pacote completo de Medidas e Relatórios; Dando seguimento ao estágio, conforme orientação do supervisor de campo, após revisão de literatura constatei que o funcionamento do equipamento durante um exame de USG se dá por um breve pulso de ultrassom que é emitido por um aparelho constituído por um cristal piezoelétrico. Um pulso elétrico provoca uma deformação mecânica na estrutura desse tipo cristal, que passa a vibrar, originando uma onda mecânica, uma onda sonora no caso (OIEDUCA.COM, 2010), então é formada a imagem a partir de ecos que retornam dos tecidos analisados emitidos ao transdutor após cada pulso emitido pelo aparelho, de maneira que após a ação o pulso retorna ao aparelho e em sequência são analisados pelo computador e transformados em imagens pelo que se chama de escala de cinza (Fig. 4): 16  Preto: ecos de baixa intensidade; ( )  Nuanças de cinza: ecos de média intensidade; ( )  Branco: ecos de alta intensidade. ( ) Figura 4 - Escala de cinza formando a imagem ecográfica Fonte: Costa, 2013 Segundo Costa (2013), as imagens geradas descritas em intensidade podem ser ricas em ecos e são chamadas ecóicas ou hiperecóicas, pobres em ecos sendo chamadas de hipoecóicas ou livres de eco, chamadas então de anecóicas. O médico do serviço e o supervisor do estágio salientaram a importância do exame de USG e explicaram que é um dos principais métodos de diagnóstico na radiologia, tendo seu uso altamente difundido, podendo se realizar procedimentos tanto diagnósticos como terapêuticos, como no caso de biópsias guiadas por ultassom. (MASSELI, WU e PINHEDO, 2013). Foi explicado que o transdutor é a parte do aparelho de ecografia que entra em contato com o paciente e é conectado ao equipamento (gerador e monitor) através de um cabo flexível, sendo o transdutor endocavitário, convexo e linear sequenciados na imagem (Fig. 5). 19 Segundo Masseli, Wu e Pinhedo (2013), a realização do exame em si consiste basicamente em seis etapas, sendo: 1. Liga-se do aparelho de USG no botão POWER; 2. Pressionando a tecla PATIENT se coloca o nome do paciente; 3. Pressionando o botão PRESET, se escolhe a opção do exame a ser realizado; 4. Pressionando a tecla PROBE, se seleciona o transdutor específico para o órgão que se deseja visualizar/estudar; 5. Se coloca gel condutor para USG no trandutor selecionado; 6. Posiciona-se o paciente conforme o órgão a ser visualizado/estudado, sendo quase sempre a posição o decúbito dorsal. Ainda, Masseli, Wu e Pinhedo (2013), afirmam que durante a realização dos exames, os órgãos devem ser estudados em no mínimo dois planos distintos para termos noção de volume. Durante o estágio em ultrassonografia o médico foi muito gentil, deixando o auxiliar o máximo possível e também manipulando o aparelho, ligando-o, informando os dados solicitados do paciente e em exames que ele considerava mais simples pude “passar” o transdutor sobre o órgão a ser visualizado, sendo que o médico fazia a interpretação da imagem. Durante a realização do exame de USG o médico vai relatando o que está sendo visualizado, algo do tipo “Fígado: imagem hiperecóica de contornos, topografia e dimensões normais” (Fig. 9), seguindo esta rotina para todos os procedimentos, sendo que posteriormente o laudo é emitido, identificado, e colocado em capa identificada do serviço e anexado as imagens impressas do exame que o médico julgar necessárias ou convenientes (Fig. 10). 20 Figura 9 – Realização do exame de USG Fonte: Elaborado pela autora 21 Figura 10 – Laudo do exame de USG Fonte: Elaborado pela autora A ultrassonografia segundo Rita (2009) é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, de aplicação relativamente simples, com excelente relação custo-benefício, tendo como principais peculiaridades no método:  Método não-invasivo ou minimamente invasivo;  Imagens seccionais obtidas em qualquer orientação espacial;  Sem efeitos nocivos significativos dentro do uso de diagnóstico na medicina; 24 Figura 13 - Descrição da onda eletrocardiográfica Fonte: Fuganti (2012) 25 Figura 14 - Eletrocardiógrafo Dixtal EP3 Fonte: Elaborado pela autora 26 Figura 15 – Posicionamento do equipamento no paciente Fonte: Rabelo (2012) Figura 16 – Posicionamento do equipamento no paciente Fonte: Elaborado pela autora Fonte: Elaborado pela autora 29 Figura 19 – Realização do ECG pela estagiária Fonte: Elaborado pela autora 30 Figura 20 – ECG realizado pela estagiária Fonte: Elaborado pela autora Muitos profissionais acreditam não ser este um exame classificado como imagenologia, porém aos olhos do orientador do estágio, o mesmo alegou ser sim um exame de imagenologia. O eletrocardiograma (ECG) é o registro dos fenômenos elétricos que se originam durante a atividade cardíaca por meio de um aparelho denominado eletrocardiógrafo [...] que mede pequenas intensidades de corrente que recolhe a partir de dois eletrodos (placas de metal conectadas a um fio condutor) dispostos em determinados pontos do copo humano produzindo uma imagem sob a forma de gráfico. Ele serve como um auxiliar valioso no diagnóstico de grande número de cardiopatias e outras condições. (RAMOS e SOUSA, 2007, grifo nosso). 31 Seguindo as orientações do supervisor de estágio, além do orientador acadêmico, dei seguimento ao estágio na área de eletrocardiografia, contudo confesso que achei o exame um tanto monótono e repetitivo, e que mesmo sendo também de responsabilidade do tecnólogo em radiologia, acredito que o referido exame também possa ser feito por outros profissionais. Contudo o período de estágio em ECG mostrou-me um novo método de diagnóstico até então por mim desconhecido quanto a funcionamento e operação do equipamento, considero, portanto bastante válida mais esta fase do estágio supervisionado obrigatório. 34 Figura 21 – Aparelho raios-x Figura 22 – Processadora Fonte: Elaborado pela autora Fonte: Elaborado pela autora O supervisor de campo iniciou o estágio me explicando a diferença de densidade visual do contraste iodado com as demais estruturas radiografadas e que a intenção é a melhor visualização de um único órgão. Em sequência o mesmo demonstrou através de um ensaio I (Fig. 23) a diferença de densidade ótica entre o iodo e outras substâncias fazendo um ensaio com um frasco de solução antisséptica iodada e um frasco contendo álcool 70%. Figura 23 - Ensaio I com solução iodada e álcool Fonte: Emilio Queiroz, CRTR 5642T 35 Ao revelar a radiografia com a imagem das embalagens contendo diferentes substâncias (iodo e álcool) ficou claro como o iodo é um meio de contraste bastante eficiente, mesmo sendo a solução parcialmente diluída em água. O supervisor de campo também me explicou que na unidade o profissional das técnicas radiológicas se limitava a entrevistar e preencher o questionário referente ao uso de contraste padrão, onde o paciente é questionado se o mesmo tem algum tipo de alergia, se é alérgico a peixe, frutos do mar, se teve ou tem asma ou bronquite (Fig. 24) ficando a administração do contraste a cargo dos profissionais da enfermagem. Figura 24 - Questionário para administração de contraste Fonte: HMLJA 36 Após revisão de literatura sobre o tema radiografias contrastada para melhor embasamento para o estágio e confecção deste relatório tive com o supervisor de campo a realização de um segundo ensaio, onde foi colocado um balonete contendo solução iodada dentro de uma luva com água e radiografado, para se verificar a diferença da densidade ótica do iodo, da água e do ar conforme figuras sequenciadas e não numeradas a seguir: SOLUÇÃO IODADA AR ÁGUA Ensaio II – Realizado por Emilio Queiroz – CRTR 5642T 39 Figura 28– Trocando chassis Figura 29 – Rot. Radiográfica Figura 30 - Conferindo qualidade Fonte: Elab. pela autora Fonte: Elab. pela autora Fonte: Elab. pela autora Ao final do exame a paciente é liberada e a enfermagem a conduz a sala de recuperação, sendo que todo o procedimento deveria ser conduzido ou acompanhando por um médico do serviço, porém o que aconteceu é que o médico orientou e após ausentou-se da sala durante o procedimento. O profissional da radiologia falou que isso é bastante comum e de praxe acontecer, mesmo em outros serviços ou unidades de radiologia. Findado todo o processo e reveladas as radiografias, as mesmas são enviadas devidamente identificadas para o médico do serviço analisar e laudar. Esta etapa do estágio mostrou-se valorosa no sentido de aprendizagem, porém também provocou certa frustração, visto que na unidade o serviço de radiologia contrastada se limita a realizar o preenchimento de questionário e a realização da radiografia de forma quase que habitual, ficando a cargo da enfermagem a administração do contraste, confesso que fiquei de certa forma sentindo que faltou algo para o estágio se tornasse completo. Finalizando o estágio curricular obrigatório, em mais esta etapa, realizei revisão de literatura para confecção do relatório próprio do trabalho em campo e analisei o material de estudo, inclusive guardando comigo as radiografias dos ensaios realizados com o supervisor de campo. 40 Destarte posso afirmar que em mais essa valorosa etapa de formação profissional fiquei bastante feliz, afinal conheci novos métodos de diagnóstico por imagem, o que certamente em muito me ajudará no engrandecimento, desenvolvimento acadêmico e preparação para as situações reais que encontrarei e vivenciarei no ambiente de trabalho. 41 6 ATIVIDADES REALIZADAS O presente capítulo vem descrever 15 dias de atividades realizadas sob supervisão conforme manual de orientação do estágio do Profº Gleicio que solicita a descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado obrigatório, sendo dividido em 06 dias de atividades em Ultrassonografia, 05 dias de atividades em Eletrocardiograma e 04 dias de atividades em Radiologia Contrastada. A tabela com data e carga horária foi preenchida em datas diferentes da ordem cronológica, pois visa demonstrar as atividades desenvolvidas nos diferentes campos de estágio e o que foi visto. Data Hora Entrada Hora Saída Total de Horas Atividades Desenvolvidas 01/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo o funcionamento da unidade, revisão de literatura 02/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo o aparelho de USG, funcionamento e manipulação 03/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Programando o aparelho, conhecendo o software 06/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Acompanhando exames, auxiliando o serviço 07/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Recebendo o paciente, monitorando, acompanhando exames 08/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Realizando exame com auxílio, operando o aparelho 13/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo a unidade de ECG, revisando literatura 14/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Entendendo o funcionamento do ECG e do Eletrocardiógrafo 15/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Acompanhando exame de ECG realizado, limpeza do aparelho 16/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Auxiliando exame realizado, orientando o paciente 20/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Recepção do paciente e feitura do exame de ECG, liberando o exame 27/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo o exame contrastado, Ensaio I com solução iodada x álcool 28/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Ensaio II com solução iodada x água x ar e radiopacidade. Entendendo o contraste 29/07/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Preenchimento de formulário e entrevista. Auxiliando o exame 03/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Acompanhando a infusão do contraste por sonda vesical, entrevista e auxílio ao exame pré, trans e pós miccional 44 6.1.3 Fotos estágio radiologia convencional contrastada 45 6.2 Desenvolvimento de rotina para Ultrassonografia (USG) Neste tópico conforme solicitado nas orientações de estágio desenvolvidas e apontadas pelo Profº Gleicio apresentaremos a rotina desenvolvida para a realização de exames ecográficos, especificamente os exames de ultrassonografia abdominal, onde procuraremos apresentar a melhor forma para que a rotina seja efetivamente satisfatória tanto para o funcionário da unidade, como para o usuário do serviço, visando o bom fluxo do serviço, respeitando é claro as limitações existentes e sempre pensando na melhor forma de organizar e realizar o serviço. 6.2.1 Rotina desenvolvida O exame ecográfico a ser desenvolvido durante a rotina conforme já pontuado é a ultrassonografia abdominal, exame do qual a indicação é visualização e avaliação de fígado, pâncreas, vesícula biliar, vias biliares, baço, rins, retroperitônio e bexiga. (FATESA, 2012).  Preparo/Orientações3: 1. Jejum de 8 horas; 2. Dieta leve no dia anterior (sopa de legumes, verduras, frutas, chá com bolacha água-e-sal), devendo evitar refrigerante, água com gás, sucos, leite e derivados, pão, macarrão, ovo, doces e alimentos gordurosos. 3. Tomar 8 copos de água duas horas antes do exame; 4. Manter a bexiga cheia até a realização do exame; 5. É indicado tomar 1 comprimido de Dimeticona (Luftal) via oral de 6 / 6 horas, preferencialmente iniciado 2 dias antes do exame ou pelo menos nas 24 horas que antecederem ao exame. _____________________ 3 Adaptado da Revista Digital EURP, 2012 46 Ao chegar à unidade na recepção, o paciente apresenta a solicitação dos médicos do serviço em formulários específicos com timbre da unidade e do SUS para cada tipo de atendimento, sejam pacientes de rotina previamente agendados ou exames de urgência de pacientes internados por exemplo. Em seguida são dadas as explicações da rotina do atendimento e a ordem de chamada (Fig. 31), seguindo a conveniência e bem estar dos usuários, sendo primeiras as USG abdominais devido ao jejum prolongado e a necessidade de estar com a “bexiga cheia” para melhor configuração do exame. Posteriormente o aparelho de USG é calibrado, onde são feitas as configurações e conferido o funcionamento do mesmo, imediatamente também é conferido arrumação da unidade, insumos como papel toalha, gel condutor e formulários próprios também são revisados. Feitas as devidas conferências, inicia-se o serviço chamando os pacientes por ordem de chegada respeitando a ordem dos exames. Figura 31 – Ordem de chamada dos exames de USG Fonte: Elaborado pela autora 49 periódico do aparelho existente na unidade, além de não existir no local uma cópia impressa da Portaria 453/98 da ANVISA como a mesma institui, não deixando acesso nem para os demais profissionais do hospital, como para os pacientes e usuários do serviço de tais informações sobre o que vem a ser um exame que se utiliza radiação ionizante (raios-x) ou o que vem a ser radioproteção. De um modo geral, apesar de o estágio ter sido considerado satisfatório, a unidade em si mostra-se de certo modo deficitária no sentido de não apresentar diversos métodos de diagnóstico por imagem como mamografia ou tomografia computadorizada, além de pecar por não seguir a legislação pertinente ou nomear pessoas responsáveis legalmente pela unidade na divisão de vigilância sanitária ou junto ao CRTR. 50 8 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO No estágio realizado no HMLJA percebi que os profissionais das técnicas radiológicas ficam limitados aos procedimentos que se valem de radiação ionizante, visto que tanto na realização do exame de USG, quanto no de ECG como no de radiografia contrastada há interferência de outros profissionais. Na área de imagenologia durante o estágio realizado na área de ultrassonografia percebi a resistência da classe médica quanto à realização deste método de exame para diagnóstico, mesmo com o argumento que o profissional das técnicas radiológicas apenas produziria as imagens, ficando como demonstrado anteriormente, a função de emitir o laudo do referido exame a cargo do médico ultrassonografista. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM) O emprego de algumas técnicas radiológicas e imagenológicas – como a ultrassonografia, por exemplo – requer alto nível de treinamento e deve ser conduzida por médicos. Esta foi a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 6 de dezembro, que discutiu o PL 3.661/12, que regulamenta o exercício de atividades radiológicas. (JORNAL MEDICINA, 2012) Tal posição vai de encontro com o CONTER, que elenca em sua resolução de nº 02/2012, artigo 2º a caracterização do exame de ultrassonografia como procedimento realizado pelo tecnólogo em radiologia, sendo a mesma sub-área no setor de diagnóstico por imagem tratado no inciso I do art. 1º da Lei 7.394/85. Tal conflito entre conselhos (CFM X CONTER) somente será dissolvido completamente com a aprovação (ou não) do PL 3.661/2012, onde o mesmo argumenta que “a Lei 7.394/85 e o Decreto 92.790/86, que atualmente regulam o exercício da profissão de técnico em radiologia, carecem de atualização e clareza”, visto que “Nos últimos anos, foram criadas inúmeras atividades com fontes 51 radioativas sem que houvesse a devida regulamentação e fiscalização dos serviços prestados”. (PAIM, 2012). Porém apesar da relutância inicial o estágio foi realizado na sub-área de ultrassonografia e foi bastante proveitoso, visto que conheci um método de diagnóstico por imagem que não se utiliza de radiação ionizante, produzindo imagens que muito auxiliam para diagnóstico e tratamento. Na parte de eletrocardiograma também percebi o mesmo desencontro sobre o profissional que deve realizar o referido exame, visto que apesar da ocupação de técnico em diagnóstico e terapêutica estar descrita na CBO-MTE como função também do Tecnólogo em Radiologia, conforme ocupação 3241 e 3241-10 o que foi visto é que na maioria das vezes o exame eletrocardiográfico tem na figura do enfermeiro ou do técnico em enfermagem o profissional que o realiza, mesmo quando há que se usar o monitor em que se monitora continuamente o traçado eletrocardiográfico. No site do Conselho Regional de Enfermagem/RS (COREN/RS), nos deparamos com o texto A legislação de Enfermagem não inclui especificamente como atividade de Enfermagem a realização de eletrocardiograma (ECG) e/ou eletroencefalograma (EEG). Entretanto, os profissionais de enfermagem têm conhecimento e capacidade para executar os referidos procedimentos, desde que treinados para isto. (COREN/RS). O COREN/DF em seu parecer de nº 005/2006 que dispõe sobre a legalidade do técnico em enfermagem em fazer o eletrocardiograma temos a conclusão do conselheiro Carvalho que diz “Ante ao exposto, sou de parecer que não há impedimento ao Técnico de Enfermagem fazer o eletrocardiograma, já que este procedimento é repetitivo, necessitando ter como base o treinamento técnico”. Em contrapartida, em parecer do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR) de nº 1591/2004, o conselheiro emitiu em seu ditame 54  Assistir de maneira integral aos clientes e suas famílias [...]  Assegurar a observância dos requisitos básicos de radioproteção e segurança para os profissionais de enfermagem que trabalham com radiação ionizante para fins terapêuticos e de diagnósticos, conforme norma da CNEN NE-3.01. (COFEN, 1998) Além Parecer do Conselho Regional de Enfermagem que também discorre sobre o assunto com o texto citado a seguir: [...] por ser considerado um procedimento de alta complexidade técnica, invasivo, com necessidade de cateterismo vesical, o Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina é favorável à realização do procedimento sondagem vesical e administração de contraste por profissional Enfermeiro no exame de uretrocistografia, conforme preconizado na Lei do Exercício Profissional; não sendo vetado ao técnico de enfermagem o desenvolvimento da assistência de enfermagem, em seu nível [...] (COREN/SC, 2014, grifo nosso). Quanto aos técnicos em radiologia do serviço, os mesmos alegam não ser obrigatoriamente da competência deles o serviço de administração de contraste, visto que a rotina da unidade atribui tal atividade ao profissional da enfermagem, e evocam a Resolução CONTER 06 de 28 de maio de 2009, onde se “institui e normatiza as atribuições dos profissionais tecnólogos e técnicos em radiologia, com habilitação em radiodiagnóstico [...]” o seu artigo de nº 6 traz o texto: Art. 6º - Todo o exame que incluir procedimento médico, administração de contraste iodado ou produto farmacológico para sua realização, deverão ser executados em conjunto com o médico, observadas as atribuições profissionais de cada um. (CONTER, 2009, grifo nosso). Como normalmente o médico indica mas não acompanha o exame contrastado, a direção da unidade achou mais conveniente protocolar que o exame 55 deve ser acompanhado por um profisional graduado, no caso um enfermeiro que administra o contraste, cabendo ao profissional de radiologia da unidade a realização do exame e posterior revelação das películas. De qualquer modo, pude acompanhar todo o procedimento, desde a recepão, entrevista do paciente, administração do contraste a base de iodo para cistografia por sonda vesical realizado por profissional da enfermagem e realização das radiografias, antes do contraste, após o contraste, pré e pós miccional. Tecnicamente o estágio mostrou-se bastante produtivo, pois pude adquirir novos conhecimentos aplicados a área de radiologia e imagenologia, apesar de um tanto quanto limitado. 56 9 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA Flor (2011) define imagenologia como um conjunto de métodos que usa a imagem como meio de diagnóstico em que se trata de um método não invasivo para detecção e diagnóstico de diversas moléstias ou traumas, compreendendo também técnicas preventivas como a USG e ECG. Resumindo, Imaginologia é o estudo das estruturas, órgãos e sistemas por meio de técnicas de obtenção de imagens, dentre os quais podemos destacar: raios-x convencional [...], ultrassonografia [...] e métodos gráficos. Entre todas essas técnicas a Ultrassonografia é o único método que somente o médico pode executar o exame. O restante são executados por técnicos e laudados por médicos. (FLOR, 2011). A CBO-MTE no código de nº 3241 elenca o profissional tecnólogo em radiologia como tecnólogo em diagnóstico por imagem e terapêutica, demonstrando, portanto o reconhecimento do Ministério do Trabalho para a importância de profissão específica para a produção de imagens para fins diagnósticos, mesmo havendo relutância de outras categorias com é o caso da classe médica que rejeita a realização de USG pelo profissional tecnólogo em radiologia, mas que segundo a Resolução CONTER de nº 02/2012 está explícita dentre as atribuições do profissional supracitado. A questão é que ainda há muita confusão por parte dos usuários dos serviços de radiologia e até mesmo dos profissionais de saúde da competência do profissional tecnólogo em radiologia. Portela (2014) acerca do assunto comenta: Esta é uma profissão relativamente nova. Em relação à formação do Técnico de Radiologia, o Tecnólogo tem os conhecimentos aprofundados e as competências ampliadas, o que abre espaços profissionais diferenciados para atender às necessidades de um mercado que exige cada vez mais capacitação. (PORTELA, 2014) 59 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Encerrando o presente trabalho, descrevendo o conteúdo de mais esta etapa de estágio curricular obrigatório percebo ainda mais a importância do profissional Tecnólogo em Radiologia, pois se trata de um profissional com autonomia para utilização de técnicas radiológicas valendo-se de radiação ionizante, mas também o mesmo pode produzir imagens manuseando e operando equipamentos sem o uso da radiação, podendo ser as imagens impressas em películas, digitalizadas, impressas em papel especial ou até mesmo transmitidas via monitores. Compreendi ainda mais a importância do uso da radiação ionizante para o benefício da coletividade indo muito além do que se lê em livros e se assiste em sala de aula, complementando, portanto toda a teoria vista em estudos e laboratórios. Mais uma vez nota-se que o escopo da formação do profissional das técnicas radiológicas vai além de formar um profissional que “aperte botões” como tantos leigos possam acreditar e que em se tratando de radiologia existem regras, métodos e técnicas radiológicas, devendo o profissional trabalhar interdisciplinarmente com outras equipes e outros profissionais, tornando então qualquer procedimento muito mais seguro para os seres humanos, animais e o meio ambiente. Como dito em relatórios anteriores, durante o estágio vivenciei na prática situações que encontrarei como profissional da radiologia, deparando-me com métodos que só conhecia na teoria e aprendi como é o funcionamento de um serviço de radiologia na prática, “in loco”, vendo que o serviço conta com vários métodos para auxílio diagnóstico através da produção de imagens. Revisando literatura e pesquisando aprendi sobre a classificação das profissões e suas atribuições, algo que perante a legislação vigente deveria ser incontestável, afinal está descrito e regulamentado pelo Ministério do Trabalho, mas que nem sempre são respeitadas as atribuições descritas na classificação. Conheci e compreendi o uso das técnicas radiológicas com uso de contraste para a melhor visualização de diferentes órgãos que se deseja estudar através do diagnóstico por imagem e imagenologia. 60 Desenvolvendo várias atividades sob supervisão de um profissional da área e empenhado em passar adiante seus conhecimentos, vivenciei o dia a dia do profissional da radiologia medica, onde desenvolvi experiência para poder atuar na área e me tornar uma profissional da profissão que escolhi. Alcancei em meu entendimento ao término do estágio que esta etapa concluída contribuiu para minha compreensão sobre os deveres, os direitos e as responsabilidades que incumbem aos profissionais das técnicas radiológicas, acreditando ter alcançado meu intento que era de adquirir conhecimento prático da profissão, o que é a intenção maior do estágio supervisionado. O objetivo é chamar a atenção dos futuros profissionais da área, sobre a importância de se vivenciar o estágio supervisionado, durante a formação, para a aquisição e aprimoramento de competências gerais [...]. Nos serviços de saúde, tanto na esfera pública quanto na privada, existe a necessidade de se contar com um profissional [...] competente na sua prática profissional. Dessa forma, como é observado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação [...] o estágio supervisionado é considerado o melhor espaço para o graduando adquirir um perfil que vá ao encontro do profissional competente com conhecimentos e habilidades adequadas ao exercício da profissão. (BENITO, et. al. 2012) Com a consciência de que ainda terei dificuldades, etapas a serem galgadas e perpassadas, hei de manter o foco para alcançar o sucesso profissional, pois mais que conhecimentos teóricos há que se experimentar, viver na prática, há que se “meter a mão na massa” e ir além do saber, pois o bom profissional sabe o que tem para se fazer, e deve ter conhecimento para fazê-lo. Findo o presente relatório guardando imenso carinho por todos que me ajudaram a trespassar mais esta etapa ao mesmo tempo em que agradeço essa experiência tão valorosa e que muito contribuiu para o meu engrandecimento não só como estudante ou futura profissional das técnicas radiológicas, mas enriqueceu-me como ser humano. 61 REFERÊNCIAS ABC.MED, 2012. Ultrassonografia: como é este exame? Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/327345/ultrassonografia-como- e-este-exame.htm>. Acesso em: 17 jul. 2015. ABC.MED.BR, 2014. Radiografia contrastada: o que é? Por que fazer? Como é feita?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos / 565322 / radiografia-contrastada-o-que-e-por-que-fazer-como-e-feita.htm>. Acesso em: 25 jul. 2015. BENITO, Gladyz Amelia Vélez, et. al. Desenvolvimento de competências gerais durante o estágio supervisionado. Revista Brasileira de Enfermagem. V. 65, n. 1. 2012. BENTO, José. 2012. Raio X e ultrassom são exames por imagem mais usados em diagnóstico. Artigo do site G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/03/raio-x-e-ultrassom-sao-exames-por- imagem-mais-usados-em-diagnostico.html>. Acesso em: 10 jul. 2015. BRASIL. Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 – Dispõe sobre o estágio de estudantes. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/lei/l11788.htm>. Acesso em: 15 jun. 2015. BRASIL. Lei 12.842 de 10 de julho de 2013. Dispõe sobre o exercício da medicina. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/ Lei/ L 12842.htm>. Acesso em: 10 jul. 2015. CADU, Carlos Eduardo. O mundo da Radiologia e importância dos profissionais das técnicas radiológicas. Artigo publicado no blog radioterapia-inca. Disponível em: <http://cadu-radioterapia-inca.blogspot.com.br/2011/02/o-mundo-da-radiologia- e-importancia-dos.html>. Acesso em: 01 ago. 2015. CARDOSO, Glauco. Como fazer um eletrocardiograma. Vídeo aula disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8eugEwUL8hg>. Acesso em: 03 jul. 2015. CBO-MTE. Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov. br/ cbo site/ pages/ pesquisas/BuscaPorCodigo.jsf;jsessionid=1ojxt8rKurFFXaCSEOHdoi1z.slave17:mte- 233-cbo-01>. Acesso em: 09 jul. 2015. CFM – Conselho Federação de Medicina. Resolução de nº 1.361 de 09 de dezembro de 1992. Disponível em: < http://www.portalmedico. org.br/ resolucoes/ C FM/1992/1361_1992.htm>. Acesso em: 06 jul. 2015. CHEN, Michael Y. M. POPE, Thomas L. OTT, David J. Radiologia Básica. 2ª ed. São Paulo: Artmed, 2011. COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 211 de 1º de julho de 1998. Dispõe sobre atuação dos profissionais de enfermagem que trabalham com 64 PINTO, Rodrigo Mendes. Radiologia contrastada. Conceitos publicados no portaldaradiologia.com. Disponível em: <http://portaldaradiologia. com/ ?page _id = 5 35>. Acesso em: 19 jul. 2015. PORTELA, Josmael. Tecnólogo em Radiologia: profissional diferente do Técnico de Radiologia. Artigo publicado no site oieduca.com. Disponível em: <http://www.oieduca.com.br/vestibular/profissionais-de-sucesso/tecnologo-em-rad iologia-profissional-diferente-do-tecnico-de-radiologia.html>. Acesso em: 03 jul. 2015. QUEIROZ, Emilio José de Oliveira. 2014. PIM V – Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo. Disponível em: <http://www. ebah.com.br/ content/ ABAA Agl 1gAL/pim-v>. Acesso em: 02 jul. 2015. RABELO. Luiza A. 2012. Fundamentos do eletrocardiograma. 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Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfIMAAK/manual-posicionamento-exames- contrastados-na-radiolog-1>. Acesso em: 19 jul. 2015. UNIP. Cursos de Graduação – Tecnólogo em Radiologia. Disponível em: <http://www.unip.br/ensino/graduacao/tecnologicos/radiologia.aspx>. Acesso em: 10 jul. 2015. UNITALO. Manual de Estágio do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia 2013. Disponível em: <http://italo.com.br/ portal/images/ stories/pdf/ atividades_ complementares/ManualEstagioRadiologia.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015. 65 ANEXOS Anexo I – Relatório de Dosimetria 86 Anexo Il — Declaração de Estágio supervisionado III Prefeitura Municipal de Correntina Secretaria Municipal de Saúde a Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo Córrehnti na lan de go medo DECLARAÇÃO Ud Declaramos para os devidos fins, a pedido da parte interessada que LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA, CPF 010.993.871-24, aluna da Universidade Paulista — UNIP, no curso de TECNOLOGIA DA RADIOLOGIA, RA B6S1ADO, realizou estágio supervisionado curricular obrigatório no Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo, na especialidade de RADIOLOGIA e IMAGENOLOGIA no período de 01/07/2015 à 03/08/2015, cumprindo carga horária semanal de 24 horas e um total de 120 horas em atividades técnicas. Estagiou no setor de Radiologia e Diagnóstico por Imagem com equipamentos médicos para produção de imagens com e sem uso de radiação ionizante e por métodos gráficos (raios-x, USG e ECG), onde desempenhou atividades como: > Preparo e acompanhamento de pacientes para exames radiográficos com uso de contraste, radiografias contrastadas, exames ecográficos, utilizando-se de aparelho de USG, com orientação e supervisão, inclusive quanto à manipulação do aparelho e métodos gráficos em imagenologia para produção de exames para auxílio diagnóstico > Radiologia convencional e atividades relacionadas à rotina administrativa e demais atividades pertinentes à função no setor de Radiodiagnóstico com e seu uso de radiação ionizante e Imagenologia em métodos gráficos para realização de Eletrocardiogramas. Quanto à qualidade do trabalho e conhecimento teórico demonstrado durante o estágio pela estagiária, foi considerado SATISFATÓRIO. O estágio foi supervisionado por profissional legalmente habilitado e inscrito nos órgãos competentes, respeitando a Lei 11.788/08 e em conformidade com o Termo de Convênio de Estágio assinado pelas partes. Sem mais, Correntina, 04 de agosto de 2015. Ane ans, E CRTR Bº Reg. 0196N SRT Gg 89 Anexo V — Manual eletrocardiógrafo DIXTAL EP-3 4 oPERAÇÃO Este equipamento deve ser operado exclusivamente por profissionais habilitados. 4.1 Painel Frontal 1) Tecla SEGUE Inicia o processo de aquisição e registro do eletrocardiograma no papel ou dá continuidade ao processo caso este tenha sido interrompido sem ter terminado. São os seguintes os motivos que podem interromper um processo de aquisição e registro sem que o mesmo tenha terminado. * Acionamento da tecla PAUSA * Detecção de eletrodo solto Manual de Operação rev E 75 Propriedade ta DOXTAL. Informação confidencial. Owvulgação au reprodução protuiia Anexo VI — Manual Ultrasson medison” Sistema de Ultra-Som Pico 70 71 Anexo VII — Comprovante de publicação de artigo wow webartiços.com web ELE Terça-feira, 28 de abril de 2015 Comprovante de Publicação Informamos através deste, que Leide Daiane Conceição de Miranda (RG: 2.348.267), aluna do Curso de Graduação em Tecnologia em Radiologia, da Universidade Paulista, publicou o artigo “A Atuação da Enfermagem na Clínica Radiológica”, em nosso website no endereço: http://www. igos. rtigos/a-: ac nferi m-na- clinica-radiologica/131557/ em: 28/04/2015. Atenciosamente, Caros Duane Editor responsável pelo Webartigos.com Webartigos.com — Publicação de artigos e monografias na intemet Site: mca webarticos com E-mail: editor Ewebartigos.com Gaspar — SC — 89110-000 - Brasil 74 Lei nº 7.394 de 29 de outubro de 1985, que regula o exercício da profissão de técnico em radiologia e dá outras providências Art. 1º - Os preceitos desta Lei regulam o exercício da profissão de Técnico em Radiologia, conceituando-se como tal todos os Operadores de Raios X que, profissionalmente, executam as técnicas: I - radiológica, no setor de diagnóstico; [...] V - de medicina nuclear. Art. 2º - São condições para o exercício da profissão de Técnico em Radiologia: [...] II - possuir diploma de habilitação profissional, expedido por Escola Técnica de Radiologia, registrado no órgão federal. (BRASIL, 1985). Sendo que posteriormente a profissão de tecnólogo em radiologia passou a vigorar sob a égide da lei supracitada, valendo, portanto, tanto para técnicos em nível médio como para tecnólogos em radiologia com nível superior. Pode se afirmar sem sombra de dúvidas que a área da saúde brasileira sofreu pressões por parte do governo, indústria, clientes e da rápida evolução médica a partir dos anos 80, isso produziu transformações na qualidade dos serviços e mudanças no setor da saúde principalmente na área dos diagnósticos por imagem (ANTUNES e TREVIZAN, 2000). De fato, com tamanha evolução no setor de diagnóstico por imagem e carente de profissionais de nível superior, os profissionais de enfermagem, principalmente o profissional enfermeiro acreditou estar inserido também na área de diagnóstico por imagem valendo-se da execução de técnicas radiológicas que não incumbiam a ele. Tal fato se dá devido segundo Haddad, Zago e Andressa (2005) devido o Brasil ainda não possui uma boa colocação no ranking dos países que desenvolvem tecnologias de ponta, apesar de ter avançado consideravelmente no diagnostico por imagem juntando-se ao fato de que até pouco tempo o único profissional que tinha respaldo legal para a execução das técnicas radiológicas ser o técnico em radiologia, o fato de o referido profissional de nível médio, meio que “minorizava” seu 75 valor profissional, fato que foi dissolvido com a criação da profissão de tecnólogo em radiologia, mas que ainda deixa os demais profissionais da saúde um pouco confusos, pois segundo Portela (2014): Esta é uma profissão relativamente nova. Em relação à formação do Técnico de Radiologia, o Tecnólogo tem os conhecimentos aprofundados e as competências ampliadas, o que abre espaços profissionais diferenciados para atender às necessidades de um mercado que exige cada vez mais capacitação. (PORTELA, 2014) Para dirimir dúvidas a Resolução do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) nº 3, de 5 de junho de 2012, que institui e normatiza as atribuições, competências e funções do Tecnólogo e ao Técnico de Radiologia determinou que: [...] Art. 2º - compete aos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia na especialidade de salvaguardas junto a equipamentos geradores de imagens radiológicas. I- Acionar e operar o equipamento; II- Executar o protocolo de preparo para o início e término da atividade diária do equipamento; III- Fazer o controle de todas as funções de equipamento durante todo o período de operação do mesmo; IV- Cuidar para que as normas de proteção radiológica do equipamento e dos indivíduos sejam atendidas (CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA, 2012). Ao mesmo tempo os Conselhos Regionais de Enfermagem emitiram pareceres ratificando a atuação do profissional de enfermagem na clínica radiológica como é o caso do COREN-SP 76 Para atuar no Serviço de diagnóstico por imagem, a equipe de enfermagem necessita ter o conhecimento de biossegurança, que consiste em um conjunto de ações com o objetivo de prevenir, diminuir ou eliminar os riscos que o profissional e o paciente possam estar expostos. Neste sentido, a Equipe de Enfermagem (Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem), desde que treinada, habilitada e capacitada, poderá administrar contraste oral ou endovenoso ante a prescrição médica. Lembrando que caso a infusão seja realizada pelo Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, deve sempre ocorrer sob a supervisão do profissional Enfermeiro. (COREN/SP, 2014). Ainda em parecer similar o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná diz “que a administração do contraste, assim como o regime de pré medicação, são de responsabilidade tanto do Enfermeiro quanto do Técnico de Enfermagem, desde que sejam devidamente capacitados e existam protocolos preestabelecidos na Instituição”. (COREN/PR, 2014). Podemos afirmar, portanto que o profissional da enfermagem pode sim trabalhar na clínica radiológica, porém manipulando o paciente ou auxiliando a manipulá-lo, pode administrar contrastes por via oral, endovenosa ou por cateterismo vesical, pode manipular o paciente no exame de radiografia no leito, porém jamais um profissional de enfermagem poderá manipular equipamentos que produzam radiação ionizante para produção de imagem diagnóstica, conforme parecer emitido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal Ante ao exposto , somos de parecer, que a execução de atividades de manipulação de aparelhos de radiologia, não encontra respaldo na Legislação que regulamenta a enfermagem e que a execução destas atividades pode caracterizar exercício ilegal da profissão de técnico em radiologia, podendo os profissionais responderem pelo ilícito. (COREN/DF, 2003).
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