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Guias e Dicas
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Manual de pequenos reparos em livros, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Química

http://livroseafins.com/conserte-voce-mesmo-seus-livros-com-um-manual-para-pequenos-reparos/

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 01/02/2011

andrehlsouza
andrehlsouza 🇧🇷

4.8

(46)

58 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Manual de pequenos reparos em livros e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! Armazenagem e manuseio Conservação Meio Ambiente Emergências 1. Métodos de armazenamento e práticas de manuseio 2. A limpeza de livros e de prateleiras 3. A escolha de invólucros de qualidade arquivística para armazenagem de livros e documentos 4. Invólucros de cartão para pequenos livros 5. A jaqueta de poliéster para livros 6. Suporte para livros: descrição e usos 7. Montagens e molduras para trabalhos artísticos e artefatos em papel 8. Mobiliário de armazenagem: um breve resumo das opções atuais 9. Soluções para armazenagem de artefatos de grandes dimensões 10. Planificação do papel por meio de umidificação 11. Como fazer o seu próprio passe-partout 12. Preservação de livros de recortes e álbuns 13. Manual de pequenos reparos em livros 14. Temperatura, umidade relativa do ar, luz e qualidade do ar: diretrizes básicas de preservação 15. A proteção contra danos provocados pela luz 16. Monitoramento da temperatura e umidade relativa 17. A proteção de livros e papéis durante exposições 18. Isopermas: uma ferramenta para o gerenciamento ambiental 19. Novas ferramentas para preservação- avaliando os efeitos ambientais a longo prazo sobre coleções de bibliotecas e arquivos 20. Planejamento para casos de emergência 21. Segurança contra as perdas: danos provocados por água e fogo, agentes biológicos, roubo e vandalismo 22. Secagem de livros e documentos molhados 23. A proteção de coleções durante obras 24. Salvamento de fotografias em casos de emergência 25. Planilha para o delineamento de planos de emergência 26. Controle integrado de pragas 27. A proteção de livros e papel contra o mofo 28. Como lidar com uma invasão de mofo: instruções em resposta a uma situação de emergência 29. Controle de insetos por meio de gases inertes em arquivos e bibliotecas Planejamento Edifício/Preservação Fotografias e filmes Registros sonoros e fitas magnéticas Reformatação 30. Planejamento para preservação 31. Políticas de desenvolvimento de coleção e preservação 32. Planejamento de um programa eficaz de manutenção de acervos 33. Desenvolvimento, gerenciamento e preservação de coleções 34. Seleção para preservação: uma abordagem materialística 35. Considerações complementares sobre: "Seleção para preservação: uma abordagem materialística" 36. Implementando um programa de reparo e tratamento de livros 37. Programa de Planejamento de Preservação: um manual para auto-instrução de bibliotecas 38. Considerações sobre preservação na construção e reforma de bibliotecas: planejamento para preservação 39. Preservação de fotografias: métodos básicos para salvaguardar suas coleções 40. Guia do Image Permanence Institute (IPI) para armazenamento de filmes de acetato 41. Indicações para o cuidado e a identificação da base de filmes fotográficos 42. Armazenamento e manuseio de fitas magnéticas 43. Guarda e manuseio de materiais de registro sonoro 44. O básico sobre o processo de digitalizar imagens 45. Microfilme de preservação: plataforma para sistemas digitais de acesso 46. O processo decisório em preservação e fotocopiagem para arquivamento 47. Controle de qualidade em cópias eletrostáticas para arquivamento 48. Microfilmagem de preservação: um guia para bibliotecários e arquivistas 49. Do microfilme à imagem digital 50. Uma abordagem de sistemas híbridos para a preservação de materiais impressos 51. Requisitos de resolução digital para textos: métodos para o estabelecimento de critérios de qualidade de imagem 52. Preservação no universo digital 53. Manual do RLG para microfilmagem de arquivos Títulos Publicados CONSERVAÇÃO PREVENTIVA EM BIBLIOTECAS E ARQUIVOS 13 Manual de pequenos reparos em livros 2 edição a Robert J. Milevsky capa13.ps D:\Trabalho\Clientes\CPBA\Capas Final\capa13.cdr ter a-feira, 19 de junho de 2001 17:22:48 Perfil de cores: Desativado Composi ªo Tela padrªo Manual de pequenos reparos em livros 2a edição Robert J. Milevski Rio de Janeiro Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos 2001 5 Apresentação O Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos - CPBA é uma experiência de cooperação entre instituições brasileiras e a organização norte- americana Commission on Preservation and Access, atualmente incorporada ao CLIR - Council on Library and Information Resources (Conselho de Recursos em Biblioteconomia e Informação). Em 1997, o Projeto traduziu e publicou 52 textos sobre o planejamento e o gerenciamento de programas de conservação preventiva, onde se insere o controle das condições ambientais, a prevenção contra riscos e o salvamento de coleções em situações de emergência, a armazenagem e conservação de livros e documentos, de filmes, fotografias e meios magnéticos; e a reformatação envolvendo os recursos da reprodução eletrônica, da microfilmagem e da digitalização. Reunidos em 23 cadernos temáticos, estes textos, somando quase mil páginas, foram impressos com uma tiragem de dois mil exemplares e doados a colaboradores, instituições de ensino e demais instituições cadastradas no banco de dados do Projeto. Esta segunda edição revisada, com uma tiragem de mais dois mil exemplares, pretende, em continuidade, beneficiar, as instituições e os profissionais de ensino, e todas aquelas instituições inscritas no banco de dados depois de 1997 e que não chegaram a receber os textos. O presente manual, de número 13, apresenta a estrutura do livro, objetivando a indicação de soluções dos danos mais comuns em coleções de bibliotecas. Descreve os processos de reparos em livros, relacionando os materiais necessários, as técnicas e os procedimentos inerentes. As instruções são didaticamente ilustradas com desenhos e apresentadas passo a passo, de maneira seqüencial e numerada. Orienta técnicas simples para a substituição de lombadas ou inserção de folhas em volumes encadernados. Apresenta uma proposta de glossário para padronização de termos utilizados em publicações sobre encadernação, pequenos reparos e conservação de livros. Este texto, assim como todo o conjunto de publicações do Projeto CPBA, encontra-se disponível em forma eletrônica na página do Projeto, www.cpba.net. Além das publicações distribuídas em 1997, o Projeto CPBA ainda formou multiplicadores, por meio de seminários organizados nas cinco regiões brasileiras, com o apoio de instituições cooperativas. Os multiplicadores organizaram novos eventos, estimulando a prática da conservação preventiva nas instituições. Os inúmeros desdobramentos ocorridos a partir dos colaboradores em todo o país fizeram o Projeto merecedor, em 1998, do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. Entre 1997 e 2001, o Projeto CPBA continuou promovendo seminários e cursos, envolvendo as instituições cooperativas. Em muitas ocasiões enviou professores e especialistas aos eventos organizados pelos multiplicadores. No início de 2001 o Projeto já contabilizava mais de 120 eventos realizados em todo o país, somando mais de 4.000 pessoas envolvidas. As instituições que colaboram com o Projeto CPBA estão relacionadas na página www.cpba.net , onde também poderá ser acessado o seu banco de dados, com mais de 2.600 instituições cadastradas. Esta página virtual pretende ser uma plataforma para o intercâmbio técnico e o desenvolvimento de ações cooperativas. Desde o início o Projeto contou com recursos financeiros da Andrew W. Mellon Foundation e de VITAE, Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social. Em 1998 estes patrocinadores aprovaram um segundo aporte financeiro, com o objetivo de dar continuidade às ações empreendidas e de preparar esta segunda edição. O Projeto agradece o generoso apoio recebido de seus patrocinadores e das instituições cooperativas, brasileiras e estrangeiras, reconhecendo que sem esta parceria nada teria acontecido. Deseja também agradecer aos autores e editores das publicações disponibilizadas, por terem cedido gratuitamente os direitos autorais. Agradecimentos especiais ao Arquivo Nacional, que hospedou o Projeto desde o seu início, assim como à Fundação Getulio Vargas, pela administração financeira dos recursos. Considerando que a fase do Projeto apoiada pela Fundação Mellon se encerra em junho de 2001, o grupo cooperativo espera encontrar, em continuidade, colaboradores e parceiros no Brasil, para que o processo de difusão do conhecimento da preservação não seja interrompido. Rio de Janeiro, junho de 2001. Ingrid Beck Coordenadora do Projeto CPBA 6 Prefácio O Programa Cooperativo de Conservação foi desenvolvido para atender às necessidades dos diferentes tipos de bibliotecas no que diz respeito à informação e aos serviços de conservação. Nos últimos três anos, a meta do ICCP tem sido ajudar bibliotecas a obterem informações de como proteger e restaurar raras e valiosas coleções bibliográficas, para que possam permanecer fisicamente acessíveis aos consulentes. O financiamento concedido pela Library Services and Construction Acts, através da Biblioteca Estadual de Illinois, foi usado para desenvolver um serviço de informação, preparar cartazes e folhetos informativos, distribuir material de treinamento, dar assessoria in loco às bibliotecas, e dar continuidade às oficinas de formação e aos treinamentos individuais. No verão de 1984, o ICCP começou a oferecer um modesto serviço para a conservação de coleções históricas raras, usando as instalações da Biblioteca Morris, na Universidade do Sul de Illinois, em Carbondale. Durante o período de três anos, aproximadamente mil pessoas freqüentaram as oficinas do ICCP. Uma série especial foi organizada para ensinar procedimentos técnicos para a realização de pequenos reparos em livros. Em aulas com horário integral, quinze participantes, sob a orientação de Robert J. Milevski, aprenderam através de processos simples, e de forma econômica, a fazer com que os volumes danificados retornassem às condições de uso. Os participantes receberam um kit de ferramentas e materiais para a realização de reparos em livros, os quais eles usaram durante as oficinas e posteriormente levaram para os seus locais de trabalho, capacitando-os a aplicar imediatamente os novos conhecimentos. As oficinas de tratamento de livros concentraram-se, principalmente, nos reparos das coleções circulantes, enquanto outras oficinas do ICCP focalizaram temas como cuidados e tratamento de coleções históricas locais, conservação de papel e plano de emergência contra sinistros. Este manual inclui os seguintes procedimentos desenvolvidos pelas oficinas de tratamento de livros: descrição de problemas encontrados nos livros a serem reparados; instruções das técnicas de reparo, passo-a-passo; listas dos materiais e fornecedores; glossário e leituras adicionais. O sucesso dos projetos e das atividades do ICCP é devido em grande parte à ajuda dos dezoito Sistemas de Biblioteca, regionais, de Illinois, da Biblioteca Estadual de Illinois e da Biblioteca Morris, da Universidade do Sul de Illinois, em Carbondale. O ICCP agradece especialmente à Bridget Lamont e Preston Levi, da Biblioteca Estadual de Illinois, pelo seu apoio e estímulo. Carolyn Clark Morrow Diretora do Projeto Carbondale, Illinois 12 de julho de 1984 7 1 1 Os papelões e a lombada são cortados com medidas específicas. Eles são colados ao material de cobertura a distâncias pré-determinadas. Essas distâncias são decisivas. A capa deve cobrir com precisão o corpo do livro. Os papelões devem estar nivelados horizontalmente e devem também dobrar livremente sobre o encaixe do corpo do livro. A lombada do corpo do livro deve encaixar-se corretamente sobre a lombada da capa. Os papelões da capa devem ter uma seixa de 3mm à volta da cabeça, do pé e da frente do corpo do livro. Os pontos de fixação entre o corpo do livro e a capa são os espaços das canaletas. Esses também são decisivos. As canaletas têm vários propósitos: nelas as capas se movem (ou abrem-se ou viram-se) e elas também têm a função de prender o corpo do livro à capa. Se forem usados materiais de boa qualidade, e se eles forem corretamente colados em seus devidos lugares, o livro ficará perfeito e as canaletas resistirão bem. Materiais alternativos e acabamento inadequado são prejudiciais ao livro e resultarão em canaletas fracas e quebradiças. Combinemos essa fragilidade com o uso e circulação freqüente e teremos um livro separado de sua capa, com a capa frouxa ou com canaletas descoladas. 1.virada ou margem 2. papelões 3. falsa lombada 4. cabeceado 5. revestimento de papel ou forro (2ª camada de reforço da lombada do corpo do livro) 6. entretela (1ª camada de reforço da lombada do corpo do livro) 7. guarda 8. corpo do livro 9. caderno 10. cabeceado 11. área do encaixe ou canaleta 12. capa Figura 3. Principais componentes de um típico livro moderno: corpo do livro e capa, pouco antes da encadernação. 1. folha de guarda 2. lombada arredondada 3. goteira ou corte da frente côncavo 4. folha de guarda 5. encaixe 6. aba da entretela 7. entretela (1a camada de reforço da lombada do corpo do livro) 8. cabeceado 9. forro ou revestimento de papel (2ª camada de reforço da lombada do corpo do livro) 10. cabeceado Figura 4a. Vista detalhada do corpo do livro com costura ou cadernos colados. Cabeceados e entretela colados à lombada. Corpo do livro arredondado e o encaixe já batido. 1 2 Ilustração 4b. Vista detalhada do corpo do livro. Encadernação a cola. Cabeceados colados no revestimento de papel. Corpo do livro tem um leve encaixe. Figura 5. Vista da capa antes do material de cobertura ser virado para dentro, sobre os papelões e a lombada. 1. guarda de trás 2. encaixe 3. guarda da frente 4. cola ou adesivo 5. revestimento de papel com aba 6. cabeceado 1. papelões, cartões ou pastas 2. falsa lombada 3. área do encaixe ou canaletas 4. material de cobertura ou revestimento 1 3 Capítulo 1 B: Problemas do livro O desgaste dos livros de uma biblioteca é inevitável mas, ao mesmo tempo, é um bom sinal de que os livros estão sendo usados. Embora normal, o desgaste é causado pelo uso freqüente e inadequado. As edições mal encadernadas, o manuseio destrutivo (isto é, colocar os livros nas prateleiras com o corte da frente virado para fora, pegar livros na estante puxando-os pela coifa etc.) e condições ambientais impróprias, tudo isso contribui para a deterioração do livro. Nos dois últimos exemplos, os danos podem ser minimizados com o treinamento da equipe e a educação dos usuários e pelo controle dos fatores ambientais. É claro que o uso freqüente e inadequado por parte do usuário pode ser controlado trancando-se os livros e restringindo-se o acesso aos mesmos. Mas isso vai contra o propósito das bibliotecas! No entanto, não existe controle sobre o crescente número de edições de péssima qualidade. Num esforço de cortar custos, algumas editoras suprimiram elementos indispensáveis a uma encadernação adequada, como o uso da entretela, dos cadernos costurados, do arredondamento e do encaixe, e até mesmo da própria capa dura. Muitos livros de grande tiragem são feitos da maneira mais barata possível e com material de qualidade inferior. Todas as bibliotecas terão consciência desse fato ao contabilizar o número de livros danificados e deteriorados existentes em suas coleções. Numa encadernação comercial, a capa e o corpo de um livro de capa dura são feitos em linhas de produção distintas e depois são colados um ao outro, numa outra etapa chamada ‘encadernação’. A fixação da capa ao corpo do livro é importantíssima para que ela possa cumprir seu papel de proteção do volume. Essa fixação pode romper-se por várias razões e é comum um livro novo já chegar com a capa quase solta, que se desprende por completo logo a seguir. Livros pesados constituem problema especial, pois suas encadernações são geralmente fracas. A indústria livreira não produz livros para o uso em bibliotecas. Neste exemplo de livros novos se soltando das capas logo após terem sido produzidos, e sendo a capa ainda nova, não é aconselhável uma reencadernação comercial. Muitas bibliotecas optam por reencadernar comercialmente os livros danificados. Há, no entanto, algumas vantagens em consertá- los artesanalmente. É mais barato fazê-lo dentro da própria biblioteca, o volume fica pronto mais rápido e são evitados os efeitos indesejáveis da encadernação comercial (isto é, a perda da capa original, a perda de cadernos, o guilhotinamento do corpo do livro e costuras que impedem uma abertura adequada etc.). Muitas vezes os livros são reencadernados por razões puramente estéticas, como capas manchadas ou margens puídas. Na tomada de decisão, o importante é ter em mente se a capa está desempenhando seu papel de proteção do corpo do livro. Muitas vezes, um conserto a tempo pode prevenir a ocorrência de um dano mais sério. Neste sentido, o reparo é uma técnica preventiva. Há exceções: volumes raros, únicos e valiosos não devem ser tratados ou devem ser entregues a um conservador capaz de lhes dar um tratamento adequado, para assegurar a integridade dessas obras. O capítulo seguinte explicará rapidamente, através de ilustrações, os cinco maiores problemas típicos de um livro que pode ser reparado na sua biblioteca. As soluções de cada problema são apresentadas de maneira sucinta. Instruções detalhadas para cada uma delas podem ser encontradas nos capítulos 2 e 3 do manual. 1 6 Problema IV. Capa separada do corpo do livro A. Tipo básico: corpo completamente solto da capa, na área interna das canaletas, com revestimento da lombada completamente rasgado ou inexistente. Solução: reencaderne usando capa original. B. Encadernação solta com a guarda intacta – variação do problema A: corpo do livro solto da capa, nas guardas (guardas não estão rasgadas; idêntico ao problema II.C). Entretela ainda colada às capas e em bom estado. Solução: cole novamente o livro na capa. C. Uma das guardas rasgadas, sem entretela – variação do problema A: uma das guardas rasgadas ao meio no espaço interno da canaleta. Capa correspondente completamente solta do corpo do livro, com o revestimento da lombada completamente rasgado e inexistente. Solução: reencaderne, usando a capa original. 3. B 3. A Acima: encadernação a cola (brochura) Abaixo: encadernação em cadernos costurados Problema III. Canaletas soltas com guardas rasgadas A. Tipo básico: livro com guarda rasgada na área interna da canaleta. Entretela exposta, mas em bom estado. Variação do problema II A. Solução: coloque nova guarda. B. Entretela/ Revestimento da lombada soltos: uma das guardas rasgadas ao meio, no espaço interno da canaleta, e a capa correspon- dente separada do corpo do livro. Revestimentos da lombada ainda presos à capa, podendo estar completa ou parcialmente soltas da lombada do livro. Solução: coloque nova guarda. Cole novamente o revestimento da lombada. Cole a contraguarda. 1 7 D. Guarda rasgada – entretela / revestimento da lombada solto: uma das guardas completa ou parcialmente rasgada na área interna da canaleta. Entretela/revestimento da lombada danificados. Capa soltando do corpo, ao longo de rasgos na entretela. Solução: reencaderne, usando a capa original. Acima: encadernação a cola (brochura) Abaixo: encadernação com cadernos costurados ou colados 4. A 4. B 4. D 4. C Acima: encadernação a cola (brochura) Abaixo: encadernação com cadernos costurados ou colados 1 8 Problema V. Lombada rasgada ou danificada A. Tipo básico: livro com material de revestimento da lombada solto e/ou danificado. Solução: material de revestimento novo. Lombada original montada no material novo. 5. A (1) Lombada completamente rasgada ao longo de uma das canaletas. 5. A (2) Lombada rasgada, como conse- qüencia de danos anteriores à coifa. Material de revestimento gasto em diversos lugares. 5. A (3) Material de revestimento da lombada roto e gasto 2 1 1. Remova a guarda velha, destacando-a do corpo do livro. Remova também os pedaços que ficaram grudados à capa de papelão. 2. Lixe a capa de papelão para que a nova guarda possa assentar corretamente. 3. Corte uma folha de guarda dobrada, de papel alcalino, da altura exata do corpo do livro e aproximadamente 1,5cm mais larga. O sentido das fibras do papel deve estar paralelo à dobra (veja notas abaixo). 4. Ajuste o lado dobrado da guarda no corpo do livro. Verifique se a dobra está colocada bem dentro da área da canaleta. Use a dobradeira para fixar. 5. Feche o livro e apare o excesso da guarda na largura, com uma régua e estilete. Antes de cortar, coloque um pedaço de papelão sob a guarda, para proteger o livro. 6. Cole a guarda usando uma mistura de 1:1 de metil-celulose e PVA. 7. Feche o livro e passe a dobradeira sobre a canaleta. Use o lado chato da dobradeira. 8. Mantendo o corpo do livro seguro, abra cuidadosamente a capa da frente de maneira que a lombada fique para fora da beirada da mesa e a canaleta case com a borda da mesma. Elimine as bolhas de ar, esfregando um pano macio sobre a guarda. Não abra a capa mais de 140° ou a guarda esticará, provocando um vinco na canaleta. 9. Repita a etapa n° 5 do procedimento ‘fixação da canaleta’, na página anterior. 13 03.p65 13/06/01, 13:2021 2 2 Reencadernação de um livro em sua capa original    + +,  -" , "  . /  !" $"( %, /  ' )  *  ! 0()       + ")  1+ 1  )    !"  " $  % + '  (         Problema: O corpo do livro está separado de sua capa na área interna das canaletas ou as guardas e a entretela estão rasgadas na área da canaleta Solução: Se necessário, desencaderne o livro da capa. Remova as guardas velhas ou rasgadas; remova a entretela e os revestimentos da lombada. Coloque materiais novos e fortes. Reencaderne o livro com a capa original. Tempo aproximado = 30 minutos Maneira de fazer: 1. Para soltar o livro da capa: (repetir todas as etapas para a frente e as costas do livro). A) Segure o canto superior da guarda solta. Puxe-a gentilmente para baixo, no sentido da diagonal, despregando- a do corpo do livro. Isto expõe a entretela na região da canaleta. 13 03.p65 13/06/01, 13:2022 2 3 B) Cuidadosamente, corte só a entretela, na área da canaleta. Não corte o material de revestimento da capa (que está logo abaixo da entretela). 2. Tire a entretela velha da parte interna das capas, retirando ao mesmo tempo as partes soltas da contraguarda/ guarda. Usando uma micro espátula, levante e arranque a contraguarda dos papelões da capa pelas beiradas, ou por qualquer outra área em que estiver solta. Provavelmente, ficarão alguns pedaços da guarda. Contraguardas escuras devem ser removidas o mais completamente possível. 3. Lixe, suavemente, as capas de papelões para tirar as asperezas e para que tenham melhor aderência à cola. 4. Limpe a lombada, removendo os revestimentos antigos (de entretela e de papel) e os cabeceados. Use a faca sem corte, tomando cuidado para não ferir a lombada do livro. (Para ajudar na remoção dos revestimentos da lombada do livro, umedeça-os ligeiramente com água, usando um pincel, se necessário. Use somente a quantidade de água suficiente para atravessar a entretela e soltar os revestimentos. A idéia é retirar somente os revestimentos, não a cola — a não ser que ela saia com facilidade. Muita água pode danificar o livro). 5. Selecione novas guardas um pouco mais largas do que o corpo do livro: A) Esquadre uma das margens das novas guardas. B) Usando a ponta dos dedos para sentir o alinhamento, alinhe a parte de cima da guarda nova com a cabeça do corpo do livro e marque a parte de baixo, exatamente na altura do pé do corpo do livro. Apare- a, usando régua de metal forrada de cortiça e estilete. A guarda deve ter a altura exata do corpo do livro. C) Ajuste a guarda ao corpo do livro (veja Fixação das canaletas de um livro de capa dura e algumas maneiras de substituição das guardas). D) Apare a guarda (veja nota acima). 6. Corte uma tira de entretela (primeira camada de revestimento da lombada) mais ou menos 1,5cm mais curta que o corpo do livro e no mínimo 5cm mais larga do que a lombada. Dobre ao meio no sentido do comprimento. 13 03.p65 13/06/01, 13:2023 2 6 Maneira de fazer: 1. Para destacar a lombada rasgada (repita todos os passos na parte da frente e nas costas do livro): A) Coloque uma régua de metal sobre a capa do livro, a uma distância de 3mm da canaleta externa. É importante não cortar dentro ou através da canaleta, pois isto danificaria a entretela, ocasionando um conserto mais demorado. B) Com firmeza, corte o tecido ao longo da régua, com um estilete. C) Corte, ainda com o estilete, mais ou menos 2,5 cm ao longo da cabeça e do pé do papelão das capas. D) Usando os dedos ou a microespátula, levante a lombada antiga do livro. A lombada ainda estará segura na cabeça e no pé pelas viradas ou dobras, que são comumente feitas de tecido. Corte cuidadosamente com tesoura pequena e de ponta. A lombada inteira se desprenderá. 2. Limpe a lombada antiga, retirando o papel de revestimento de dentro dela. Apare as bordas desfiadas usando estilete e régua de metal. Salve o máximo possível da lombada. Corte suavemente o tecido, passando o estilete três ou quatro vezes, ao invés de cortá-lo de uma vez só, pois o tecido pode enrugar ou desfiar se for feito um corte errado. Isso causará bordas esfarrapadas que precisarão ser aparadas outra vez. 3. Segurando a microespátula, nivelada com a superfície do livro, introduza-a 2,5cm entre o tecido e o papelão da capa (onde o corte de 2,5 cm começa). Deslize a espátula ao longo do comprimento do livro. Isso soltará uma beirada de ± 2,5cm de tecido e deixará exposto o papelão da capa. 4. Construção da nova lombada: A) Corte uma tira de cartão duplex neutro (fibra do cartão paralelo ao comprimento da tira), exatamente da largura da lombada do corpo do livro — de encaixe a encaixe — e da mesma altura das capas de papelão. B) Escolha uma cor de tecido compatível (o sentido das fibras do papel da laminação do tecido — ou da trama do tecido — deve estar paralelo ao comprimento do livro da cabeça ao pé). Corte uma tira de 5 cm mais larga e mais comprida que a do cartão duplex usado para fazer a nova lombada. C) Passe cola PVA no cartão duplex da lombada, no sentido do fio, usando uma folha descartável de apoio. D) Centralize a lombada de cartão duplex no meio do tecido laminado e passe a dobradeira. E) Usando estilete ou faca afiada e régua, apare o excesso de tecido 13 03.p65 13/06/01, 13:2026 2 7 deixando 2 cm à volta da tira de duplex. F) Dobre as abas de tecido, superior e inferior, por cima do cartão, vincando-as. A seguir, corte um triângulo nos cantos de cada aba. Faça, então, um corte no centro das abas. (O corte do centro não chega até o vinco da dobra, nem corta o duplex). G) Passe PVA nas partes superior e inferior das abas da nova lombada. Vire as abas sobre a tira da lombada e passe a dobradeira. No corte de cada aba, o tecido se sobreporá ligeiramente. Isso ajudará a dispor em ângulo os cantos ou as beiradas de cada lado das abas; isto é, o comprimento da nova lombada é ligeiramente mais curto entre os cantos superior e inferior das abas. A nova lombada se encaixará melhor às suas capas. Se corretamente posicionada, não ficará mais alta do que os papelões das capas nem ultrapassará o material de revestimento delas. H) Gentilmente arredonde a nova lombada, encurvando-a sobre um bastão de madeira ou superfície arredondada similar (até as bordas de uma mesa servirão). Isso faz com que a nova lombada tome o formato da lombada do corpo do livro. 5. Ajuste da nova lombada ao corpo do livro e às capas: A) Curve ligeiramente para dentro os lados/abas da nova lombada. Ajuste a tira de cartão da nova lombada à lombada do corpo do livro. Depois de centralizada, deite o livro sobre a superfície da mesa de trabalho, mantendo à lombada no lugar. Passe a dobradeira sobre o tecido dentro das canaletas, fazendo com que ele tome o formato das canaletas. 6. Passe cola sob as abas da nova lombada e na beirada de tecido que foi levantado da capa do livro. Passe a dobradeira sobre o tecido da nova lombada que foi colada ao livro. Se vazar algum excesso de PVA pela borda, limpe ao longo do comprimento; isso evitará que o tecido desfie. que sua produção. Por não se adequarem à necessidade de grandes tiragens 13 03.p65 13/06/01, 13:2027 2 8 7. Aplique um pouco de PVA aos cortes superior e inferior do tecido levantado da capa para que não desfie. 8. Cole a antiga lombada aparada e, cuidadosamente, recoloque-a em linha reta e no esquadro sobre a nova lombada. Certifique-se que o livro está de cabeça para cima! Passe a dobradeira suavemente. 9. Aplique um pouco de PVA, em qualquer borda desfiada do tecido, na cabeça, no pé e na frente da capa e prense o livro até secar — pelo menos por algumas horas. Inserção de páginas em volumes encadernados Materiais: 1. estilete 2. cola: adesivo a base de acetato polivinílico (PVA) 3. tiras de papel tipo japonês 4. papel descartável 5. papel parafinado 6. linha de algodão 7. agulha de costura 8. pincel pequeno para cola 9. bisturi e lâminas 10. régua 11. dobradeira de osso 12. tesoura Podemos encontrar páginas ou grupo de páginas que precisam ser inseridas a um volume. Geralmente, são erratas, substituições de páginas mal impressas, índices ou sumários ou fotocópias de substituição de páginas perdidas, rasgadas ou arrancadas dos livros. É importante que essas páginas fotocopiadas tenham margem interna de pelos menos 1 cm, caso contrário terão que ser recopiadas ou aumentadas com uma tira de papel japonês. Se as páginas de substituição são cópias com texto nos dois lados, o texto deve estar alinhado. Folhas soltas são facilmente inseridas, no entanto deve-se prestar atenção quando se vai inserir certo número de páginas. Se o material a ser inserido é muito grosso, ele forçará a encadernação e danificará a estrutura. Esse tipo de material deve ser reencadernado com o livro, mas em alguns casos, é mais apropriado encadernar o material separadamente e guardá-lo junto ao livro correspondente. 3 1 Parte 3 Encadernação a cola: história, causas da deterioração, e procedimentos simples para o seu reparo Atualmente os livros com encadernação a cola são do tipo capa solta, com exceção dos livros de bolso (onde o papel da capa é colado diretamente na lombada do corpo do livro). A encadernação a cola é aquela na qual os cadernos ou folhas soltas de um livro são presos entre si, para formar um bloco, utilizando-se uma camada de adesivo sintético ou cola, ao invés de serem costurados, grampeados ou reunidos de qualquer outro modo. Encadernação do tipo capa solta é aquela onde a capa e o corpo do livro são trabalhados separadamente e colados depois, numa segunda etapa. Encadernações a cola e com capa solta surgiram pelo fato da demanda por livros ser maior do que sua produção. Por não se adequarem à necessidade de grandes tiragens e produção rápida, e acompanhando o mercado, os editores e as gráficas substituíram os tradicionais tipos de encadernação. Estas encadernações tradicionais deterioram-se rapidamente quando estão sujeitas ao uso freqüente nas bibliotecas. Os fatores que contribuem para a deterioração prematura das encadernações são: materiais de baixa qualidade e pouca resistência usados na produção de livros (causando a perda da resistência e diminuindo a sua durabilidade); uso de colas e adesivos sintéticos inadequados, que tornam-se ressecados e quebradiços ao longo do tempo (podendo ser ouvido um estalo quando o livro é aberto ou quando o corpo do livro se separa em duas ou mais partes); os adesivos aplicados em camadas muito finas, irregularmente, durante as várias etapas da aplicação da cola (causando pouca aderência entre os materiais e, conseqüentemente, separando o corpo do livro da sua capa, rompendo o corpo do livro, ou soltando uma folha de guarda do papelão da capa); a aplicação de excesso de cola que produz adesão muito forte entre os materiais, gerando muita resistência entre eles (causam o rompimento ou o rasgo dos materiais próximos às áreas de tensão, como as folhas de guarda, e rasga o corpo do livro); a eliminação ou a redução de materiais e de etapas durante o processo de produção de livro (tal como a substituição de uma boa entretela no revestimento por papel, ou a eliminação total dos forros da lombada — com o corpo do livro sendo preso somente por uma camada de cola e fixado à sua capa pelas folhas de guarda); a capa sendo bem maior que o corpo do livro (causando a separação do corpo do livro da capa, quando há uma movimentação muito grande nas áreas de junção). Todos estes fatores contribuem para a deterioração das encadernações a cola e de capa solta. A encadernação a cola pode ser de dois tipos. No primeiro, o corpo do livro é formado por um grupo de folhas avulsas (blocos). No segundo, ele é formado por um grupo de cadernos. (O corpo do livro produzido com folhas soltas, na verdade, são cadernos que tiveram a área de dobra cortada). 3 2 Primeiro tipo: corpo do livro formado por folhas avulsas A técnica mais comum utilizada em encadernação a cola. A área cortada das folhas, do lado da lombada do livro, é preparada para que fique áspera. Isto vai permitir que a área receba melhor a cola, produzindo uma boa adesão. Uma única camada de adesivo é aplicada. Em outra técnica, semelhante à anterior, são aplicadas na lombada duas camadas de adesivo. A primeira demão é bem fina, penetrando através da parte áspera para dentro das fibras do papel. A segunda camada, que é mais grossa, é aplicada após a primeira estar seca, para que esta fique mais reforçada. Na técnica mais durável de encadernação a cola, as folhas do corpo do livro são presas firmemente com um sargento, inclinadas sobre si mesmas para um lado onde é passada uma camada de cola em todas elas. Imediatamente, são curvadas para o lado oposto, onde é passada a segunda demão. Se for corretamente executado, este processo permite a penetração da cola entre cada folha, grudando uma folha à outra. Segundo tipo: corpo do livro formado por um grupo de cadernos Neste segundo tipo de brochura, os cadernos parecem ter sido costurados, mas, ao invés disso, são presos por furos ou ranhuras feitos de dentro para fora, ao longo das dobras dos cadernos. As vantagens são que os cadernos dobrados continuam intactos e não há perda de tempo com a preparação da lombada ou com uma demorada remoção do forro de papel. Aqui, o adesivo é aplicado em duas camadas: primeiro, uma fina demão que penetra nas ranhuras de cada caderno; depois, uma camada espessa aplicada à lombada dos cadernos agrupados, para que sejam colados uns aos outros formando um bloco. Apesar dos fabricantes fazerem propaganda sobre a qualidade de cada um desses métodos de encadernação a cola, muitas das encadernações não aguentam o uso e a circulação normais numa biblioteca. Mesmo quando são usados forros de tecido e de papel, como na encadernação com costura, as encadernações a cola não podem ser comparadas às anteriores em termos de resistência, durabilidade, facilidade de abertura, e na conservação estrutural. O maior problema das encadernações a cola é a tendência da lombada de se deformar com o manuseio muito intenso. A solução é guilhotinar a parte colada da lombada do livro e repetir todo o procedimento de colagem. Caso contrário, é impossível devolver ao livro sua forma adequada. Outro problema das encadernações modernas a cola é a forração da lombada. Muitas permanecem presas à lombada do corpo do livro por muito tempo, especialmente se o corpo do livro se romper. (A causa pode ser insuficiência de cola, ou o papel de reforço não foi bem colocado e enrugou). Muitos dos materiais de forração são de má qualidade, como o tecido (telagarça, entretela, morim), ou mesmo o papel. Estes freqüentemente rompem-se e rasgam-se junto com o corpo do livro. (Não sendo suficientemente resistentes, contribuem para o rompimento da lombada do corpo do livro). Algumas das encadernações a cola não têm quaisquer revestimentos; somente a camada de cola na lombada. Nestes casos, o corpo do livro facilmente perde sua forma quando manuseado intensamente, 13 05.p65 13/06/01, 13:2032 3 3 e freqüentemente rompe-se ao meio. Como é preso à capa apenas pelo conjunto de guardas, o corpo do livro fica bambo nas áreas de encaixe ou solta-se totalmente da capa. É claro que as encadernações a cola e de capa solta estão sujeitas à danos físicos prematuros, mas existe solução para estes problemas. Na maioria dos problemas exemplificados acima, as capas dos livros permanecem em boas condições, e dessa forma uma reencadernação comercial é injustificável. Mesmo que algumas bibliotecas prefiram ter seus livros danificados reencadernados comercialmente, existem diversas vantagens quando este trabalho é feito na própria biblioteca: é mais barato realizar o conserto in loco, o livro é reparado mais rápido e não fica tanto tempo fora de circulação, e os resultados indesejáveis da encadernação comercial são evitados (isto é, perda das capas originais, corte dos fólios dos cadernos, apara das bordas do corpo do livro, costuras que impedem a abertura ideal etc.). Na hora de decidir, é importante avaliar se a capa está cumprindo a sua função de proteger o corpo do livro. Freqüentemente, um conserto apropriado pode prevenir que danos mais sérios possam ocorrer. Neste sentido, o reparo de livro é uma técnica preventiva de conservação. A seguir exemplos de problemas típicos de encadernações a cola e o que fazer para repará-los. Problemas das encadernações a cola e as soluções de reparo Materiais: quase todos os materiais para reparo de livro serão usados em vários grupos para os reparos a seguir. Tempo aproximado: de 5 a 30 minutos por item. Custo aproximado: insignificante (em torno de 40 centavos de dólar por item). Nota: alguns adesivos usados nas encadernações dos editores não terão boa aderência ao adesivo a base de PVA (acetato polivinílico) usado nos reparos a seguir. Problema 1: Corpo do livro rompido; tipo básico: corpo do livro rompido em duas partes expondo a forração deste, e de onde partes do corpo do livro parcialmente se soltam. A forração da lombada está em bom estado e presa nas capas da frente e detrás. Solução 1, tipo básico: passe cola nas partes do corpo do livro e no forro da lombada. Procedimento: 1. Se as partes do corpo do livro estiverem deformadas, isto é, se elas não têm a sua forma quadrada ou arredondada original, ou não se ajustam adequadamente porque ficam deformadas — uma tentativa deverá ser feita para lhes devolver a forma original antes de aplicar a cola. Os adesivos usados em livros são um pouco flexíveis, mas ficam endurecidos quando secam.Tente dar a forma original das partes do corpo do livro, envergando-as ou manipulando-as na direção oposta à deformidade. Procedimento para devolver a forma ao corpo do livro deformado (o trabalho não é garantido para todos os livros): A) Imagine as folhas do corpo do livro deformado sendo inclinadas numa só direção. 13 05.p65 13/06/01, 13:2033 3 6 Problema 2: Corpo do livro partido: lombada sem revestimento; tipo básico: Idêntico ao problema 1, tipo básico, com uma exceção: o corpo do livro está partido, deixando exposto o interior da lombada da capa em vez do revestimento do corpo do livro, que pode ter se deteriorado ou rasgado completamente, ou mesmo não existir. Solução 2, tipo básico: Desencaderne o corpo do livro, retirando os pedaços partidos da capa. Cole novamente os pedaços, formando um novo corpo. Reencaderne-o, com novas guardas e revestimentos da lombada, na sua capa original. Como fazer: 1. Desencaderne ou solte os pedaços do corpo do livro de sua capa. Quando não há revestimento da lombada, isso pode ser feito soltando e puxando as folhas de guarda e as guardas volantes de cada um dos pedaços separados. Solte, então, cada um desses pedaços. Se houver um revestimento da lombada, solte a guarda e a guarda volante de cada pedaço do corpo do livro para deixar exposta a entretela ou o revestimento. Pegue um bisturi e corte o revestimento da cabeça ao pé para soltar os pedaços partidos do corpo do livro. 2. Conserte os pedaços separados, se houver necessidade, junte-os e cole-os novamente formando um novo corpo. 3. Para finalizar o trabalho, consulte o capítulo Reencadernação de um livro em sua capa original. Problema 2, variação A: Corpo do livro: lombada sem revestimento; cadernos/ pedaços separados: Idêntico ao problema 2, tipo básico, com uma exceção: o corpo do livro se partiu em três pedaços ou mais, com um ou mais cadernos soltos; igual a um livro com folhas soltas. Solução 2, variação A: Desencaderne os pedaços partidos de sua capa. Cole novamente todos os pedaços, formando um novo corpo. Reencaderne o corpo — com novas guardas e revestimentos — na capa original. Como fazer: 1. Faça como no problema 2, tipo básico, mas colando novamente todos os cadernos soltos do corpo do livro, formando um bloco. 13 05.p65 13/06/01, 13:2036 3 7 Problema 3: Canaletas frouxas com guardas perfeitas; tipo básico: Livro com áreas internas das canaletas frouxas, mas com suas guardas em perfeito estado. Solução 3, tipo básico: Consulte o capítulo Ajustando as canaletas de um livro de capa dura e variações de como colar guardas. Problema 3, variação A: Canaletas frouxas com guardas perfeitas; caso extremo: O peso do corpo do livro ou o manuseio inadequado separaram ambos o espelho da guarda/guarda dos papelões da capa. O espelho da guarda e a guarda podem ou não estar rasgados. Solução 3, variação A: Consultar problema 3, tipo básico, fazendo, além disso, a colagem do espelho da guarda e das guardas dos papelões da capa, usando um pincel de cabo longo. Se as guardas estiverem muito ruins, mas a entretela perfeita, substitua-as por novas guardas. Problema 3, variação B: Canaletas frouxas com guardas perfeitas; guarda separada, entretela exposta: Livro com a guarda inteira, inclusive a volante, separada (não rasgada) da área interna da canaleta e do corpo do livro, deixando a entretela exposta. Solução 3, variação B: Aplique cola na área da canaleta e recoloque a guarda. Como fazer: 1. Se necessário, conserte o corpo do livro. 2. Se a entretela ou revestimento de papel estiverem deteriorados ou rasgados (com furos), ou a tela estiver precisando de um revestimento de papel, corte e coloque uma tira de papel entre a entretela e o lado de dentro da lombada. Consulte os passos 1 a 2, da solução 1, variação A. 3. Se a entretela estiver se separando da lombada, como na 2a ilustração acima, aplique cola ao longo do encaixe do corpo do livro e cole a guarda novamente na posição correta (enquanto fecha a capa). Use um pincel pequeno. 4. Use a dobradeira para ajustar a canaleta exterior e para trabalhar ao longo da lombada. Remova qualquer excesso de cola com um pano úmido. 13 05.p65 13/06/01, 13:2037 3 8 5. Enquanto segura o livro, abra cuidadosamente sua capa de modo que a lombada esteja encostado na beirada da mesa de trabalho e a canaleta exterior esteja encaixada no ângulo formado pela superfície e a borda da mesa. Alise o interior da canaleta passando um pedaço de toalha de papel ou um pano. 6. Coloque um pedaço de papel parafinado na canaleta interior para prevenir que as duas metades da guarda se grudem, uma à outra, nessa área. 7. Prense o livro sob um peso até secar, usando agulhas de tricô para formar as canaletas exteriores Problema 4: Canaletas soltas com guarda rasgadas; tipo básico: Livro com a guarda rasgada na parte interna da canaleta. A entretela está à mostra mas, relativamente, em bom estado. Solução 4, tipo básico: Vide Ajustando as canaletas de uma encadernação capa dura e variação para troca de guarda. Problema 4, variação A: Canaletas soltas com guardas rasgadas; entretela totalmente exposta/ camada de revestimento da lombada: Uma das guardas rasgada ao meio, na canaleta interna, e a capa correspondente se separando ou separada do corpo do livro. As camadas de revestimento ainda estão presas à capa e podem estar completa ou parcialmente separadas do corpo do livro. Solução 4, variação A: Coloque nova guarda. Cole novamente a camada de revestimento e a lombada. Cole a contra-guarda/guarda. Procedimento: 1. Remova a guarda volante/guarda do corpo do livro, puxando-a, delicadamente, para separá-la do encaixe do corpo do livro. 2. Remova pedaços soltos e rasgados da contraguarda/guarda, ao longo da canaleta interna, separando-os do papelão da capa. Não tire a entretela. 3. Se necessário, dê nova forma ao corpo do livro. 4. Coloque uma nova guarda. Veja o capítulo Ajustando canaleta. 5. Se a entretela ou o revestimento de papel estiverem rasgados ou danificados (com buracos), ou se a entretela estiver sem o revestimento de papel, corte e insira uma tira de papel entre a entretela 13 05.p65 13/06/01, 13:2038 4 1 Glossário Muitos dos termos utilizados em publicação, encadernação, pequenos reparos e conservação de livro não são padronizadas. Cada uma destas atividades tem sua própria nomenclatura para as mesmas partes (ou durante o processo de produção) de um livro. Raramente os termos de uma atividade são os mesmos em outra atividade. Muitos, no entanto, são permutáveis. Alguns termos usados por algumas atividades, ou até mesmo em todas, podem ter significados e conotações totalmente diferentes. É finalidade desse manual que os principais termos descritivos empregados sejam aqueles considerados os mais familiares/genéricos para os funcionários de bibliotecas ou colecionadores de livros. Consulte os verbetes principais no glossário para conhecer os termos alternativos. 1. Abas da entretela - parte da entretela que ultrapassa as beiradas da lombada do corpo do livro (geralmente em 2,5 cm) e que é usada para fixar o corpo do livro dentro de sua capa (encadernação). 2. Área da canaleta - parte de uma encadernação (tanto aberta quanto fechada) onde o corpo do livro se une à sua capa (pasta). 3. Arredondar - martelar ou manipular a lombada do corpo de um livro para obter a forma convexa (e conseqüentemente tornar côncavo o corte da frente do corpo do livro) e prepará-la para bater o encaixe. O arredondamento diminui o ‘inchaço’ causado pela espessura da linha de costura ou pela aplicação de cola, numa encadernação a cola. Ajuda também a evitar que a lombada do corpo do livro se torne côncava, depois de anos de uso ou da posição vertical na prateleira. Ver também “Bater o encaixe”. 4. Bater o encaixe ou livro com encaixe - bater o encaixe é a operação que consiste em martelar ou manipular as dobras dos cadernos já colados ou as folhas do corpo do livro, para formar o encaixe, que acomodará a espessura do papelão das capas. Normalmente, isso é feito depois do livro ser arredondado. Em algumas encadernações com lombadas retas ou quadradas forma-se um inchaço ao longo da lombada. Este aumento, que faz com que a lombada fique mais grossa do que a parte da frente do livro, é causado pelo volume da linha (usada na costura dos cadernos) ou pelo adesivo que penetra entre as folhas (como na encadernação a cola). Se o corpo do livro for prensado levemente, e manipulado logo abaixo e ao longo da lombada, será criado um encaixe ‘artificial’, bem menos resistente do que o de um livro devidamente arredondado e que depois teve seu encaixe batido. 5. Brochura - tipo de encadernação a cola no qual as dobras internas dos cadernos são cortadas, desbastadas e cobertas com uma camada de cola flexível, em vez de serem costuradas ou grampeadas; uma forma barata de encadernar que é usada em muitos livros. 6. Bolsa - parte ou espaço entre o corpo do livro e a parte interna da lombada da capa. 7. Cabeça - a parte superior de um volume ou página; por extensão, a parte de cima da lombada da capa (também da lombada do corpo do livro) de um volume encadernado. Ver também “Pé”. 8. Cabeceado - pequena tira ornamentada, geralmente de algodão mercerizado ou de seda, que na maioria das encadernações modernas é colada na cabeça e no pé do corpo do livro. Os cabeceados modernos imitam aqueles feitos à mão, que tinham a função de proteger o pé e a cabeça das encadernações antigas. Às vezes, o cabeceado da parte inferior do livro é chamado de cabeceado do pé, embora atualmente as duas tiras sejam chamadas de cabeceados. 13 05.p65 13/06/01, 13:2041 4 2 9. Caderno - folha impressa, dobrada, que forma uma unidade de encadernação. Um caderno pode ter, normalmente, dezesseis ou trinta e duas páginas, embora seja possível qualquer múltiplo de quatro. Chamado também de seção. O termo assinatura se refere à marca colocada no pé da primeira página, ou na dobra externa do caderno, para ajudar o encadernador na hora em que ele vai reuni-los para serem encadernados. 10. Canaleta - parte flexível da capa na qual se movimentam as pastas de papelão. Ver também “Canaleta interna e Canaleta Externa”. 11. Canaleta externa - canal flexível do material de cobertura (papel, couro, tecido etc.), do lado externo de um livro, sobre a qual a capa abre; espaço entre os papelões da capa e o encaixe da lombada do corpo do livro, no qual o material de cobertura da capa sofre pressão. Também chamado junta francesa ou encaixe francês, canaleta, encaixe, canal ou charneira. 12. Canaleta interna - dobra do canal entre as duas metades da guarda, onde o corpo do livro se une à sua respectiva capa (pasta). Também chamada de canaleta da frente e de encaixe interno. 13. Canaletas soltas - descreve um livro de capa dura cujas canaletas internas se tornaram frouxas ou rasgaram; descreve também um problema mais sério onde os cadernos ou todo o corpo do livro está completamente despregado de sua capa (pasta), causando danos à guarda e à entretela. 14. Capa da frente - parte da capa do livro que antecede as folhas dianteiras e a guarda- volante/guarda. Chamada também de pasta da frente. 15. Capa de trás - parte da capa do livro (pasta) que vem a seguir das últimas folhas, da guarda volante e da guarda presa. 16. Capa solta - método de encadernação no qual a capa é feita em separado. Só depois de pronta ela é presa ao corpo do livro. (Diferente da capa presa ou encadernação francesa, em que a capa é montada no corpo do livro). Na encadernação de capa solta, o corpo do livro é preso às pastas pela entretela, pelas guardas e por um adesivo (cola). 17. Coifa - material de revestimento que foi moldado sobre os cabeceados, na cabeça e no pé da lombada da capa. 18. Conserto - pequena restauração; realinhamento das beiradas de um item que se rasgou. O conserto é normalmente feito acrescentando-se um tipo de suporte ao objeto, como uma tira de papel ou tecido. Ver também “Reparo”. 19. Contraguarda - aquela metade da guarda que é colada na parte interna do papelão da capa. Também chamada de espelho da guarda ou guarda presa. 20. Corpo do livro - bloco principal de cadernos ou folhas, incluindo guardas e revestimentos da lombada, que são unidos e depois fixados à encadernação (capa). Também chamado de bloco do texto. 21. Desmonte - desencadernar ou tirar o corpo do livro de sua capa, soltando as guardas coladas do corpo do livro e cortando a entretela com estilete ou faca afiada. 22. Dobra - vinco feito ao longo do dorso dos cadernos, por onde eles são costurados, colados ou grampeados e presos uns aos outros. 13 05.p65 13/06/01, 13:2042 4 3 23. Dobradeira - pequena ferramenta manual (feita de osso ou de resina plástica) com o formato semelhante a uma faca, usada para fazer pregas lisas no lado dobrado das folhas. Utilizada também em várias outras etapas da encadernação. 24. Duplex - cartão de superfície lisa adequado à escrita e impressão. Usado para forrar a lombada da encadernação. Nos trabalhos visando a preservação, deve ser alcalino. 25. Encadernação - uma cobertura formada por duas capas de papelão, uma lombada e pelo material de revestimento das capas (tecido, couro, papel etc.). A encadernação é feita a parte e depois é presa ao corpo do livro. 26. Encadernação a cola - tipo de encadernação na qual as folhas soltas são presas somente por uma camada de adesivo, aplicado na lombada. Colas de origem animal, colas a base de acetato polivinílico e colas quentes são as mais usadas. Algumas vezes são chamadas de brochura. São feitos furos ao longo das dobras dos cadernos para propiciar melhor penetração do adesivo e para prendê- los entre si. 27. Encadernação de biblioteca - capa dura reforçada, adequada para livros muito manuseados. Utilizada na reencadernação de volumes novos ou usados, na pré-encadernação de novos volumes, na encadernação de periódicos e em outros tipos de encadernação. 28. Encadernar - o processo de colar e prender o corpo do livro à sua capa (pasta). 29. Encaixe - margem externa da lombada curva (arredondada) do corpo do livro contra a qual se encaixam os papelões da capa. O encaixe se forma quando o livro é arredondado e tem seu encaixe batido. 30. Entretela - variedade de telas tramadas em diversas espessuras e tamanhos — geralmente morim ou talagarça — usada para reforçar ou consolidar a lombada do corpo do livro de capa solta. A entretela forma a primeira camada de revestimento do corpo do livro. O excesso (abas da entretela) que ultrapassa (geralmente 2,5 cm) as beiradas da lombada do corpo do livro é usado para fixar o corpo do livro dentro de sua capa. Também chamado de morim, tela, musseline, forro. 31. Estilete - faca com finas lâminas intercambiáveis de vários tamanhos. 32. Fio (do papel) - direção na qual estão dispostas as fibras do papel ou papelão. O sentido das fibras de um tecido é a direção paralela à sua aréola. A direção das fibras, em todos os materiais usados em encadernação, deve correr da cabeça ao pé do livro; isto previne rugas, facilita a abertura e dá flexibilidade, evitando o empenamento ou o fechamento imediato do livro. 33. Folha - uma única folha num livro contendo duas páginas, uma de cada lado dela. 34. Frente - a extremidade de fora de uma página (corte da frente) ou capa (frente) de um livro, oposta e paralela à lombada. Também chamada de corte da frente. 35. Guarda (ou guardas) - uma única folha de papel dobrada ao meio, colocada na frente e atrás do corpo do livro. Uma das metades dessa folha é colada no interior do papelão da capa pra formar a contraguarda ou o espelho da guarda. A outra parte forma a guarda-volante. A dobra que une as duas folhas forma parte da canaleta interna do livro. As folhas de guarda e as abas da entretela servem para prender o corpo do livro na sua capa. Também chamadas de papel ou papéis de guarda. 13 05.p65 13/06/01, 13:2043 4 6 62. Vinco - dobra em qualquer material flexível, como papel, que é feito dobrando-se uma folha sobre si mesma, como se faz para dobrar ao meio. 63. Virada - parte do material de cobertura que é virado sobre as beiradas dos papelões (e sobre a tira da lombada), do exterior para o interior das capas. 13 05.p65 13/06/01, 13:2046 4 7 Colas: instruções para mistura, diluição e uso Adesivo à base de acetato polivinílico (PVA) O adesivo à base de acetato polivinílico (PVA) é uma emulsão sintética. É espesso e não inflamável. É solúvel em água, em seu estado de emulsão/líquida. (A maioria dos respingos pode ser limpa com um pano úmido. No entanto, depois de seca, é difícil removê-la dos materiais, ferramentas ou roupas). Use-o e guarde-o em temperatura ambiente, nunca perto de uma fonte de calor. A cola PVA pode ser guardada por um ano sem perder a qualidade nem sofrer a separação de seus componentes químicos. A maioria dos fabricantes recomenda a troca de estoque depois de um ano. Após ser diluída ou misturada (com outros adesivos) não há perigo de ocorrer depósito ou precipitação e não é necessário misturá-la novamente a cada uso. Ela também seca rapidamente ao sair da embalagem. (Guarde-a em recipientes hermeticamente vedados). Diluições e misturas de PVA ajudam a retardar esse efeito de secagem rápida, aumentando sua maleabilidade e o tempo necessário para posicionar ou reposicionar materiais. A cola de acetato polivinílico não é facilmente reversível, isto é, materiais colados com ela normalmente não podem ser descolados sem danos (ao contrário de algumas colas naturais, como a cola de farinha de trigo, que são facilmente reversíveis). PVA é recomendada para uso em livros de coleções gerais. Não deve ser usada em livros raros, especiais, únicos, valiosos, de interesse local ou histórico (esses devem ser tratados por um conservador ou restaurador). Das colas PVA disponíveis no Brasil, recomenda-se especialmente o tipo A 44 ED da Henkel do Brasil, fornecida em galões de 50 litros. Este adesivo é neutro ou levemente alcalino, sendo por isso mais adequado à preservação Preparo do PVA para a maioria dos reparos feitos em livros Como a PVA é espessa (como uma emulsão branca opaca), ela deve ser diluída em água. A diluição recomendada é 4:1; isto é, 4 partes de PVA para 1 parte de água. (Para preparar um recipiente de 250 gr., misture 200 ml de cola com 50 ml de água). Misture cuidadosamente. Exceções a esta diluição são descritas abaixo. Preparo da cola PVA para colar as canaletas de uma encadernação A cola PVA deve ser diluída em água até que ela escorra como um creme grosso. A proporção é 7:3, isto é, 7 partes de PVA para 3 partes de água. Para preparar 200 ml, misture 140 ml de PVA com 60 ml de água. (Ponha primeiro a água no recipiente, depois o PVA). Misture cuidadosamente. Metil-celulose Metil-celulose é uma outra cola sintética. É misturada à água para formar uma pasta e usada com papel japonês para restaurar ou remendar páginas rasgadas. É também um dos componentes da ‘mistura’ descrita abaixo. Ao contrário da cola ou pasta de farinha de trigo ou amido (colas naturais) a metil-celulose não se deteriora e pode ser guardada quase indefinidamente em temperatura ambiente, num recipiente hermeticamente vedado. 13 05.p65 13/06/01, 13:2047 4 8 Preparo da metil-celulose Salpique um pouco de pó de metil-celulose em 30 ml de água e bata até que amoleça e absorva a água. Adicione mais pó da mesma maneira (salpicando) até que a mistura esteja como um creme mole de farinha de trigo. Deixe descansar por ± 20 minutos, visto que a metil-celulose incha. Se a mistura estiver espessa o bastante ao ponto de ficar impressa nela a marca de um garfo ou do batedor, adicione mais água para dissolvê-la. Se a cola engrossar durante o uso, pode ser dissolvida com água (sem perda de qualidade). Mistura de PVA e metil-celulose Essa mistura é usada para aplicar e colar guardas (espelhos da guarda), mas pode também ter outras aplicações, uma vez que facilita a distribuição do PVA sobre o papel e permite que este seja descolado, quando necessário. Preparo da mistura Misture a pasta de metil-celulose e a cola PVA numa proporção de 3:2, isto é, 3 partes de metilcelulose para 2 partes de PVA diluído. Para preparar um recipiente de 250 gr, adicione uma colher de chá de metil-celulose em pó a 250 ml de água. Misture cuidadosamente. A seguir adicione 60 ml de PVA (diluído 4:1) à pasta de metil-celulose. Misture cuidadosamente. Essa mistura deve endurecer depois de 20 minutos. Se estiver muito espessa, adicione um pouco d’água para dissolvê-la. Use e guarde a mistura como foi descrito acima. 13 05.p65 13/06/01, 13:2048
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