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Novo Rural Brasileiro, Notas de estudo de Economia

Uma breve análise sobre as modificações no rural brasileiro

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 03/11/2009

willyan-d-angellis-10
willyan-d-angellis-10 🇧🇷

4.8

(21)

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Baixe Novo Rural Brasileiro e outras Notas de estudo em PDF para Economia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE O NOVO RURAL BRASILEIRO ALUNO: Willyan D’angellis Aires Costa DISCIPLINA: Sociologia Rural PROFESSOR: Edgar Malagodi PERIODO: 2009.2 ASPECTOS DO NOVO RURAL BRASILEIRO Pesquisas recentes têm constatado as transformações muito importantes que vêm ocorrendo nas áreas rurais do mundo e do Brasil. Alguns velhos mitos estão sendo derrubados, outros parecem estar surgindo; todavia, alguns traços futuros já podem ser percebidos com alguma clareza. De início, pode-se perceber que está cada vez mais difícil delimitar o que é rural e o que é urbano. Do ponto de vista espacial o rural hoje é uma continuação do urbano. Do ponto de vista das formas de organização econômica, as cidades não podem apenas ser identificadas apenas como os locais onde se desenvolvem as atividades industriais, nem os campos como as áreas onde apenas se praticam atividades ligadas à agricultura e à pecuária. Parcela significativa do espaço rural brasileiro foi gradativamente se urbanizando nas últimas décadas, como reflexo do processo de industrialização da agricultura e do transbordamento do mundo urbano para aquelas áreas que tradicionalmente eram definidas como rurais. Como resultado, a agricultura interligou-se fortemente ao restante da economia, a ponto de não mais poder ser separada dos setores que lhe fornecem insumos e/ou compram seus produtos. Essa integração pode ser percebida, por exemplo, nos chamados complexos agroindustriais, que passaram a dirigir a própria dinâmica das atividades agropecuárias a eles vinculadas. Assim, o rural não pode ser simplesmente considerado como sinônimo de atraso, já que nos dias atuais não se opõe ao urbano como símbolo da modernidade. Todavia não se deve esquecer que ainda há nas áreas rurais brasileiras muito atraso, conseqüência de nossa herança histórica marcada pela escravidão, pela injusta e vergonhosa estrutura fundiária e pela chaga representada pelas imensas desigualdades sociais. O espaço rural em países como o Brasil ainda é marcado pelo domínio de atividades agrícolas; porém, as atividades e as ocupações não-agrícolas vêm crescendo de forma expressiva nas últimas décadas. O censo 2000 constatou que em nosso país, um pouco menos de 20% de seu contingente populacional (cerca de pouco mais de 30 milhões de pessoas), vivia em zonas consideradas rurais, sendo que quase metade delas na Região Nordeste. Há aproximadamente 15 milhões de pessoas economicamente ativas no meio rural do país, mas cerca de 1/3 delas trabalham em ocupações não-agrícolas como é o caso de pedreiros, motoristas, caseiros, empregadas domésticas etc.. Essas ocupações, ligadas a atividades orientadas para o consumo como lazer, turismo, residência, preservação ambiental etc., foram aquelas que mais cresceram no campo (média de 3,7% ao ano) ao longo da década de 1990. Em contrapartida, o emprego ligado exclusivamente ao setor agropecuário, substituído pelas novas tecnologias, foi aquele que apresentou queda mais rápida (média de 1,7% ao ano). Se essa tendência se mantiver, por volta da metade da próxima década, a maioria da população rural brasileira estará ocupada em atividades não-agrícolas. Nos estados mais desenvolvidos do país como São Paulo, é muito provável que esse fenômeno já esteja se verificando. Só para estabelecer uma comparação, nos Estados Unidos, desde o final da década de 1970 o pessoal técnico e administrativo já superava em número a mão-de-obra meramente braçal nas zonas rurais. Em 1980, a PEA norte- americana empregada no setor serviços respondia por mais de 60% do emprego rural. O NOVO RURAL BRASILEIRO
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