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Português Concurso (apostila), Notas de estudo de Literatura

=Apostila Português para Concurso Público

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 14/12/2013

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Baixe Português Concurso (apostila) e outras Notas de estudo em PDF para Literatura, somente na Docsity! De LÍNGUA PORTUGUESA 1. ORTOGRAFIA. 1.1 SISTEMA OFICIAL (EMPREGO DE LETRAS, ACENTUAÇÃO, HÍFEN, DIVISÃO SILÁBICA). NÃO SERÃO ELABORADAS QUESTÕES QUE ENVOLVAM O con: TEÚDO RELATIVO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROMULGADO PELO DECRETO N.º 6.583, DE 29/09/2008. 1.2 RELAÇÕES ) ENTRE SONS E LETRAS, PRONÚNCIA E GRAFIA. É parte da gramática normativa que trata de como as palavras podem ser escritas. Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos oito “correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados aos fonemas representados). Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o hábito de consultar constantemente um dicionário. Alfabeto O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “K”, “w” e“y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. Vogais: a, e, 1,0,u. Consoantes: b,c,df.g.hjk,Lmn,p,qu,s.t,Viw;x.y,Z. Alfabeto: a,b,c,def.g,h,ij)k,Lm,n,0,p,q.,s.t,U,V,W;x,y;Z. Emprego daletraH Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie. Emprega-se o H: - Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, etc. - Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha companhia, etc. - Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. - Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, húmus; - Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baianada, etc. Não se usa H: - No início de alguns vocábulos em que o A, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eru- ditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. Emprego das letras E, L Oe U Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. Escrevem-se com a letra E: NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - A sílaba final de formas dos verbos terminados em —uar: continue, habitue, pontue, etc. - A sílaba final de formas dos verbos terminados em —oar: abençoe, magoe, perdoe, etc. - As palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc. - Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar, Di- senteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer. Emprega-se a letra I: - Na sílaba final de formas dos verbos terminados em -air/-oer /-uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc. - Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc. - Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, cria- dor, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio. Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, en- golir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo. Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante, trégua, urtiga. Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes: área = superfície ária = melodia, cantiga arrear = pôr arreios, enfeitar arriar = abaixar, pôr no chão, cair comprido = longo cumprido = particípio de cumprir comprimento = extensão cumprimento = saudação, ato de cumprir costear = navegar ou passar junto à costa custear = pagar as custas, financiar deferir = conceder, atender diferir = ser diferente, divergir delatar = denunciar «ilatar = distender, aumentar descrição = ato de descrever discrição = qualidade de quem é discreto emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrar = sair do país imigrar = entrar num país estranho emigrante = que ou quem emigra imigrante = que ou quem imigra eminente = elevado, ilustre iminente = que ameaça acontecer recre divertir recriar = criar novamente soar = emitir som, ecoar, repercutir suar = expelir suor pelos poros, transpirar sortir = abastecer surtir = produzir (efeito ou resultado) NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em -ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc. - Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc. - Nas formas femininas dos adjetivos terminados em —ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de campo- nês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. - Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. Usa-se -eza (com 2): - Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição: beleza (de belo), franque- za (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc. Verbos terminados em —ISAR e -IZAR Escreve-se -isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em -s. Se o radical não terminar em -s, grafa- -seizar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar). Emprego do X - Esta letra representa os seguintes fonemas: Ch — xarope, enxofre, vexame, etc. CS — sexo, látex, léxico, tóxico, etc. Z — exame, exílio, êxodo, etc. SS — auxílio, máximo, próximo, etc. S — sexto, texto, expectativa, extensão, etc. - Não soa nos grupos internos —xce- e xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. - Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc. - Escreve-se x e não ch: Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. Emprego do digrafo CH Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. Homóônimos Bucho = estômago Buxo = espécie de arbusto Cocho = recipiente de madeira Coxo = capenga, manco Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça larga e chata, caldeira. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa Chá= planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) Cheque = ordem de pagamento Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária Consoantes dobradas - Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S. - Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc. - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, pa- lavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc. CÊ -cedilha É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força, frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça. Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção; torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção. O Ç só é usado antes de A,O,U. Emprego das iniciais maiúsculas - A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. - Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Bra- sil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. - Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. - Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. - Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc. - Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc: Rua do Ouvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc. - Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc. - Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc. - Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. - Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. Emprego das iniciais minúsculas - Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc. - Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. - Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. - Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”; “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”. - No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. Aanos: a indica tempo futuro: Daqui aum ano iremos à Europa. Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. “Procure o seu caminho Eu aprendi a andar sozinho Isto foi há muito tempo atrás Mas ainda sei como se faz Minhas mãos estão cansadas Não tenho mais onde me agarrar.” (gravação: Nenhum de Nós) Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de uma solução melhor. Há cerca de: equivale a (faz tempo). Há cerca de dias resolvemos este caso. Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao encontro da verdade. De encontro a: equivale a (oposição, choque): Minhas opiniões vão de encontro às suas. A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a fim de visitá-la. Afim: é um adjetivo e equivale a (igual, semelhemte): Somos almas afins. Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar começou a chorar (oposição). Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-me, ficou só.” Faça você a sua parte, ao invés de ficar me cobrando! Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer “no lugar de”! Contudo, esse emprego é equivocado, uma vez que “invés” significa “contrário”, “inverso”. Não que seja absurdamente errado escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido de “em lugar de”, mas é preferível optar por “em vez de”. Observe: Em vez de conversar, preferiu gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) Ele pediu que fosse embora ao invés de ficar e discutir o caso. (ao contrário de) Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao contrário de”, “em oposição a”, “avesso”, “inverso”. Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” ou “em lugar de”. No entanto, pode assumir o significado de “ao invés de”, sem problemas. Porém, o que ocorre é justamente o contrário, coloca-se “ao invés de” onde não poderia. A par: equivale a (bem informado, ciente): Estamos a par das boas notícias. Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre valores financeiros — câmbio): O dólar e o euro estão ao par. Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lição. Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a (inutilmente, sem razão): Andava à toa pela rua. À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a (inútil, desprezível). Foi uma atitude à toa e precipitada. (até 01/01/2009 era grafada: à-toa) Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermerca- dos. Vamos comemorar, pessoal! Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da gasolina. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Porquê: funciona como substantive daquele corre-corre. Senão: equivale a (caso contrário, a não ser): Não fazia coisa nenhuma senão criticar. Se não: equivale a (se por acaso não), em orações adverbiais condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá desta situação crítica. ; Vem sempre acompanhado de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê Tampouco: advérbio, equivale a (também nóio): Não compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta semana. Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios Traz - do verbo trazer Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está vultuosa e deformada. Exercícios 01. Observe a ortografia correta das palavras: disenteria; programa; mortadela; mendigo; beneficente; caderneta; problema. Empregue as palavras acima nas frases: a) O.....teve..... porque comeu......estragada. b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe um. : sua. c) A festa.....teve um bom.......e, por isso, um bom aproveitamento. .escolar indicou péssimo aproveitamento. 02. Passe as palavras para o diminutivo: - asa; japonês; pai, homem; adeus; português; só; anel; - beleza; rosa; país; avô; arroz; princesa; café; - flor; Oscar; rei; bom; casa; lápis; pé. 03. Passe para o plural diminutivo: trem; pé; animal; só; papel; jornal; mão; balão; automóvel; pai; cão; mercadoria; farol; rua; chapéu; flor. 04. Preencha as lacunas com as seguintes palavras: seção, sessão, cessão, comprimento, cumprimento, conserto, concerto a) O pequeno jornaleiro foi à. do jornal. b) Na..........musical os pequenos cantores apresentaram-se muito bem. oo. do jornaleiro é amável. d) O..... das roupas é feito pela mãe do garoto. e) O......do sapato custou muito caro. £f) Eu......meu amigo com amabilidade. g)A.......de cinema foi um sucesso. h) O vestido tem um. bom. i) Os pequenos violinistas participaram de um. 05. Dêa palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou EZA: Portugal; certo; limpo; bonito; pobre; magro; belo; gentil; duro; lindo; China; frio; duque; fraco; bravo; grande. 06. Forme substantivos dos adjetivos: honrado; rápido; escasso; tímido; estúpido; pálido; ácido; surdo; lúcido; pequeno. 07. Use o H quando for necessário: alucinar, élice, umilde, esitar, oje, humano, ora, onra, aver, ontem, êxito, ábil, arpa, irônico, orrível, árido, óspede, abitar. 8. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais: Houve e Ouve. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA a) O menino .....muitas recomendações de seu pai. b)........ muita confusão na cabeça do pequeno. c) A criança não.........a professora porque não a compreende. d) Na escola........ festa do Dia do Índio. 9. A letra X representa vários sons. Leia atentamente as palavras oralmente: trouxemos, exercícios, táxi, executarei, exibir-se, oxigênio, exercer, proximidade, tóxico, extensão, existir, experiência, êxito, sexo, auxílio, exame. Separe as palavras em três seções, conforme o som do X. - Som de Z; - Som de KS; - Som de S. 10. Complete com X ou CH: en.....er; dei i ...Jclete; fai......a; -u; salsi......a; eirosos; abaca. ..eiro; fle.. .a; capri......o; me......erica; ria... .a; ei.....0; frou.....o; ma.....ucar; .....ocolate; en.....ada; en.....ergar; ingar, ....... aleira; amei. 11. Complete com MAL ou MAU: a) Disseram que Carlota passou......ontem. b) Ele ficou de...... humor após ter agido daquela forma. c) O time se considera......preparado para tal jogo. d) Carlota sofria de um. curável. e) O.......é seter afeiçoado às coisas materiais. f) Ele não éum........sujeito. g)Maso...... não durou muito tempo. 12. Complete as frases com porque ou por que corretamente: a)... você está chateada? b) Cuidar do animal é mais impoitante........ ele fica limpinho. e) . você não limpou o tapete? d) Concordo com papai. ele tem razão. e)..........precisamos cuidar dos animais de estimação. 13. Preencha as lacunas com: mas = porém; mais = indica quantidade; más = feminino de mau. a) A mãe e o filho discutiram........ não chegaram a um acordo. azões para acreditar em seu pai? deveriam fazer reflexões para acreditar...... na bondade do que no ódio. depois vou brincar. e) O frio não prejudica .........o Tico. f) Infelizmente Tico morreu, ........ comprarei outro cãozinho. g) Todas as atitudes ...... devem ser perdoadas....... jamais ser repetidas, pois, quanto... ...Se Vive. ..se aprende. 14. Preencha as lacunas com: trás, atrás e traz. a) de casa havia um pinheiro. b)A poluição.......consigo graves consequências. ... da árvore. de comentários bobos.. 15. Preencha as lacunas com: HÁ - indica tempo passado; A - tempo futuro e espaço. a) A loja fica. pouco quilômetros daqui. b).........instantes li sobre o Natal. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA c) Eles não vão à loja porque ........ mais de dois dias a mercadoria acabou. d).........três dias que todos se preparam para a festa do Natal. e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo. f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui ...... oito dias. g) Ele estav: . três passos da casa de André. bh)... dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. 16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de repente; por isso. Agora, empregue-as nas frases: a)......... uma bola atingiu o cenário e o derrubou. b) Bem...........o povo começou a se retirar. c) O rei descobriu a verdade...........ficou irritado. d) Faça sua tarefa. .., para podermos ir ao dentista. e) de sua vestimenta real, o rei usava um manto. 17. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise; pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave; revi- são; real; nacional; final, oficial, monopólio; sintonia; central, paralisia; aviso. 18. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações: a)... com atenção para que não ........ muitos erros. b) Talvez. greve; é preciso qui cuidado e atenção. c) Desejamos que ........ fraternidade nessa escola. d).... com docilidade, meu filho! 19. A palavra MENOS não deve ser modificada para o feminino. Complete as frases com a palavra MENOS: a) Conheço todos os Estados brasileiros,.....a Bahia. b) Todos eram calmos......... mamãe. c) Quero levar.........sanduíches do que na semana passada. d) Mamãe fazia doces e salgados........tortas grandes. 20. Use por que , por quê , porque e porquê: ninguém ri agora? . ninguém ri. c) Eis os princípios d) Ela não aprendeu, . e) Aproximei-me . odos queriam me ouvir. f) Você está assustado, ..........? g) Eis omotivo........ errei. h) Creio que vou melhorar...... estudei muito. DO... é difícil de ser estudado. De... os índios estão revoltados? k) O caminho ........ viemos era tortuoso. 21. Uso do S e Z. Complete as palavras com S ou Z. A seguir, copie as palavras na forma correta: pou....ando; pre. anato; escravi.....ar, nature.....a; va.....o; pre.....idente; fa.....er; Bra.....il, civili....ação; pre....ente; atra....ados; produ. hori...onte; torrão....inho; fra....e; intru ....o; de....ejamos; po....itiva; podero....o; de...envolvido; surpre ....a; va.....io; ca....o; coloni... açã 22. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção: e....trangeiro; e... tensão, e....tranho; e....tender; e....tenso; e....pontã- neo; mi...to; te....te; e....gotar, e....terior; e....ceção; e...plêndido; te... .to; e....pulsar; e....clusivo. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo, planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc. - À, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei, vôlei, fáceis, etc. -1,n,r,x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, fórceps, etc. - ú, às, ão, ãos, guam, guem: ímã, imãs, órgão, bênçãos, enxáguam, enxáguem, etc. Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica é aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por exemplo, em cedo, este, espelho, aparelho, cela, janela, socorro, pessoa, dores, flores, solo, esforços. Acentuação dos Vocábulos Oxitonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em: - a, e, o, seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc. - em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, etc. Acentuação dos Monossílabos Acentuam-se os monossiílabos tônicos: a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc. Acentuação dos Ditongos Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos. Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, etc. Nos ditongos abertos de palavras oxitonas terminadas em éi, éu e ói e monossilabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu. Acentuação dos Hiatos A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. - Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), faísca, caíra, saíra, egoísta, heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, baú, baús, Grajaú, saímos, eletroimã, reúne, construía, proíbem, influí, destruí-lo, instruí-la, etc. - Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diumo, Raul, ruim, cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não se acentua mais o /i/ e /u/ tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, etc. Ficaram: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc. Os hiatos “ô0” e “8e” não são mais acentuados: enjôo, vôo, perdôo, abençõo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. Ficaram: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem. Acento Diferencial Emprega-se o acento diferencial como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos seguintes casos: - pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição). - verbo poder (pôde, quando usado no passado) - é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não existe mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes) como: - côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com + a, com + as); - pára (3º pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) - para diferenciar de para (preposição); - péla (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para diferenciar de pela (combinação da antiga preposição per com os artigos ou pro- nomes a, as): - pêlo (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar de pelo (combinação da antiga preposição per com os artigos o, os); - péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição) e pêra (substantivo): - pólo (substantivo) - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o, os); - pôlo (substantivo - gavião ou falcão com menos de um ano) - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o, os); Emprego do Til O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. Pode figurar em sílaba: - tônica: maçã, cáibra, perdão, barões, põe, etc; - pretônica: romázeira, balõezinhos, grã-fino, cristâmente, etc; - átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc. Trema (o trema não é acento gráfico) Desapareceu o trema sobre o /u/ em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Giinter, Gisele Biindchen, miileriano. Exercícios 01- O acento gráfico de “três” justifica-se por ser o vocábulo: a) Monossílabo átono terminado em ES. b) Oxítono terminado em ES c) Monossílabo tônico terminado em S d) Oxítono terminado em S e) Monossílabo tônico terminado em ES 02- Se o vocábulo concluiu não tem acento gráfico, tal não acontece com uma das seguinte formas do verbo concluir: a) concluia b) concluirmos c) concluem d) concluindo e) concluas 03- Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto: a) suruu b) peteca c) bainha d) mosaico e) beriberi 04- Todos os vocábulos devem ser acentuados graficamente, exceto:a) xadrez b) faisca c) reporter NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA d) Oasis e) proteina 05- Assinale a opção em que o par de vocábulos não obedece à mesma regra de acentuação gráfica. a) sofismático/ insondáveis b) automóvel/fácil c) tá/já d) água/raciocínio e) alguém/comvém 06- Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuado graficamente, exceto: a) herbivoro-ridiculo b) logaritmo-urubu c) miudo-sacrificio d) camauba-germem e) Biblia-hieroglifo 07- “Andavam devagar, olhando para trás...” (J.A. de Almeida-Américo A. Bagaceira). Assinale o item em que nem todas as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo da palavra grifada no texto. a) Más — vês b) Mês — pás c) Vós — Brás d) Pés — atrás e) Dês — pés 08- Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) lapis, canoa, abacaxi, jovens, b) ruim, sozinho, aquele, traiu c) saudade, onix, grau, orquídea d) flores, açucar, album, virus, e) voo, legua, assim, tenis 09- Nas alternativas, a acentuação gráfica está correta em todas as palavras, exceto: a) jesuíta, caráter b) viúvo, sótão c) bainha, raiz d) Ângela, espádua e) gráfico, flúor 10-Até........ momento, ........ se lembrava de que o antiquário tinha o .......... que procurávamos. a) Aquêle-ninguém-baú b) Aquêle-ninguém-bau c) Aquêle-ninguem-baú d) Aquele-ninguém-baú e) Aquéle-ninguém-bau Respostas: (1-E) (2-4) (3-E) (4-A) (5-4) (6-B) (7-D) (8-B) (9-0) (10-D) NONA, Didatismo e Conhecimento q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA c) sobre-humano - inter-regional d) sobrehumano - inter-regional e) sobre-humano - interegional 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen: a) (sub) chefe b) (sub) entender c) (sub) solo d) (sub) reptício e) (sub) liminar 07. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a) autocrítica, contramestre, extra-oficial b) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som c) semi-círculo, semi-humano, semi-intemato d) supervida, superelegante, supermoda e) sobre-saia, mini-saia, superssaia 08. Assinale o item em que o uso do hífen está incorreto. a) infraestrutura - super-homem - autoeducação b) bem-vindo - antessala - contra-regra c) contramestre - infravermelho - autoescola d) neoescolástico - ultrassom - pseudo-herói e) extraoficial - infra-hepático - semirreta 09. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen. a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para relacionamento extraconjugal. b) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno. c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas. d) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina antirrábica. e) Era um suboficial de uma superpotência. 10. Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hífen. a) Foi iniciada a campanha pró-leite. b) O ex-aluno fez a sua autodefesa. c) O contrarregra comeu um contra-filé. d) Sua vida é um verdadeiro contrassenso. e) O meia-direita deu início ao contra-ataque. Respostas: 1-B/2-B/3-A/4-E/5-C/6D/7D/8-B/9-D/10-C Silaba A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronuncia- dos numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras í e u (mais raramente com as letras e e 0) podem representar semivogais. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Classificação das palavras quanto ao número de sílabas - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, flor, lá, meu: - Dissilabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por; - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir; - Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: a-ve-ni-da, lite-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go- -lo-gis-ta. Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou; - Não se separam os dígrafos ch, Ih, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; - Não se separam os encontros consoncmtais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de; - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, se xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te; - Separam-se os encontros consonantais das sílabas intemas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é Z ou r. Exem- plos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Classificação da sílaba quanto a intensidade -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo Saiba que: - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, tramsistor, ureter. - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, cziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fuido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicioná- rios admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromencia, rubrica, subido(a). - São palavras proparoxitonas, entre outras: aerólito, bávaro, bimano, crisântemo, improbo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfiuga. - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifohieroglifo, Oceânia/Ocemia, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: a) gra-tui-to; b) ad-vo-ga-do; c) tran-si-t: : d) psi-co-lo-gi e) in-ter-stí-cio. 2-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta: a) psi-có-ti-co; b) per-mis-si-vi-da-de; c) as-sem-ble-ia; d) ob-ten-ção; e) fa-mí-lia. 3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas corretamente separadas: a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção: b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal, c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. 4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corretamente separadas: a) a-p-ti-dão; b) so-li-tá-ri-o; c) col-me-ia; d) ar-mis-tí-cio; e) trans-a-tlân-ti-co. 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada: a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar; d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo; e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. 6- Existe erro de divisão silábica no item: a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co; c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-à-ni-co. 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é: a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; b) tun-gs-tê-nio / ritmo; ; NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é: a) importância b) milhares c) sequer d) técnica e) adolescente 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, mas dois fonemas? a) exemplo b) complexo c) próximos d) executivo e) luxo 03. Qual palavra possui dois dígrafos? a) fechar b) sombra c) ninharia d) correndo e) pêssego 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, ditongo. a) jamais / Deus / luar / daí b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu c) ódio / saguão / leal / poeira d) quais / fugiu / caiu / história 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: a) 6e 8 fonemas respectivamente; b)10 e 7 fonemas respectivamente; c) 9 e 6 fonemas respectivamente; d) 8e 6 fonemas respectivamente; e) 7 e 6 fonemas respectivamente. 06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo: a)7 b) 12 NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA el d) 14 e 15 07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, respectivamente: a) 4€e 2 fonemas b)9e 5 fonemas c) 8€e 5 fonemas d)7e 7 fonemas e) 8e 4 fonemas 08. O “T” não é semivogal em: a) Papai b) Azuis c) Médio d) Rainha e) Herói 09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos: a) muito, faísca, balaústre. b) guerreiro, gratuito, intuito. c) fluido, fortuito, Piauí. d) tua, lua, nua. enda. 10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresentam ditongo crescente: a) Lei, Foice, Roubo b) Muito, Alemão, Viu c) Linguiça, História, Área d) Herói, Jeito, Quilo e) Equestre, Tênue, Ribeirão Respostas: 01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11 letras). 02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). 03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”). 04-B (Observe os encontros: oi,u -i,u-í ceu). 05-D/06-D /07-C /08-D /09-D/10-C APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA De LÍNGUA PORTUGUESA 2. MORFOLOGIA. 2.1 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. FAMILIAS DE PALAVRAS. 2.2 CLASSES DE PALAVRAS E SUAS CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS. 2.3 FLEXÃO NOMINAL: PADRÕES REGULARES E FORMAS IRREGULARES. 2.4 FLEXÃO VERBAL: PADRÕES REGULARES E FORMAS IRREGULARES. Morfologia: em Linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Nu- meral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. Estrutura e Formação das Palavras Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos: - Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significativos - Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Temática: elementos modificadores da significação dos primeiros - Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elementos de ligação ou eufônicos. Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç-ão; ac-ionar; Radical: Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; livr-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Exemplo: cert-o; cert-eza; in-cert-eza. Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-” e “ar” à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do radical, como acontece com “a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como “ar”, surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Exemplo: in-at-ivo, em-pobr-ecer, inter-nacion-al. NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputador; Zé - por José. Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. - Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes: auto (grego) + móvel (latim). - Onomatopeia: numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres: miau, zumzum, piar, tinir, uirar, chocalhar, cocoricar, etc. Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras: a-, contra-, des-, em- (ou en-), es-, entre- re-, sub-, super-, anti Prefixos de Origem Grega a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência, carência: anônimo, amoral, ateu, afônico. ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise, anagrama, anacrônico. anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade: anfiteatro, anfíbio, anfibologia. anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, antagonista, antítese. apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia. arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, excesso: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário. cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, catálogo, catarata. di-: duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema. dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama. dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia. ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo. en-, em-, e-: posição interior, movimento para dentro: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo. endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocarpo, endosmose. epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio. eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia. hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico. hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipérbole, hipertrofia. hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese, hipodérmico. meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora, metacarpo. para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma. peri-: movimento ou posição em torno de: periferia, peripécia, período, periscópio. pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prognóstico, profeta, programa. adjunção, em adição a: prosélito, prosódia. início, começo, anterioridade: proto-história, protótipo, protomártir. i-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeísmo. sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse. tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telégrafo. Prefixos de Origem Latina a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso, abstinência, abstração. a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjunto,advogado, advir, aposto. ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessala, anteontem, antever. ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente. ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: benefício, bendito. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA bis-, bi-: repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito. circu(m)-: movimento em torno: circunferência, circunscrito, circulação. cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino. co, con-, com-: companhia, concomitância: colégio, cooperativa, condutor. contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer. de-: movimento de cima para baixo, separação, negação: decapitar, decair, depor. de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: desventura, discórdia, discussão. e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão, exportação, expelir. em-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar. extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordinário, extraviar. à, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal, impossível, improdutivo. inter-, entre-: posição intermediária: internacional, interplanetário. intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, intraverbal. intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido, introspectivo. justa-: posição ao lado: justapor, justalinear. ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo. per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, perverter. pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado. pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar. pro-: movimento para frente: progresso, promover, prosseguir, projeção. re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, reatar. retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado. so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, inferioridade: soterrar, sobpor, subestimar. super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: supercílio, supérfluo. soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr. trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movimento através: transatlântico, tresnoitar, tradição. ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vice-almirante. Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ação: -ada — caminhada; -ança — mudança; -ância — abundância; -ção — emoção; -dão — solidão; -ença — presença; -ez(a) — sensatez, beleza; -ismo — civismo; -mento — casamento; -são — compreensão, -tude — amplitude; -ura — formatura. Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) — secretário; -eiro(a) — ferreiro; -ista - manobrista; -or — lutador; -nte — feirante. Sufixos que formam nomes de lugar, depositório: -avia — churrascaria; -ário — herbanário; -eiro — açucareiro; -or — corredor, -tério — cemitério; -tório — dormitório. Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção: -aço — ricaço; -ada — papelada; -agem — folha- gem; -al — capinzal; -ame — sentame; -ario(a) - casario, infantaria; -edo — arvoredo; -eria — correria; -io — mulherio; -ume — negrume. Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência: -ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fósseis). -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores). -ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito (pedra). -ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais). -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto). NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA -ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística). -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples) Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo, comunismo. Sufixos Formadores de Adjetivos - de substantivos: -aco — maníaco; -ado — barbado; -áceo(a) - herbáceo, liláceas; -aico — prosaico; -al — anual; -ar — escolar; -ário - diário, ordinário; “ático — problemático; -az - mordaz; -engo — mulherengo; -ento — cruento; -co — róseo; -esco — pitores- co; -este — agreste; -estre — terrestre; -enho — ferrenho; -eno — terreno; -ício — alimentício; -ico — geométrico; -il — febril; -ino — cristalino; -ivo — lucrativo; -onho — tristonho; -oso — bondoso; -udo — barrigudo. - de verbos: -(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado — semelhante, doente, seguinte. -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação — louvável, perecível, punível. -io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser — tardio, afirmativo, pensativo. -(dJiço, -(tício: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação, referência — movediço, quebradiço, factício. -(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência — casadouro, preparatório. Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo “mente”, derivado do subs- tantivo feminino latino mens, mentis que pode significar “a mente, o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa- -mente, fraca-mente, pia-mente. Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em -2s (burgues-mente, portugues-mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar: Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. -ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa. Exercícios 01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c)ojota /osim /otropeço d) entrega / estupidez / sobreviver e) antepor / exportação / sanguessuga 02. A palavra “aguardente” formou-se por: a) hibridismo b) aglutinação c) justaposição NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA O campeonato aconteceu em maio de 2002. Mas: O campeonato aconteceu no inesquecível maio de 2002. - alguns nomes de países, como Espanha, França, Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo, principalmente quando regidos de preposição. “Viveu muito tempo em Espanha.” / “Pelas estradas líricas de França.” Mas: Sônia Salim, minha amiga, visitou a bela Veneza. - antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos quatro, amigos de João Luís e Laurinha. Mas: Todos os três irméios eu vi nascer. (o substantivo está claro) - antes de palavras que designam matéria de estudo, empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês. O uso do artigo é facultativo: - antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é irritante. - antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana / a Luciana? - “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente” (para a frente: exige a preposição) Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao / de + o,a = do, da /em+ 0, a =no, na / por + o, a = pelo, pela. Usa-se o artigo indefinido: - para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns oito anos / Não o vejo há uns meses. - antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: Usava umas calças largas e umas botas longas. - em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é uma meiguice só. - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís August é 11 Rui Barbosa. O artigo indefinido não é usado: - em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente, quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro. - com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: Não há suficiente espaço para todos. - com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não morde. Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e em + um, uma = num, numa, dum, duma. O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler e do escrever. Exercícios 01. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação: a) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava. b) Tinha, na época, uns dezoito anos. c) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam. d) Não havia um só homem corajoso naquela guerra. e) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que não. 02. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo: a) Estes são os candidatos que lhe falei. b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera. c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. e) Muito é a procura; pouca é a oferta. 03. Em uma destas frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual? a) A velha Roma está sendo modernizada. b) A “Paraíba” é uma bela fragata. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA c) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo. d) O gato escaldado tem medo de água fria. e) O Havre é um porto de muito movimento. 04. Assinale a alternativa em que os topônimos não admitem artigo: a) Portugal, Copacabana. b) Petrópolis, Espanha. c) Viena, Rio de Janeiro. d) Madri, Itália. e) Alemanha, Curitiba. Respostas: 01-B / 02-B / 03-D / 04-A / Substantivo Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho, abraço, quadro, universidade, saudade, mor, respeito, criança. Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo. Os substantivos classificam-se em: - Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie: menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. - Próprios: referem-se a um ser em particular: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. - Concretos: são aqueles que têm existência própria; são independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, alma, Deus, vento, DVD, fada, criança, saci. - Abstrato: são os que não têm existência própria; depende sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor doença, amor; fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça. Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana. (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caça, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto). - Simples: como o nome diz, são aqueles formados por apenas um radical: cluva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, flor, mar, raio, cabeça. - Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão de ló, para raio, sem-terra, mula sem cabeça. - Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa. - Derivados: são formados de outra palavra já existente, vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro, chuvei- ro, padeiro, trovoada, casarão, casebre. - Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, povo, frota, batalhêo, biblioteca, constelação. Eis alguns substantivos coletivos: álbum — de fotografias; alcateia — de lobos; antologia — de textos escolhidos; arquipélago — ilhas; assembleia — pessoas, professores; atlas — cartas geográficas, banda — de músicos; bando — de aves, de crianças; baixela — uten- sílios de mesa; banca — de examinadores; biblioteca — de livros; biênio — dois anos; bimestre — dois meses; boiada — de bois; cacho — de uva; cáfila — camelos; caravana — viajantes; cambada — de vadios, malvados; cancioneiro — de canções; cardume — de peixes; casario — de casas; código — de leis; colmeia — de abelhas; concílio — de bispos em assembleia; conclave — de cardeais; confraria — de religiosos; constelação — de estrelas; cordilheira — de montanhas; cortejo — acompanhantes em comitiva; discoteca — de discos; elenco — de atores; enxoval — de roupas; fato — de cabras; fornada — de pães; galeria — de quadros; hemeroteca — de jomais, revistas; horda — de invasores; iconoteca — de imagens; irmandade — de religiosos; mapoteca — de mapas; milênio — de mil anos; miríade — de muitas estrelas, insetos; nuvem — de gafanhotos; panapaná — de borboletas em bando; penca — de fiutas; pinacoteca — de quadros; piquete — de grevistas; plêiade — de pessoas notáveis, sábios: prole — de filhos; quarentena — quarenta dias; quinquênio — cinco anos; renque — de árvores, pessoas, coisas; repertório — de peças teatrais, música; resma — de quinhentas folhas de papel; século — de cem anos; sextilha — de seis versos; súcia — de malandros, patifes; terceto — de três pessoas, três versos; tríduo — período de três dias; triênio — período de três anos; tropilhas — de trabalhadores, alunos; vara — de porcos; videoteca — de videocassetes; xiloteca — de amostras de tipos de madeiras. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Reflexio do Substantivo “Na feira livre do arrabaldezinho Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor — Omelhor divertimento para crianças! Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres, Fitando com olhos muito redondos os grandes Balôezinhos muito redondos.” (Manoel Bandeira) Observe que o poema apresenta vários substantivos e apresentam variações ou flexões de género (masculino/feminino), de nx- mero (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. Formação do Feminino O feminino se realiza de três modos: - Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / mestre, mestra / leão, leoa; - Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. - Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / cameiro, ovelha / cavalo, égua. Observe como são formados os femininos: parente, parenta / hóspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta / gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidadão, cidadã / aldeão, alde / ancião, anciã / guardião, guardiã / charlatão, charlaté / es- crivão, escrivã / papa, papisa / faisão, faisoa / hortelão, horteloa / ilhéu, ilhoa /mélro, mélroa / folião, foliona / imperador, imp eratriz [ profeta, profetisa / píton, pitonisa / abade, abadessa / czar, czarina / perdigão, perdiz / cão, cadela / pigmeu, pigmeia / ateu, ateia / hebreu, hebreia / réu, ré / cerzidor, cerzideira / frade, freira / frei, sóror / rajá, ri / dom, dona / cavaleiro, dama / zangão, abelha / Substantivos Uniformes Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes dividem-se em: - Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer se refiram ao macho ou à fêmea. — jacaré macho ou fêmea / a cobra macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea. - Comuns de dois gêneros: ap enas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / 0, a personagem / o, a cliente fo, afã / o, a motorista /o, a estudante / 0, a artista / 0, a repórter /o, amanequim /o, a gerente / 0, a imigrante /o, apianista/o, a rival /o a jomalista. - Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha (homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher). Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital (di- nheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética), o grama (peso) - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio (aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário) - a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, idioma); o voga (o remador) - a voga (moda). Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma. São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em — ma: o dilema, o teorema, o emblema, o trema, o eczema, o edema, o enfisema, o fonema, o anátema, o tracoma, o hematoma, o glaucoma, o aneurisma, o telefonema, o estratagema. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = carros-fortes / obra- -prima = obras-primas / cachorro-quente = cachorros-quentes. - adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / - numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / guarda-marinha = guardas-marinha. Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo (substantivadas), são flexionadas como substan- tivos: Gritavam vivas e morras; Fiz a prova dos noves; Pesei bem os prós e contras. Numerais substantivos terminados em s ou z não variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez. Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas. Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. Grau do Substantivo Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é que damos onome de grau do substantivo. São dois os graus dos substantivos: aumentativo e diminutivo. Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: - Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou diminutivo: peixe — peixiio (aumentativo sintético); peixe-peixinho (diminutivo sintético); sufixo inho ou isinho. - Analítico: formado com palavras de aumento: grande, enorme, imensa, gigantesca: obra imensa / lucro enorme / carro grande / prédio gigantesco; e formado com as palavras de diminuição: diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, peça minúscula / saia diminuta. - Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença em relação a cer- tas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, nerigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco. - Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, Toninho, mãezinha. - Em consequência do dinamismo da língua, alguns substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha (calendário). - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo zinho(a): lâmpada (proparoxitona) = lampadazinha; irmão (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho. - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = paisinho; rapaz = rapazinho, rosa = rosinha; beleza = belezinha. - Há ainda aumentativos e diminutivos formados por prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, minicalculadora. Substantivo caracterizador de adjetivo: os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo: verde piscina, azul petróleo, amarelo ouro, roxo batata, verde garrafa. Exercícios 01. Numa das seguintes frases, há uma flexão de plural grafada erradamente: a) os escrivães serão beneficiados por esta lei. b) o número mais importante é o dos anõezinhos. c) faltam os hífens nesta relação de palavras. d) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres. e) os répteis são animais ovíparos. 02. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: a) vulcão, abaixo-assinado; b) irmão, salário-família; NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA c) questão, manga-rosa; d) bênção, papel-moeda; e) razão, guarda-chuva. 03. Assinale a alternativa em que está correta a formação do plural: a) cadáver — cadáveis; b) gavião — gaviões; c) fuzil — fuzíveis; d) mal — maus; e) atlas — os atlas. 04. Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos: a) tempo — angústia — saudade — ausência — esperança- imagem: b) angústia — sorriso — luz — ausência — esperança -inimizade; c) inimigo — luz — esperança — espaço — tempo; d) angústia — saudade — ausência — esperança — inimizade; e) espaço — olhos — luz — lábios — ausência — esperança. 05. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são masculinos: a) enigma — idioma — cal; b) pianista — presidente — planta; c) champanha — dó(pena) — telefonema; d) estudante — cal — alface; e) edema — diabete — alface. 06. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a alterna- tiva em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado: a) O capital = dinheiro; A capital = cidade principal, b) O grama = unidade de medida; A grama = vegetação rasteira; c) O rádio = aparelho transmissor; A rádio = estação geradora; d) O cabeça = o chefe; A cabeça = parte do corpo; e) A cura = o médico. O cura = ato de curar. 07. Marque a alternativa em que haja somente substantivos sobrecomuns: a) pianista — estudante — criança; b) dentista — borboleta — comentarista; c) crocodilo — sabiá — testemunha; d) vítima — cadáver — testemunha; e) criança — desportista — cônjuge. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA 08. Aponte a sequência de substantivos que, sendo originalmente diminutivos ou aumentativos, perderam essa acepção e se constituem em formas normais, independentes do termo derivante: a) pratinho — papelinho — livreco — barraca; b) tampinha — cigarrilha — estantezinha — elefantão; c) cartão — flautim — lingieta — cavalete; d) chapelão — bocarra — cidrinho — portão; e) palhacinho — narigão — beiçola — boquinha. 09. Dados os substantivos “caroço”, “imposto”, “coco” e “ovo”, conclui-se que, indo para o plural a vogal tônica soará aberta em: a) apenas na palavra nº 1; b) apenas na palavra nº 2; c) apenas na palavra nº 3; d) em todas as palavras; NDA. 10. Marque a alternativa que apresenta os femininos de “Monge”, “Duque”, “Papa” e “Profeta”: a) monja — duqueza — papisa — profetisa; b) freira — duqueza — papiza — profetisa; c) freira — duquesa — papisa — profetisa; d) monja — duquesa — papiza — profetiza; e) monja — duquesa — papisa — profetisa. Respostas: 01-D /02-C/ 03-E/04-D /05-C/ 06-E /07-D /08-C /09-E /10-E / Adjetivo Não digas: “o mundo é belo.” Quando foi que viste o mundo? Não digas: “o amor é triste.” Que é que tu conheces do amor? Não digas: “avidaé rápida ” Com foi que mediste a vida? (Cecília Meireles) Os adjetivos belo, triste e rápida expressa uma qualidade dos sujeitos: o mundo, o amor, a vida. Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo; cavalo baio; comida saudável; político honesto; professor competente; funcio- nário consciente; pais responsáveis. Os adjetivos classificam-se em: - simples: apresentam um único radical, uma única palavra em sua estrutura: alegre, medroso, simpático, covarde, jovem, exu- berante, teimoso; - compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos marrom- -escuros; garoto surdo-mudo; - primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando, amável, confortável. - derivados: são aqueles formados por derivação, vieram depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, desconfortável, en- tristecido, atualizado. - pútrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem-se a cidades, estados, países. Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor de um adjetivo. A locução adjetiva é formada por preposição + um substantivo. Vejamos algumas locuções adjetivas: angelical = de anjo; abdominal = de abdômen; apícola = de abelha; aquilino = de águia; argente = de prata; áureo = de ouro; auricular = da orelha; bucal = da boca; bélico = de guerra; cervical = do pescoço; cutâneo = de pele; discente = de aluno; docente = de professor; estelar = de estrela; etário = de idade; fabril = de fábrica; filatélico = de selos; urbano = da cidade; gástrica = do estômago; hepático = do figado; matutino = da memhã; vespertino = da tarde; inodoro =sem cheiro; insípido = sem gosto; pluvial = da chuva; humano = do homem; umbilical = do umbigo; têxtil = de tecido. NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Superlativo Relativo de Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. Emprego Adverbial do Adjetivo O menino dorme tranquilo. / As meninas dormem tranquilas. Em ambas as frases o adjetivo concorda em gênero e número com o sujeito. O menino dorme tranquilamente. /As meninas dormem tranquilamente. O adjetivo assume um valor adverbial, com o acréscimo do sufixo mente, sendo, portanto, invariável, não vai para o plural. Sorriu amarelo e saiu. / Ficou meio chateada e calou-se. O adjetivo amarelo modificou um verbo, portanto, assume a função de advérbio; o adjetivo meio + chateada (adjetivo) assume, também, a função de advérbio. Exercícios 01. Assinale a alternativa em que o adjetivo que qualifica o substantivo seja explicativo: a) dia chuvoso; b) água morna; c) moça bonita; d) fogo quente; e) lua cheia. 02. Assinale a alternativa que contém o grupo de adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” e “Moscou”: a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita; b) Nipônico, Tricordiano, Soviético; c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita; d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita; e) Oriental, Tricardíaco, Soviético. 03. Ainda sobre os adjetivos gentílicos, diz-se que quem nasce em “Lima”, “Buenos Aires” e “Jerusalém” é: a) Limalho-Portenho-Jerusalense; b) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita; c) Límio-Portenho-Jerusalita d) Limenho-Bonaerense-Jerusalita; e) Limeiro-Bonaerense-Judeu; 04.No trecho “os jovens estão mais ágeis que seus pais”, temos: a) um superlativo relativo de superioridade; b) um comparativo de superioridade; c) um superlativo absoluto; d) um comparativo de igualdade. e) um superlativo analítico de ágil. 05. Relacione a 1º coluna à 2": 1 - água de chuva () Fluvial 2 - olho de gato () Angelical 3 - água derio () Felino 4 - Cara-de-anjo () Pluvial Assim temos: aj1-4-2-3; NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA b)3-2-1-4; c)3-1-2-4; d)3-4-2-1; e)J4-3-1-2. 06. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” e “Este livro é mais lindo que aquele”, Há os graus comparativos: a) de superioridade, respectivamente sintético e analítico; b) de superioridade, ambos analíticos; c) de superioridade, ambos sintéticos; d) relativos: e) superlativos. 07. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada: “Os acidentados foram encaminhados a diferentes clínicas a) médicas-cirúrgicas; b) médica-cirúrgicas; 08. Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação ao substantivo, pode ou não mudar o sentido do enunciado. Assim, nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um pobre homem”. a) 1º fala de um sem recursos materiais; a 2º fala de um homem infeliz; b) a 1º fala de um homem infeliz; a 2º fala de um homem sem recursos materiais; c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem fazer referência a questões materiais; d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido de recursos; e) o homem é infeliz e desprovido de recursos materiais, em ambas. 09.0 item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é: a) hibemal - de inverno; b) filatélico - de folhas; c) discente - de alunos; d) docente - de professor; e) onírico - de sonho. 10. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm uma só forma para os dois gêneros: a) andaluz, hindu, comum; b) europeu, cortês, feliz; c) fofo, incolor, cru; d) superior, agrícola, namorador; e) exemplar, fácil, simples. Respostas: 1-D/2-D/3-B/4-B/5-D/6-A/7-C/8-A/9-B/10-E Numeral Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série, multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, respectivamente, em: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. - Cardinal: indica número, quantidade: um, dois, três, oito, vinte, cem, mil; NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Ordinal: indica ordem ou posição: primeiro, segundo, terceiro, sétimo, centésimo; - Fracionário: indica uma fração ou divisão: meio, terço, quarto, quinto, um doze avos: - Multiplicativo: indica a multiplicação de um número: duplo, dobro, triplo, quíntuplo. Os numerais que indicam conjunto de elementos de quantidade exata são os coletivos: bimestre: período de dois meses; cente- nário: período de cem anos; decálogo: conjunto de dez leis; decúria: período de dez anos; dezena: conjunto de dez coisas; dístico: dois versos; dúzia: conjunto de doze coisas; grosa: conjunto de doze dúzias; lustro: período de cinco anos; milênio: período de mil anos; milhar: conjunto de mil coisas; novena: período de nove dias; quarentena: período de quarenta dias; quinquênio: período de cinco anos; resma: quinhentas folhas de papel, semestre: período de seis meses; septênio: período de sete meses; sexênio: período de seis anos; temo: conjunto de três coisas; trezena: período de treze dias; triênio: período de três anos; trinca: conjunto de três coisas. Algarismos: Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-II, 4-IV, 5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIIL, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, 15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVHI, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40-XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300-CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, 1.000-M. Numerais Car dinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte..., trinta..., quarenta... cinquenta..., sessenta... setenta..., oitenta..., noventa... cem..., duzentos..., trezentos..., quatrocentos..., quinhentos..., seiscentos..., setecentos..., oitocentos... novecentos..., mil. Numerais Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, décimo primeiro, décimo segundo, décimo terceiro, décimo quarto, décimo quinto, décimo sexto, décimo sétimo, décimo oitavo, décimo nono, vigésimo..., tri- gésimo..., quadragésimo..., quinquagésimo..., sexagésimo..., septuagésimo..., octogésimo..., nonagésimo..., centésimo... ducentési- mo..., trecentésimo..., quadringentésimo..., quingentésimo..., sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo..., nongentésimo..., milésimo. Numerais Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, undécuplo, duo- décuplo, cêntuplo. Numerais Fracionários: meia, metade, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, onze avos, doze avos, treze avos, catorze avos, quinze avos, dezesseis avos, dezessete avos, dezoito avos, dezenove avos, vinte avos..., trinta avos..., quarenta avos..., cinquenta avos..., sessenta avos..., setenta avos..., oitenta avos..., noventa avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., quadringentésimo..., quingentésimo..., sexcentésimo..., septingentésimo...., octingentésimo..., nongentésimo..., milésimo. Flexiio dos Numerais Gênero - Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e mma menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de presunto e dhzentas rosquinhas. - os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a nona colocada no vestibular. - os numerais multiplicativos, quando usados com o valor de substantivos, são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. (triplo — valor de substantivo) - quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na lotofácil. (triplas valor de adjetivo) - os numerais fracionários concordam com os cardinais que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram contem- plados. - o fracionário meio concorda em gênero e número com o substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-dia e meia. (hora) / Usou apenas meias palavras. Número - os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, variam em número: Venderam zm milhão de ingressos para a festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros. - os numerais ordinais variam em número: As segundas colocadas disputarão o campeonato. - os numerais multiplicativos são invariáveis quando usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da sua. (valor de substantivo — invariável) NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer ca- ridade com os mais necessitados. - Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós serão pronomes pessoais oblíguos quando empregados como comple- mentos de um verbo e vierem precedidos de preposição. O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo) - Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já frequentei a casa dela. - Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem funcionando como sujeito, e houver uma preposição antes deles, não poderá haver uma contração: Está na hora de ela decidir seu caminho. (ela sujeito de decidir, sempre com verbo no infinitivo) - Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu 1º pessoa sujeito / me pronome pessoal reflexivo) - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e funcio- nam como complementos de um verbo na 3º pessoa, cujo sujeito é também da 3º pessoa: Nicole levantou-se com elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicole sujeito, 3º pessoa/ levantou verbo 3º pessoa / se complemento 3º pessoa / levou verbo 3º pessoa / consigo complemento 3º pessoa) - O pronome pessoal oblíquo não funciona como reflexivo se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela sujeito 3º pessoa me complemento 1º pessoa) - Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2º pessoa. Por outro lado, você, como os demais pronomes de tratamento senhor, senhora, senhorita, dona, pede o verbo na 3º pessoa, e não na 2º. - Os pronomes oblíquos 7e, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de objeto indireto, OI) juntam-se a o, a, os, as (formas de objeto direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que me trouxe. nos +o: no-lo / + a: no-la /+ os: no-los / +as: no-las: Venderíamos a casa, se no-la exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos as: tas: Deite os meus melhores dias. Dei-tos. lhe+ o: lho/+ a: lha os: lhos/+ as:lhas: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhes. vost o: vo-lo+ a: vo-la/+ os: vo-los+ as: vo-las: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo. No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais sofisticados. Pronomes de Tratamento: São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, ida- de, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a-altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V'Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade- -“V.M.-reis, imperadores; Vossa Santidade-V'S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa-tratamento cerimonioso. - São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a senhorita, dona, você. - Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois fechos: - Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive para o presidente da República. - Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) - A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para um Congresso. (falando a respeito do cardeal) - Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2º pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o verbo sejam usados na 3º pessoa. Vossa Excelência sabe que seus ministros o apoiarão. Pronomes Possessivos: São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas da fala. Singular: 1º pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2º pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3º pessoa: seu, seus, sua, suas; Plural: 1º pessoa: nosso/os nossa/as, 2º pessoa: vosso/os vossa/as. 3º pessoa: seu, seus, sua, suas. Emprego dos Pronomes Possessivos - O uso do pronome possessivo da 3º pessoa pode provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. João Luís disse que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. - O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. - Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta anos. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Na linguagem popular, o tratamento se: como em: Seu Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma alteração fonética da palavra senhor - Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê lembranças a todos os seus. - Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações. - Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os passos. (os seus passos) - Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te preza.” - Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando se trata de parte do corpo. Veja: “Um cavaleiro todo vestido de negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em sua, mão”. (usa-se: no ombro; na mêio) Pronomes Demonstrativos: Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. - Em relação ao espaço: Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa que fala. Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa,com quem se fala, que ouve (2º pessoa) Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3º pessoa) - Em relação ao tempo: Este (s), esta (5), isto: indicam o tempo presente em relação ao momento em que se fala. Este mês termina o prazo das inscrições para o vestibular da FAL. Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo passado há pouco ou o futuro em relação ao momento em se fala. Onde você esteve essa semana toda? Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aqueles em que brincávamos descalços na rua... - dependendo do contexto, também são considerados pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante, tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. O próprio homem destrói a natureza; Depois de muito procurar, achei o que queria; O professor fez a mesma observação; Estranhei semelhante coincidência; Tal atitude é inexplicável. - para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e variações) para o elemento que foi referido em 1º lugar e este (e variações) para o que foi referido em último lugar. Pais e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos, estas, elegamtes e risonhas. - dependendo do contexto os demonstrativos também servem como palavras de função intensificadora ou depreciativa. Júlia fez o exercício com aquela calma! (=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa) - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então ou nesse momento. A festa estava desanimada; nisso, a orquestra atacou um samba é todos caíram na dança. - os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um elemento anteriormente expresso. Ninguém ligou para o incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. Pronomes Indefinidos: São aqueles que se referem à 3º pessoa do discurso de modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis em gênero e número; outros são invariáveis. Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, nada, cada, mais, menos, demais. Emprego dos Pronomes Indefinidos Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo. (alguma, equivale a nenhum) - Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações) equivale ao pronome indefinido 1: Fiquei sabendo que ele não é nenhum ignorante. - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) - Colocados depois do substantivo, os pronomes algum/alguma ganham sentido negativo. Este ano, funcionário público algum terá aumento digno. - Colocados cmtes do substantivo, os pronomes algum/alguma ganham sentido positivo. Devemos sempre ter alguma esperança. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos quando colocados antes do substantivo e adjetivos, quando colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no dia certo. (depois do substantivo=adjetivo). - Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; indetermina, ge- neraliza). - Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento de outrem. - Qualquer, plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios. Locuções Pronominais Indefinidas: São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras que esquiva em ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou outro / tal qual (=certo) tale, ou qual / Pronomes Relativos: São aqueles que representam, numa 2º oração, alguma palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o pronome relativo que, substitui na 2º oração, o carro, por isso a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por o, a, os, as, qual / quais. Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e invariáveis. Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos; Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. Emprego dos Pronomes Relativos - O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou coisa, no plural ou no singular: Este é o CD novo que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. - O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome demonstrativo o, a, os, as: Não entendi o que você quis dizer. (o que = aquilo que). - O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi. - O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) - O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e não vem precedido de preposição: Quem casa quer casa; Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade, Estas são as pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. - Só se usa o relativo cujo quando o consequente é diferente do antecedente: O escritor cujo livro te falei é paulista. - O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois de si. - Orelativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em que, no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato. (= lugar em que) - Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados depois de tudo, todos, tanto: Naquele momento, a querida comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. Pronomes Interrogativos: São os pronomes em frases interrogativas diretas ou indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, quanto: Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa direta, com o ponto de interrogação) - Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. (interrogativa indireta, sem a interrogação) Exercícios Reescreva os períodos abaixo, corrigindo-os quando for o caso: 01. “Jamais haverá inimizade entre você e eu“, disse o rapaz lamentando e chorando”. 02. “Venha e traga contigo todo o material que estiver aí!” 03. “Ela falou que era para mim comer, e depois, para mim sair dali.” 04. Polidamente, mandei eles entrar e, depois, deixei eles sentar” 05. “Durante toda a aula os alunos falaram sobre ti e sobre mim.” 06. “Comunico-lhe que, quanto ao livro, deram-no ao professor” 07. “Informamo- lhe que tudo estava bem conosco e com eles.” NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA 8) ...elao viu... h) Chamei-a ... 31-4/32-C/ 33A Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a palavra gue não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que. Exemplo: - Quase que não consigo chegar a tempo. - Elas é que conseguiram chegar. Como Pronome, a palavra gue pode ser: - Pronome Relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale a o qual e flexões. Exemplo: Não encontramos as pessoas que saíram. - Pronome Indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo. - Pronome Substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.). Exemplo: Que aconteceu com você? - Pronome Adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal. Exemplo: Que vida é essa? 34-D Verbo Verbo é a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio), tempo (presente, passado e futuro) e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva). De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados em três conjugações: 1º conjugação — ar: cantar, dançar, pular. 2 conjugação — er: beber, correr, entreter. 3º conjugação — ir: partir, rir, abrir. O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, compor, impor) pertencem a 2º conjugação devido à sua origem latina poer. Elementos Estruturais do Verbo: As formas verbais apresentam três elementos em sua estrutura: Radical, Vogal Temática e Tema. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 1º conju- gação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela está o significado real do verbo. cont é o radical do verbo contar; esper é o radical do verbo esperar; brinc é o radical do verbo brincar. Setiramos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos antepor prefixos ao radical: des nutr ir /re conduz ir. Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1º conjugação: a; 2º conjugação: e; 3º conjugação: i. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o radical: contei = cont ei. Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências modo temporais e número pessoa, desinências número pessoais. Contávamos Cont =radical a = vogal temática va = desinência modo temporal mos = desinência número pessoal Flexões Verbais: Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o número e a pessoa. - eu estudo — 1º pessoa do singular; - nós estudamos — 1º pessoa do plural; - tu estudas — 2º pessoa do singular; - vós estudais — 2º pessoa do singular; - ele estuda — 3º pessoa do singular; - eles estudam — 3º pessoa do plural. - Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja, tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. O pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3º pessoa, é o mais usado no Brasil. - Flexão de tempo e de modo — os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito, futuro. O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao fato que enuncia. São três os modos: - Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão: o fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. - Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de dúvida, exprime uma possibilidade, O subjuntivo expressa uma in- certeza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; Quando o vir, dê lembranças minhas. - Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo Emprego dos Tempos do Indicativo - Presente do Indicativo: Para enunciar um fato momentâneo. Ex: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que ocorre com fre- quência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida. - Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado, não concluído. Ex: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava muito bem. - Pretérito Perfeito: E usado na indicação de um fato passado concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... - Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no con- gresso de música. - Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no coro da igreja matriz. - Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria um carro se tivesse dinheiro Iºconjugação: -AR Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam. Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, dançastes, dançaram. Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, dançávamos, dançáveis, dançavam. Pretérito Mais-Que-perfeito: dançara, dançaras, dançara, dançáramos, dançáreis, dançaram. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos, dançareis, dançarão. Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, dançaríamos, dançaríeis, dançariam. 2ºConjugação: -ER Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, comestes, comeram. Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, comíeis, comiam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera, comêramos, comêreis, comeram. Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, comeremos, comereis, comerão. Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, comeríamos, comeríeis, comeriam. 3ºConjugação: -IR Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram. Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partiamos, partíeis, partiam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram. Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão. Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis, partiriam. Emprego dos Tempos do Subjuntivo Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos políticos. Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade. Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, pode ou não acontecer. Quando/Se você fizer o trabalho, será generosa- mente gratificado. 1ºConjugação AR Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem. Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles dançassem. Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando eles dançarem. 2ºConjugação -ER Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós comamos, que vós comais, que eles comam. Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem. Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles comerem. 3ºconjugação — IR Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós partamos, que vós partais, que eles partam. Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem. Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele partir, quando nós partimos, quando vós partirdes, quando eles parti- rem. Emprego do Imperativo Imperativo Afirmativo: - Não apresenta a primeira pessoa do singular. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo - O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. Elas parece mentirem. Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.” Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (fun- ção de advérbio); Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: Trabalhan- do, aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. 1ºConjugação AR Infinitivo Impessoal: dançar. Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. Gerúndio: dançando. Particípio: dançado. 2ºConjugação ER Infinitivo Imp essoal: comer. Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, comermos nós, comerdes vós, comerem eles. Gerúndio: comendo. Particípio: comido. 3ºConjugação IR Infinitivo Impessoal: partir. Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partirmos nós, partirdes vós, partirem eles. Gerúndio: partindo. Particípio: partido. Verbos Auxiliares: Ser, Estar, Ter, Haver Ser Modo Indicativo Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são. Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós éreis, eles eram. Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós fostes, eles foram. Pretérito Perfeito Composto: tenho sido. Mais-que-per feito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós fôramos, vós fôreis, eles foram. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido. Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, nós seríamos, vós seríeis, eles seriam. Futuro do Pretérito Composto: teria sido. Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos, vós sereis, eles serão. Futuro do Presente Composto: Terei sido. Modo Subjuntivo NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós sejamos, que vós sejais, que eles sejam. Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido. Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem. Futuro Composto: tiver sido. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede vós, sejam eles. Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos nós, não sejais vós, não sejam eles. Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por sermos nós, por serdes vós, por serem eles. Formas Nominais Particípio: sido Estar Modo Indicativo Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, eles estão. Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós estávamos, vós estáveis, eles estavam. Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram. Pretérito Perfeito Composto: tenho estado. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles estiveram. Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. Futuro do Presente Composto: terei estado. Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. Futuro do Pretérito Composto: teria estado. Modo Subjuntivo Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles estivessem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós estiverdes, quando eles estiverem. Futuro Composto: Tiver estado. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, estai vós, estejam eles. Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. Formas Nominais Particípio: estado Ter Modo Indicativo Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, eles têm. Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós tínhamos, vós tínheis, eles tinham. Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós tivemos, vós tivestes, eles tiveram. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Pretérito Perfeito Composto: tenho tido. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras, ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido. Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós teremos, vós tereis, eles terão. Futuro do Presente: terei tido. Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria, nós teríamos, vós teríeis, eles teriam. Futuro do Pretérito composto: teria tido. Modo Subjuntivo Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham. Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido. Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem. Futuro Composto: tiver tido. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, tende vós, tenham eles. Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles. Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por termos nós, por terdes vós, por terem eles. Formas Nominais Infinitivo: ter Gerúndio: tendo Particípio: tido Haver Modo Indicativo Presente: euhei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles hão. Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós havíamos, vós havíeis, eles haviam. Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles houveram. Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. Futuro do Presente Composto: terei havido. Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. Futuro do Pretérito Composto: teria havido. Modo Subjuntivo Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós hajamos, que vós hajais, que eles hajam. Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles houvessem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós houverdes, quando eles houverem. Futuro Composto: tiver havido. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, hajam eles. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles. Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles. Formas Nominais Infinitivo: haver Gerúndio: havendo NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA d) Eles se desavinham frequentemente. e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes. 04. Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais: advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular a) adverti, componhais, revês, provistes b) adverti, compordes, revestes, provistes c) adverte, compondes, reveis, proviste d) adverti, compuserdes, revistes, proveste ejnd.a 05. “Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.” Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas: a) procurais, ver-vos, vosso b) procura, vê-la, seu c) procura, vê-lo, vosso d) procurais, vê-la, vosso e) procurais, ver-vos, seu 06. Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo ne- gativo: a) parti vós - não partais vós b) amai vós - não ameis vós c) sede vós - não sejais vós d) ide vós - não vais vós e) perdei vós - não percais vós - Se todos nós 07. Mi, mas não . .; o policial viu, e também não . talvez. -. tantas mortes. , dois agentes secretos viram, e não . a) intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado b) me precavi - se precaveio - se precaveram - nos precavíssemos - não teria havido c) me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido - tivéssemos impedido d) me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos não houvesse e) intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - houvéssemos evitado 08. Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente: a) O superior interveio na discussão, evitando a briga. b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido. c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida. d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado. e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo. 09. Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal: a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA b) Se advierem dificuldades, confia em Deus. c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos. d) Eu não intervi na contenda porque não pude. e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes desavieram-se e requereram rescisão do contrato. 10. Indique a incorreta: a) Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. b) Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º. c) Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentos mencionados. d) Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal. e) Todas estão incorretas. Respostas: 01-B / 02-E /03-E / 04-D/ 05-B/ 06-D /07-E / 08-B /09-D /10-A / Advérbio Adveérbio é a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo (Es- tava muito bonita). De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde (=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, novamente, outrora. Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), aquém, dentro, defronte, fora, longe, perto. Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), devagar, mal, melhor pior, e a maior parte dos advérbios que termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente, tristemente. Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente, realmente, sim, seguramente. Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum, nem, não, tampouco (=também não). Intensidade: apenas, assaz bastante bastante, bem, demais,mais, meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco. Duvida: acaso, eventualmente, por ventura, quiçá, possivelmente, talvez. Advérbios Interrogativos: São empregados em orações interrogativas diretas ou indiretas. Podem exprimir: lugar, tempo, modo, ou causa. Onde fica o Clube das Acácias ? (direta) Preciso saber onde fica o Clube das Acássias. (indireta) Quando minha amiga Delma chegará de Campinas? (direta) Gostaria de saber quando minha amiga Delma chegará de Campinas. (indireta) Locuçoes Adverbiais: São duas ou mais palavras que têm o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às escondi- das, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. De repente o dia se fez noite. Por um triz eu não me denunciei. Sem divida você é o melhor. Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: compa- rativo e superlativo. Comparativo de: Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz quanto / como você. Superioridade - Analítico: mais do que: Raquel é mais elegante do que eu. - Sintético: melhor, pior que: Amanhã será melhor do que hoje. Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Superlativo Absoluto: “Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato defendeu-se muito mal. Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapidíssimo. Palavras e Locuções Denotativas: São palavras semelhantes a advérbios e que não possuem classificação especial. Não se en- quadram em nenhuma das dez classes de palavras. São chamadas de denotativas e exprimem: Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: Ainda bem que você veio. Designação, Indicação: eis: Eis aqui o herói da turma. Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, sequer: Não me disse sequer uma palavra de amor. Inclusão: inclusive, tanbém, mesmo, ainda, até, além disso, de mais a mais: Também há flores no céu. Limitação: só, apenas, somente, unicamente: Só Deus é perfeito. Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo: Sei lá o que ele quis dizer! Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou emtes: Irei à Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês. Explicação: por exemplo, a saber: Você, por exemplo, tem bom caráter. Emprego do Advérbio - Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo sin- tético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho, depressinha, rapidinho (bem rápido): Rapidinho chegou a casa; Moro pertinho da universidade. - Frequentemente empregamos adjetivos com valor de advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente) - Bastante antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante sim- páticas e gentis. - Bastante, antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas no céu. - Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mu! (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei a de mau humor. - Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Ficamos mais bem informados depois do noticiário noturmo. - Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais) - Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide emagrecia a olhos vistos. - Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a todos. - A repetição de um mesmo advérbio assume o valor superlativo: Levantei cedo, cedo. Exercícios 01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio: a) Só quero meio quilo. b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar. d) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio. 02. Só não há advérbio em: a) Não o quero. b) Ali está o material. c) Tudo está correto. d) Talvez ele fale. e) Já cheguei. 03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: à, às, aquele, àquela, áquilo. Valores das Preposições A (movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os Anos Dourados. modo: Partiu às pressas. tempo: Iremos nos ver ao entardecer. A preposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia. (ideia de passear) “Ante (diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a emoção. tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao en- contro antes das quatro horas. “Após (depois de): Após alguns momentos desabou num choro arrependido. “Até (aproximação): Correu até mim. tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a semana que vem. Atenção: Se a pre- posição até equivaler a inclusive, será palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam até quem os despreza. (inclusive) Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade; deve-se rir com alguém. causa: A cidade foi destruída com o temporal. instrumento: Feriu-se com as próprias armas. modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com elegância. Contra (oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do tribunal. direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu. De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos. lugar: Os corruptos vieram da capital. causa: O bebê chorava de fome. posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu. assunto: Falávamos do casamento da Mariele. matéria: Era uma casa de sapé. A prepo- sição de não deve contrair-se com o artigo, que precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos estudarem. (e não: dos alunos estudarem) Desde (afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem desde São Paulo. tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa. Em (lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em Curitiba. especia- lidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. tempo: Tudo aconteceu em doze horas. Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro entre dois suportes. Para direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. finalidade: Lute sem- pre para viver com dignidade. A preposição para indica de permanência definitiva. Vou para o litoral. (ideia de morar) Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante todos. Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas desconhecidas. causa: Por ser muito caro, não compramos um DVD novo. espaço: Por cima dela havia um raio de luz. Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento. Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. Viveu, sob pressão dos pais. Sobre (em cima de, com contato): Colocou ás taças de cristal sobre a toalha rendada. assunto: Conversávamos sobre política financeira. Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha vê-se muita falsidade. Curiosidade: O símbolo (O (arroba) significa AT em Inglês, que em Português significa em. Portanto, o nome está at, em algum provedor. Exercícios 01. Use o sinal de crase, se necessário: a) Não vai a festas nem a reuniões. b) Chegamos a Universidade as oito horas. 02. No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque (...) sai à caça do soldado desertor que realizou assalto a trem com confederados. O uso da preposição com permite diferentes interpretações da frase acima. a) Reescreva-a de duas maneiras diversas, de modo que haja um sentido diferente em cada uma. b) Indique, para cada uma das reações, a noção expressa da preposição com. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA 03. No trecho: “(O Rio) não se industrializou, deixou explodir a questão social, fermentada por mais de dois milhões de favela- dos, e inchou, à exaustão, uma máquina administrativa que não funciona...”, a preposição a (que está contraída com o artigo a) traduz uma relação de: a) fim b) causa c) concessão d) limite e) modo 04. Assinale a alternativa em que a norma culta não aceita a contração da preposição de: a) Aos prantos, despedi-me dela. b) Está na hora da criança dormir. c) Falava das colegas em público. d) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los. e) O local da chacina estava interditado. 05. Assinale a alternativa em que a preposição destacada estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: Criaram-se a pão e água. a) Desejo todo o bem a você. b) A julgar por esses dados, tudo está perdido. c) Feriram-me a pauladas. d) Andou a colher alguns frutos do mar. e) Ao entardecer, estarei aí. 06. Assinale a opção em que a preposição com traduz uma relação de instrumento: a) “Teria sorte nos outros lugares, com gente estranha.” b) “Com o meu avô cada vez mais perto de mim, o Santa Rosa seria um inferno.” c) “Não fumava, e nenhum livro com força de me prender” d) “Trancava-me no quarto fugindo do aperreio, matando-as com jornais.” e) “Andavam por cima do papel estendido com outras já pregadas no breu” 07. “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na cabeça e morreu na hora.” No texto, os vocábulos em destaque são respectivamente: a) preposição e artigo b) preposição e preposição c) artigo e artigo d) artigo e preposição e) artigo e pronome indefinido 08. “Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.”, os vocábulos em destaque são, respectivamente: a) pronome pessoal oblíquo, preposição, artigo b) artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo c) artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo d) artigo, preposição, pronome demonstrativo e) preposição, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo. 09. Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo: NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA a) Estou na mesma situação. b) Neste momento, encerramos nossas transmissões. c) Daqui não saio. d) Ando só pela vida. e) Acordei num lugar estranho. 10. Classifique a palavra como nas construções seguintes, numerando, convenientemente, os parênteses. A seguir, assinale a alternativa correta: 1) Preposição 2) Conjunção Subordinativa Causal 3) Conjunção Subordinativa Conformativa 4) Conjunção Coordenativa Aditiva 5) Advérbio Interrogativo de Modo ( ) Perguntamos como chegaste aqui. ( ) Percorrera as salas como eu mandara. (. ) Tinha-o como amigo. ( ) Como estivesse muito frio, fiquei em casa. ( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos. a)2-4-5-3-1 b)4-5-3-1-2 )5-3-1-2-4 d)3-1-2-4-5 e)1-2-4-5-3 Resolução: 01-a) = b) Chegamos a Universidade às oito horas. 02 a) 1. No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque (...) sai à caça do soldado desertor que realizou assalto a trem que levava confederados. 2. No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque (...) sai à caça do soldado desertor, que, com confederados, realizou assalto a trem. b) Na frase 1, com indica a relação continente-conteúdo, (trem-soldados), como em copo com água. Na frase 2, com indica “em companhia de”. Em 1, com introduz um adjunto adnominal (de trem). em 2, introduz um adjunto adverbial de companhia. 03-E/04-B/05-C/06-D /07-A / 08-B /09-B/10-C/ Interjeição É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito ou apelos: As interjeições são como que frases resumidas: Ué ! =Eu não esperava essa! São proferidas com entonação especial, que se representa, na escrita, com o ponto de excla- mação(!) Locução Interjetiva: É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena! Quem me dera! Puxa, que legal! Classificação das Interjeições e Locuções Interjetivas As interjeições e as locuções interjetivas são classificadas," de acordo com o sentido que elas expressam em determinado contex- to. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode exprimir emoções variadas. Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu Deus!, Céus! Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, Olha lá! Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca! Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem! NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Palavras terminadas em IL: átono: trocam IL por EIS: fóssil — fósseis. tônico: trocam L por S: funil — funis. - Palavras terminadas em EL: átono: plural em EIS: nível — níveis. tônico: plural em ÉIS: carretel — carretéis. - Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax — os clímax. - Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior — juniores; caráter — caracteres. A palavra Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter. - Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, âes e des. Em des: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os paroxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ãos. Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. Em des ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/anãos. Em des ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães. Em des, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermitãos/ermitães - Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a palavra no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): coraçãozi- nho — corações — coraçõe — coraçõezinhos. - Plural com metafonia (ô - 6). Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com meta- fonia singular (ô) plural (6): coro-coros; corvo-corvos; destroço-destroços. Sem metafonia singular (ô) plural (0): adomo-adomos; bolso-bolsos; transtorno-transtornos. - Casos especiais: aval, avales e avaiscal — cales e caiscós — coses e cós — fel, feles e féis - mal e males — cônsul e cônsules. - Os dois elementos variam. Quando os compostos são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo, numeral, pronome): amor-perfeito — amores-perfeitos; couve-flor — couves-flores; segunda-feira — segundas-feiras. - Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição no composto, mesmo que oculta: pé-de-moleque — pés-de-moleque; cavalo-vapor — cavalos-vapor (de ou a vapor). Quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): banana- -maçã — bananas-maçã (semelhante a maçã); navio-escola — navios-escola (a finalidade é a escola). Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a questão do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja, analisando bem as outras opções. - Apenas o último elemento varia. Quando os elementos são adjetivos: hispano-americano — hispano-americanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos. Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, grá e bel: grão-duque — grão-duques; grá-cruz — grã-cruzes; bel-prazer — bel-prazeres. Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais substantivo ou adjetivo: arranha-céu — arranha-céus; sempre-viva — sempre-vivas; super-homem — super-homens. Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (representam sons): reco-reco — reco-recos; pingue-pongue — pingue-pongues; bem-te-vi — bem-te-vis. Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca — pisca-piscas ou piscas-piscas - Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais palavra invariável: O cola-tudo — os cola-tudo. Quando há dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha — os perde-ganha. Nas frases substantivas (frases que se transformam em substantivos): O maria-vai- -com-as-outras — os maria-vai-com-as-outras. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. Admitem mais de um plural: pai-nosso — pais-nossos ou pai-nossos; padre-nosso — padres-nossos ou padre-nossos; terra-nova — terras-novas ou terra-novas; salvo-conduto — salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate — xeques-mates ou xeques-mate; fruta-pão — fiutas- -pães ou fiutas-pão, guarda-marinha — guardas-marinhas ou guardas-marinha. Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: o bem-me-quer — os bem-me-queres; o joão-ninguém — os joões-ninguém; o lugar-tenente — os lugar-tenentes; o mapa-múndi — os mapas-múndi. Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras. - Com a troca de o ou e por a: lobo — loba; mestre — mestra. - Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas vezes com alterações do radical: ateu — atéia; bispo — episcopisa; conde — condessa; duque — duquesa; frade — freira; ilhéu — ilhoa; judeu — judia; marajá — marani; monje — monja; pigmeu — pigmeia; píton — pitonisa; sandeu — sandia; sultão — sultana. Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. Podem ser: Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo então ser masculinos ou femininos: o estudante — a estudante, o cientista — a cientista, o patriota — a patriota. Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais: O jacaré, a cobra, o polvo O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível. Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclipse, calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema. Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. Flexão de Grau: Grau do substantivo - Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. - Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. - Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras palavras. Grau do adjetivo - Normal ou Positivo: João é forte. - Comparativo: de superioridade: João é mais forte que André. (ou do que); de inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que); de igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como) - Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analítico: João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.) Relativo: de superioridade: João é o mais forte da turma; de inferioridade: João é o menos forte da turma. O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior constituem sempre graus de superioridade: O carro é menor que o ônibus; menor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Ele é o pior do grupo; pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar dúvidas. acre — acérrimo, amargo — amaríssimo; amigo — amicis- simo; antigo — antiquíssimo; cruel — crudelíssimo; doce — dulcíssimo; fácil — facílimo; feroz — ferocíssimo; fiel — fidelíssimo; geral — generalíssimo; humilde — humílimo; magro — macérrimo; negro — nigérrimo;, pobre — paupérrimo; sagrado — sacratíssimo; sério — seriíssimo; soberbo — superbíssimo. Flexão Verbal As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momento em que ocorre o processo verbal, O modo indica a atitude do falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, etc.) A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e do futuro. Modo Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo presente, passado ou futuro: Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato corriqueiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se também o presente com o valor de passado, passado histórico (nos contos, narrativas) Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos anteriores ao ato da fala. São eles: - Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual, ou com duração no tempo: Naquela época eu cantava como um pássaro. - Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo quebrou meu violão de estimação. - Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo anterior a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola, ele nunca deixou de estudem: Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer: - Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não aconteceu: Farei essa viagem no fim do mo. - Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse com- prado o caro. Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro. Quero que voltes para mim; Não pise na grama; É possível que ele seja honesto; Espero que ele fique contente, Duvido que ele seja o culpado; Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre; Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailarina, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinheiro, irei para as praias do nordeste. Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou solicitação: Vai e não voltes mais. Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas: Singular: eu, tu, ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você (s) em lugar do tu e vós. Exercícios 01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro, respectivamente: a) cristão / guarda-roupa b) questão / abaixo-assinado c) alemão / beija-flor d) tabelião / sexta-feira e) cidadão / salário-família 02. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual? a) saia amarelo-ouro b) papel amarelo-ouro c) caixa vermelho-sangue d) caixa vermelha-sangue e) caixas vermelho-sangue 03. Indique a frase correta: a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas. c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra. d) Godofredo almoçou duas couves-flor. e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”. Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de sua signifi- cação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente: “O amigo retardatário do presidente prepara-se para desembarcar” (Aníbal Machado) A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. Os termos da oração da língua portuguesa são classificados em três grandes níveis: - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente da Passiva). - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. - Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos: Sujeito Predicado Pobreza não é vileza. Os sertanistas capturavam os índios. Um vento áspero sacudia as árvores. Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas: - estabelecer concordância com o núcleo do predicado; - apresentar-se como elemento determinante em relação ao predicado; - constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo ou, ainda, qualquer palavra substantivada. Exemplos: A padaria está fechada hoje. está fechada hoje: predicado nominal fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado a padaria: sujeito padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular “Nós mentimos sobre nossa idade para você. mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal mentimos: verbo = núcleo do predicado nós: sujeito No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado. Exemplos: As formigas invadiram minha casa. as formigas: sujeito = termo determinante invadiram minha casa: predicado = termo determinado Há formigas na minha casa. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA há formigas na minha casa: predicado = termo determinado sujeito: inexistente O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. Exemplos: Eu acompanho você até o guichê. eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa Vocês disseram alguma coisa? vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa Marcos tem um fã-clube no seu bairro. Marcos: sujeito = substantivo próprio Ninguém entra na sala agora. ninguém: sujeito = pronome substantivo O andar deve ser uma atividade diária. o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva: É difícil optar por esse ou aquele doce... É dificil: oração principal optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos: O sino era grande. Ela tem uma educação fina. Vossa Excelência agiu como imparcialidade. Isto não me agrada. O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.) Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) O sujeito pode ser: Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos; “Um bando de galinhas-d"angola atravessa a rua em fila indiana” Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o cavalo nadavam ao lado da canoa.” Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei amanhã. Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã. (sujei- to: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito: vocês) Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo fertiliza o Egito. Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso; Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se açudes. (= Açudes foram construídos.) Agente e Paciente: quando o sujeito faz a ação expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina trancou-se no quarto. Indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se bem naquele restaurante. Observações: - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto. - Sujeito formado por pronome indefinido não é indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho. Ninguém lhe telefonou. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o verbo na 3º pessoa do plural, sem referência a qualquer agente já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”, “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.” - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo ativo na 3º pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos. Aqui vive-se bem. Devagar se vai ao longe. Quando se é jovem, a memória é mais vivaz. Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar. - Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles fardos enor- mes; E triste assistir a estas cenas repulsivas. Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa língua. Exemplos: É fácil este problema! Vão-se os anéis, fiquem os dedos. “Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.” (José de Alencar) “Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ramalho Ortigão) “Mas terás tu paciência por duas horas” (Camilo Castelo Branco) Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3º pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo. Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer; passam; ser e estam; com referência ao tempo e Chover, ventam; nevar; ge; relampeja, amanhecer, moitecer e outros que exprimem fenômenos meteo- rológicos. Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da lín- gua portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. Então têm por características básicas: apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito: apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. Exemplos: Carolina conhece os índios da Amazônia. sujeito: Carolina = termo determinante predicado: conhece os índios da Amazônia = termo determinado Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. sujeito: todos nós = termo determinante predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo determinado Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e “conhece”; no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou locução ver- bal). No primeiro caso, temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos: Minha empregada é desastrada. predicado: é desastrada núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na formação do predicado nominal. Exemplos: A Terra é móvel. A água está fria. O moço anda (=está) triste. Mário encontra-se doente. A Lua parecia um disco. Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais se con- sidera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. (aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; Parece que vai chover. Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplo: O homem anda. (intransitivo) O homem anda triste. (de ligação) O cego não vê. (intransitivo) O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) Deram 12 horas. (intransitivo) Aterra dá bons fiutos. (transitivo direto) Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto) Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto. Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: A bandeira é o símbolo da Pátria. A mesa era de mármore. O mar estava agitado. A ilha parecia um monstro. Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos: O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava atrasado.) O menino abriu a porta ansioso. Todos partiram alegres. Marta entrou séria. Observações: O predicativo subjetivo às vezes está preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os verdadeiros líderes.; Quem são esses homens”; Lentos e tristes, os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas coisas.; Onde está a criança que fui? Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo. Exemplos: O juiz declarou o réu inocente. O povo elegeu-o deputado. As paixões tornam os homens cegos. Nós julgamos o fato milagroso. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em certos ca- sos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta; Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado considerava indiscutíveis os di- reitos da herdeira.; Julgo inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da cidade.”, “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.” Termos Integrantes da Oração Chamam-se termos integrantes da oração os que completam a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram, completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à compreensão do enunciado. São os seguintes: - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Complemento Nominal; - Agente da Passiva. Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos: As plantas purificaram o ar. “Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro) Procurei o livro, mas não o encontrei. Ninguém me visitou. O objeto direto tem as seguintes características: - Completa a significação dos verbos transitivos diretos; - Normalmente, não vem regido de preposição: - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um verbo ativo: Caim matou Abel. - Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto por Caim. O objeto direto pode ser constituído: - Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. - Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao espelho.; Não me convidas?”; Ela nos chama.; Avisamo-lo a tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; “Marchei resoluta- mente para a maluca e intimei-a a ficar quieta.”, “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” - Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos meus escritos?” Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando-se lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma esfera semântica: “Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.” (Vivaldo Coaraci) “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza” (Aníbal Machado) “Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado de Assis) Em tais construções é de rigor que o objeto venha acompanhado de um adjunto. Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem prece- dido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre principalmente: - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”. - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com aquele homem a quem na realidade também temia, como todos ali”. - Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro? - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.” “Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.” “O estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”. - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; A médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade conheço desde os seus mais tenros anos”. - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro caiu, molhou a ambos.”, “Se eu previsse que os matava a ambos...”. - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?, Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos outros.; A quantos a vida ilude!. - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”, “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.” Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição do ob- jeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da expressão. Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque ou ênfase à idéia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa. O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem. “Seus cavalos, ela os montava em pêlo.” (Jorge Amado) Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, ordinariamen- te, o ser a que se destina ou se refere a ação verbal: “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a significação dos verbos: - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma. - Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente tran- sitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Observações: Há verbos que podem construir-se com dois objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para ti a meu senhor um rico presente, Não confundir o objeto direto com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial, Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados adjuntos adverbiais. O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é expressa, como caracte- rística do objeto indireto: Recorro a Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti Falou contra nós.; Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com quem conto são poucas. Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a, com, contra, de, em, para e por. Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase. Exem- plos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância” NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, não são banhados pelo mar. Este escritor, como romancista, nunca foi superado. O aposto que se refere a objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das coisas.” (Raquel Jardim) De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos: “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria de Lourdes Teixeira) “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de Assis) “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela) “Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal) Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2º pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (6, olá, eh!): “Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano) “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” (Graciliano Ramos) “Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo Castelo Branco) O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. Exercícios 01. Considere a frase “Ele andava triste porque não encontrava a companheira” — os verbos grifados são respectivamente: a) transitivo direto — de ligação; b) de ligação — intransitivo; c) de ligação — transitivo indireto; d) transitivo direto — transitivo indireto; e) de ligação — transitivo direto. 02. Indique a única alternativa que não apresenta agente da passiva: a) A casa foi construída por nós. b) O presidente será eleito pelo povo. c) Ela será coroada por ti. d) O avô era querido por todos. e) Ele foi eleito por acaso. 03. Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo grifado é: a) objeto direto; b) objeto indireto; c) agente da passiva: d) complemento nominal; e) adjunto adverbial. 04. Em: “Dulce considerou calada, por um momento, aquele horrível delírio”, os termos grifados são respectivamente: a) objeto direto — objeto direto; b) predicativo do sujeito — adjunto adnominal; NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA c) adjunto adverbial — objeto direto; d) adjunto adverbial — adjunto adnominal, e) objeto indireto — objeto direto. 05. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são respec- tivamente: a) sujeito — objeto direto; b) sujeito — aposto; c) objeto direto — aposto: d) objeto direto — objeto direto; e) objeto direto — complemento nominal. 06. “Usando do direito que lhe confere a Constituição”, as palavras grifadas exercem a função respectivamente de: a) objeto direto — objeto direto; b) sujeito — objeto direto; c) objeto direto — sujeito; d) sujeito — sujeito; e) objeto direto — objeto indireto. 07. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase o sujeito de “fez”? a) o prêmio; b) o jogador; c) que; d) ogol; e) recebeu. 08. Assinale a alternativa correspondente ao período onde há predicativo do sujeito: a) como o povo anda tristonho! b) agradou ao chefe o novo funcionário; c) ele nos garantiu que viria; d) no Rio não faltam diversões: e) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. 09. Em: “Cravei-lhe os dentes na came, com toda a força que eu tinha”, a palavra “que” tem função morfossintática de: a) pronome relativo — sujeito: b) conjunção subordinada — conectivo; c) conjunção subordinada — complemento verbal; d) pronome relativo — objeto direto; e) conjunção subordinada — objeto direto. 10. Assinale a alternativa em que a expressão grifada tem a função de complemento nominal: a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa; b) a cidade de Londres merece ser conhecida por todos; c) orespeito ao próximo é dever de todos: d) o coitado do velho mendigava pela cidade; e) oreceio de errar dificultava o aprendizado das línguas. Respostas: 01-E /02-E /03-C/04-C/05-C /06-E /07-C /08-A/09-D/10-C/ NONA, Didatismo e Conhecimento Q NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de interro- gação ou com reticências. O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.) Quero que você aprenda. (Período composto.) Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num período ha- verá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. Exemplos: Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração) Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma oração) Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções verbais, duas orações) Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo (também chamada de misto). Período Composto por Coordenação. Orações Coordenadas Considere, por exemplo, este período composto: Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos de infância. 1º oração: Passeamos pela praia 2º oração: brincamos 3º oração: recordamos os tempos de infância As três orações que compõem esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra sintaticamente. As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações coor- denadas é chamado de período composto por coordenação. As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e sindéticas. - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. OCA OCA OCA “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de Assis) “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” (Antônio Olavo Pereira) “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” (Coelho Neto) - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: O homem saiu do carro / e entrou na casa. OCA ocs As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as introduzem. Pode ser: - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda. Saí da escola / e fui à lanchonete. OCA OCS Aditiva Observe que a 2º oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. A doença vem a cavalo e volta a pé. As pessoas não se mexiam nem falavam. “Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” (Machado de Assis) - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA 06. No período “Penso, logo existo”, oração em destaque é: a) coordenada sindética conclusiva b) coordenada sindética aditiva c) coordenada sindética alternativa d) coordenada sindética adversativa end.a Resposta: A 07. Por definição, oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética. Observando os períodos se- guintes: 1- Não caía um galho, não balançava uma folha. II- O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou. III- O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova. Acabara o exame. Nota-se que existe coordenação assindética em: a) I apenas b)II apenas c) III apenas dell e) nenhum deles Resposta: D 08. “Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. A frustração cresce e a desesperança não cede. Empresários empurrados à condição de liderança oficial se reúnem, em eventos como este, para lamentar o estado de coisas. O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a autoabsorvição? É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empo- brecimento da elite. É também ocioso pensar que nós, de tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre, para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas, e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas. Digamos, a Mitsubishi e mais um pouquinho. Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas o mesmo tempo extremamente representativos como população.” (“Discurso de Semler aos empresários”, Folha de São Paulo) Dentre os períodos transcritos do texto acima, um é composto por coordenação e contém uma oração coordenada sindética ad- versativa. Assinalar a alternativa correspondente a este períod a) A frustração cresce e a desesperança não cede. b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a autoabsorvição. c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. d) Sejamos francos. e) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população. Resposta E Período Composto por Subordinação Observe os termos destacados em cada uma destas orações: Vi uma cena triste. (adjunto adnominal) Todos querem sua participação. (objeto direto) Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de causa) NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA Veja, agora, como podemos transformar esses termos em orações com a mesma função sintática: Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada com função de adjunto adnominal) Todos querem / que você participe. (oração subordinada com função de objeto direto) Não pude sair / porque estava chovendo. (oração subordinada com função de adjunto adverbial de causa) Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende sinta- ticamente da outra (principal), ele é classificado como período composto por subordinação. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. Orações Subordinadas Adverbiais As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa que as introduz: - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto que. Não fui à escola / porque fiquei doente. op OSA Causal O tambor soa porque é oco. Como não me atendessem, repreendi-os severamente. Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de Sousa) - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. Irei à sua casa / se não chover. op OSA Condicional Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos ofensores. Se o conhecesses, não o condenarias. “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de Andrade) A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência tenha êxito. - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que. Ela saiu à noite / embora estivesse doente. op OSA Concessiva Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. Embora não possuísse informações seguras, ainda assim arriscou uma opinião. Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. Por mais que gritasse, não me ouviram. - Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. op OSA Conformativa O homem age conforme pensa. Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS De LÍNGUA PORTUGUESA oP OSA Temporal Formiga, quando quer se perder, cria asas. “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês de Maricá) Enquanto foi rico, todos o procuravam. - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, porque (=para que), que. Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. op OSA Final “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” (Marquês de Maricá) Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = para que) “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não deixasse) - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= por- que), pois que, visto que. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. op OSA Consecutiva Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José J. Veiga) De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem. - Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais). Ela é bonita / como a mãe. oP OSA Comparativa A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.” (Marquês de Maricá) Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está subentendido o verbo ser (como a mãe é). - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. OSA Proporcional oP À medida que se vive, mais se aprende. À proporção que avançávamos, as casas iam rareando. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo. Orações Subordinadas Substantivas As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas que, num período, exercem funções sintáticas próprias de substanti- vos, geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Elas podem ser: NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS
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