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Projeto horta na escola (1), Notas de estudo de Ciências da Educação

Este projeto é a possibilidade de mudanças nos valores, atitudes e hábitos, com as intervenções ambientais propostas, utilizando o conhecimento e participação de estudantes e funcionários da Escola Vila Nova para a preparação de uma horta, porque conhecer o ambiente em que vive os torna desenvolver uma relação positiva com a natureza, tornando a escola em casa é um exemplo dessas mudanças. Para trabalhar essa educação permanente e dinâmica, é preciso criar um ambiente na escola para envolver tod

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 12/06/2016

Andre_85
Andre_85 🇧🇷

4.5

(123)

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Baixe Projeto horta na escola (1) e outras Notas de estudo em PDF para Ciências da Educação, somente na Docsity! UNIVERDIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - ICED CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ANA LÚCIA DA SILVA FERREIRA MARIA DE JESUS OLIVEIRA BELO MARTA INÊS FERREIRA LIMA TEREZA DE JESUS GAVINO LOPES PROJETO HORTA NA ESCOLA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL VILA NOVA 1 BELÉM-PARÁ 2014 UNIVERDIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – ICED CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ANA LÚCIA DA SILVA FERREIRA MARIA DE JESUS OLIVEIRA BELO MARTA INÊS FERREIRA LIMA TEREZA DE JESUS GAVINO LOPES PROJETO HORTA NA ESCOLA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL VILA NOVA Logo após o início do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Ambiental ofertado pela Universidade Federal do Pará aos professores da rede pública de ensino, os quais fazem parte da mesma escola, houve um interesse ainda maior em implementar a horta que já existia na escola. A educação ambiental é uma prática pedagógica. Essa prática não se realiza sozinha, mas nas relações do ambiente escolar, na interação entre diferentes atores, conduzida por um sujeito, os educadores (GUIMARÃES, 2004). A partir desse momento, foi sugerida a criação de uma horta suspensa, em que se realizaria o plantio de mudas de hortaliças em garrafas pet reutilizadas para diminuir o impacto dos resíduos ambientais que são produzidos na própria escola. Durante todo o processo de implementação do projeto na escola, ficou clara a importância de explorar temas ligados à educação ambiental e alimentar, uma vez que a promoção da qualidade nutricional das hortaliças e alimentação para as crianças é 80% suprida pela escola. Os alimentos presentes no ambiente escolar passam a ter um novo significado para as crianças, que começam a entender que, antes de chegar aos mercados, os alimentos passam por todo o processo de “crescimento” que elas podem vivenciar. Desta forma, é importante afirmar que, entre a alimentação adequada, sua aceitação e o entendimento de que esta é a melhor opção, há uma grande distância que certamente é diminuída quando a criança tem oportunidade de acompanhar o desenvolvimento do próprio alimento. A horta na escola não tem retornos financeiros, uma vez que a sua produção é toda destinada à merenda das crianças na escola, porém o que se conquistou através deste projeto foi a promoção da valorização do meio ambiente visando a sustentabilidade e economia, e a possibilidade do aprendizado sem valor comercial. Desta forma, o benefício buscado através deste projeto é intangível, além do aprendizado pessoal, mostrou benefícios sociais dentro dos pilares da sustentabilidade, entendendo que o uso desenfreado de hoje é a falta de recursos naturais amanhã. Público-Alvo A comunidade escolar como um todo: alunos, professores, funcionários, pais e/ ou responsáveis. Referencial Teórico A trajetória da presença da educação ambiental na legislação brasileira apresenta uma tendência em comum, que é a necessidade de universalização dessa prática educativa por toda a sociedade. Já aparecia em 1973, com o Decreto nº 73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente explicitando entre suas atribuições, a promoção do esclarecimento educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos naturais, tendo em vista a conservação do meio ambiente (LIPAI, 2010). O cerne da educação ambiental é a problematização da realidade, de valores, atitudes e comportamentos em práticas dialógicas. Ou seja, para esta conscientizar, só cabe no sentido posto por Paulo Freire de “conscientização”, de processo de mútuo aprendizado pelo diálogo, reflexão e ação no mundo. Movimento coletivo de ampliação do conhecimento das relações que constituem a realidade de leitura do mundo, conhecendo-o e, ao transformá-lo, conhecê-lo (LOUREIRO, 2012). A Constituição Federal de 1988 elevou o status do direito a educação ambiental, essencial para a qualidade de vida ambiental, atribuindo ao estado o dever de promover a educação ambiental a todos os níveis de estudo e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente (art. 225, inciso VI). A definição de educação ambiental é dada no artigo 1º da lei nº 9.795/99 como processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como o uso comum do povo, essencial a qualidade de vida saudável e sua sustentabilidade, colocando o ser humano como responsável individual, ou seja, considera a ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera pública (LIPAI, 2010). A educação ambiental é uma ferramenta para o enfrentamento dos problemas ambientais da educação, capaz de contribuir coma as mudanças sociais e transformações sociais e envolvendo os diversos sistemas sociais, como mostra o Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA (BRASIL, 1999). Para que as mudanças culturais aconteçam é necessário promover mudanças nos desejos e na forma das pessoas de ver a realidade a fim de promover o desenvolvimento nos padrões de produção e consumo, como busca contribuir o ProNEA (BRASIL. 1999). Para que a educação ambiental ocorra de modo articulado, tanto entre as iniciativas existentes no âmbito educativo como entre as ações voltadas à proteção, recuperação e melhoria socioambiental, e assim propiciar um efeito multiplicador com potencial de repercussão na sociedade, faz-se necessária à formulação e a práticas de políticas públicas de educação ambiental que integrem essa perspectiva. Nesse sentido a criação do ProNEA se faz necessária para a gestão da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, fortalecendo os processos existentes nessa direção na sociedade brasileira. O desenvolvimento do projeto horta na escola, com plantio de mudas de hortaliças contribui para o consumo de alimentos saudáveis dos alunos previstos pelos órgãos legais de forma positiva. Assim, o PNAE implantado em 1955, (...) garante por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica, educação infantil, ensino médio e educação de jovens e adultos matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Tendo como objetivo atender as necessidades nutricionais dos alunos durante a permanência em sala de aula contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis (CECANE PARANÁ, 2010). Por mais incentivada que seja a alimentação escolar, as mudanças dentro das cantinas são muito pequenas, prevalecendo a prática de alimentos pobres em vitaminas, como os industrializados ou frios. Segundo Magalhães (2003), essa relação direta de consumo de alimentos impróprios também contribui para o comportamento alimentar das crianças não seja voltado para produtos mais naturais e saudáveis, pois a ostensiva propaganda de produtos industrializados do tipo fast-food é criativa e induz a compra e ao consumo. É fundamental que se lance mão da educação ambiental na promoção de uma nova cultura alimentar nas escolas, fazendo-os conhecer a importância dos alimentos, para a ação. Logo agrega e fortalece as iniciativas da chamada educação para a cidadania, da ecopedagogia, da educação para sociedades sustentáveis, da educação para a gestão ambiental, enfim, das várias denominações e representações que recebe (TRISTÃO, 2004). Sendo assim, a educação ambiental é marcada pela necessidade de definir sua identidade frente a outros campos que a educação encontra no conceito de interdisciplinaridade, uma união de áreas educativas para que se possa aprimorar o conceito de aplicação da educação ambiental. Com a proposta implantada na escola, os resultados esperados permeiam além das mudanças alimentares pelos alunos, uma mudança de concepção crítica do meio ambiente em que vivem. Percebe-se, portanto, que o projeto contribui para um ensino e aprendizagem dinâmicos, tanto para a inserção ao consumo das hortaliças como para uma consciência ambiental sustentável e politizada. Cronograma de Atividades ATIVIDADES Duração/Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Reunião com a comunidade escolar (professores, alunos, técnicos e pais de alunos) para elaboração mais detalhada do Programa. X Realização de Seminário de apresentação do Programa de Responsabilidade Socioambiental. X Aplicar um questionário para alunos de todas as séries e modalidades de ensino. X Realizar uma pesquisa com os alunos sobre o cardápio de alimentação escolar. X Cursos de Capacitação das merendeiras (higiene, manipulação e preparação dos X X X alimentos) (Curso de 30 horas). Realização de palestra com nutricionista sobre o combate ao desperdício de alimentos (8 horas). X X Construção da Horta Escolar. X Avaliação O processo de avaliação do projeto se dará de forma sistemática pelos docentes e corpo técnico da escola, em períodos trimestrais por meio dos seguintes procedimentos: encontros, reuniões e entrevistas com levantamento de dados para acompanhamento e decisões para a melhoria do projeto, sendo que os dados coletados e analisados devem servir como retroalimentação da tomada de decisões, correção de rumos e aperfeiçoamento das ações propostas para o projeto. Referencia Bibliográfica BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Programa Nacional de Educação Ambiental. MMA/MEC, 1999. BRASIL, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa Nacional de Alimentação Escolar. Disponível em h�p://www.portaldatransparencia.gov.br/ acesso em 02/11/2014. CAMPUS, Sirley Sebastiana; CAVASSAM, Osmar. Oficina de Materiais Recicláveis: Uma Atividade Alternativa em Programas de Educação Ambiental. In: TALOMANI Jandira L B; SAMPAIO, Aloísio Costa. Educação Ambiental na Prática Pedagógica à Cidadania. São Paulo: Escrituras, 2003. CESANE PARANÁ. Agricultura familiar e o programa nacional de alimentação escolar – PNAE. Curitiba, 2010. FONECI, Maria Cecília. Promoção da Saúde e Meio Ambiente: Uma trajetória Técnica-Plítica. In: PHILIP Jr Arlindo; PELICIONI Maria Cecília Foceci. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri, SP: Artmed, 2005. GUIMARÃES, Mauro. A formação de educadores ambientais. Campinas, São Paulo: Papirus, 2004. GONZALES, Edgar Gaudiano. Interdisciplinaridade e Educação Ambiental: Explorando novos terrritórios epistêmicos. In: SATO Michele; Carvalho Izabel. Educação Ambiental. Pesquisas e Desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. LOUREIRO, Carlos Frederico B. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012.
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