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Apostila tinta e vernizes, Notas de estudo de Design de Interiores

Apostila sobre sistemas de pintura e o estudo científico da cor

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010
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Baixe Apostila tinta e vernizes e outras Notas de estudo em PDF para Design de Interiores, somente na Docsity! APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista GOLD ICEP – MONTE CASTELO CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO TINTAS E VERNIZES Prof.ª: Patrícia Martins, especialista Atualizada em: Julho / 2009 APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista INTRODUÇÃO Estamos constantemente cercados por cores que alegram todos os ambientes. Estas cores geralmente são dadas através das tintas, mas o que é uma tinta e qual a sua finalidade? A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade. O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua comunicação e que perpetuasse a informação. Neste contexto, os pigmentos eram utilizados somente como veículo de comunicação ao possibilitar a representação iconográfica do cotidiano do homem primitivo. Mais tarde, juntamente com a evolução humana, às tintas foram sendo atribuídas outras funções. Assim, já começavam a ser utilizadas como elemento de decoração e proteção de superfícies. A pintura é uma das últimas etapas de uma obra, mas deve ser pensada desde o início do projeto, pois, ao definirmos o tipo de pintura devemos levar em consideração as condições do ambiente em relação ao clima da região, o tipo de ocupação entre outros aspectos relevantes. Caso o ambiente seja externo, também teremos que considerar as agressões atmosféricas. Podem-se identificar as seguintes classes de pinturas:  Pintura arquitetônica – são aquelas cujo propósito primário é decorativo, apesar de que as funções protetoras não serem desprezadas. Elas incluem o conjunto de tintas e vernizes para aplicação interna ou externa, em madeira ou alvenaria e argamassa.  Pintura de manutenção – são aquelas aplicadas primeiramente para proteção e incluem um conjunto de recobrimentos aplicados ao ferro, aço e concreto.  Pinturas de comunicação – são aquelas cujo propósito primário é a prevenção de acidentes, identificação de equipamentos de segurança, delimitação de áreas e advertindo contra perigo, classificando categorias de operários, etc. TERMINOLOGIAS  Abrasão: desgaste provocado pelo atrito. Em tintas, resistência à abrasão significa a propriedade de o acabamento manter sua estrutura e aspecto originais, quando submetida a esfregamento ou atrito.  Absorção: ato ou efeito de reter em si.  Acabamento: etapa final do sistema de pintura, ao qual se atribuem os efeitos decorativos, tais como a cor desejada, grau de brilho, textura e outras propriedades. É também responsável pela resistência às intempéries, ataques químicos e danos mecânicos.  Adesão / aderência: ato de estar intimamente ligado, inerente tanto ao sistema tinta / substrato, como ao sistema de pintura em que diversas demãos de diferentes tintas devem estar completamente ligadas.  Aditivos: compostos que adicionados às tintas conferem a elas características ou propriedades específicas, tais como anti-sedimentação, secagem, plastificação etc. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Neste contexto, entende-se como tinta uma composição química líquida pigmentada ou não que, ao ser aplicada em um substrato, se converte em filme sólido por mecanismos característicos de cada tipo de tinta. Sendo assim, suas funções consistem em: criar uma película protetora de superfícies, sinalizar, distribuir iluminação e ornamentar ambientes, isto é, as tintas possuem quatro funções básicas: higiene, iluminação, proteção e segurança. O Esquema 1 representa sintetiza as funções de uma tinta. Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:  Tintas Imobiliárias / Linha Imobiliária  Tintas Automotivas / Linha Automotiva  Tintas Industriais / Linha Industrial A tinta é uma preparação, geralmente na forma líquida, cuja finalidade é a de revestir uma dada superfície ou substrato para conferir beleza e proteção. Quando essa tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz. Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente. COMPOSIÇÃO DAS TINTAS Em sua essência, a tinta é composta por veículos, pigmentos, solventes e aditivos. Assim, os veículos ou aglutinadores constituem as resinas para tintas a base de solventes e as emulsões para tintas a base de água. Servem para unir as partículas de pigmento. Os pigmentos podem ser ativos ou inertes. Os ativos conferem cor e cobertura e os inertes conferem enchimento, facilidade de lixamento, entre outras propriedades. FUNÇÕES DE UMA TINTA HIGIENE ILUMINAÇÃO PROTEÇÃO SEGURANÇA Figura 1: Funções da tinta CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS Linha Automotiva Figura 2: Classificação das tintas quanto a tipologia Linha Imobiliária Linha Industrial APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Os aditivos melhoram ou aperfeiçoam uma série de características das tintas, sejam elas à base de água ou solvente. Um deles, os espessantes, trabalham a viscosidade na tinta e a espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca. Conforme ilustra a Figura 2. a) Resina – é a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. É ela responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. Outra função é a de proporcionar brilho, aderência, elasticidade e resistência. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc. Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas. b) Pigmento – material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), não-coloridos e anti-corrosivos (conferem proteção aos metais). c) Aditivo – ingrediente que, adicionado às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, niveladores, antipele, antiespumante, etc. d) Solventes – líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina. São classificados em: solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos. Dentre as tintas imobiliárias disponíveis no mercado podem-se encontrar as seguintes tipologias: látex PVA, acrílicas, esmaltes sintéticos, vernizes e texturas. Conforme mostra o Esquema 3. VEÍCULOS PIGMENTOS SOLVENTES ADITIVOS TINTA ATIVOS INERTES RESINAS EMULSÕES Figura 3: Composição das tintas APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista TIPOS DE TINTAS Linha Imobiliária: É a linha cujos produtos são indicados para uso em edificações residenciais e comerciais. O volume e a concentração de pigmentos nas tintas regulam os diferentes níveis de brilho e interferem inclusive na resistência do produto. As variações de brilho são calculadas através de um índice chamado PVC (pigmento-volume-concentração). Assim, quanto menor for o índice, mais baixo será o volume de pigmentos e maior o brilho da tinta. Conforme o volume de pigmentos da fórmula, uma tinta imobiliária é dividida em três tipos: semi-brilho, fosca e acetinada e sua indicação deve estar de acordo com as características de cada uma delas. Esquema 4. As tintas PVA látex são compostas por resinas à base de dispersão aquosa de polímeros vinílicos, pigmentos isentos de metais pesados, cargas minerais inertes, glicóis e tensoativos etoxilados e carboxilados. Sua aplicação deve ser feita com rolo de lã, trincha ou pistola esta tinta apresenta probabilidade de apresentar um ligeiro manchamento quando exposta água (sereno ou chuvas leves), ocorrendo geralmente no período de cura do filme da tinta, isto é, nas duas primeiras semanas. Para a TINTAS IMOBILIÁRIAS PVA LÁTEX ACRÍLICAS ESMALTES SINTÉTICOS VERNIZES Figura 4: Tipologias das tintas imobiliárias TEXTURAS TEXTURIZADOS ACABAMENTOS DAS TINTAS IMOBILIÁRIAS Figura 5: Acabamentos das tintas imobiliárias PVA LÁTEX Fosco aveludado ACRÍLICAS Semi-brilho Acetinado Fosco ESMALTES SINTÉTICOS Brilhante Acetinado Fosco TEXTURAS Lisa Média Grossa VERNIZES Brilhante Acetinado Fosco APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista  Baixa resistência à umidade elevada, imersão em água, meios alcalinos, solventes fortes e produtos químicos;  Baixo custo inicial;  Apropriadas para ambientes rurais sem poluição, ambientes industriais de baixa agressividade, construção civil em madeira e aço (interiores das edificações) e para estruturas e equipamentos abrigados, bem como em locais secos. Não é aconselhado o uso destas tintas sobre concreto, alvenaria ou aço revestido com zinco, pois as superfícies cimentadas/alvenarias formam sabões de cálcio quando em contato com a umidade. Já nas superfícies zincadas formam-se sabões de zinco. Em ambos os casos estas reações resultam no destacamento da película em pouco tempo. b) Acrílicas São tintas monocomponentes que contém solventes, resinas e pigmentos. A resina é um polímero acrílico. Tais polímeros podem ser solubilizados em solventes orgânicos (lacas acrílicas) ou dispersos em água (emulsões acrílicas). As tintas industriais acrílicas apresentam resistência a intemperismos (ação do sol ou da chuva), bem como as seguintes vantagens:  Baixo odor;  Não emitem vapores inflamáveis;  Não são combustíveis;  Tornam mais fácil a limpeza dos equipamentos de pintura; Sobre o alumínio, o acabamento pode ser aplicado diretamente na superfície, porém, em aço carbono e aço galvanizado é necessária a utilização do primer correspondente, também acrílico. c) Epoxídicas São tintas bicomponentes (componente A e componente B), ou seja, apresentam-se em duas embalagens. Em uma embalagem tem-se a resina epóxi e em outra se tem o agente de cura (catalizador). Estas tintas são subdivididas em:  Epóxi curadas com poliamidas – são resistentes a umidade, imersão em água doce ou salgada. Possuem alta flexibilidade e aderência em aço carbono ou concreto. São adequadas para ambientes internos de reservatórios de água potável até 55ºC.  Epóxi curadas com poliaminas – são resistentes à imersão em soluções ou vapores químicos. Recomenda-se sua utilização para pintura interna de tanques, tubulações, equipamentos e estruturas sujeitas a imersões, derrames ou respingos de produtos químicos ou solventes.  Epóxi modificadas – fqbricadas a partir de alta tecnologia, são muito próximas às poliamidas, pois são formuladas com pigmentos lamelares, inibidores de corrosão e aditivos tensoativos  Epóxi curadas com isocianato – são utilizadas como primer de aderência sobre superfície de aço galvanizado, alumínio, aço inoxidável ou outros metais não ferrosos e sobre poliéster reforçado com fibra de vidro (fiberglass).  Epóxi hidrossolúveis – são também chamadas de tintas WB (water base or water borne). APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista d) Poliuretânicas São tintas bicomponentes (A e B), armazenadas em duas embalagens, uma contendo a resina poliéster ou de acrílica polihidroxilada e outra contendo o agente de cura a base de isocianato alifático ou aromático. As tintas PU, como são comumente conhecidas no mercado, são de alta resistência ao intemperismo por apresentarem características químicas ao serem formuladas a partir de resinas poliéster ou acrílicas “catalisadas” com agente de cura que garantem esta resistência. Os poliuretanos alifáticos são tintas de acabamento utilizados normalmente em esquemas de pintura com primer epóxi, com os quais são perfeitamente compatíveis. Uma característica relevante neste tipo de tinta é a possibilidade de ser resistente a “pichações”, pois, as superfícies com este tipo de acabamento podem ser limpas com solventes orgânicos do tipo do xilol sem sofre danos à superfície ou pintura. Com isto, é possível remover marcas de grafitagem ou pichações. e) Alta temperatura São tintas a base de silicone ou de silicatos que resistem a temperaturas elevadas de até 540ºC por que ao curarem se transformam em um filme inorgânico. Tais tintas são apresentadas somente em alumínio e seu uso é recomendado em pinturas de chaminés, exterior de caldeiras, fornos reatores, colunas de destilarias, escapamentos, dutos aquecidos, trocadores de calor, dentre outras superfícies que apresentam temperaturas elevadas. Acrescenta-se que, o uso de silicone como componente desta tinta acarreta na necessidade de um pré-cura entre 130º e 230ºC e o primer utilizado deverá ser de etil silicato de zinco. f) Etil Silicato de Zinco São tintas bicomponentes (A e B) fornecidas em duas embalagens, uma contendo a solução de silicato de etila e a outra contendo o pó de zinco metálico (filler). Tais tintas são aplicadas um uma única demão sobre superfícies de aço carbono preparado por jateamento abrasivo, para promoverem proteção catódica ao aço carbono. Esta proteção (catódica) é contra a corrosão sendo conseguida quando dois metais diferentes são colocados em contato entre si na presença de um eletrólito (líquido com propriedades condutoras de corrente elétrica). Neste processo, o metal mais nobre é protegido pelo menos nobre. No caso da proteção catódica do aço carbono pelo zinco, o ferro é protegido e se constitui no catodo sendo o zinco que é o anodo é sacrificado em benefício do ferro. Nestas tintas, a proteção catódica dá-se em função do alto teor de zinco na película seca, motivo pelo qual são chamadas de “zincagem a frio”. O filme curado é totalmente inorgânico e constituído de silício, zinco e oxigênio. Para esta tinta é recomendada a utilização de um primer de alto desempenho em ambientes agressivos e seu uso é recomendado para pintura de guindastes expostos em ambientes marítimos, estruturas para indústria naval, plataformas off shore, pintura interna de tanques de álcool hidratado e de outros tipos de solventes. Também são utilizadas em superfícies de alta temperatura. Por sua natureza química e por possuírem alto teor de pigmento (zinco metálico), as tintas de zinco apresentam baixa flexibilidade e película quebradiça. Ressalta-se que, estas tintas não devem receber lixamento devido a falta de adesão da camada de tinta o que não compromete sua aderência. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista PROCESSO DE FABRICAÇÃO DAS TINTAS O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas seqüenciadas, quando a formulação deve ser rigidamente observada e obedecida. 1) Avaliação e Controle de Qualidade da matéria-prima; 2) Pesagem das matérias-primas obedecendo à formulação; 3) Pré-mistura – Mistura de pigmentos, aditivos e resinas em equipamento de alta precisão; 4) Moagem – a pasta obtida na pré-mistura passa pelo moinho para ser finamente dividida em pequenas partículas; 5) Completação – o produto obtido na moagem é levado para tanques equipados com agitadores, onde se completa a formulação, através da adição de solventes, resinas e demais matérias- primas da formulação; 6) Tingimento – é a etapa onde se acerta a cor da tinta, conforme o padrão estabelecido; 7) Controle de Qualidade – nesta etapa, os produtos são submetidos a rigorosas análises para observação de viscosidade, brilho, cobertura, cor e secagem. Após aprovação, são liberados para enchimento nas embalagens; 8) Embalagem – os produtos são filtrados e enlatados para serem enviados à expedição. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista ao ponto de fusão da tinta e imersão em um recipiente contendo tinta pulverizada, que é mantida fluidizada através de uma placa difusora por uma corrente de ar. A camada de tinta resultante deste tipo de aplicação, é regulada pelo tempo de permanência da peça imersa no leito fluidizado e pela temperatura do substrato. Após a retirada do substrato do tanque de aplicação, o mesmo é submetido a um novo aquecimento para cura total do revestimento. Este método foi utilizado durante algum tempo, porém com alguns inconvenientes como:  Altas variações de camadas  Necessidade de pré-aquecimento do substrato. b) Método de Pulverização Eletrostática O bom desempenho da pintura a pó levou à necessidade de se desenvolver um sistema que eliminasse os inconvenientes do processo até então existentes e que permitisse uma aplicação mais eficiente, rápida e econômica. O princípio da pulverização eletrostática está baseado no fato de que as cargas opostas se atraem, portanto a maioria dos materiais condutivos é apropriada para serem revestidos por este tipo de processo. O pó que não é atraído pelo substrato e cai no interior da cabine, deve ser recuperado, peneirado e reutilizado na pintura do mesmo. Existem dois tipos de carregamento:  Carregamento por ionização - a pistola para pintura eletrostática é carregada negativamente por uma fonte geradora, cada partícula que passa por esta pistola receberá cargas negativas. Quando jogamos estas partículas no ar dentro de um campo elétrico, ela será atraída pela peça a ser pintada desde que a mesma encontra-se aterrada  Carregamento por atrito - na pistola tribo o carregamento se dá pelo atrito do pó com o corpo da pistola. Neste caso não se forma o campo elétrico entre a pistola e a peça. SISTEMA DE PINTURA Para que se tenha um perfeito resultado na aplicação das tintas nas superfícies, é preciso considerar que a pintura é um sistema que envolve várias etapas a serem seguidas de forma criteriosa, pois delas depende a qualidade do resultado final. À primeira vista, uma parede interna, fachada ou ainda superfícies de madeira aparentam formar a base ideal para receber a pintura. Entretanto, aplicação de revestimentos sobre superfícies de reboco, concreto ou madeira não é um processo tão simplificado que se inicia e termina com a simples aplicação da tinta de acabamento na superfície. Assim, os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas. Desta forma, as madeiras podem apresentar-se não totalmente secas, podendo conter grande quantidade de água ou resina vegetal característica típica de algumas madeiras. Já os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresetnar porosidade excessiva ou irregularmente carbonatada, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de revestimento empregado. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Assim, tendo-se a noção de que a função de uma tinta vai além do simples embelezamento da superfície, tem-se que, a película deve atender também à função de proteção, higiene, iluminação e segurança. Neste contexto, além da tinta propriamente dita são utilizados produtos complementares que atuam em conjunto com a tinta e formam o sistema de pintura. Tais complementos podem ser citados: fundos preparadores, massas e seladores. Os fundos e seladores, também chamados de primer são aqueles que têm a finalidade de preparar a superfície corrigindo defeitos e uniformizando a absorção da superfície, proporcionam durabilidade à pintura e economia de tinta de acabamento. As massas têm a finalidade de regularizar defeitos ou imperfeições apresentados pela superfície. O acabamento é a parte visível da pintura e confere à ela qualidade, desempenho e beleza. O Esquema 5 esquematiza o sistema de Pintura Antes da aplicação de qualquer revestimento deve-se aguardar pelo menos 30 dias para que ocorra a cura total do cimento, nos casos de alvenaria. Pinturas sobre superfícies mal curadas problemas que acabam por danificar o revestimento. Em relação à preparação da superfície onde será aplicada a tinta, esta deverá estar isenta de sujeira de qualquer natureza (graxas, óleos, poeira etc) e umidade. Em superfícies com histórico de umidade (banheiros, por exemplo) é aconselhável que seja aplicado na superfície um banho de solução de hipoclorito de sódio a 50%, ou seja, 50 partes de água para 50% de hipoclorito, deixando a mesma agir por 15 minutos, tomando os devidos cuidados e utilizando equipamentos de proteção individual. É importante lavar a superfície para eliminar resíduos de cloro e continuar os procedimentos de pintura. A superfície deve estar isenta de imperfeições (buracos, saliências etc), as quais deverão ser tratadas previamente com massa corrida PVA ou acrílica. Para melhor fixação sobre o substrato, deve-se utilizar massa corrida PVA para pinturas internas e, nas superfícies externas, massa corrida acrílica. Ainda para melhor aplicabilidade e maior durabilidade da pintura, após a massa corrida pode-se dar uma demão de selador acrílico. O Quadro 5 sintetiza as características de cada superfície em relação à preparação para pintura. QUADRO 3 – Superfície versus Pintura SUPERFÍCIE DESCRIÇÃO Concreto e Reboco É preciso aguardar pelo menos 30 dias para que ocorra a cura total. Sobre reboco fraco deve-se utilizar fundo preparador de paredes o que aumentará a coesão das partículas da superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento precoce. Superfícies de concreto ou reboco bem curado e coesos (reboco novo) não precisam de aplicação de fundo, porém devem ser seladas com selador acrílico para, posteriormente, receberem a tinta de SISTEMA DE PINTURA Fundo Massa Acabamento Figura 9: Sistema de pintura Fundo APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista acabamento. O concreto deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes. Cimento Amianto Trata-se de uma superfície altamente alcalina, sendo indicado a aplicação de um fundo resistente à alcalinidade para selar a superfície. Este procedimento não é necessário se forem utilizados produtos acrílicos que apresentem resistência à alcalinidade. Pisos O piso deve apresentar-se limpo e seco, isento de impregnações (óleo, graxa, cera, etc). Pisos de concreto liso (cimento queimado) devem ser submetidos a um tratamento prévio com solução de ácido muriático e água (1:1), que terá a finalidade de abrir porosidade na superfície. Após o tratamento, o piso deve ser bem enxaguado, seco e só então pintado. O tratamento com ácido muriático é ineficaz sobre pisos de ladrilhos vitrificados. Pisos excessivamente impregnados com substâncias gordurosas (graxas, óleos, cera, etc) deverão ser lavados mais de uma vez , caso seja necessário. A pintura só poderá ser realizada em caso de remoção total da impregnação, de outra forma, a aderência estará prejudicada. Madeira Deve estar limpa e seca. As madeiras verdes ou com excesso de umidade não oferecem boa base para aplicação de revestimentos. Deverá estar devidamente aparelhada e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros agentes contaminantes. Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser previamente seladas. Tão ou mais importante do que escolher o tipo de tinta a ser utilizado é a maneira como aplicá-lo. É necessário que o profissional tome certos cuidados para que possa obter o melhor resultado através do produto e técnica escolhidos na pintura. As superfícies rebocadas (a receberem pintura) deverão ser examinadas e corrigidas de todos e quaisquer defeitos de revestimento, antes do início dos serviços de pintura. Todas as superfícies a pintar serão cuidadosamente limpas, isentas de poeira, gorduras e outras impurezas. As superfícies poderão receber pintura somente quando estiverem completamente secas. A principal causa da curta durabilidade da película de tinta é a má qualidade da primeira demão, fundo (primer), ou a negligência em providenciar boa base para a tinta. Nas paredes com reboco, aplicar as seguintes demãos:  Selador: composição líquida que visa reduzir e uniformizar a absorção inútil e excessiva da superfície;  Emassado: para fechar fissuras e pequenos buracos que ficarem na superfície e que só aparecem após a primeira demão de selador;  Aparelhamento (da base): para mudar as condições da superfície, alisando-a ou dando-lhe uma textura especial;  A segunda demão e as subseqüentes só poderão ser aplicadas quando a anterior estiver inteiramente seca, sendo observado, em geral, o intervalo mínimo de 24 h entre as diferentes aplicações. Após o emassamento, esse intervalo será de 48 h. Serão dadas tantas demãos quantas forem necessárias, até que sejam obtidas a coloração uniforme desejada e a tonalidade equivalente, partindo dos tons mais claros para os tons mais escuros. Ferragens, vidros, acessórios, luminárias, dutos diversos etc., já colocados, precisam ser removidos antes da pintura e recolocados no final, ou então adequadamente protegidos contra danos e manchas de tinta. Deverão ser evitados escorrimentos ou respingos de tinta nas superfícies não destinadas à pintura, tais como concreto ou tijolos aparentes, lambris que serão lustrados ou encerados, e outros. Quando aconselhável essas partes serão protegidas com papel, fita-crepe ou outro qualquer processo adequado, principalmente nos casos de pintura efetuada com pistola. Os respingos que não puderem ser evitados terão de ser removidos com APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista  Cores: as mais diversas. É possível também adquirir a tinta na cor branca e misturá-la com corantes diversos, também fornecidos (em bisnagas) pelo fabricante.  Ferramentas: rolo de lã de carneiro, trincha e pincel. Os acessórios e ferramentas, imediatamente após o uso, deverão ser limpos com solvente recomendado pelo fabricante.  Utilização básica: superfícies de quaisquer inclinações, internas ou externas, onde se que resistência aos raios solares, às intempéries e que estejam sujeitas à limpeza freqüente. Poderá ser aplicada sobre reboco de tempo de cura recente, pois sua microporosidade permite a exsudação por osmose, de eventual umidade das paredes (respiração da película), sem empolamento nem afetação do acabamento. Não se poderá utilizar diretamente sobre superfícies metálicas.  Base para aplicação: terá de ser lixada e seca. Livre de gordura, fungos, restos de pintura velha e solta, pó ou outro corpo estranho. Em superfícies muito absorventes ou pulverulentas, como tijolos de barro, reboco muito poroso, mole e arenoso, aplicar uma ou duas demãos de selador. Em seguida, será aplicada tinta PVA com rolo, pincel ou trincha, diluída em 20% de água. A primeira demão servirá como seladora em superfícies pouco porosas. Duas ou três demãos serão suficientes. Espaçar as aplicações de 3h a 6 h, no mínimo. A segunda demão será aplicada pura.As tintas serão rigorosamente agitadas dentro das latas e periodicamente revolvidas antes de usadas, evitando a sedimentação dos pigmentos e componentes mais densos. Quando for indicado revestimento com massa corrida, o trabalho será executado conforme as seguintes indicações:  Duas demãos de massa corrida (lixa fina entre uma e outra demão) aplicadas com desempenadeira de aço ou espátula.  Intervalo mínimo de 6 h entre as demãos.  Lixamento da última demão.  Pintura com tinta látex, em duas demãos, das superfícies já tratadas com massa corrida.  Embalagem: ¼ galão (0,9 L); galão (3,6 L); lata de 18 L.  Orientação: pintar primeiramente as superfícies exteriores e depois as interiores; pintar o prédio de cima para baixo; evitar condensação de vapor de água nas paredes durante a pintura de superfícies internas; em tempo muito quente, umedecer levemente as paredes de reboco novo. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista 001 Branco Neve 002 Branco Gelo 844 Palha 018 Pérola 820 Areia 818 Marfim 506 Amarelo Vanilla 503 Cromo Suave 354 Flamingo 813 Pêssego 666 Concreto 814 Camurça 802 Cerâmica 373 Vermelho Telha 669 Azul Luna 672 Verde Musgo 008 Preto  Pintura a Esmalte: Os esmaltes são obtidos adicionando pigmentos aos vernizes ou às lacas, resultando daí uma tinta caracterizada pela capacidade de formar um filme excepcionalmente liso. O esmalte sintético é fabricado à base de resinas alquídicas obtidas pela reação de poliésteres e óleos secativos. Seu tempo de secagem é de 4h a 6h, para o toque, e 24 h para secagem completa. O rendimento é de 20 m2/ galão a 50 m2 / galão, por demão. Poderá ser utilizada em superfícies de qualquer inclinação, internas ou externas e deverá ser aplicada em base seca, livre de gorduras, fungos, ferrugem, restos de pintura velha solto ou pó. É preciso aplicar a primeira demão de selador (primer) de acordo com o tipo da base (madeira ou ferro), em uma ou duas camadas, espaçadas de 18 h a 24 h, conforme o caso. Em seguida, o esmalte sintético será aplicado com pincel, rolo, revólver ou por imersão, diluído com solvente, se necessário, em função do tipo de base. Serão suficientes duas a três demãos. A proporção básica para diluição é de 20% para a primeira demão e de 5 a 10% para a segunda demão. A tinta terá de ser remisturada com freqüência, com espátula ou régua de madeira, durante a utilização. Na sua aplicação, deve-se proceder conforme o caso:  Esmalte sobre superfície de madeira – Limpeza preliminar pelo lixamento a seco com lixa nº 1 e remoção do pó da lixa. Em seguida, uma demão de aparelhamento, aplicada com trincha, de acabamento fosco. Após, uma demão de massa corrida, aplicada com espátula ou desempenadeira metálica, bem calcada em todas as fendas, depressões e APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista orifícios de pregos ou parafusos. Em seguida, lixamento com lixa nº 1 ou nº 1,5 e subseqüente limpeza com pano seco. Após, segunda demão leve de massa corrida, corrigindo defeitos remanescentes. Em seguida lixamento a seco com lixa nº 00 e subseqüente limpeza com pano a seco. Finalmente, duas demãos de acabamento com esmalte sintético, sendo a primeira fosca. A massa corrida sintética só poderá ser usada em interiores ou exteriores abrigados, à sombra, distante de intempéries.  Esmalte sobre superfície metálica – Caso a pintura de fundo (dada nas esquadrias pelo serralheiro, na oficina, antes da colocação da peça) esteja danificada ou manchada, retocar toda a área afetada, bem como todas as áreas sem pintura e os pontos de solda, utilizando a mesma tinta empregada pelo serralheiro. Efetuar, em seguida, sobre as superfícies de ferro, a remoção de eventuais pontos de ferrugem quer seja por processo mecânico (aplicação de escova de aço seguida de lixamento, e remoção do pó com estopa umedecida em benzina), quer seja por processo químico (lavagem com ácido clorídico diluído, água de cal etc.). Após, deverá ser aplicada uma demão de tinta zarcão verdadeira ou de cromato de zinco. Não constituindo a demão de fundo anticorrosivo, por si só, proteção suficiente para os elementos metálicos, será vedado deixá-los expostos ao tempo por longo período sem completar a pintura de acabamento. Terá de ser feito um repasse com massa onde necessário para regularizar a superfície, antes da aplicação das demãos de acabamento. A espessura do filme, por demão de tinta esmalte, será de no mínimo 30 micrometros. Os esmaltes se apresentam em dois tipos de acabamento: alto brilho, acetinado e fosco. 001 Branco 002 Branco Gelo 016 Platina 014 Cinza Médio 019 Cinza Escuro 164 Azul Del Rey 172 Azul França 168 Anil Intenso 163 Azul Mar 165 Celeste 848 Marrom Conhaque 822 Colorado 828 Tabaco 802 Marrom 814 Camurça 817 Creme 818 Marfim 820 Areia 351 Laranja 518 Amarelo Caterpillar APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista 1000 Branco Fonte: HIDRACOR, 2004. 1002 Branco Gelo Fonte: HIDRACOR, 2004. 1003 Azul Celeste Fonte: HIDRACOR, 2004. 1008 Creme Fonte: HIDRACOR, 2004. 1010 Azul Pavão Fonte: HIDRACOR, 2004. 1006 Amarelo Fonte: HIDRACOR, 2004. 1009 Cinza Fonte: HIDRACOR, 2004. 1012 Verde Fonte: HIDRACOR, 2004. 1007 Camurça Fonte: HIDRACOR, 2004. 1014 Pessego Fonte: HIDRACOR, 2004. 1001 Areia Fonte: HIDRACOR, 2004. 1015 Verde Cana Fonte: HIDRACOR, 2004. 1004 Rosa Fonte: HIDRACOR, 2004. 1013 Concreto Fonte: HIDRACOR, 2004.  Pintura Látex Acrílica (PVA): Recomendada para a aplicação sobre superfícies internas e externas de alvenaria à base de cimento e/ou cal (argamassa), concreto, bloco de concreto, cimento amianto, gesso, cerâmica não vitrificada. Tinta formulada a base de dispersão de copolímeros acrílicos ou estireno acrílico, contém pigmentos como dióxido de titânio e/ou outros pigmentos coloridos, cargas e aditivos. Seu acabamento pode ser fosco aveludado ou semi-brilho. 025 Branco Imperial 002 Branco Gelo 844 Palha 018 Pérola 820 Areia SB / F / A / SL SB / F / A / SL SB / F / A / SL SB / F / A / SL SB / F / A / SL 818 Marfim 506 Amarelo Vanilla 503 Cromo 801 Ocre Colonial 813 Pêssego APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista SB / F SB / F SB / F SB / F SB / F / A / SL 354 Flamingo 814 Camurça 666 Concreto 370 Terracota Suave 373 Vermelho Telha SB / F SB / F / A / SL SB / F SB / F SB 185 Azul Bruma 669 Azul Luna 376 Vermelho Profundo 664 Verde Lemonade 654 Verde Kiwi SB / F SB / F SB / F SB / F SB / F 001 Branco Neve 002 Branco Gelo 844 Palha 018 Pérola 820 Areia 818 Marfim 506 Amarelo Vanilla 503 Cromo Suave 354 Flamingo 813 Pêssego 666 Concreto 814 Camurça 802 Cerâmica 356 Vermelho Cardinal 008 Preto 156 Azul Profundo  Pintura com verniz: Os vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em um veículo (óleo secativo, solvente volátil), soluções essas que são convertidas em uma película útil, transparente ou translúcida, após a aplicação em camadas finas. As propriedades do verniz dependem da natureza da resina e do óleo na qual ela se dissolve. É necessário empregar sempre o tipo de verniz adequado para cada caso particular. Verniz que possua alta resistência à água poderá ser muito quebradiço para ser utilizado em soalhos. Verniz utilizado para interiores poderá ser inadequado para uso externo. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Os elementos de madeira, para receber verniz, deverão sofrer lixamento preliminar com lixa nº 80 e em seguida com lixa nº 120. É preciso aplicar então uma farta demão de imunizante pentaclorofenol, deixando secar e endurecer as resinas durante 24 h. Após esse período, remover o excesso de pentaclorofenol, passando um pano seco sobre a madeira e aplicando uma demão de verniz selador fosco, que terá de secar pelo período determinado pelo fabricante. Devem-se tapar os furos de prego e outras imperfeições na superfície da madeira com massa de pintor, aplicada com espátula e proceder ao lixamento com lixa nº 120, seguido de limpeza com pano seco. O acabamento será dado em duas demãos, a primeira com corante para igualar a cor, se for o caso, e com retoques onde necessários, antes da última demão.  Pintura com tinta epóxi: As pinturas com tinta epóxi em paredes obedecerão às instruções do respectivo fabricante e mais as seguintes:  Lixamento da superfície rebocada para remoção de partículas soltas  Cuidadosa remoção do pó, preferivelmente com jato de ar, seguida da aplicação de uma demão de primer.  Aplicação de duas demãos de massa corrida à base de epóxi, com desempenadeira de aço ou espátula.  Lixamento e remoção do pó  aplicação de duas demãos de tinta epóxi bicomponente (misturada na obra), com equipamento do tipo airless spray (pistola de pintura a ar comprimido) de alta pressão, formando um filme de 140 micrometros.  Pintura com betume: Os materiais betuminosos têm emprego na Construção Civil, como produtos de estanqueidade ou como tintas de proteção de baixo custo, principalmente contra a ação de umidade. A característica de serem quimicamente inertes tornam os betumes indicados para o emprego em recobrimentos para a proteção de tubulações de chumbo, zinco, da ação química de cal liberada pelas argamassas. Tem boa resistência à umidade, álcoois e ácidos. Revestimentos de lajes de cobertura podem ser executados com soluções de asfaltos, que podem conter asbetos ou outro enchimento inerte. Os betumes estão entre os revestimentos mais baratos dos disponíveis no mercado e são amplamente usados em coberturas, reservatórios de água e revestimentos externos de subsolos. Revestimentos executados com tintas ao calor e não resistentes à maioria dos solventes comuns, limitam sua aplicação. Com a adição de cargas, os revestimentos ganham corpo e reduzem sua tendência de derreter com a elevação de temperatura. Com a incorporação de óleos ou resinas, obtemos revestimentos escuros brilhantes, com excelente resistência a ácidos, álcalis e produtos químicos, com sensível melhora da resistência a solvente e ao calor.  Pintura com borracha clorada: Essa categoria de recobrimentos é usada para propósitos especiais, como, por exemplo, onde à contaminação de micro-organismos pode constituir-se em um problema (indústria de alimento, bebidas, hospitais etc.), onde se deseja baixa permeabilidade a água e ao APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista QUADRO 4 – ACESSÓRIOS DE PINTURA (cont.) Acessório Utilização Limpeza Rolo de espuma rígida Aplicação de acabamentos texturizados. g) Lavar com água e sabão ou detergente. Espátula de aço Remoção de tintas velhas e aplicação de massa para pequenos retoques. São variados os tipos e os tamanhos. Desempenadeira de aço Aplicação de massa corrida e massa acrílica em grandes superfícies. h) Tirar o excesso de massa com uma espátula, lavar com água e enxugar logo a seguir para evitar ferrugem. Desempenadeira de plástico Aplicação de massa corrida, massa acrílica e textura. i) Tirar o excesso de massa com uma espátula e lavar com água. Bandeja ou caçamba Recipientes que dão apoio ao rolo de pintura, facilitando sua molhagem e, assim, a aplicação do produto. j) Tirar o excesso e lavar com água. Pistola Aplicação de esmaltes, vernizes e tintas a óleo. A mais utilizada é a de pressão. *** APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista QUADRO 4 – ACESSÓRIOS DE PINTURA (cont.) Acessório Utilização Limpeza Lixa É usada para aumentar a aderência do produto e uniformizar a superfície. Há quatro tipos de lixas, que são identificadas pelas seguintes cores: bege (madeira), vermelha (massa) e cinzas e pretas (ferro). *** Air Less Aplicação de qualquer tipo de tinta látex (PVA ou acrílica), esmaltes, vernizes e tinta a óleo em ambientes internos e externos nos locais de difícil acesso ou em grandes áreas. *** Mexedores Importantes ferramentas usadas na homogeneização da tinta, devendo ser retangular, no formato de uma régua. *** É importante ressaltar a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s) no processo de pintura. Recomenda-se o manuseio de determinados produtos utilizando-se máscara contra vapores de solventes e partículas, óculos de segurança adequado contra respingos de produtos químicos e luvas resistentes a solventes durante a aplicação e lixamento dos mesmos. Em casos de aplicação dos produtos por pulverização, utilizar, preferencialmente, uma cabine de pintura com exaustão e filtro. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista EFEITOS DA PINTURA TEXTURIZADO Design Fonte: TINTAS CORAL, 2009. Liso Fonte: TINTAS CORAL, 2009. Mármore Fonte: TINTAS CORAL, 2009. Pedra Fonte: TINTAS CORAL, 2009. Rústico Fonte: TINTAS CORAL, 2009. EFEITOS ESPECIAIS CORAL DULUX Escovado Fonte: TINTAS CORAL, 2009. Espatulado Fonte: TINTAS CORAL, 2009. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista a) Calcinação/Saponificação A calcinação se caracteriza pelo aparecimento de manchas na superfície pintada, provocando a destruição e o descascamento do filme da tinta látex ou o retardamento da secagem em esmaltes sintéticos e em tintas a óleo, resultando em uma superfície pegajosa (saponificação). Este problema resulta da aplicação do produto sobre superfície alcalina (cal ou reboco não curado) na presença de umidade. Essa alcalinidade reage com a acidez de alguns tipos de veículos (resina). A correção a ser feita, quando em se tratando de pinturas com tinta PVA ou acrílica é lixar ou raspar a superfície, eliminando as partes soltas, aplicando, em seguida, uma demão de fundo preparador, geralmente diluído na proporção de 1:1 com thinner, finalizando com uma nova aplicação do acabamento. b) Eflorescência A eflorescência caracteriza-se pelo surgimento de manchas esbranquiçadas na superfície pintada decorrente da aplicação de produtos sobre reboco úmido, havendo uma migração de umidade de dentro para fora, levando consigo os sais solúveis. Figura 10: manchas por calcinação em uma superfície pintada. Figura 11: manchas esbranquiçadas características da eflorescência. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Figura 12: Manchas amareladas causadas por gordura. Sugere-se a observação das infiltrações existentes com a correção das mesmas. Deve-se aguardar a secagem da superfície, raspa-la e aplicar uma demão de um fundo acrílico preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1 com thinner. Proceder, posteriormente, com uma repintura da superfície. c) Manchas amarelas em paredes e tetos A presença de manchas amareladas em paredes e tetos geralmente se dá pela disposição de gordura, óleo ou alcatrão sobre a película de tinta. A solução recomendada neste caso é a lavagem da superfície com uma solução a 10% de amoníaco em água ou a utilização de detergente neutro com o mesmo agente. d) Bolhas O surgimento de bolhas em uma superfície pintada é sinal de cinco possíveis erros: 1 - Aplicação da massa PVA em exteriores; 2 - Repintura sobre uma tinta de má qualidade; 3 - Não eliminação de poeira após o lixamento da massa corrida; Figura 13: Presença de bolhas em superfície pintada. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista 4 – Diluição insuficiente da tinta; 5 – Superfícies pulverolentas (ex.: cal, gesso); Nestes casos, recomenda-se a remoção da massa aplicada, aplicando-se uma demão de fundo acrílico preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1 com thinner. Em seguida, deve-se aplicar uma massa acrílica apropriada e, posteriormente, pintar. Pode-se também raspar a área afetada, aplicar uma demão de fundo acrílico preparador de paredes diluído com thinner numa proporção de 1:1 e repinta-la. Uma outra opção seria lixar a superfície, raspar as partes soltas, eliminar o pó, aplicar, em interiores, uma demão de selador PVA e, em exteriores, aplicar uma demão de selador acrílico e repintar por último. e) Desagregamento O desagregamento é sinal de que a pintura foi destruída (esfarelada), destacando- se da superfície juntamente com partes do reboco. A causa principal deste processo é a aplicação direta do produto (sem uma utilização prévia de um fundo preparador de paredes acrílico, base solvente) sobre o reboco novo, não curado, por um período mínimo de 30 dias. Corrije-se este problema com a raspagem das partes soltas, efetuando-se a correção do reboco. Em seguida, deve-se aplicar uma ou duas demãos de fundo preparador de paredes, diluído na proporção de 1:1 com thinner, finalizando-se com uma repintura. Figura 14: Parede desagregada. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista Figura 19: Escorrimento. j) Escorrimento O escorrimento da tinta em uma superfície pode ser causado por excessiva diluição, aplicação não uniforme, utilização de solvente muito lento, repintura sobre a primeira demão ainda úmida ou temperatura muito baixa. Em casos como estes, sugere-se que se faça uma observação das informações técnicas do produto nas embalagens ou boletins técnicos. k) Mau Alastramento O mau alastramento é causado pela diluição insuficiente, má aplicação, utilização de solvente muito rápido ou aplicação de camadas bastante finas. A solução apontada neste caso é a observação das informações técnicas do produto nas embalagens ou boletins técnicos. Figura 20: Mau alastramento. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista l) Manchas foscas e não uniformes no filme A presença de manchas foscas e desuniformes é sinal de superfície contaminada, massa ou primers excessivamente absorventes ou em ambientes fechados, com pouca circulação de ar. Limpando-se bem a superfície, selando-a antes da aplicação do acabamento e mantendo-se o ambiente com uma boa circulação de ar durante o processo de secagem são medidas profiláticas eficazes na correção de erros como este. m) Enrugamento A aplicação de grossas camadas, a secagem sob a luz do sol ou a repintura sobre a primeira demão não convenientemente seca são fatores que favorecem o aparecimento de enrugamentos numa superfície pintada. Antes de realizar qualquer pintura, deve-se ler o boletim técnico das tintas, para que se saiba a espessura recomendada das demãos a serem aplicadas. A cura total da primeira demão deve ser respeitada e ressalta-se que algumas tintas não devem ser aplicadas sob luz solar. Figura 21: Manchas foscas desuniformes no filme Figura 22: Enrugamento. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista n) Trincas de estrutura O surgimento de trincas em uma estrutura é o resultado do movimento da mesma. Corrige-se este problema em 5 passos: 1 – Abrir a trinca e escova-la eliminando o pó. 2 – Aplicar uma demão de fundo acrílico preparador diluído na proporção de 1:1 em thinner. 3 – Repassar esta solução 24h após a primeira aplicação. 4 – Aplicar massa acrílica, aguardar sua secagem e estender uma tela de nylon, aplicando três demãos de impermeabilizante acrílico. 5 – Repintar a superfície. o) Manchas causadas por pingos de chuva Superfícies pintadas com tinta látex podem apresentar manchas causadas, normalmente, por pingos de chuva, antes que as mesmas estejam totalmente secas. Evita-se este problema através da realização de pinturas externas somente com a segurança de que não vai chover. Após a ocorrência deste problema, pode-se minimiza-lo lavando-se por igual as superfícies machadas (sem esfregar). Figura 24: Manchas causadas por pingos de chuva. Figura 23: Trincas de estrutura APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista  Solução A: Nesse caso tem-se que contar 05 cômodos. Foram excluídos os banheiros e a cozinha, pois apresentam revestimento cerâmico, bem como a garagem que contará como área externa. Portanto, a área construída é de 105m² e os cômodos considerado forma 05. Dividindo- se esta área pela quantidade de cômodos tem-se a área média de cada cômodo que equivale a 21,00m². Observando-se a Tabela 1, a área de 21,00m² corresponde ao fator 3,2 (paredes e tetos). Para se saber a área de pintura das paredes e tetos deste imóvel basta multiplicar a área construída por este valor (3,2) resultando em 336,00m². QUADRO 5 – Orçamento de pintura DESCRIÇÃO DO IMÓVEL k) Área construída: 105m² l) Ambientes: 03 quartos (suítes), sala de jantar, sala de estar, cozinha, área de serviço, lavabo, garagem e quintal. OBSERVAÇÃO Para cálculo da quantidade de tinta não se deve considerar ambientes com paredes revestidas com cerâmica. A garagem deve contar como área externa, sendo seu orçamento feito a parte. AMBIENTES CONSIDERADOS NO ORÇAMENTO 05 (cinco) ÁREA MÉDIA A SER PINTADA 21 m² (por cômodo) FATOR DE PINTURA 3,2 (de acordo com a Tabela 1) ÁREA DE PINTURA DE PAREDES INTERNAS E TETOS 105m² X 3,2 = 336m² Figura 25: Planta baixa para orçamento APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista EFEITOS ALCANÇADOS PELA PINTURA NOS AMBIENTES É sabido que a cor transforma um ambiente e sensibiliza os indivíduos. A percepção da influência das cores e das alterações que certos matizes causam ao organismo humano é fato conhecido através dos tempos, utilizado por algumas civilizações em suas edificações e manifestações artísticas e comprovado pela ciência. Assim, Lacy (2002:13) destaca que, [...] a sabedoria das cores foi transmitida através dos tempos, observada por muitos videntes e sentida por outros. As descobertas nos levaram a compreender que o uso de uma ou várias cores no ambiente pode alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes; a cor pode acalmar, reduzir stress e a violência ou aumentar a vitalidade e a energia [...] Contudo, a cor quando utilizada de forma indiscriminada e sem um estudo sistemático de suas influências, poderá causar sensações desagradáveis e, até mesmo, aversão por certos ambientes. Dessa forma, o uso de correto das cores é de fundamental importância na composição dos ambientes, visto que, uma aplicação de matizes de forma inadequada pode criar desarmonia, refletindo no estado interior e nas atitudes dos indivíduos que dele fizerem uso. Neste contexto, admite-se que as cores influenciam a vida dos indivíduos e ainda, tal influência é particular, pois cada indivíduo percebe os diversos matizes a partir de sua própria vivência, seu conjunto de valores e, de acordo com a cultura na qual está inserido. O Quadro 6 enumera um conjunto de matizes, destacando-se as possíveis influências de cada um. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista QUADRO 6 – VISÃO GERAL DAS REAÇÕES A ALGUMAS CORES Cor Característica Geral Reações Emocionais Reações Mentais Vermelho Vivo Quente superestimulante Ativação Perturbação Laranja Quente Energizante Excitante Criatividade Comunicação Amarelo Luz do Sol Expansividade Ausência de limites Prontidão Irradiação Verde Natureza Calma Quietude Receptividade Crescimento Turquesa Repousante Relaxamento Tranqüilidade Ampliação do espaço Liberação Azul Frio Calma Distanciamento Reflexão Introspecção Violeta Profundo Devoção Respeito Meditação Magia Magenta Majestoso Inspiração Elevação Controle Consciência espiritual Branco Claro Brilho Frieza Limpeza Pureza Preto Escuro Depressão Medo Desconhecido Vácuo Cinza Nublado Infelicidade Sem amor-próprio Negatividade Indecisão Fonte: Adaptado de LACY, 2002: 62. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista QUADRO 8 – NR 26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (cont.) Cor Função / Locais e utilização Amarelo (continuação)  Bandeiras como sinal de advertência (combinado com o preto)  Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam riscos  Pára-choque para veículos de transporte Branco Locais e utilização:  Passarelas e corredores de circulação por meio de faixas (localização e largura)  Direção e circulação, por meio de sinais  Localização e coletores de resíduos  Localização de bebedouros  Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência  Áreas destinadas à armazenagem  Zonas de segurança Preto Preto Empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade. Poderá ser usado como indicar – CUIDADO! – ficando seu uso combinado com o branco quando existirem condições especiais. Azul Utilizado para indicar – CUIDADO! – tendo, contudo, seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. Locais e utilização:  Barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida ou fontes de energia dos equipamentos;  Canalizações de ar comprimido;  Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;  Avisos colocados no ponto de arranque o fontes de potência; Verde Usado para indicar SEGURANÇA! Locais e utilização:  Canalizações de água;  Caixas contendo equipamentos de socorro de urgência;  Caixas contendo máscaras contra gases;  Chuveiros de segurança  Macas  Fontes lavadoras de olhos  Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc;  Portas de entrada de salas de curativos de urgência;  Localização de EPI; caixas contendo EPI;  Emblemas de segurança;  Mangueiras de oxigênio APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista QUADRO 8 – NR 26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (cont.) Cor Função / Locais e utilização Laranja Empregado para identificar:  Canalizações contendo ácidos;  Partes móveis de máquinas e equipamentos;  Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;  Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;  Faces externas de polias e engrenagens;  Botões de arranque de segurança;  Dispositivos de corte, bordas de serras e prensas. Púrpura Usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Locais e utilização:  Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;  Locais onde se tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;  Recipientes de materiais radioativos ou refugos de materiais e equipamentos contaminados;  Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares. Lilás Usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes. Cinza a) Claro – usado para identificar canalizações em vácuo; b) Escuro – usado para identificar eletrodutos; Alumínio Utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade. Marrom Adotado a critério da empresa para identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores. Fonte: MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS, 1997:285 APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista DICAS DE PINTURA Que tipo de rolo devo usar?  Rolo de lã pêlo baixo (sintética ou de carneiro) - indicado para tintas PVA E ACRÍLICA.  Rolo de espuma - indicado para esmaltes, tinta óleo e vernizes.  Rolo de espuma rígida ou borracha - indicado para dar efeito em textura Existe uma ordem para pintar um ambiente? Pintar um ambiente na ordem correta economizará tempo e dinheiro. Comece pelo teto (1), paredes (2), portas (3), janelas (4) e finalmente, pinte o rodapé (5). Que tipo de pincel devo usar? Para melhores resultados use sempre pincéis de boa qualidade. A qualidade do pincel tem um efeito direto na qualidade do acabamento e na facilidade com a qual a tinta é controlada e aplicada. Os pincéis também conhecido como trinchas podem ser encontrado de vários tamanhos e cores:  Cerdas escuras - indicados para aplicação de tintas a base de solvente como os esmaltes, tintas óleo e vernizes  Cerdas grisalhas - indicado para aplicação de tintas à base de água como as tintas PVA E ACRÍLICA.  O tamanho do pincel varia de acordo com a área a ser pintada. Obs.: Texto extraído do site da Tintas Coral. DICAS COLORIDAS A tinta permite inúmeras possibilidades de criação para inovar a decoração da sua casa. Se você tiver alguma dúvida sobre o resultado, comece usando cores mais suaves com pequenos detalhes em tons intensos. Com o tempo, você vai se surpreender, criando propostas cromáticas cada vez mais ousadas e personalizadas.  Encurtando o Ambiente - para uma sala retangular muito comprida, por exemplo, pinte as paredes menores com uma cor mais escura.  Alongando Ambiente Quadrado - aplique cor mais escura em duas paredes, uma de frente para a outra.  Escondendo Objetos - pinte a parede no mesmo tom do objeto que você quer esconder.  Destacando Objetos - aplique uma cor intensa ou contrastante na parede de fundo.  Rebaixando o Teto - pinte o teto com uma cor mais escura do que a das paredes.  Elevando o Teto - pinte o teto com uma cor mais clara que a das paredes.  Alargando o Corredor - pinte as extremidades do corredor (paredes menores) e o teto com uma cor mais escura do que a das paredes que acompanham o sentido do corredor. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista 3. SOLVENTES É composto por hidrocarbonetos aromáticos, alcoóis, ésteres, cetonas e glicóis-ésteres, isento de benzeno e produtos clorados.  Thinner Acrílico: É recomendado para diluição de tintas à base de resinas acrílicas nas aplicações automotivas.  Thinner 1000: Devido ao seu alto poder retardante, é indicado para aplicação em dias úmidos (de até 90%), evitando a presença de névoa (branqueamento da pintura). Em virtude de sua formulação ter um alto percentual de componentes nobres, permite um excelente acabamento em pinturas à base de resinas nitrocelulose e sintéticas nos diversos usos.  Thinner 1010: Indicado para acabamentos finos em repinturas automotivas, pinturas imobiliárias, industriais e moveleiras. Sua formulação balanceada é composta de solventes nobres, apresentando alto poder de diluição nas tintas e complementos à base de resinas nitrocelulose e sintéticas, propiciando um ótimo alastramento, secagem rápida, brilho superior e boa resistência ao branqueamento.  Thinner 1020: Indicado para pinturas que exijam secagem rápida em tinta ã base de resinas nitrocelulose e sintéticas, na repintura automotiva, pinturas imobiliárias, industriais e moveleiras. Apresenta ótimo poder de diluição e alastramento.  Thinner 1030: Indicado para diluição de tintas sintéticas imobiliárias e industriais nas aplicações a pistola. Devido à sua rápida evaporação, apresenta excelente desempenho em limpeza de ferramentas e equipamentos.  AGUARRÁS: Solvente indicado para diluição de tintas sintéticas nas aplicações a rolo e pincel. APOSTILA 01 – TINTAS E VERNIZES Profª: Patrícia Martins, especialista REFERÊNCIAS AZEREDO, Hélio Alves. O Edifício e seu Acabamento. 6ª ed. Editora Edgar Blücher Ltda. São Paulo, 2000. Bauer, Luiz Alfredo Falcão. Materiais de Construção. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, 1994. ASSOCIAÇÀO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200 – REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS COM ARGAMASSAS. MATERIAIS, PREPARO, APLICAÇÃO E MANUTENÇÃO. YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 3ª ed. São Paulo: Pini: SindusCon – SP, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11702 – CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS APOSTILA DE TREINAMENTO PROTECTIVE COATINGS (CORAL INDUSTRIAL). São Paulo, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS. TINTAS E VERNIZES. Ciência e Tecnologia. 2. ed. vol 1. Disponível em: http://www.abrafati.com. Acesso em: Set. 2006. LACY, Marie Louise. O poder das cores no equilíbrio dos ambientes. São Paulo: Editora Pensamento, 2002. MANUAL DE PRODUTOS E APLICAÇÕES: SUVINIL. São Paulo, 2005. MANUAL TÉCNICO IQUINE. 7.ed. São Paulo: Iquine, 2006. MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e medicina no trabalho. ed 38. São Paulo: Atlas, 1997.vol. 16. PINTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL – TINTAS YPIRANGA. São Paulo: Akzo Nobel Ltda, 2003. TREINAMENTO SUVINIL. São Paulo, 2005.  Sites Pesquisados: www.tintascoral.com.br www.suvinil.com.br www.ypiranga.com.br www.abrafati.com www.iquine.com.br www.hidracor.com.br
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