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Feridas e curativos -resuminho, Resumos de Administração Empresarial

RESUMO DE FERIDAS E CURATIVOS

Tipologia: Resumos

Antes de 2010

Compartilhado em 07/11/2009

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iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

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Baixe Feridas e curativos -resuminho e outras Resumos em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! MÓDULO RESUMO/ FERIDAS IMAGEM/SITE: OLHARVITAL FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS 1. FERIDAS E CURATIVOS Def: A pele é o maior órgão do corpo humano. Principais funções: proteção contra infecções, lesões ou traumas, raios solares e possui importante função no controle da temperatura corpórea como já vimos em aulas anteriores. A pele é subdividida: 1. Derme Na derme, localizam os vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, pelos e terminações nervosas, além de células como: fibroblastos, mastócitos, monócitos, macrófagos, plasmócitos entre outros. 2. epiderme A epiderme, histologicamente constituída das camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea é um importante órgão sensorial. 1.FERIDAS Def: As feridas são ocasionadas em decorrência de uma agressão por um agente ao tecido vivo. A terapêutica das feridas vem evoluindo desde 3000 anos A.C., nesta época as feridas hemorrágicas eram tratadas com cauterização; o uso de torniquete é descrito em 400 A .C.; a sutura é documentada no terceiro século A.C. Na Idade Média, com o advento da pólvora, os ferimentos ficaram mais graves para a realização de tratamento teriam que ter novas Terapêuticas.O cirurgião francês Ambroise Paré, em 1585 norteou a terapêutica das feridas devido à necessidade de desbridamento, justaposição das bordas e curativos. Lister, em 1884, inseriu o tratamento anti-séptico. No século XX, observamos o desenvolvimento da clínica com a revelação da sulfa e da penicilina. 1.1-CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS PARA LACERAÇÕES: 1. Lave as mãos com sabonete antes de prestar os primeiros socorros. 2. Lave abundantemente o ferimento com água e sabonete suave. 3. Utilize pressão direta para controlar o .sangramento 4. Aplique curativo borboleta no ferimento. 5. Procure assistência médica. PARA PUNÇÕES: 1. Lave as mãos com sabonete antes de prestar os primeiros socorros. 2. Use um jato d'água e sabonete para limpar o ferimento por punção. 3. Sem fechar o(s) furo(s) da(s) ferida(s), aplique um curativo limpo. 4. Procure assistência médica. PARA FERIMENTOS POR OBJETOS ENCRAVADOS: 1. Evite retirar o objeto encravado. 2. Corte cuidadosamente as roupas em volta do ferimento. 3. Caso seja necessário mover a vítima, imobilize-a primeiro para depois retirar o objeto a alguns centímetros abaixo da superfície da pele. 4. Lave as mãos com sabonete antes de prestar os primeiros socorros. 5. Controle o sangramento por meio de pressão indireta sobre a área ao redor do ferimento. 6. Imobilize o objeto enquanto se aguarda ajuda médica. Não se deve: • presumir que um ferimento pequeno está limpo só porque não se pode ver dentro dele. Lave-o. • respirar sobre um ferimento aberto. • limpar um ferimento grande, pois pode causar mais sangramento. • examinar nem retirar debris da ferida. • forçar partes do corpo para dentro de um ferimento e proteger com curativo limpo. A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS • tentar limpar um ferimento grave depois que o sangramento estiver sob controle. 4.CICATRIZAÇÃO Quando ocorre a lesão a um tecido, imediatamente iniciam-se fenômenos dinâmicos conhecidos como cicatrização, que é uma seqüência de respostas dos mais variados tipos de células (epiteliais, inflamatórias, plaquetas e fibroblastos), que interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos. O tipo de lesão também possui importância no tipo de reparação; assim, em uma ferida cirúrgica limpa, há necessidade de mínima quantidade de tecido novo, enquanto que, por exemplo, em uma grande queimadura, há necessidade de todos os recursos orgânicos para cicatrização e defesa contra uma infecção. Na seqüência da cicatrização de uma ferida fechada, temos a ocorrência de quatro fases distintas: inflamatória, epitelização, celular e fase de fibroplasia. 1. Fase inflamatória - O processo inflamatório é de vital importância para o processo de cicatrização; de início, ocorre vaso-constricção fugaz, seguida de vaso-dilatação, que é mediada principalmente pela histamina, liberada por mastócitos, granulócitos e plaquetas com aumento da permeabilidade e extravasamento de plasma; possui duração efêmera de mais ou menos 30 minutos, sendo que a continuidade da vaso-dilatação é de responsabilidade de prostaglandinas. Nos vasos próximos, ocorrem fenômenos de coagulação, formação de trombos, que passam a levar maior proliferação de fibroblastos. Alguns fatores plaquetários são importantes como o PF4 (fator plaquetário 4) que estimula a migração de células inflamatórias, e o PDGF (fator de crescimento derivado plaquetário), que é responsável pela atração de monócitos, neutrófilos, fibroblastos e células musculares lisas, e produção de colagenase pelos fibroblastos. Os monócitos originam os macrófagos, bactericidas, que fagocitam detritos. Inibidores de prostaglandinas, por diminuírem a resposta inflamatória desaceleram a cicatrização. 2. Fase de epitelização - Enquanto que a fase inflamatória ocorre na profundidade da lesão, nas bordas da ferida suturada, em cerca de 24 a 48 horas, toda a superfície da lesão estará recoberta por células superficiais que com o passar dos dias, sofrerão fenômenos de queratinização. 3. Fase celular - No terceiro e quarto dia, após a lesão, fibroblastos originários de células mesenquimais, proliferam e tornam-se predominantes ao redor do décimo dia. Agem na secreção de colágeno, matriz da cicatrização, e formam feixes espessos de actina. O colágeno é responsável pela força e integridade dos tecidos. A rede de fibrina que se forma no interior da ferida orienta a migração e o crescimento dos fibroblastos. Os fibroblastos não tem a capacidade de lisar restos celulares, portanto A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS tecidos macerados, coágulos e corpos estranhos constituem uma barreira física à proliferação com retardo na cicatrização. Após o avanço do fibroblasto, surge uma rede vascular intensa, que possui papel crítico para a cicatrização das feridas. Esta fase celular dura algumas semanas, com diminuição progressiva do número dos fibroblastos. 4. Fase de fibroplasia - Caracteriza-se pela presença de colágeno, proteína insolúvel, sendo composto principalmente de glicina, prolina e hidroxiprolina. Para sua formação requer enzimas específicas que exigem co-fatores como oxigênio, ferro, ácido ascórbico, daí suas deficiências levarem ao retardo da cicatrização. São os feixes de colágeno que originam uma estrutura densa e consistente que é a cicatriz. As feridas vão ganhando resistência de forma constante por até quatro meses, porém sem nunca adquirir a mesma do tecido original. Esta fase de fibroplasia não tem um final definido, sendo que as cicatrizes continuam modelando-se por meses e anos, sendo responsabilidade da enzima colagenase. Esta ação é importante para impedir a cicatrização excessiva que se traduz pelo quelóide. A cicatrização pode se fazer por primeira, segunda e terceira intenção. Na cicatrização por primeira intenção, ocorre a volta ao tecido normal, sem presença de infecção e as extremidades da ferida estão bem próximas, na grande maioria das vezes, através da sutura cirúrgica. Na cicatrização por segunda intenção, não acontece a aproximação das superfícies, devido ou à grande perda de tecidos, ou devido a presença de infecção; neste caso, há necessidade de grande quantidade de tecido de granulação. Diz-se cicatrização por terceira intenção, quando se procede ao fechamento secundário de uma ferida, com utilização de sutura. Nas feridas abertas (não suturadas), ocorre a formação de um tecido granular fino, vermelho, macio e sensível, chamado de granulação, cerca de 12 a 24 horas após o trauma. Neste tipo de tecido um novo fato torna-se importante, que é a contração, sendo que o responsável é o miofibroblasto; neste caso, não há a produção de uma pele nova para recobrir o defeito. A contração é máxima nas feridas abertas, podendo ser patológica, ocasionando deformidades e prejuízos funcionais, o que poderia ser evitado, através de um enxerto de pele. Excisões repetidas das bordas diminuem bastante o fenômeno da contração. Deve-se enfatizar a diferença entre contração vista anteriormente, e retração que é um fenômeno tardio que ocorre principalmente nas queimaduras e em regiões de dobra de pele. A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS Os princípios científicos relacionados à uma curativo são: microbiológico - técnica asséptica no manuseio do material estéril; físico - movimentos de execução, mobilização e imobilização; químico e farmacológico - sobre as substâncias utilizadas, e sociológicos - orientação para a paciente e família quanto aos cuidados necessários. Existem alguns tipos de ferida que devem ser particularizadas: nas lesões por mordeduras, em princípio, as mesmas não devem ser suturadas, pois são potencialmente infectadas; apenas naquelas que são profundas, com comprometimento do plano muscular, este deve se aproximado. Nas feridas por arma de fogo, a decisão da retirada do projétil deve ser avaliado caso à caso; caso haja apenas um orifício, este não deve ser suturado, devendo-se lavar bem o interior do ferimento, sendo que quando houver dois orifícios, um deles poderá ser suturado. As lesões por prego devem ser limpas e não suturadas, tomando-se o cuidado com a profilaxia do tétano. A seguir, citaremos algumas das substâncias mais utilizadas em curativos de feridas abertas e infectadas, principalmente no tocante de indicação, mecanismo de ação e maneira de utilização. Considerações mais profundas sobre o assunto, serão tratadas em futuras Disciplinas. PAPAÍNA - é uma enzima proteolítica extraída do látex da caricapapaya. Indicação: em todo tecido necrótico, particularmente naqueles com crosta Mecanismo de ação: ação anti-inflamatória, bactericida e cicatricial; atua como desbridante Modo de usar: preparar a solução em frasco de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze embebida na solução Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado, 6% nas com exudato purulento e 2% naquelas com pouco exudato. HIDROCOLÓIDE - partículas hidroativas em polímero inerte impermeável Indicação - lesões não infectadas com ou sem exudato, áreas doadoras e incisões cirurgicas Mecanismo de ação - promove barreira protetora, isolamento térmico, meio úmido, prevenindo o ressecamento, desbridamento autolítico, granulação e epitelização Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar hidrocolóide e fixar o curativo à pele Observações - não deve ser utilizado para feridas infectadas A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS TRIGLICÉRIDES DE CADEIA MÉDIA (TCM) - ácidos graxos essenciais, lipídios insaturados ricos em ácido linolêico Indicação - todos os tipos de lesões, infectadas ou não, desde que desbridadas previamente Mecanismo de ação - promove quimiotaxia para leucócitos, facilita a entrada de fatores de crescimento nas células, promove proliferação e mitose celular, acelerando as fases da cicatrização. Modo de usar - irrigar a lesão com soro fisiológico, aplicar AGE por toda a área da ferida e cobrir. Observações - não é agente desbridante, porém estimula o desbridamento autolítico. OUTRAS SUBSTÂNCIAS Carvão ativado - nas feridas infectadas exudativas Alginato de cálcio - nas lesões exudativas com sangramento Filme com membrana de poliuretano - para proteção de lesões profundas não infectadas. 6.PRINCÍPIOS PARA O CURATIVO IDEAL 1. Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo 2. Remover excesso de exudação 3. Permitir troca gasosa 4. Fornecer isolamento térmico 5. Ser impermeável à bactérias 6. Ser asséptico 7. Permitir a remoção sem traumas 7.PROCEDIMENTOS PRÁTICOS 7.1- CURATIVO DE FERIDAS SIMPLES E LIMPAS 1. Lavar as mãos para evitar infecção 2. Explicar o procedimento ao paciente e familiares, para assegurar sua tranqüilidade 3. Reunir todo o material em uma bandeja auxiliar 4. Fechar a porta para diminuir corrente de ar 5. Colocar o paciente em posição adequada A.M.C.R MÓDULO RESUMO/ FERIDAS 6. Manipulação do pacote de curativo com técnica asséptica, incluindo a utilização de luvas 7. Remover o curativo antigo com pinça dente de rato 8. Fazer a limpeza da incisão com pinça de Kelly com gaze umedecida em soro fisiológico, com movimentos semi-circulares, de dentro para fora, de cima para baixo, utilizando-se as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão 9. Secar a incisão de cima para baixo 10. Secar as laterais da incisão de cima para baixo 11. Colocar medicamentos de cima para baixo, nunca voltando a gaze onde já passou 12. Retirar o excesso de medicação 13. Passar éter ao redor da incisão 14. Curativo quando necessário 15. Lavar as mãos 16. Recolher o material 7.2 -CURATIVO DE FERIDAS ABERTAS OU INFECTADAS Os curativos de ferida aberta, independente do seu aspecto, serão continuamente realizados conforme a técnica de curativo contaminado, ou seja, de fora para dentro. 1. Para curativos contaminados com secreção, principalmente em membros, colocar uma bacia na área a ser tratada, lavando-a com soro fisiológico a 0,9%. 2. As soluções anti-sépticas mais utilizadas são a solução aquosa de PVPI a 10% (1% de iodo livre) e cloro-hexidine a 4%. 3. Quando houver necessidade de troca de vários curativos em um mesmo paciente, deverá iniciar pelos de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, depois os de ferida infectada, e por último as colostomias e fístulas em geral 4. Utilizar máscaras, aventais e luvas esterilizadas. 8.ÉTICA NO TRATAMENTO DE FERIADAS IMPERÍCIA : É execução de uma função sem a plena capacidade para tal.É cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade, como, por exemplo, um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma inadequada. IMPRUDÊNCIA: É o erro acometido com conhecimento das regras, porém não executado com as cautelas exigidas no tratamento da ferida. Por exemplo, o profissional preparado insistisse em realizar um curativo sem o diagnóstico ou material adequado, ou caso o acadêmico, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo sem a plena convicção do diagnóstico e, ainda, sem solicitar auxílio. A.M.C.R
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