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Estruturas de Mercado , Notas de estudo de Engenharia de Produção

Estruturas de Mercado - Monopólio, Oligopólio, Concorrência Perfeita e Concorrência Monopolista

Tipologia: Notas de estudo

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Michelle87
Michelle87 🇧🇷

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Baixe Estruturas de Mercado e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fabio Renato Rossi do Nascimento Organização Industrial: Estruturas de Mercado: - Monopólio - Oligopólio - Concorrência Monopolística - Concorrência Perfeita São Carlos, Dezembro de 2009 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Fabio Renato Rossi do Nascimento Organização Industrial: Estruturas de Mercado: - Monopólio - Oligopólio - Concorrência Monopolística - Concorrência Perfeita Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Organização Industrial. Centro Universitário Central Paulista. Unidade São Carlos São Carlos, Dezembro de 2009 5 RESUMO Estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes à organização dos mercados, realçando características tais como: o tamanho das empresas, a diferenciação dos produtos, a transparência do mercado, os objetivos dos participantes, o acesso de novas empresas. No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas cinco características, são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio. Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre os cursos, etc. Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro total. Este trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma sistêmica estas quatro estruturas de mercado dando definições e exemplos reais de empresas atuais. Palavras-Chave: Estrutura de Mercado, Empresas, Produto, Mercado, Serviços, Preços, Lucros. 6 ABSTRACT Market structures are models that capture aspects of organizing markets, enhancing features such as the size of companies, product differentiation, market transparency, the goals of participants, access to new businesses. In the market for properties and services, forms and market, according to these five characteristics are: perfect competition, monopoly, monopolistic competition (or imperfect) and oligopoly. A number of models on the behavior of companies in pricing their products. The major difference between these models is subject to the objective which the firm are: to maximize profits, maximize market share, maximize profitability margin on the courses, etc.. As for its goals, companies are faced with two main possibilities: maximizing profit and maximizing mark-up (margin on direct costs). Within the neoclassical or marginalist, the company's goal is to maximize its total profit. This academic work was to present a systemic form of these four market structures giving definitions and examples of companies today. Key words: Market Structure, Company, Product, Market, Services, Prices, Profits. 7 1. INTRODUÇÃO A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou uma única empresa. (WAGNER, 2007). Na análise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços quanto no mercado de fatores de produção. As estruturas do mercado de bens e serviços são as relacionadas na tabela 1 disposta abaixo: (WAGNER, 2007). Estruturas de Mercado Número de Empresas Diferenciação do Produto Condições de Entrada e Saída Controle sobre o Preço Exemplo Monopólio Só há uma empresa Produto Único Bloqueada Forte Petrobrás Oligopólio Poucas Diferenciado ou Padronizado Difícil Considerável Ford, Fiat, Chevrolet, Volkswagen Concorrência Monopolística Considerável Produto Diferenciado Relativamente Fácil Leve Restaurantes Concorrência Perfeita Muitas Produtos Padronizados Fácil Nenhum Não existe na prática Tabela 1. Comparação das Estruturas de Mercado – Fonte Prof. Roberto Machado Wagner Há de se destacar que no estudo microeconômico é analisado as imperfeições observadas no mercado, onde é possível observar algumas situações em que os preços são determinados através de distorções provocadas em mercados distintos, tais como: monopólios, oligopólios, concorrência monopolista e concorrência perfeita. (KUPFER, 2002). As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características: (KUPFER, 2002). • O número de empresas que compõem esse mercado. • O tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados). • Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 10 preço máximo que ele está disposto a pagar. Não há excedente do consumidor neste mercado. O monopolista extrai todo o excedente do consumidor; • O monopolista vende diferentes unidades do produto a preços diferentes, mas todos os compradores que adquirem a mesma quantidade pagam o mesmo preço. O preço por unidade não é constante, depende da quantidade que o consumidor compra. Exemplos são os prestadores de serviços de água, esgoto, eletricidade; • O monopolista vende o produto para diferentes compradores por preços diferentes, mas cada unidade vendida para um grupo de compradores é vendida ao mesmo preço. Esta é a forma mais comum de discriminação de preços que se aplica bastante nos descontos para idosos, estudantes, ou as diferentes classes de tarifas aéreas. A Figura 1 ilustra o processo de discriminação perfeita de preços. Cada consumidor paga o máximo que está predisposto a pagar, todas as trocas (livres) têm lugar, não há perda peso-morto e o excedente total vai para o monopólio na forma de lucro. (VASCONCELLOS, 2004). Figura 1: Monopólio preço único e discriminação – Fonte: VASCONCELLOS, 2004 2.5 Exemplos reais de empresas monopolistas Segue abaixo alguns exemplos reais de empresas monopolísticas: • A Petrobrás no que tange a exploração do petróleo em águas profundas no Brasil. De certa forma, mesmo que a legislação já permita que outras empresas explorem petróleo no Brasil a Petrobrás é grande o suficiente para que, se quisesse, controlar o preço dos produtos por ela vendidos. 11 • A CPFL no que tange a distribuição de energia elétrica em São Carlos/SP. • O SAAE no que tange a distribuição de água e esgoto em São Carlos/SP. • Determinada empresa de ônibus que serve a um determinado bairro. Normalmente isso acontece em grandes centros urbanos, nos bairros mais afastados, onde há apenas uma linha de ônibus (uma única viação), que presta o serviço àquela comunidade ou bairro. O mesmo acontece na maioria das concessões de linhas entre cidades no país. • A DeBeers na África do Sul. Esta empresa produz diamantes e ela controla 80% da produção mundial. A DeBeers paga milhões em publicidade, o que pode parecer estranho. 3. OLIGOPÓLIO 3.1 Definição e causas do Oligopólio Designa-se por oligopólio a situação de um mercado com um número reduzido de empresas, de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de mercado. A característica fundamental do oligopólio é a existência da interdependência entre as empresas. Dado a importância de cada empresa no setor, as decisões de uma quanto a preços, qualidade, propaganda, etc., afetam o comportamento das demais. (MANKIW, 2005). As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados concorrenciais (ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores). Tipicamente, nos mercados oligopolistas a concorrência incide em características dos produtos distintas do preço (p. ex., qualidade, imagem, fidelização). (MANKIW, 2005). 3.2 Tipos de Oligopólio O oligopólio pode ser dividido em dois tipos conforme descritos abaixo: (Paulo Nunes, 2007) 12 • Oligopólio Puro: Neste tipo de oligopólio os produtos são homogêneos (substitutos perfeitos) como por exemplo: indústria de cimento, alumínio, aço, etc. • Oligopólio Diferenciado: Neste tipo de oligopólio os produtos são diferenciados como por exemplo: indústria automobilística, de cigarros, informática, etc. 3.3 Formas de Oligopólio Existem quatro formas básicas de oligopólio: (TOSCHI, 2002). • Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses. • Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de influência sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos em 1890. • Holding: Empresa, que pela posse majoritária das ações, mantém o controle e administra outras empresas (subsidiárias). O Holding geralmente nada produz, centralizando o controle de um complexo de empresas. Considerado uma das formas mais avançadas do capitalismo, pois permite uma determinada estrutura controle investimentos muitas vezes superiores e em outros países. • Conglomerados: várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding. Um exemplo são as grandes corporações que 15 hipóteses, que condicionam o comportamento dos agentes econômicos em diferentes mercados. (Paulo Nunes, 2007). As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são: • Existe um grande numero de compradores e vendedores. Um grande número de compradores e vendedores se refere não a um valor acima de uma determinada quantidade, mas sim a que o preço do e dado para as firmas e para os consumidores; (Paulo Nunes, 2007). • Os produtos são homogêneos, isto é, são substitutos perfeitos entre si; dessa forma não pode haver preços diferentes no mercado; (Paulo Nunes, 2007). • Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto; esta hipótese é conhecida como transparência de mercado; (Paulo Nunes, 2007). • Entrada e saída de firmas no mercado são livres, não havendo barreiras. Esta hipótese também é conhecida como livre mobilidade. Isso permite que as empresas menos eficientes saiam do mercado e que nele ingressem firmas mais eficientes. (Paulo Nunes, 2007). 5.2 Características da Concorrência Perfeita A característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade, que pode ser associado a uma espécie de rentabilidade média de mercado). Assim, no longo prazo, quando a receita total iguala o custo total, o lucro extraordinário é zero, embora existam lucros normais, pois nos custos totais estão incluídos os custos implícitos (que não envolvem desembolso), o que inclui os lucros normais. A hipótese de que a empresa, individualmente, seja incapaz de alterar o preço do produto tem uma conseqüência importante, porque implica a curva de demanda do produto ser perfeitamente elástica, ou seja, horizontal (Figura 2). Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os preços de mercado tenderão a cair, e consequentemente os 16 lucros extras, até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado . (Paulo Nunes, 2007). Figura 2: Demanda da Concorrência Perfeita – Fonte: Paulo Nunes, 2007 6. CONCLUSÃO Este trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma sistêmica as estruturas de mercado Monopólio, Oligopólio, Concorrência Monopolística e Concorrência Perfeita de forma a compará-las mostrando exemplos reais do mercado nacional e internacional. Além disso, foi possível verificar que a economia se resume basicamente em conseguir os preços certos através da quantidade certa vendida. A permanência da hipótese de perfeito conhecimento e maximização de lucros nos modelos de monopólio e competição monopolística, isto é, a racionalidade perfeita do tomador de decisões, leva a que todas as modificações teóricas feitas a seguir continuem a se construir como um caso especial, do caso geral, a competição perfeita. Tudo mais que não se enquadre nas hipóteses básicas do modelo é considerado uma falha ou imperfeição de mercado. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Concorrência Perfeita. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrperfeita.htm> acessado em 18/11/2009 às 10h07min. (Autor: Paulo Nunes) CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Conceitos de Oligopólio. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/oligopolio.htm> acessado em 30/11/2009 às 12h07min. (Autor: Paulo Nunes) ECONOMIA. Acadêmico. Teorias. Oligopólio. Disponível em: <http://www.economiabr.net/teoria_escolas/oligopolio.html> acessado em 30/11/2009 às 12h40min. (Autor: Emerson Luis Toschi) KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2005. VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2004. WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007.
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