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Guias e Dicas
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microeconomi...s resolvidos - cap 09 - an?lise de mercados competitivos, Exercícios de Microeconomia

Questões resolvidas do Livro de Microeconomia Robert S. Pindyck

Tipologia: Exercícios

2012
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 12/08/2012

wanderlan-nascimento-8
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Baixe microeconomi...s resolvidos - cap 09 - an?lise de mercados competitivos e outras Exercícios em PDF para Microeconomia, somente na Docsity! CAPÍTULO 9 ANÁLISE DE MERCADOS COMPETITIVOS OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR Com exceção do Capítulo 1, o Capítulo 9 é o de mais fácil compreensão no livro. O capítulo começa com uma revisão dos conceitos de excedente do consumidor e do produtor, na Seção 9.1. Caso tais conceitos não tenham sido discutidos antes, é importante que se explique cuidadosamente a definição de cada um. A Seção 9.2 discute o conceito básico de eficiência em mercados competitivos comparando os resultados de um mercado competitivo com aqueles onde ocorrem falhas de mercado. Uma discussão mais detalhada sobre eficiência é apresentada no Capítulo 16. As Seções 9.3 a 9.6 mostram exemplos de políticas de governo que conduzem o mercado a um resultado diferente do equilíbrio competitivo (eficiente). Dentre essas seções, a escolha das seções a serem discutidas em sala de aula fica a critério do professor, podendo variar de acordo com as restrições de tempo e as preferências pessoais. Tais seções apresentam um formato padrão: primeiro, discutem-se em termos gerais as razões pelas quais a intervenção governamental gera um peso morto; em seguida, analisa-se um exemplo de política. O tópico de cada seção é abordado em uma questão para revisão e, pelo menos, em um exercício. O Exercício (1) trata da questão do salário mínimo, apresentada na Seção 9.3. Os Exercícios (4) e (5) discutem os suportes de preço e as quotas de produção, analisados na Seção 9.4. Os Exercícios (3), (6), (7), (10), e (12) abordam a questão da escolha entre impostos de importação e quotas, apresentada na Seção 9.5. Os Exercícios (2), (8), e (14) tratam dos efeitos de impostos e subsídios, discutidos na Seção 9.6. O Exercício (9) apresenta uma revisão do Exemplo 9.1, relativo aos controles de preço do gás natural, que, por sua vez, é uma continuação do Exemplo 2.7. O Exercício (4) é semelhante ao Exemplo 9.4 e pode ser discutido como uma extensão do Exemplo 2.2. QUESTÕES PARA REVISÃO 1. Qual é o significado de peso morto? Por que a implementação de um preço teto geralmente resulta em um peso morto? O peso morto se refere ao bem-estar perdido por consumidores ou produtores quando os mercados não operam de forma eficiente. O termo "peso morto" indica que o bem-estar perdido por um indivíduo não é capturado por nenhum outro indivíduo. A implementação de um preço-teto geralmente resulta em um peso morto, pois para qualquer preço abaixo do preço de equilíbrio de mercado, a quantidade ofertada será menor que a quantidade de equilíbrio, gerando uma perda de excedente para os produtores. Os consumidores comprarão menos do que a quantidade de equilíbrio, o que resulta em uma perda de excedente para os consumidores. Os consumidores também comprarão menos do que a quantidade demandada ao preço- teto. O excedente perdido pelos consumidores e pelos produtores não é capturado por nenhum outro grupo, constituindo, portanto, o peso morto. PAGE 123 2. Suponha que a curva de oferta de uma mercadoria fosse completamente inelástica. Se o governo impusesse um preço teto em nível inferior ao preço de equilíbrio de mercado, isso resultaria em um peso morto? Explique. Quando a curva de oferta é completamente inelástica, a fixação de um preço-teto abaixo do preço de equilíbrio transfere todo o excedente perdido pelos produtores para os consumidores. O excedente do consumidor aumenta na magnitude dada pela multiplicação da quantidade de equilíbrio pela diferença entre o preço de equilíbrio e o preço-teto. Os consumidores capturam toda a redução na receita total. Logo, não há peso morto. 3. De que forma o preço teto pode melhorar o bem-estar dos consumidores? Sob quais condições ele poderia torná-lo pior? Se a curva de oferta é perfeitamente inelástica um preço-teto aumenta o excedente do consumidor. Se a curva de demanda é inelástica, controles de preço podem resultar em perda líquida de excedente do consumidor, pois os consumidores dispostos a pagar um preço mais elevado não conseguem adquirir o bem ou serviço cujo preço é controlado. A perda do excedente do consumidor é maior do que a transferência do excedente do produtor para os consumidores. Se a demanda é elástica (e a oferta é relativamente inelástica) os consumidores como um todo auferem um aumento no excedente do consumidor. 4. Suponha que o governo regulamente o preço de uma mercadoria de modo que não possa ser inferior a um determinado nível mínimo. Tal preço mínimo tornará pior o bem-estar de todos os produtores? Explique. Dado que um preço mais elevado aumenta a receita e diminui a demanda, parte do excedente do consumidor é transferida para os produtores, mas parte da receita dos produtores é perdida, pois os consumidores compram menor quantidade do produto. O principal problema de uma política de preços mínimos refere- se aos sinais equivocados que transmite aos produtores. O aumento no preço incentiva os produtores a aumentar sua produção além do nível que os consumidores estão dispostos a comprar. Os custos adicionais associados a esse aumento de produção podem anular todos os ganhos decorrentes do aumento de receita. Logo, a menos que todos os produtores reduzam sua produção, uma política de preço mínimo pode diminuir o bem-estar dos produtores como um todo. 5. De que forma são utilizadas, na prática, as limitações de produção para os seguintes bens e serviços: (a) corridas de táxi, (b) bebidas em um restaurante ou bar, (c) trigo ou milho? Em geral, as autoridades municipais regulam o número de táxis através da concessão de licenças. Quando o número de táxis é menor que o nível que prevaleceria na ausência de regulação, os táxis no mercado podem cobrar preço mais alto que o nível competitivo. PAGE 123 Figura 9.1.a b. Suponha que, em vez de definir um salário mínimo, o governo pagasse um subsídio de $1 por hora a cada empregado. Qual seria agora o nível total de emprego? Qual seria o salário de equilíbrio? Seja w o salário recebido pelo empregado. Então, o empregador, recebendo o $1 de subsídio por hora trabalhada, paga apenas w-1 para cada hora trabalhada. Como mostrado na Figura 9.1.b, a curva de demanda de trabalho se desloca para: LD = 80 - 10 (w-1) = 90 - 10w, onde w representa o salário recebido pelo empregado. O novo equilíbrio será dado pela interseção da curva de oferta original com a nova curva de demanda, ou seja, 90-10W** = 10W**, ou W** = $4,5 por hora e L** = 10(4,5) = 45 milhões de pessoas empregadas. Figura 9.1.b 2. Suponha que o mercado de um certo bem possa ser expresso pela seguintes equações: Demanda: P = 10 - Q Oferta: P = Q - 4 onde P é o preço em dólares por unidade e Q é a quantidade em milhares de unidades. a. Quais são, respectivamente, o preço e a quantidade de equilíbrio? O preço e a quantidade de equilíbrio podem ser encontrados igualando a oferta à demanda e resolvendo, primeiro, para QEQ: 10 - Q = Q - 4, ou QEQ = 7. e, em seguida, inserindo o valor calculado de QEQ na equação de demanda ou na equação de oferta para obter PEQ. PEQ = 10 - 7 = 3, ou PEQ = 7 - 4 = 3. b. Suponha que o governo crie um imposto de $1 por unidade a fim de reduzir o consumo desse bem e elevar a receita do governo. Qual passará a ser a nova quantidade de equilíbrio? Qual o preço que o comprador passará a pagar? Qual o valor que o vendedor passará a receber por cada unidade? A cobrança de um imposto de $1,00 por unidade desloca a curva de demanda para a esquerda: para cada preço, o consumidor PAGE 123 deseja comprar menos. Em termos algébricos, a nova função de demanda é: P = 9 - Q. A nova quantidade de equilíbrio pode ser calculada da mesma forma que no item (2a): 9 - Q = Q - 4, ou Q* = 6,5. Para determinar o preço pago pelo comprador, , use o valor de Q* na equação de demanda: = 10 - 6,5 = $3,50. Para determinar o preço pago pelo vendedor, , use o valor de Q* na equação de oferta: = 6,5 - 4 = $2,50. c. Suponha que o governo mude de opinião a respeito da importância desse bem para a satisfação do público. Dessa forma, o imposto é removido e um subsídio de $1 por unidade é concedido a seus produtores. Qual será a nova quantidade de equilíbrio? Qual o preço que o comprador passará a pagar? Qual o valor que o vendedor passará a receber (incluindo o subsídio) por cada unidade? Qual será o custo total para o governo? A curva de oferta original era P = Q - 4. Com um subsídio de $1,00 para os produtores, a curva de oferta se desloca para a direita. Lembre-se de que a curva de oferta de uma empresa é sua curva de custo marginal. Com um subsídio, a curva de custo marginal se desloca para baixo na magnitude do subsídio. A nova função de oferta é: P = Q - 5. Para obter a nova quantidade de equilíbrio, considere a nova curva de oferta igual à curva de demanda: Q - 5 = 10 - Q, ou Q = 7,5. O comprador paga P = $2,50, e o vendedor recebe esse valor mais o subsídio, isto é, $3,50. Com a quantidade de 7.500 e um subsídio de $1,00, o custo total do subsídio para o governo será de $7.500. 3. Os produtores japoneses de arroz têm custos de produção extremamente elevados, em parte devido ao alto custo de oportunidade da terra e à sua capacidade de tirar proveito da produção em grande escala. Analise as seguintes políticas destinadas a garantir a preservação da produção de arroz pelos japoneses: (1) concessão de um subsídio para cada libra de arroz produzido pelos agricultores, ou (2) criação de um imposto incidindo sobre cada libra de arroz importado. Mostre em gráficos de oferta e demanda o preço e a quantidade de equilíbrio, o nível da produção doméstica de arroz, a receita ou despesa governamental e o peso PAGE 123 morto decorrente de cada política. Qual será a política que o governo japonês provavelmente preferirá? Qual será a política que os agricultores japoneses provavelmente preferirão? A Figura 9.3.a mostra os ganhos e perdas gerados por um subsídio por libra produzida. S é a oferta doméstica, D a demanda doméstica, PS o preço subsidiado, PB o preço pago pelos compradores e PEQ o preço de equilíbrio na ausência de subsídio, supondo que não haja importações. Com a concessão do subsídio, os compradores demandam Q1. Os agricultores ganham quantias equivalentes às áreas A e B F 0B E que correspondem ao aumento no excedente do produtor. Os consumidores ganham o equivalente às áreas C e F F 0B E que correspondem ao aumento no excedente do consumidor. O peso morto é igual à área E. O governo paga um subsídio igual às áreas A + B + C + F + E. A Figura 9.3.b mostra os ganhos e perdas gerados por um imposto de importação por libra do produto. PW é o preço mundial e PEQ é o preço de equilíbrio. Com o imposto, dado por PEQ - PW, os compradores demandam QT,, os agricultores ofertam QD, e QT - QD é a quantidade importada. Os agricultores obtêm um excedente equivalente à área A. Os consumidores perdem o equivalente às áreas A, B e C F 0B E o que corresponde à redução no excedente do consumidor. O peso morto é igual às áreas B e C. Figura 9.3.a Figura 9.3.b Na ausência de informações adicionais acerca da magnitude do subsídio e do imposto, bem como das equações de oferta e demanda, parece razoável supor que o governo japonês preferiria a adoção do imposto de importação, enquanto que os agricultores japoneses prefeririam o subsídio. 4. Em 1983, a administração Reagan lançou um novo programa agrícola baseado no pagamento em espécie (denominado Payment- in-Kind Program). Para examinar a forma de funcionamento desse programa, vamos considerar o mercado do trigo. a. Suponha que a função de demanda seja QD = 28 - 2P e função de oferta seja QS = 4 + 4P, onde P é o preço do trigo em dólares por bushel e Q é a quantidade em bilhões de bushels. Calcule o preço e a quantidade de equilíbrio para o livre mercado. Igualando a demanda e a oferta, QD = QS, obtemos 28 - 2P = 4 + 4P, ou P = 4. PAGE 123 excedente do consumidor é dada pela área A mais a área B, no caso da curva de demanda ser D, e dada apenas pela área A, no caso da curva de demanda ser D’. Figura 9,5.b 6. Uma determinada fibra vegetal é comercializada em um mercado mundial altamente competitivo e seu preço mundial é de $9 por libra. Quantidades ilimitadas encontram-se disponíveis para importação por parte dos EUA a esse preço. Apresentamos a seguir a oferta e a demanda nos EUA para diversos níveis de preço. Preço Oferta nos EUA (milhões de libras) Demanda nos EUA (milhões de libras) 3 2 34 6 4 28 9 6 22 12 8 16 15 10 10 18 12 4 Responda as seguintes questões relativas ao mercado nos EUA: a. Mostre que a curva de demanda é dada por QD=40-2P, e que a curva de oferta é dada por QS=2/3P. Para determinar a equação da demanda, é necessário encontrar uma função linear QD= a + bP tal que a reta que ela representa passe por dois dentre os pontos apresentados na tabela, tais como (15,10) e (12,16). A inclinação, b, é igual à variação na quantidade dividida pela variação no preço: Inserindo, na função linear, o valor de b acima e os valores de Q e P para um dos pontos F 0B E por exemplo, (15, 10) F 0 B E, podemos resolver para a constante, a: , ou a = 40. Logo, De forma análoga, podemos calcular a equação de oferta QS= c + dP que passa por dois pontos da tabela, tais como (6,4) e (3,2). A inclinação, d, é dada por . Resolvendo para c: ou c = 0. Logo, PAGE 123 b. Mostre que, na ausência de restrições ao comércio, os EUA importariam 16 milhões de libras da fibra vegetal. Na ausência de restrições ao comércio, o preço nos EUA seria igual ao preço mundial de $9,00. A partir da tabela, podemos ver que, ao preço de $9,00, a oferta doméstica seria de 6 milhões de libras e a demanda doméstica seria de 22 milhões de libras. As importações seriam a diferença entre a demanda doméstica e a oferta doméstica: 22 - 6 = 16 milhões de libras. c. Se os EUA impusessem um imposto de importação de $9 por libra, qual seria o preço no mercado doméstico e o nível de importação? Qual seria a receita governamental advinda do imposto? Qual seria o tamanho do peso morto? Com um imposto de $9,00, o preço nos EUA seria de $15 (preço doméstico de equilíbrio), e não haveria importações. Por não haver importações, a receita do governo seria zero. O peso morto seria igual a (0,5)(16 milhões de libras)($6,00) = $48 milhões, onde 16 é a diferença entre as quantidades demandada e ofertada ao preço de $9, ou seja, 22 - 6, e $6 é a diferença entre $15 e $9. d. Se, no lugar de um imposto de importação, os EUA estabelecessem uma quota de importação de 8 milhões de libras, qual seria o preço doméstico nos EUA? Qual seria o custo dessa quota para os consumidores norte-americanos da fibra vegetal? Qual seria o ganhos dos produtores norte- americanos? Com uma quota de importação de 8 milhões de libras, o preço doméstico seria $12. A esse preço, a diferença entre a demanda doméstica e a oferta doméstica seria de 8 milhões de libras, isto é, 16 milhões de libras menos 8 milhões de libras. Observe que o preço de equilíbrio também poderia ser encontrado igualando- se a demanda à soma da oferta mais a quota, isto é: O custo da quota para os consumidores é igual à área A+B+C+D na Figura 9.6.f, que é (12 - 9)(16) + (0,5)(12 - 9)(22 - 16) = $57 milhões. O ganho dos produtores domésticos é igual à área A na Figura 9.6.d, que é (12 - 9)(6) + (0,5)(8 - 6)(12 - 9) = $21 milhões. Figura 9.6.d 7. Um determinado metal é comercializado em um mercado mundial altamente competitivo e seu preço mundial é de $9 por onça. A PAGE 123 este preço, quantidades ilimitadas encontram-se disponíveis para importação por parte dos EUA. A oferta desse metal a partir das empresas de mineração norte-americanas pode ser representada pela equação QS = 2/3P, onde QS é a produção norte-americana em milhões de onças e P é o preço no mercado doméstico. A demanda desse metal nos EUA é expressa pela equação QD = 40 - 2P, onde QD é a demanda doméstica em milhões de onças. Nos últimos anos, a indústria norte-americana tem sido protegida por um imposto de importação $9 por onça. Devido à pressão exercida por outros governos, os EUA estão planejando reduzir para zero esse imposto de importação. Sob a ameaça dessa mudança, a indústria norte-americana pleiteia que seja aprovado um acordo de restrição voluntária capaz de limitar as importações norte-americanas a 8 milhões de onças por ano. a. Sob o imposto de importação de $9, qual seria o preço desse metal no mercado norte-americano? Com um imposto de $9, o preço do metal importado no mercado norte-americano seria de $18, igual ao preço mundial de $9 mais o imposto. Para determinar o preço doméstico de equilíbrio, iguale a oferta doméstica à demanda doméstica: P = 40 - 2P, ou P = $15. A quantidade de equilíbrio é obtida inserindo-se o preço de $15 acima na equação de demanda ou de oferta: e A quantidade de equilíbrio é igual a 10 milhões de onças. Dado que o preço doméstico de $15 é menor do que o preço mundial mais o imposto, $18, não há importações. b. Caso os EUA venham a eliminar o imposto de importação e seja aprovado o acordo de restrição voluntária, qual deverá ser o preço no mercado doméstico norte-americano? Sob o acordo de restrição voluntária, a diferença entre a oferta doméstica e a demanda doméstica estaria limitada a 8 milhões de onças, isto é QD - QS = 8. Para determinar o preço doméstico do metal, resolva para P a partir da equação QD - QS = 8: , ou P = $12. Para um preço de $12, QD = 16 e QS = 8; a diferença de 8 milhões de onças será suprida por importações. 8. Entre as propostas fiscais examinadas pelo Congresso, existe um imposto adicional sobre bebidas alcóolicas destiladas. Tal imposto não incidiria sobre a cerveja. A elasticidade-preço da oferta de bebidas alcóolicas destiladas é de 4,0, e a elasticidade-preço da demanda é de -0,2. A elasticidade cruzada da demanda da cerveja em relação ao preço das bebidas alcóolicas destiladas é de 0,1. PAGE 123 d = (22-21,2)(21,3-21,07)(0,5)=0,1. Esses números estão expressos em bilhões de centavos, ou dezenas de milhares de dólares. Logo, o excedente do consumidor aumenta em $169,6 milhões, enquanto o excedente do produtor doméstico diminui em $122 milhões. c. Qual seria o efeito sobre o peso morto e sobre os produtores estrangeiros? Quando a quota é de 5,5 bilhões de libras, o lucro obtido pelos produtores estrangeiros pode ser representado pela área c+f na Figura 9.10.b (o preço mundial do açúcar é presumido em $ 0,12 por libra). Quando a quota aumenta para 6,5 bilhões, o lucro pode ser, então, representado pela área e+f+g. Sendo assim, a mudança nos lucros para os produtores estrangeiros é (e+f+g)-(c+f) ou e+g-c. Em termos numéricos: e=(15,71-14,8)(21,2-12)=8,37 g=(21,3-21,07)(21,2-12)=2,12 c=(21,07-15,71)(22-21,2)=4,29. Logo, o lucro obtido pelos produtores estrangeiros aumenta em $62 milhões. O peso morto da quota diminui o equivalente à área b+e+d+g, que é igual à $109,5 milhões. 11. Reveja o Exemplo 9.5 das quotas de açúcar. Durante meados dos anos 90, os produtores de açúcar norte-americanos tornaram-se mais eficientes, causando um deslocamento da curva de oferta doméstica para a direita. Vamos examinar as implicações desse deslocamento. Suponha que a curva de oferta se desloque para a direita em 5,5 bilhões de libras, de tal forma que a nova curva de oferta seja dada por Qs = -2,33 + 1,07P. a. Mostre que, se a curva de demanda permanece a mesma do Exemplo 9.5, a demanda doméstica se iguala à oferta doméstica ao preço de $0,219 por libra. Então, o preço doméstico poderia ser mantido em $0,219 sem importações. Para um preço P=0,219 centavos por libra, QD= 27,45-.29(21,9) = 21,1 bilhões de libras, e QS= -2,33+1,07(21,9) = 21,1 bilhões de libras. b. Suponha que, sob pressão dos produtores estrangeiros, o governo norte-americano permita importações de 2,5 bilhões de libras, requerendo que os produtores domésticos de açúcar reduzam sua produção no mesmo montante. Desenhe as curvas de oferta e demanda e calcule o benefício resultante para os consumidores, o custo para os produtores domésticos e o ganho dos produtores estrangeiros. Há algum peso morto associado a essa mudança de política? PAGE 123 Se for permitida uma importação de 2,5 bilhões de libras, então, o preço doméstico cairá até a diferença entre a quantidade ofertada e a quantidade demandada ser de 2,5 bilhões de libras. À medida que o preço cair, a quantidade ofertada diminuirá e a quantidade demandada aumentará, resultando em uma mudança na quantidade ofertada menor do que 2,5 bilhões. Para calcular o preço de equilíbrio e a quantidade, neste caso, observe, novamente, que a quantidade demandada será igual à quantidade ofertada mais 2,5: A Figura 9.11.b.i ilustra esses resultados. Figura 9.11.b.i Na figura 9.11.b.i, o ganho dos consumidores corresponde à área a+b (38,7 ou $387 milhões), a perda para os produtores é a área b (1,4 ou $14 milhões), e o ganho dos produtores estrangeiros é o equivalente à área c (20 ou $200 milhões). Ocorre uma redução no peso morto porque há um aumento das importações. Ainda presumindo que o preço mundial seja igual à 12, o peso morto, associado à manutenção de um preço de 21,9 e excluindo todas as importações, corresponde à área b+c+d+e (65,3 ou $653 milhões). Quando as importações são de 2,5 e o preço cai para 20, o peso morto é reduzido à área d+e (43,84 ou $438,4 milhões). Se o governo quisesse reduzir a produção doméstica em exatamente 2,5 bilhões de libras, então, a situação seria um pouco diferente. A curva de oferta total corresponde à curva de oferta doméstica até a quantidade de 21,1-2,5=18,6; nesse ponto, a curva de oferta se torna horizontal, até atingir a quantidade de 18,6+2,5=21,1, quando se torna vertical F 0B E pois não existe mais importação nem a produção doméstica é permitida. Se a quantidade total ofertada é de 21,6 bilhões de libras, as empresa domésticas e estrangeiras podem vender sua produção pelo preço de 21,9. Neste caso, não há mudança no excedente do consumidor, os produtores perdem a área a, as empresas estrangeiras ganham a área a+b+c, e o peso morto é reduzido o equivalente à área b+c, como ilustrado na figura 9.11.b.ii. Figura 9.11.b.ii 12. As curvas de oferta e demanda domésticas de um tipo especial de feijão, o hula bean, são as seguintes: Oferta: P = 50 + Q Demanda: P = 200 - 2Q onde P é o preço em centavos por libra e Q é a quantidade em milhões de libras. O mercado doméstico norte-americano é pequeno PAGE 123 quando comparado com o mercado mundial desse feijão, no qual o preço corrente é de $0,60 por libra (preço mundial insensível a mudanças no mercado norte-americano). O Congresso está estudando um imposto de importação de $0,40 por libra. Calcule o preço desse feijão no mercado doméstico norte-americano resultante da implementação do imposto. Calcule também o ganho ou a perda em dólares para os consumidores e produtores domésticos, e qual seria a arrecadação do governo mediante esse imposto de importação. Para analisar a influência do imposto de importação no mercado doméstico do feijão hula bean, comece resolvendo para um preço e quantidade domésticos de equilíbrio. Primeiro, iguale a oferta à demanda para determinar a quantidade de equilíbrio: 50 + Q = 200 - 2Q, ou QEQ = 50. Logo, a quantidade de equilíbrio é de 50 milhões de libras. Substituindo, QEQ = 50 na equação de demanda ou na equação de oferta para determinar o preço, encontramos: PS = 50 + 50 = 100 e PD = 200 - (2)(50) = 100. O preço de equilíbrio P é $1. Entretanto, o preço mundial de mercado é de $0,60. A este preço, a quantidade doméstica ofertada é de 60 = 50 - QS, ou QS = 10, e, da mesma forma, a demanda doméstica ao preço mundial, é de 60 = 200 - 2QD, ou QD = 70. A importação é igual à diferença entre a demanda e a oferta doméstica, ou 60 milhões de libras. Se o Congresso impusesse um imposto de importação de $0,40, o preço efetivo dos importados aumentaria para $1. Ao preço de $1, os produtores domésticos satisfazem a demanda doméstica e as importações caem para zero. Como mostrado na Figura 9.12, o excedente do consumidor, antes da imposição do imposto de importação, é igual à área a+b+c, ou (0,5)(200 - 60)(70) = 4.900 milhões de centavos ou $49 milhões. Após a imposição do imposto, o preço aumenta para $1,00 e o excedente do consumidor diminui para a área a, ou (0,5)(200 - 100)(50) = $25 milhões, uma perda de $24 milhões. O excedente do produtor aumentará o equivalente à área b, ou (100-60)(10)+(0,5)(100-60)(50-10)=$12 milhões. Finalmente, devido à produção doméstica ser igual à demanda doméstica ao preço de $1, nenhum hula bean é importado e o governo não obtém receita. A diferença entre a perda do excedente do consumidor e o aumento no excedente do produtor é o peso morto que, neste caso, é igual à $12 milhões. Veja a Figura 9.12. Figura 9.12 PAGE 123 a. Dada uma elasticidade da oferta de 0,5 e uma elasticidade da demanda de -0.4, derive curvas lineares para a demanda e a oferta de cigarros. Suponha que as curvas de demanda e oferta tenham, respectivamente, as seguintes formas gerais: Q=a+bP e Q=c+dP, onde a, b, c, e d são constantes cujo valor deve ser determinado a partir das informações acima. Em primeiro lugar, lembre da fórmula da elasticidade-preço da demanda: Conhecemos o valor da elasticidade, P e Q, o que significa que podemos resolver para a inclinação da curva de demanda, b: Para calcular a constante, a, devemos inserir os valores de Q, P e b na equação da curva de demanda: 23,5=a-4,7*2, de modo que a=32,9. A equação da demanda é, portanto, Q=32,9-4,7P. Para encontrar a curva de oferta, podemos partir da fórmula da elasticidade da oferta e seguir o mesmo procedimento acima: Para calcular a constante, c, devemos inserir os valores de Q, P e d na equação da curva de oferta: 23,5=c+5,875*2, de modo que c=11,75. A equação da oferta é, portanto, Q=11,75+5,875P. b. Em Novembro de 1998, após aceitar um acordo judicial numa ação movida por 46 estados norte-americanos, as três maiores empresas fabricantes de cigarros aumentaram o preço do maço do cigarro no varejo em $0,45. Quais são os novos preço e quantidade de equilíbrio? Quantos maços de cigarros a menos são vendidos? O novo preço do maço de cigarros é $2,45. Pela curva de demanda vemos que, para esse preço, a quantidade demandada é de 21,39 bilhões de maços, o que representa uma redução de 2,11 bilhões de maços. Observe que esse resultado poderia ser obtido através da fórmula da elasticidade: A nova quantidade demandada é, então, 23,5*0,91=21,39 bilhões de maços. c. Os cigarros estão sujeitos a um imposto federal, cujo valor em 1998 era de cerca de $0,25 por maço. O valor desse imposto deverá aumentar em $0,15 em 2002. De que forma deverão mudar o preço e a quantidade de equilíbrio? O imposto de $0,15 causa um deslocamento da curva de oferta para cima nesse mesmo valor. Para encontrar a nova curva de oferta, reescrevamos a equação da curva de oferta como uma função de Q em vez de P: A nova curva de oferta é, então: Para encontrar a quantidade de equilíbrio, devemos igualar a nova equação de oferta à equação de demanda. Primeiro, PAGE 123 precisamos reescrever a demanda como uma função de Q em vez de P: Igualando a oferta e a demanda e resolvendo para a quantidade de equilíbrio: Inserindo a quantidade de equilíbrio na equação de demanda, obtemos um preço de equilíbrio de $2,09. Cabe observar que estamos supondo que os itens (b) e (c) desta questão sejam independentes. Se a informação do item (b) fosse usada no item (c), a curva de oferta passaria ser $0,60 (0,45+0,15) mais alta do que a curva de oferta original. d. Que proporção do imposto federal será paga por consumidores e produtores? Dado que o preço aumentou em $0,09, os consumidores deverão pagar $0,09 dos $0,15 de imposto, ou seja, 60% do imposto, e os produtores pagarão os restantes $0,06, ou 40% do imposto. PAGE 123
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