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Guias e Dicas
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avaliação fisica, Manuais, Projetos, Pesquisas de Fisioterapia

livro de avaliação fisica, leonardo de arruda delgado

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 30/05/2010

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felipe-marx-2 🇧🇷

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Baixe avaliação fisica e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA LEONARDO DE ARRUDA DELGADO INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA São Luis 2004 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 2 APTIDÃO: SIGNIFICADOS E APLICAÇÕES................................................... 6 3 CONCEITOS BÁSICOS................................................................................. 13 3.1 Testes ..................................................................................................... 13 3.2 Protocolos ............................................................................................... 14 3.3 Medidas .................................................................................................. 14 3.4 Análise .................................................................................................... 16 3.5 Avaliação ................................................................................................ 16 4 TIPOS DE AVALIAÇÕES............................................................................... 18 4.1 Avaliação diagnóstica ............................................................................. 18 4.2 Avaliação formativa................................................................................. 18 4.3 Avaliação somativa ................................................................................. 19 5 PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES.............................................. 20 6 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO......................................... 23 6.1 Técnicas de avaliação............................................................................. 23 6.1.1 Observação...................................................................................... 23 6.1.1.1 Anedotário ................................................................................ 24 6.1.1.2 Lista de checagem.................................................................... 25 6.1.1.3 Escala de classificação............................................................. 26 6.1.2 Inquirição ......................................................................................... 26 6.1.2.1 Questionário ............................................................................. 27 6.1.2.2 Entrevista.................................................................................. 28 6.1.2.3 Sociograma............................................................................... 28 6.1.3 Testagem......................................................................................... 29 7 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DA AVALIAÇÃO............................. 30 7.1 Fase de preparação ................................................................................ 31 7.1.1 Avaliar o que?.................................................................................. 31 7.1.2 Avaliar quem?.................................................................................. 33 7.1.3 Avaliar com o que? .......................................................................... 35 7.1.4 Para que avaliar? (objetivos) ........................................................... 37 7.1.5 Quando e onde avaliar?................................................................... 39 7.1.6 Como avaliar?.................................................................................. 41 7.1.6.1 Critérios para a seleção dos testes........................................... 41 7.1.6.2 Conhecimento do teste............................................................. 42 7.1.6.3 Precisão das medidas .............................................................. 42 7.1.6.4 Preparação das fichas de registro ............................................ 44 7.2 Fase de aplicação dos testes.................................................................. 44 7.2.1 Estruturação da avaliação funcional ................................................ 45 7.2.1.1 Avaliação médica...................................................................... 46 7.2.1.1.1. Exame médico ......................................................................... 46 7.2.1.1.2. Exames complementares......................................................... 47 7.2.2 Avaliação da aptidão física .............................................................. 48 7.3 Fase de análise....................................................................................... 49 8 AVALIAÇÃO DO RISCO CORONARIANO .................................................... 50 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 5 aqueles que pelas suas características tivessem uma maior adequação às condições de trabalho dos profissionais de educação física. Para uma boa avaliação física temos de analisar muitas variáveis: antropométricas; composição corporal; análise postural; avaliações metabólicas e neuromusculares; avaliações nutricionais, psicológica e social. Estas duas últimas são essenciais para que um programa de treinamento tenha pleno sucesso, porque nos dão acesso aos hábitos e à personalidade da pessoa. Uma avaliação bem feita é aquela em que utiliza critérios e protocolos bem selecionados, fornecendo dados quantitativos e qualitativos que indique, através de análises e comparações, a real situação em que se encontra o avaliado. Em meio a tanto conhecimento técnico-científico, não se pode mais permitir a utilização do protocolo do "achismo", ainda empregado por alguns profissionais em suas avaliações. Só é possível fazer um programa de exercícios com qualidade e segurança com uma avaliação física em que se utilize metodologia, protocolos e critérios de avaliação adequados. Além disso, as avaliações devem ser periódicas e sucessivas, permitindo uma comparação para que possamos acompanhar o progresso do avaliado com precisão, sabendo se houve evolução positiva ou negativa. Dessa forma, é possível reciclar o programa de treinamento e estabelecer novas metas. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 6 2 APTIDÃO: SIGNIFICADOS E APLICAÇÕES De acordo com FERNANDES FILHO (2003, p.231) desde o surgimento dos conceitos de habilidade motora e de aptidão, nos anos 20, ênfases diversas vêm sendo dadas ao assunto, conforme a visão de homem, de aptidão e do próprio sentido que a educação física e o movimento vêm tendo ao longo dos anos. Na década de 40, a aptidão foi inicialmente qualificada como física, e significativa tão somente à capacidade de se realizar esforços com um mínimo de gasto de energia e de fadiga. Nesta linha, a aptidão foi e é usada, tendo como meta a afirmação política de nações e a supremacia de raças e ideologias, seja na área militar, seja na esportiva. Na área militar os testes de aptidão, sobretudo os cardiovasculares, desenvolveram-se a partir da necessidade dos combatentes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), onde os soldados deveriam estar preparados o combate e na utilização da performance nos esportes de alto rendimento, como fator de afirmação política das nações e visão de homem como ser dual: corpo e mente, devendo as performances máximas, absolutas, deriva sobretudo de um treinamento, com técnicas e táticas que lhes são impostam para um melhor AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 7 rendimento; é máquina de resultados, engrenagem substituível no mecanismo do triunfo esportivo nacional. Nos anos do pós 2a Guerra Mundial, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 50, a ênfase na aptidão física voltada para a saúde, numa dimensão profilática de patologias classificadas como hipocinéticas, ganhou incremento nos países do primeiro mundo, por questões meramente econômicas: a hipocinesia, gerada pelos avanços da tecnologia e da maquinaria, gerou prejuízos às nações desenvolvidas, que precisaram ser prevenidos e superados pela atividade. Enfatizaram-se a aptidão física, mesmo entre não atletas, surgindo diferentes movimentos em todo o mundo, que conduziriam a esta direção. Entrou em jogo um novo fator: a busca da aptidão qualificada, física ou fisiológica, e que ganhou terreno entre nós a partir de 1968 quando COOPER publicou o livro “Aeróbics”, traduzido para o português com o título “Aptidão Física em Qualquer Idade”, onde ele desafia as pessoas a tomarem conta de seus estilos de vida para combater as doenças coronarianas, a obesidade e os estresses da vida moderna. Após a Copa do Mundo do México, em 1970, coincidindo com a publicação por COOPER do livro “Capacidade Aeróbica” que deu origem a impulso inicial ao movimento de aptidão física que se alastrou pelo mundo e a difusão da palavra aeróbica, representada pela corrida de longa distância, que AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 10 Na década de 90, de acordo com FERNANDES FILHO (op.cit., p.235) o movimento humano passa então a ser cada vez mais valorizado, de modo pessoal, dele resultando as adaptações estruturais, mas também emocionais, intelectuais e sociais, fatores de construção do “eu”. O mundo é encarado como o ambiente que me cerca, e no qual vive o meu “eu”, em convívio com outros “eus”. Gera-se, no mundo, uma cultura que a tudo influencia inclusive o próprio movimento em suas diferentes expressões pessoais e sociais. Não há mais espaços para limitações ou fracionamentos do homem apto. BOUCHARD (1990), na linha da aptidão relacionada á saúde, nos mostrou onde o bem-estar também se faz presente. Progressivamente, dá-se importância a ludicidade, ao prazer, em substituição à exaustão, ao sofrimento. A atividade física não existe para trazer sofrimento, mas para ser prazerosa e fortalecer a saúde; a “aptidão para a saúde” dos canadenses (SHEPHARD, BOUCHARD e outros) está intimamente ligada ao “bem estar”. A Organização Mundial de saúde define “saúde” como ”estado de completo bem estar bio-psico-social” (multidimensional, portanto). Saúde não é higidez-ausência de doença, mas ultrapassa este conceito. O simples “prevenir doenças”, como se posicionou durante algum tempo ser um objeto da atividade física, fica aquém do estado de saúde. O movimento humano, hoje, é meio para se atingir saúde e bem-estar, combatendo os efeitos do estresse da vida moderna e suas repercussões patológicas no organismo, gerando o prazer de viver. É recurso profilático e que deve ser bem usado. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 11 Talvez seja no ambiente educacional, não só no esportivo, sejam eles recreativos ou profissionais, lúdicos ou competitivos, mas inclusive na educação para a vida, na escolaridade, na educação, quando ela se fizer necessária, que os reflexos da aptidão total sejam sentidos. O ser apto é o sujeito de sua existência de si mesmo, em pleno gozo de sua liberdade responsável. Ora, educação é “posicionamento diante da vida em que se está buscando o essencial em todas as situações, de modo a que pela real capacidade de opção possa o sujeito autodeterminar-se” como disse WEINECK (1994, p.54). Este conceito difere dos modernos conceitos de aptidão? WEINECK (op.cit) disse mais: que a educação só é justificável “como meio de levar o ser humano a melhor realizar-se como tal”. É assim que o homem torna-se capaz de construir sua vida através do seu próprio escalonamento de valores. Aptidão, bem-estar, saúde e educação não são “coisas” que se tem; são “valores” que se vive, através de uma vida ativa, em seus múltiplos aspectos, inclusive e a partir do motor. Sem a aptidão não existe mudança consciente do sócio-econômico-cultural, pois o intelecto da pessoa não se modifica e os problemas externos são assimilados passivamente por ela. Ser apto é lutar pela qualidade de vida; melhorar as condições pessoais e sociais; encontrar seu lugar na sociedade para o trabalho e qualidade de vida; prevenir-se é lutar contra a doença hipocinética, mas é, acima de tudo, manter a saúde, em seu contexto multifatorial; é gerar seres que ainda que portadores de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 12 limitações (os que nós rotulamos como deficientes, em seus diversos tipos e graus, fatores que, de algum modo, todos temos) sejam pessoas aptas, e socialmente ativas no mundo do trabalho, combatendo-se a verdadeira deficiência e a exclusão, sobretudo a social. Quando se pensa e se acompanha a aquisição e a manutenção da aptidão, com este enfoque atual, mais do que nunca se abre espaço e se encontra valor para sua avaliação. Se nos enfoques antigos, quando importava a performance, a aptidão dita física, a avaliação já era importante para que o treinamento não se transformasse em fator agressivo, com os aspectos hoje entendidos, quando ser apto é, em última análise, ter boa qualidade de vida, avaliar para melhorar com segurança, para manter ou mesmo para readquirir a aptidão, quando se perde por doença ou outra causa, a avaliação e o acompanhamento adequado do processo de sua recuperação tornam-se elementos fundamentais. É nesse sentido, do movimento dosado com cuidado, como quem dosa uma medicação, em seus múltiplos enfoques, que deve ser entendida hoje a avaliação nas ciências do movimento, em seus contextos educacionais, neles entendida a atividade física em seus múltiplos aspectos, a reeducação motora e a saúde. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 15 FARINATTI & MONTEIRO (2000, p193) diz que quanto maior a precisão da medida, maior será a segurança para sua aplicação. Daí a necessidade de treinamento prévio do investigador no sentido de dominar bem a sua técnica. Além disso, a padronização influencia diretamente nos resultados obtidos, e medidas que não se apresentem de forma clara, não devem ser utilizadas. FERNANDES (op.cit., p.25) lembra que, há contudo, situações em que a resposta não se pode ser plenamente quantificada e qualificada, mas julgada, a partir de alguns parâmetros e categorias. Como quantificar motivação, atenção, liderança, conceitos estéticos, emocionais, comportamentais, e outros elementos deste tipo a resposta pode, contudo ser qualificada de forma gradativa: muito, mediana, regular, pouco ou insuficiente, a partir de um dado de referência. Sobre essa afirmação MATHEWS (1980), apud FARINATTI & MONTEIRO (op. cit), enfatiza que medidas objetivas como força e velocidade são simples e diretas, frequentemente produzindo resultados de mais confiança do que aquelas que envolvem personalidade, inteligência e atitudes. Finalizando este conceito gostaríamos de utilizar a reflexão de FARINATTI & MONTEIRO (op. cit), ao ressaltar que para perfeita aplicação da medida, deve-se conhecer a resposta para três questões básicas que são apresentadas a seguir: AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 16 - O que medir? - Por que medir? - Como medir? Somente a partir destes conhecimentos poderemos delimitar com clareza a atuação e limitação das diversas formas de medida. 3.4 Análise São técnicas que permite visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve, criando condições para que se entenda o grupo e situe-se um indivíduo dentro deste grupo. São exemplos de analises comparações entre as medidas de um indivíduo com as medidas padrões e as medidas relativas dele com ele mesmo e ocasiões diferentes. 3.5 Avaliação “É um processo pelo qual, utilizamos as medidas, se pode subjetivamente e objetivamente, exprimir critérios. A avaliação julga o quanto foi eficiente o sistema de trabalho com um indivíduo ou com um grupo de indivíduos.” (CARNAVAL, op.cit) “Determina a importância ou valor da informação coletada. Deve refletir a filosofia, as metas e os objetivos do profissional, faz comparações com algum padrão.” (MARINS, op.cit) AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 17 De modo geral, podemos dizer que avaliação é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. Assim sendo, avaliar consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretação desses resultados com base em critérios previamente definidos, fornecendo subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos. Para FARINATTI & MONTEIRO (op. cit, p.194) a avaliação abrange um aspecto qualitativo, podendo tomar dimensões de grande ou pequena complexidade em função de: - Objetivos propostos; - Condições de trabalho; - Seleção dos procedimentos. O investigador experiente deve avaliar um dado sob diversos prismas e tentar detectar qual o caminho mais aconselhado a ser colocado em prática. Podemos exemplificar uma avaliação quando dizemos a nota da prova é regular em consideração a média das notas dos alunos de uma determinada classe, ou que o percurso realizado pelo aluno, de acordo com o seu sexo e faixa etária é classificado como bom. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 20 5 PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES Para que um programa de medidas e avaliações tenha sucesso, deve- se ter em mente certos princípios que são fundamentais durante o processo de medidas e avaliações: - A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser esporádica, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais amplo que é o processo ensino aprendizagem, nele se integrando. - A avaliação é funcional, porque se realiza em função de objetivos, ou seja, para se avaliar, efetivamente, todas as medidas devem ser conduzidas com os objetivos do programa em mente. - Devem ser conduzidos e supervisionados por profissionais treinados. Não é qualquer pessoa que pode administrar efetivamente um programa de medida e avaliação, as decisões poderão afetar importantes aspectos da vida de um indivíduo. - A avaliação é integral, pois, os resultados devem ser interpretados em termos do indivíduo como um todo: social, mental, físico e psicológico; Se um indivíduo sai-se mal num teste, o profissional consciente irá verificar quais as razões que levaram a tal resultado e, na medida do possível e se necessário, prover assistência especial a pessoa. As razões de resultados "fracos" em um teste AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 21 físico podem ser várias; entretanto, se a razão for física, o bom profissional deverá descobrir qual o ponto fraco do indivíduo e dirigir um programa para que ele possa superar tal deficiência (Kirkendall et ai, 1980). - A avaliação é orientadora, pois não visa eliminar alunos, mas orientar o seu processo de aprendizagem para que possam atingir os objetivos propostos. - Tudo que existe pode ser medido, em outras palavras, qualquer assunto incluído em um programa de Educação Física deve ser medido. - Nenhum teste ou medida é perfeito; os profissionais, às vezes, depositam tanta confiança nos testes e medidas que acabam acreditando que eles são infalíveis. Deve-se usar sempre o melhor teste possível, mas ter sempre em mente que podem existir erros. - Não há teste que substitua o julgamento profissional, este talvez seja o mais importante princípio da avaliação. Como problema de fato, a avaliação é julgamento. Algumas vezes os profissionais tentam substituir medidas objetivas por julgamentos, entretanto, as primeiras não podem nunca tomar o lugar dos segundos. Se não houvesse lugar para o julgamento em medidas e avaliação, então o profissional poderia ser substituído por uma máquina ou por um técnico. Por outro lado, julgamentos feitos sem dados substanciais são sempre inaceitáveis. As medidas fornecem os dados que levam AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 22 o profissional a fazer um melhor julgamento ou tomar uma melhor decisão - Deve sempre existir a reavaliação para se observar o desempenho. Se a habilidade inicial do indivíduo não for medida, então não se terá conhecimento sobre o seu desempenho no programa de Educação Física. Não é possível reconhecer as necessidades do indivíduo sem se saber por onde começar, como, também, não se pode determinar o que os indivíduos aprenderam ou melhoraram, se não se souber em que nível eles estavam antes de começar o programa. Se a habilidade dos indivíduos for medida somente no fim da unidade, aula ou semestre, o teste só vai informar onde eles estão naquele espaço de tempo, isto é, não irá esclarecer nada sobre os efeitos que o programa exerceu nos mesmos. Em outras palavras, se não forem medidos tanto o começo como o final do programa, os métodos e materiais empregados permanecerão desconhecidos, sem que possam ser avaliados. - Usar os testes que mais válidos, fidedignos e objetivos e que se aproximam da situação da atividade. Os testes devem refletir as situações da atividade. Por exemplo, um jogador de futebol chuta a gol, tendo por objetivo que a bola entre na meta. O teste deve ser construído de tal maneira que, com um certo número de tentativas, o indivíduo deva chutar a bola a uma determinada distância e atingir um alvo. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 25 Exemplo de Registro Anedotário: 21/03/95 — Hoje começou nossa unidade em ginástica. Pedro, que está além do seu peso ideal, foi ridicularizado pelos demais elementos da equipe por não conseguir fazer puxadas na barra. Logo após este episódio pediu para ser dispensado porque estava se sentido enjoado. 25/04/95 — Pela segunda vez Pedro pediu para ser dispensado, desta vez com uma nota de pedido de dispensa. Durante uma conversa admitiu sentir-se embaraçado por causa dos fracassos sucessivos diante da equipe. Ele se prontificou a fazer um regime. 6.1.1.2 Lista de checagem Consta, em geral, de uma série de comportamentos relacionados na ordem em que se espera que ocorram. O profissional marca, com um sinal convencionado, os comportamentos, à medida que vão ocorrendo. A lista de checagem pode ser construída em folhas individuais ou constituir um quadro para a equipe (Quadro 1.1). Comportamento/aluno Obedece regras Acata as decisões dos árbitros Não discute com os companheiros Não discute com os adversários Cláudio X X X X Carlos X X Pedro X X X Arnaldo X X AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 26 6.1.1.3 Escala de classificação Constitui-se de uma série de características, seguidas de um contínuo, que descreve a maneira pela qual cada uma delas se manifesta. Exemplo de escala de classificação Participação dos alunos nas aulas: Nenhuma ( ) Pouca ( ) Razoável ( ) Boa ( ) Ótima ( ) O avaliador deve ter cuidado, ao preparar a escala de classificação, para que os termos usados realmente representem os diferentes pontos do contínuo da característica em questão. 6.1.2 Inquirição Segundo o dicionário, inquirir é: procurar informações sobre; indagar; investigar; pesquisar sobre; fazer perguntas a. Esta técnica é bastante utilizada na obtenção das seguintes informações: a) Opinião do indivíduo sobre determinada atividade; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 27 b) Quem o indivíduo admira; e c) Interesse do indivíduo. Muitas informações sobre o domínio afetivo podem ser obtidas, rapidamente, através de uma inquirição sistemática. Entre os instrumentos de inquirição podem ser citados: Questionário, Entrevista e Sociograma. 6.1.2.1 Questionário Constitui-se de uma lista de perguntas feitas por escrito, onde o respondente é solicitado a dar uma resposta. É mais utilizado para se obter informações sobre as opiniões e as atitudes dos respondentes. Não deve ser confundido com o conjunto de perguntas pertencentes ao conteúdo de diferentes disciplinas. Este tipo de instrumento pertence à testagem. Os questionários têm aplicações e obedecem a técnicas específicas de construção de acordo com a sua finalidade. Há dois tipos principais de questionário: Inventário e Escala de atitudes. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 30 7 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DA AVALIAÇÃO A construção de um programa de avaliação pressupõe que se tenha definido, a priori, alguns parâmetros básicos. Definir o plano de avaliação, sua filosofia, seus princípios, sua estrutura e sua finalidade, deve anteceder, sempre, qualquer elaboração programática. Para que um programa de avaliação funcione adequadamente e forneça, a quem o utiliza, informes verdadeiros e consistentes, capazes de produzir dados utilizáveis, sobretudo quando se lida com a área do movimento humano em toda a sua potencialidade atualmente explorada, é indispensável que haja uma administração adequada do processo. O êxito depende de uma série de diferentes e cuidadosas atitudes, nas quais, havendo falha em um segmento, o todo fica comprometido, e que podem ser grupados em três momentos interdependentes e seqüenciais: Fase de preparação, Fase de aplicação dos testes e Fase de análise. Sendo a avaliação um processo que pressupõe a aplicação de testes, a coleta dos resultados e o seu tratamento e interpretação analítica, em etapas periódicas, é necessária uma absoluta segurança de atuação durante todo o processo, mantendo-se rígidas diretrizes, passíveis de serem expressão fiel dos indicadores que nortearão a interpretação dos resultados, para que possam AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 31 orientar o processo de utilização, seja num contexto formativo-educativo, seja num de manutenção ou de recuperação ou de reeducação. 7.1 Fase de preparação Geralmente os testes padronizados são organizados em baterias e comercialmente distribuídos. Há perguntas que não podem deixar de ser respondidas: Avaliar o que? Quem avaliar? Com que avaliar? Para que? Quando e onde avaliar? Como? e submetê-los à aprovação segundo determinado critério. 7.1.1 Avaliar o que? Dentre as variáveis de condicionamento que podem ser treinadas na escola e/ou academias, podemos citar: • Variáveis Médicas - Histórico médico - Pressão arterial, freqüência cardíaca, temperatura; - Níveis de lipídios sanguíneos, glicose e etc • Variáveis Cineatropométricas - Composição corporal - Somatotipo AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 32 - Proporcionalidade - Estado nutricional - Crescimento e desenvolvimento • Variáveis Metabólicas (cardiopulmonares) - Sistema energético aeróbico - Sistema energético anaeróbico alático - Sietama energético anaeróbico lático • Variáveis Neuromusculares - Força - Potência - Resistência muscular localizada e flexibilidade • Variáveis Psicomotrizes - Velocidade - Coordenação - Ritmo - Agilidade - Equilíbrio - Descontração • Variáveis Técnicas - Biomecânica do movimento - Eficiência técnica • Variáveis Psíquicas - Ansiedade AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 35 - Preparação física: visando a melhora da condição física, neste grupo podemos definir dois trabalhos distintos a preparação física desportiva e o condicionamento físico para sedentários. Quanto ao estado inicial de condicionamento físico, analisando o comportamento de indivíduos que nunca ou há muito tempo não praticam atividade física periodicamente, observamos que alguns deles, às vezes, podem apresentar um bom nível de aptidão inicial devido a sua carga genética. Portanto, para melhor compreensão, apresentaremos alguns aspectos que de alguma maneira, identificam um baixo nível de aptidão: - Baixa capacidade aeróbica (VO2MAX); - Força reduzida; - Amplitude articular reduzida (flexibilidade); - Baixo nível de coordenação. 7.1.3 Avaliar com o que? Muitos são os fatores que irão interferir para realização de uma boa avaliação e o primeiro passo é fazer uma boa medida. VICTOR MATSUDO (1999) no CD-ROM Testes em ciências do esporte, lembrar alguns aspectos que ajudarão bastante nesse sentido. Segundo ele, para analisarmos o nível de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 36 aptidão física precisamos medir o maior número de suas variáveis, dentro de uma filosofia de trabalho que use: - Material não sofisticado - Técnicas não complexas - Métodos que possam ser aplicados a grandes grupos Entre os principais equipamentos utilizados na avaliação podemos citar: Esfignomanômetro e Estetoscópio, Balança, Estadiômetro, Fita Métrica, Paquímetro e Compasso de Dobras Cutâneas, Colchonete, Banco de Wells, Cronômetro, Freqüencímetro, Ergômetro (Campo, Banco, Bicicleta Ergométrica e Esteira Rolante), nos parece suficiente para uma avaliação funcional em uma academia, sabendo que se pode ainda utilizar outros instrumentos como a Maquina de Lactato, Bio-impedância e etc.. Os instrumentos de medida deverão merecer especial atenção quanto: - Aquisição: devemos selecionar aquele equipamento que mais se ajuste às condições reais de trabalho. - Manipulação: procuraremos conhecer o uso adequado do equipamento antes de iniciarmos a operação dos testes propriamente ditos, fato que dará melhor qualidade de medida e um menor tempo de execução. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 37 - Calibração: todo instrumento de medida deverá ter sua calibração conferida antes do inicio dos testes. Lembre-se que uma simples balança mal calibrada poderá por todo seu trabalho por terra. - Conservação: os equipamentos sempre significam um investimento financeiro e prolongar sua vida média de uso é um hábito que o avaliador deve cultivar. Assim, devemos ter atenção com: limpeza adequada; o uso somente por pessoa habilitada ou sob supervisão; manutenção em local seguro, com boas condições de ventilação. 7.1.4 Para que avaliar? (objetivos) Dentre os diversos tipos objetivos da avaliação da aptidão física, podemos citar: - Obter informações quanto ao estado inicial do indivíduo ao iniciar um programa de treinamento e ou condicionamento; - Determinar e acompanha o progresso do indivíduo; - Classificar e selecionar os indivíduos; - Impedir que a atividade física seja um fator de agressão; - Motivar no sentido de melhorar sua performance; - Manter padrões de performances e servir como feedback durante o processo de treinamento; - Experiência indivíduo/profissional e diretrizes para pesquisa; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 40 Condições adequadas para avaliação física: - Dimensão: mínima 20m² e máxima 48 m², com decoração discreta e existência de um telefone e de uma pia. - Luz: de boa qualidade. - Som: o mínimo possível - Temperatura: 21 a 24° C - Condições climáticas: a umidade relativa do ar, com valores oscilando entre 40 e 60%. - Condições do solo: é importante que o piso seja firme, antiderrapante, sem desníveis ou imperfeições. - Segurança: o procedimento de segurança habitual inclui a presença de pelo menos dois avaliadores, sendo, preferencialmente, um deles médico e de equipamentos de emergência que deveram estar guardados em local discreto, para não assustar o avaliado. Dentre os equipamentos médicos podemos citar: luvas, gaze, algodão e materiais convencionais para curativos, soluções glicosadas, soluções de eletrólitos, analgésicos, antitérmicos e etc. - Trânsito de pessoal: é importante que durante a avaliação evitar o transito de pessoas no local. Alguns testes, como o cicloergométrico em bicicleta eletromagnética, exigirão a presença de rede elétrica. Por outro lado, quando possível a medida de pressão atmosférica e umidade relativa do ar é uma prática recomendável. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 41 7.1.6 Como avaliar? Geralmente os testes padronizados são organizados em baterias e comercialmente distribuídos. Para a seleção dos testes, deve-se submetê-los à aprovação segundo determinado critério. 7.1.6.1 Critérios para a seleção dos testes Esta é uma das mais importantes fases do programa de medidas e avaliações. Para que se possa fazer uma seleção adequada dos testes que irão medir o que se quer eles meçam, alguns pontos importantes devem ser levados em consideração: • Validade: quão bem um teste mede o que se quer medir. Diz-se que um teste é válido quando o mesmo mede o objetivo proposto. • Confiabilidade ou Fidedignidade: grau de consistência dos resultados de um teste em diferentes testagens, utilizando-se sempre os mesmos sujeitos. Está ligada à consistência da medição. Em outras palavras podemos dizer que ao realizarmos uma determinada medida (por exemplo: dobra cutânea), em determinado indivíduo, devemos esperar que minutos depois, ao repetir a mesma medida, sobre as mesmas condições, está apresente resultado idêntico. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 42 • Objetividade: grau de concordância dos resultados de um teste entre os testadores. Depende da técnica e habilidade dos avaliadores para reproduzirem resultados idênticos. As direções e procedimentos devem ser padronizados e rigorosamente seguidos para que não haja interferência nos resultados obtidos. SAFRIT (1981) apud MARINS (op cit., 28) sugere a seguinte tabela: Tabela 1 Tabela de validade, fidedignidade e objetividade. Aceitabilidade Validade Fidedignidade Objetividade Excelente 0,80-1,00 0,90-1,00 0,95-1,00 Bom 0,70-0,79 0,80-0,89 0,85-0,94 Regular 0,50-0,69 0,60-0,79 0,70-0,84 Fraco 0,00-0,49 0,00-0,59 0,00-0,69. 7.1.6.2 Conhecimento do teste Os testadores devem ter perfeito conhecimento da técnica e do procedimento de aplicação do teste. Para isto é necessário que o teste seja entendido também por quem a ele se submete. 7.1.6.3 Precisão das medidas A precisão das medidas depende, em primeiro lugar, da exatidão dos instrumentos. Quanto mais refinado ele for melhor será o resultado da medida. Existem dois tipos de erros comuns: Erro de Medida e Erro Sistemático. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 45 2) Quanto ao número de avaliadores, da mesma forma, a maioria dos testes aqui descritos exige apenas um avaliador, mas há ocasiões que mais de um avaliador é necessário. 3) Quanto à demonstração: que poderá ser útil e em muitos casos imprescindível para um perfeito entendimento do teste. 4) Quanto à duração: que poderá estar dentro dos limites da aula, do período de treinamento ou de fadiga. 5) Quanto à coleta dos dados: que deverá ser feita em folha de protocolo adequada e por anotador competente. 6) Quanto à ordem: que procurará ser em uma bateria de testes a mais "fisiológica" possível, colocando no princípio os testes que exijam condições próximas às de repouso e deixando para o final os testes que envolvam esforço máximo. 7.2.1 Estruturação da avaliação funcional O modelo sistêmico em Avaliação Funcional tem como primeiro passo seu propósito. Ele é o aspecto fundamental do sistema, pois fixa suas expectativas e a partir dele é desenvolvido e avaliado. No propósito estão incluídos os objetivos de testes e a determinação das normas a serem utilizadas para sua interpretação. Vários autores concordam que a Avaliação Funcional é composta pela Avaliação Médica e pela Avaliação da Aptidão Física. De acordo com POLLOCK AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 46 (1993, p.240-233) os procedimentos de avaliação necessários para que os indivíduos integrantes de um programa de atividades físicas possam dele participar com segurança, envolvem geralmente sua história clinica, a analise dos fatores de risco para o desenvolvimento de Doenças Arterial Coronária (DAC), além de uma avaliação do condicionamento físico do indivíduo em questão. A avaliação do condicionamento ou da aptidão física envolve as seguintes áreas: Cardiorrespiratória (capacidade funcional), composição corporal, flexibilidade, endurance e força muscular. 7.2.1.1 Avaliação médica A Avaliação Médica deve ser realizada por um médico, se possível com formação em Medicina do Esporte. Um exame clínico consta, basicamente, de duas partes. Na primeira é realizado o exame médico, e na segunda, serão ser solicitados alguns exames complementares. A ACSM recomenda a realização de uma rotina mínima de exames físicos e laboratoriais como parte integrante da avaliação médica. 7.2.1.1.1. Exame médico Nesta etapa, deverá ser realizado um exame sumário abrangendo aspectos cardiovasculares, pulmonares e ortopédicos, incluindo-se ai os seguintes tópicos: freqüência e regularidade de pulso; pressão arterial deitado, sentado e de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 47 pé; ausculta pulmonar com atenção especial para a uniformidade dos sons respiratórios em todas as áreas (ausência de estertores, roncos e sibilos); palpação do impulso cardíaco apical; ausculta cardíaca com atenção especial para os sopros, galopes, cliques e atritos; palpação e ausculta das artérias carótidas, abdominais e femorais; palpação e inspeção dos membros inferiores para verificação de edema e de pulsos arteriais; ausência ou presença de xantomas ou xantelasmas; problemas ortopédicos. 7.2.1.1.2. Exames complementares Feito em consultório ou laboratório, dependendo do exame. Serve para confirmar ou controlar com mais precisão o perfil patológico do avaliado. Em geral, enquadram-se os exames: - Dentário: semestralmente ou anualmente uma visita ao dentista para tratamento ou para evitar futuros problemas nos dentes que poderão vir a afetar a saúde; - Otorrinolaringológico: para evitar focos nas amídalas, carne esponjosa obstruindo o nariz ou desvio no septo. - Radiológico: serve para assegurar ao médico a integridade do coração, pulmões e vísceras, além de controle pela comparação dos exames posteriores com o inicial. - Oftalmológico: tem por finalidade verificar a visão. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 50 8 AVALIAÇÃO DO RISCO CORONARIANO As doenças cardiovasculares estão em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil, vitimam 300.000 brasileiros ao ano são 820 óbitos por dia 34 por hora um evento fatal a cada dois minutos. São a principal causa de gastos em assistência médica (16,22% do total), implicando 10,74 milhões de dias de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dentro do grupo das doenças circulatórias, o infarto do miocárdio e as doenças cérebro-vasculares (AVCs) são aquelas com maiores índices de mortalidade. Além disso, muitos que sobrevivem com esses problemas têm grandes limitações em suas vidas. Dentro do termo genérico - Doenças Cardiovasculares, estão as coronariopatias, a hipertensão, os acidentes vasculares cerebrais (AVCs), a insuficiência cardíaca, as valvulopatias e a cardiopatia reumática. As coronariopatias quase sempre são resultantes de arterioclerose, de que resulta uma estenose das artérias coronarianas, ou seja, das artérias que irrigam o músculo cardíaco (ou miocário). A hipertensão é a forma de doença cardiovascular mais prevalente. A hipertensão nada mais é do que uma condição na qual a tensão arterial encontra- AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 51 se cronicamente elevada, acima daqueles níveis considerados desejáveis ou saudáveis para a idade e o tamanho da pessoa. Nos países desenvolvidos, os índices de mortalidade em função das doenças cardiovasculares só começaram a cair depois que a população começou a se conscientizar da importância de certas medidas preventivas, o que se traduziu na mudança de hábitos de vida. A epidemiologia é o ramo da medicina que estuda as relações entre os vários fatores que determinam as freqüências e a distribuição de uma doença. No que diz respeito à coronariopatia e á hipertensão, a epidemiologia tem tentado identificar aqueles fatores que estão associados a estas condições. Quando presentes estes fatores, colocam aquele indivíduo específico sob um maior risco para o desenvolvimento prematuro ou precoce e para a subseqüente manifestação da doença. O fato das doenças cárdio-circulatórias degenerativas, alcançarem proporções epidêmicas na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas fizeram que os órgãos responsáveis pela saúde pública investissem em pesquisas, no sentido de identificar quais seriam os fatores, ou atitudes do meio ambiente e características corporais, que poderiam agir sobre o organismo, tornando-o doente. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 52 Esses fatores denominados de risco estão altamente relacionados ao desenvolvimento prematuro de doenças cardiovasculares, podendo os mesmos, serem então classificados e modificados ou não, segundo a possibilidade de intervenção preventiva, maior ou menor conforme sua importância. 8.1 Fatores de risco PY (1998, p36) define fatores de risco, como parâmetros ambientais, circunstanciais, constitucionais e genéticos que quando identificados indicam maior suscetibilidade do indivíduo a desenvolver doença cardiovascular. Dados epidemiológicos apresentados em trabalhos científicos e de pesquisa em todo o mundo revelam maior incidência das doenças do sistema cardiovascular quando um ou mais fatores de risco estão presentes. Atualmente, os fatores de risco para a doença coronariana são classificados em duas categorias, a saber: fatores de risco primário e fatores de risco secundários, ou de contribuição. - Fator de risco primário: é o fator que sozinho pode causar dano ao órgão correspondente, ou seja, são aquelas características que estão altamente associadas a um problema de saúde específico, independentemente de outras variáveis. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 55 O tabagismo pode ser um dos melhores prognósticos de coronariopatia e o risco está relacionado diretamente ao número de cigarros fumados. A probabilidade de morte por doenças cardíacas nos fumantes é quase duas vezes maior que nos não fumantes. As doenças cardio-circulatórias degenerativas incidem cerca de 4 vezes mais freqüentemente nos fumantes que nos não fumantes. O risco de sofrer infarto é 7 vezes maior nos jovens fumantes, quando comparados com pessoas da mesma idade. A mortalidade nos fumantes com menos de 10 cigarros por dia é cerca de 26% maior que a mortalidade média estatística; nos fumantes com 10-19 cigarros por dia, 116%; e os fumantes com mais de 40 cigarros por dia, cerca de 142%. Em primeiro lugar das causas de morte através de tabagismo, estão as doenças do coração (84%), dos quais 77% somente de doenças dos vasos arteriais cerebrais (10%), aneurisma da aorta (4%) e outras doenças circulatórias (2%). Ao parar de fumar, o risco de coronariopatia costuma igualar-se ao dos não fumantes. O tabagismo pode aumentar o risco de cardiopatia através de seu efeito sobre as lipoproteínas séricas; os indivíduos que fumam apresentam níveis AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 56 mais baixos de colesterol HDL, em comparação com os não-fumantes. A boa notícia é que, ao parar de fumar, o HDL pode retornar aos níveis normais. 8.2.2 Hiperlipidemia Um maior nível de lipídeos no sangue recebe a designação de hiperlipidemia ou dislipidemias. Há uma relação direta entre dislipidemias e aterosclerose, especialmente com relação a níveis elevados de colesterol total, triglicérides, LDL ou valores reduzidos de HDL. O Conselho Brasileiro de Dislipidemias recomenda que todos os adultos com idade superior a 20 anos conheçam seu perfil lipídico (colesterol total, triglicérides, HDL e LDL). Obtendo-se um perfil desejável e na ausência de outros fatores de risco, as determinações laboratoriais devem ser repetidas a cada cinco anos. 8.2.2.1 Níveis de colesterol total Um valor do colesterol de 230 mg/dl aumenta o risco de ataque cardíaco para aproximadamente duas vezes aquele de uma pessoa com 180 mg/dl, enquanto um valor de 300 mg/dl aumenta o risco quatro vezes. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 57 A tabela abaixo apresenta os níveis desejáveis de colesterol total (mg/dl) e níveis acima dos quais os adultos devem receber tratamento, de acordo com a National Institutes of Consensus to Prevent Heart Development Conference Statement, 1985, apud McARDLE (1992, 460). Tabela 3 Níveis de Colesterol sanguíneo Total e sua Classificação. Fonte SCOTT GRUNDY, 1989, apud DOMINGUES FILHO, 2002, 104. Tabela Referente aos Níveis de Colesterol Sanguíneo Total e sua Classificação Desejável Limítrofe Alto < 200 mg/dl 200-239 mg/dl >240 mg/dl Tabela 4 Níveis de Colesterol Total e Risco Coronariano. Fonte: National Institutes of Consensus to Prevent Heart Development Conference Statement, 1985, apud McARDLE (1992, 460) Idade Objetivo Risco moderado Alto risco 20-29 < 180 mg/dl 200-220 mg/dl >220 mg/dl 30-39 < 200 mg/dl 200-240 mg/dl > 240 mg/dl > 40 < 200 mg/dl 240-260 mg/dl > 260 mg/dl 8.2.2.2 Níveis de HDL WEINECK (1991, p.390) apresenta uma tabela com os valores de colesterol HDL em homens e mulheres com relação ao risco coronariano. Tabela 5 Níveis de HDL para homens e mulheres. Tabela 5 Níveis de HDL para homens e mulheres Fração de colesterol Prognóstico favorável (mg/dl) Risco padrão (mg/dl) Indicador de risco (mg/dl) Homens > 55 35-55 < 35 Mulheres > 65 45-65 < 45 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 60 Procedimentos para mensuração da PA em repouso A mensuração da PA na artéria braquial pode ser feita de maneira simples, seguindo as seguintes etapas: - Certifique-se que o avaliado não está com bexiga cheia, não praticou exercício físico, não ingeriu bebidas alcoólicas, alimentos ou café e nem mesmo fumou 30 minutos antes da medida; - Deixe o avaliado descansar 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável; - Localizar artéria braquial por palpação; - Colocar manguito adequando ao tamanho do braço, firmemente, 2-3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. - Manter o braço na altura do coração; - Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide; - Palpar o pulso radial, inflar o manguito até seu, para estimar o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 15-30 segundos antes de inflar novamente. - Colocar o estetoscópio nos ouvidos com curvatura voltada para frente; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 61 - Posicionar campânula do estetoscópio sobre artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva; - Solicitar ao avaliado para não falar durante a medida; - Inflar rapidamente, 10-10 mmHg por segundo, até o nível estimado da pressão sistólica; - Desinflar lentamente 2-4 mmHg por segundo; - Determinar pressão sistólica no aparecimento do primeiro som (Fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento da deflação; - Determinar pressão diastólica no despareciemtno do som (fase V de Korotkoff). Auscultar 20-30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e proceder à deflação rápida e completa. Quando os sons persistirem até o zero, determinar a diastólica no abafamento dos sons (Fase IV de Korotkoff); - Registrar os valores da pressão realmente obtidos na escala do manômetro, que varia de 2 em 2 mmHg, evitando arredondar para valores terminados em zero ou cinco. - Esperar um a dois minutos antes de realizar nova medida; - O avaliado deve ser informado sobre os valores da pressão e possível necessidade de acompanhamento. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 62 8.2.4 Inatividade física O risco relativo a DCC fatal entre os sedentários é cerca de duas vezes maior que para os indivíduos mais ativos. Tanto para homens como para mulheres, a manutenção da aptidão física por toda a vida também proporciona uma proteção significativa em termos tanto dos fatores de risco quanto da ocorrência de doença real. Numerosos estudos têm demonstrado que pessoas mais ativas apresentam um risco menor de doenças cardíacas que indivíduos sedentários; entretanto, antigamente, a inatividade física era considerada menos importante que o controle de colesterol sérico, a pressão arterial e o tabagismo. Estudos recentes indicam que a atividade física (com o gasto de 2.000 kcal por semana em exercícios) e os altos níveis de condicionamento cardiorrespiratório (como agüentar por bastante tempo um teste de esteira) são os principais fatores relacionados à prevenção de doenças cardíacas e á mortalidade por qualquer causa. A inatividade física e os baixos níveis de condicionamento merecem ser incluídos com a mesma ênfase nos fatores de risco primários tradicionais. A atividade física contribui para a manutenção da força muscular, da estrutura e função das articulações e para o desenvolvimento ósseo adequado na AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 65 Tabela 8 Classificação da Aptidão Cardiorrespiratória de Cooper para Homens e Mulheres VO2max ml(kg.min)-1.Fonte: COOPER, 1982 Homens F. Etária Muito Fraca Fraca Regular Boa Excelente Superior 13-19 < 35 35,1-38,3 38,4-45,1 45,2-50,9 51,0-55,9 >56,0 20-29 < 33 33,1-36,4 36,5-42,4 42,5-46,4 46,5-52,4 >52,5 30-39 <31,5 31,6-35,4 35,5-40,9 41,0-44,9 45,0-49,4 >49,5 40-49 < 30,2 30,3-33,5 33,6-38,9 39,0-43,7 43,8-48,0 >48,1 50-59 < 26,1 26,2-30,9 31,0-35,7 35,8-40,9 41,0-45,3 >45,4 > 60 20,5 20,6-26,0 26,1-32,2 32,3-36,4 36,5-44,2 >44,3 Mulheres F. Etária Muito Fraca Fraca Regular Boa Excelente Superior 13-19 <25 25,1-30,9 31,0-34,9 35,0-38,9 39,0-41,9 >42,0 20-29 <23,6 23,7-28,9 29,0-32,9 33,0-36,9 37,0-40,9 >41,0 30-39 <22,8 22,9-26,9 27,0-31,4 31,5-35,6 35,7-40,0 >40,1 40-49 <21,0 21,1-24,4 24,5-28,9 29,0-32,8 32,9-36,9 >37,0 50-59 <20,2 20,3-22,7 22,8-26,9 27,0-31,4 31,5-35,7 >35,8 > 60 <17,5 17,6-20,1 20,2-24,4 24,5-30,2 30,3-31,4 >31,5 8.2.6 Diabetes A Diabete também foi removido da lista de fatores secundários para a lista de fatores primários. A Diabetes Mellitus é uma patologia que se caracteriza pelo comprometimento da produção de insulina pelo pâncreas e/ou pela diminuição do número ou da afinidade dos receptores de insulina, causando o aumento dos níveis de glicose sanguínea, mesmo a pessoa estando em jejum. CARNAVAL (1995, p.118) WEINECK (op.cit., 394) diz que a Diabets Mellitus, também conhecida como doença do açúcar, existe, quando a taxa de açúcar no sangue está constantemente elevada. As taxas de açúcar no sangue, em jejum, abaixo de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 66 120mg% são consideradas normais; as taxas que ultrapassam 140 mg% devem ser classificadas como diabéticos, segundo a recomendação da OMS. Tabela 8 Tabela de valores de referência para glicemia, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 1996. Classificação Glicose Normal Até 100 mg/dl Elevado 100 - 139 mg/dl Diabetes Maior de 140 mg/dl Pode ter como causas vários fatores tais como a hereditariedade, a obesidade, a inatividade física, o estresse, a alimentação inadequada, a gravidez, o envelhecimento e etc. está estreitamente correlacionada com um grande número de fatores de risco, como por exemplo, a pressão sanguínea alta, a hiperlipidemia e a hiperiuricemia. A Diabetes age sobre os vasos sanguíneos de forma semelhante à hipertonia, ou seja, a longo prazo e de forma difusa. Como mecanismos patológicos, discutem-se a taxa de insulina, compensatória aumentada, que deve perturbar determinados mecanismos reguladores (lipoproteinlipase), que deve cuidar da mobilização e transporte das gorduras: a gordura excedente, então, penetra na parede do vaso, levando ao aparecimento de focos ateromatosos. Além do maior risco do diabético em relação ao aparecimento de doenças coronarianas, a freqüência de doenças como apoplexia e angiopatia também é maior, chegando a ser 2-3 vezes maior que nas pessoas normais, assim como a freqüência da gangrena (necrose de tecidos), que é 10 vezes maior. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 67 Existem dois tipos de diabetes Mellitus: - Tipo 1: também conhecida como diabetes juvenil (classificação da O.M.S.), ou insulino-dependente, caracterizada pela redução ou pela não produção de insulina pelo pâncreas. Ocorre normalmente até os 24 anos e, também é, normalmente hereditária. - Tipo 2: também conhecida como diabete adulta (classificação da O.M.S.), ou não -insulino- dependente, caracterizada pela diminuição do número ou da afinidade dos receptores de insulina das células, proporcionando uma resistência à ação da insulina. Ocorre normalmente após os 24 anos e é associada à obesidade que pode ser a responsável pela insuficiência insulínica. 8.3 Fatores de risco influenciáveis secundários 8.3.1 Obesidade De acordo com POLLOCK (1993,47) "excesso de peso" é definido como aquela condição onde o peso do indivíduo excede ao da média da população, determinada segundo o sexo, a altura e o tipo de compleição física. WEINECK (op.cit., 393) diz que partindo do peso chamado "Peso Normal", ele é calculado a partir da altura e equivale à altura menos 100, o AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 70 Tabela 11 Normas para a proporção entre Circunferência da Cintura e do Quadril (RCQ) para Homens e Mulheres. Fonte: HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91) Risco Estimado Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 Homens 60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 Mulheres 60-69 <0,75 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90 A perda de peso e a subseqüente redução na quantidade de gorduras, independentemente de ter sido obtida através da dieta ou do exercício, em geral normalizam os níveis de colesterol e de triglicerídeos e exercem um efeito benéfico sobre a pressão arterial e os diabetes com início na vida adulta. 8.3.2 Colesterol de baixíssima densidade (VLDL- Very LDL) O papel da VLDL não esta muito claro até, agora, mas é crítica a situação, que a VLDL pode ser transformada em LDL no plasma e, por fim, transporta para o tecido adiposo os triglicérides sintetizados do açúcar. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 71 8.3.3 Tensão e estresse Várias pesquisas vastamente divulgadas no meio científico vêm evidenciando o estresse como o mal do século, pois, em condições de estresse elevado, o mecanismo de defesa do corpo entra em ação: aumenta a freqüência cardíaca, eleva a pressão arterial, os músculos ficam tensos e o resultado pode ter uma doença cardíaca. Calcule o seu nível de estresse utilizando a anamnese do anexo I p. 84. 8.4 Fatores não-influenciáveis 8.4.1 Hereditariedade A hereditariedade parece desempenhar algum papel no risco de ataque cardíaco. Por exemplo, as pessoas que sofrem um ataque cardíaco, particularmente em idade jovem, contam uma história familial de ataques cardíacos na juventude. Pela mesma razão, os que não sofrem de ataques cardíacos em geral pertencem a famílias nas quais esses ataques só ocorrem raramente. Até hoje este fator de risco só foi pesquisado cientificamente num âmbito muito restrito e também é muito difícil ser pesquisado. Assim, por exemplo, é muito difícil comprovar, o quanto às conseqüências da disposição familiar realmente se AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 72 baseiam influências genéticas e não são decorrentes de hábitos de vida e alimentação dentro da família. Como doenças hereditárias, estão às formas primárias das doenças metabólicas diabetes, hiperlipidemias e gota. Uma relação maior existe entre pressão sanguínea alta e excesso de peso, que também podem depender de transmissão hereditária. 8.4.2 Idade A idade é um dos possíveis fatores que podem deixar a disposição para uma determinada doença metabólica manifestar-se. Em geral, quanto mais avançada for a idade, maior será o risco de ataque cardíaco, as pessoas com menos de 40 anos, por exemplo, sofrem com menos freqüência de hipertonia e diabetes que as pessoas com mais de 40 anos. 8.4.3 Sexo A incidência de coronariopatia é maior em homens jovens do que em mulheres jovens. Por exemplo, a taxa de mortalidade em homens brancos entre 35 e 44 anos de idade é seis vezes maior que a de mulheres braças da mesma idade. Entretanto, com o avançar da idade, a incidência de coronariopatia passa a ser praticamente a mesma em homens e mulheres. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 75 raros. Estas particularidades, no entanto, provavelmente se baseiam na ausência de determinados fatores de risco como tabagismo, excesso ou carência alimentar, falta de movimento e etc., e não em uma diferença racial ou genética. Entretanto, também existem diferenças que repousam puramente na raça, ou seja, quando pessoas de duas raças vivem sob as mesmas condições de vida: desta forma, os de raça negra apresentam taxas de colesterina e triglicérides significativamente mais baixa que os representantes da raça branca; a menor taxa de gordura também não aumenta com aumento da idade. Em se tratando de hipertensão, para os adultos nos Estados Unidos, cerca de 20% de homens e mulheres brancos são hipertensos, enquanto cerca de 30% de homens e mulheres negros são hipertensos, logo, a população negra apresenta um risco substancialmente mais elevado do que a população branca, embora não seja este o caso em relação à coronariopatia. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 76 9 ANAMNESES A palavra anamnese vem do grego e significa recordar. Esta recordação é verbalizada através de dados que são referidos pelo avaliado como respostas formuladas pelo avaliador. A anamnese ocorre na forma de entrevista e representa um importante elemento na etapa de coleta de dados (Diagnose). Seu direcionamento deve ser voltado para diagnosticar alguns dos principais aspectos que poderão selecionar os alunos, no sentido de ajudar a prescrever o programa de atividades físicas ideal para um público específico. FARINATTI & MONTEIRO (2000, p.201) ressaltam que um dos ingredientes mais importantes da anamnese é o bom relacionamento entre o avaliador e o avaliado. A narrativa do avaliado precisa ser atentada e especialmente ouvida, devendo o avaliador despertar a confiança de seu entrevistado através da atenção e interesse pelos dados relatados. O profissional que conduz a anamnese deve ser suficientemente treinando para, frente à ansiedade, limitação de memória, inibição e particularidade sócio-culturais do avaliado, fornecer condições de relato correto de dados através de conduta mais ou menos informal. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 77 Em uma anamnese enfocam-se itens tais como: Histórico familiar sobre doenças coronarianas; tratamento e medicamento em usos; hábitos alimentares; tabagismo e atividade física, entre outros. Para conduzir uma anamnese voltada para a investigação dos aspectos relevantes à prática de atividade física, propomos as seguintes etapas: 1- Coletar dados de identificação: como nome, idade, profissão, data de nascimento, telefone, endereço e etc. 2- Objetivos do entrevistado: conhecer os objetivos que levam o aluno a procurar a praticar atividade física. 3- Atividade física: esta parte é dedicada à investigação do passado e presente de atividades físicas do avaliado, bem como de suas atividades preferidas. 4- Dados clínicos relevantes à prática de atividade física: a) Fatores de risco para doenças coronarianas; b) Medicamentos em uso: c) Problemas ósteo-mio-articular; d) quaisquer outras características descritas pelo médico que se façam necessárias. 5- Quais os hábitos do aluno: tais como horas de sono, se é fumante, tipo de alimentação, e etc. 6- Considerações finais: este tópico pode ser dividido em duas partes. Inicialmente, o avaliador poderá anotar os dados referentes à disponibilidade de dias e horários para a prática de atividades físicas. Por fim, poderá ser incorporado à anamnese qualquer relato não- AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 80 PAR-Q tem sido recomendado como padrão mínimo de triagem pré-atividade antes do inicio de programas de atividade física leve e moderada. Nas últimas duas décadas, o PAR-Q foi administrado com sucesso em diversos países, e mais de um milhão de pessoas foram submetidos a atividades físicas após triagem feita pelo questionário, sem nenhum problema cardiovascular sério relatado. Em 1992, o PAR-Q sofreu modificações visando melhorar a sua validade. Após a realização de estudos comparativos entre o questionário original e o revisado, o PAR-Q revisado passou a ser adotado como um screening para avaliação de candidatos à prática regular de atividade física, visto sua maior sensibilidade e especificidade (ver anexo IV). Pode-se dizer que o questionário PAR-Q avalia três principais parâmetros, a saber: a) Cardiovascular (perguntas 1, 2, 3 e 6); b) Óseto-mio-articular (pergunta 5); c) Outros problemas, onde geralmente estão inseridos os problemas de ordem metabólica e/ou pulmonares (pergunta 4 e 7) A avaliação das respostas ao questionário é realizada da seguinte forma: AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 81 a) PAR-Q Positivo: uma ou mais respostas positivas. Nesse caso, o avaliado deve consultar um médico antes de aderir a um programa regular de atividades físicas; b) PAR-Q Negativo: todas as perguntas negativas. O avaliado tem uma razoável garantia de apresentar condições adequadas para a participação em um programa regular de atividades físicas. O questionário sobre o estado de saúde apresentado por HOWLEY & FRANKS (2000,38-41)(ver anexo V) que fornece informações sobre: problemas médicos diagnosticados; características que aumentam o risco de problemas de saúde; sinais ou sintomas indicativos de problemas de saúde; comportamento de estilo de vida relacionados à saúde boa ou ruim. O questionário é dividido em quatro partes, a primeira parte fornece informações pessoais e de emergência prontamente disponíveis no caso de precisar chamar o médico ou a família. A segunda parte inclui seu histórico clinico e de sua família. Essa informação auxiliará o coordenador do programa de condicionamento a decidir sobre os programas de condicionamento educacionais e de atividade física apropriados. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 82 A terceira parte trata de comportamentos conhecidos por estarem relacionados à segurança e à saúde. Você poderá ajudar o participante a modificar esses comportamentos para um estilo de vida mais saudável. A quarta parte enforca atitudes relacionadas à saúde que estão associadas à vida saudável. Perguntas individuais e partes de perguntas que estão codificadas para auxiliar o professor a utilizarem as informações. A chave para os códigos estão incluídos no final do QES. 9.1.2 Estimativa do nível de aptidão física É um índice proposto por SHARKEY, destinada a avaliar e classificar a categoria de Aptidão Física. Para isso é utilizado um questionário onde são analisados três componentes da atividade física: Intensidade, Freqüência e Duração (ver anexo VI). A classificação do nível de aptidão física baseia-se no seguinte: - Sedentário: não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana. - Insuficientemente ativo: realiza atividade física por pelo menos 10 minutos por semana, porém insuficiente para ser classificado como ativo. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 85 Anexo III: Avaliação dos Fatores de Risco Coronariano 1 Histórico Familiar de Doenças Cardíacas ( ) Normal (0) ( ) 1 acima de 50 anos (2) ( ) 1 abaixo de 50 anos (3) 2 Eletrocardiograma de Repouso ( ) Negativo (0) ( ) Duvidoso (1) ( ) Positivo (3) 3 Eletrocardiograma em Exercício ( ) Negativo (0) ( ) Duvidoso (4) ( ) Positivo (8) 4 Fumo - cigarros /dia ( ) Nenhum (0) ( ) 1-10 cigarros (2) ( ) 11 a 30 (3) ( ) 31 ou + (4) 5 Excesso de Peso Corporal ( ) Normal (0) ( ) 10 – 15% (2) ( ) > 15% (4) 6 Prática de Atividade Física ( ) Regular (0) ( ) Infrequente (2) ( ) Nenhuma (4) 7 Nível de Colesterol Total ( ) 200 (0) ( ) 201-230 (1) ( ) 231-245 (2) ( ) 246-275 (3) ( ) > 276 (4) 8 Nível de Triglicérides ( ) 80 (0) ( ) 81-115 (1) ( ) 116-150 (2) ( ) 151-250 (3) ( ) > 251 (4) 9 Nível de Glicose Sanguínea ( ) <98 (0) ( ) 99-104 (1) ( ) 105-110 (2) ( ) 111-118 (3) ( ) > 119 (4) 10 Nível de Stress ( ) Normal (0) ( ) Muito Leve (1) ( ) Moderado (2) ( ) Alto (3) ( ) Muito Alto (4) 11 Pressão Arterial ( ) 120/80 (0) ( ) 121-130/81-86 (1) ( ) 131-140/87-96 (2) ( ) +140/+97 (3) Se sua nota for: 0-4 Risco coronariano muito baixo 5-14 Risco coronariano baixo 15-24 Risco coronariano moderado 25-34 Risco coronariano alto 35-45 Risco coronariano muito alto AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 86 Anexo IV: Questionário PAR-Q 1 Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica? ( ) Sim ( ) Não 2 Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física? ( ) Sim ( ) Não 3 Você sentiu dor no peito no ultimo mês ? ( ) Sim ( ) Não 4 Você tende a perde a consciência ou cair, como resultado de tonteira? ( ) Sim ( ) Não 5 você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de atividade física? ( ) Sim ( ) Não 6 Algum médico já recomendou o uso de medicamento para a sua pressão arterail ou condição física? ( ) Sim ( ) Não 7 Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física sem supervisão médica? ( ) Sim ( ) Não Se Você Respondeu - Sim, para uma ou mais perguntas: você deve procurar um médico recentemente, consulte seu médico por telefone ou pessoalmente antes de aumentar sua atividade física e/ou fazer uma avaliação de condicionamento. Diga a seu médico a que perguntas você respondeu sim no PAR-Q ou apresente sua cópia do PAR-Q - Não, para todas as perguntas: se você respondeu o PAR-Q precisamente, você possui razoável garantia de sua adaptação para um programa de exercícios progressivos e uma avaliação de condicionamento. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 87 Anexo V: Questionário Sobre o Estado de Saúde(QES) Instruções: complete cada questão com informações precisas. Toda informação fornecida é confidencial se você optar por submeter esse formulário à analise de seu instrutor de condicionamento. Parte1: Informações sobre o individuo RG_________________ Data:_________Telefone:____________/____________ Nome Completo:_________________________________ Apelido:____________ Endereço para Correspondência:_______________________________________ ______________________________e-Mail:______________________________ Nome do seu médico:____________________________Fone:_______________ Pessoa para contato de emergência:________________Fone:_______________ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Data de nascimento:_____/____/_____ N° de horas trabalhadas por semana: ( ) Menos de 20 ( ) 20 a 40 ( ) 41 a 60 ( ) Mais de 60 Mais de 25% do tempo despendido no trabalho ( ) Sentado na cadeira ( ) Carregando peso ( ) Em Pé ( ) Caminhando ( ) Dirigindo Parte 2: História Médica Indique aquele(s) que tenham falecido de ataque cardíaco antes dos 50 anos ( ) pai ( ) mãe ( ) irmão ( ) irmã ( ) avô/avó Data/ano do último exame médico:__________ Último teste de condicionamento:___________ Indique as operações que você tenha feito: ( ) Coluna ( ) Coração ( ) Articulações ( ) Hérnia ( ) Rim ( ) Pescoço ( ) Pulmão ( ) Olhos ( ) Outras:________________________________ Indique o(s) problema (s) abaixo para o(s) qual você tenha sido diagnosticado ou tratado por um médico ou profissional da saúde: ( ) Alcoolismo ( ) Problema renal ( ) Enfisema ( ) Anemia ( ) Dor no pescoço ( ) Dor nas costas ( ) Visão ( ) Flebite ( ) Artrite reumatóide( ) Cardiopatia ( ) Câncer ( ) Tireóide ( ) Hipoglicemia ( ) Concussão ( ) Defeito Congênito ( ) Sangramento ( ) Diabete ( ) Anemia falciforme ( ) Doença Mental ( ) Epilepsia ( ) Asma ( ) Obesidade ( ) Gota ( ) Audição ( ) Bronquite ( ) AVC ( ) Hipertensão ( ) Cirrose ( ) Úlcera ( ) Hiperlipidemia ( ) Outros:_______________________ Indique qualquer medicamento tomado nos últimos 6 meses: ( ) Anticoagulante ( ) p/ Epilepsia ( ) Nitroglicemia ( ) p/ Diabete ( ) p/ Coração ( ) p/ estômago ( ) p/ Pressão ( ) Diurético ( ) Insulina ( ) Outros:__________________________ Qualquer um destes sintomas que ocorrem freqüentemente é a base para atenção médica. Indique a freqüência que você tem cada um: Tosse com sangue ( )Nunca ( )Raramente ( )Ás Vezes ( )Com certa freqüência ( )Muito freqüentemente Dor abdominal ( )Nunca ( )Raramente ( )Ás Vezes ( )Com certa freqüência ( )Muito freqüentemente Dor na região lombar AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 90 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Cláudio Gil Soares de. Manual de teste de esforço. 2 ed. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1984. BATISTA, Asdrúbal Ferreira. Atletas: resistência específica para corredores de 5.000 metros. Capinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992. BARBANTI, Valdir J. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo: Manole, 1990. BRASIL. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde Universidade de São Paulo. Ministério da saúde. Manual de condutas médicas. Brasília, 2002. CARNAVAL, Paulo E. & RODRIGUES, Paulo Eduardo. Musculação teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 1992. CARNAVAL, Paulo Eduardo. 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