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Inversores parte 2, Notas de estudo de Mecatrônica

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 23/02/2008

marcio-anderson-carlos-da-silva-6
marcio-anderson-carlos-da-silva-6 🇧🇷

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Baixe Inversores parte 2 e outras Notas de estudo em PDF para Mecatrônica, somente na Docsity! 1 Habilitação Profissional Plena Técnico em Eletrônica Eletrônica Industrial – 4º Ano Apostila sobre Inversores de Frequência II Prof. Ariovaldo Ghirardello Como visto na apostila anterior, podemos considerar o inversor de frequência como uma fonte de tensão alternada de frequência variável. Claro que isso é uma aproximação grosseira, porém dá uma idéia pela qual chamamos um acionamento CA, de “inversor de frequência” . Os circuitos internos de um inversor são bem diferentes de um acionamento CC (conversor CC). A figura abaixo ilustra novamente um diagrama simplificado dos principais blocos. A primeira etapa do circuito é formada por uma ponte retificadora (onda completa) trifásica, e dois capacitores de filtro. Esse circuito forma uma fonte DC simétrica, pois há um ponto de terra como referência. Temos então uma tensão continua + V/2 (positiva) e, uma –V/2 (negativa) em relação ao terra, formando o que chamamos de “barramento DC”. O barramento DC alimenta a segunda etapa, constituída de seis transistores IGBT's, e que, através de uma lógica de controle (terceira etapa), "liga e desliga” os transistores de modo a alternarem o sentido de corrente que circula pelo motor. Antes de estudarmos como é possível transformar uma tensão DC em AC, através do chaveamento de transistores em um circuito trifásico, vamos fazer uma "prévia", em um circuito monofásico. Observem a figura abaixo, e notem que a estrutura de um inversor trifásico é praticamente igual ao nosso modelo monofásico. A primeira etapa é o módulo de retificação e filtragem, que gera uma tensão DC fixa (barramento DC) e que alimenta os transistores IGBT's. 2 Imaginem agora que o circuito de lógica de controle ligue os transistores 2 a 2 na seguinte ordem: • Primeiro tempo- transistores Tl e T4 ligados, e T3 e T2 desligados. Nesse caso, a corrente circula no sentido de A para B (figura abaixo): • Segundo tempo- transistores T1 e T4 desligados, e T3 e T 2 ligados. Nesse caso, a corrente circula no sentido de B para A (figura abaixo). Ao inverter-se o sentido de corrente, a tensão na carga (motor) passa a ser alternada, mesmo estando conectada a uma fonte DC. Caso aumentemos a frequência de chaveamento desses transístores, também aumentaremos a velocidade de rotação do motor, e vice-versa. Como os transístores operam como chaves (corte ou saturação), a forma de onda de tensão de saída do inversor de frequência é sempre quadrada. Na prática, os transístores chaveiam modulando largura de pulso (PWM), como visto na 5 uma carga mecânica é imposta ao motor, que deve manter a rotação constante. Caso a rotação se altere, a peça pode apresentar um mau acabamento de usinagem. Para que esse torque realmente fique constante, por sua vez, o inversor deve manter a razão V/F (Tensão ÷ Frequência) constante. Isto é, caso haja mudança de frequência, ele deve mudar (na mesma proporção) a tensão, para que a razão se mantenha, como por exemplo: F = 50Hz V = 300V V/F = 6 • Situação 1: O inversor foi programado para enviar 50 Hz ao motor, e sua curva V/F está parametrizada em 6. Automaticamente, ele alimenta o motor com 300 V; F = 60Hz V = 360V V/F = 6 • Situação 2: O inversor recebeu uma nova instrução para mudar de 50 Hz para 60 Hz. Agora a tensão passa a ser 360 V e a razão V/F mantém-se em 6. Acompanhe a curva mostrada na figura abaixo: O valor de V/F pode ser programado (parametrizado) em um inversor, e seu valor dependerá da aplicação. Quando o inversor necessita de um grande torque, porém não atinge velocidade muito alta, atribuímos a ele o maior V/F que o equipamento puder fornecer, e desse modo ele terá um melhor rendimento em baixas velocidades, além de alto torque. Já no caso em que o inversor deva operar com altas rotações e com torques não tão altos, parametrizamos um V/F menor e encontraremos o melhor rendimento para Essa outra situação. Mas, como o inversor pode mudar a tensão V se ela é fixada no barramento DC, através da retificação e filtragem da própria rede? O inversor altera a tensão V oriunda do barramento DC, através da modulaçao por largura de pulso (PWM). A unidade lógica, além de distribuir os pulsos aos IGBT's do modo já estudado, também controla o tempo em que cada IGBT permanece ligado (ciclo de trabalho). • Quando V tem que aumentar ,os pulsos são “alargados” (maior tempo em 0N) • Quando V tem que diminuir, os pulsos são “estreitados”. 6 Dessa forma, a tensão eficaz entregue ao motor pode ser controlada (como visto na apostila passada). A frequência de PWM também pode ser parametrizada, e geralmente encontra- se entre 2,5 kHz e 16 kHz. Na medida do possível, devemos deixa-lá próxima do limite inferior pois assim diminuímos as interferências eletromagnéticas geradas pelo sistema (EMI). Inversor Vetorial Podemos classificar os inversores em dois tipos: inversores escalares e vetoriais. Os escalares e vetoriais possuem a mesma estrutura de funcionamento, mas a diferença esta no modo em que o torque é controlado. Nos inversores escalares, como dissemos anteriormente, a curva V/F é fixada (parametrizada), tomando como base o tipo de regime de trabalho em que o inversor irá operar. Existe porém, uma condição problemática que é justamente o ponto crítico de qualquer sistema de acionamento AC: as baixas rotações. O sistema AC não consegue um bom torque com velocidades baixas, devido ao próprio rendimento do motor AC. Para compensar esse fenômeno, desenvolveu-se o inversor de frequência vetorial. Muito mais caro e complexo que o escalar, ele não funciona com uma curva V/F pré- fixada (parametrizada). Na verdade ele varia tensão e frequência, de modo a otimizar o torque para qualquer condição de rotação (baixa ou alta). É como se ficássemos parametrizando a cada ms, uma nova curva V/F para cada nova situação. O inversor vetorial controla V/F através das correntes de magnetização e rotórica do motor. Normalmente um tacômetro, ou um encoder são utilizados como sensores de velocidade, formando uma "malha fechada" de controle de velocidade. Existem porém os inversores vetoriais “sensorless”, que não utilizam sensores de velocidade externos. È o que veremos mais para a frente em nosso curso.
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