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Experimento inteiramente ao acaso, Notas de estudo de zootecnia

Delineamento Inteiramente Casualizado

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 20/07/2010

lenice-mendonca-de-menezes-7
lenice-mendonca-de-menezes-7 🇧🇷

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Baixe Experimento inteiramente ao acaso e outras Notas de estudo em PDF para zootecnia, somente na Docsity! Flávia Pagliusi Karina Cardoso de Lima Santos Júlia R. Roveri Nathalia Toretta Moraes Os comentarios em vermelho foram adicionados por Nancy. Capítulo 2: experimento inteiramente ao acaso 1. Definição Para se fazer um experimento inteiramente ao acaso é necessário, basicamente, que as unidades experimentais1 sejam distribuídas entre os grupos que serão observados de maneira aleatória. Isso pode ser feito através de sorteios com moedas2, dados3, papéis numerados4 ou ainda a tabela de números aleatórios5 já pré-estabelecida. Se o pesquisador estiver realizando um experimento com animais, o processo do sorteio pode ser feito de diversas maneiras: numerar os animais (coleiras e pulseiras numeradas ou de diferentes cores, por exemplo) e sorteá- los de acordo com essa numeração para os diferentes grupos; no entanto, se a pesquisa estiver sendo realizada em humanos o ideal seria realizar o sorteio na ausência 1. Unidade Experimental representa o material onde a tratamento será aplicado (pode ser um pedaço de terra, um animal de laboratório, uma pessoa, um fragmento de tecido animal etc). 2. Atribui-se à “cara” um tipo de tratamento e à “coroa” o outro. Assim, joga-se a moeda para cada unidade experimental e anota-se o resultado designando cada uma ao grupo correspondente. 3. Atribui-se a cada número um tratamento e joga-se os dados para cada unidade experimental (segue o mesmo raciocínio das moedas). 4. Em pequenos pedaços de papel escreve-se o tipo de tratamento e, para cada unidade experimental, faz-se um sorteio. 5. Consiste em uma tabela pré-determinada com diversos números aleatórios. O pesquisador pode utilizá-la de diversas maneiras. Para exemplificar: ele pode sortear os nomes dos participantes (digamos que sejam humanos) e atribuir, na ordem da tabela, os números aleatórios. Assim, ele determina: todos os participantes que obtiverem números ímpares receberão o tratamento, e os que obtiverem números pares serão do grupo controle, por exemplo. destes – numerar fichas com os nomes dos pacientes e sorteá-las escrevendo o resultado ao lado, por exemplo. 2. Limitações O experimento inteiramente ao acaso só deve ser realizado quando as unidades experimentais forem similares com relação a todos os aspectos que possam influenciar o resultado da pesquisa – caso as unidades experimentais sejam pessoas: mesmo peso, idade, doença, chances de cura, condição sócio-econômica, sexo (dependendo do tipo da pesquisa), etc. Caso contrário, ao se denominar os grupos participantes ao acaso, estes podem apresentar heterogeneidade entre si, ou seja, se o pesquisador possuir unidades experimentais de alturas muito variadas, por exemplo, pode acontecer de serem formados grupos que possuam apenas unidades experimentais altas e outro com as mais baixas; desta maneira os resultados da pesquisa não serão confiáveis6, uma vez que quanto mais similares forem os grupos comparados maior será a confiabilidade dos resultados. 3. Vantagens Este tipo de experimento permite que sejam analisados quantos grupos o pesquisador desejar. Basta que estes sejam designados por sorteio. Cochran e Cox (1957) apontam como vantantagens do uso de experimentos compltamente alatorizados: 1.- Permite flexibilidade completa. Qualquer número de tratamentos e replicações podem ser utilizados. O número de replicações pode variar de tratamento para tratamento (embora esta variação não seja rcomendada sem uma boa razão). Todo o material experimental disponível pode ser utilizado – uma grande vantagem em experimentos preliminares onde o suprimento de material é escasso. 2.- A análise estatística é fácil mesmo quando o número de replicações não é o mesmo para todos os tratamentos ou quando o erro experimental difere de tratamento para tratamento. 6. Neste caso, deve ser utilizado um delineamento em blocos – tratado em outro capítulo. A Fundação Nacional de Paralisia Infantil dos Estados Unidos propôs outro delineamento que não utilizava experimentos inteiramente ao acaso: seriam vacinadas todas as crianças da 2ª série (que os pais permitissem) e o grupo controle seria o das crianças da 1ª e 3ª séries. Ao final do experimento constatou-se que o realizado inteiramente ao acaso obteve 61% de redução do número de casos, enquanto o experimento feito pela Fundação Nacional de Paralisia Infantil obteve redução de 54%. Isso demonstra a ineficiência dos resultados de um experimento mal delineado. 7. Pesquisas que utilizaram o experimento inteiramente ao acaso 7.1. Para avaliar a ação inseticida de uma planta amazônica, Piper aduncum, sobre Aetalion sp, foram coletados insetos adultos, que foram separados em grupos de dez indivíduos, colocados em recipientes de plástico, e expostos à aplicação tópica de extratos aquosos de folhas e raízes da planta. Cada grupo de dez insetos recebeu os extratos em concentrações diferentes – 10, 20 e 30 mg/ml – e o grupo controle foi tratado com água destilada (pseudotratamento). Este experimento se caracterizou num delineamento inteiramente ao acaso com 3 tratamentos e 1 controle – cada indivíduo foi, primeiramente, colocado em recipientes distintos e estes numerados; seguiu-se, então, o sorteio dos números dos recipientes para cada tipo de tratamento e os insetos do mesmo grupo foram colocados no mesmo recipiente7. 7.2. Em outro experimento quis-se avaliar o efeito de três programas de alimentação para pintos administrados após uma condição prática de 72 horas de jejum pós-eclosão. Foram estudados 576 pintos com idades entre 7 e 21 dias. Estes foram distribuídos em três grupos por delineamento inteiramente ao acaso; o primeiro (P1) e o segundo grupos (P2) receberam dietas que constam na Tabela Brasileira (2000 e 2005), já o terceiro grupo (P3) recebeu uma ração 7. Silva WC, Ribeiro JD, Souza HEM, Corrêa RS. Atividade inseticida de Piper aduncum L. (Piperaceae) sobre Aetalion sp. (Hemíptera: Aetalionidae), praga de importância econômica no Amazonas. Acta Amazonica 2007; 37: 293-98. utilizada nas integrações avícolas. Para cada grupo foram sorteadas 16 unidades experimentais8. 7.3. Para avaliar a eficiência da mineralização óssea em suínos quando da administração de quatro fontes diferentes de fósforo – fosfato bicálcico padrão, superfosfato supertriplo, fosfato monoamônio e consorciação de fosfato bicálcico (80%) e fosfato de Patos de Minas (20%) - foram utilizados 32 leitões machos castrados com média de peso de 60 kg. O delineamento utilizado foi o inteiramente ao acaso com quatro tratamentos e um grupo controle. A divisão foi feita da seguinte forma: os grupos tratados possuíam, cada um, 8 componentes; o grupo controle era composto por 6 indivíduos sacrificados no início do experimento (estes indivíduos indicariam a mineralização óssea normal de um suíno)9. 8. Silva JHV, Ribeiro MLG, Filho JJ, Silva EL. Avaliação de programas de alimentação para pintos de corte submetidos a jejum de 72 horas pós-eclosão. Ciência e Agrotecnologia 2007 jan/fev 1; 31. 9. Veloso JAF, Medeiros SLS, Costa ECA. Mineralização óssea com quatro fontes de fósforo na terminação de suínos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 2000 abr (4); 52.
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