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Soldagem a Plasma, Notas de estudo de Tecnologia de Soldagem

Apostila completa que descreve o conceito de Soldagem a plasma (PAW)

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 16/05/2009

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Baixe Soldagem a Plasma e outras Notas de estudo em PDF para Tecnologia de Soldagem, somente na Docsity! Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Engenharia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Soldagem a Plasma - PAW Disciplina: Processo de Soldagem. Professor: Alexandre Queiroz Bracarense, PhD. Belo Horizonte Maio de 2000. 1 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO 1.1 - Histórico O processo de soldagem a Plasma (PAW) foi introduzido na indústria em 1964 como um processo que possuía um melhor controle de soldagem em níveis mais baixos de corrente 1.2- Definições 1.2.1 - Plasma Plasma é um gás que é aquecido a uma temperatura extremamente elevada e que também é ionizado, sendo que, a partir disso, ele se torna um condutor de eletricidade. 1.2.2 — Soldagem a Plasma O processo de soldagem a arco com Plasma (PAW) é um processo de soldagem que produz coalescência dos metais, pelo aquecimento com um arco constrito entre o eletrodo e a peça de trabalho (arco transferido) ou entre o eletrodo e o bocal constrito da tocha (arco não transferido). A proteção é obtida do gás quente e ionizado, proveniente da tocha. Este gás é usualmente suprido por uma fonte auxiliar de gás de proteção. O gás de proteção deve ser um gás inerte ou uma mistura de gases inertes. O metal de adição pode ou não ser usado. 1.3 — Processo de funcionamento O processo de soldagem a arco com Plasma, assim como o processo GTAW, usa eletrodo não consumível. A tocha tem um bocal que cria uma câmara de gás ao redor do eletrodo. O arco aquece o gás na câmara até uma temperatura em que se torna ionizado e conduz eletricidade. Este gás ionizado é definido como o Plasma, que sai do orifício do bocal a uma temperatura próxima de 16700ºC. Onfício de gás Eletrodo. Cooling water a Bocal de mm constrição Câmara de plasma Tungsten electrode mal Gás de Proteção | Bocal do gás Plasma gas extemo E Comprimento da saida “VE Shielding gas Afastamento da F [Peca SNS ament EPs SNS FIGURA 01 FIGURA 02 ARCO NÃO CONSTRITO 40 FTSih Argônio 200A Catodo (-) 18 ARCO CONSTRITO 3H6" (4.8 mm) Diâmetro eletrodo 40 FTSHh Argônio 200 A 30v Temperatura.'K 483 10000-14 000 di 14000-18 000 dijy 18 000-24 000 O 2:00. cm FIGURA 06 O gás de orifício é aquele direcionado através a tocha para envolver o eletrodo, e se torna ionizado para formar o plasma e sai do orifício na forma de um jato de plasma. Para a maioria das operações, um gás auxiliar de proteção é fornecido através um bocal externo, semelhante ao GTAW. O objetivo do gás de proteção é isolar a área do arco na peça de trabalho e evitar a contaminação da poça de fusão. As figuras 01 e 02 mostram um corte transversal da tocha utilizada no processo PAW. O bocal pelo qual o plasma sai tem duas dimensões importantes: O diâmetro do orifício e o comprimento da garganta. O orifício pode ser cilíndrico convergente ou divergente. A distância do eletrodo com a saída do orifício é chamada de Setback. A distância da face externa do bocal e a peça de trabalho é conhecida como Standoff. Como o jato de gás muito potente pode causar turbulência na poça de fusão, as taxas de escoamento de gás de orifício variam de 0.5 até 10ft/h (0.25 até 5l/min). Os gases de proteção escoam a taxas variando de 20 até 60ft?M (10 a 30!/min). 1.3.1 - Objetivos da Constrição do Arco A constrição do arco pode produzir altas densidades de corrente e uma grande concentração de energia. As altas densidades de corrente resultam em maiores temperaturas do arco do plasma, conforme mostrado na figura 06. As maiores vantagens do arco com plasma são a sua estabilidade direcional e focalização proporcionados pela constrição, e a sua relativa insensibilidade com as variações do standoff. Os parâmetros como o grau de colisão, a força do arco, e a densidade de energia sobre a peça de trabalho, e outras características são principalmente funções de: A corrente do plasma; O diâmetro e forma do orifício; Ottipo de gás de orifício; A taxa de escoamento do gás de orifício; Ottipo de gás de revestimento. Obs.: As diferenças fundamentais entre os processos de trabalho a arco com plasma dependem das combinações dos 5 fatores acima citados, que podem ser ajustados para obter energias termicamente muito altas ou muito pequenas. Exemplo: Para o processo de corte, serão necessários: altas concentração de energia e velocidade do jato de plasma, consequentemente serão preciso, alta corrente, diâmetro de orifício pequeno, alta taxa de escoamento de gás de orifício com alta condutividade elétrica. Já para o processo de soldagem, é preciso um jato de plasma de baixa velocidade i.e., orifício maior, baixas correntes do arco e taxas de escoamento dos gases menores. 1.3.2 - Comprimento do Arco Para um jato de plasma de forma cilíndrica, se o comprimento for variado dentro de limites razoáveis, a área de entrada do calor e a sua intensidade permanecerão praticamente constantes, enquanto no processo GTAW, se o arco tiver uma forma cônica, o calor que entra na peça de trabalho varia proporcionalmente ao quadrado do comprimento do arco. O jato do plasma concentrado, permite o uso de uma distância maior da tocha para a peca, e reduz o nível de perícia do operador na manipulação da tocha. As dimensões usadas para soldar materiais com dimensões pequenas numa corrente de aproximadamente 10 A, chegam a 1/4in.(6.4mm) para o PAW e 0.06in. (1.5mm) para o processo GTAW. 1.3.3 - Ignição do Arco Oarco é iniciado com o auxílio de um gerador de alta frequência. O bocal de constrição é conectado ao terminal positivo da fonte de potência, através de um resistor limitando a corrente. Um arco piloto de baixa corrente é iniciado entre o eletrodo e o bocal pelo gerador de alta frequência e o circuito é fechado através o resistor. O gás ionizado do arco piloto forma um caminho de baixa resistência entre o eletrodo e a peça. Quando a fonte de potência é ligada, ocorre ignição do arco principal entre o eletrodo e a peça de trabalho. Depois de deste arco estabelecido, o arco piloto deve ser extinto. ELereooa(s aravor amplo DE Gas rneadBncia PROTEÇÃO FIGURA 07 - Detalhe para o circuito elétrico do processo PAW 1.3.4 - Sistema de Controle de Plasma: É um esquema que controla o funcionamento do plasma. Ele consta de dispositivos para estabelecer o fluxo de gases do plasma e de revestimento, fornece uma entrada para tubulações de gases e água. Pode ou não fornecer um circuito de alta frequência para ignição do arco piloto. Pode existir também um regulador da taxa de escoamento do gás do plasma, e um sistema de circulação de água. 1.4-— Aplicações Os processos industriais nos quais o processo PAW pode ser utilizado dependem do tipo de arco de Plasma. Alguns dos processos que o utilizam são citados logo a seguir: Área automotiva Fabricação de eletrodos Industria de móveis Fabricação de aviões Industria aeroespacial Fabricação de equipamentos clínicos Solda de tubos Os exemplos que são dados logo a seguir são referentes ao processo PAW chamado de Micro Plasma. No último caso é exibida uma soldagem PAW convencional. FIGURA 08 - Baterias FIGURA 09 - Marca Passos GtoasÊ FIGURA 10 - Interruptores FIGURA 11 - Fórceps 1.5.2 - Fontes de energia Para o processo PAW, as fontes de potência convencionais usadas são do tipo DCEN. Entretanto, retificadores são preferidos ao invés de geradores, devido às características elétricas de saída. A fonte de potência DCEN é usada para a maioria das aplicações de soldagem a arco com plasma. O eletrodo de tungstênio ou tungstênio torinado (com óxido de tório) e o arco transferido são os mais usados. A corrente de soldagem varia entre 0.1 e 500 A. São comumente soldados com o processo PAW, os seguintes materiais: * Ligas de aço; * Aços inoxidáveis; * Ligas de níquel; * Titânio e suas ligas. As fontes DCEP são reservadas para uso limitado de soldagem do alumínio mas um aquecimento excessivo do eletrodo limita o uso desta polaridade a níveis de correntes menores do que 100 A. A corrente alternada com estabilização de alta frequência pode ser usada para soldagem de alumínio e ligas de magnésio. A corrente varia entre 10 e 100 A pois maiores amperagens poderiam danificar o eletrodo durante o ciclo positivo da onda. A corrente AC é usada pois permite a remoção de óxidos na superfície da peça de alumínio que é bombardeada pelos íons positivos vindo do eletrodo, limpando assim a superfície da peça a ser soldada. Este fenômeno é chamado de “cathodic etching”. Um retificador com tensão de abertura de circuito (OPEN CIRCUIT VOLTAGE -OCV) na faixa de 65 a 80v é satisfatório para este processo, com argônio ou com mistura de argônio e hidrogênio contendo acima de 7% de hidrogênio. Entretanto, se o hélio ou a mistura argônio/hidrogênio forem usados, uma tensão de abertura de circuito adicional é necessária para uma ignição do arco confiável. Para certas aplicações, o uso de corrente pulsada é essencial. Nestes casos, a fonte de potência tem capacidade de pulsar altos níveis de corrente. Existem fontes de potência com corrente pulsada possuindo frequências de pulso variáveis. A soldagem do alumínio com a cratera tem sido feita com ondas quadradas de corrente AC com polaridade variável. Este tipo de onda, onde a duração e a magnitude de oscilações de corrente DCEN e DCEP podem ser controlados separadamente, pode ser obtido com tecnologia sólida. Com polaridade variável, não há necessidade de óxidos antes da soldagem. 1.5.3 — Alimentador de arame Como boa parte das soldas realizadas são autogenas (sem adição de material) este equipamento é mais difícil de se ver. O conjunto que ilustra esta seção está sendo desenvolvido pela equipe do LABSOLDA da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). FIGURAS 19 E 20 — Alimentador de arame 1.5.4 — Recirculador de água (interno ou externo) Utilizado na refrigeração da tocha de soldagem FIGURA 21 1.5.5 - Acessórios Nesta categorias estão enquadrados vários equipamentos tais como medidores de fluxo de gás de proteção, proteções para as tochas quando da realização de solda sub aquática, afiador de eletrodos, etc. FIGURA 22 - Protetor para solda subaquática FIGURA 23 - Medidor de fluxo 1.6 - Consumíveis 1.6.1 — Metais de adição Os metais abaixo listados seguem a norma AWS. Para todos os casos os mesmos podem ser fornecidos sob a forma de rolo ou arame. No caso do aço de médio teor o mesmo é utilizado na união de arames utilizados em outros processos de soldagem. Cobre Alumínio Níquel Titânio Zircônio Magnésio Aços de médio teor Cromo 1.6.2 — Gases Utilizados No caso do processo PAW são utilizados dois gases: um que é utilizado na criação do Plasma e outro que é utilizado para a proteção da poça de soldagem. Os mais utilizados são os seguintes: superfície da poça pelo fluxo do plasma para formar a cratera. Sua faixa de corrente é acima de 100Amperes. Através do incremento da corrente de soldagem e do fluxo de gás para geração do Plasma, um poderoso jato de Plasma é criado e este pode alcançar penetração total em um material com o metal fundido fluindo para trás de si para formar a junta soldada. Este processo pode ser utilizado para soldar materiais em um único passe. w Weld pool Back side FIGURA 25 E 26 - Keyhole As vantagens do processo PAW com formação de Keyhole são: * Acratera aberta ajuda a remover gases que, em outras circunstâncias, seriam aprisionados como porosidades no metal fundido. e A zona de fusão simétrica da solda com cratera reduz a tendência a distorções transversais. * Maior penetração na junta reduz o número de passos necessários, muitas soldas podem ser completadas num único passo. Existem algumas limitações tais como: * Os procedimentos de soldagem envolvem mais variáveis de processo, restringindo ainda mais a operação; e Maior habilidade do soldador é necessária em operação manual. e Atocha deve ser bem mantida para uma operação consistente. 3.1 - Descontinuidade no Processo de Solda PAW Existem 2 tipos de descontinuidades que devem ser controlados: As descontinuidades superficiais e as abaixo da superfície. Como descontinuidades superficiais, existem os reforços na superfície, o enchimento ruim na raiz, o péssimo encaixe das partes da junta, e as bordas do solda mal acabadas. Este defeitos são associados aos contornos da solda e ao alinhamento da junta. São facilmente detectáveis e dimensionáveis. A falta de penetração também pode ser observada assim como as trincas na superfície. A insuficiência de gases de proteção pode favorecer a contaminação da superfície. A descontinuidades abaixo da superfície são detectadas por radiografia e testes de ultra-som. São as porosidades devido ao desalinhamento da tocha ou pela combinação imprópria das variáveis de soldagem ou mesmo a velocidade de percurso inadequada. Pode ocorrer fusão incompleta devido ao calor insuficiente, e a contaminação sob superfície por causa da transferência do cobre do bocal para a poça de fusão, na ocorrência do arco duplo. 4 — Considerações Quanto à Segurança O arco formato entre o eletrodo de tungstênio o a poça de fusão é formado por um gás inerte. Como o metal de adição é adicionado diretamente na poça de fusão, o metal não passa através do arco então é considerável menor a emissão de fumos. Em locais de trabalho abertos, a exposição a partículas de fumo normalmente será menor que o Limite de Exposição Ocupacional (OEL em Inglês), que é de 5mg/mº. No caso da soldagem de alumínio ou de aço inox são gerados níveis inaceitáveis de ozônio. Por causa disso, devem ser providenciados meios para que o mesmo seja retirado do ambiente de trabalho. Também deverão ser povidenciados cuidados quanto aos campos elétricos e magnéticos que são gerados. Referências Bibliográficas Bracarence, Alexandre Q.: Processo de Soldagem PAW, editado pelo autor Belo Horizonte, 2000 AWS : Welding Handbook, editado nos USA, 1991 Internet : http://mww.aga.com http://Amww. pro-fusionoline.com http:/Aww. twi.co.uk http://Awww.thermalarc.com http://www joinigtech.com http:/Amww. sci.kun.nl
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