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Balanço hídrico e erosividade em função das mudanças climáticas, Notas de estudo de Engenharia Agrícola

Na metodologia foram utilizados dados de precipitação climatológica média mensal e anual disponibilizados pela AESA do período de 1912 a 2014. Os dados de temperatura foram estimados pelo Software Estima_T e com os dados obtidos foram elaborados cenários cenário otimista e cenário pessimista e aplicou-se o método do balanço hídrico com o valor de referência de 100mm para as seis regiões homogêneas do Estado da Paraíba e elaborou a erosividade. Os resultados demonstraram que as ETP apresentaram a

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 07/01/2016

paulomegna
paulomegna 🇧🇷

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Baixe Balanço hídrico e erosividade em função das mudanças climáticas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agrícola, somente na Docsity! Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1068 ISSN:1984-2295 Revista Brasileira de Geografia Física Homepage: www.ufpe.br/rbgfe Balanço hídrico e erosividade em função das mudanças climáticas no estado da Paraíba Raimundo Mainar de Medeiros1, Paulo Roberto Megna Francisco2, Djail Santos3 1Doutorando em Meteorologia, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campina Grande-PB, mainarmedeiros@gmail.com; 2Pesquisador DCR CNPq/Fapesq, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Areia-PB, paulomegna@ig.com.br; 3Doutor em Ciência do Solo, Prof. Adjunto CCA, UFPB, Areia-PB, santosdj@cca.ufpb.br Artigo recebido em 22/07/2015 e aceite em 28/12/2015. R E S U M O Na metodologia foram utilizados dados de precipitação climatológica média mensal e anual disponibilizados pela AESA do período de 1912 a 2014. Os dados de temperatura foram estimados pelo Software Estima_T e com os dados obtidos foram elaborados cenários cenário otimista e cenário pessimista e aplicou-se o método do balanço hídrico com o valor de referência de 100mm para as seis regiões homogêneas do Estado da Paraíba e elaborou a erosividade. Os resultados demonstraram que as ETP apresentaram aumentos em todas as regiões e nos três cenários; as EVR mantiveram-se em reduções nos dois cenários B2 e A2; as deficiências e os excedentes hídricos sofreram oscilações de altos e baixos para todos os cenários; foi verificados reduções da erosividade em todas as regiões de estudo; o fator R foi de 43.776,3 MJ mm.ha-1.ano-1, no Litoral; 25.135,1 MJ mm.ha-1.ano-1, no Agreste; 30.675,9 MJ mm.ha-1.ano-1, no Brejo; 17.361,8 MJ mm.ha-1.ano-1, Cariri/Curimataú; 24.140,5 MJ mm.ha-1.ano-1, Sertão e Alto Sertão 27.326,9 MJ mm.ha-1.ano-1. Palavras-chave: Fatores climáticos, Capacidade de campo, Disponibilidade Hídrica, Oscilações térmicas. Water balance and erosivity on climate change function in the state of Paraiba A B S T R A C T In the methodology we used data of monthly and yearly average climatological precipitation provided by the AESA of the period 1912 to 2014. The temperature data were estimated by Estima_T software and data were elaborated scenarios optimistic and pessimistic scenario and applied the method water balance with the 100mm reference value for the six homogeneous regions of the State of Paraíba and elaborated the erosivity. The results showed that the ETP have developed increases in all regions and in all three scenarios; the EVR remained in reductions in both scenarios A2 and B2; deficiencies and water surplus have suffered ups and downs fluctuations for all scenarios; erosivity reductions was observed in all study regions; the R factor was 43.776,3 MJ mm.ha-1.yr-1, in Litoral; 25.135,1 MJ mm.ha-1.yr-1, in Agreste; 30.675,9 MJ mm.ha-1.yr-1, in Brejo; 17.361,8 MJ mm.ha-1.yr-1, Cariri/Curimataú; 24.140,5 MJ mm.ha-1.yr-1, Sertão and Alto Sertão 27.326,9 MJ mm.ha-1.yr-1. Keywords: Climatic factors, Field capacity, Availability Hydro, Thermal fluctuations. Introdução A problemática das mudanças climáticas é um dos maiores desafios socioeconômicos e científicos que a humanidade terá que enfrentar ao longo deste século. De acordo com Jenkin et al. (2005) todo o planeta sofrerá com esses impactos, mas populações mais pobres dos países mais vulneráveis certamente serão susceptíveis aos seus impactos negativos. Santos et al. (1998) demonstraram que o déficit hídrico e os processos morfológicos e fisiológicos das plantas poderão ser afetados pelas previsões de mudanças climáticas. Os principais indícios do aquecimento global surgem das medidas de temperatura de estações meteorológicas desde 1860, em todo o globo. Os dados com a correção dos efeitos de ilhas de calor mostram que o aumento médio da temperatura foi de aproximadamente 0,6°C durante o século XX, os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000 (IPCC, 2001a). Ainda de acordo com os relatórios do IPCC (2001a e 2001b), há uma projeção de um aumento médio Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1069 de temperatura do planeta entre 1,4 e 5,8ºC entre 1990 a 2100. Em relação à precipitação, as previsões indicam que deve ocorrer redução na região tropical e subtropical e um aumento na média das regiões de latitudes elevadas. No NEB, em especial na região semiárida, que frequentemente enfrenta os problemas da seca e estiagens prolongadas, dentro do período chuvoso estas condições se tornam mais graves (Nobre et al., 2001). Por meio do Balanço Hídrico Climatológico (BHC) é possível determinar as localidades que apresentam déficit ou excesso hídrico, utilizando variáveis como a precipitação e evapotranspiração. Segundo Silva et al. (2006), que afirmaram que os balanços hídricos são importantes para acompanhar a dinâmica da água em ecossistemas agrícolas e naturais. Este trabalho tem como objetivo avaliar as condições hídricas por meio do panorama climático futuro de precipitação e temperatura do ar e o impacto da erosão do solo em seis regiões climáticas do Estado da Paraíba. Material e métodos O Estado da Paraíba localizado na região Nordeste do Brasil apresenta uma área de 56.372 km², que corresponde a 0,662% do território nacional. Seu posicionamento encontra-se entre os paralelos 6°02’12” e 8°19’18”S, e entre os meridianos de 34°45’54” e 38°45’45”W (Francisco, 2010). O relevo do Estado da Paraíba apresenta-se de forma geral bastante diversificado, constituindo-se por formas de relevo diferentes trabalhadas por diferentes processos, atuando sob climas distintos e sobre rochas pouco ou muito diferenciadas. No tocante à geomorfologia, existem dois grupos formados pelos tipos climáticos mais significativos do Estado: úmido, subúmido e semiárido. O uso atual e a cobertura vegetal caracterizam-se por formações florestais definidas como caatinga arbustiva arbórea aberta, caatinga arbustiva arbórea fechada, caatinga arbórea fechada, tabuleiro costeiro, mangues, mata-úmida, mata semidecidual, mata atlântica e restinga (PARAÍBA, 2006). O clima caracteriza-se por temperaturas médias elevadas (22 a 300C) e uma amplitude térmica anual muito pequena, em função da baixa latitude e elevações (<700m). A precipitação varia de 400 a 800mm anuais, nas regiões interiores semiáridas, e no Litoral, mais úmido, pode ultrapassar aos 1600mm (Varejão-Silva et al., 1984). Os principais sistemas responsáveis são a Zona de Convergência Intertropical - ZCIT (Hastenrath e Heller, 1977), as Frentes Frias (Aragão, 1976; Kousky, 1979), os Distúrbios de Leste ou Ondas de Leste (Yamazaki e Rao, 1977) e os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) (Aragão, 1976; Kousky e Gan, 1981). A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que é o principal sistema meteorológico provedor de chuvas no setor norte do NEB, onde o Estado da Paraíba esta inserido. Normalmente a ZCIT migra sazonalmente de sua posição mais ao norte, aproximadamente 12ºN, em agosto-setembro para posições mais ao sul e aproximadamente 4ºS em março-abril (Uvo, 1989). Para uma melhor compreensão dos resultados deste trabalho foi separado em seis regiões homogêneas do Estado da Paraíba que são a região do Litoral, Agreste, Brejo, Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão conforme a Figura 1. Na metodologia foram utilizados dados de precipitação climatológica média mensal e anual adquiridos do banco de dados da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) para o período de 1912 a 2014. Os dados de temperatura foram estimados pelo Software Estima_T para o período compreendido entre os anos de 1950 e 2014 (Cavalcanti e Silva, 1994; Cavalcanti et al., 2006). Com os dados obtidos foram elaborados cenários de precipitação e temperatura média mensal do ar com redução da precipitação de 10% e aumento da temperatura do ar de 1ºC (cenário otimista = B2); e 20% e 4ºC (cenário pessimista = A2), conforme a metodologia do IV Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC AR4). Aplicou-se em seguida o método do balanço hídrico de Thornthwaite e Mather (1948; 1955), usando-se planilha eletrônica para o cálculo do Balanço Hídrico Normal elaborado por Medeiros (2013). Para a Capacidade de Água Disponível (CAD), definida como o armazenamento máximo de água no solo, adotou-se em todos os cenários o valor de referência de 100mm de acordo com Thornthwaite e Mather (1955). Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1072 a b Figura 4. (a) Variabilidade da distribuição anual da precipitação na região do Sertão. (b) Variabilidade da distribuição anual da precipitação da região do Alto Sertão. Tabela 1. Precipitação (PPT mm) e temperatura média (Temp.°C), cenário B2 e A2 para as regiões do Litoral e Agreste Região Litoral Região Agreste Média B2 A2 Média B2 A2 Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Normal -10% +1°C -20% +4°C Normal -10% +1°C -20% +4°C Jan 83,4 27,2 75,1 28,2 60,1 31,2 Jan 48,8 25,7 43,9 26,7 35,1 29,7 Fev 105,7 27,2 95,1 28,2 76,1 31,2 Fev 63,9 25,6 57,5 26,6 46,0 29,6 Mar 160,7 26,8 144,6 27,8 115,7 30,8 Mar 104,5 25,3 94,1 26,3 75,3 29,3 Abr 212,7 26,2 191,5 27,2 153,2 30,2 Abr 123,1 24,6 110,7 25,6 88,6 28,6 Mai 238,8 25,4 214,9 26,4 172,0 29,4 Mai 112,0 23,7 100,8 24,7 80,7 27,7 Jun 295,3 24,5 265,8 25,5 212,6 28,5 Jun 126,0 22,7 113,4 23,7 90,7 26,7 Jul 223,0 23,9 200,7 24,9 160,5 27,9 Jul 117,9 22,1 106,1 23,1 84,9 26,1 Ago 133,7 23,8 120,3 24,8 96,2 27,8 Ago 63,7 22,2 57,3 23,2 45,8 26,2 Set 67,7 24,6 60,9 25,6 48,7 28,6 Set 33,9 23,2 30,5 24,2 24,4 27,2 Out 26,5 25,7 23,8 26,7 19,1 29,7 Out 13,2 24,4 11,9 25,4 9,5 28,4 Nov 27,2 26,5 24,4 27,5 19,6 30,5 Nov 14,5 25,1 13,1 26,1 10,5 29,1 Dez 38,6 27,1 34,7 28,1 27,8 31,1 Dez 23,0 25,6 20,7 26,6 16,5 29,6 As variabilidades dos índices de precipitações médias e com reduções de 10 e 20% seguidamente da variabilidade da temperatura média e de suas respectivas variações para aumentos de 1 e 4ºC. No cenário A2 observou-se aumento da temperatura, o que poderia proporcionar maiores deficiências hídricas. Na Figura 5 observa-se o comportamento da precipitação com média, redução de 10 e 20%, e da temperatura com média, acréscimo de 1 e 4ºC para as região do Litoral (a), Agreste (b), Brejo (c), Cariri/Curimataú (d), Sertão (e), Alto Sertão (f). As variabilidades das oscilações das precipitações para os dois cenários (B2 e A2) nas regiões do Litoral, Agreste e Brejo (Figuras 5a, 5b, 5c) não sofrerão muitas variabilidades principalmente no período chuvoso onde os fatores meteorológicos de grandes escalas poderão provocar chuvas de intensidades moderadas a fortes e em curtos intervalos de tempo. No período seco não se descarta a possibilidade de eventos extremos. As variabilidades das oscilações das precipitações para os dois cenários (B2 e A2) nas regiões do Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão (Figuras 5d, 5e, 5f) são as que sofrerão os maiores impactos climáticos, visto que em épocas de período chuvosos normalizados se tem grandes irregularidades espaço temporal, e com as simulações dos cenários elas terão seus impactos acentuados, ou seja, as chuvas serão reduzidas afetando o armazenamento de água, e aumentando os índices de erosividade. Na Tabela 4 observa-se o demonstrativo da precipitação média mensal e anual, e Índice de erosividade (EI30) e Fator R para as regiões em estudo. Nas seis regiões homogêneas de precipitação o quadrimestre chuvoso centra-se nos meses de abril a julho, para as regiões do Litoral, Agreste e Brejo, já na região do Cariri/Curimataú e Sertão o quadrimestre chuvoso centra-se nos meses de fevereiro a maio, e na região do Alto Sertão o seu quadrimestre chuvoso é centrado nos meses de janeiro a abril Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1073 Tabela 2. Precipitação (PPT mm) e temperatura média (Temp.°C), cenário B2 e A2 para as regiões do Brejo e Cariri/Curimataú Região Brejo Região Cariri/Curimataú Média B2 A2 Média B2 A2 Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Normal -10% +1°C -20% +4°C Normal -10% +1°C -20% +4°C Jan 71,1 26,4 64,0 27,4 51,2 30,4 Jan 43,8 24,6 39,4 25,6 31,5 28,6 Fev 84,1 26,3 75,7 27,3 60,5 30,3 Fev 67,9 24,3 61,2 25,3 48,9 28,3 Mar 126,8 26,0 114,1 27,0 91,3 30,0 Mar 112,9 24,1 101,6 25,1 81,3 28,1 Abr 148,5 25,3 133,7 26,3 106,9 29,3 Abr 106,2 23,4 95,6 24,4 76,5 27,4 Mai 142,6 24,6 128,3 25,6 102,7 28,6 Mai 61,1 22,5 55,0 23,5 44,0 26,5 Jun 161,3 23,6 145,2 24,6 116,2 27,6 Jun 47,5 21,4 42,8 22,4 34,2 25,4 Jul 142,7 23,1 128,4 24,1 102,7 27,1 Jul 37,8 20,9 34,0 21,9 27,2 24,9 Ago 86,5 23,0 77,9 24,0 62,3 27,0 Ago 16,5 21,0 14,9 22,0 11,9 25,0 Set 42,3 24,0 38,1 25,0 30,5 28,0 Set 7,6 22,3 6,9 23,3 5,5 26,3 Out 15,8 25,1 14,2 26,1 11,4 29,1 Out 6,4 23,4 5,8 24,4 4,6 27,4 Nov 18,9 25,9 17,0 26,9 13,6 29,9 Nov 6,9 24,1 6,2 25,1 5,0 28,1 Dez 29,3 26,4 26,3 27,4 21,1 30,4 Dez 17,9 24,4 16,1 25,4 12,9 28,4 Tabela 3. Precipitação (PPT mm) e temperatura média (Temp.°C), cenário B2 e A2 para as regiões do Sertão e Alto Sertão Região Sertão Região Alto Sertão Média B2 A2 Média B2 A2 Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Meses PPT Temp PPT Temp PPT Temp Normal -10% +1°C -20% +4°C Normal -10% +1°C -20% +4°C Jan 82,3 74,1 74,1 26,7 59,3 29,7 Jan 110,5 25,4 99,4 26,4 79,5 29,4 Fev 124,9 112,4 112,4 26,4 89,9 29,4 Fev 155,7 25,1 140,1 26,1 112,1 29,1 Mar 189,5 170,5 170,5 26,1 136,4 29,1 Mar 221,3 24,9 199,2 25,9 159,3 28,9 Abr 170,4 153,4 153,4 25,6 122,7 28,6 Abr 176,7 24,4 159,1 25,4 127,3 28,4 Mai 83,5 75,2 75,2 24,9 60,2 27,9 Mai 78,6 23,6 70,7 24,6 56,6 27,6 Jun 34,7 31,2 31,2 24,0 25,0 27,0 Jun 33,2 22,7 29,9 23,7 23,9 26,7 Jul 18,3 16,5 16,5 23,7 13,2 26,7 Jul 17,2 22,4 15,5 23,4 12,4 26,4 Ago 6,0 5,4 5,4 24,0 4,3 27,0 Ago 5,9 22,8 5,3 23,8 4,2 26,8 Set 2,6 2,4 2,4 25,1 1,9 28,1 Set 5,3 24,0 4,8 25,0 3,8 28,0 Out 6,4 5,7 5,7 26,0 4,6 29,0 Out 12,0 24,9 10,8 25,9 8,6 28,9 Nov 9,6 8,6 8,6 26,5 6,9 29,5 Nov 19,1 25,3 17,2 26,3 13,8 29,3 Dez 29,0 26,1 26,1 26,7 20,9 29,7 Dez 46,0 25,4 41,4 26,4 33,1 29,4 a b Figura 5. Comportamento da precipitação com média, redução de 10 e 20%, e da temperatura com média, acréscimo de 1 e 4ºC para as regiões do Litoral (a), Agreste (b), Brejo (c), Cariri/Curimataú (d), Sertão (e) e Alto Sertão (f). Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1074 c d e f Figura 5. Comportamento da precipitação com média, redução de 10 e 20%, e da temperatura com média, acréscimo de 1 e 4ºC para as regiões do Litoral (a), Agreste (b), Brejo (c), Cariri/Curimataú (d), Sertão (e) e Alto Sertão (f). Tabela 4. Precipitação média mensal, anual, índice de erosividade (EI30) e Fator R Região Litoral Região Agreste Região Brejo Meses Médias mensais EI30 R Meses Médias mensai s EI30 R Meses Médias mensais EI30 R Jan 83,4 233,3 Jan 48,8 162,5 Jan 71,1 252,2 Fev 105,7 348,9 Fev 63,9 257,3 Fev 84,1 335,1 Mar 160,7 711,2 Mar 104, 5 593,7 Mar 126,8 674,2 Abr 212,7 1145,8 Abr 123, 1 783,3 Abr 148,5 881,8 Mai 238,8 1395,0 Mai 112, 0 667,9 Mai 142,6 822,8 Jun 295,3 2001,4 Jun 126, 0 815,3 Jun 161,3 1015,3 Jul 223,0 1241,3 43776, 3 Jul 117, 9 728,4 25135, 1 Jul 142,7 823,8 30675, 9 Ago 133,7 520,2 Ago 63,7 255,6 Ago 86,5 352,0 Set 67,7 163,5 Set 33,9 87,3 Set 42,3 104,3 Out 26,5 33,2 Out 13,2 17,7 Out 15,8 19,6 Nov 27,2 34,6 Nov 14,5 20,7 Nov 18,9 26,6 Dez 38,6 62,9 Dez 23,0 45,1 Dez 29,3 55,8 Anua l 1613, 2 35885, 0 Anua l 844, 5 20700, 3 Anua l 1070, 0 25312, 4 O mês de junho para as regiões do Litoral, Agreste e Brejo, e o mês de março para regiões do Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão destaca-se como os de maiores incidências de precipitações, como se observa na Tabela 2. O mês de outubro para as regiões do Litoral, Agreste, Brejo e Cariri/Curimataú. Para as regiões do Sertão e Alto Sertão têm-se o mês de setembro como os de menores índices pluviométricos, e destaca-se dos demais devido à fatores meteorológicos atuantes nas suas respectivas regiões e que em alguns anos para os referidos meses, são ocasionadas chuvas anômalas e de altas intensidades induzidas pela presença do fenômeno de larga escala La Niña de acordo com Medeiros (2013). Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1077 a b c Figura 10. Erosividade com a média climatológica da precipitação (a). Erosividade para o cenário B2 (b), Erosividade para o cenário A2 (c) para a região do Sertão. Na Figura 11 observa-se a erosividade com a média climatológica da precipitação (a). Erosividade para o cenário B2 (b), Erosividade para o cenário A2 (c) para a região do Alto Sertão. Nota-se que ocorrem reduções de erosividade para o cenário B2 e A2, e estas reduções são ocasionadas pela distribuição das chuvas que são mais espaçadas de altas intensidades e em curtos intervalos de tempo. Deste modo a primeira chuva carreia o solo e forma barreiras natural de reduções erosivas. a b c Figura 11. Erosividade com a média climatológica da precipitação (a). Erosividade para o cenário B2 (b), Erosividade para o cenário A2 (c) para a região do Alto Sertão. As Tabelas 6, 7, 8, 9 e 10 representam o cálculo do balanço hídrico climatológico para os cenários normal, B2 e A2, das regiões do Litoral, Agreste, Brejo, Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão Paraibano. Na Tabela 6 observa-se o balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, Região Litoral, e verificam-se aumentos significativos nos índices de evapotranspiração potencial (ETP) com destaque para o cenário A2 onde praticamente ocorreu o dobro da ETP. Observa-se que ocorreram reduções na evaporação real nos cenários B2 e A2 quando comparados com a normal e as deficiências hídricas aumentaram e o excedente hídrico foi reduzido para o cenário B2, onde não ocorreu excedente no cenário A2. Na Tabela 7 observa-se o BHC para cenários normal, B2 e A2, para a região do Agreste, onde se tem que as ETP aumentaram para os cenários B2 e A2. As EVR sofreram reduções nos cenários B2 e A2, com exceção para os meses de abril a julho onde os índices evaporativos aumentaram no cenário B2. Registraram-se aumentos nos índices das deficiências para os cenários B2 e A2. Não ocorreram excedentes hídricos nos cenários estudados com exceção o mês de julho no BHC normal. Na Tabela 8 observa-se o demonstrativo do balanço hídrico para os cenários normal, B2 e A2, para a região do Brejo onde se registrou aumentos nos índices da ETP e EVR para os cenários B2 e A2 com exceção os meses de abril e maio quando comparada ao BHC normal. As deficiências sofreram elevações no cenário B2 comparado ao BHC normal, para o cenário A2 ocorreram todos os meses. Os excedentes não ocorreram nos cenários B2 e A2 exceto os meses de junho e julho no cenário normal. Na Tabela 10 observa-se o demonstrativo do balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, na região do Sertão, onde se observa aumentos nos índices evaporativos para os três cenários. Observa-se redução dos índices EVR exceto nos meses de março e abril para o cenário A2. Aumento das deficiências hídricas nos três cenários estudados e os excedentes hídricos não ocorreu para os três cenários. Na Tabela 9 observa-se o balanço hídrico normal para cenários B2 e A2, na região do Cariri/Curimataú. Observa- se aumentos nos índices da ETP e EVR, as deficiências hídricas aumentaram não ocorreram excedentes hídricos nos três cenários. Tabela 6. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2 da região do Litoral Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 152,5 84,7 67,8 0,0 174,1 75,8 98,3 0,0 281,7 60,1 221,7 0,0 Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1078 Fev 141,4 106,1 35,3 0,0 161,4 95,3 66,1 0,0 261,4 76,1 185,3 0,0 Mar 147,1 147,1 0,0 0,0 167,5 144,7 22,8 0,0 268,3 115,7 152,6 0,0 Abr 129,8 129,8 0,0 0,0 147,2 147,2 0,0 0,0 232,0 153,2 78,9 0,0 Mai 118,7 118,7 0,0 117,5 133,8 133,8 0,0 25,5 206,3 172,0 34,4 0,0 Jun 99,6 99,6 0,0 195,7 111,4 111,4 0,0 154,4 167,2 167,2 0,0 0,0 Jul 94,8 94,8 0,0 128,1 105,7 105,7 0,0 95,0 156,0 156,0 0,0 0,0 Ago 94,0 94,0 0,0 39,7 104,6 104,6 0,0 15,7 153,9 118,1 35,8 0,0 Set 103,4 97,7 5,7 0,0 115,8 103,1 12,6 0,0 174,3 68,8 105,5 0,0 Out 127,1 70,9 56,2 0,0 143,6 64,2 79,5 0,0 223,4 26,0 197,3 0,0 Nov 139,0 44,4 94,6 0,0 158,0 37,3 120,7 0,0 251,3 20,5 230,8 0,0 Dez 157,1 44,4 112,7 0,0 179,3 38,2 141,1 0,0 290,1 27,9 262,2 0,0 ETP – Evapotranspiração potencial; EVR – Evaporação Real; DEF – Deficiência hídrica e EXC – Excedente hídrico. Tabela 7. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, região Agreste Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 129,1 50,0 79,1 0,0 144,6 44,2 100,4 0,0 219,8 35,1 184,7 0,0 Fev 117,6 64,3 53,2 0,0 131,6 57,6 74,0 0,0 199,4 46,0 153,4 0,0 Mar 123,9 104,6 19,3 0,0 138,5 94,1 44,4 0,0 208,4 75,3 133,1 0,0 Abr 108,4 108,4 0,0 0,0 120,6 110,8 9,9 0,0 178,5 88,6 89,9 0,0 Mai 98,9 98,9 0,0 0,0 109,5 100,8 8,7 0,0 158,8 80,7 78,1 0,0 Jun 82,4 82,4 0,0 0,0 90,6 90,6 0,0 0,0 128,1 90,7 37,4 0,0 Jul 79,1 79,1 0,0 10,6 86,7 86,7 0,0 0,0 121,0 84,9 36,1 0,0 Ago 79,9 78,6 1,2 0,0 87,6 68,3 19,2 0,0 122,2 45,8 76,4 0,0 Set 90,7 70,7 20,0 0,0 100,1 46,1 54,0 0,0 143,4 24,4 119,1 0,0 Out 110,2 43,1 67,1 0,0 122,5 22,3 100,1 0,0 180,3 9,5 170,8 0,0 Nov 119,1 26,4 92,7 0,0 132,9 16,7 116,3 0,0 199,3 10,5 188,9 0,0 Dez 131,5 27,2 104,3 0,0 147,3 21,8 125,5 0,0 223,3 16,5 206,7 0,0 Tabela 8. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2 para a região do Brejo Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 139,2 72,2 67,0 0,0 157,4 64,5 92,9 0,0 246,6 51,2 195,4 0,0 Fev 127,4 84,5 42,9 0,0 143,9 75,8 68,1 0,0 224,8 60,5 164,3 0,0 Mar 133,3 126,9 6,4 0,0 150,2 114,2 36,0 0,0 232,5 91,3 141,2 0,0 Abr 117,3 117,3 0,0 0,0 131,7 131,7 0,0 0,0 200,6 106,9 93,7 0,0 Mai 107,7 107,7 0,0 0,0 120,2 120,2 0,0 0,0 179,4 102,7 76,7 0,0 Jun 90,4 90,4 0,0 37,7 100,3 100,3 0,0 0,0 145,9 116,2 29,7 0,0 Jul 86,8 86,8 0,0 55,8 96,0 96,0 0,0 0,0 137,7 102,7 35,0 0,0 Ago 87,1 87,1 0,0 0,0 96,2 92,5 3,6 0,0 137,9 62,3 75,6 0,0 Set 97,3 84,4 12,9 0,0 108,2 74,9 33,4 0,0 159,1 30,5 128,7 0,0 Out 118,4 52,6 65,7 0,0 132,6 39,3 93,3 0,0 200,7 11,4 189,3 0,0 Nov 128,4 32,6 95,8 0,0 144,7 25,0 119,6 0,0 223,4 13,6 209,8 0,0 Dez 142,9 33,9 109,0 0,0 161,5 28,6 132,9 0,0 252,7 21,1 231,7 0,0 Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1079 Tabela 9. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, região do Cariri/Curimataú. Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 115,2 43,8 71,3 0,0 127,4 39,4 88,0 0,0 185,1 31,5 153,6 0,0 Fev 103,6 68,0 35,6 0,0 114,4 61,2 53,3 0,0 165,4 48,9 116,5 0,0 Mar 110,1 110,1 0,0 0,0 121,4 101,6 19,8 0,0 174,7 81,3 93,4 0,0 Abr 96,2 96,2 0,0 0,0 105,7 95,6 10,2 0,0 149,8 76,5 73,4 0,0 Mai 87,9 64,1 23,8 0,0 96,1 55,0 41,1 0,0 133,7 44,0 89,7 0,0 Jun 73,1 49,7 23,4 0,0 79,5 42,8 36,8 0,0 108,1 34,2 73,9 0,0 Jul 70,7 39,9 30,8 0,0 76,6 34,0 42,6 0,0 103,1 27,2 75,9 0,0 Ago 72,9 18,9 54,1 0,0 79,2 14,9 64,3 0,0 106,9 11,9 95,0 0,0 Set 84,5 9,3 75,2 0,0 92,4 6,9 85,5 0,0 128,2 5,5 122,7 0,0 Out 101,4 7,3 94,1 0,0 111,5 5,8 105,7 0,0 158,3 4,6 153,6 0,0 Nov 108,0 7,3 100,7 0,0 119,2 6,2 112,9 0,0 171,5 5,0 166,6 0,0 Dez 116,9 18,0 98,9 0,0 129,1 16,1 113,1 0,0 187,1 12,9 174,2 0,0 ETP – Evapotranspiração potencial; EVR – Evaporação Real; DEF – Deficiência hídrica e EXC – Excedente hídrico. Tabela 10. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, região do Sertão Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 128,1 82,4 45,8 0,0 143,8 74,1 69,7 0,0 219,5 59,3 160,3 0,0 Fev 115,0 115,0 0,0 0,0 128,8 112,4 16,4 0,0 195,4 89,9 105,5 0,0 Mar 120,9 120,9 0,0 0,0 135,2 135,2 0,0 0,0 203,5 136,4 67,1 0,0 Abr 108,0 108,0 0,0 41,0 120,4 120,4 0,0 0,0 178,9 122,7 56,2 0,0 Mai 100,2 98,9 1,3 0,0 111,2 95,9 15,3 0,0 162,4 60,2 102,3 0,0 Jun 85,7 68,5 17,2 0,0 94,6 53,6 41,0 0,0 135,2 25,0 110,2 0,0 Jul 84,0 42,8 41,2 0,0 92,4 29,9 62,5 0,0 130,9 13,2 117,7 0,0 Ago 88,3 20,8 67,6 0,0 97,4 12,5 84,9 0,0 139,1 4,3 134,8 0,0 Set 100,6 9,8 90,8 0,0 111,8 5,5 106,3 0,0 164,1 1,9 162,2 0,0 Out 118,7 9,3 109,4 0,0 132,6 6,9 125,7 0,0 199,2 4,6 194,6 0,0 Nov 124,2 10,5 113,6 0,0 139,2 8,9 130,3 0,0 211,7 6,9 204,8 0,0 Dez 132,8 29,3 103,5 0,0 149,0 26,2 122,8 0,0 227,7 20,9 206,9 0,0 ETP – Evapotranspiração potencial; EVR – Evaporação Real; DEF – Deficiência hídrica e EXC – Excedente hídrico. Na Tabela 11 observa-se o demonstrativo do balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, na região do Alto Sertão, onde as ETO apresentaram aumentos e as EVR registraram reduções para os três cenários. Não ocorreram deficiências hídricas nos meses de fevereiro a abril no cenário normal e B2 e deficiências em todos os meses para o canário A2. Os excedentes ocorrem nos meses de março e abril no cenário normal, no mês de abril no cenário B2 e sem ocorrência de excedentes hídricos no cenário A2. Tabela 11. Balanço hídrico para cenários normal, B2 e A2, região do Alto Sertão. Meses Normal B2 A2 ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC ETP EVR DEF EXC Jan 124,1 110,5 13,6 0,0 138,8 99,5 39,4 0,0 209,5 79,5 130,0 0,0 Fev 111,3 111,3 0,0 0,0 124,3 124,3 0,0 0,0 186,4 112,1 74,3 0,0 Mar 117,5 117,5 0,0 48,4 131,0 131,0 0,0 0,0 195,2 159,3 35,9 0,0 Abr 105,1 105,1 0,0 71,6 116,8 116,8 0,0 26,3 172,0 127,3 44,8 0,0 Mai 97,2 95,5 1,6 0,0 107,5 101,5 6,0 0,0 155,4 56,6 98,8 0,0 Jun 82,9 65,7 17,1 0,0 91,2 61,6 29,5 0,0 129,1 23,9 105,2 0,0 Jul 81,3 41,1 40,2 0,0 89,3 35,1 54,2 0,0 125,2 12,4 112,9 0,0 Ago 86,9 20,6 66,3 0,0 95,7 15,9 79,7 0,0 135,7 4,2 131,4 0,0 Set 99,9 12,6 87,3 0,0 110,7 9,5 101,2 0,0 161,7 3,8 157,8 0,0 Out 117,4 15,0 102,4 0,0 130,9 12,5 118,4 0,0 195,3 8,6 186,7 0,0 Nov 121,4 20,2 101,3 0,0 135,8 17,8 118,0 0,0 204,5 13,8 190,8 0,0 Dez 128,7 46,3 82,4 0,0 144,0 41,5 102,5 0,0 217,6 33,1 184,5 0,0 Revista Brasileira de Geografia Física V. 08 N. 04 (2015) 1068-1084. Medeiros, R. M. de; Francisco, P. R. M.; Santos, D. 1082 a b c Figura 17. Balanço hídrico climatológico com a média climatológica da temperatura do ar e da precipitação (a), balanço hídrico para o cenário B2 (b), balanço hídrico para o cenário A2 (c) para a região do Alto Sertão. Medeiros et al. (2015) avaliaram o balanço hídrico e a erosividade das chuvas em função do cenário de mudanças climáticas para o município de Cabaceiras–PB e os resultados demonstraram que o cenário otimista (B2) e cenário pessimista (A2) indicaram situações críticas das condições do solo que ocasionarão perdas para os recursos hídricos e cultivos de sequeiro; de alta erosividade de fator (R) encontrado de 11.701,1 MJ.mm.ha- 1.h-1.ano-1. Santos et al. (2014) avaliaram o comportamento da disponibilidade hídrica em Santa Filomena–PI, analisando cenários futuros, por meio do BHC em condições normais, e observaram que ocorreu deficiência hídrica de maio a outubro, e os excedentes variaram de dezembro a maio, no cenário B2, enquanto que, no cenário A2, ocorreram excedentes entre janeiro e abril e deficiências hídricas de maio a novembro e os resultados da avaliação do potencial erosivo das chuvas foram de altíssima concentração de erosividade. Medeiros et al. (2012), encontraram o fator (R) para o município de Areia-PB de 31.528,8 MJ mm.ha-1h-1ano e estabeleceu que os maiores índices de erosividade fossem decorridos nos meses de março a agosto, que coincidem com o período chuvoso e a capacidade de campo em valores máximos. Conclusão As ETP apresentaram aumentos em todas as regiões e nos três cenários; as EVR mantiveram- se em reduções nos dois cenários B2 e A2, as deficiências e os excedentes hídricos sofreram oscilações de altos e baixos para todos os cenários. Para os cenários B2 e A2 foi verificados reduções da erosividade em todas as regiões de estudo. Os resultados obtidos tanto no cenário otimista (B2) quanto no pessimista (A2), indicam situações críticas das condições do solo que ocasionarão grandes impactos. O fator R total das áreas em estudo foi de 43.776,3 MJ mm.ha-1 ano-1. Os índices pluviométricos para o cenário A2 serão insuficientes para vários tipos de culturas. Os elementos meteorológicos aqui estudados e discutidos mostram que para os cenários B2 e A2, ocorrerão mudanças bruscas. Agradecimentos A CAPES pela concessão de bolsa de estudo ao primeiro autor e ao CNPq/Fapesq a concessão de bolsa de pesquisa ao segundo autor. Referências Aragão, J.O.R. 1976. 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