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Guias e Dicas
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tecido nervoso, Notas de estudo de Química

tecido nervoso, neuronio, tipos de neuronios

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 26/04/2015

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lucas-vicente-antonio-amaral-7 🇧🇷

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Baixe tecido nervoso e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity! Lucas Vicente António Amaral Tecido Nervoso (Curso de química com Habilitações em biologia) Universidade Pedagógica Nampula 2015 Lucas Vicente António Amaral Tecido nervoso (Curso de Química com Habilitações em biologia) O presente trabalho de Anatomia Animal e Comparada é de carácter investigativo avaliativo, leccionada pelo docente Introdução O tecido nervoso é um conjunto de células do corpo humano, responsável por executar tarefas específicas em nosso organismo. Esta complexa estrutura é de fundamental importância para o bom funcionamento de nosso corpo, pois desempenha funções fundamentais, principalmente relacionadas a coordenação das actividades corporais. Embora sejam os músculos que respondem aos estímulos, é o técido nervoso o responsável por sua recepção e escolha da resposta adequada. No desenvolver do trabalho apresentamos a fundamentação teórica do tecido nervoso quanto ao tipo, constituição e o seu funcionamento, apresentando também a descrição dos componentes que acompanham o seu funcionamento, que são as células glia sua constituição e seu funcionamento ao longo do corpo humano. O objectivo geral deste trabalho é: • Descrever o funcionamento do tecido nervoso; Os objectivos específicos do trabalho são: • Explicar a constituição do tecido nervoso; • Descrever os tipos de tecido nervoso; • Relacionar a estrutura do tecido nervoso com a sua função. Para a realização deste trabalho foram usados como suporte de investigação as pesquisas bibliográficas e consultas a internet. Palavras-chave: • Neurónio – axónio - dentritos. 1. Tecido nervoso Segundo VILELA (2009: 36) “O tecido nervoso é um conjunto de células do corpo humano, responsável por executar tarefas específicas em nosso organismo”. Esta complexa estrutura é de fundamental importância para o bom funcionamento de nosso corpo, pois desempenha funções fundamentais, principalmente relacionadas a coordenação das actividades corporais. Embora sejam os músculos que respondem aos estímulos, é o tecido nervoso o responsável por sua recepção e escolha da resposta adequada. 1.1 Funções do tecido nervoso • Receber os estímulos externos e internos; • Transformar os estímulos recebidos em impulsos nervosos • Passar estes impulsos nervosos para órgãos e tecidos responsáveis por executar as acções necessárias; • Controlar de maneira directa e rápida as principais partes do corpo; • Permite aos seres humanos a interacção com o meio ambiente e outros seres vivos; 1.2 Constituição Para LOPES (2002: 102) “O tecido nervoso é composto por dois tipos de células: neurónios e células da neuroglia”. • Neurónios e; • As células da Glia (neuroglia) 1.2.1 Neurónios Segundo LOPES (2002:102) “Os neurónios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase”. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (também denominada excitabilidade ou responsabilidade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurónios assemelha-se a uma corrente eléctrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurónios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenómeno deve-se a propriedade de condutibilidade. Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de um neurónio e como a mensagem nervosa e transmitida. Um neurónio e uma célula composta de um corpo celular (onde esta o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos. Os prolongamentos do neurónio podem ser de dois tipos: • Dendritos: Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que actuam como receptores de estímulos, funcionando portanto, como "antenas" para o neurónio. • Axónio: Os axonios são prolongamentos longos que actuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axonios podem se ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais. Todos os axonios tem um inicio (cone de implantação), um meio (o axónio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou botão terminal). O terminal axonal e o local onde o axónio entra em contacto com outros neurónios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. São os neurónios que reagem a estímulos exteriores e que despertam a reacção a esses estímulos, se necessário. A sua constituição é um pouco diferente dos outros dois tipos de neurónios. De um lado do axónio tem os sensores que captam os estímulos. Do outro lado possui os dendritos. O corpo celular localiza-se perto do axónio, estando ligado a este por uma ramificação do axónio, assumindo um pouco o aspecto de um balão. • Associativos (Conectores) ou Interneurônios (mistos) Quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns no organismo. O grupo de neurónios mais numeroso. Como o nome indica, estes neurónios transmitem o sinal desde os neurónios sensitivos ao sistema nervoso central. Liga também neurónios motores entre si. Neste tipo de neurónios o axónio é bastante reduzido, estando o corpo celular e os dendritos ligados directamente à arborização terminal, onde se localizam os telodendritos. • Motores ou efectuadores (eferentes) Este tipo de neurónio tem a função de transmitir o sinal desde o sistema nervoso central ao órgão erector (que se move), para que este realize a acção que foi ordenada pelo encéfalo ou pela medula espinhal. Este é o neurónio que tem o aspecto mais familiar, que nós estamos habituados a ver nas gravuras. 1.4 O impulso nervoso Membrana plasmática do neurónio transporta alguns ions activamente, do líquido extra celular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extra celular. Assim funciona a bomba de sódio e potássio, que bombeia activamente o sódio para fora, enquanto o potássio e bombeado activamente para dentro. Porem esse bombeamento não e equitativo: para cada três ions sódio bombeados para o líquido extra celular, apenas dois ions potássio são bombeados para o líquido intracelular. 0 0 0 1 Imagem: geocities.yahoo.com.br/jcc5001pt/museuelectrofisiologia.htm#impulso Em repouso a membrana da célula nervosa e praticamente impermeável ao sódio, impedindo que esse ion se mova a favor de seu gradiente de concentração (de fora para dentro); porem, e muito permeável ao potássio, que, favorecido pelo gradiente de concentração e pela permeabilidade da membrana, se difunde livremente para o meio extracelular. Em repouso: canais de sódio fechados. Membrana e praticamente impermeável ao sódio, impedindo sua difusão a favor do gradiente de concentração. Sódio e bombeado activamente para fora pela bomba de sódio e potássio. Como a saída de sódio não e acompanhada pela entrada de potássio na mesma proporção, estabelece se uma diferença de cargas eléctricas entre os meios intra e extracelular: há deficit de cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana mantêm-se electricamente carregadas. O potencial electronegativo criado no interior da fibra nervosa devido a bomba de sódio e potássio e chamado potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da membrana positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a membrana esta polarizada. Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao sódio (abertura dos canais de sódio). Como a concentração desse ion e maior fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a membrana no sentido do interior da célula. A entrada de sódio e acompanhada pela pequena saída de potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axónio, e todo esse processo e denominado onda de despolarização. Os impulsos nervosos ou potenciais de acção são causados pela despolarização da membrana alem de um limiar (nível critico de despolarização que deve ser alcançado para disparar o potencial de acção). Os potenciais de acção assemelham-se em tamanho e duração e não diminuem a medida em que são conduzidos ao longo do axónio, ou seja, são de tamanho e duração fixos. A aplicação de uma despolarização crescente a um neurónio não tem qualquer efeito ate que se cruze o limiar e, então, surja o potencial de acção. Por esta razão, diz-se que os potenciais de acção obedecem a "lei do tudo ou nada". Imagem: geocities.yahoo.com.br/jcc5001pt/museuelectrofisiologia.htm#impulsos Imediatamente após a onda de despolarização ter-se propagado ao longo da fibra nervosa, o interior da fibra torna-se carregado positivamente, porque um grande número de ions sódio se difundiu para o interior. Essa positividade determina a parada do fluxo de ions sódio para o interior da fibra, fazendo com que a membrana se torne novamente impermeável a esses ions. Por outro lado, a membrana torna-se ainda mais permeável ao potássio, que migra para o meio interno. Devido a alta concentração desse ion no interior, muitos ions se difundem, então, para o lado de fora. Isso cria novamente eletronegatividade no interior da membrana e positividade no exterior – processo chamado repolarização, pelo qual se restabelece a polaridade normal da membrana. A repolarização normalmente se inicia no mesmo ponto onde se originou a despolarização, propagando-se ao longo da fibra. Após a repolarização, a bomba de sódio bombeia novamente os ions sódio para o exterior da membrana, criando um deficit extra de cargas positivas no interior da membrana, que se torna temporariamente mais negativo do que o normal. A electronegatividade excessiva no interior atrai ions potássio de volta para o interior (por difusão e por transporte activo). Assim, o processo traz as diferenças iónicas de volta aos seus níveis originais. Imagem: geocities.yahoo.com.br/jcc5001pt/museuelectrofisiologia.htm#impulsos Para transferir informação de um ponto para outro no sistema nervoso, é necessário que o potencial de acção, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio. Um potencial de acção iniciado em uma extremidade de um axônio apenas se propaga em uma direcção, não retornando pelo caminho já percorrido. Consequentemente, os potenciais de acção são unidireccionais - ao que chamamos condução ortodrômica. Uma vez que a membrana axonal é excitável ao longo de toda sua extensão, o potencial de acção se propagará sem decaimento. A velocidade com a qual o potencial de acção se propaga ao longo do axônio depende de quão longe a despolarização é projetada à frente do potencial de acção, o que, por sua vez, depende de certas características físicas do axónio: a velocidade de condução do potencial de acção aumenta com o diâmetro axonal. Axônios com menor diâmetro necessitam de uma maior despolarização para alcançar o limiar do potencial de acção. Nesses de axônios, presença de bainha de mielina acelera a velocidade da condução do impulso nervoso. Nas regiões dos nódulos de Ranvier, a onda de despolarização "salta" directamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda a extensão da região Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma actividade específica. • Hipocampo: região do córtex que esta dobrada sobre si e possui apenas três camadas celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral; • Córtex olfactivo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas ou três camadas celulares; • Neocórtex: córtex mais complexo; separa-se do córtex olfactivo mediante um sulco chamada fissura rinal; apresenta muitas camadas celulares e varias áreas sensoriais e motoras. As áreas motoras estão intimamente envolvidas com o controle do movimento voluntario. Imagem:McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Serie Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002 A região superficial do telencefalo, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurónios (substancia cinzenta), constitui o córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes superficiais telencefalicas e diencefalicas. O córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras axonais (substancia branca). Em meio a este centro branco (nas profundezas do telencefalo), há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os núcleos (gânglios) da base ou núcleos (gânglios) basais - CAUDATO, PUTAMEN, GLOBO PALIDO e NUCLEO SUBTALAMICO, envolvidos em conjunto, no controle do movimento. Parece que os gânglios da base participam também de um grande número de circuitos paralelos, sendo apenas alguns poucos de função motora. Outros circuitos estão envolvidos em certos aspectos da memória e da função cognitiva. Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociencias – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2a ed, Artmed Editora, 2002. Algumas das funções mais específicas dos gânglios basais relacionadas aos movimentos são: • Núcleo caudato: controla movimentos intencionais grosseiros do corpo (isso ocorre a nível subconsciente e consciente) e auxilia no controle global dos movimentos do corpo; • Putamen: funciona em conjunto com o núcleo caudato no controle de movimentos intencionais grosseiros. Ambos os núcleos funcionam em associação com o córtex motor, para controlar diversos padrões de movimento; • Globo pálido: provavelmente controla a posição das principais partes do corpo, quando uma pessoa inicia um movimento complexo, Isto e, se uma pessoa deseja executar uma função precisa com uma de suas mãos, deve primeiro colocar seu corpo numa posição apropriada e, então, contrair a musculatura do braço. Acredita-se que essas funções sejam iniciadas, principalmente, pelo globo pálido; • Núcleo subtalâmico: e áreas associadas: controlam possivelmente os movimentos da marcha e talvez outros tipos de motilidade grosseira do corpo. Evidências indicam que a via motora directa funciona para facilitar a iniciação de movimentos voluntários por meio dos gânglios da base. Essa via origina-se com uma conexão excitatoria do córtex para as células do putamen. Estas células estabelecem sinapses inibitorias em neurónios do globo pálido, que, por sua vez, faz conexões inibitórias com células do tálamo (núcleo ventrolateral - VL). A conexão do tálamo com a área motora do córtex e excitatoria. Ela facilita o disparo de células relacionadas a movimentos na área motora do córtex. Portanto, a consequência funcional da activação cortical do putamen e a excitação da área motora do córtex pelo núcleo ventrolateral do tálamo. Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2a ed, Artmed Editora, 2002. 1.5.1.2 O DIENCEFALO (tálamo e hipotalamo) Todas as mensagens sensoriais, com excepção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta e uma região de substancia cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O tálamo actua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele e responsável pela condução dos impulsos as regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também esta relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria actividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções). O hipotálamo, também constituído por substancia cinzenta, e o principal centro integrador das actividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, actuando na activação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotalamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencefalo e com o mesencefalo. Aceita-se que o hipotalamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada a aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotalamo e menor na genese (“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais. • Pressão Arterial. Mesencefalo • Visão; • Audição; • Movimento dos Olhos; • Movimento do corpo; Tálamo • Integração Sensorial; • Integração Motora. Sistema Limbico • Comportamento; • Emocional; • Memoria; • Aprendizado; • Emoções; • Vida vegetativa (digestão, circulação, excreção etc.). 1.5.1.2 A Medula Espinhal Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão com aproximadamente 40 cm de comprimento. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas - primeira vértebra - ate o nível da segunda vértebra lombar. A medula funciona como centro nervoso de actos involuntários e, também, como veículo condutor de impulsos nervosos. Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as varias partes do corpo, recebendo mensagens e vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as varias partes do corpo. A medula possui dois sistemas de neurónios: o sistema descendente controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais originados no cérebro ate seu destino; o sistema ascendente transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo ate a medula e de lá para o cérebro. Imagem: LOPES, SONIA. Bio 2.Sao Paulo, Ed. Saraiva, 2002. Os corpos celulares dos neurónios se concentram no cerne da medula – na massa cinzenta. Os axónios ascendentes e descendentes, na área adjacente – a massa branca. As duas regiões também abrigam células da Glia. Dessa forma, na medula espinhal a massa cinzenta localiza- se internamente e a massa branca, externamente (o contrario do que se observa no encéfalo). Durante uma fractura ou deslocamento da coluna, as vértebras que normalmente protegem a medula podem matar ou danificar as células. Teoricamente, se o dano for confinado a massa cinzenta, os distúrbios musculares e sensoriais poderão estar apenas nos tecidos que recebem e mandam sinais aos neurónios “residentes” no nível da fractura. Por exemplo, se a massa cinzenta do segmento da medula onde os nervos rotulados C8 for lesada, o paciente só sofrera paralisia das mãos, sem perder a capacidade de andar ou o controle sobre as funções intestinais e urinarias. Nesse caso, os axonios levando sinais para “cima e para baixo” através da área branca adjacente continuariam trabalhando. Em comparação, se a área branca for lesada, o trânsito dos sinais será interrompido ate o ponto da fratura. Infelizmente, a lesão original e só o começo. Os danos mecânicos promovem rompimento de pequenos vasos sanguíneos, impedindo a entrega de oxigénio e nutrientes para as células não afectadas directamente, que acabam morrendo; as células lesadas extravasam componentes citoplasmaticos e tóxicos, que afectam células vizinhas, antes intactas; células do sistema imunológico iniciam um quadro inflamatório no local da lesão; células da Glia proliferam criando grumos e uma espécie de cicatriz, que impedem os axonios lesados de crescerem e reconectarem. O vírus da poliomielite causa lesões na raiz ventral dos nervos espinhais, o que leva a paralisia e atrofia dos músculos. 1.5.2 O Sistema Nervoso Periférico O sistema nervoso periférico e formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo. NERVO e a reunião de varias fibras nervosas, que podem ser formadas de axónios ou de dendritos. As fibras nervosas, formadas pelos prolongamentos dos neurónios (dendritos ou axónios) e seus envoltórios, organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo. Cada fibra nervosa e envolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro. Cada feixe e envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também e envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro. Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma a rede nervosa. Imagem: LOPES, SONIA. Bio 2.Sao Paulo, Ed. Saraiva, 2002. Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por prolongamentos de neurónios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes, feixe de axónios de neurónios motores (centrífugos). Existem ainda os nervos mistos, formados por axonios de neurónios sensoriais e por neurónios motores. Imagem: LOPES, SONIA. Bio 2.Sao Paulo, Ed. Saraiva, 2002. Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal denominam-se raquidianos. Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos. Três deles são exclusivamente sensoriais, cinco são motores e os quatro restantes são mistos. Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da medula relacionam-se com os músculos esqueléticos. Eles se formam a partir de duas raízes que saem lateralmente da medula: a raiz posterior ou dorsal, que é sensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que é motora. Essas raízes se unem logo após saírem da medula. Desse modo, os nervos raquidianos são todos mistos. Os corpos dos neurónios que formam as fibras sensitivas dos nervos sensitivos situam-se próximo à medula, porém fora dela, reunindo-se em estruturas especiais chamadas gânglios espinhais. Já o SNP autónomo parassimpático estimula principalmente actividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras. Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos e que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes hormónios. O hormonio secretado pelos neurónios pos-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neuronios são chamados colinérgicos. Os neurónios pos-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles e chamada neurónios adrenérgicos. As fibras adrenergicas ligam o sistema nervoso central a glândula supra-renal, promovendo aumento da secreção de adrenalina, hormonio que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de stress. A acetilcolina e a noradrenalina tem a capacidade de excitar alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagonica. Em geral, quando os centros simpáticos cerebrais se tornam excitados, estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos, preparando o corpo para a actividade. Alem do mecanismo da descarga em massa do sistema simpático, algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema. Duas das condições são as seguintes: • Reflexos calóricos: o calor aplicado a Pele determina um reflexo que passa através da medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos sanguíneos cutâneos. Também o aquecimento do sangue que passa através do centro de controle térmico do hipotalamo aumenta o grau de vasodilatação superficial, sem alterar os vasos profundos. • Exercícios: Durante o exercício físico, o metabolismo aumentado nos músculos tem um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares; porem, ao mesmo tempo, o sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo. A vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente através dos músculos, enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em todas as regiões do corpo, excepto no coração e no cérebro. Nas junções neuro-musculares, tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do parassimpático, ocorrem sinapses químicas entre os neurónios pre-ganglionares e posganglionares. Nos dois casos, a substancia neurotransmissora e a acetilcolina. Esse mediador químico actua nas dobras da membrana, aumentando a sua permeabilidade aos ions sódio, que passa para o interior da fibra, despolarizando essa área da membrana do músculo. Essa despolarização local promove um potencial de acção que e conduzido em ambas as direcções ao longo da fibra, determinando uma contracção muscular. Quase imediatamente após ter a acetilcolina estimulado a fibra muscular, ela e destruída, o que permite a despolarização da membrana. Conclusão Em um neurónio, os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). O impulso nervoso que se propaga através do neurónio é de origem eléctrica e resulta de alterações nas cargas eléctricas das superfícies externas e interna da membrana celular. A membrana de um neurónio em repouso apresenta-se com carga eléctrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contacto com o citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas eléctricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as cargas eléctricas estabelecem uma energia eléctrica potencial através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas eléctricas através da membrana).
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