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Poliomielite, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

POLIOMIELITE

Tipologia: Notas de estudo

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Compartilhado em 09/12/2009

paulo-roberto-da-s-machado-8
paulo-roberto-da-s-machado-8 🇧🇷

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Baixe Poliomielite e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! POLIOMIELITE PARALISIA FLÁCIDA Acadêmicas: Ananda, Cristina, Danusa, Franciéli e Renata Professora: Jeanice Fernandes Disciplina: Doenças Transmissíveis Poliomielite Doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito. Agente Etiológico é o Poliovírus pertencente ao gênero Enterovírus, da família Picornaviridae. Apresenta três sorotipos I , II e III. Modo de Transmissão CONTATO DIRETO ORAL - ORALFECAL - ORAL Período de incubação: 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. Período de transmissibilidade: Indivíduos susceptíveis: eliminação do vírus através da orofaringe por cerca de uma semana, e pelas fezes por cerca de seis semanas. Indivíduos reinfectados: períodos mais reduzidos. Susceptibilidade e Imunidade Não imunizados são susceptíveis a contrair a doença. Infecção natural ou a vacinação conferem imunidade duradoura tipo específica. Recém nascido é provido de anticorpos séricos maternos, conferem proteção nos primeiros meses de vida extra-uterina. A amostra deve ser coletada até o 14º dia do início da instalação do déficit motor, em quantidade satisfatória, equivalente a um volume de 2/3 de um coletor padrão, congelada em freezer a -20°C até o momento do envio, e transportada em temperatura entre 4º a 8º C, ao laboratório de referência para serem examinadas. Exames complementares (inespecíficos) • Líquor: Permite diagnóstico diferencial com a síndrome de Guillain-Barré e meningites que evoluem com deficiência motora. Na poliomielite observa-se discreto aumento no número de células podendo haver discreto aumento no número de proteínas. • Eletromiografia: Este exame pode contribuir para descartar a hipótese de diagnóstico de poliomielite,quando seus achados são analisados conjuntamente com isolamento viral e evolução clínica. Coleta de amostras de fezes de contatos Deverão ser coletados somente nas seguintes situações: • Contatos de caso com clínica compatível com poliomielite, quando houver suspeita de reintrodução da circulação do poliovírus selvagem. • Contato de caso que haja confirmação de vírus derivado vacinal. • Não coletar amostras de contato que recebeu vacina oral contra poliomielite nos últimos 30 dias. Conservação e transporte de amostras de fezes Colocar cada amostra em recipiente limpo e seco e vedar bem. A quantidade de fezes recomendada deve equivaler ao tamanho de dois dedos polegares de um adulto. Conservar em freezer a - 20°C, até momento do envio, ou geladeira comum (4º- 8ºC) por no máximo 3 dias. O transporte deve ser feito em caixa térmica com gelo seco, suficiente para resistir ao transporte para entrega ao laboratório. A caixa deve ser fechada por fora com fita adesiva e ser acondicionada em outra caixa de papelão. Junto das amostras de fezes devem ser enviadas uma cópia da ficha de envio de amostras devidamente preenchida e acondicionada em saco plástico. Conservação e Transporte do Líquor Se possível e coletado na fase aguda do quadro clínico, deve ser enviada ao laboratório de referência. Deve ser coletada em tubo estéril, em volume de aproximadamente 2 ml. Deve ser conservado em freezer e transportado congelado em caixas térmicas contendo gelo seco ou gelo reciclável. Dois fatores foram decisivos para erradicação da poliomielite no Brasil, os elevados níveis de cobertura vacinal obtidos nas campanhas nacionais a partir 1988 e o aumento do poder imunogênico da vacina utilizada. No momento atual chama-se atenção para um fenômeno observados em países com coberturas vacinais insuficientes e/ou heterogêneas, a emergência de cepas de vírus derivado da vacina, que passam a readquirir neurovirulência e patogenicidade. Vigilância epidemiológica A vigilância Epidemiológica te como objetivo manter erradicada a poliomielite no Brasil, mas também monitorar a ocorrência de casos de paralisia flácida aguda em menores de 15 anos de idade, acompanhar e avaliar o desempenho operacional do Sistema de Vigilância Epidemiológica da paralisia flácida aguda no país, assessorar tecnicamente os demais níveis do SUS e produzir e disseminar informações A suspeita de poliomielite em indivíduos de qualquer idade e a paralisia flácida aguda em menores de 15 anos são de notificação e investigação obrigatórias. Para a detecção de casos de poliomielite em tempo hábil, a e Vigilância Epidemiológica deve identificar, notificar e investigar imediatamente todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica, e em pessoas de qualquer idade que apresentem suspeita diagnóstica de poliomielite. Confirmado Caso de paralisia flácida aguda onde houve isolamento de poliovírus selvagem na amostra de fezes do caso ou de um de seus comunicantes,independente de haver ou não seqüela, após 60 dias do início da deficiência motora. Poliomielite compatível Caso de paralisia flácida aguda que não teve coleta adequada de amostra de fezes e que apresentou seqüela aos 60 dias ou evoluiu para óbito ou teve evolução clínica ignorada. Descartado (não-poliomielite) Caso de paralisia flácida aguda no qual não houve isolamento de poliovírus selvagem em amostra adequada de fezes. Em qualquer um dos casos, o isolamento de poliovírus vacinal nas fezes é condição para que o caso seja considerado como associado à vacina. Deve-se coletar as fezes adequadamente, nos primeiros 14 dias após o início do déficit motor. Caso a coleta seja tardia, entre 15 e 40 dias após o início do déficit motor, e haja isolamento de vírus vacinal, o caso será classificado como associado à vacina. Notificação Em caso suspeito, todas as afecções neurológicas agudas,em menores de 15 anos, que sugerem de paralisia flácida devem ser notificadas e investigadas para afastar possíveis associações com o poliovírus. Primeiras medidas a serem adotadas A vigilância deve ser intensificada buscando detectar a ocorrência de outros casos de paralisia flácida aguda e de caracterizar o processo de transmissão. A manutenção da vigilância deve abranger, além do local de residência do doente, as localidades visitadas nos 30 dias anteriores ao início da paralisia. Assistência O atendimento dos casos de paralisia flácida aguda deve ser realizado em unidades com suporte adequado, visando o monitoramento do paciente. Proteção A proteção individual para evitar circulação viral é realizada através da vacina oral contra a Confirmação diagnóstica Pesquisa do poliovírus nas fezes, coletadas nos primeiros 14 dias da deficiência motora. Proteção da população Coberturas vacinais de rotina e campanhas de vacinação em massa, com a vacina oral contra a pólio. Quando houver casos notificados de paralisia flácida aguda com hipótese diagnóstica de poliomielite, recomenda-se a vacinação com vacina oral contra a pólio indiscriminada para menores de 5 anos na área de abrangência do caso. • Orientar medidas de controle pertinentes. • Realizar a revisita do caso para avaliação de seqüela, 60 dias após o início da deficiência motora. • Classificar o caso conforme os critérios estabelecidos. • Retroalimentar a fonte notificadora. Identificação do paciente Preencher todos os itens da ficha de investigação epidemiológica do Sinan relativos aos dados gerais, notificação e residência. Coleta de dados clínicos e epidemiológicos Registrar na ficha de investigação dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da doença. Relatório final A elaboração de relatório final não faz parte da rotina de investigação de caso de paralisia flácida aguda. A ficha de notificação constitui o instrumento que fornece todas as informações necessárias para a inclusão, avaliação e descarte final dos casos. Avaliação Indicadores e metas mínimas estabelecidas para acompanhamento e avaliação do sistema de vigilância epidemiológica da poliomielite: • taxa de notificação de paralisia flácida aguda deve ser de, no mínimo, um caso para cada 100 mil habitantes menores de 15 anos de idade. • Pelo menos 80% dos casos notificados devem ser investigados dentro das 48 horas após a notificação. • Pelo menos 80% dos casos devem ter uma amostra de fezes para cultivo do vírus, coletadas dentro das duas semanas seguintes do início da deficiência motora; • Notificação negativa: pelo menos 80% das unidades notificantes devem notificar semanalmente a ocorrência ou não de casos de paralisia flácida aguda. Vacinação de Rotina Compreende as atividades realizadas de forma contínua, através dos serviços permanentes de saúde, visando assegurar, o mais precocemente possível, a imunização adequada das crianças nascidas, para evitar a formação de bolsões populacionais susceptíveis à doença. A vacinação é a única forma de prevenção e erradicação da poliomielite. Vacinas disponíveis são a Sabin ou vacina oral contra poliomielite e SALK (injetável). Esquema Vacinal de Rotina (vacina oral contra poliomielite): • 1ª dose aos 2 meses intervalo de 60 dias • 2ª dose aos 4 meses intervalo de 60 dias • 3ª dose aos 6 meses intervalo de 60 dias Vacina oral contra poliomielite: reforço 15 meses. Intervalo mínimo de 30 dias. A vacina oral contra poliomielite contém vírus atenuados nas seguintes concentrações de partículas antigênicas: • Poliovírus tipo I – 1 milhão Dict 50(dose infectante em cultura de tecido). • Poliovírus tipo II – 100 mil Dict 50. • Poliovírus tipo III – 600 mil Dict 50. Outras substâncias presentes na vacina como cloreto de magnésio, a sacarose, a neomicina, a estreptomicina ou a eritromicina (estabilizantes) e o vermelho de amarante ou roxo de fenol (corante indicador de Ph). A vacina deve ser conservada entre +2ºC e +8ºC. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE 2009 1º etapa: 20 de junho RN 2º etapa: 22 de agosto 1º etapa: “Não dá pra vacilar. Tem que vacinar.” 2º etapa: “Não dá pra vacilar. Mais uma vez, tem que vacinar.” Riscos de índices inadequados de cobertura vacinal Os baixos índices de coberturas vacinais e/ou sua heterogeneidade numa certa região geográfica favorecem a reintrodução do poliovírus, de duas maneiras: • Através da importação do poliovírus, por intermédio de um indivíduo infectado que chegue ao país. • Através de mutações genéticas. Ações de Educação em Saúde Nas atividades de manutenção da erradicação da poliomielite devem ser levados em consideração os seguintes aspectos: • A necessidade de informar às pessoas a importância do seu papel no esforço de manter a erradicação da doença. • A necessidade de que as pessoas conheçam as causas e as conseqüências dessa doença, bem como as ações individuais e coletivas que podem contribuir para manter sua erradicação.
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