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Doencas do Algodoeiro, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Varias doencas observadas na cultura do algodao...

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 07/11/2009

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marcos-ferreira-34 🇧🇷

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Baixe Doencas do Algodoeiro e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! Marcos Ferreira da Costa Engenharia Agronômica-UFMT • Introdução: • Causa prejuízos muito variáveis à cultura; • Prejuízos são em função: • da cultivar; • práticas culturais; • condições climáticas; e • disponibilidade de hospedeiro. • Difícil estimar as perdas de produção e qualidade da fibra; • Existem registrados na literatura mais de 250 agentes causais; • São classificadas em três grupos, em função do patógeno: • Fungos(90%) : Tombamento, Ramulária, Ramulose, Mancha de alternaria e Mofo branco; • Viroses(16): Mosaico comum, Doença azul e Vermelhão. • Bactérias(1): Mancha angular (Bacteriose ou Mancha bacteriana). CICLO FISIOLÓGICO DAS DOENÇAS NO ALGODOEIRO 0 - 40 DAE 40 - 100 DAE 100 - 150 DAE TOMBAMENTO MANCHA DE ALTERNÁRIA RAMULOSE RAMULARIOSE BACTERIOSE COMPLEXO DE PODRIDÃO DE MAÇÃS DOENÇAS FOLIARES DE FINAL DE CICLO (DFC) DAE: DIAS APÓS EMERGÊNCIA Tombamento • Ocorre por ataque de diversos fungos; • Sobrevivem no solo ou são propagados por sementes • Mais importantes são: • Rhizoctonia solani (mais comum), • Pythium spp.; • Fusarium spp.; • Macrophomina phaseolina; • Xanthomonas campestris pv. malvacearum, e • Colletotrichum gossypi. • Atacam: • Germinação, emergência (murchamento) e termina com a morte das plântulas. PAGE 18 • Controle: Aumentar n.º de sementes; diminuir prof. de semeadura; rotação de culturas; sementes sadias e tratamento de sementes. Plântulas atacadas por R. solani, C. gossypi e Pythium sp (2ª fig.) Figura 01 figura 02 Mancha angular (X. campestris pv. Malvacearum) • Existe cerca de 20 raças deste patógeno; • Favorecida por tempo úmido (fase de crescimento e folhas túrgidas); • Ataca todos os órgãos da planta; • Sintomas e danos: • lesões oleosas nas folhas, verde-escuras virando pardo escuras e necróticas, delimitadas pelas nervuras; • Manchas são distribuídas em todo o limbo ou agrupadas ao longo das nervuras principais; • Ataque severo: grandes áreas necrosadas e quebradiças e acentuado desfolhamento, podendo ocorrer perdas. • Caules e ramos: lesões deprimidas e pretas. • Controle: • Variedades resistentes; • Arrancamento e queima das soqueiras; • Deslintamento com ácido diminui o inóculo. Mancha Angular Mancha angular: sintomas limbo foliar e nervuras Mancha angular: sintomas na maçã • Lesões: PAGE 18 Controle • Rotação de culturas e destruição de soqueiras; • Bordadura com variedades resistentes; • Uso de bordaduras com variedade resistente; • Controle como se fosse suscetível; • Controle de tigüeras em soja; e • Diminuição da população de pulgões. Sintomas da Doença azul Vermelhão • Agente causal: provavel/e Luteovirus; • Transmitido pelo pulgão; • Primeiro nas folhas inferiores; • Sintomas: • Clorose delimitada pela nervura; • Cor avermelhada pode ser confundido com def. nutricional, ataque de pragas ou doenças, senescência, etc. • Controle: • Eliminação de pulgões; • Eliminação de pl. daninhas malváceas RAMULÁRIA Fase assexuada: Ramularia areola ATK. Fase sexuada: Mycosphaerella areola Ehrlich & Wolf • Doença fúngica também conhecida como falso oídio; • Ataque inicia na parte baixa das plantas (baixeiro); • Período crítico: 30 a 120 DAE. • Sintomas: • Pequenas lesões (3-4 mm), delimitadas pelas nervuras secundárias na face inferior da folha; • Esporulação dos fungos, aspecto pulverulento branco; • Alta umidade: lesões e esporulação na face superior; • Áreas manchadas podem necrosar e folhas caem. • Controle: • Profilático: maior espaçamento e uso de reg. de crescimento; PAGE 18 • Tratamento com fungicidas: iniciar 35 - 40 dias. Ramulária • Controle químico: • Eficiente em aplicações preventivas e curativas; • Até 25% de área foliar infectada não causa dano econômico; • Atenção para aplicações curativas com mais de 30% de área foliar infectada: DESFOLHA; • Melhor momento para o controle: Mancha azul • Produtos: Priori e Comet. Mancha de Ramulária do Algodoeiro SINTOMAS DA RAMULÁRIA OBSERVADA NAS FOLHAS DO ALDODOEIRO Sintomas de Ramulária Manejo da Doença Atualmente: • Ocorre em elevada incidência e severidade; • Causa desfolha precoce – acentuada desfolha do baixeiro e terço médio da planta, com abertura prematura de maçãs; • Reflexo – redução na produção em até 35%. Manejo da Doença • Falta de descontinuidade espacial e temporal; • Emprego de variedades suscetíveis; • Busca por altas produtividades; PAGE 18 • Propiciou o incremento e acúmulo de inóculo; MANCHA DA RAMULÁRIA Nota 1 sem sintomas; Nota 2 até 5% de sintomas na planta; Nota 3 até 15% de sintomas na planta, c/ queda de folhas axilares no terço inferior; Nota 4 até 30% de sintomas na planta, c/ queda de folhas axilares no terço médio, início de desfolha precoce no baixeiro e lesões de ramularia no ponteiro; Nota 5 acima de 50% de sintomas na planta, com queda de folhas no terço superior e desfolha precoce. Mancha de Ramulária • Amostragem • Levantar a posição da doença no baixeiro; • Menos de 5% - igual a presença no baixeiro (2 folhas axilares); • A 1a e a 2a aplicação – devem ser em seqüencial; • Eficiência – marcar 10 plantas/loco e avaliar a evolução da doença (geralmente 8 dias após a aplicação) Sintomas Ramulose do Algodoeiro RAMULOSE Nota 1 sem sintomas; Nota 2 planta com folhas do ponteiro apresentando manchas necrosadas pequenas (manchas estreladas); Nota 3 planta com redução dos internódios no ponteiro, além das manchas pequenas; PAGE 18 Sintomas Finais Ataque de Percevejos • Fatores que aumentam o potencial da praga: 1 – Aumento do uso de produtos fisiológicos para controle de lepidópteros; 2 – Diminuição do uso de produtos para controle de pulgões ( + neocotinóides); 3 – Futura introdução de variedades Bt, ocasionarão a redução de 6 aplicações para lepidópteros alvos; 4 – Algodão é uma ilha cercada de soja por todos os lados. Ferrugem do Algodoeiro • Agente causal: Cerotelium desmium • Phakopsora gossypii • `Pústulas de coloração vermelho arroxeada` • Fungo oportunista, saprofítico. • Problemas: controla ou não. Ferrugem do Algodoeiro Ferrugem do Algodoeiro • Controle • O que fazer: Histórico Como fazer: controle precoce ramulária • Quando fazer: idem ramulária Porque fazer: desfolha tardia até 40@ • • Porque reapareceu: • Mal controle de mancha de ramulária (básico) PAGE 18 Mofo Branco – Sclerotinia sclerotiorum • Ocorrência cosmopolita e ataca mais de 400 sp. • Áreas perturbadas como áreas de pivot • Disseminação – via semente • Prevenir: a partir da germinação dos escleródios • Fase: queda de sépalas e pétalas • Temperatura: 20 – 25 graus célsius. • Umidade: acima de 70% • Diminuição de lâmina d´água • Aumento de espaçamento • Aumento de aeração • Aumento da matéria orgânica • Germinação do apotécio – controle preventivo – fumigação com procimidone + tiofanato metílico • Controle: Ronilan, Frowncide (efeito curativo) Mancha de mirotécio – Myrothecium roridum Sintomas ... SINTOMAS DA MANCHA DO MIROTÉCIO NAS FOLHAS SIMTOMAS NA BRÁCTEA PAGE 18 SINTOMAS NA MAÇÃ Mancha de mirotécio – Myrothecium roridum Condições ideais: • Temperatura: 21oC a 27oC • UR: 80-90% • Sintomas aparecem de 7 a 8 após inoculação; • In vitro: 6 dias – formam-se esporodóquios • Meios básicos com DA, SA, C, T, Al, Am, aveia, etc. Controle: • Uso de benzimidazóis (carbendazim e/ou tiofanato metílico) puro ou em mistura com triazóis / estano-orgânico / estrobilurinas puras ou em misturas com triazóis. • Exige maiores estudos para quantificar perdas e danos Sugestão de recomendação Aplicação Produtos Myrothecium 1 Estrobilurina pura ou em mistura Adicionar 1,0 L de Derosal ou Cercobin 2 Mistura de Benzimidazol + Triazol ou estanhado Aumentar a dose do Benzimidazol p/ 1,0 L/ha 3 Volta a Estrobilurina pura ou em mistura Adicionar 1,0 L de Derosal ou Cercobin PAGE 18 • Soluções • Uso de fungicidas no início dos sintomas • Pontos positivos • Tolerância à mancha de alternária • Tolerância à ramulose (região centro-sul) • Resistente à bacteriose • Resistente à doença azul (virose) Coodetec (CD) 406 • Problema • Suscetível à mancha de ramulária • Soluções • Uso de fungicidas no início dos sintomas • Pontos positivos • Tolerância à ramulose (região centro-sul) • Resistente à bacteriose • Tolerância à doença azul (virose) Delta Pine Acala 90 – CNPA ITA 90 • Problema • Suscetível à doença azul (virose) e bacteriose • Soluções • Manejo do pulgão (IC = % baixo) • Uso de fungicidas • Pontos positivos • Tolerância à mancha de alternária e ramulária • Tolerância à ramulose • Áreas novas Fábrica e Mákina • Problema • Suscetível à doença azul (virose) e bacteriose • Soluções • Manejo do pulgão (IC = % baixo) • Uso de fungicidas • Pontos positivos • Tolerância à mancha de alternária e ramulária • Tolerância à ramulose PAGE 18 Sure Grow 821 • Problema • Suscetível à doença azul (virose) • Bacteriose – Mancha angular • Soluções • Manejo do pulgão (IC = % baixo) • Uso de fungicidas • Pontos positivos • Tolerância à mancha de alternária e ramulária • Tolerância à ramulose Fiber Max 966 – Sicala 40 • Problema • Suscetível à doença azul (virose) • Soluções • Manejo do pulgão (IC = % baixo) • Uso de fungicidas • Pontos positivos • Tolerância à mancha de alternária e ramulária • Tolerância à ramulose • Resistência a bacteriose Delta Pine PENTA • Problemas • Tolerância à ramulose e ramulária • Soluções • Uso de fungicidas no início dos sintomas das doenças • Pontos positivos • Rendimento de fibra (2-3 pontos + que OPAL) • Amplitude de produção • Rusticidade • Melhor custo/benefício • Tolerância às doenças MARCOS FERREIRA DA COSTA TECNOLOGIA EM AGRICULTURA SUSTENTÁVEL, ABRIL/2007 PAGE 18 PAGE 18
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