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luminotecnica, Notas de estudo de Engenharia de Manutenção

apostila luminotecnica

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe luminotecnica e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Manutenção, somente na Docsity! LUMINOTÉCNICA T Profa. Jeanine Marchiori da Luz Luminotécnica 2 CURSO DE LUMINOTÉCNICA 1 – INTRODUÇÃO Radiações Infra-vermelhas 5 Radiações Ultra-violetas 5 2- CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS Fluxo luminoso 7 Eficiência luminosa 8 Intensidade luminosa 8 Curva de distribuição luminosa 8 Iluminância 8 Luminância 9 Índice de reprodução de cor 10 Temperatura de cor 11 Vida média 12 3- TIPOS DE LÂMPADAS Lâmpadas incandescentes 13 Efeito da variação da tensão no funcionamento das lâmpadas incandescentes 15 Lâmpadas halógenas 16 Lâmpadas de descarga 18 Lâmpadas Fluorescentes 18 Lâmpadas de Luz Mista 21 Lâmpadas a Vapor de Mercúrio 22 Lâmpadas a Vapor de Sódio 23 Lâmpadas Multi-Vapor Metálico 23 Lâmpadas de Luz Negra 24 4- TIPOS DE LUMINÁRIAS 24 5- CÁLCULO LUMINOTÉCNICO Método dos Lumens ou Método do Fluxo Luminoso 26 Método do ponto a ponto 28 6 – EXEMPLOS E APLICAÇÕES 33 Luminotécnica 5 O espectro eletromagnético visível esta limitado, em um dos extremos pelas radiações infravermelhas (de maior comprimento de onda) e no outro, pelas radiações ultravioletas (de menor comprimento de onda), conforme pode ser visto pela figura 1. Figura 1 – Sensibilidade visual do olho humano RADIAÇÕES INFRAVERMELHAS São radiações invisíveis ao olho humano e seu comprimento de onda se situa entre 760 nm a 10.000 nm. Caracterizam-se por se forte efeito calorífico e são radiações produzidas normalmente através de resistores aquecidos ou por lâmpadas incandescentes especiais cujo filamento trabalha em temperatura mais reduzida (lâmpadas infravermelhas). As radiações infravermelhas são usadas na Medicina no tratamento de luxuações, ativamento da circulação, na indústria na secagem de tintas e lacas , na secagem de enrolamentos de motores e transformadores, na secagem de grãos, como trigo e café, etc. RADIAÇÕS ULTRAVIOLETAS Luminotécnica 6 Caracterizam-se por sua elevada ação química e pela excitação da fluorescência de diversas substâncias. Normalmente dividem-se em 3 grupos: - UV-A: Ultravioleta próximo ou luz negra (315 a 400 nm) - UV-B: Ultravioleta intermediário ( 280 a 315 nm) - UV-C: Ultravioleta remoto ou germicida (100 a 280 nm). O UV-A compreende as radiações ultravioletas da luz solar, podendo ser gerado artificialmente através de uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. Essas radiações não afetam perniciosamente a visão humana, não possuem atividades pigmentárias e eritemáticas sobre a pele humana, e atravessam praticamente todos os tipos de vidros comuns. Possuem grande atividade sobre material fotográfico, de reprodução e heliográfico (λ ≅ 380 nm) O UV-B tem elevada atividade pigmentária e eritemática. Produz a vitamina D, que possui ação anti-raquítica. Esses raios são utilizados unicamente para fins terapêuticos. São também gerados artificialmente por uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. O UV-C afeta a visão humana, produzindo irritação dos olhos. Essas radiações são absorvidas quase integralmente pelo vidro comum, que funciona como filtro, motivo pelo qual as lâmpadas germicidas possuem bulbos de quartzo. Exemplos de Aplicações: MEDICINA: atuação sobre os tecidos vivos e pigmentação da pele(UV-B); efeito germicida (UV-C); INDÚSTRIA: identificação de substâncias pela fluorescência (A); combate ao mofo e fungos(C), produção de ozona (C). Luminotécnica 7 BANCOS: identificação e verificação de papel moeda (A). NO LAR: desodorização de ambientes, devido a produção de ozona ( C). O ESPECTRO VISÍVEL Examinando a radiação visível, verifica-se que, além da impressão luminosa, obtém- se também a impressão de cor. Essa sensação de cor está intimamente ligada aos comprimentos de ondas das radiações. Verifica-se que os diferentes comprimentos de onda ( as diferentes cores) produzem diversas sensações de luminosidade; isto é, o olho humano não é igualmente sensível a todas as cores do espectro visível. 2- CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS FLUXO LUMINOSO ( Φ ): é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz, ou é a potência de energia luminosa de uma fonte percebida pelo olho humano. O lúmen pode ser definido como o fluxo luminoso emitido segundo um ângulo sólido de um esterradiano, por uma fonte puntiforme de intensidade invariável em todas as direções e igual a 1 candela. As lâmpadas conforme seu tipo e potência apresentam fluxos luminosos diversos: - lâmpada incandescente de 100 W: 1000 lm; - lâmpada fluorescente de 40 W: 1700 a 3250 lm; - lâmpada vapor de mercúrio 250W: 12.700 lm; - lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 17.000 lm EFICIÊNCIA LUMINOSA: é a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma lâmpada e a potência elétrica desta lâmpada. - lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W - lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W. - lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W Luminotécnica 10 A: área da superfície [m2 ] α: direção da observação [ ° ] I: intensidade luminosa [cd] ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR - IRC O índice de reprodução de cor é baseado em uma tentativa de mensurar a percepção da cor avaliada pelo cérebro. O IRC é o valor percentual médio relativo à sensação de reprodução de cor, baseado em uma série de cores padrões. Para indicar de forma consistente as propriedades de reprodução de cor de uma fonte de luz, idealizou-se um índice de reprodução de cores padrões (no caso 8) sob diferentes iluminantes. O método de avaliação, numa explicação bem simplificada, consiste na avaliação das cores padrões, quando submetidas à luz da fonte a ser analisada e sob a luz de uma fonte de referência que deveria ser um corpo negro (radiador integral), que apresenta um valo de 100%. Costuma-se, então, afirmar que está relacionado com a lâmpada incandescente, pois esta tem um comportamento próximo ao do radiador integral. Então se uma fonte luminosa apresenta um índice de 60%, este está relacionado como radiador integral que é de 100%. Isto é verdade em parte. Como a percepção varia segundo o indivíduo e suas experiências anteriores, nem sempre esta avaliação corresponde à realidade. Para facilitar o esclarecimento, é costume, entre os fabricantes, a apresentação de uma tabela que informe comparativamente o índice de reprodução de cores, a temperatura de cor e a eficácia ou eficiência luminosa. Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e 90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada deve atender. Um IRC de 60 mostra-se inadequado para uma iluminação de loja, porém, é mais que suficiente para a iluminação de vias públicas. Exemplos Luminotécnica 11 Lâmpada IRC Incandescente 100 Fluorescente 60 Vapor de mercúrio 55 Vapor metálico 70 Vapor de sódio A. . P. 30 Vapor de sódio B. P. 0 TEMPERATURA DE COR No instante que um ferreiro coloca uma peça de ferro no fogo, esta peça passa a comportar-se segundo a lei de Planck e vai adquirindo diferentes colorações na medida que sua temperatura aumenta. Na temperatura ambiente sua cor é escura, tal qual o ferro, mas será vermelha a 800 K, amarelada em 3.000 K, branca azulada em 5.000K. Sua cor será cada vez mais clara até atingir seu ponto de fusão. Pode- se então, estabelecer uma correlação entre a temperatura de uma fonte luminosa e sua cor, cuja energia do espectro varia segundo a temperatura de seu ponto de fusão. Por exemplo, uma lâmpada incandescente opera com temperaturas entre 2.700 K e 3.100 K, dependendo do tipo de lâmpada a ser escolhido. A temperatura da cor da lâmpada deve ser preferencialmente indicada no catálogo do fabricante. A observação da experiência acima indica que, quando aquecido o corpo negro (radiador integral) emite radiação na forma de um espectro contínuo. No caso de uma lâmpada incandescente, grande parte desta radiação é invisível, seja na forma de ultravioletas, seja na forma de calor (infravermelhos), isto é, apenas uma pequena porção está na faixa da radiação visível, motivo pelo qual o rendimento desta fonte luminosa é tão baixo conforme pode ser visto na figura 2. Luminotécnica 12 Figura 2 – Energia espectral dos radiadores integrais segundo a lei de Planck A figura 2 permite observar que quanto maior for a temperatura, maior será a energia produzida, sendo que a cor da luz está diretamente relacionada com a temperatura de trabalho (mais fria quanto maior for a temperatura). Um aspecto importante é que a temperatura da cor não pode ser empregada isoladamente e sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, aceita-se que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias acima deste último valor As cores quentes são empregadas quando se deseja uma atmosfera íntima, sociável, pessoal e exclusiva (residências, bares, restaurantes, mostruários de mercadorias); as cores frias são usadas quando a atmosfera deva ser formal, precisa, limpa (escritórios, recintos de fábricas). Seguindo esta mesma linha de raciocínio, conclui-se que uma iluminação usando cores quentes realça os vermelhos e seus derivados; ao passo que as cores frias, os azuis e seus derivados próximos. As cores neutras ficam entre as duas e são, em geral, empregadas em ambientes comerciais. VIDA MÉDIA Normalmente especifica-se a “vida média” válida para um lote de lâmpadas, funcionando em períodos contínuos de 3 h, quando 50% do lote está “morto”. Luminotécnica 15 usa a base de rosca tipo Edison. Elas são designadas pela letra E seguida de um número que indica aproximadamente seu diâmetro externo em milímetros. As bases tipo baioneta são indicadas quando se deseja uma fixação que resista a vibrações intensas (lâmpadas para trens e automóveis, etc.) ou nos tipos “focalizados”, onde a fonte de luz tenha uma posição precisa num circuito óptico (projetores de cinema, slides, etc.). Em casos particulares, são utilizadas bases de desenho especial. As bases tipo baioneta são designadas pela letra B seguida de seu diâmetro em milímetros. Existem ainda as bases tipo pino as quais são designadas pela letra T, e são as bases utilizadas pelas lâmpadas fluorescentes tubulares, e os número escritos após a letra, significam o diâmetro em mm. 3.1.2 - EFEITO DA VARIAÇÃO DA TENSÃO NO FUNCIONAMENTO DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES Quando uma lâmpada incandescente é submetida a uma sobretensão, a temperatura de seu filamento, sua eficiência, potência absorvida, fluxo luminoso e corrente crescem, ao passo que sua vida se reduz drasticamente. As variações podem ser calculadas pelas seguintes expressões empíricas: 38,3 0 0       Φ=Φ V V 54,1 0 0       = V V PP Luminotécnica 16 424,0 0 0       = V V TT 1,13 0 0 −       = V V LL onde: Φ : fluxo luminoso V: tensão P: potência elétrica T: temperatura L; vida OBS: os valores com sub-índice 0, são os valores nominais. EXEMPLO: Seja uma lâmpada incandescente de 100 W, 1500 lumens e vida de 1000 horas, cuja tensão nominal é de 120V. Calcule essas grandezas para o caso de uma variação de tensão de ± 5% da tensão nominal. Luminotécnica 17 3.1.3 – LÂMPADAS HALÓGENAS São lâmpadas incandescentes nas quais se adicionam internamente ao bulbo, elementos halógenos como o iodo ou bromo. Realiza-se no interior do bulbo o chamado “ciclo do iodo, ou ciclo do bromo”. O tungstênio evaporado combina-se (em temperaturas abaixo de 1400° C com o halogênio adicionado ao gás presente no bulbo. O composto formado (iodeto de tungstênio), fica circulando dentro do bulbo, devido às correntes de convecção aí presentes, até se aproximar novamente do filamento. A alta temperatura aí reinante decompõe o iodeto, e parte do tungstênio se deposita novamente no filamento regenerando-o . O halogêneo liberado começa o ciclo. Temos assim, uma reação cíclica que reconduz o tungstênio evaporado para o filamento. Com isso, o filamento pode trabalhar em temperaturas mais elevadas (aproximadamente 3200 a 3400K), obtendo-se maior eficiência luminosa, fluxo luminoso de maior temperatura de cor, ausência de depreciação do fluxo luminoso por enegrecimento do bulbo e dimensões reduzidas. Para que o ciclo do iodo ocorra, a temperatura do bulbo deve estar acima de 250°C, obrigando a utilização de bulbos de quartzo, o que encarece a produção e exige que a lâmpada funcione nas posições para a qual foi projetada. Recomenda-se os seguintes cuidados em sua instalação: - não tocar o bulbo de quartzo com as mãos para evitar engordurá- lo; caso necessário, limpar as manchas com álcool; - nas lâmpadas de maior potência, protegê-las individualmente por fusíveis pois, devido a suas reduzidas dimensões, no fim de sua vida, poderão ocorrer arcos elétricos internos; - verificar a correta ventilação das bases e soquetes, pois temperaturas elevadas poderão danificá-los e romper a selagem na entrada dos lides; - só instalar a lâmpada na posição para a qual foi projetada. São lâmpadas de grande potência, mais duráveis, de melhor rendimento luminoso, menores dimensões e que reproduzem mais fielmente as cores, sendo todavia, mais caras. São utilizadas para iluminação de praças de esporte, pátios de Luminotécnica 20 PRÍNCIPIO DE FUNCIONAMENTO Ao se fechar o interruptor, ocorre no starter uma descarga de efeito corona, o elemento bimetálico aquecido fecha o circuito, a corrente que passa aquece os eletrodos da lâmpada. Depois de fechados os contatos (no starter), cessa a descarga o que provoca rápido esfriamento do bimetálico, que dessa forma abrem os contatos e cessa a corrente pelo starter. Em conseqüência da abertura do contato, é gerado no reator uma sobretensão que faz romper o arco, e o circuito passa a fechar-se no interior da lâmpada. Os elétrons deslocando-se de um filamento a outro, esbarram em seu trajeto com átomos do vapor de mercúrio que provocam liberação de energia luminosa não visível (freqüências muito elevadas) tipo radiação ultravioleta. As radiações em contato com a pintura fluorescente do tubo, produzem radiação luminosa visível. A tensão final no starter é insuficiente para gerar uma nova descarga, o que faz com que o mesmo fique fora de serviço, enquanto a lâmpada estiver acesa. Como os reatores eletromagnéticos são bobinas (indutâncias), absorvem potência reativa da rede e podem apresentar baixo fator de potência. Para melhorar o fator de potência e eliminar o efeito da interferência em rádio e TV, o starter é provido de um capacitor ligado em paralelo com o elemento bimetálico. Ainda, para melhorar o FP e reduzir o efeito estroboscópico pode-se executar uma ligação em paralelo de 2 lâmpadas fluorescentes, utilizando um reator duplo. Neste caso uma das lâmpadas é ligada normalmente com o reator e a outra em série com um reator e um capacitor de compensação constituindo um reator capacitivo. Existem dois tipo de reatores eletromagnéticos: Comuns ou convencionais: necessitam de starter para prover a ignição, podendo ser simples ou duplos; De partida rápida: não necessitam de starter, podendo ser simples ou duplos. Luminotécnica 21 O uso de reatores eletrônicos permite que seja feita a “dimerização” das lâmpadas fluorescentes. Existem reatores eletrônicos: De alta freqüência, que podem ser simples ou duplos; De alta freqüência dimerizável, que podem ser simples ou duplos. TIPOS DE LÂMPADAS FLUORESCENTES: Existem atualmente uma imensa gama de tipos de lâmpadas fluorescentes, desde tubulares, até compactas ou de formato circulares, podendo o projetista optar conforme suas necessidades e preferências. Cabe dizer, que sempre ao se pensar em projeto de iluminação, é adequado obter informações atualizadas dos diversos fabricantes de lâmpadas para obter informações sobre os últimos lançamentos. Resumidamente pode-se citar o seguintes tipos de lâmpadas fluorescentes: Lâmpadas fluorescentes compactas integradas : foram desenvolvidas visando obter grande economia de energia através de sua instalação em lugar das incandescentes comuns. São lâmpadas mais eficientes, pois economizam até 80% de energia em relação às lâmpadas incandescentes, vida longa (≈10.000 h), ótimo índice de reprodução de cores (≈80) e adaptável a base comum (E-27), com potências que variam de 9 a 23W. Exemplos: PL * Eletronic da Philips, Dulux da Osram. Lâmpadas fluorescentes compactas não integradas: são lâmpadas de 2 pinos constituídas por um grupo de pequenos tubos revestidos de pó fluorescente, interligados de modo a formar uma lâmpada “single-ended” com dimensões muito compactas, e reator eletromagnético acoplado. O revestimento das lâmpadas é feito com fósforos tricomáticos, e apresentam um IRC de 82, o que é considerado muito bom. São lâmpadas ideais para serem utilizadas de forma embutida, montadas em downlighters, luminárias de mesa, arandelas e luminárias de pedestais. São bastante utilizadas em iluminação comercial e ambientes residenciais. Luminotécnica 22 Sistema fluorescente circular: composto de uma lâmpada fluorescente circular e um adaptador para soquetes comuns, também podendo substituir diretamente as lâmpadas incadescentes em cozinhas, áreas de serviço, garagens, etc. Lâmpadas fluorescentes tubulares: são as tradicionais lâmpadas fluorescentes de comprimentos diversos que variam entre aproximadamente 400mm, 600mm, 1200mm e 2400mm, cuja potência varia de 15 a 110 W, tonalidades de cor distintas e em dois diâmetros (26mm e 33,5mm) para operação em partida rápida, convencional ou eletrônica. As lâmpadas fluorescentes da Série 80, apresentam IRC igual a 85, possibilitando muito boa reprodução de cores sendo muito utilizadas em iluminação de grandes áreas como escritórios, bancos, lojas, escolas, hospitais, hotéis, supermercados, etc. 3.2.2 – LÂMPADAS DE LUZ MISTA Constam de um tubo de arco de vapor de mercúrio em série com um filamento incandescente de tungstênio que, além de produzir fluxo luminoso funciona como elemento de estabilização da lâmpada. Reúne características da lâmpada incandescente, fluorescente e vapor de mercúrio, pois: - a luz do filamento emite luz incandescente; - a luz do tubo de descarga a vapor de mercúrio emite intensa luz azulada; - a radiação invisível (ultravioleta), em contato com a camada fluorescente do tubo, transforma-se em luz avermelhada. As lâmpadas de luz mista dispensam o reator uma vez que o filamento além de produzir luz, limita a corrente de funcionamento, podendo ser ligados diretamente a rede, em tensões de 220V, pois tensões menores não seriam suficientes para a ionização do tubo de arco. O IRC dessas lâmpadas é 60, e a eficiência luminosa é em torno de 25 lm/W (muito baixa comparada com a lâmpada a vapor de mercúrio) e tem restrições quanto a posição de funcionamento, ou seja não é uma boa opção Luminotécnica 25 3.2.6 – LÂMPADAS DE LUZ NEGRA São lâmpadas a vapor de mercúrio, diferindo destas somente no vidro utilizado na confecção da ampola externa. Nesse caso utiliza-se o bulbo externo de vidro com óxido de níquel (vidro de Wood), que sendo transparente ao ultra-violeta próximo absorve em grande parte o fluxo luminoso produzido. São usadas em exames de gemas e minerais, apuração de fabricações, setores de correio, levantamento de impressões digitais, na indústria alimentícia para verificar adulterações, etc. 4- TIPOS DE LUMINÁRIAS As luminárias são constituídas pelos aparelhos com as lâmpadas, e têm função de proteger as lâmpadas, orientar ou concentrar o facho luminoso, difundir a luz, reduzir o ofuscamento e proporcionar um bom efeito decorativo. No caso de luminárias para edificações, embora se utiliza basicamente lâmpadas fluorescentes, a diversidade de tipos é extensa e variada, variedade esta provocada não só pelo número e potência das lâmpadas utilizadas e pelos modos de instalação e montagem, mas principalmente pela forma de controle de luz. Devido a esta diversidade, a classificação dos tipos de luminárias é bastante problemático, porém será apresentado aqui a classificação feita pela CIE (Comission Internacionale de L’Eclairage) baseada na percentagem do fluxo luminoso total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referência. Para melhor compreender os diversos tipos de luminárias, é importante observar a tabela abaixo: Luminotécnica 26 Classificação da luminária Fluxo luminoso em relação ao plano horizontal (%) Para o teto Para o plano de trabalho Direta 0-10 90-100 Semi-direta 10-40 60-90 Indireta 90-100 0-10 Semi-indireta 60-90 10-40 Difusa 40-60 60-40 5- CÁLCULO LUMINOTÉCNICO Ao se pensar em cálculo luminotécnico, é necessário ter presente quatro critérios principais, quais sejam: - a quantidade de luz; - o equilíbrio da iluminação; - o ofuscamento; - a reprodução de cor. A cada um destes critérios deve ser dada a maior atenção, pois estão diretamente relacionados com as necessidades visuais, conforto visual e, portanto, o bem estar humano. Ao se iniciar um projeto luminotécnico deve-se realizar opções preliminares, ou seja, escolher o tipo de iluminação mais adequada (incadescente,. fluorescente, etc,) o tipo de luminária (direta, semi-direta, etc), sendo que estas opções envolvem aspectos de decoração, tipo do local (sala, escritório, loja, etc) e as atividades que serão desenvolvidas (trabalho bruto de maquinaria, montagem, leitura, etc.) Basicamente existem dois métodos para cálculo luminotécnico: - Método dos Lumens ou Método do Fluxo Luminoso; - Método Ponto por Ponto. Luminotécnica 27 O método mais utilizado para sistemas de iluminação em edificações é o método dos Lumens, ou método do Fluxo Luminoso, que consiste em determinar a quantidade de fluxo luminoso (lumens) necessário para determinado recinto baseado no tipo de atividade desenvolvida, cores das paredes e teto e do tipo de lâmpada-luminária escolhidos. O método ponto por ponto também chamado de método das intensidades luminosas baseia-se nas leis de Lambert e é utilizado quando as dimensões da fonte luminosa são muito pequenas em relação ao plano que deve ser iluminado. Consiste em determinar a iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, individualmente, para cada projetor cujo facho atinja o ponto considerado. O iluminamento total será a soma dos iluminamentos proporcionados pelas unidades individuais. 5.1 – MÉTODO DOS LUMENS OU MÉTODO DO FLUXO LUMINOSO A maneira de efetivar este método, é utilizando a fórmula abaixo: d SE ∗ ∗=Φ µ onde: Φ: fluxo luminoso em lumens; E: iluminância ou nível de iluminamento em lux; S: área do recinto em m2; µ: coeficiente de utilização; d: fator ou coeficiente de depreciação. A partir do fluxo luminoso total necessário, determina-se o número de lâmpadas da seguinte forma: φ Φ=n onde: Luminotécnica 30 FATOR DE DEPRECIAÇÃO O fator de depreciação corresponde a uma relação entre o fluxo luminoso no fim do período de manutenção e o fluxo luminoso no início da instalação. O fluxo luminosos emitido por um aparelho de iluminação decresce com o uso devido a três causas: - diminuição do fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas, ao longo a vida útil das mesmas; - a sujeira que se deposita sobre os aparelhos; - a diminuição do poder refletor das paredes e do teto em conseqüência de seu escurecimento progressivo. Neste método o fator de depreciação é fornecido pelo fabricante da luminária, e depende basicamente do modelo utilizado. Exemplo: Projetar a iluminação de uma sala de escritório de 15mX10m e 3,0m de altura. (utilizar método da GE) Luminotécnica 31 MÉTODO DA PHILIPS Como foi dito anteriormente, a fórmula para o cálculo do fluxo luminoso é a mesma, o que varia neste caso, é o modo e obtenção do fator de utilização e do fator de depreciação, que devem ser obtidos em tabelas próprias do fabricante. Para cada modelo de luminária, tem um fator de local K, e as refletâncias são dadas através de 3 (três) algarismos que representam as refletâncias do teto, paredes e piso respectivamente. Por exemplo, se o teto for branco (75% de reflexão), as paredes são claras (30% de reflexão) e o piso é claro (10%), o valor das refletâncias é caracterizado como 731. O fator de depreciação é obtido levando-se em conta, não o modelo da luminária, mas sim o tipo de ambiente e o período previsto para a manutenção, conforme apresenta a tabela abaixo: AMBIENTE PERÍODO DE MANUTENÇÃO 2.500 hs 5.000 hs 7500 hs Limpo 0,95 0,91 0,88 Normal 0,91 0,85 0,80 Sujo 0,80 0,66 0,57 Exemplo: Iluminar um escritório de 15 m de comprimento, 10m de largura e 3m de pé direito utilizando o método da Philips. Luminotécnica 32 5.2 – MÉTODO PONTO POR PONTO O método ponto por ponto, também chamado de método das intensidades luminosas, permite o cálculo do iluminamento em qualquer ponto da superfície, individualmente, para cada projetor cujo facho atinja o ponto considerado. O iluminamento total será a soma dos iluminamentos proporcionados pelas unidades individuais. Este método, que deve ser usado quando a dimensões da fonte luminosa são muito pequenas em relação ao plano que deve ser iluminado, baseia-se nas leis de Lambert que diz: “O iluminamento varia inversamente com o quadrado da distância “d” do ponto iluminado ao foco luminoso”. d I E 2 cos)( θθ= onde: E: iluminamento em lux I: intensidade luminosa em candelas θ: ângulo entre a vertical à superfície receptora e o ponto a ser iluminado d: distância do foco luminoso ao ponto. ILUMINAMENTO SOBRE UM PLANO HORIZONTAL Fonte puntiforme 100 lux 25 lux 11,1 lux 1m 1m 1m d I(θ) A B h Luminotécnica 35 6.2 - Um prédio industrial precisa ser iluminado, nele se fabricam equipamentos muito volumosos. A indústria está instalada num prédio com as seguintes características: - pé direito: 8m; - bancada de trabalho: 65cm, - largura do prédio:21m; - comprimento do prédio: 84m; - paredes de tijolo a vista - teto de concreto No processo produtivo a indústria necessita de um nível de iluminamento de 600 lux, e não pode ter reprodução de cores parcial. Determine o número de lâmpadas e de luminárias a serem instaladas neste prédio e represente a disposição das luminárias na planta baixa. O afastamento máximo entre luminárias é igual a 0,95 X pé direito, e a altura de montagem não pode ser inferior a 6,5 m. Luminotécnica 36 6.3-. Se você fosse indagado sobre o tipo de iluminação mais adequado para iluminar os ambientes relacionados abaixo, qual(ais) o(s) tipo(s) de lâmpadas que você indicaria . Justifique sua resposta. a) escritório b) residência c) indústria de borracha com pé direito de 7m d) loteamento residencial (iluminação pública) e) quadra de esportes REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gilberto José Corrêa da Costa, Iluminação Econômica – Cálculo e Avaliação, EDIPUCRS, 1998. Vinícius de Araújo Moreira, Iluminação e Fotometria – teoria e aplicação, Edgard Blucher ltda, 1987. Hélio Creder, Instalações Elétricas, Livros Técnicos e Científicos Editora, 1991, Manuais da Philips Manuais da Osram
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