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Redes Wireless - Apostilas - Telecomunicações Parte1, Notas de estudo de Telecomunicações Eletrônicas

Apostilas de Telecomunicações sobre o estudo das Redes Wireless, Padrões, Técnicas de Transmissão, Elementos de Hardware.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 06/05/2013

Selecao2010
Selecao2010 🇧🇷

4.4

(194)

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Baixe Redes Wireless - Apostilas - Telecomunicações Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Telecomunicações Eletrônicas, somente na Docsity! Redes Wireless 1 – Introdução As Redes sem fio ou wireless (WLANs) surgiram da mesma forma que muitas outras tecnologias; no meio militar. Havia a necessidade de implementação de um método simples e seguro para troca de informações em ambiente de combate. O tempo passou e a tecnologia evoluiu, deixando de ser restrita ao meio militar e se tornou acessivel a empresas, faculdades e ao usuário doméstico. Nos dias de hoje podemos pensar em redes wireless como uma alternativa bastante interessante em relação as redes cabeadas, embora ainda com custo elevado. Suas aplicações são muitas e variadas e o fato de ter a mobilidade como principal característica, tem facilitado sua aceitação, principalmente nas empresas. A evolução dos padrões oferecendo taxas de transmissão comparáveis a Fast Ethernet por exemplo, torna as redes wireless uma realidade cada vez mais presente. WLANs usam ondas de radio para transmissão de dados. Comumente podem transmitir na faixa de frequência 2.4 Ghz (Não licenciada) ou 5 Ghz. 1.1 - Padrões Como WLANs usam o mesmo método de transmissão das ondas de radio AM/FM, as leis que as regem são as mesmas destes. O FCC (Federal Comunications Comission), regula o uso dos dispositivos WLAN. O IEEE ( Institute of Eletrical and Eletronic Engineers) é responsável pela criação e adoção dos padrões operacionais. Citamos os mais conhecidos: IEEE 802.11  Criado em 1994, foi o padrão original.  Oferecia taxas de transmissão de 2 Mbps.  Caiu em desuso com o surgimento de novos padrões. IEEE 802.11b  Taxas de transmissão de 11Mbps.  Largamente utilizada hoje em dia.  Opera em 2.4Ghz  Alcance de até 100m indoor e 300m outdoor  Mais voltado para aplicações indoor  Tende a cair em desuso com a popularização do 802.11g IEEE 802.11a  Taxas de transmissão de 54Mbps.  Alcance menor do que a 802.11b.  Opera em 5Ghz  Alcance de até 60m indoor e 100m outdoor  Mais voltado para aplicações indoor  Seu maior problema é a não compatibilidade com dispositivos do padrão b , o que prejudicou e muito sua aceitação no mercado. IEEE 802.11g  Taxas de transmissão de 54Mbps podendo chegar em alguns casos a 108Mbps.  Opera em 2.4Ghz 1  Mais voltado para aplicações indoor.  Reúne o melhor dos mundos a e b. (alcance x taxa) IEEE 802.16a  Criado em 2003.  Popularmente conhecido como Wi-Max  Voltado exclusivamente para aplicações outdoor  Alcance de até 50Km  Taxas de tranmissão de até 280Mbps 1.2 – Técnicas de Transmissão WLANs usam uma técnica de transmissão conhecida como difusão de espectro (Spread Spectrum). Essa técnica se caracteriza por larga largura de banda e baixa potência de sinal. São sinais dificeis de detectar e mesmo interceptar sem o equipamento adequado. Existem dois tipos de tecnologias de Spread Spectrum regulamentadas pelo FCC: Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS) e Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS). DSSS  Menos resistente a interferência  Compatibilidade com equipamentos de padrões anteriores  Taxa de Transmissão de 11 Mbps  Menor segurança  Possui 11 canais, mas destes somente 3 são não-interferentes e os efetivamente usados para transmissão – Canais : 1, 6 e 11 FHSS  Mais resistente a interferência  Não possui compatibilidade com equipamentos de padrões anteriores  Taxa de transmissão de 2Mbps  Maior segurança  79 canais disponíveis para transmissão Obs: No mundo das WLANs , o DSSS é a tecnologia utilizada. Figura 1 – Canais não interferentes no DSSS 1.3 – Elementos de Hardware Na tabela a seguir descrevemos os componentes de uma WLAN PC Card  Usado somente em notebooks  Serve para conectar o notebook a rede wireless  Possui antena interna imbutida 2 1.5 – Aplicações Hoje em dia a utilização das WLANs deixou de estar restrito a grandes empresas ou faculdades. Com os preços dos equipamentos mais acessiveis, elas acabaram atraindo a atenção do usuário comum devido a sua ampla gama de possibilidades de utilização. Vejamos os mais comuns. » Expansão da Rede Cabeada Podem haver casos em que a expansão de uma rede seja inviável devido ao custo proibitivo da estrutura necessária para o cabeamento adicional (cabos, contratação de instaladores e eletricistas), ou casos onde a distância pode ser muito grande (acima de 100 metros) para se usar cabos CAT5, como em uma loja de departamentos por exemplo. Em tais casos WLANs certamente serão uma alternativa de baixo custo e de fácil implementação. Figura 4 - » Conexão entre prédios É muito comum uma empresa ter escritórios em prédios diferentes que necessitam estar conectados a mesma infra estrutura de rede. O que era comum para atingir esse objetivo era alugar linhas privadas de uma companhia de telefonia ou utilizar passagens subterrâneas para a infra de cabos. Esses métodos eram dispendiosos e demorados para implementar. WLANs surgem como uma alternativa de rápida implementação e de baixo custo comparados aos métodos tradicionais. A comunicação entre os prédios se torna possivel graças as antenas e aos equipamentos wireless de cada um deles. A comunicação pode ser realizada basicamente de duas formas no que se refere a conectividade prédio a prédio. PTP – Ponto a Ponto. São conexões wireless entre dois prédios e usam antenas direcionais de alto ganho em cada um deles. Figura 5 – Comunicação Ponto a Ponto 5 PTMP – Ponto-Multiponto. São conexões wireless entre 3 ou mais prédios, sendo que um atua como central. No prédio central usa-se uma antena omni-direcional e nos outros antenas direcionais. Figura 6 – Comunicação Ponto Multiponto Obs: Em ambos os tipos de comunicação é fundamental haver visada direta entre as antenas. » Serviços de Última Milha Esse tipo de serviço é largamente utilizado por provedores internet para levar o acesso a internet até a uma localidade remota que não dispõe dos meios tradicionais de acesso em banda larga (xDSL e cable modem). A grande vantagem é que os custos de instalação são bem menores se comparados aos métodos tradicionais, mas sempre tem que ser levado em conta a situação e a relação custo x benefício. Da mesma forma que provedores xDSL tem problemas com distâncias grandes a partir do escritório central e provedores de cabos tem problemas com a meio sendo compartilhado pelos usuários, provedores wireless tem problemas com telhados, arvores, montanhas, torres e muitos obstáculos. Embora provedores wireless não tenham uma solução a prova de falhas, eles podem levar seus serviços até onde outros de tecnologias tradicionais não conseguem. Figura 7 – Serviço de Última Milha » Mobilidade Uma das principais características da tecnologia wireless é a mobilidade, que por sua vez pode acarretar em um aumento real de produtividade em determinados casos, tais como uma loja de departamentos. Em uma loja de departamentos os funcionários responsáveis por catalogar os produtos, podem estar munidos de scanners de mão wireless e estes por sua vez estarem conectados a um computador central por meio de uma rede wireless. Existe uma economia de 6 tempo brutal nesse caso e um consequente aumento de produtividade porque não há necessidade da entrada de dados manual através de um terminal ligado ao computador central por meio de cabos. Os dados são transferidos automaticamente. » Escritórios Móveis Imagine que você tem uma empresa de treinamento e gostaria de divulgar seus serviços ao público em geral. Sua empresa possui um trailer e seu desejo é usá-lo como uma sala de aula móvel com acesso a internet e poder também divulgar serviços oferecidos pela sua empresa. Uma boa maneira de viabilizar isso seria com a tecnologia wireless. Para tal seria necessário uma antena omni-direcional posicionada no topo do prédio da sua empresa e outra direcional de alto ganho no alto do veículo, além dos computadores e mais alguns equipamentos. Lembrando que a sua mobilidade estaria restrita a área de cobertura da antena omni-direcional. » Hotspots São pontos de acesso wireless que permitem ao usuário conectar-se na internet estando em locais públicos como aeroportos, shoppings, hotéis, cafeterias e outros... Bastaria um laptop com um PCCard e uma conta de acesso da provedora do serviço para estar navegando na internet nesses locais, não esquecendo que o usuário é cobrado pelo uso do serviço. » Uso doméstico Na sua casa você pode ter mais de um computador que necessita de acesso a internet. Normalmente você necessitaria levar cabos para esses computadores adicionais a partir do hub em que também está conectado o computador que acessa a internet. Com a tecnologia wireless a passagem de cabos se torna desnecessária (o que muitas vezes pode resultar em significativa economia de tempo) e se você tiver um notebook você ganha mobilidade. Imagine poder acessar a internet do seu notebook estando em qualquer cômodo da casa? Ou ainda no caso do computador, mudá-lo do quarto para a sala se houver necessidade, sem se preocupar em passar cabos? No que se refere ao custo, instalar uma rede wireless ainda é bem mais caro que uma rede cabeada, mas os benefícios compensam. A tabela abaixo ilustra a diferença de custo (preços médios) para 2 computadores (um notebook e um desktop), distantes 15m do hub ou switch. O notebook e o desktop já possuem placa de rede. Figura 8 – Rede doméstica wireless com acesso a internet 7 potência que esteja dentro desse parâmetro (sensibilidade) para que ele possa ser reconhecido e possa haver comunicação. Uma forma de compensar essa perda, é utilizar amplificação no transmissor ou direcionar o sinal de forma que não passe pelos objetos que estão causando a perda. 2.4 – Reflexão Refexão ocorre quando um sinal de RF incide sobre um objeto que tem dimensões muito largas quando comparado ao comprimento de onda do sinal. Prédios, paredes e muitos outros obstáculos podem causar reflexões. Dependendo da superficie do obstáculo, o sinal refletido pode permanecer intacto ou sofrer perda devido a absorção de parte do sinal. Reflexões podem causar muitos problemas em WLANs tais como degradação ou cancelamento do sinal original ou buracos em uma área de cobertura. A reflexão do sinal original em uma área de transmissão damos o nome de multipath. Reflexões dessa magnitude nunca são desejáveis e requer mecanismo especial para compensá-las. Figura 11 – Reflexão de sinal 2.5 – Refração Refração é o desvio que uma onda de rádio sofre ao passar através de um meio de densidade diferente, conforme ilustrado na figura 12. Na realidade quando uma onda de rádio atravessa um meio de densidade diferente, parte da onda é refletida e parte sofre um desvio em outra direção. Refração pode se tornar um problema para links RF de longa distância. Como as condições atmosféricas estão sujeitas a variações, refração pode fazer com que o sinal sofra um desvio acentuado de forma que o sinal não chegue ao receptor. 10 Figura 12 – Reflexão e Refração 2.6 – Difração A difração ocorre quando o caminho entre o transmissor e o receptor é obstruido por uma superficie com bordas de tamanhos irregulares. Nesse caso parte do sinal sofre um desvio na sua direção, passando a circundar a superficie como mostra a figura 13. Parte do sinal que circunda a superfície sofre um retardo na sua velocidade de propagação enquanto que a outra parte mantém a velocidade de propagação original. Dependendo do tamanho do objeto, o sinal pode até ser inteiramente bloqueado. Difração é comumente confundida com refração. Mas a principal diferença é que difração ocorre quando um sinal incide sobre um objeto e reflexão ocorre quando um sinal atravessa um meio. Figura 13 – Como acontece a difração 2.7 – Espalhamento 11 O espalhamento ocorre quando o sinal atravessa um meio que consiste de objetos com dimensões que são pequenas se comparados ao comprimento de onda do sinal e o número de obstáculos por unidade de volume é grande. Telhados, pequenos objetos e outras pequenas irregularidades no caminho do sinal podem causar espalhamento do mesmo. O espalhamento pode causar sérios prejuizos em uma área de transmissão. Dependendo da superfície atingida, o sinal é refletido em muitas direções simultâneamente com amplitudes menores interferindo significativamente no sinal original, podendo causar degradação substancial ou mesmo perda completa do mesmo. Figura 14 – Espalhamento de sinal 2.8 – VSWR VSWR (Voltage Standing Wave Radio) pode ser definido como um indicador de quantidade de sinal refletida de volta ao transmissor em um circuito RF. Para que toda potência transmitida chegue a antena, a impedância de cabos e conectores deve ser a mesma (casamento de impedância), do contrário teremos parte do sinal transmitido sendo refletido na linha no ponto onde não há esse casamento. Essa parte do sinal que é refletida contribui para a variação no nível do sinal que está sendo transmitido. VSWR é expresso como uma relação entre dois números. Esses dois números confrontam um situação de não casamento de impedância e uma outra situação em que há o casamento de impedância perfeito. Um valor típico de VWSR seria 1.5:1. O segundo número é sempre 1. Quanto menor o valor do primeiro número (mais próximo de 1), melhor casamento de impedância seu sistema terá e conseqüentemente menos sinal refletido na linha. Logo, um circuito RF com VSWR de 1.4:1 é melhor do que outro com 1.5:1. Um VSWR com 1.1:1 significa casamento de impedância perfeito e a garantia de que não sinal refletido de volta para o transmissor. Um VSWR excessivo poderia causar sérios problemas em um circuito RF, além dos já citados. Pode haver inclusive queima de componentes eletrônicos, porque os dispositivos não 12 antena. Uma antena pode criar um efeito de amplificação focando a radiação em um lóbulo estreito, da mesma forma que uma lanterna que emite luz a uma grande distância. O foco da radiação são medidos pelos lóbulos em graus horizontal e vertical. Por exemplo, uma antena omnidirecional tem um lóbulo de 360 graus. Se estreitássemos esse lóbulo para algo em torno de 30 graus, podemos levar essa mesma radiação a distância maiores. Veja as figuras 17 e 18, elas ilustram bem esse efeito, observe que há um achatamento dos lóbulos. O ganho é expresso em Db (decibéis). Quanto maior for o ganho da antena mais estreito será seu lóbulo principal. Figura 17 – Lóbulos de um elemento de antena, sem ganho Figura 18 – Lóbulos de uma antena com ganho. 2.9.4 – Gerador de RF Conforme definido pelo FCC, um gerador é um dispositivo de RF especificamente projetado para gerar sinais RF. Em termos de hardware, o gerador de RF incluiria o dispositivo RF e todos os conectores e cabeamento envolvidos, com exceção da antena, conforme mostrado na figura 19. Figura 19 – Gerador de RF 15 2.9.5 – EIRP EIRP (Equivalent Isotropic Irradiated Power), é a potência atualmente irradiada pelo elemento de antenna. Este conceito é importante porque é regulado pelo FCC e porque é usado no calculo para avaliar a viabilidade de um link wireless. O ganho da antena também é levado em conta. Figura 20 – Ilustrando o EIRP Se uma estação de transmissão, usa uma antena de 10 Dbi, isso é amplifica o sinal de entrada em 10 vezes, e se temos um sinal de 100mw na entrada, o EIRP é de 1000mw ou 1 watt. 2.10 – Cálculos de Potência Depois de conhecermos vários conceitos de RF e sua importância em uma WLAN, torna-se necessário avaliar através de cálculos a viabilidade de um link wireless sem infringir as regras do FCC no que se refere a limitações de potência. São quatro os aspectos importantes no cálculo de potência: » Potência do dispositivo de transmissão. » Perda e ganho entre o dispositivo de transmissão e a antena causada por conectores, cabos, amplificadores e atenuadores. » Potência no último conector, antes de sinal RF entrar na antena. » Potência no elemento de antena (EIRP). 2.10.1 – Unidades de Medida 2.10.1.1 – Watt (w) Unidade básica de potência. É definido como 1 ampere(A) de corrente em 1 volt (V), logo: potência = volt x ampere (P=VA). O FCC permite no máximo 4 watts de potência a ser radiado de uma antena em uma WLAN ponto multiponto sobre a frequência de 2.4Ghz. Pode não parecer muita potência, mas é o suficiente para enviar sinais RF claros por quilômetros. 16 2.10.1.2- Miliwatt (mw) Em WLANs, níveis de potência são comumente expressos em miliwatts(mw), ou seja (1/1000w). Em um segmento WLAN típico indoor, os níveis de potência raramente ultrapassam 100mw, o que é suficiente para se comunicar na faixa de 500 metros ou mais em condições ótimas. Os Pontos de acesso normalmente irradiam o sinal entre 30-100mw dependendo do fabricante. 2.10.1.3- Decibéis (DB) Usado para expressar sinais da ordem de 0.000000001 watts. Normalmente um receptor que é muito sensível a sinais RF deve ser capaz de captar sinais desta ordem. O decibel é usado como uma forma mais inteligível de expressar esses sinais. Decibéis estão relacionados a watts por uma expressão logarítmica com base 10. Assim se nós temos 1000 e queremos encontrar o log, teríamos como resposta, 3, porque , 1000 = 10³. Observe que na realidade o logaritmo nada mais é que o expoente. Obs: Tanto DB como mw são os padrões utilizados pela industria para medidas de potência. 2.10.1.4 – Unidades de medida para perda e ganho Perda e ganho de potência em um circuito são medidos em decibéis e não em watts. Isso se explica pelo fato de que perda e ganho são coneceitos relativos e decibel é uma medida relativa. Perder metade de potência em um sistema corresponde a perda de 3 decibéis. Se um sistema perde metade da sua potência (-3dB) e logo após perde a metade novamente, isso equivale a perda de ¾ da potência original. (1/2 da primeira mais a ½ da segunda). Como referência rápida, existem números relacionados a ganho e perda que deveríamos estar familiarizados: -3 dB = Metade da potência em mw +3 dB = Dobro da potência em mw -10 dB = Um décimo da potência em mw +10 dB = Dez vezes a potência em mw Esses valores facilitam o cálculo da perda e ganho em um circuito RF sem o uso de uma calculadora. Em casos em que este método não é possível há fórmulas de conversão: a) Convertendo mw para dBm: b) Convertendo dBm para mw: 17 Para designar o nível de potência em vários pontos do circuito, faremos: P1 – Potência de saída do Access point P2 – Potência irradiada pela antena P3 – Potência do sinal antes de chegar a antena. Primeiramente vamos transformar a potência de saída do Access point para facilitar o calculo : P (dBm) = 10 log 100 P1 = 10 x 2 = 20 dBm Agora calculamos o sinal resultante computando as perdas causadas pelos conectores e o ganho da antena. P2 = Potência do AP – perdas dos conectores + ganho da antena P2 = 20 – 3 – 3 – 3 + 12 = 23 dBm =200 mw Observe que o ganho real foi de 3 dB (o dobro) em relação ao sinal que sai do AP. Para calcularmos o sinal que chega a antena, fazemos: P3 = Potência do AP – perdas dos conectores P3 = 11 dBm. 3 – Técnicas de Transmissão Conforme mencionado anteriormente, WLANs utilizam uma técnica de transmissão conhecida como difusão de espectro (Spread Spectrum). Essa técnica se caracteriza por larga largura de banda e baixa potência de sinal. Possuem uma série de vantagens em relação ao seu antecessor (banda estreita) por serem sinais difíceis de detectar e mesmo interceptar sem o equipamento adequado. São menos susceptíveis a interferência do que os sinais de banda estreita (Narrow Band). Por todas essas razões tem sido a técnica preferida do meio militar. Existem dois tipos de tecnologias de Spread Spectrum regulamentadas pelo FCC: Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS) e Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS). Mas antes, vamos falar um pouco sobre transmissão em banda estreita. 20 3.1 – Banda Estreita (Narrow Band) Transmissão em banda estreita é uma tecnologia que se caracteriza pela alta potência do sinal e pelo uso do espectro de freqüência suficiente para carregar o sinal de dados e nada mais. Quanto menor for a faixa de freqüência utilizada maior deverá ser a potência para transmitir o sinal. Para que esses sinais sejam recebidos, eles devem estar acima (de forma significativa) de um nível de ruído conhecido como noise floor. Devido ao fato de sua banda ser muito estreita, um alto pico de potência garante uma recepção livre de erros. Uma das grandes desvantagens dessa técnica é a sua susceptibilidade a interferência, aliado ao fato de que é simples evitar que o sinal original seja recebido, transmitindo sinais indesejáveis na mesma banda com potência maior do que a do sinal original. 3.2 – Difusão de Espectro (Spread Spectrum) Diferentemente da transmissão em banda estreita, a difusão de espectro, utiliza uma faixa de freqüência muito maior do que a necessária para carregar a informação. São menos susceptíveis a interferência e usam menos potência para transmitir um sinal do que a que seria necessária para transmitir o mesmo sinal na banda estreita. Veja a Fig.22. Figura 22 – Comparação entre transmissão em Narrow Band e Spread Spectrum Para exemplificar, nós usaríamos 1 MHz em 10 watts com Narrow Band e 20 Mhz em 100 mw com Spread Spectrum. As principais características de um sinal Spread Spectrum (Grande largura de banda e baixa potência), faz com que ele se assemelhe a um sinal de ruído. Como receptores não irão interceptar nem decodificar um sinal de ruído, isso cria uma espécie de canal de comunicação seguro. 21 Essa segurança foi o que encorajou o meio militar nos anos 50 e 60 a usar a tecnologia. Obviamente que essa segurança deixava de ser válida se mais alguém usasse a tecnologia. Nos anos 80, o FCC criou uma série de regras que tornava disponível a tecnologia para o público, encorajando sua pesquisa e comercialização. Essa atitude não influenciou o meio militar porque as bandas e as técnicas de modulação usadas pelo público eram diferentes. Desde então a tecnologia tem sido usada em telefones sem fio, GPS, telefones celulares e mais recentemente em WLANs. Embora haja muitas implementações da tecnologia, somente dois tipos são regulamentados pelo FCC; o FHSS (Frequency Hope Spread Spectrum) e o DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum). 3.3 – FHSS (Frequency Hope Spread Spectrum) FHSS é uma técnica que usa a agilidade de freqüência para espalhar os dados. Essa “agilidade” pode ser entendida como a mudança repentina da freqüência de transmissão dentro da faixa de RF utilizável. No caso das WLANs, a banda utilizável dentro da 2.4Ghz ISM é a de 83.5 Mhz, segundo regulamentado pelo FCC e o IEEE 802.11. A portadora muda a freqüência de acordo com uma seqüência pseudo-randômica. Essa seqüência nada mais é que uma lista de freqüências que a portadora irá pular em intervalos de tempo especificados. O transmissor usa essa seqüência para selecionar suas freqüências de transmissão. A portadora permanecerá em uma freqüência por um determinado período de tempo e depois pulará para a próxima. Quando a lista de freqüências chegar ao final , o transmissor repetirá a seqüência. A Fig.23, ilustra um sistema de FHSS usando uma seqüência de 5 freqüências : 2.449 GHz, 2.452 GHz, 2.448 GHz, 2.450 GHz, 2.451 GHz. 22 802.11 e 802.11b investissem em upgrade de toda a sua rede para usufruir dessas altas taxas de dados. O 802.11g é uma alternativa ao 802.11a com os mesmos benefícios da taxa de dados de 54 MHz do 802.11a e compatibilidade com os padrões 802.11 e 802.11b, por operar na faixa de 2.4 GHz. Com a popularização do padrão 802.11g, o 802.11a tende a ter seu uso cada vez mais restrito. Existem fabricantes, como a Dlink que fabricam equipamentos para operar a uma taxa de 128 Mbps, também chamada de turbo. 3.4.2 – Canais Diferentemente do FHSS que usa seqüências de pulo para definir os canais, DSSS usa uma definição de canais mais convencional. Cada canal é uma banda contígua de freqüências com largura de 22 MHz e portadoras de 1 MHz, como no FHSS. Por exemplo, o canal 1 opera de 2.401 GHz a 2.423 GHz (2.412 GHz +/- 11 MHz). Veja a Fig. 24. Figura 24 – Canais DSSS e relacionamento espectral. Observe que os canais 1 e 2 se entrelaçam de maneira significativa. Cada uma das freqüências mostradas são consideradas freqüências centrais. A partir dela somamos e subtraímos 11 MHz para obter o canal utilizável de 22 MHz. Veja a tabela abaixo: 25 O uso de rádios DSSS com canais entrelaçados (1 e 2 por exemplo), no mesmo espaço físico, poderia causar interferência entre eles, reduzindo drasticamente o throughput de toda a rede. Para usar rádios DSSS no mesmo espaço físico, eles deveriam usar canais que não se entrelaçam (canais 1 e 6 por exemplo). Como as freqüências centrais estão distantes de 5 MHz e os canais tem 22 MHz de largura, só é possível colocar no máximo 3 sistemas DSSS no mesmo espaço físico, na teoria os canais 1,6 e 11 não se entrelaçam. Veja a Fig.25: Figura 25 – 3 Canais que não se entrelaçam. 3.4.3 – A banda de 5 GHz Na realidade a banda de 5 GHz, se divide em três: » U-NII 1 que se estende de 5.15 a 5.25 GHz » U-NII 2 que se estende de 5.25 a 5.35 GHz » U-NII 3 que se estende de 5.725 a 5.825 GHz 26 A numeração de canal inicia em 5 GHz com incrementos de 5 MHz. Nas bandas U-NII 1 e 2 a freqüência central está distante 30 MHz das bordas enquanto que na U-NII 3 esta distância é de 20 MHz, conforme mostram as Figs. 26 e 27. Figura 26 – Canais na U-NII 1 e 2 Figura 27 – Canais na U-NII 3 As três bandas tem diferentes limites no que se refere a potência de transmissão. A banda U-NII 1 é voltada para uso indoor somente, em níveis baixos de potência, a banda U- NII 3 é voltada para uso outdoor e aplicações de longa distância em níveis mais altos de potência. » Na banda U-NII 1, pode-se usar um transmissor de até 40mw (16 dBm), com uma antena de ganho de 6 dBi, produzindo uma EIRP máxima de 22 dBm. Para cada ganho adicional acima dos 6dBi, deve-se reduzir a potência no transmissor de 1dB. » Na banda U-NII 2, pode-se usar um transmissor de até 200mw (23 dBm), com uma antena de ganho de 6 dBi, produzindo uma EIRP máxima de 29 dBm. Para cada ganho adicional acima dos 6dBi, deve-se reduzir a potência no transmissor de 1dB. » Na banda U-NII 3 , pode-se usar um transmissor de até 800mw (29 dBm), com uma antena de ganho de 6 dBi, produzindo uma EIRP máxima de 35 dBm. Para cada ganho adicional acima dos 6dBi, deve-se reduzir a potência no transmissor de 1dB. 27
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