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Sexualidade na Escola, Notas de estudo de Biologia

...A educação sexual acontece primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida. Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Outros super estimulam as crianças, achando engraçadinho ver crianças de 1, 2, 3 anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: "Quem é seu namorado?" As meninas vestem micro saias, ou micro shorts, os meninos são empurrados a desejar modelos como Tiazinha, Carla Perez, Feiticeira, etc. A geração anterior era muitas vezes p

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 07/09/2008

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marcelo-cesar-pedro-12 🇧🇷

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Baixe Sexualidade na Escola e outras Notas de estudo em PDF para Biologia, somente na Docsity! Sexualidade Infantil Psicóloga Nina Eiras Dias de Oliveira A educação sexual acontece primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida. Muitos pais preferem nem tocar no assunto. Outros super estimulam as crianças, achando engraçadinho ver crianças de 1, 2, 3 anos beijarem na boca, ao som de frenéticas risadinhas, ou indagações do tipo: "Quem é seu namorado?" As meninas vestem micro saias, ou micro shorts, os meninos são empurrados a desejar modelos como Tiazinha, Carla Perez, Feiticeira, etc. A geração anterior era muitas vezes punida e repreendida caso mencionasse ou quisesse saber alguma coisa a respeito de sexualidade. A atual é bombardeada pela estimulação precoce à erotização. Há os que acreditam que só estão lidando com a sexualidade a partir do momento em que ela é falada, seja através de informações ou explicações a respeito. Mas onde inicia então esta relação? Quando a mãe e o pai cuidam do bebê, brincam com este, na maneira como se relacionam com ele, ao mesmo tempo em que o casal vive uma relação afetiva, gratificante ou não, quando os limites de cada papel e relação ficam bem definidos e marcados, quando a criança pode concluir que amar é ou não possível, está recebendo educação sexual. Quando se pensa em educação sexual na infância, automaticamente tem que se pensar, também, em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança. É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se dando. Ás vezes, alguns pais querem se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca mais vão precisar falar sobre o assunto. Quando uma criança pergunta por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe não quer dizer que ela queira ou aguente saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder a criança de maneira simples, clara e objetiva satisfaz sua curiosidade. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto que a não satisfação ou o excesso de informações gera ansiedade e tensão. A sexualidade infantil é diferente da sexualidade adulta, não contém os mesmos componentes e interesses. Muitas vezes através da dramatização, a criança compreende, elabora, vivencia a realidade que vive. Compreende papéis (mãe, pai, filho, homem, mulher, etc.), embora muitas vezes já se perceba menino ou menina e já conheça seus orgãos genitais, experimenta na brincadeira sexos indiferentemente. Perdeu-se hoje, de uma forma geral, a noção do que é pertinente a criança. Vejo com frequência adultos se dirigirem a criança como se estivessem se dirigindo a adultos em miniatura. Não sabem como se aproximar delas, sobre o que falar e de que maneira. Ao ouvirem uma criança se referir a outra como sendo seu namorado entendem isto dentro do parâmetro de adulto, às vezes desesperando-se, às vezes estimulando, poucos lidam com este dado na dimensão do contexto e por quem ele é apresentado. Acompanho no consultório crianças que, super estimuladas, encontram na erotização a única forma de se relacionar. O afeto é erotizado e os movimentos, a vestimenta e a maneira como se comportam, tem o sentido de provocar uma relação erotizante. Apresentam, portanto, distorção em sua capacidade de sentir, pensar, integrar, conhecer e de relacionar, pois são estimuladas a dar um salto para a sexualidade genital, que não têm condições emocionais, biológicas e maturidade de realizar, dispertando, muitas vezes, alto nível de ansiedade e depressão. Educar sexualmente para a felicidade A sexualidade humana é definida como um conjunto de representações vivenciais, valores, regras, determinações, simbologias existenciais pessoais e coletivas que envolvem a questão da identidade sexual do homem e da mulher. Na sociedade primitiva ela era identificada com a procriação[carece de fontes?]. Na sociedade atual ela saiu do contexto do quarto do casal e é discutida na praça, na mídia escrita e falada, no discurso político, mas não se criou uma ética. À frente de tudo isto esta a ditadura comportamental da mídia, o novelismo é que dita as regras e compõe a sociedade moderna. Ao contrário do que pensam os adultos, crianças são seres humanos e, como tais, sexuados. Dependem de nossa postura e ação para iniciarem o sexo com naturalidade e maturidade. Conhecendo melhor o desenvolvimento da sexualidade infantil constatou-se que os comportamentos sexualmente tipificados são aprendidos desde tenra idade e, por isso [editar] Dois pontos de vistas básicos Teorias do desenvolvimento sexual podem ser de um modo geral dividida em duas escolas de pensamento: 1. Aqueles que tendem a enfatizam a biologia inata, que pode ser favorecida ou derturbado durante a infância. Isto é, que o desenvolvimento sexual humano é essencialmente um processo biológico e, portanto, basicamente semelhantes entre culturas, e que existe, portanto, um modelo relativamente limitado do desenvolvimento sexual saudável, embora isso possa ser perturbado pela influência da cultura ou por outros meios. Este é o método utilizado com mais freqüência no estudo dentro das escolas de ciências biológicas. 2. Aqueles que tendem a enfatizam que a sexualidade é uma construção sociais (com a sexualidade infantil fortemente influenciada pela sociedade que a cerca). Esta última escola utiliza muitas vezes os termos normativo (comportamento culturalmente apropriados) e não-normativo (comportamento culturalmente inadequado),[1] e é o método utilizado na maioria das escolas de ciências sociais. [editar] pesquisa [editar] Primeiras pesquisas As duas personalidades mais famosas na investigação da sexualidade infantil provavelmente são Sigmund Freud (1856-1939) e Alfred Kinsey (1894-1956). O trabalho de Freud, em 1905, Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade delineou uma teoria da desenvolvimento psicosexual com cinco fases distintas: o estágio oral (0 - 1,5 anos) onde sua principal região de prazer é a boca; o estágio anal (1,5 - 3,5 anos) quando região de prazer se desloca para o ânus; o estágio fálico (3,5 - 6 anos) quando dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto e culminou com a resolução do Complexo de Édipo nos meninos, já as meninas o complexo de Édipo nunca se desfaz, seguida de um período de latência da sexualidade (6 anos a puberdade) e o estágio da genitalia ou adulto. A tese básica de Freud era de que as crianças da sexualidade precoce é polimorfa e fortemente iniciativa a ter um desenvolvimento acentuado, e que as crianças precisa ajuizar ou sublimar estes para desenvolver um adulto saudável na sexualidade. Alfred Kinsey, cujas duas principais obras são os seus estudos (1948 e 1953), utilizou recursos para fazer os primeiros inquéritos em larga escala de comportamento sexual. O trabalho deKinsey centrava-se em adultos, mas ele também estudou crianças e desenvolveu os primeiros relatórios estatísticos sobre a masturbação na infância. O pesquisador sueco IngBeth Larsson, assinala que «É bastante comum as referências continuarem a citar Alfred Kinsey», devido à escassez de estudos posteriores do comportamento sexual de crianças.[1] [editar] Metodologia corrente de estudo Desenho de Martin Van Maele, 1905 O conhecimento empírico sobre o comportamento sexual infantil geralmente não é recolhido por entrevistas diretas a criança, (em parte devido a considerações éticas),[1] mas sim por: • observação de crianças que estejam sendo tratadas por terem problemas de comportamento, como o uso da força nas brincadeira de cunho sexual,[3] muitas vezes utilizando bonecos tenham representação da genitália.[4] • recordações de adultos.[5] • observação dos responsaveis.[6] [editar] Comportamento [editar] Comportamento normal e anormal Desenho de Martin Van Maele, 1905 Embora haja variação entre os indivíduos, as crianças geralmente são curiosas sobre os seu próprio corpo e os dos outros e se engajam em jogar onde exploram a sexualidade.[7] [8] No entanto, o conceito de sexualidade infantil é fundamentalmente diferente do objetivo-direcionador do comportamento sexual adulto, sendo a imitação do comportamento dos adultos, como penetração corporal e contato oral-genital são muito incomuns,[9] sendo mais comum entre as crianças que foram abusadas sexualmente.[1], mas crianças com outros tipos de desordem de comportamento também podem apresentar outros comportamentos de natureza sexuais das outras crianças.[1] [editar] sintomas comportamentais As crianças que foram vítima de abuso sexual por vezes podem mostrar comportamento sexual improprio para a idade,[10][11] que pode ser definido como uma expressão comportamental que não é normal para a cultura. O comportamento sexual pode constituir a melhor indicação de que uma criança tenha sido abusada sexualmente, embora algumas vítimas não apresentem comportamento anormal.[10] Mas também há crianças que apresentam comportamento sexual improprio, porém, causados por outros fatores além de abuso sexual possam ter causado esses problemas.[11] Outros sintomas de abuso sexual podem incluir manifestações de stress pós-traumático em crianças mais novas; medo, agressividade, e pesadelos em crianças em idade escolar; e depressão em crianças mais velhas.[10] [editar] comportamento normal Desenho de Martin Van Maele, 1905 As seções seguintes descrevem o típicos comportamento cultural normal que se desenvolve na maioria das atuais sociedades ocidentais. [editar] principio da infância O termo infância pode abranger até idades quatro, cinco, ou seis anos, dependendo do foco principal da pesquisada ou comentário. Durante este período: • As crianças frequentemente são curiosas sobre onde provêm os bebês.[12] • As crianças podem explorar o corpo de outras crianças e de adultos por curiosidade.[12] • Por quatro anos, as crianças podem mostrar um apego significativo ao progenitor do sexo oposto. [12] • As crianças começam a ter um sentimento de modéstia e da diferença entre comportamento público e privado.[12] • Em muitas crianças, tocar genitais, especialmente quando elas estão cansadas ou perturbadas. [editar] Masturbação e orgasmo De acordo com Alfred Kinsey em seus estudos na década de 1950, as crianças são capazes de terem orgasmos a partir dos cinco meses de idade. Kinsey observou que por volta dos três anos de idade, as meninas masturbam-se com mais freqüência do que os meninos, mas estudos mais recentes feitos na Suécia indicam que a masturbação em crianças desta idade é incomum, e mais comum entre os meninos do que com as meninas.[1] Kinsey também observou que a lubrificação da vagina na estimulação sexual de meninas é semelhante ao de uma mulher adulta. Until boys start producing semen (around puberty), they can only experience dry orgasms. Até a rapazes começar a produzir sémen (inicio da puberdade), que só podem experimentar orgasmos seco ( anejaculação). A capacidade de ejacular se desenvolve gradualmente com o tempo e tem sido relativamente constante entre as culturas e durante o último século.[13] Alguns pesquisadores sugerem que a masturbação infantil pode ser considerada não sexual, se a criança ainda não aprendeu a associá-la com o sexo.[14] [editar] Início da idade escolar As crianças tornam-se mais conscientes das diferenças entre os sexos,[15] [15] e tendem a escolher amigos ou companheiro no jogo do mesmo sexo,[15] ainda há menosprezo pelo sexo oposto.[15] As crianças podem soltar a sua estreita ligação ao seu progenitor sexo oposto e tornar-se mais ligado ao seu progenitor do mesmo sexo.[12] Durante esse período, as crianças, especialmente as meninas,[16] mostram aumento da consciência dos costumes sociais quanto sexo, nudez e privacidade.[16] As crianças podem usar termos de cunho sexual para testar a reação adultos.[12] As "piadas de banheiro" (piadas e conversa respeitantes das funções excretoras), presentes em fases anteriores, continua.[17] Masturbação continua a ser comum.[12][17] [editar] Média infância A 'média infância' abrange as idades a aproximada de seis a nove anos. Quando o desenvolvimento individual varia consideravelmente. Com o avanço desta fase, a escolha de amigos do mesmo sexo torna-se mais acentuada, e aumenta o desprezo pelo sexo oposto.[18] [editar] Atividade sexual raciocínio humano, que iam do nascimento até o fim da puberdade e conseqüentemente ao início da adolescência, que se sucediam de acordo com as fases do desenvolvimento físico. Após observarmos a classificação de Piaget, poderemos concluir que a sua classificação coincide com as observações de Freud, e poderemos constatar que além do desenvolvimento do raciocínio e do físico, correspondem também às citadas etapas, ao desenvolvimento psicossexual. No nosso caso nos interessa principalmente a concordância entre o período de latência de Freud e o terceiro estágio de Piaget. Vejamos. Ao primeiro estágio Piaget chamou sensório-motor. Ele corresponde aos dois primeiros anos da vida e caracteriza-se por uma forma de inteligência empírica, exploratória, não verbal. A criança aprende pela experiência, examinando e experimentando com os objetos ao seu alcance, somando conhecimentos. No segundo estágio, que ele chamou pré-operacional, e que vai dos dois anos aos sete anos, os objetos da percepção ganham a representação por palavras, as quais o indivíduo, ainda criança, maneja experimentalmente em sua mente assim como havia previamente experimentado com objetos concretos. No terceiro estágio, dos sete aos doze anos, as primeiras operações lógicas ocorrem e o indivíduo é capaz de classificar objetos conforme suas semelhanças ou diferenças. No quarto estágio, dos doze anos até a idade adulta, o indivíduo realiza normalmente as operações lógicas próprias do raciocínio. Se cruzarmos as conclusões de ambos , verificaremos que a concordância entre o período de latência de Freud e o terceiro estágio de Piaget reforça a importância deste período no processo de desenvolvimento acentuado do intelecto. À ausência da fase de latência substituída pelo interesse sexual prematuro podemos chamar dentre outras expressões de queima de etapa. É função da educação infantil contribuir para que o aluno chegue à esta fase sem a erotização precoce, que, se presente irá desviar a atenção que deveria estar voltada para o aspecto intelectual, para a área sexual, mudando então o foco de interesse e prejudicando o aprendizado. Não é demais relembrar que, quando Freud e Piaget se referem as características de uma determinada faixa etária por exemplo, “dos sete aos doze anos”, nós não devemos perder de vista uma certa flexibilidade no sentido deste momento poder ser um pouco antes dos sete, ou um pouco depois dos doze a depender do grau de maturação da criança, variando pois de indivíduo para indivíduo e que é influenciado por diferentes variantes sócio-culturais. A Força e o Poder da Mídia A televisão tem nos dado exemplos desta queima de etapas. O programa infantil Disney Club muito assistido pelo público infantil na década de 90, por exemplo, usava um jargão que dizia: “não somos crianças somos ultra-jovens” que é repetido diariamente, e apresentado pela Turma do CRUJ – Comitê Revolucionário Ultra Jovem. Ele traduz de forma clara o desejo de anulação da infância e projeção precoce da criança no mundo adulto. Neste contexto, a escola e a família têm uma influência direta e simultânea na orientação a ser dada à criança. A responsabilidade ou ação de uma não exclui nem concorre com a da outra. Antes, elas se complementam. Apesar de não caber a escola o papel de impor regras ou valores sejam morais, religiosos ou sexuais, ela eventualmente precisa se contrapor as normas colocadas pela família. Deve-se, porém não perder de vista que, cada família tem uma história consuetudinária, econômica e política intimamente ligada ao tempo e espaço onde criaram suas raízes. Isto deve ser levado em conta quando a escola propõe qualquer projeto de educação, especialmente os ligados a área da religião e da sexualidade. Apesar de se entender que a história familiar é fundamental para se entender dentro da escola os padrões de comportamento dos alunos, ela não é dinâmica e atualizada, por isso deve ser motivo de preocupação da escola as recentes e marcantes mudanças pelas quais passam as famílias e a sociedade como um todo. Elas têm sido causas de profundas mudanças nos papéis e valores muitas vezes equivocados, questionáveis ou totalmente condenáveis. São situações extremamente delicadas que exigem lidar com muito tato. A família que ama, acolhe e protege é a mesma que reprova, castiga, fantasia e critica usando desde as formas mais ostensivas como o castigo físico e reprovações verbais públicas, até as mais sutis como a definição de papeis sexuais, transitando livremente pelos tabus, preconceitos e omissão, colocando a idéia do sexo como algo ruim, vergonhoso, sujo e passível de punição. “Pecado original”. No que pese reconhecermos ser responsabilidade da família e não é da televisão nem do rádio, a seleção do conteúdo a ser visto e ouvido pela criança, não podemos deixar de registrar a omissão da escola e a indiferença da mídia e do governo em relação à questão, que possibilita a divulgação do imenso manancial de mediocridade presenciado diuturnamente. Um freqüente bombardeio de informações através de livros, revistas, jornais, propagandas e os amigos, alheios e indiferentes a escola e a família, exercem um poder muito grande de formação de opinião e são decisivos na construção da erotização precoce e a gradativo encolhimento do período da infância. A mídia, com especial destaque à televisiva, trata indistintamente todas as faixas etárias. Temas, conteúdos e comportamentos antes restritos aos adultos, são expostos em horários freqüentados por crianças de todas as idades. Cenas eróticas, crimes, guerras, intolerâncias raciais e religiosas, corrupção; as crianças são literalmente expulsas da infância e projetadas na idade adulta. Um dos mais influentes meios de repasse de valores é sem dúvida a música. Ferramenta das mais importantes na educação infantil, através dela podem ser repassados conhecimentos conceitos e valores, desenvolver-se aptidões e estimular-se a afetividade, interagindo destarte nas três áreas de atuação da educação formal: a afetiva a cognitiva e a psicomotora. Ela tanto pode ser tradicional, quando se origina do folclore ou da cultura popular ou erudita (pertencente ao universo escolar), como é o caso da obra do professor baiano Antônio Luiz Ferreira Bahia, na área de Educação Física Escolar. A música, como também outros instrumentos de educação, influi diretamente no desenvolvimento da imaginação infantil, remetendo a criança a um universo paralelo que serve de referência para a solução de seus conflitos pessoais e interpessoais através da solidificação e porque não dizer também, da construção de conceitos e normas de conduta para si própria e em relação ao próximo. Por isso é necessário oferecer em casa e na escola um repertório musical adequado sem espaços para a programação de baixo nível exibida nos meios de comunicação, o que só será atingido através de um esforço social coletivo tendo a frente a família e a escola que juntas podem viabilizar uma ação sócio-política neste sentido. Quando a família se coloca contra esta mediocridade dizendo às crianças o que é ou não correto, e selecionando a desenvolvimento infantil, acelerando a chegada da puberdade e contribuindo para a banalização do sexo. Queimar etapas gera frustração, e faz com que, quando adulto, o indivíduo fique tentando em vão recuperar o tempo perdido. A assimilação destas danças e ritmos se pode observar nas festas de aniversário, incentivadas por “animadores” e comemoradas pelos pais. Aliás, o conceito de festa infantil vem gradativamente se transformando, e é cada vez mais ocorrente o tipo de festa “boite infantil”. Pode? Aliado a estes aspectos negativos de cunho sexual, ainda tem o incentivo da violência explicita, consentida e comemorada contra a mulher, protagonizada pelos “tapa na cara” e os “tapinha não dói” dentre outras mediocridades. Outro aspecto importante vem das expressões contidas nas “letras” das “músicas” como: “vou pegar você na cama e fazer muita pressão”; “tudo que é perfeito, a gente pega pelo braço, joga lá no meio, mete em cima mete em baixo”, e outras, que por incrível que pareça, são bastante piores e não cabe citá-las aqui. Merece destaque também os termos depreciativos usados pelos “artistas” para designar e “elogiar” a mulher como: cachorras, poposudas, potrancas... Estas declarações de animalização, submissão, agressão e vulgarização da condição feminina, ensinam aos meninos que eles devem vê-las, tratá-las e usá-las como meros objetos de prazer (consumo), inferioridade e sadismo (violência física), pois, tudo isto é legitimado e reforçado quando é bem visível a imagem delas próprias cantando e coreografando estes refrões, portanto, concordando implicitamente com tudo. Os homossexuais também são tratados da mesma forma. Recentemente em Salvador o grupo de “pagode” abaixo citado protagonizou esta letra de caráter evidentemente homofóbico: Bicha, bicha Passe a mão na bicha Bicha, bicha Sambe com a bicha Bicha, bicha Esse cavalo é égua Baixo astral, baixaria (Grupo Saiddy Bamba, 2004) Outra lembrança que tive é o fato das crianças virem maquiadas para a escola, o que, apesar de ser ”engraçadinho” também conduz a vulgarização da condição sexual hoje em dia levada a cabo pela moda, e estrelas do mundo artístico. A aceitação passiva destes desvios pela escola, a transforma em mais um espaço que legitima signos que vulgarizam a condição sexual. Estes apelos eróticos trazem graves problemas a curto e médio prazo, às vezes materializados por uma iniciação sexual precoce, que pela inexperiência dos parceiros pode conduzir a uma DST, gravidez indesejada na adolescência, AIDS, aborto ou outros tipos de problemas, ressuscitando a mulher objeto e jogando na lata do lixo, valores construídos com muito sacrifício pelas mulheres nas últimas décadas. Isto sem falar na decepção que pode ser gerada por envolvimentos superficiais quando se “fica”, tipo de relacionamento peculiar aos “artistas da moda”, onde é recíproca a falta de afeto e o respeito. Desenvolvimento infantil segundo Freud. Summary rating: 2 stars 73 Avaliações Autor : FREUD Review by : Luacarioca Visitas: 2701 palavras: 300 Publicado em: outubro 24, 2007 Ads by Google Ci�ncia e Tecnologia No JB Online voc� fica por dentro das not�cias da Ci�ncia. Assine J�! www.jbonline.terra.com.br São as fases de desenvolvimento infantil segundo Freud. Fase oral (nascimento a 1 ano): principal ponto de tensão e gratificação é a boca, a língua e lábios - inclui o morder e a sucção. Fase anal: (1 - 3 anos): ânus e área vizinha são a maior fonte de interesse; aquisição de controle voluntário de esfincter (treinamento da toalete). Fase fálico-edipiana (3-5 anos): Foco genital de interesse, estimulação e excitação; pênis é o órgão de interesse de ambos os sexos; masturbação genital é comum; Intensa preocupação com ansiedade de castração ( temor de perda ou danos aos genitais); inveja do pênis (insatisfação com os próprios genitais e desejo de possuir genitais masculinos), vista em meninas, nesta fase; Complexo de Édipo é universal. Criança deseja ter relações sexuais e casar com o membro parental do sexo oposto e, simultanea livrar-se do membro do mesmo sexo. Fase de latência ( dos 5-6 anos a 11 - 12 anos): Estado de relativa inatividade da pulsão sexual, com resolução do complexo de Édipo; Pulsões sexuais canalizadas para objetivos mais apropriados socialmente; Formação do superego; uma das três estruturas psiquicas da mente responsável pelo desenvolvimento moral e ético, incluindo a consciência; Fase genital ( dos 11 -12 anos em diante): Estágio final do desenvolvimento sexual - começa com a puberdade e a capacidade para a verdadeira intimidade. EROTIZAÇÃO DA INFÂNCIA Fernanda Passarelli Hamann* VOLTAR imprimir enviar texto Há quase um século, Sigmund Freud ousou relacionar dois temas que pareciam muito distantes entre si: sexualidade e infância. Em 1905, ele publicou Os três ensaios sobre a sexualidade, num dos quais abordava especificamente a sexualidade infantil - conceito fundamental para a Psicanálise, até os dias atuais. Para Freud, a sexualidade da criança possui duas características principais: é perversa e polimorfa. Isto significa dizer que ela é auto-erótica e satisfeita através da estimulação de zonas erógenas no próprio corpo da criança. As fases do desenvolvimento infantil, segundo a teoria freudiana, estão ligadas ao deslocamento da libido (energia sexual) a cada uma dessas zonas. Assim, a criança deve passar pela fase oral (obtendo prazer pela sucção do seio materno, da chupeta, do dedo, ou levando os objetos à boca), pela fase anal (quando aprende a controlar a atividade esfincteriana), e por outras, até chegar à puberdade. A auto- estimulação de zonas erógenas não se configura propriamente como uma masturbação - atividade característica da puberdade - e sim como um tipo de sexualidade especialmente infantil, diferente da adolescente e da adulta. É fácil imaginar o escândalo provocado por essas idéias na sociedade vienense do início do século XX. Neste momento histórico, predominava uma concepção de infância associada a uma aura de pureza, inocência e ingenuidade. A criança deveria ser protegida dos ditos "segredos adultos", como aqueles relativos à violência e ao sexo. E se definia, justamente, pelo não conhecimento desses "segredos".
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