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Sistema nervoso autônomo e junção neuromuscular - 001 (l) (32), Notas de estudo de Medicina Veterinária

Capítulos 5 e 6 Spinosa (farmacologia veterinária)

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 23/02/2014

patricia-r-8
patricia-r-8 🇧🇷

2.4

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Baixe Sistema nervoso autônomo e junção neuromuscular - 001 (l) (32) e outras Notas de estudo em PDF para Medicina Veterinária, somente na Docsity! 74 Capítulo6 / Agonistas e Antagonistas Colinérgicos receptores M, e seus efeitos na cicatrização de úlceras devido à inibição da secreção ácida gástrica. Secreções: todos os antimuscarínicos clinicamente empre- gados produzem diminuição das secreções das glândulas sali- vares, sudoríparas, lacrimais e brônquicas. A secreção salivar é particularmente sensivel à inibição pelos anticolincrgicos; a boca fica seca e a fala e a deglutição podem ser dificultadas. Os antagonistas de receptores muscarínicos reduzem também a secreção gástrica. Aparelho respiratório: o sistema nervoso parassimpático desempenha uma função importante na regulação do tônus bronquiolar, contribuindo para a broncoconstrição, via recep tores M, presentes na musculatura lisa das vias respiratórias. Além disto, as glândulas submucosas que são inervadas pelos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos lambém possuem esses receptores. Assim, os antagonistas muscarínicos são par- ticnlarmente cficazes contra o broncospasmo produzido pelos medicamentos parassimpaticomiméticos e também antagoni- zam parcialmente a broncoconstrição produzida pela histami- na, bradlicinina ou prostaglandina P, . Osalcalvides da belacona inibem as secreções do nariz, boca, faringe e brônguios e assim ressecam as mucosas das vias respiratórias. Esse efeito torna-se mais pronunciado quando as secreções estão aumentadas, fato que explica a utilização tanto da atropina como da escopola- mina como agentes pré-anestésicos. Músculo liso: tanto à musculatura lisa bronquiolar quan- to a das vias urinárias sofrem relaxamento após utilização das drogas antimuscarínicas A broncoconstrição reflexa que pode ocorrer durante a anestesia é evitada pela atropina, enquan- to a broncoconstrição causada por mediadores locais, como a histamina, não é afetada. A atropina reduz o tônus normal e a amplitude das contrações do ureter e bexiga e pode eliminar a hipertonia uretral induzida por agentes furmacológicos. A musculatura lisa uterina é incrvada por fibras parassimpáticas, entretanto, o efeito dos impulsos colinérgicos sobre a motilida- de do útero é variável. Deste modo, os efeitos dos antagonistas muscarínicos, como a atropina e a escopolarsina, sobre a mo- tilidade uterina são questionáveis. Olho: as drogas semelhantes à atropina bloqueiam as res postas do esfincter muscular da íris e da musculatura ciliar do cxistalino após vma estimulação colinérgica. Ocorrem ainda midriase e cicloplegia (paralisia da acomodação visual) = Usos terapêuticos As drogas antimuscarínicas têm sido empregadas em di- versas situações clínicas com o objetivo de inibir os efeitos da atividade do SNA parassimpático, Trato gastrintestinal: os agentes antimuscarínicos vêm sen- do amplamente empregados no tratamento da úlcera péptica porque, além da diminuição da motilidade, também produzem diminuição das secreções gástricas; entretanto, nestas doses. surgem alguns eleitos indesejáveis, por isto, atualmente, prefe- rem-se os antagonistas da histamina. No entanto, 2 pirenzepina ainda é empregada para esta finalidade dadas suas ações mais seletivas. Os derivados que não atravessam a barreira hematen- cefálica, como a diciclomina e o metronitrato de atropina, são usados para diminuição da motilidade gastrintestinal; entre- tanto, além de serem fracamente absorvidos, são mais eficazes quando a hipermotilidade é induzida por drogas como os an ticolinesterásicos c antagonistas adrenérgicos. A homatropina pode ser empregada para o alívio de espasmos abdominais. Finalmente, Sandin e cols. (2000) mostraram que a atropina pode reduzir a secreção ácida basal em cavalos, Medicação pré-ancstésica: os alcaloides da beladona, como autropina e a escopolamina, eram usados frequentemente para imibir a salivação e secreções excessivas das vias respiratórias induzidas pela administração dos anestésicos gerais, além do efeito broncodilatador desses compostos, que também era de sejável. Atualmente, com a utilização de anestésicos relativa- mente não irritantes, eliminou se a necessidade de administrar antagonistas muscarínicos. 'Vodavia, a atropina ainda é utilizada para evitar reflexos vagais induzidos pela manipulação cirúrgica dos órgãos internos, Esse anticolinérgico também é usado junto com a neostigmina para compensar seus eleitos parassimpati- comiméticos, quando este último agente for administrado para reverter o relaxamento muscular depois da cirurgia. Além disto, a escopolamina pode contribuir para tranquilização, sedação e amnésia em diversas siluações clínicas, incluindo o parto. Nesta situação, a droga é associada a outros agentes que produzem analgesia e sedação. Deve-se ressaltar que esta indicação tera- pêutica tem diminuído muito nos últimos anos Cinetose: a escopolamina é empregada na prevenção de náu- seas e vômitos associados a cinetose quando da exposição curta (4a 6h) a movimentos intensos. Olho: a administração local de anticolinérgicos produz mi- drjase e cicloplegia. Os agentes habitualmente empregados são homatropina, ciclopentolato ou tropicamida, pois em menor duração de efeitos; a atropina c a escopolamina não são usadas, pois produzem efeitos muito prolongados. Sistema cardiovascular: os efeitos cardiovasculares das substâncias anticolinérgicas têm aplicação limitada. A atropi- na pode ser usada como antídoto para o colapso cardiovascular que pode resultar da administração acidental de um colinérgi co ou de um anticolinesterásico. Também pode ser empregada no tralamento inicial de pacientes com infarto agudo do mio- cárdio, nos quais o tônus vagal excessivo cause a bradicardia sinusal ou nodal. Em ces, Ko e cols. (2000) verificaram que a atropina administrada previamente à medetomidina preveniu a bradicardia induzida por este sedativo, mas induziu hiper tensão e alteração de pulso. Doença de Parkinson: nesta enfermidade ocorre uma di- minuição dos níveis de dopamina no SNC; corno consequência observam-se alguns sintomas característicos. como o tremor de repouso, rigidez e acinesia. O uso de medicamentos anticoli- nérgicos como a benzatropina e o Lri-hexafenidila pode atenuar principalmente o tremor. Tanto a atropina como à escopola- mina podem ainda ser empregadas para reduzir a salivação excessiva, como a que ocorre nos pacientes com intoxicação por ietais pesados ou parkinsonianos, Trato geniturinário: a atropina pode ser administrada con comitantemente a um opicide para tratamento de cólica renal com o objetivo de induzir relaxamento da musculatura lisa uretral. Os alcaloides da beladona c vários substitutos sintéticos podem reduzir a pressão intravesical, aumentar a capacidade vesical e reduzir a frequência das contrações da bexiga, anta gonizando o controle parassimpático desse órgão. Tratamento da intoxicação por anticolinesterásicos: a atropina é a droga de escolha para diminuir a bradicardia e antagonizar o aumento da secreção brônquica e pode ser admi- nistrada IV, pois seus efeitos sistêmicos, quando administrada por via oral ou subculânca, duram somente algumas horas. Sistema respiratório: o brometo de ipratrópio é usado em equinos com obstrução aérea recorrente, preferencialmente por via inalatória, para minimizar os efeitos colaterais. É indicado também em humanos e animais acometidos por DPOC, pois atua primariamente como broncodilatador e, posteriormente, como antitussígeno, além de abolir o efeito vagal reflexo do
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