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Guias e Dicas
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farmacologia II tec, Notas de estudo de Enfermagem

Material de apoio

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 08/05/2015

tiago-fernandes-26
tiago-fernandes-26 🇧🇷

4.5

(13)

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Baixe farmacologia II tec e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! TÉCNICO EM ENFERMAGEM FARMACOLOGIA II PROF. Tiago Fernandes Rodrigues Colégio Apollo 1 Colégio Apollo 1. FARMACODINÂMICA: É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos componentes celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do fármaco. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento. TIPOS DE FARMACO: • Fármaco Agonista - intensifica ou estimula um receptor; • Fármaco Antagonistas – Interage com um receptor, mas não estimula, impede as ações de um agonista. Podem ser competitivos (compete com o agonista pelos sítios receptores) ou não-competitivos (liga-se aos sítios receptores e bloqueia os efeitos do agonista). Fig. 1 – Ação do Agonista e do antagonista sobre a célula Exemplos Um caso clássico consiste na mistura de contraceptivos orais com antibióticos: os antibióticos aceleram o metabolismo hepático dos anticoncepcionais, aumentando consequentemente o risco da gravidez; os antibióticos também reduzem a flora bacteriana 2 Colégio Apollo chamada de locus coreuleus, que é um dos muitos candidatos ao chamado centro de "prazer" do cérebro. A medicina comprovou que a norepinefrina é uma mediadora dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, a taxa de conversão de glicogênio (glucose) para energia, assim como outros benefícios físicos. Glutamato O principal neurotransmissor excitante do cérebro, vital para estabelecer os vínculos entre os neurônios que são à base da aprendizagem e da memória a longo prazo. Encefalinas/Endorfinas Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem o estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física. Muitos outros neurotransmissores são derivados de precursores de proteínas, os chamados peptídeos neurotransmissores. Demonstrou-se que cerca de 50 peptídeos diferentes têm efeito sobre as funções das células neuronal. Vários desses peptídeos neurotransmissores são derivados da proteína pré-opiomelanocortina (POMC). Os neuropeptídeos são responsáveis pela mediação de respostas sensoriais e emocionais tais como a fome, a sede, o desejo sexual, o prazer e a dor. 3. Dor A dor é um fenômeno subjetivo que consiste numa sensação desagradável que indica uma lesão real ou potencial do corpo. 2.1 Fisiologia da Dor A dor inicia-se nos receptores especiais da dor que se encontram distribuídos por todo o corpo. Estes receptores transmitem a informação sob a forma de impulsos elétricos que enviam à medula espinhal ao longo das vias nervosas e depois para o cérebro. Por vezes, o sinal provoca uma resposta reflexa ao alcançar a medula espinhal; quando isso acontece, o sinal é imediatamente reenviado pelos nervos motores ao ponto original da dor, provocando a contração muscular. Isto pode observar-se no reflexo que provoca uma reação imediata de retrocesso 5 Colégio Apollo quando se toca em algo quente. O sinal de dor chega também ao cérebro, onde se processa e interpreta como dor, e então intervém a consciência individual ao dar-se conta disso. Os receptores de dor e o seu percurso nervoso diferem segundo as diversas partes do corpo. É por isso que varia a sensação de dor com o tipo e a localização da lesão. Por exemplo, os receptores da pele são muito numerosos e são capazes de transmitir informação muito precisa, como a localização da lesão e se a dor era aguda e intensa (como uma ferida por arma branca) ou surda e ligeira (pressão, calor ou frio). Por outro lado, os sinais de dor procedentes do intestino são limitados e imprecisos. Assim, o intestino pode ser picado, cortado ou queimado sem que se gere algum sinal de dor. No entanto, a distensão e a pressão podem causar uma dor intensa, provocada inclusive por algo relativamente inócuo como bolhas de ar retidas no intestino. O cérebro não pode identificar a origem exata da dor intestinal dado que esta dor é difícil de localizar e é provável que se note numa área extensa. É possível que a dor sentida em algumas partes do corpo não corresponda com certeza ao local onde reside o problema, porque pode tratar-se de uma dor reflexa, isto é, provocada noutro sítio. A dor reflexa acontece quando os sinais nervosos procedentes de várias partes do corpo percorrem a mesma via nervosa que conduz à medula espinhal e ao cérebro. Por exemplo, a dor produzida por um ataque do coração pode sentir-se no pescoço, nos maxilares, nos braços, no abdômen, e a dor de um cálculo biliar pode sentir-se no ombro. A tolerância individual à dor difere consideravelmente de uma pessoa para outra. Umas sentem uma dor intolerável com um pequeno corte ou pancada, enquanto outras tolerarão um traumatismo maior ou uma ferida por arma branca quase sem se queixar. A capacidade para suportar a dor varia segundo o estado anímico, a personalidade e as circunstâncias. É possível que um atleta em particular não tome nota de uma lesão grave verificada em momentos de excitação durante a competição, mas depois do jogo notará, especialmente se a sua equipa foi derrotada. A percepção da dor pode mudar com a idade. Assim, à medida que envelhecem, as pessoas queixam-se menos da dor talvez porque as mudanças ocorridas no organismo diminuem a sensação de dor com a idade. Por outro lado, as pessoas de idade avançada podem simplesmente ser mais estoicas do que os jovens. 6 Colégio Apollo Fig. 2 – Esquema da recepção da dor. 3. Doenças Cardiovasculares 3.1 O que são eletrólitos? Eletrólito é um termo "médico/científico" para os sais, especificamente os íons. O termo eletrólito significa que este íon é carregado eletricamente e se move para outro eletrodo negativo (cátodo) ou positivo (ânodo): • os íons que se movem para o cátodo (cátions) são carregados positivamente; • os íons que se movem para o ânodo (ânions) são carregados negativamente. Por exemplo, os fluidos do seu corpo - sangue, plasma, fluido intersticial (fluido entre as células) - são como a água do mar e possuem uma grande concentração de cloreto de sódio (sal de cozinha ou NaCl). Os eletrólitos no cloreto de sódio são: • íon de sódio (Na+) - cátion • íon de cloreto (Cl-) - ânion No seu corpo, os principais eletrólitos são os seguintes: • sódio (Na+) • potássio (K+) • cloreto (Cl-) 7 Colégio Apollo erupções cutâneas ou dificuldades graves na respiração. Em doses elevadas, a aspirina pode causar zumbidos nos ouvidos. As crianças e os adolescentes que têm ou podem ter gripe ou varicela não devem tomar aspirina porque podem desenvolver a síndrome de Reye. Apesar de ser pouco frequente, a síndrome de Reye pode ter consequências graves, inclusive a morte. Ibuprofeno, quetoprofeno e naproxeno Em alguns países, o ibuprofeno foi reclassificado, passando de fármaco com prescrição médica a fármaco de venda livre, sem prescrição. O ibuprofeno com prescrição médica apresenta-se em comprimidos de 300, 400, 600 e 800 miligramas; o ibuprofeno sem prescrição só está disponível em comprimidos de 200 miligramas. O quetoprofeno também foi aprovado como fármaco sem prescrição médica. O quetoprofeno com prescrição apresenta-se em cápsulas de 25, 50 e 75 miligramas e em cápsulas de libertação prolongada de 100 miligramas. O quetoprofeno sem prescrição médica só está disponível numa apresentação de 25 miligramas. O naproxeno também foi aprovado como fármaco sem prescrição. O naproxeno com prescrição médica apresenta-se em fórmulas de 250, 375 e 500 miligramas. O naproxeno sem prescrição só está disponível na fórmula de 200 miligramas. A posologia e o modo de administração para o naproxeno sem prescrição médica recomendam que não se exceda a dose de 3 drágeas cada 24 horas, salvo indicação médica. Os adultos com mais de 65 anos não devem tomar mais de uma drágea, de 12 em 12 horas, a menos que o médico indique o contrário. De um modo geral, julga-se que o ibuprofeno, o quetoprofeno e o naproxeno são mais suaves para o estômago do que a aspirina, embora poucos estudos tenham na realidade comparado estes fármacos. O ibuprofeno, o quetoprofeno e o naproxeno podem causar indigestão, náuseas, diarreia, acidez, dor de estômago e úlceras tal como a aspirina. Outros efeitos adversos incluem sonolência, vertigem, zumbidos nos ouvidos, perturbações visuais, retenção de água e dificuldades respiratórias. Embora o ibuprofeno, o quetoprofeno e o naproxeno não prejudiquem mais a coagulação do sangue do que a aspirina, não se devem combinar com anticoagulantes como a varfarina, excepto sob estrita vigilância médica. Do mesmo modo, o controlo médico é necessário antes de administrar o ibuprofeno, o quetoprofeno 10 Colégio Apollo e o naproxeno a indivíduos com problemas renais ou hepáticos, insuficiência cardíaca ou tensão arterial elevada. Alguns fármacos prescritos para o coração e para a pressão arterial não atuam tão bem se forem combinados com esses anti-inflamatórios. Os indivíduos que tomam bebidas alcoólicas regularmente podem correr maior risco de afecção do estômago, úlceras e disfunção hepática. Os doentes alérgicos à aspirina também podem sê-lo ao ibuprofeno, ao quetoprofeno e ao naproxeno. As erupções cutâneas, picadas ou dificuldades de respiração requerem uma atenção médica imediata. Paracetamol (acetaminofeno) Comercializado, originariamente, para a dor e a febre nas crianças, o paracetamol tornou-se um fármaco sem prescrição médica. O paracetamol é mais ou menos comparável à aspirina no seu potencial analgésico e ação antipirética, mas tem uma menor atividade anti- inflamatória que a aspirina, o ibuprofeno, o quetoprofeno e o naproxeno. A via de atuação do paracetamol ainda não é conhecida com exatidão. Novas investigações sugerem que o paracetamol proporciona, com frequência, alívio contra as dores da artrose. Num dos estudos, o paracetamol foi tão eficaz como o ibuprofeno em aliviar os sintomas de artrite no joelho. O paracetamol apresenta poucos efeitos adversos no estômago. Os doentes que não toleram a aspirina, o ibuprofeno, o quetoprofeno e o naproxeno, toleram, com frequência, o paracetamol. A ausência de complicações no estômago levou alguns a considerar que o paracetamol não tem efeitos adversos. No entanto, se for administrado em doses elevadas durante períodos prolongados, podem correr-se alguns riscos, como, por exemplo, perturbações renais. O uso regular de outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides, exceção feita à aspirina, pode aumentar também o risco de doenças renais. Uma sobredosagem de mais de 15 g de paracetamol pode produzir uma lesão hepática irreversível. Doses menores durante períodos prolongados de tempo não implicam lesões graves do fígado. Os consumidores de quantidades importantes de álcool apresentam maior risco de afecções hepáticas pelo uso exagerado de paracetamol. O jejum pode contribuir para a lesão hepática. É necessária uma investigação adicional, mas as observações até agora sugerem que as pessoas que tomam paracetamol e deixam de comer por causa de um forte resfriado ou de uma gripe podem apresentar lesões do fígado. 11 Colégio Apollo Muitos produtos de venda sem prescrição médica, como os remédios contra alergias, resfriados, tosse, gripe, dor e sinusite contêm paracetamol. Deve-se evitar tomar simultaneamente vários fármacos que contenham paracetamol. 5 . Quimioterapia 5.1 Fisiologia do Câncer O câncer é uma doença caracterizada pela multiplicação e propagação descontroladas no corpo de formas anormais das próprias células corporais. Existem três abordagens principais para o tratamento do câncer: excisão cirúrgica, irradiação e quimioterapia. Atualmente têm sido pesquisadas outras abordagens para o tratamento do câncer, tais como: imunoterapia, uso de inibidores da angiogênese, terapia com genes e modificadores da resposta biológica. Ao ser comparada à quimioterapia das doenças bacterianas, a quimioterapia do câncer apresenta um complicado problema. Em termos bioquímicos, os microrganismos diferem das células humanas tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo, ao passo que as células cancerosas e as células normais, por serem tão semelhantes em inúmeros aspectos, dificultam a pesquisa de diferenças bioquímicas gerais exploráveis entre elas. Para compreendermos como atuam os agentes antineoplásicos atuais, é importante considerarmos mais detidamente as características especiais da célula cancerosa. As células cancerosas apresentam em graus variáveis quatro características que as distinguem das células normais: - proliferação descontrolada; - desdiferenciação e perda da função; - poder de invasão; e - metástases. Inicialmente as células normais são estimuladas a sofrer divisão pelos fatores de crescimento. Com isso, a progressão através do ciclo celular é determinada por um sistema de controle do ciclo celular constituído por duas famílias de proteínas – as ciclinas e suas respectivas quinases ciclina-dependentes (cdks) – codificadas pelos proto-oncogenes nucleares. A ação das ciclinas e das cdks é modulada por várias forças negativas, como por exemplo o gene p53 e o gene do retinoblastoma (Rb). Há dois pontos de controle, um entre G1 e S (ponto 1) e o outro entre G2 e M ( ponto 2). Se houver lesão do DNA, esses inibidores interrompem o ciclo no ponto de controle 1, permitindo o reparo. Se o reparo falhar, inicia-se o processo de apoptose. A apoptose refere-se ao mecanismo intrínseco de autodestruição da célula, que consiste numa seqüência geneticamente programada de eventos bioquímicos que levam à morte celular. Ela atua como defesa de primeira linha contra mutações – removendo as células com DNA anormal 12 Colégio Apollo Assim, é desejável na quimioterapia usar doses mais altas, capazes de atingir o maior nível de morte celular possível; considerando-se um tumor de 1 g (cerca de 109 células) cada ciclo de terapia mata cerca de 99% das células; é imprescindível repetir-se o tratamento em múltiplos ciclos para matar todas as células tumorais9. Porém, em tumores maiores, por exemplo de 100 g (1011 células), mesmo com a eficiência do agente antineoplásico de 99,9%, ainda ter-se- iam células cancerosas demais para a continuidade eficiente do tratamento, o que corrobora a necessidade preemente do diagnóstico neoplásico precoce. Nos casos mais favoráveis, com a quimioterapia atual, pode-se obter maior expectativa de vida, tendo-se em diversos casos até cerca de 66% de pacientes livres do câncer por mais de 10 anos. No caso dramático do linfoma de Burkitt, que mata milhares de crianças na África, em até três meses após o início da metástase, pode-se ter a cura plena de 60% dos doentes, com quimioterapia especializada. Muitos estudos estão sendo feitos para a maior eficiência da quimioterapia e a combinação de diversos agentes antineoplásicos, tendo-se conseguido resultados surpreendentes com índices de cura de 75 a 90% em diversos tipos de câncer. Sendo assim, é importante que se esteja informado sobre os aspectos químicos e bioquímicos destes quimioterápicos e traz-se neste artigo um breve relato sobre os principais agentes antineoplásicos mais usados. 6.0 Psicotrópicos 6.2 Tratamento das doenças mentais De modo geral, os tratamentos psiquiátricos dividem-se em duas categorias; somáticos ou psicoterapêuticos. Os tratamentos somáticos incluem as terapias farmacológicas e electroconvulsivantes. Os tratamentos psicoterapêuticos incluem a psicoterapia (individual, de grupo ou familiar), as técnicas de terapia do comportamento (como os métodos de relaxação e a hipnose) e a hipnoterapia. Muitas perturbações psiquiátricas requerem, para o seu tratamento, uma combinação de fármacos e de psicoterapia. No caso das grandes perturbações psiquiátricas, a maior parte dos estudos sugere tratamentos que compreendam tanto fármacos como pisocoterapia, o que resulta mais eficaz que qualquer deles utilizados separamente. 6.3 Tratamento farmacológico Durante os últimos 40 anos desenvolveu-se um grande número de fármacos psiquiátricos altamente eficazes e amplamente usados pelos psiquiatras e por outros médicos. Estes fármacos são, muitas vezes, classificados de acordo com a perturbação principal para a qual se prescrevem. Por exemplo, os antidepressivos, como a imipramina, a fluoxetina e o buproprion, usam-se para tratar a depressão. Os fármacos antipsicóticos, como a clorpromazina, o 15 Colégio Apollo haloperidol e o tioxiteno, são úteis para perturbações psiquiátricas como a esquizofrenia. Os novos antipsicóticos, como a clozapina e a risperidona, podem ser úteis para alguns doentes que não tenham respondido a outros fármacos mais tradicionais. Os fármacos ansiolíticos, como o clonazepam e o diazepam, podem utilizar-se para tratar as perturbações por ansiedade, como a perturbação por pânico e as fobias. Os estabilizantes do humor, como o lítio e a carbamazepina, foram usados, com certo êxito, em pacientes com doenças maníaco-depressivos. 6.4 Terapia eletroconvulsionante (Eletroconvulsoterapia) Na terapia eletroconvulsionante, colocam-se eletrodos na cabeça com o fim de provocar uma série de descargas elétricas no cérebro para induzir convulsões. Foi claramente demonstrado que este tratamento é o mais eficaz para a depressão grave. Contrariamente ao que transmitiram alguns órgãos de comunicação, a terapia electroconvulsionante é segura e raramente provoca complicações graves. O uso atual de anestésicos e relaxantes musculares reduziu em grande medida qualquer risco para o doente. 6.5 Psicoterapia Durante os últimos anos efetuaram-se grandes avanços no campo da psicoterapia. A psicoterapia é o tratamento que o terapeuta aplica ao doente mediante técnicas psicológicas e fazendo uso sistemático da relação doente-terapeuta. Os psiquiatras não são os únicos profissionais da saúde preparados para praticar a psicoterapia. Também podem incluir-se psicólogos clínicos, trabalhadores sociais, enfermeiros, alguns conselheiros espirituais e muitos outros que não são profissionais da saúde. No entanto, os psiquiatras são os únicos profissionais da saúde mental autorizados a receitar fármacos. Embora a psicoterapia individual se pratique de muitas formas diferentes, de modo geral os profissionais da saúde mental são especializados numa das quatro escolas de psicoterapia seguintes: a dinâmica, a cognitivo-comportamental, a humanista ou a comportamental. A psicoterapia dinâmica deriva da psicanálise e baseia-se em ajudar o doente a compreender as suas estruturas e conflitos internos que podem estar a criar sintomas e dificuldades nas suas relações. A terapia cognitivo-comportamental centra-se primariamente nas distorções do pensamento do doente. A terapia interpessoal centra-se no modo como uma perda ou uma alteração numa relação afeta o doente. A terapia comportamental está orientada para ajudar os doentes a modificar a sua forma de reagir diante de acontecimentos que ocorrem à sua volta. Na prática, muitos psicoterapeutas combinam várias técnicas segundo as necessidades do doente. 16 Colégio Apollo A psicoterapia é apropriada para uma variedade ampla de situações. Inclusive as pessoas que sofrem de perturbações psiquiátricas podem encontrar nela ajuda para enfrentar problemas como dificuldades no trabalho, perda de um ente querido ou uma doença crônica na família. Também se utilizam amplamente a psicoterapia de grupo e a terapia familiar. 6.6 Hipnose e hipnoterapia A hipnose e a hipnoterapia estão a ser utilizadas de modo crescente para tratar a dor e as perturbações físicas que têm uma componente psicológica. Estas técnicas podem promover a relaxação, fazendo, consequentemente, com que a ansiedade e a tensão se reduzam. Por exemplo, a hipnose e a hipnoterapia podem ajudar as pessoas com cancro que, além da dor, têm ansiedade ou depressão. 7. Antibióticos Os antibióticos são fármacos que se utilizam para tratar as infecções bacterianas. Infelizmente, são cada vez mais as bactérias que desenvolvem resistências contra os antibióticos com que atualmente contamos. Esta resistência forma-se, em parte, dado o uso excessivo dos mesmos antibióticos. Como consequência, está-se constantemente a desenvolver novos antibióticos para combater bactérias cada vez mais resistentes. Mas, por último, as bactérias também se tornarão resistentes a esses antibióticos mais recentes. Os antibióticos são classificados de acordo com a sua potência. Os antibióticos bactericidas destroem as bactérias, enquanto os antibióticos bacteriostáticos evitam apenas que aquelas se multipliquem e permitem que o organismo elimine as bactérias resistentes. Para a maioria das infecções, ambos os tipos de antibióticos parecem igualmente eficazes; porém, se o sistema imunitário está enfraquecido ou a pessoa tem uma infecção grave, como uma endocardite bacteriana ou uma meningite, um antibiótico bactericida costuma ser mais eficaz. Escolha de um antibiótico Os médicos podem optar por um antibiótico para tratar uma infecção em particular baseando-se na suposição de qual seja, segundo eles, o agente responsável pelo processo. Por seu lado, o laboratório pode identificar taxonomicamente a bactéria infectante e, com isso, ajudar o médico a escolher o antibiótico. No entanto, essas provas laboratoriais tardam habitualmente um ou dois dias a dar os seus resultados e, por consequência, não podem ser utilizadas para optar pelo tratamento inicial. 17 Colégio Apollo
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