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Ludicidade e Matemática, Notas de estudo de Literatura

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 05/12/2008

adriana-da-paixao-santos-2
adriana-da-paixao-santos-2 🇧🇷

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Baixe Ludicidade e Matemática e outras Notas de estudo em PDF para Literatura, somente na Docsity! 1 A LUDICIDADE NO TRABALHO COM A MATEMÁTICA Cíntia Maria Basso dos Santos Janete Tonello Marques Maria Janete Boff Reis Meira Renata Cordeiro de Jesus RESUMO O jogo tem vários objetivos dentre eles por desenvolver habilidades sensório-motor e a assimilação do conteúdo em sala de aula, o professor deve, inclusive aproveitar a realidade que cerca o educando para facilitar sua aprendizagem no dia a dia. A matemática dos sonhos da maioria dos professores se tornará realidade no momento que existirem dentre outros fatores salas apropriadas para realizar uma aula diferente, materiais adequados, professores preparados, motivados e atualizados que levem para a sala de aula materiais novos, atrativos e principalmente que trabalhem através da realidade de seus educandos. O jogo é um processo que auxilia a evolução da criança, utiliza a análise, a observação, a atenção, a imaginação, o vocabulário, a linguagem e outras capacidades próprias do ser humano. Por meio dos jogos as crianças passam a compreender e a utilizar regras que serão empregadas no processo de ensino-aprendizagem. Por meio do concreto, a criança adquire noções de proporções, como grande, pequeno, maior, menor, alto, baixo, comprido, curto, etc. Colocar as crianças em ordem crescente e decrescente, do mesmo tamanho, mais altas e as mais baixas. Medir as crianças, medir a sala, encher balões. O professor não deve impor o conteúdo, pois a aprendizagem se faz por meio da manipulação de diversos tipos de materiais. É importante o uso de jogos no processo de ensino e aprendizagem, pois o mesmo é considerado um instrumento auxiliar do processo educativo do ser humano. As atividades lúdicas são essenciais, é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas, e a partir disso se produz o conhecimento. Os jogos para as educandos são fundamentais para desenvolverem diferentes condutas e também a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir os jogos como experiências e liberdade de criação no qual as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo e com os outros. PALAVRAS – CHAVE: jogo, educando, professor, matemática, aprendizagem. 1 Considerações iniciais Em uma sociedade como a nossa, com injustiças, competitividade e desigualdades sociais, os jogos matemáticos são atividades que, muitas vezes, 2 ficam em “último plano” nas escolas, pois alguns professores só se preocupam em dar conta do planejamento curricular de forma mecânica esquecendo que podem ensinar, brincando. Estudos feitos no decorrer dos tempos sobre a história da infância nos mostram que a criança normalmente vê o mundo através do brinquedo, o brincar e o jogar demonstram então as concepções e representações que as crianças têm do mundo que as cercam. Dentro deste contexto os jogos matemáticos são atividades importantes para o desenvolvimento das crianças, pois através do jogo as mesmas pensam e reorganizam as situações que vivenciam em seu cotidiano. De acordo com BORIN (1996, p. 8), “Os jogos auxiliam também na descentralização, que consiste em desenvolver a capacidade de ver algo a partir de um ponto de vista que difere do seu, e na coordenação dessas opiniões para chegar a uma conclusão”. Criam um novo esquema no qual se encaixam estímulos, onde a criança pode realizar qualquer tarefa, pois o estímulo é parte importante da educação uma vez que bem elaboradas. Portanto, é por meio da assimilação e da acomodação que os alunos começam a decifrar o mundo e suas peculiaridades. E vão, aos poucos, adquirindo o conhecimento da realidade na qual estão situados. Desta forma podemos utilizar nas turmas de quarta séries jogos matemáticos visando uma aprendizagem de forma lúdica? Portanto se o professor conhecer a história dos jogos matemáticos, então terá subsídios teóricos para tornar suas aulas mais atrativas de forma lúdica. Se o professor trabalhar os conteúdos escolares através de jogos matemáticos, então os alunos assimilarão com maior facilidade o que está sendo ensinado. Se o professor motivar os alunos em sala de aula, então os alunos desenvolverão as atividades com mais entusiasmo visando o conhecimento. Nosso objetivo neste artigo é pesquisar de que forma podemos utilizar jogos matemáticos com as turmas da quarta série visando uma aprendizagem de forma lúdica. Conhecendo a história dos jogos matemáticos visando aulas mais atrativas. Trabalhando com jogos matemáticos de forma atrativa e lúdica. Proporcionando atividades motivadoras objetivando o entusiasmo dos alunos na realização das atividades 5 Através de nossas experiências acadêmicas e teorias trabalhadas vimos que Piaget demonstrou na prática que as atividades lúdicas sensibilizam, socializam e conscientizam a criança sendo que ele ainda destaca a importância de aplicá-las nas diferentes fases da aprendizagem escolar, por isso, é por meio da forma com que a criança socializa-se que o jogo adota regras adaptando-se a cada situação. Para muitos educadores é possível aprender matemática jogando em grupos, pois a ludicidade motiva e desperta o interesse do educando, tomando a aprendizagem mais atraente. A participação em jogos de grupo também representa uma conquista nos aspectos cognitivos, emocionais, morais e sociais e para a criança e claro, um estímulo para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Outro aspecto relevante nos jogos é o desafio que eles provocam no educando, gerando interesse e prazer. Por isso é importante que os jogos façam parte da cultura escolar. Percebemos que aprender matemática é um processo contínuo e, estudando Psicologia, descobrimos que a criança constrói um conhecimento através de um processo lento e gradual. Daí a necessidade de inicia-la, desde cedo, em atividades de exploração espontâneas e intuitivas. A partir disto, podemos iniciar o trabalho com os jogos, pois este pode se tornar uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pela educadora, visando a aprendizagem. E, para que isto ocorra, é necessário haver um planejamento para alcançar os objetivos predeterminados e extrair do jogo as atividades que lhe são pretendidas. A matemática deve ser ensinada de forma lúdica no qual o professor utilizará jogos prontos ou então criará versões de acordo com o assunto que quer tratar. Na escola, as professoras deveriam sempre estimular a troca de idéias entre os educandos, ensinando-os compartilhar suas descobertas e resolver situações- problema através do material concreto. Para SMOLE (2000, p. 174): Sucatas, palitos, materiais trazidos pelos alunos, confeccionados em conjunto com os pais, colegas e professores podem constituir um acervo valioso na organização do uso de material didático na aula. O importante não é ter um material visualmente bonito, apenas, mas que permita problematizações. Além disso, haverá muitos momentos em que nenhum recurso mais que o interesse da criança será necessário para resolver problemas. O uso de materiais concretos e a simulação de situações-problema podem auxiliar a criança a desenvolver noções significativas, ou seja, de maneira reflexiva. Cabe ao professor ficar atento para não perder as oportunidades que se apresentam 6 no dia-a-dia desafiando os alunos a buscarem novas informações ou mesmo utilizarem em situações novas conhecimentos obtidos anteriormente. Os educandos já trazem para a escola conhecimentos, idéias e intuições construídas através das experiências que vivem em seu cotidiano. Eles chegam à sala de aula com as ferramentas básicas para, por exemplo, classificar, ordenar, quantificar e medir. Além disso, aprendem a atuar de acordo com os recursos, dependências e as restrições de seu meio. Sendo assim, é dever da escola proporcionar momentos prazerosos e de diversão para as crianças, já que em casa a maioria dos pais só pode dar para os mesmos algumas horas de televisão. Para que a escola proporcione isto é necessária uma estruturação da ação pedagógica que respeite e propicie o desenvolvimento integral dos alunos. Só o jogo em si, que a professora leva para a sala de aula, já é um grande passo andado, mas quando os alunos mesmos confeccionam seus jogos, o comportamento destes muda completamente, pois para eles não vai ser um jogo qualquer que a professora trouxe, mas sim um jogo confeccionado por eles, e isso faz com que na hora de interagirmos com as crianças utilizando os materiais construídos pelos mesmos, tudo vira brincadeira. MIRANDA (2001, p. 20) diz: “estou convencido, e isso já ocorre tempo, de que somos movidos pelo prazer de ser e de fazer. Prazer e alegria não se dissociam jamais. O brincar é, incontestavelmente, uma fonte inesgotável desses dois elementos. O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida do homem (...)”. 4 Desenvolvimento psicomotor afetivo: o conhecimento através de atividades diferenciadas Certas atitudes apontam uma grande abundância de afetividade em torno dos jogos matemáticos, pois muitas crianças perdem sua timidez, fazendo assim com que se relacionem melhor com seus colegas. Por este motivo é preciso considerar e insistir na tomada de consciência desse comportamento na vida dos alunos. As práticas da matemática devem ser desenvolvidas sob diferentes variáveis afetivas (motivações, atitudes, sentimentos, etc) diversificadas em suas propostas na ação cotidiana na sala de aula. Quando a matemática é mal usada poderá levar a criança 7 ao trauma, pois a mesma precisa que valorizem seus sentimentos e suas emoções também devemos respeitar suas crenças, atitudes e valores. A afetividade com os alunos é fator -chave na compreensão de seu comportamento em matemática, pois deve-se estimular a criança tanto no sucesso quanto no fracasso no ensino da matemática. É preciso na matemática considerar que o importante não é aprender, mas aprender a aprender, o professor deixa de ser o responsável sobre o ensino, tornando orientador ou facilitador da aprendizagem. O aluno passa a ser o centro da aprendizagem. Os conteúdos a serem selecionados a partir dos interesses do aluno e devem atender ao seu desenvolvimento cognitivo afetivo. Por meio do concreto, a criança adquire noções de proporções, como grande, pequeno, maior, menor, alto, baixo, comprido, curto, etc. Colocar as crianças em ordem crescente e decrescente, do mesmo tamanho, mais altas e as mais baixas. Medir as crianças, medir a sala, encher balões. O professor não deve impor o conteúdo, pois a aprendizagem se faz por meio da manipulação de diversos tipos de materiais. A criança através do jogo de pegar os objetos concretos inventa e reinventa, buscando o lógico matemático e tendo noções de quantidades e medidas. Segundo ARANÃO (2002, p. 13): “ Piaget, em seus estudos, afirma que a criança vivencia quatro períodos: o sensório-motor de zero a dois anos; o pré-operacional de dois a seis anos; o operacional concreto de sete a onze anos; e das operações formais de onze a quinze anos.” A criança é dinâmica, curiosa, criativa e ativa, é um ser lúdico, incapaz de se manter concentrada por mais de vinte minutos em uma atividade, por este motivo o professor deve ser muito mais dinâmico, principalmente na disciplina de matemática. A criança “aprende a fazer algo fazendo” e não apenas armazenando informações ou preenchendo folhas e mais folhas de exercícios. O fator afetivo é de suma importância para a criança para desenvolver seu intelecto, é com a aprendizagem, a motivação e a disciplina que se consegue o auto- controle da criança e seu bem estar. A criança quando está feliz se tornará mais satisfeita consigo mesma e com as outras e terá mais facilidade em aprender. ANTUNES ( 2005, p. 14): 10 ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores. Campinas – SP: Papirus, 2005. ARANÃO, Ivana Valéria Denófrio. A matemática através de brincadeiras e jogos. Campinas – SP: Papirus, 4ª edição, 2004. BORIN Júlia. Jogos e Resoluções de Problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. IME –USP: 1996. CHACÓN, Inês Mª Gómez. Matemática Emocional: Os afetos na aprendizagem matemática. Porto Alegre: Artmed, 2003. MIRANDA, Simão de. Do fascínio do jogo à alegria do aprender nas séries inicias. Campinas –SP: Papirus, 2001. PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998. SILVA, Mônica Soltau da. Clube de Matemática: Jogos educativos. Campinas – SP: Papirus, 2004. SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. OBRAS CONSULTADAS RODRIGUES, José Vicente Corrêa. Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos da Uniguaçu. 2. ed. rev. e ampl. São Miguel do Iguaçu: Ed. Uniguaçu, 2004. 11
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