Baixe Reflexões a partir da teoria crítica da sociedade e outras Notas de estudo em PDF para Educação Física, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Resenha Crítica: Educação Física Escolar, Esporte e (Semi) Formação: Reflexões a partir da Teoria Crítica da Sociedade. Allyson Pereira Villela Andreolle Augusto dos Santos Laís Mendes Tavares RESENHA Resenha da dissertação Educação Física Escolar Esporte e (Semi) Formação: Reflexões a partir da Teoria Critica da Sociedade, do autor Carlos Augusto Magalhães Junior, publicada no ano de 2015 em Lavras-MG contendo 85 páginas. Carlos Augusto Magalhães Júnior é licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Lavras, onde concluiu seu curso em 2011, com a monografia intitulada. "O esporte na sociedade excitada: Possibilidades e Limitações da construção da sua autonomia" sob orientação do Professor Doutor Márcio Norberto Farias. É mestre em Educação pelo Mestrado Profissional em Educação do Departamento de Educação da UFLA na área de Teoria critica, onde desenvolveu sua dissertação com o título: Educação Física Escolar, Esporte e (Semi) Formação: Reflexões a partir da Teoria Crítica da Sociedade. Durante sua graduação, participou como bolsista por 2 anos do Programa Institucional de Bolsistas para Iniciação a Docência. É membro desde 2010 do Grupo de Estudos e Pesquisas Teoria Critica e Educação e desde 2011 do Projeto Cinema Com Vida, onde desenvolveu trabalho relacionados a formação docente. A dissertação traz de forma crítica a formação de professores que se contrapõe a Indústria Cultural, e a influencia do esporte no processo formativo. Ao falarmos de formação implicamos diversos fatores que exigem um cuidado redobrado. Carlos Augusto Magalhães busca em sua dissertação tratar o esporte como objeto de estudo e analisá-lo de maneira profunda e crítica, a descobrir como os estudos que subsidiam a formação inicial dos professores de Educação Física abordam o esporte escolar, assim, dialogando com alguns autores e filósofos como Theodor Adorno, Türcke, Max Horkheimer, Gumbrecht e Detlev Claussen. A obra é dividida em três capítulos, no primeiro capítulo o autor trabalha seus argumentos apoiando nas obras de filósofos como Theodor Adorno, Max Horkheimer e Türcke. No início do trabalho ele conta uma breve historia da humanidade destacando o aparecimento das maquinas e demonstrando a influência de superioridade humana que elas transmitiam e ainda transmitem. Após o surgimento da maquina fotográfica por volta do século XIX, surgiu então, o cinema no final do século XIX, com seus choques audiovisuais na sociedade contemporânea. Nas obras supracitadas pelo autor, podemos notar uma grande preocupação na questão da formação humana, e também a complementação de bens culturais advindas do passado da sociedade contemporânea estabelecendo relações com os campos de concentrações nazistas e exterminações em massa. Assim, a sociedade contemporânea estava sofrendo um processo de semiformação onde os bens culturais estão sendo ridicularizados e tachados como antiquados, delimitando e muito o processo de formação cultural, podendo ocorrer o extermínio da sociedade, segundo os autores. Uma má formação dos indivíduos pode caracterizar como uma dessedimentação, que neste caso seria uma alienação da capacidade do ser humano de compreender as coisas ao seu redor e juntamente com os impactos audiovisuais causados pela Indústria Cultural, levaria a uma formação fraca e escassa de bens culturais. Em uma de suas citações o autor descreve a importância da formação da burguesia para a contribuição do desenvolvimento econômico, o que não acontecia com os proletários. A Indústria Cultural direciona o individuo ao produto e categoria que ele se encaixa onde tudo vira negócio. Assim, a Indústria Cultural permite a criação de modelos e/ou padrões de indivíduos semiformados, sem capacidade intelectual para supostamente impedir que se depusesse contra a burguesia.
