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Guias e Dicas
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aula oftalmo e naso e otologica, Notas de aula de Farmácia

aula oftalmo e naso e otologica

Tipologia: Notas de aula

2015

Compartilhado em 12/12/2015

welliton-raimundo-de-matos-aleixo-8
welliton-raimundo-de-matos-aleixo-8 🇧🇷

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Baixe aula oftalmo e naso e otologica e outras Notas de aula em PDF para Farmácia, somente na Docsity! 1 Formas Farmacêuticas de Administração Ocular, Nasal e Otorrinolaringológicas Profa.Luciane Abreu PREPARAÇÕES OFTALMICAS  Conceito: aplicação tópica para tratar condições superficiais ou intraoculares; infecções, conjuntivites; pressão intra-ocular elevada ou glaucoma e síndrome do olho seco.  Colírio – Forma farmacêutica destinada à aplicação no globo ocular, pálpebras, conjuntiva e córnea. Fisiologia do olho  1) Córnea – membrana transparente, inervada, mas não vascularizada.  2) Câmara anterior – onde ocorre o depósito do colírio. Por um período de tempo curto (15 – 25 min)  3) Conjuntiva - é bastante vascularizada, porém pouco inervada.  Abaixo da córnea temos o saco conjuntival onde se encontram as lágrimas (30 µL sem piscar e 10 µL quando piscar).  Lágrimas têm função de limpeza e proteção do olho. Afecções Oculares X Classes Terapêuticas de Fármacos para Uso Ocular  Infecções  Conjuntivites  Glaucoma  Xerose ocular  Anestésicos  Antibióticos e antimicrobianos  Antifúngicos  Anti-inflamatórios  Antivirais  Adstringentes  Bloqueadores β-adrenérgicos  Mióticos e outros agentes para glaucoma  Midriáticos e cicloplégicos  Protetores e lagrimas artificiais  Vasoconstritores e descongestionantes oculares 2 Biodisponibilidade ocular  Biodisponibilidade (Volume de administração, tempo de residência, quantidade de fármaco absorvida <1%).  Formulações com maior tempo de contato: géis, lipossomas, carreadores poliméricos, suspensões e pomadas.  Fatores fisiológicos : ligação do fármaco a proteína, metabolismo e drenagem lacrimal  Lágrima contém enzimas (lisozima) capazes de promover degradação metabólica de alguns fármacos.  Córnea é composta de uma camada lipofílica e hidrofílica por isso é permeada com maior eficiência para fármacos com estas 2 características  Fármacos em suspensão, pomadas oftálmicas ou soluções com viscosidade aumentada, permanecem no fundo do saco lacrimal por mais tempo , ampliando a biodisponibilidade da substância Biodisponibilidade ocular Formas Farmacêuticas de Administração Ocular, Nasal e Otorrinolaringológicas  Uso tópico – Olhos – Nariz – Ouvidos – Orofaringe  Formas farmacêuticas – Soluções – Suspensões – Géis – Pomadas Solução X Suspensão oftálmica  Podem ser usadas para aumentar o tempo de contato do fármaco com a mucosa ocular, proporcionando uma ação prolongada.  PA insolúvel no veículo desejado ou instável como solução.  Observar também as características e tamanho das partículas. Partículas suspensas não podem se aglomerar durante o armazenamento e devem suspender-se uniformemente quando agitadas.  Instruir o paciente a agitar bem as suspensões oftálmica 5 Administração de pomadas oftálmicas  Lavar bem as mãos  Administrar o mais próximo possível da pálpebra, sem tocá-la  O paciente deve piscar para eliminar o excesso. Remover este excesso com papel  O paciente deve ser avisado que a visão vai ficar borrada  Orientar também quanto a posologia e conservação Requisitos para as Preparações Oftálmicas ABNT NBR ISO 14644 (30/03/2005) Salas limpas e ambientes controlados associados  14644-1 Classificação da limpeza do ar Classe Federal Standard 209e USA 100 10.000 100.000 Sistema de classificação do ar para a produção de produtos estéreis Fonte: KRIPNNER, 2008Fonte: RDC 210, 2003 Roteiro de Inspeção para Farmácia Item 18 do Anexo VII da RDC 67/07 Fonte: RDC 67, 2007. 6 Esterilidade e Conservação Conservantes permitidos para preparações oftálmicas e nasais Concentração efetiva Parabenos * 0,05% M e 0,01% P Cloreto de benzalcônio* Não pode ser autoclavado 0,008% Clorobutanol * 0,5% Acetato de fenilmercúrio * 0,007% Nitrato de fenilmercúrio 0,007% Timerosal 0,007% * Para pomadas e géis oftálmicos Fonte: RDC 79/2000 Sozinhos: ineficazes P. aeruginosa: associar com polimixina B ou EDTA Formas Farmacêuticas de Administração Otorrinolaringológicas Preparações nasais Preparações otológicas Preparações orofaríngeas PREPARAÇÕES NASAIS (ERRINOS)  Errinos : Forma farmacêutica destinada ao tratamento da mucosa nasal. Usualmente busca-se uma ação tópica. Por ser uma mucosa muito vascularizada eventualmente pode-se visar ação sistêmica. Histologia e Fisiologia  Cavidade nasal se divide, de fora para dentro em 4 partes: 1) Abertura exterior das fossas nasais - coberta por pele, com grande quantidade de glândulas sebáceas e pêlos (para filtrar o ar) 2) Área de transição – muito vascularizada, não tem queratina, não tem pelo e nem glândulas sebáceas. Mantém o ar aquecido. 3) Mucosa nasal respiratória ou pituitária – altamente vascularizada. Responsável pelo sangramento do nariz (epistaxes). 4) Rino faringe – Onde o fármaco atua. 7 MUCO NASAL  Formado por células glandulares, contém água, sal e mucina. Função: proteger a mucosa nasal contra agressões externas. Deve ser preservado  Viscosidade: Média a moderada. Deve ser preservada para que os cílios possam lançar o medicamento na faringe. Altera-se por temperatura, poeira, fungos e medicamentos.  pH 5,5 – 6,5 para adulto e 5,0 – 6,7 para crianças. (errinos: uso de solução tampão). Ar frio, resfriado, sinusite, renite alérgica, promovem uma alcalinização do muco, fica fluido, coriza. Ar quente promove acidificação tornando o muco espesso e sensação de nariz seco.  Isotonia – O movimento ciliar é perfeito quando o errino está 0,9% NaCl. Solução hipotônica prejudica este movimento. Afecções Nasais X Classes Terapêuticas de Fármacos para Uso Nasal  Indicação: agentes adrenérgicos: atividades descongestionante sobre a mucosa nasal.  Rinites  Sinusite  Vasoconstritores (descongestionantes) que não interfiram no transporte ciliar  Anti-sépticos  Anti-inflamatórios  Antibióticos  Analgésicos locais O uso freqüente ou prolongado pode levar edema crônico da mucosa nasal, isto é, renite medicamentosa. Usar estas soluções por pequenos períodos ( 3 - 5 dias) PREPARAÇÕES NASAIS Forma de administração: gotas ou sprays nasais, gel Acondicionamento: frascos conta-gotas, fr spray plástico (15 a 30mL) Tipos de forma farmacêutica SOLUÇÕES (gotas, inalantes ou sprays):  são soluções isotônicas preparadas para administração nasal na forma de gotas ou aerossóis.  Veículo: água  Soluções para inalação:  administração via nasal ou pulmonar. Efeito local ou sistêmico.  Ex: água, cloreto de sódio 10 Anatomia  Ouvido externo – Composto pelo pavilhão e canal auditivo. Canal auditivo possui glândulas sebáceas e ceruminosas que juntas formam o cerume (para proteção). É no ouvido externo que aplico o medicamento.  Ouvido médio – Onde se encontra o tímpano (responsável pela audição) e trompas de Eustáquio  Ouvido interno – Labirinto (função de controle e equilíbrio) Fármacos usados  Antibacterianos – Infecções de maior ocorrência são por Pseudomonas. Cloranfenicol, Neomicina, Polimixina B, Nistatina. Fatores que pré dispõem à infecção: traumatismo, alcalinidade e umidade.  Antinflamatórios – Corticóides para inflamações no ouvido médio. Hidrocortisona, dexametasona.  Anestésicos – Benzocaína, Lidocaína, Dibucaína.  Analgésicos –Antipirina  Antissépticos – Ácido Bórico, Timol  Removedor de cerúmen – Soluções de tensoativos com atividade cerumenolítica. Ex Oleato condensado de Trietanolamina, Peróxido de Carbamida. Cerúmen é uma combinação das secreções das glândulas sudoríporas e sebáceas do meato acústico externo. As secreções quando ressecam formam uma massa semi sólida e pegajosa contendo células epiteliais, poeiras, pelo e outros corpos estranhos. O acúmulo do cerúmen pode causar coceira, dor e audição deficiente. Afecções Otológicas X Classes Terapêuticas de Fármacos para Uso Otológico  Excesso de cerumem  Otite  Dermatite  Seborréia  Lesões psoriáticas  Furúnculos  Emolientes de cerumem  Antibióticos  Corticóides  Anestésicos locais  Antifúngicos  Agentes de limpeza (peróxidos) Veículos para Preparações Otológicas  Glicerina  Propilenoglicol  PEG 300 e PEG 400 (Carbowax)  Água  Álcool (etílico e isopropílico)  Óleos vegetais  Óleo mineral 11 Características de preparações otológicas • Veículo viscoso, para aderir às paredes do conduto auditivo, como a glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicol de baixo peso molecular (ex. PEG 300, PEG 400), óleos (ex. óleo mineral). Água e álcool (etílico e isopropílico) podem também serem usados como veículos. Em pomadas óticas, a vaselina e o gel de petrolato/polietileno (Unigel® ) são normalmente empregados como excipientes. • Características de preparações otológicas • O pH normal do conduto auditivo está geralmente compreendido entre pH 6,0 a 7,8. Portanto, é menos ácido que o pH geral da pele (pH 5,3-5,8), o que pode favorecer a colonização bacteriana e o desenvolvimento de otites Portanto, preparações otológicas devem apresentar preferencialmente pH ácido, uma vez que os microorganismos proliferam mais facilmente em meio alcalino Conservantes – clorobutanol a 0,5% – parabenos a 0,01% Antioxidantes – Bissulfito de sódio – BHT Outros Adjuvantes para Preparações Otológicas Acondicionamento  frascos conta-gotas de plástico ou vidro (5-15mL) Preparações Orofaríngeas  São preparações destinadas à via bucal para ação local – Soluções para gargarejo – p/ profilaxia e tratamento de afecções de garganta, contendo agentes anti-sépticos – Soluções orais – p/ redução da adenóide, p/ amidalites recorrentes – Enxaguatório bucal - propriedades anti-sépticas, adstringentes, desodorante ou analgésica local 12  Tensoativos (solubilizantes), edulcorantes, flavorizantes, antimicrobianos e água  Armazenadas em temperatura ambiente ou em geladeira, nunca congeladas  Rótulo com informações sobre ingestão e manutenção fora do alcance de crianças Adjuvantes e Recomendações para Preparações Orofaríngeas Preparação  As preparações auriculares devem ter pH entre 5 – 7,8. Preferir as preparações mais ácidas por as alcalinas predispõem a infecções.  Evitar preparações aquosas  Preparações mais viscosas permanecem mais tempo no local. Utiliza-se veículos voláteis para que o medicamento não escorra  Deveriam ser estéreis, porém admite-se bactérias saprófitas. Administração  Instruir o paciente a aquecer o frasco, na mão por alguns minutos antes da aplicação  Virar a cabeça para o lado ou deitar-se  Puxar o lóbulo da orelha para cima e aplicar o nº de gotas prescrito  Espere ± 5 min e faça procedimento no outro ouvido  Se for removedor de cerúmen as gotas devem ser instigadas e removidas Ensaios  Identificação e dosagem  pH  Viscosidade  Esterilidade
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