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Semiologia Médica - Apostilas - Fisioterapia, Notas de estudo de Fisioterapia

Apostilas de Fisioterapia sobre o estudo da semiologia medica, anamnese, doenças, sistemas.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 06/03/2013

Kaka88
Kaka88 🇧🇷

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Baixe Semiologia Médica - Apostilas - Fisioterapia e outras Notas de estudo em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity! SEMIOLOGIA MÉDICA ANAMNESE ana = através mnese = memória Roteiro da anamnese: 1. Dados de identificação 2. Queixa principal (QP) 3. História da Doença Atual (HDA) 4. Revisão de aparelhos e sistemas 5. Antecedentes: pessoais e familiares 6. Perfil Psicossocial Coleta dos dados do paciente 1. História (anamnese) 2. Exame físico 3. Exames Complementares  Semiologia: dedica-se ao estudo da fisiopatologia dos sistemas estudando os sinais e sintomas das doenças.  Semiotécnica: dedica-se ao exame físico sinal-sintoma e síndrome.  Sinal: manifestações explícitas, objetivas, visíveis. Melhor avaliado pelo exame físico, geralmente detectado pelo médico ou familiar. Ex.: febre, icterícia (pele e escleras amareladas), edema e ascite.  Sintoma: manifestações subjetivas, são avaliadas pela anamnese (difícil de avaliar), o paciente refere sentir, de difícil mensuração. Ex.: dor, dispnéia ANAMNESE  Espontânea: o paciente relata espontaneamente as queixas que ele apresenta  Dirigida: o médico faz mais perguntas.  Nunca fazer perguntas que não sejam neutras. Ex.: Tem dor de cabeça? Tem falta de ar? Urina muito? Tem dor nas costas? Tem muita sede? Tem muita fome? docsity.com 1. QUEIXA PRINCIPAL (QP): o que o paciente apresenta como MOTIVO DA CONSULTA, podendo ser uma ou várias queixas. Deve ser sempre relatada com as palavras do paciente Obs: não significa que a QP seja o principal problema do paciente. Ex.: dor de barriga, falta de ar, dor de cabeça. 2. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): Análise de um sintoma (queixa). Exemplo: dor  Tipo e/ou caráter  Localização  Intensidade  Duração e periodicidade – determinar o período de dor e quanto tempo dura. Também ver evolução!  Fatores que provocam ou pioram  Fatores que aliviam ou curam  Sintomas associados (acompanhantes)  Irradiação  Relação com funções orgânicas (dor no tórax: respiração, dor cervical: movimento do pescoço) Ex.: dor de barriga  Localização: epigátrica ou hipocôndrio direito ou esquerdo ou mesogástrio ou fossa ilíaca.  Tipo de dor: epigástrio em ardência (sugere gastrite, úlcera).  Fatores que provocam: chimarrão, café preto.  Fatores que aliviam: algum alimento, copo de leite. Deve-se estimular o paciente a contar espontaneamente a história; após a descrição dele, começa-se o trabalho dirigido para tornar a informação mais clara. Obs.: deve-se transformar a história do paciente em termos médicos (claros e objetivos) Obs.: SIC usado em dúvida sobre a queixa do paciente ou termo mal definido. ATENÇÃO!! Doença Crônica: a HDA deve apresentar uma boa evolução porque os sintomas vão aparecendo ao longo do tempo, se intensificando ou se modificando. Exemplo 1: Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): 1º HAS, cefaléia, zunido nos ouvidos, cansaço que diminui em decúbito. docsity.com 6. Sistema Nervoso  Cefaléia  Vertigens  Tonturas  Convulsões  Paresias (déficit motor)  Parestesias (distúrbios da sensibilidade)  Formigamento Obs.: parestesia (sintoma subjetivo), hipoestesia (sintoma objetivo) formigamento no diabetes e alcoolismo devido a neuropatias (nervos periféricos). 7. Sistema Endócrino  Sintomas relacionados a diabetes: polidipsia, poliúria e polifagia.  Sintomas relacionados à tireóide:  Hipertireoidismo: emagrecimento, tensão, insônia, diarréia, intolerância ao calor, polifagia, cãibras, agitação.  Hipotireoidismo: bradicardia, pele seca, intolerância ao frio, constipação. 8. Sistema hematocitopoiético  Anemia (palidez, astenia)  Linfonodomegalias (ínguas)  Transfusões  Hemorragias 9. Aparelho locomotor:  Dor articular (artralgias)  Dor na movimentação das articulações  Rigidez  Sinais flogísticos (inflamações → dor, calor, rubor, tumor) 10. Pele e anexos  Parasitoses  Manchas (hipo/ hipercrômicas) docsity.com  Prurido  Pêlos  Unhas 11. Órgãos dos sentidos  Visão  Audição  Tato  Olfato  Paladar 4. ANTECEDENTES: 4.1 Pessoais mórbidos/história patológica pregressa: problemas de saúde que o paciente já teve e não apresenta mais.  Cirurgias  Fraturas  Pneumonia  Febre reumática  Tuberculose o Familiares: doenças que os familiares possuem de origem genética ou congênita. o Doenças pré-existentes: que ainda convivem com o paciente. o Perfil psicossocial  Condições sócio-econômicas  Perfil psíquico (emocionais)  Relação com a família e com o trabalho docsity.com EXAME FÍSICO BÁSICO 1. Conceito: conjunto de técnicas básicas que visam buscar sinais que possam designar determinada síndrome. 2. Instrumentos: esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, fita métrica, oto- oftalmoscópio, martelo neurológico, abaixador de língua, lanterna, 3. Regras gerais: luz natural, avental, inicia-se o exame físico com o paciente sentado e posteriormente deitado, abordando-o inicialmente pelo lado direito, ambiente silencioso, médico em posição confortável. 4. Métodos utilizados: inspeção (visão) Palpação (tato) Percussão (audição) Ausculta SINAIS VITAIS : São sinais de importância cujos distúrbios podem significar perda da homeostase no organismo do paciente. São colocados no início do exame físico porque dão uma visão geral do estado do paciente:  Peso/ altura  Freqüência cardíaca/ de pulso  Freqüência respiratória  Temperatura  PA 1. PRESSÃO ARTERIAL ou TENSÃO ARTERIAL (PA/ TA) É aferida pelo esfigmo e pode sofre variações devido a fatores como, por exemplo, diâmetro do braço que altera o valor real da mesma. Fatores participantes da PA:  Débito Cardíaco=Volemia (sangue lançado na corrente circulatória a cada minuto): determina a pressão total (aumento do DC = aumento PA)  Resistência Arterial Periférica (está sob controle do SNC simpático): determina a pressão diastólica (aumento RAP = aumento PA D). Obs.: hipertensão arterial está relacionada com a P AD.  Elasticidade dos vasos: determina a pressão sistólica (enrijecimento da parede dos vasos aumenta a PAS).  Viscosidade do Sangue: aumento na viscosidade dá aumento na PAS e na PAD. Exemplo: poliglobulia: aumento do número de hemácias cuja etiologia é diversificada podendo ocorrer com o paciente com DBPOC (ocorre devido a destruição do parênquima pulmonar, freqüente em fumantes de 30 a 40 anos, levando a hipóxia do mesmo. Esta hipóxia é um docsity.com Até 20 = magro Entre 20 e 25 = normal Entre 25 e 35 = sobrepeso Acima de 35 = obeso 2. ALTURA: depende de vários fatores  Acima de 2m = gigantismo  Abaixo de 1,50 = nanismo  Comprimento cabeça-púbis = comprimento púbis-pés : normal. Em relação ao ângulo de Charpy (intersecção do bordo costal com o apêndice xifóide) Biótipos: Normolíneo : ângulo = 90º = vísceras bem distribuídas Longilíneo: ângulo < 90º = distribuição vertical de músculos e vísceras Brevilíneo: ângulo > 90º = distribuição horizontalizada. 3.ESTADO GERAL : pode estar tanto no início quanto no final.  Bom = paciente com doenças agudas  Regular = pacientes cr6onicos  Ruim / Mau = paciente em estado terminal/ muito doente. 4. CONSCIÊNCIA : é avaliada através de exame neurológico.  LUCIDEZ = o paciente está bem informado no tempo e no espaço sabendo dar as informações  CONFUSÃO MENTAL = paciente nervoso, agitado, não informa direito, se contradizendo, não se lembra dos fatos.  OBNUBILAÇÃO = paciente obnubilado é aquele “devagar”, lento, parecendo estar meio abobado. Pode estar em pré-coma  COMA = varia de grau leve até um grau avançado  Grau leve = auto-obnubilação  Grau avançado = paciente não consegue nem respirar, precisa de auxílio de aparelhos, não recebe ordens, não responde a estímulos, perde a capacidade de deglutição. 5.FÁCIES: é o conjunto dos traços anatômicos com a expressão fisionômica.  Normal ou Cosmopolita docsity.com  Atípica: própria de cada doença  Hipocrática: doente crônico em mau estado geral, aspecto de sofrimento, olhos fundos, parados, boca entreaberta, sudorese, palidez, face agonizante, triste, sem brilho.  Renal: edema periorbital com palidez cutânea  Mongólica: prega epicântica, implantação baixa das orelhas.  Acromegalia: aumento da mandíbula, das extremidades.  Cushingóide/em lua cheia: devido ao uso excessivo de corticóides ou tumor que leva a produção excessiva de hormônio. Características: acne, aumento de pêlos, estrias abdominais, distribuição centrípeta de gordura, giba.  Basedowiana (hipertireoidismo): exoftalmia, rosto fino e magro.  Mixedematosa (hipotireoidismo): infiltração de tecido palpebral, madarose (sem terço exterior da sobrancelha), feições grosseiras, lábios e língua grossos.  Paralisia central e periférica  Parkinson: paciente parece que levou um susto sobrancelhas altas, face de máscara, sem mudança de expressão.  Esclevitérmica 6.HÁLITO: importante dado a ser observado em pacientes em coma ou inconsciente:  CETÔNICO: cheiro de acetona, maçã ex.: coma ceto-acidótico  URÊMICO: cheiro de urina  FACTOS HEPÁTICO: cheiro de ninho de rato ex.: doença hepática.  ALCOÓLICO 7.ATITUDES a. NO LEITO: PASSIVA: paciente não se movimenta, permanecendo na posição que for deixado. Ex.: coma, problemas neurológicos, AVC. ATIVA  Indiferente :normal, paciente fica em qualquer posição que desejar.  Eletiva = para alívio dos sintomas. Ortopnéica: paciente sentado com as pernas pendentes e agarrado à cama. Ex.: pneumopatas Antálgicas: para alívio da dor  Dor em cólica: decúbito ventral ou por compressão abdominal  Comprometimento pleural: paciente deita do lado comprometido (decúbito lateral) para evitar o atrito entre as pleuras (menor expansibilidade = menor dor).  Apendicite: paciente em decúbito dorsal com a perna direita fletida sobre a coxa.  Pancreatite: paciente inclina-se para frente e fica com as mãos cruzadas sobre o abdome.  Peritonite generalizada: paciente em decúbito, quieto. O abdome fica em tábua. docsity.com Contralateral ou opistótono: irritação das meninges, o paciente não consegue fletir o pescoço (rigidez de nuca). No extremo do opistótono que ocorre devido à lesão de raiz nervosa ou meningite, o paciente fica apoiado sobre a cabeça e os pés. Genu peitoral : para facilitar o enchimento cardíaco em casos de derrame pericárdico (prece maometana). Ex:pericardite constritiva. Cócoras:crianças com cardiopatias isquêmicas, cianóticas (diminui o retorno venoso, aumenta a pressão na artéria ilíaca, impede o shunt, diminui a PA). b. EM PÉ: observar a postura do paciente verificando o aparelho locomotor (cifose, lordose...). c. MARCHA:AVC: mão e braço fletidos, caminha arrastando o pé (Hemiplegia/ Hipertonia). Marcha ceifante Parkinson: apresenta movimentos involuntários. Marcha de esquiador Labirinto: forma uma estrela, ocorre por falta de equilíbrio. Cerebelopata: caminhar de bêbado. Marcha atáxica/cerebelar. Claudicante: caminhada intermitente, dor na panturrilha (ex.: insuficiência arterial, lesão articular) Sífilis terciária: atinge a sensibilidade profunda (propriocepção) paciente caminha olhando os pés e batendo-os com força. Pode ocorrer no DM, por lesão nos colículos. Marcha tabética. 8.MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS a. TREMORES: de repouso: desaparece com o sono e com os movimentos. Ex.: Parkinson. de movimento (de ação): pacientes com problemas cerebelares. Obs.: Flapping: movimento que aparece quando o paciente faz extensão do braço e dorsiflexão da mão e após a hiperextensão o movimento continua-se como se fosse “asa de borboleta”. Ex.: insuficiência hepática. b. CONVULSÕES: Clônicas: rítmica Tônicas: rigidez articular Tônico: mista 9.PELE:  COR: Vermelhidão: (poliglobia) / eritema palmar e plantar : CIRRÓTICO. docsity.com  quantidade  distribuição  implantação * alterações especialmente endócrinas OBS.: cirrose → há acúmulo de estrogênio devido a sua deficiente metabolização no fígado, assim ocorre ginecomastia e implantação triangular dos pêlos pubianos no homem. Hirsutismo → pêlos masculinos em mulheres com distúrbios androgênicos (tumor virilizante, ovários policísticos, tumores de adrenal). 12.TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO  Quantidade  Distribuição: Ginecóide (quadril) Andróide (abdome) 13.GÂNGLIOS:  tamanho  sensibilidade  quantidade  consistência  aderência 14.VEIAS  Visíveis e normais: trajetos anatômicos, simétricos, retilíneos  Circulação colateral (obstrução das veias profundas, que se tornam túrgidas e tortuosas, fora de trajeto). 15.MÚSCULOS  Trofismo = volume e massa muscular  Tonicidade: Normo, Hipo (lesões da medula, Ex.: poliomelite) e Hiper (lesões centrais, Ex.: A.V.C.)  Resistência ao movimento e palpação 16.ESTADO NUTRICIONAL Bom / Regular / Ruim docsity.com Obeso / Emagrecido / Caquético 17.ESTADO DE HIDRATAÇÃO: através da pele, mucosa, cabelos, olhos e fontanelas (em crianças pela diminuição da tensão), verificar perda de peso abrupta, enchimento jugular e das raninas. 18. FALA  Disfonia / afonia (estrutural): aparelho fonador  Disartria: SNC comprometido, dificuldade de articular a fala.  Afasia/disfasia: de compreensão ou de expressão. SINAIS E SINTOMAS GERAIS 1. EDEMA Conceito: aumento do volume intersticial (porção extravascular ou comprometimento extracelular) Causas:  Perfusão aumentada do capilar  Reabsorção diminuída pela porção venular ou capilar a. Aumento da pressão capilar / Aumento da pressão Hidrostática: Edemas moles, quentes: Ex.: ICC, tromboflebite (inicial), varizes (inicial), trombose (inicial), pressão externa sobre as veias. b. Diminuição da pressão oncótica / Menor concentração de albumina (déficit de produção hepática): Edemas moles, pálidos: Ex.: proteinúria, síndrome da má nutrição. Normal Edema Albumina sérica 3,5 – 4,5 2,5 Proteínas totais 7,0 _ c. Aumento da Permeabilidade / Passagem de proteínas celulares (mediadores inflamatórios): docsity.com Edemas quentes, vermelhos, endurecidos: Ex.: inflamação (erisipela) d. Diminuição da drenagem linfática / Obstrução: Edemas volumosos, duros e frios: Ex.: linfedema (represamento de linfa), elefantíase. Varizes, trombose e flebites em estágios avançados. e. Retenção de sódio e água / Aumento da concentração de hormônios: mineralocorticóides; cortisol. Edemas moles, temperaturas normais generalizados ou locais: Ex.: Síndrome de Cushing, Síndromes renais (ex.: palpebral). f. Aumento da pressão oncótica do tecido intersticial Edemas pouco duros, temperatura normal: Ex.: Hipotireoidismo (deposição de mucopolissacarídeos no interstício e posterior acúmulo de água). Diagnóstico:  Ganho de peso inexplicado  Pés e edema franco das pernas (sapatos tornam-se apertados)  Edema de pálpebra (face)  Aumento da circunferência abdominal  Cacifo persistente  Pele muito brilhante e fina  Talvez ulcerações  Cacifo: pressão do polegar sobre a pele formando uma depressão (atrás do maléolo medial e/ou região sacra).  Edema localizado: → Obstrução regional do fluxo venoso e linfático → Linfedema unilateral neoplasia pélvica. → Edema de extremidades inferiores TVP (trombose venosa profunda) assimétrico → Ascite (cirrose hepática) ou hidrotórax (líquido pleural aumentado). Edema Generalizado (Anasarca): docsity.com  Prótese dentária  Lesão neurológica  Lesões orais dolorosas (hipovitaminose, candidíase, gengivite)  Doenças em que o emagrecimento é sintoma proeminente  Tuberculose, hipertireoidismo, DM, AIDS  Neoplasias, doenças de má absorção Avaliação do Diagnóstico: Exames: história e exame físico, hemograma, VHS, QUE, T4, TSH., AIDS, glicemia de jejum e pós-prandial, EPF, Rx de tórax, TC de abdome e tórax, US abdominal, Broncoscopia. 3. FEBRE : O organismo humano é homeotérmico com as variações de temperatura bem estreitas 35,5º a 37ºC e média de 36,5ºC.  Temperatura constante decorre de um mecanismo fisiológico complexo:  Produção de calor  Eliminação de calor  Centro de termorregulação  Neurorregulação motora da microcirculação (vasoconstrição e vasodilatação) Caracterizar : a. Início: brusco ou insidioso (lentamente) b. Calafrios: sensação subjetiva de frio acompanhada por arrepios de pele, tremores, bater de dentes. À medida que a febre cede ocorre calor e sudorese intensa. BACTEREMIA: palidez, tremores intensos (na ausência de febre) a medida que sobe a temperatura os tremores cedem. Ex.: Pneumococcus pneumoniae provoca um calafrio apenas. c. Intensidade: Febrícula: 37º a 38ºC Moderada: 38º a 39ºC Alta: acima de 39ºC d. Duração: (febre prolongada = mais de uma semana) e. Término: Crise (sudorese, taquicardia) cai subitamente. Lise: cai lentamente f. Horário:  Contínua: variação menor que 1ºC docsity.com  Remitente: variação maior que 1º C  Intermitente: queda de temperatura até o normal Locais para medir a temperatura: a. Axilar: 35,5º - 37ºC b. Retal: 36º - 37,4ºC c. Sublingual: 36º - 37ºC OBS.: Diferença entre a temperatura retal e axilar indicam processo infeccioso pélvico. Sintomatologia Síndrome:  Pele quente e seca  Taquipnéico, taquicárdico, boca seca.  Sede, oligúria, sudorese.  Fc > 100bpm por grau cardíaco aumentado  Cefaléia, inapetência Causas importantes da febre a. Infecções b. Colagenose (artrite) c. Tumores malignos d. Fenômenos alérgicos e. Tumores cerebrais f. Viroses g. Factícia: provocada, prolongada, sem calafrios, sem sudorese, geralmente em adultos jovens e profissionais da saúde. h. Febre de origem desconhecida: febre com mais de três semanas de duração não sendo diagnosticada após uma semana de investigação. Pico entre 18 e 22 horas. 4. FADIGA (ASTENIA OU CANSAÇO): Sensação subjetiva de perda de energia, forte desejo de repouso ou sono. É um dos sintomas mais comuns para que o paciente procure atendimento médico. São explicadas como:  Estafa  Obesidade excessiva  Nutrição inadequada  Condicionamento físico pouco adequado docsity.com  Problemas emocionais Possibilidades de ser decorrente de processos físicos: a. Endócrino: Addison (falta cortisol), DM (desconfiar principalmente em jovens com muita fadiga), hipertireoidismo. b. Infeccioso: hepatite, tuberculose, estados gripais. c. Respiratório: enfisema d. Hematológico: anemia e. Drogas: álcool f. ICC g. HIV, doenças granulomatosas. História: a. Fadiga Matinal que melhora com o dia: emocional b. Fadiga aliviada com o repouso: desordem física c. Família identifica o problema, muito ligado a problemas fisiológicos. Avaliação Clínica: investigar: a. distúrbios do sono b. sedentarismo ou stress. c. Atividade física exagerada d. Sintomas psiquiátricos e. Medicamentos (β-bloqueadores, antipsicóticos, antiistamínicos) Fraqueza X Fadiga Estafa muscular Sensação de perda de energia SEMIOLOGIA DERMATOLÓGICA: Alterações com a idade:  Menor turgor docsity.com  Isquemia plantar provocada a 60º e hiperemia reativa  Diminuição do enchimento venoso periférico. Obs: em fase avançada acontecem ulcerações na pele, necrose e gangrena. Tratamento: programa de exercício em até 75%, cessar o fumo, diminuição de peso, tratamento das dislipidemias. Cirurgias: ByPass (ponte de desvio da obstrução, canal alternativo) Simpatectomia (visa diminuir o tônus simpático para dilatar os vasos - em diabéticos já acontece pela degenaração nervosa) Angioplastia Medicamentos: Bloqueadores do canal de Cálcio e Inibidores das fosfodiesterases (dilatação vascular). 2. VENOSAS: Tromboflebites Superficiais: Sinais e Sintomas:  Cordão vermelho azulado endurecido, processo local com sinais flogísticos  Dor espontânea ou à palpação  Impotência funcional Tromboflebite Profunda: Predisposição: grandes cirurgias, insuficiência cardíaca congestiva, obesidade, anemias, gravidez, período prolongado no leito, fraturas, varizes, anticoncepcionais, trauma, neoplasias. Sintomas gerais:  Disúria  febre  taquicardia  indisposição geral  tenesmo retal Sintomas regionais:  dor profunda na panturrilha  edema do membro  sensação de peso no membro  impotência funcional  distensão das veias superficiais docsity.com  cianose  temperatura aumentada no membro,  prova do manguito  Sinal de Homans (dorso flexão dolorosa do pé)  Sinal da Bandeira (aumento da tensão no músculo gastrocnêmio e não balanço da massa muscular da panturrilha) Complicações: À distância: embolia pulmonar Local: Síndrome pós-flebítica (varizes) Tratamento: manter paciente em repouso, evitar massagens para não liberar trombos, haparinizações para evitar aumento do trombo. Varizes: Causas primárias: fatores genéticos, gravidez Causas secundárias: tromboflebite profunda, fístula artério-venosa Sintomas:  Sensação de peso e cansaço nos membros  Piora em pés  Dor melhora com elevação dos membros inferiores  Piora em dias quentes e ao final do dia  Edema no final do dia  Aparecimento de botão varicoso (zona de maior pressão) Complicações: complexo varicoso (varizes, botão varicoso, dermatite ocreo-púrpurea formando tatuagem, edema linfático crônico); erisipela (complexo varicosos, úlceras mediais e terço inferior da perna, edema com infecção por Staphylococcus). EXAME FÍSICO DE CABEÇA E PESCOÇO 1. COURO CABELUDO a. inspeção (avaliação)  lesões  lêndeas: aderidas ao cabelo, de difícil remoção  dermatites seborréica (placas brancas não aderida ao fio de cabelo, de fácil remoção)  alterações da superfície  cicatrizes, retrações, abaulamentos  alterações do cabelo ex.: hipertireoidismo  cabelos finos e oleosos hipotireoidismo  cabelos mais espessos, quebradiços e secos docsity.com MADAROSE = perda de 1/3 lateral das sobrancelhas no hipotireoidismo. 2. OLHOS a. Exame Físico:  região periocular  pálpebras: Podem sofrer processos inflamatórios HORDÉOLO (terçol) : inflamação do folículo piloso BLEFARITE: inflamação da borda palpebral que se torna descamosa e vermelha. Se for causada por estafilococos apresenta ulcerações ENTRÓPIO: exposição exagerada da córnea e irritação constante. ECTRÓPIO: pálpebra voltada para fora.  globo ocular: EXOLFTALMIA: protrusão do globo ocular devido a deposição de mucopolissacarídeos na região retro-orbitária (Doença de Basedow- Graves). A pálpebra superior fica retraída e observa-se uma "banda de esclera" superior a íris pode também ocorrer retração da pálpebra inferior. Ex..: hipertireoideos ENOFTALMIA: retração do globo ocular (“fecha-se o olho pela diminuição do globo ocular); ocorre em processos inflamatórios, em lesões ou perfurações do globo”. GLAUCOMA AGUDO: é a dificuldade de drenagem do humor aquoso com consequente aumento da pressão na câmara anterior do olho. Ocorre dor no globo ocular, midríase e vermelhidão dos olhos. Os olhos dirigem-se para a periferia, são profundos e não são brilhantes, sua cor é um vermelho escuro.  aparelho lacrimal  conjuntiva + esclera: rebater as pálpebras superiores e inferior. Obs.: para avaliar anemia rebate-se a pálpebra inferior. é coberta pela conjuntiva escleral que possui vascularização . A esclera pode ser sede de impregnação de bilirrubina o que é denominado icterícia, isto pode ser avaliado apenas pela inspeção. OBS.: Em negros a esclera pode apresentar coloração amarelada por pigmentação demasiada, porém esta não é uniforme, aparecendo mais na parte superior da esclera próximo à íris. PINGUÉCULA = exuberância de tecido avascular no lado medial da esclera. PTERÍGIO= deve-se diferir da pinguécula por ser vascularizado, aumenta de tamanho podendo invadir outros locais da esclera. Pode causar alterações importantes da visão como por exemplo opacificação da córnea. Devido a isso deve ser retirado. CONJUNTIVITE: pode ter origem viral, química ou bacteriana (processos purulentos). Ocorre vermelhidão, prurido nos olhos e arborização dos vasos da esclera no sentido da periferia para o centro (em direção à íris). Esta arborização é brilhante e de coloração vermelho docsity.com Estes nervos são responsáveis pela inervação extrínseca do globo ocular Reto superior 3º 3º oblíquo inferior reto lateral 6º 3º reto medial reto inferior 3º 4º oblíquo superior 3. MUSCULATURA DA MÍMICA a. NERVO FACIAL: Inerva a musculatura da mímica. Para a sua avaliação pede-se que o paciente execute movimentos como:  enrugar a testa  enrugar o nariz  cerrar os olhos e não deixá-lo abrir  esboçar um sorriso  inflar a boca ou assobiar Paralisia Facial Periférica (ou de Bell): mais feia, menos grave. Compromete toda uma hemiface com acometimento do nervo após sua emergência ou seja infranuclear. Ocorre devido a acidentes cirúrgicos na parótida, processos inflamatórios virais, frio excessivo. Alterações faciais:  não há enrugamento da testa  sulco naso-labial desaparece  desvio da comissura labial para o lado contrário a lesão.  Não há fechamento do olho do lado lesado  Sinal de Bell: olho fica voltado para cima e pode-se evidenciar a parte branca do olho (esclera) abaixo da íris Paralisia Facial Central: menos feia, mais grave. A lesão cerebral é do lado oposto a representação periférica. As manifestações da paralisia facial central vão ser no quadrante inferior da face contralateral à lesão. Alterações faciais:  desvio da comissura labial para o lado da lesão central (lado são da face)  tônus diminuído da bochecha (“fumador de cachimbo")  desaparecimento do sulco nasolabial contralateral. docsity.com 4. OUVIDO a. Inspeção  exame do pavilhão auditivo Alterações: TOFOS GOTOSOS (GOTA): uratos podem se depositar na superfície do pavilhão auricular formando nódulos levando a hiperemia e inflamação da região. b. Otoscopia: Alterações: OTITE EXTERNA: lesão no conduto auditivo externo, numa inflamação desta estrutura ocorre dor acompanhada por alterações de posicionamento do pavilhão auricular que se torna edemaciado podendo levar a uma luxação. A parede do conduto auditivo externo vai apresentar vermelhidão, abaulamento, secreção purulenta e brilho excessivo. Paciente pode apresentar dor na tração do pavilhão auditivo. Obs: tampão de cerumem tem cor marrom escura e pode obstruir todo o conduto levando a diminuição da audição. OTITE MÉDIA:  Fase inicial: dor, hiperemia da membrana timpânica, cone de luz torna-se opaco (desaparece) devido ao acúmulo de secreção no ouvido médio causado pelo processo inflamatório  Fase adiantada: ocorrem alterações na membrana do tímpano devido ao acúmulo de material purulento, esta sofre um abaulamento em direção lateral (para fora) ficando com aspecto de "almofada" com um ponto central. Culmina com ruptura da membrana e extravasamento de material purulento. PERDA AUDITIVA  POR CONDUÇÃO: distúrbio do ouvido externo ou médio  SENSORINEURAL : distúrbio do ouvido interno (coclear) 5. NARIZ a. Inspeção  Avaliação da pele do nariz Alterações: Lupus Eritematoso Sistêmico: doença do colágeno que leva a uma dermatite nasal em forma de asa de borboleta. docsity.com Desvio de septo, necrose do septo (usuários de cocaína). Abcessos Rinite crônica: mucosa nasal descorada Rinite aguda : mucosa nasal hiperemiada 6.SEIOS PARANASAIS: Podem ser palpados e percutidos sendo que o paciente apresentará dor se houver presença de inflamação; a pela que recobre os seios da face pode estar com sinais flogísticos 'a inspeção. Alterações: SINUSITE AGUDA: processo inflamatório das células dos seios da face, geralmente apresentam dor, cefaléia, secreção purulenta, obstrução nasal, pele com sinais flogísticos. 7. CAVIDADE ORAL a. Inspeção:  Dentes: processos de implantação, número de dentes, periodontite (processo inflamatório do periodonto) colo do dente. Ex.: dentes de Hutchinson: congênitos devido à sífilis, são dentes afastados, triangulares ou cônicos.  Gengivas GENGIVITE: processo inflamatório da gengiva está apresentando-se tumefeita, altamente dolorosa e sangrante ao toque RANINAS: são veias localizadas abaixo da língua e avaliam o estado de hidratação do paciente. Normalmente elas estão totalmente cheias. ESTOMATITE: inflamação da cavidade oral por Candida albicans sendo muito mais comum em crianças ou pode se apresentar em adultos imunodeprimidos (aidéticos). É conhecida por monilíase, na sua fase inicial ocorre apenas hiperemia da cavidade oral sem formação de placas e numa fase mais adiantada apresenta placas esbranquiçadas (aspecto de nata de leite) com hiperemia em forma de halo ao redor. Não são facilmente removíveis e ao serem geram lesões com sangramento; anemias carenciais, principalmente do Complexo B, levam a alterações das papilas, a língua pode se tornar lisa e brilhante devido ao desaparecimento das papilas (língua careca).  avaliação estática da língua: desvio, aspecto e simetria.  Avaliação dinâmica: MOTRICIDADE que é dada pelo XII par craniano. Se este estiver comprometido durante a protusão a língua desvia para o lado da lesão. 8. OROFARÍNGE: docsity.com  Corresponde ao movimento de impulsão da ponta do ventrículo esquerdo contra a parede do tórax.  Paciente deve estar em decúbito dorsal, médico deve ficar do lado direito ou aos pés do paciente olhando tangencialmente (ao nível dos olhos).  Verificar se PIM deslocado ou não. Ex.: na dilatação do miocárdio e na hipertrofia de VE. 2. PALPAÇÃO : o Difusa: feita com a mão inteira utilizando a região metacarpofalângea. o Específica (fina): realiza-se após a difusa, feita com as polpas digitais medindo- se quantas polpas são necessárias para cobrir o íctus (normalmente 2 polpas). Descrevê-lo em localização, extensão e intensidade de impulso (Propulsivo: ocorre com hipertrofia do coração, portanto o íctus “bate” com muita força; Difuso: pacientes com insuficiência cardíaca, o coração demora mais tempo para contrair e consequentemente o íctus fica mais fraco). o Em casos de dilatação do coração pode-se aumentar o número de polpas e/ou desviar o íctus do local usual. Obs1.: o exame do íctus nos dá idéia de alteração no tamanho e na mobilidade do VE (aumento do VE:o íctus desvia mais para a esquerda e para baixo, podendo estar no 6º ou 7º EICE entre a Linha hemiclavicular e a Linha axilar anterior; sendo que o número de polpas também pode aumentar) Obs2.: modificações na estrutura do ventrículo direito não deslocam o íctus: Aumento do VD  como é a camara mais anterior do coração um aumento deste ventrículo pode causar:  em crianças: abaulamento da região esternal pois o esterno ainda não está calcificado.  em adultos: a parede do VD choca-se com a parede esternal causando a ÏMPULSÃO PARAESTERNAL ESQUERDA que é uma pulsação sentida na mão (região tenar e hipotenar) quando se faz uma pequena pressão.  coração em gota ocorre em paciente com DBPOC devido ao aumento do pulmão. Obs3.: Mesmo na ausência de problemas cardíacos o íctus pode ser invisível ou impalpável. Ex.: obesidades, musculatura hipertrofiadas, pacientes (mulher) com mamas volumosas e/ou caídas, íctus localizado posteriormente às costelas (impede que a impulsão se projete sobre a pele), coração do lado contrário, líquido na cavidade pericárdica. o Manobra acessória: Decúbito de Pachon: paciente deve-se inclinar para a esquerda e ficar 45ºcom o leito, assim o íctus aproxima-se da parede torácica. o Frêmitos:percepção palpatória de um fenômeno a ser auscultado. Indica a presença de um sopro, geralmente, de grande intensidade. O frêmito acompanha as características do sopro: mesma intensidade, mesma região, mesmo ciclo cardíaco. docsity.com Ex.: atrito pericárdico apresenta frêmito em 23%dos casos. Todo frêmito indica presença de sopro porém nem todo sopro indica frêmito. o Com a palpação ainda é possível detectar alterações na altura da aorta:  ascendente  cajado (região da fúrcula esternal)  descendente As pulsações aórticas podem ser palpadas na região da fúrcula esternal e no epigástrio (pode indicar coração aumentado). Isto pode ser indicativo de aneurisma, HAS ou dilatação da aorta, mas não quer dizer que se trata de uma patologia pois em pacientes magros, taquicárdicos e ansiosos pode-se sentir a pulsação aórtica (AORTISMO) nestes mesmos locais. 3. AUSCULTA: É a parte do exame físico que mais fornece informações a respeito do funcionamento do coração. Deve ser sempre acompanhada de palpação do pulso. a) Seqüência adequada:  observar ritmo e freqüência cardíaca  identificar 1º bulha  escutar sístole com atenção  identificar 2º bulha e desdobramentos  escutar diástole precoce e tardia  procura outras bulhas e sopros b)Focos de ausculta: projeção das bulhas na parede torácica, local de direcionamento do sangue no fechamento de cada válvula. Focos do ápice: ausculta-se melhor a 1ª bulha devido ao fechamento das válvulas Átrio- ventriculares (mitral e tricúspide) com o paciente em decúbito dorsal ou de Pachon. foco Mitral: 5º EICE LHC foco Tricúspide: 5º EICE (junto à borda esternal) Focos da base: ausculta-se melhor a 2ª bulha devido ao fechamento das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) com o paciente sentado inclinado para frente. Identifica-se melhor o desdobramento da segunda bulha. foco Aórtico: 2º EICD (junto à borda esternal) foco Pulmonar: 2º EICE (junto à borda esternal) foco Aórtico Acessório: 3ºEICE (para-esternal) docsity.com Obs.: Fenômenos de baixa freqüência (3ª e 4ª bulhas) são melhores auscultados nos focos do ápice com a utilização da campânula. 1ªBulha: acompanha o pulso 2ªBulha: após o pulso c) Ritmo: Irregular => arritmias Causas: problemas na formação do estímulo no nodo sinusal problemas na condução do estímulo Exemplo 1: EXTRASSÍSTOLES: Sístole sobressalente, que ocorre antes do tempo normal (previsto). Durante a extrassístole, o pulso pode ou não ser palpável. Quando a extrassístole for muito precoce o ventrículo não estará suficientemente cheio para gerar uma onda de pulso (pressão), por isso não haverá pulso (déficit de pulso), caso contrário haverá uma onda de pressão, porém mais fraca. Após a extrassístole ocorre uma “pausa compensatória” sendo que a próxima sístole será mais forte com bulha mais audível e pulso mais forte, isto por que haverá um maior enchimento ventricular, pois o tempo para isso é maior... na ausculta haverá sístole antes do tempo. As extrassístoles são melhores audíveis no FM, se houverem extrassístoles, a Fc deve ser auscultada em, pelo menos um dos focos por minuto. Exemplo 2: FIBRILAÇÃO ATRIAL (Delirium Cordis): É o tipo de arritmia (taquiarritmia) mais anárquico, é o que gera o estímulo mais estranho. Há uma variação muito grande entre os intervalos das bulhas. Muito comum em pacientes idosos ou com alguma pneumopatia (DBPOC). Na fibrilação atrial, perde-se a regularidade nos espaços entre as bulhas. É impossível saber o que é B1 e B2 e há um déficit na Fp de 10 ou mais batimentos. Ela ocorre porque se perde a formação do estímulo no Nó AS, isto pode ocorrer por: isquemia, Mal de Chagas, doenças no próprio nó, aumento do átrio. O estímulo começa a ser gerado nas paredes do átrio e este começa a se contrair (tremular) com intensidade que pode chegar até 400x/min. Nem sempre estes estímulos serão suficientes para gerar contrações ventriculares devido ao retardamento fisiológico que ocorre no nó atrioventricular. Quando eles são transmitidos nem sempre os ventrículos estão suficientemente cheios para gerar uma onda de pulso. Exemplo 3: ARRITMIA RESPIRATÓRIA ou FISIOLÓGICA: Não é patológica. Ocorre freqüentemente em crianças e adolescentes. A Fc varia de acordo com o ciclo respiratório: durante a inspiração, há um aumento na Fc e durante a expiração há uma diminuição na Fc. Isto devido à diferença de pressões que ocorre na caixa torácica. Para verificar a presença deste tipo de arritmia, deve-se solicitar ao paciente que produza uma apnéia, se o ritmo se normalizar a arritmia é respiratória (fisiológica). d) Freqüência: docsity.com  Na expiração: chega mais sangue ao VE fazendo com que a sístole deste seja mais demorada, aproximando, assim o fechamento da válvula aórtica da pulmonar. B1/_____________A__P_________________B1 -> Exp Para verificar se o desdobramento é fisiológico pede-se ao paciente que faça uma respiração lenta e profunda. Se o desdobramento desaparecer durante a expiração e permanecer durante a inspiração diz-se que é fisiológico. PATOLÓGICOS:  Paradoxal ou inverso: Este desdobramento é auscultado durante a expiração e não na inspiração. A sístole do VE é muito mais demorada que a do VD, assim, a válvula aórtica fecha-se depois da pulmonar. Isto ocorre devido a bloqueio do ramo E do feixe de Hiss. HAS severa e estenose aórtica severa.  Fixo: Este desdobramento aparece sempre não importando a fase do ciclo respiratório. Ex.: Comunicação interatrial (pode ser no septo interatrial ou no forame oval): chega o sangue no AE que por sua maior pressão desloca o sangue para o AD. Assim, como o VD está com uma maior quantidade de sangue, se contrai depois. f) Sopros: são ruídos diferentes produzidos pela passagem do sangue através das válvulas ou cavidades. O movimento do sangue perde sua característica laminar e torna-se turbilhonado.  Causas:  Estenose das válvulas  aneurisma  inversão de fluxo (regurgitamento por insuficiência)  comunicação entre uma cavidade e outra  fístula arterio-venosa (ex.: pacientes em diálise) o Características:  Sede do Sopro: normalmente em 1 dos focos de ausculta. Importante saber por que algumas patologias são características de determinados locais.  Fase do ciclo: sistólico diástólico sisto-diastólico - Ocorrem entre as bulhas podendo abafá-las. docsity.com - Irradiação: outro local onde o sopro é audível, segue o caminho que o sangue está seguindo naquela situação. - Intensidade: importância relativa Varia de 1+ a 6+: 1+ : baixa intensidade, ausculta-se com dificuldade 2+ : escutado logo após colocar o estetoscópio no precórdio 3+ : maior que o 2º mas sem frêmito 4+, 5+, 6+ : é obrigatória a palpação de frêmito 6+ : é muito forte, audível até sem estetoscópio em algumas situações. o Manobra especial: objetivo é modificar a hemodinâmica do paciente para acentuar a intensidade do sopro. Modificar posição do paciente Ouvir na inspiração Manobra de Valsalva Elevação dos membros inferiores para aumentar o débito cardíaco Aumentar a pressão arterial do paciente, acentuando a insuficiência aórtica. SOPROS SISTÓLICOS COMUNS: ESTENOSE AÓRTICA: passagem apertada do sangue, auscultado no 2º EICD, irradia-se para pescoço e fúrcula, é em crescendo e decrescendo, paciente sentado. INSUFICIÊNCIA MITRAL: regurgitação de sangue para átrio esquerdo, auscultado em 5º EICE linha hemiclavicular, irradia para axila esquerda e tórax posterior, é holosistólico. SOPROS DIASTÓLICOS COMUNS: ESTENOSE MITRAL: passagem apertada do sangue para VE (geralmente por febre reumática, abertura insuficiente da válvula), não tem irradiação, é mais bem auscultado com a câmpanula e com o paciente em decúbito de Pachon. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA: regurgitação de sangue da aorta para VE, auscultado em 2º EICD, irradia-se para o ápice, em decrescendo, paciente com pulsos periféricos bem palpáveis, ictus desviado para baixo e lateralmente. EXAME FÍSICO DO ABDOME 1.INSPEÇÃO: docsity.com o Pele, erupções, lesões o Localização do umbigo o Contorno abdominal o Peristalse o Pulsações 2.AUSCULTA:  Avaliar motilidade intestinal pela presença de Ruídos Hidraéreos  Pesquisar sopros em aorta abdominal, artérias renais, ilíacas, femorais se suspeita de HAS ou insuficiência renal, insuficiência arterial em membros inferiores. 3.PERCUSSÃO:  Percutir todo abdome iniciando de baixo para cima em colunas  Estimar a hepatometria: normal linha hemiclavicular6-12cm, linha esternal média 4- 8cm.  Verificar espaço de Traube: percutir em linhas axilar anterior e média em espaços intercostais 9,10,11.  Pesquisa de ascite: macicez móvel. 4. PALPAÇÃO: Palpação superficial: útil para descontrair o paciente e já verificar alguns pontos dolorosos. Palpação profunda: Delimitar massas abdominais Palpação de fígado: mão em garra. Palpação de baço: decúbito de Schüster. Palpação de rins: duas mãos em prensa, Manobra de Giordano. Teste da onda líquida em ascite. Pesquisa de irritação peritoneal: Blumberg e Rovsing Pesquisa de colecistitte aguda: Sinal de Murphy SEMIOLOGIA DO APARELHO URINÁRIO E SÍNDROMES URINÁRIAS docsity.com  Alterações no aspecto da urina: o Hematúria: 10 ou mais hemácias por campo (400X). Urina de cor avermelhada, varia desde o amarelo escuro até o marrom. Pode ser macro ou microscópica. Na história é importante investigar a ingesta de beterraba, afecções ginecológicas, uso do medicamento piridium. Causas: infecções, tumores, nefrites. A quantidade de sangue na urina não tem importância significativa, o que realmente interessa é a presença de sangue. Macroscópica inicial: jato inicia vermelho e vai clareando. Origem baixa Macroscópica final: jato inicia claro e vai avermelhando. Origem baixa Macroscópica total: sempre com sangue, podendo conter hemácias deformadas (significa que passaram pelos túbulos). Origem alta. o Proteinúria: o paciente nefrótico perde muita albumina, e se sua urina for agitada será bastante espumosa, podendo ficar turva. o Infecções: quando há infecção a urina fica turva e mal cheirosa, podendo conter linfa (quilúria), fiapos de pus e sedimentos. Historia pregressa o HAS: é importante descobrir se a HAS é primária ou secundária. As doenças renais comumente são causa de hipertensão, especialmente em pessoas jovens ou em pacientes com HAS que descompensam repentinamente. A estenose de artéria renal eleva a PA através do mecanismo renina-angiotensina a fim de manter a sua perfusão. o Diabete melito o Colagenoses o Hipercalcemias o Hiperurecemias o Infecções Historia familiar o Síndrome de Aport o Rim esponja medular o Rins Policisticos Dor o Lombar: processos inflamatórios, obstrução urinária, dor profunda, intensidade variável, fixa, persistente o Cólica Renal docsity.com o Vesical: origem na bexiga, supra púbica, sensação de queimação. o Estrangúria: Micção lenta e dolorosa (espasmo da musculatura do trígono e colon vesical) o Perineal: referida no sacro e reto (infecção aguda da próstata). Obs.: a dor lombar baixa não tem origem renal. A dor renal é subcostal, em hemicinturão, em peso, decorrente da distensão da cápsula. A dor do cálculo ureteral irradia-se pelo trajeto do ureter. Em cálculo alto (ureter médio) a dor é referida em hemicinturão e quando o cálculo está baixo a dor é referida na pele do testículo e na bexiga quando muitíssimo baixo. A dor renal e a ureteral não têm posição de alívio. A cólica renal geralmente decorre de cálculos retidos no ureter, mas pode ser por coágulo, por uma papila necrosada em diabéticos ou por outra causa. Dados Objetivos:  Hálito  Pele  Unhas  Pressão arterial  Fundo de olho  Aparelho cardiopulmonar  Exame dos rins SÍNDROMES URINÁRIAS: Apresentação clínica das doenças renais:  Assintomática: o paciente não tem sintomas e através do exame físico (edema, por exemplo) e laboratorial (proteinúria, por exemplo) são detectadas alterações.  História familiar: o paciente vai à consulta devido a familiares apresentarem cálculos, fazerem diálise, etc.  Sinais e sintomas: que indicam diretamente doenças renais (polaciúria, nictúria, oligúria, anúria). Os mais comuns são dor, sintomas digestivos, edema, HAS e anemia. Obs.: Sintomas digestivos: a cólica renal costuma estar freqüentemente associada a náuseas e vômitos. Edema: os rins filtram cerca de 180 L/dia. Pequenas alterações podem trazer grandes conseqüências como alteração da osmolaridade sanguínea. O edema matinal de face é característico da doença renal. Anemia: a insuficiência renal crônica (IRC) causa anemia em virtude da deficiência de produção de eritropoetina.  Síndrome Nefrótica: escapa proteína da membrana glomerular, deficiência de filtração.  Proteinúria (glomerular) > 3,5 g/dia: albumina, proteínas grandes. A eliminação normal é de até 150 mg/ dia de proteínas. Causando urina espumosa.  Hipoalbuminemia: causando estrias brancas e transversais nas unhas. docsity.com  Edema: geralmente é a QP, pois paciente fica extremamente edemaciado (anasarca), ganha peso.  Dislipidemias  Causas: idiopática e associadas (diabetes).  Cilindros Granulosos e Gordurosos.  Síndrome Nefrítica: inflamação com proliferação epitelial ocasionando obstrução dos capilares de filtração.  Oligúria  Hematúria: devido ao rompimento de capilares glomerulares, hematúria dismórfica (Cilindros hemáticos).  Edema discreto (compartimento intravascular)  Hipertensão arterial (de volume dependente... aumento)  Causas: lúpus, doença da garganta que ataca os rins.  A QP costuma possuir sintomas decorrentes da sobrecarga do volume circulatório. É comum durante a idade escolar, especialmente em meninos. o Infecção Urinária Baixa (cistite): Ocorre na bexiga, próstata. Muito comum em mulheres adultas (E. coli). Quando em homens cabe verificar a causa exata.  polaciúria  Ardência (disúria)  Urgência e incontinência  Hematúria final ou inicial  Normalmente não há febre  Diagnóstico por QUE: aparecem leucócitos, bacteriúria, hematúria não dismórfica. Neste exame deve ser pedidos antibiograma e urocultura. Quando há presença de nitritos na urina há infecção.  Infecção Urinária Alta (pielonefrite, nefritíte túbulo intrsticial bacteriana): É uma infecção bacteriana, ocorrendo ou não cistite prévia. A via de chegada das bactérias é ascendente pelo trato urinário. Raramente ocorre por via hematogênica. As bactérias contaminantes são Gram – que produzem endotoxinas, as quais podem causar choque anafilático e até morte.  Dor lombar (geralmente unilateral)  Febre com calafrios  Sinal de Giordano (dor quando se bate nas costas ao nível dos rins).  EQU + hemograma (apresentará leucocitose) Antes do início do tratamento é importante colher urina e fazer EQU e antibiograma (urocultura). Caso após 18 h o paciente não tenha respondido ao tratamento, deve-se conferir no antibiograma se o germe não é resistente ao antibiótico proposto. Caso não seja resistente, o paciente está obstruído, e este é um sinal de urgência que pode levar a nefrectomia. Em mulheres grávidas, como a bexiga está comprimida e os ureteres dilatados, a pielonefrite pode ocorrer com maior facilidade. docsity.com  Lesão hemorrágica no tronco cerebral (porção ventral da ponte): tetralgia, com alguma alteração do nível de consciência devido ao bloqueio do Sistema Reticular Ascendente.  Lesão na medula preserva o nível de consciência.  Exame Neurológico:  Nível de Consciência:  Padrão Respiratório: Hiperventilação neurogênica central: lesão pontina  Pupila: Puntiforme: ponte lesionada Diencefálica: lesão na cápsula  Postura (resposta motora): Tetraplégicos Descerebração: extensão máxima de MI e rotação interna dos MS.  Movimentos Oculares  Hematomas Epidurais:  Geralmente por rompimento de Artéria Meníngea Média, por fratura óssea.  SRAA comprometido; decréscimo no nível de consciência lento.  Se lesiona N. Oculomotor: ptose palpebral, anisocoria (1ºsinal pois fibras periféricas- parassimpáticas), estrabismo divergente.  Déficit motor contralateral ao olho afetado por outros sintomas.  Pode ocorrer lesão isquêmica secundária por compressão.  Sinais Meníngeos: Dois movimentos podem ser utilizados para a verificação do comprometimento meningeo: Rigidez nucal, Extensão do joelho, paciente em decúbito dorsal, estende a coxa sobre o quadril, com o joelho em 90º tenta estender a perna, caso não consiga provavelmente existe um comprometimento meningeo. EXAME NEUROLOGICO 1. FUNÇÕES SUPERIORES:  Avaliação do Estado Mental (Nível de consciência): Alerta: lúcido, orientado, coerente, ou não. Letárgico: sonolento docsity.com Obnubilado: respondendo somente a estímulos mecânicos. Torporoso: respondendo somente a estímulos dolorosos. Comatoso: não responde a estímulos. Graduação de Glasgow: nº3 = coma (sem resposta ocular, sem respota motora e sem respota falada). nº15 = normal.  Avaliação de habilidades complexas:  Afasia  dificuldade ou impossibilidade de usar a linguagem oral ou escrita de expressão: o paciente não consegue falar, mas consegue ler e obedecer a ordens: dificuldade para se expressar. Ex: caneta, paciente diz objeto para escrever. de compreensão: ordem simples é a maneira mais fácil de testá-la. Ex: colocar mão esquerda na orelha direita; ordem complexa, cortar papel em três pedaços diferentes e dar uma ordem para cada pedaço.  Acalculia  cálculo simples, levar em conta o grau de instrução.  Apraxia  dificuldade de executar determinados gestos motores voluntários. Apraxia construtiva em lesão parietal direita. A apraxia pesquisada em primeiro lugar na anamnese, paciente relata dificuldade de executar inclusive rotinas diárias, pedir ao paciente dobrar o papel e colocar no envelope. Construtiva (lesão parietal direita): desenha tudo errado.  Agnosia  dificuldade de reconhecimento de objetos ou sons. Agnosia para rosto: não reconhece o rosto das pessoas, mas se a pessoa falar ele reconhece pela voz ou pode reconhecer pelo olhar. Agnosia para corpo: não reconhece metade do seu corpo (hemi corpo), podendo se assustar ao olhar para determinada parte do seu corpo, achando ser outra pessoa. Agnosia para espaço: se o paciente estiver com hemiplegia do lado direito, chega para ele pela esquerda para se conseguir obter informações. Estereoagnosia: capacidade de identificar um objeto por palpação. Grafestesia: identificar números desenhados na mão. Mini teste Mental (Folstein e cols. 1975) nOrientação (10 pontos) nAprendizagem (3 pontos) docsity.com nAtenção e cálculo (5 pontos) nMemória (3 pontos) nLinguagem (9 pontos) MMSE - MINI EXAME do ESTADO MENTAL (Mini-Mental State Examination - Folstein et al. 1975 5 pontos ATENÇÃO E CÁLCULO Diminuir 7 de 100 sucessivamente até 5 respostas (1 ponto cada resposta correta) 93______86______79______ 3 pontos MEMÓRIA IMEDIATA: Nomeie as 3palavras: Chave, limão, balão, peça para o paciente repetir em seguida.(1ponto para cada acerto). 5 pontos ORIENTAÇÃO ESPACIAL: Qual o lugar em que estamos? (Estado, País,Cidade, hospital, andar – piso) (1 ponto cada resposta correta) Pontuação Máxima:5 ORIENTAÇÃO TEMPORAL: Qual o dia da semana, dia do mês, o mês, o ano e a estação em que estamos ? (1 ponto cada resposta correta) docsity.com anterior da língua Importante diferenciar as paralisias do Facial, sendo ela periférica ou central apresentando as seguintes diferenças: o Paralisia Central – metade contra lateral da face inferior afetada. o Paralisia Periférica – Toda heme face homo lateral é atingida. (sinal de Bell) o Nervo Vestíbulococlear VIII – formado por duas raízes uma para a audição e a vestibular para o equilíbrio. 1. Raiz Coclear –Avaliada voz cochichada. Prova de Rinner a qual utiliza o diapasão. Teste de Rinner positivo, condução óssea maior área, no mastóide. Hipoacusia de algum lado  T. de Weber: diapasão no topo da cabeça, maior escutado no lado da lesão. 2. Raiz vestibular - quando acometida aparece na anamnese muitos sinais como náuseas, vômitos, desequilíbrio, e estado vertiginoso. Em sua investigação verifica-se nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural e prova de Rotenberg, paciente caminhando com um pé atrás do outro, desequilíbrio para o lado lesado. o Nervo Glossofaríngeo IX e Vago X –Observa o posicionamento da úvula e do véu palatino, lesão isolada o Vago e que envolve apenas o ramo laríngeo superior determina razoável disfonia. Reflexo do vômito ao colocar no palato o abaixador, tem valor se diferente nos lados (sensibilidade). o Nervo Acessório XI - Essencialmente motor observa-se elevação dos ombros, e apoiando a testa do paciente pede se para fazer força, lado lesado esternocleidomastóideo hipotônico. o Nervo Hipoglosso XII – Exclusivamente motor , sua inspeção é feita pela analise da protrusão da língua. 3. Exame de Membros Superiores: A.Inspeção: Verificar lesões e sinais que podem inferir comprometimento neurológico, espasmo muscular, esclerose tuberosa. B.Tônus – Estado de tensão constante que são submetidos os músculos, tanto em repouso, quanto em movimento. Em sua inspeção verifica-se movimento passivo de extensão e flexão e observa-se a resistência, tônus aumentado ou aquém do normal tônus diminuído. Extensibilidade se existe ou não exagero no docsity.com grau de extensibilidade das fibras, quanto maior a extensibilidade mais diminuído vai estar o tônus. C.Força - Verifica-se a força em todos os grupos musculares, sempre comparando com o membro homologo contralateral.  Extensão e flexão do punho  Extensão e flexão do antebraço (C5, C6, C7, C8)  Extensão e flexão do braço  Manobra dos braços estendidos – olhos fechados e em supinação.  Pinça (C7, C8, T1)  Polegar encontrando dedo mínimo. (C8, T1, nervo mediano)  Dedos em abdução. (C8, T1, nervo ulnar) Gradação da Força. Grau 1- Nenhum movimento Grau 2- Discreto movimento Grau 3- Vence a gravidade Grau 4- Vence a gravidade e a força de resistência do examinador Grau 5- Força normal D.Reflexos – Resposta do organismo a um estimulo, servindo para diagnosticar topograficamente alterações existentes.  Reflexo Bicipital – C5, C6 - Flexão do antebraço, sede do estimulo tendão distal do bíceps.  Reflexo Tricipital – C6, C7, C8 – Extensão do antebraço, sede do estimulo tendão distal do tríceps.  Reflexo Estilo Radial-Flexão do antebraço  Reflexo Cúbito pronador –Rotação lateral do punho  Testar presença de clono Sinal de Hoffmann – Apertar a ponta da unha e verificar flexão discreta dos dedos. A hiperreflexia verifica-se aumento da área do estimulo e aumento da resposta. Clono da mão - quando se estende a mão sobre o punho verificar se uma resistência, podendo ser esgotável ou não, caracteriza lesão piramidal. E. Sensibilidade – A sensibilidade é classificada em dolorosa, tátil, profunda e térmica. Sempre usar como parâmetro o lado contra lateral, saber o trajeto dos nervos ulnar, radial e mediano. Geralmente mão e punho. Com agulha na mão e punho, áreas simétricas de ambas mãos. docsity.com F. Coordenação Motora –Verificação do bom funcionamento de dois setores, o Cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. A perda da coordenação denomina- se ataxia podendo ser cerebelar, sensitiva ou mista.  Prova index do examinador nariz do examinado  Prova index, index.Manobra do rechaço (Stewart Holmes).  Disdiadocinesia – movimentos alternados  Teste de tração do pronador 4.Exame do Tronco: No exame do tronco, pesquisamos principalmente as sensibilidades dolorosa e tátil, com a estimulação cutânea em sentido dos dermátomos, junto a linha hemiclavicular, pesquisa-se sinal de Beevor pedindo ao paciente que faça a flexão do pescoço, com contração reflexa dos músculos abdominais, o sinal é positivo quando por paresia da musculatura abdominal interior a T9, o umbigo desvia para cima. Prova de inervação do tronco: paciente com deficiência cerebelar não flete os joelhos e pode cair. 5. Exame do s Membros Inferiores: A.TÔNUS: Igual a do membro superior, explorado mediante a inspeção, palpação, balanço e movimentação passiva. B.FORÇA: Avaliada na execução de movimentos voluntários, com oposição e resistência ao movimento. o Flexão dos quadris (L2, L3, L4, iliopsoas) o Extensão e adução e abdução dos quadris (L2, L3, L4- L4, L5, S1) o Extensão dos quadris (S1) o Extensão e flexão do joelho (L2, L3, L4 – L4, L5, S1, S2) o Dorsiflexão e flexão plantar (L4,L5 – S1) o Extensão do hálux: L5 o Flexão do hálux: S1 Manobra de mingazzini - paciente inconsciente parético, flexão da coxa sobre a bacia e da perna sobre a coxa, cai para o lado parético (abdução). Manobra de Barre – decúbito ventral, deve manter as pernas fletidas, formando um ângulo reto com as coxas, mostrando déficits dos músculos flexores da perna sobre a coxa. C.REFLEXOS: São pesquisados os seguintes reflexos: o Reflexo Cutâneo plantar – Estimulo na planta do pé, flexão dos dedos. o Sinal de Babinsky – Estimulo na planta do pé, porém extensão lenta do hálux, verifica-se significa lesão piramidal. docsity.com  Quando sintoma não responde ao tratamento  Com início abrupto, acordando paciente a noite  Mudanças no padrão da dor  Traumatismos. SEMIOLOGIA ENDOCRINOLÓGICA As manifestações do sistema endócrino costumam afetar o organismo como um todo. O controle do sistema endócrino é feito pelos núcleos hipotalâmicos que secretam substâncias inibidoras ou estimuladoras da hipófise. HIPOTÁLAMO: Centro de controle das informações e do ritmo e secreção das glândulas TRH: hormônio liberador do TSh e da Prolactina GnRH: hormônio liberador de FSH e LH Dopamina: inibodor da prolactina docsity.com GHIH: hormônio inibidor do GH CRH:hormônio liberador de ACTH GhRH: hormônio liberador de GH PRF: fator liberador de prolactina HIPÓFISE Apesar de ser extremamente protegida é acometida por várias patologias. A adenohipófise controla a maioria das outras glândulas do organismo. A neurohipófise armazena as substâncias produzidas nos núcleos supra-ópticos e para ventriculares do hipotálamo (ocitocina e ADH), mas não produz hormônios. HIPÓFISE MSH Pele : melanina TSH Tireóide: T3 e T4 docsity.com GH/TSH ACTH LH FSH Ossos e músculos Córtex adrenal PRL Testículos: testosterona e espermatogênese Ovários: estrogênio e progesterona Mamas: leite Obs: a prolactina costuma ser um hormônio que facilmente “dá problemas”, pois não tem um fator estimulante eficaz. A dopamina é o seu fator de inibição. A função fisiológica da prolactina é estimular a produção de leite em gestantes e em mulheres que amamentam. As síndromes da hipófise compreendem alterações:  Do crescimento: nanismo, gigantismo, acromegalia  Do desenvolvimento: puberdade precoce ou atrasada, infantilismo genital. docsity.com  Acromegalia: decorre da produção aumentada de GH durante a vida adulta, geralmente por tumor hipofisário. As alterações presentes na acromegalia levam muito tempo para se estabelecerem (15 a 20 anos) e por isso as pessoas às vezes não notam a diferença. Em geral, as mulheres descobrem cerca de 10 anos antes que os homens, pois dão mais importância às alterações nas feições faciais. É um diagnóstico muitas vezes feito pelos dentistas, pois os pacientes apresentam progmatismo (crescimento mandibular), dentes afastados, hipertrofia da língua, dificuldade de oclusão dos dentes.  O sintoma pelo qual os pacientes mais procuram auxílio médico é a artralgia, causada pela desestruturação do esqueleto. A atrofia muscular é um dos sintomas mais tardios. Podem ocorrer também parestesias.  Ocorre aumento das extremidades, por isso é válido perguntar sobre anéis, relógios e pulseiras que deixaram de servir. Dedos em salsicha.  Ocorre também tórax em barril, pelo aumento das cartilagens costais, apnéia do sono.  Ocorre crescimento das partes moles: língua, nariz, orelhas, discos intervertebrais.  Os pacientes com acromegalia apresentam hipertensão arterial, que permanece mesmo após a cura da acromegalia.  Alterações visuais ocorrem porque o tumor pode comprimir o quiasma óptico.  A impotência sexual pode ser um dos primeiros sintomas nos homens se o tumor estiver comprimindo estruturas próximas à hipófise.  A cefaléia é freqüente e pode ocorrer por ação da massa do tumor (compressão) ou efeito vascular direto do GH.  Visceromegalia universal  Amenorréia, diminuição da libido, disfunção erétil  Hipoespermia  Voz rouca ou arrastada (espessamento das cordas vocais)  Pele oleosa e espessada, sudorese excessiva.  DM/intolerância a glicose, hipercalcemia  Apresentam maiores riscos para: Neoplasias malignas de cólon, tireóide, mama esôfago e estômago. Sinais e sintomas da acromegalia (% dos pacientes que apresentam):  aumento das partes moles: 100%  cefaléia: 64%  impotência: 58%  sudorese e seborréia na face: 50%  parestesia: 48%  artralgia: 42%  irregularidade menstrual: 40%  alteração do campo visual: 40%  galactorréia: 38%  diabetes mellitus: 34%  hipertensão arterial: 26%  bócio: 14%  Amenorréia:  Primária: atraso na maturação óssea com baixa estatura. Ex: S. Turner (ovários em fita, não funcionantes, insuficiência ovariana primária). docsity.com  Secundária: radioterapia, curetagem, sinéquias (aderência de paredes Ex.: Doença inflamatória pélvica)  Fisiológica: gravidez, lactação e menopausa.  Alterações Anatômicas: fusão labial, agenesia vaginal, hímen impérfuro.  Causas centrais: stress, desnurição, exercícios, anorexia nervosa.  Anovulação cônica: Ovários Policísticos: geralmente em obesas, com hirsutismo. o Bócio: é o aumento de volume da glândula, que pode ser difuso ou nodular. Pode ter provas da função normais. Devem-se avaliar alterações da função da glândula. Pode ser endêmica: por deficiência de iodo ou por substâncias bociogênicas. Pelo efeito de massa o paciente pode referir dispnéia, disfagia: compressão da traquéia e ou esôfago. Avaliar se está invadindo o tórax. Zonas endêmicas: mais de 10% da população tem bócio, comum em regiões longe do mar. Podem levar a hipo ou hipertireoidismo. Tem pior prognóstico em homens.  Cálcio (controle da Calcemia):  Hiperparatireoidismo:  Anorexia, náuseas, vômitos, constipação, dor abdominal, emagrecimento, pancreatite aguda.  Hipertensão, intervalo QP deturpado.  Queratite em banda=cálcio depositado na córnea e hipercalcemia, dores ósseas.  Complicações: bradicardia sinusal, aumento do bloqueio cardíaco, arritmia cardíaca, pancreatite.  Hipoparatireoidismo:  Geralmente estabelecido pós-cirurgia para retirada da tireóide.  Ocorre arritmia, tetania precedida de parestesias, câimbras e dormências.  Alta excitabilidade muscular  Alopécia cabelos secos, unhas frágeis, catarata.  Sinal de Chvoster: percussão na frente do pavilhão auditivo (saída do nervo facial da parótida) causa contratura da hemi-face e lábio superior (nervo facial).  Sinal de Trouseau: com a inflação do manguito, aumenta a pressão sistólica e o membro se contrai como uma garra (no início, o paciente refere cãibras – espasmo carpopídico).  Cushing: é uma hipersecreção de glicocorticóides (hipercortisolemia, produção excessiva) podendo ocorrer em 4 situações:  tumor hipofisário: ↑ACTH : ↑cortisol = Doença de Cushing  tumor em tronco médio: ↑hormônio ACTH símile: hiperplasia adrenal = Síndrome de Cushing  tumor de adrenal: ↑glicocorticóides = Cushing adrenal docsity.com  uso prolongado de corticóides = Cushing iatrogênico  uso crônico de antidepressivos podem simular Síndrome de Cushing. Essa síndrome se caracteriza por:  fáscies em lua cheia: arredondada, vermelha, com acne e hirsutismo.  A disposição de gordura é centrípeta, na transição cérvico-torácica posterior: giba  A pele é mais fina.  Hipertrofia muscular de braços e pernas.  Resistência á insulina: pode ocorrer diabetes, é comum haver hipertensão arterial.  Presença de equimoses, facilidade de sangramento.  Alterações psiquiátricas desde depressão até quadros psicóticos.  Nas crianças ocorre atraso do crescimento. Sinais e sintomas de Cushing (%):  obesidade central (95%)  hipertensão (80%)  glicosúria e pouca tolerância à glicose (80%)  disfunção sexual e menstrual (16%)  hirsutismo e acne (12%)  estrias (abdome e raiz dos membros) (67%)  debilidade (65%)  osteoporose (55%)  tendência a equimoses e hematomas (55%)  alterações psíquicas (50%)  poliúria (46%)  edema (46%)  alterações oculares (46%)  Diabetes Insipidus Central: faz parte das hiposecreções hipofisiárias. Causada por secreção deficiente de ADH. Ocorre por lesão dos núcleos supra-óptico e paraventriculares. Os rins ficam incapazes de concentrar urina. Aparece poliúria, sede (pacientes tem preferência por água gelada). É importante diferenciar DI hipotalâmico de DI nefrogênico e da polidipsia psicogênica. Na criança se verifica enurese. No EQU verifica-se densidade baixa da urina.  Diabetes Mellitus:  Queixas freqüentes: poliúria, polidipsia, polifagia, emagrecimento, feridas que não cicatrizam, casos na família.  Exame físico: medida da PA em diferentes posições verificando diferença de 10mmHg, uso de monofilamento, diapasão.  Sinal patognomônico: acantose nigricans.  É importante avaliar os pontos onde o paciente aplica insulina, pois nesses locais podem existir: nódulos, atrofias, hipertrofias, depressões, etc. Evitar que isso aconteça, fazendo uso de insulina purificada e rodízios dos locais de aplicação. docsity.com IMC = peso (Kg) altura² (m ²) Normal: 18,5 a 24,9 Sobrepeso: 25 a 29,9 Obesidade: acima de 30  Puberdade Atrasada: (hipogonadismo): a causa endócrina é o hipogonadismo hipogonadotrófico. Pode ser problema no hipotálamo (baixa produção de hormônio liberador de FSH e LH – GnRH). Nestes casos as taxas de FSH e LH são muito baixas. Quando o problema não está no hipotálamo nem na hipófise (origem não endócrina) é o hipogonadismo hipergonadotrófico, os problemas são gonadais. Palato em ogiva, pernas maiores que a parte superior do tronco, ginecomastia no homem, na mulher implantação mais baixa das orelhas, baixa estatura, mau formações congênitas cardiovasculares, giba, hipertelorismo mamário. S.Klinefelter e Turner.  Síndrome de Sheehan (pan-hipohipofisiarismo): Acontece após partos complicados onde há intensa hemorragia, o que pode levar à isquemia da hipófise (infarto pituitário/ 60 – 70% dos casos). Os primeiros sinais aparecem logo após o parto: amenorréia, agalactia (pela falta de prolactina). São mulheres que não conseguem amamentar seus bebês. Os sinais mais tardios ocorrem de 15 a 20 anos após o parto: a falta de GH é raramente percebida, a falta de LH e FSH levam à amenorréia (encarada pelas pacientes como menopausa precoce), a falta de TSH leva a um hipotireoidismo central, a falta de ACTH é a mais tardia, a mais grave e a que geralmente leva ao diagnóstico. A paciente, pela insuficiência adrenal, faz hipotensão, entra em choque, e se não for feito um diagnóstico rápido, pode evoluir para morte. Na anamnese é muito importante investigar como foram os partos da paciente, se houve complicações, hemorragias, etc. A síndrome de Sheehan acomete 65% de mulheres e 35% de homens, idade média de maior incidência 41 anos, mais comum que a falta de apenas 1 hormônio. No homem causa impotência, redução do volume testicular, oligospermia, distúrbios psicológicos. Características das mulheres com síndrome de Sheehan:  Fáscies característica: cara de palhaço (descorada)  Peles secas, pálidas, com rugas ao redor da boca (falta de estrogênio)  Depressão, cansaço, adinamia, indisposição.  Dificuldade de concentração  Perda de pêlos axilares e pubianos (androgênios)  Pode haver atrofia mamária, flacidez mamária.  Atrofia vaginal, dificuldade em manter relações sexuais.  Distúrbios psicológicos  Perda da libido  Tireóide: docsity.com Durante a inspeção da tireóide é possível notar o aparecimento de nódulos na glândula, principalmente unilaterais e a presença de bócio. São mais visualizados quando o paciente engole. A palpação é melhor quando feita por trás do paciente. Ao palpar a tireóide é importante descrever: Descrever tamanho em polpas digitais  tamanho e simetria: em polpas digitais  consistência: normal é elástica; bem firme pode indicar tireoidite.  Mobilidade: aderência é mau sinal  superfície regular ou não (nódulos)  sensibilidade: não é muito importante, pois em 94% dos casos a tireóide não dói. Existem apenas dois situações em que ocorre dor: tireoidite aguda ou subaguda. Algumas lesões benignas podem causar nódulos: adenoma da tireóide, adenoma de paratireóide, aneurisma, bócio multinodular, cisto de ducto tireoglosso, cisto de tireóide ou paratireóide, broncocele, fibrose local, tireoidite, laringoceles, higroma, etc. Hipotireoidismo: Mais comum em mulheres. O hipotireoidismo pode acontecer intra-útero ou nos primeiros anos de vida: filhos de mães com hipotireoidismo, bebês com hipotireoidismo, bebês sem tireóide. È determinado pelo teste do pezinho. Os hormônios tireóideos são necessários para a maturação do SNC, sua falta pode levar ao déficit mental severo, déficit neuro-psicomotor se não tratado, o bebê começa a falar e andar tardiamente. Presença de macroglossia e hérnia umbilical. Leva a baixa estatura, sonolência. Antigamente esse quadro era chamado de cretinismo. Sintomas  fadiga, letargia, sonolência.  intolerância ao frio  constipação intestinal  sudorese reduzida  parestesias, câimbras musculares.  audição diminuída  ansiedade, nervosismo.  lentidão mental Sinais  lentidão de movimento  pele seca e fria, cor palha amarelada, pele descamativa, cabelos ásperos, ressecados, quebradiços, alopécia ou rarefação dos cabelos.  bradicardia  reflexos tendinosos profundos retardados  rouquidão  aumento de peso, obesidade.  Palidez, edema de mãos e pés, fossa supraclavicular também ocupada por edema.  hipertensão arterial, hipercolesterolemia e anemia.  madarose: perda da parte externa das sobrancelhas docsity.com  fáscies mixedematosa: fisionomia apática, pele infiltrada, bolsas subpalpebrais, enoftalmia, macroglossia, edema periorbitário Hipertireoidismo: É de instalação mais rápida que o hipotireoidismo. Mais comum e mulheres. (7:1). As três causas mais comuns de hipertireoidismo são:  doença de Basedow-Graves (bócio difuso)  doença de Plimmer (bócio uninodular tóxico)  bócio multinodular tóxico Sintomas  nervosismo, intranqüilidade, agitação.  sudorese, palpitações em repouso.  hipersensibilidade ao calor  astenia, perda de peso, aumento do apetite, debilidade muscular.  sede exagerada, pele quente e úmida.  dispnéia, diarréia.  sintomas oculares: exoftalmia- o olho fica mais exposto porque a pálpebra não se fecha adequadamente, pode levar à conjuntivite, lacrimejamento, hiperemia, dor, dificuldade de movimentação do olho, fotofobia. Pode ser unilateral.  cabelo oleoso, queda de cabelo, cabelos brancos mais precocemente.  edema de MMII Sinais  taquicardia  bócio (Basedow-Graves)  tremores de extremidades  onicólise: descolamento de unhas do leito ungueal (unhas de Plummer)  fibrilação atrial  hepatoesplenomegalia  eritema palmar (vasodilatação periférica)  sopros e frêmitos na tireóide (pelo aumento da vascularização)  ginecomastia OBS.: Doença de Basedow-Graves: uma das formas mais comuns de hipertireoidismo. É uma doença auto-imune, os anticorpos estão dirigidos contra os receptores de TSH dos tireócitos. Síndrome: bócio difuso, alterações vasculares, exoftalmia, sintomas decorrentes dos altos níveis de T3 e T4 circulantes. docsity.com  obesidade  sedentarismo  dislipidemia: aumento de colesterol e triglicerídeos (LDL e TG)  ACO (anticoncepcional oral)  Tabagismo  Faixa etária (Pacientes antes da menopausa estão mais protegidas das coronariopatias).  Hereditariedade (predisposição genética)  Estresse (descarga de adrenalina causa sobrecarga cardíaca)  HAS  DM  ECG alterado Cardiapatias isquêmicas: Conceito: É um sofrimento do músculo cardíaco devido à diminuição na taxa de O 2 oferecida. Pode ser chamada de miocardiopatia isquêmica quando a doença é crônica e ocorre insuficiência muscular progressiva. As artérias coronárias são responsáveis por levar O 2 para as fibras miocárdicas. Grande parte das cardiopatias isquêmicas s ão secundárias a problemas na árvore coronariana. Tudo que pode dificultar a chegada de sangue às fibras musculares do coração chama-se cardiopatia isquêmica. Incidência/Prevalência: A C.I. tem alta prevalência na população, apesar do grande avanço tecnológico na área da cardiologia. Por isso, o importante é a prevenção. As doenças cardiocirculatórias (incluindo AVCs) são as de maior mortalidade. Grandes investimentos são feitos no tratamento da C.I. mas poucos no diagnóstico precoce. Evolução da C.I.: os pacientes podem ser assintomáticos e até ter morte súbita. A pessoa pode estar levando uma vida normal e ter uma doença coronariana gravíssima e nem saber. A morte súbita pode ser a primeira e única manifestação de C.I.. Outras manifestações são: palpitações (arritmias), dor, manifestações de insuficiência cardíaca esquerda (dispnéia noturna). Em torno de 30% a 40% dos pacientes que infartam tem morte súbita. Por isso é importante valorizar toda a sintomatologia trazida pelos pacientes, inclusive quadros atípicos. Causas/Classificação: docsity.com A CI pode ser obstrutiva (aterosclerose) ou não-obstrutiva (ex.: tortuosidade de coronariana, espasmo coronariano, hipertrofia de VE, miocardiopatia, sepsis) Essas causas podem estar só ou combinadas. A CI é uma patologia que atinge as coronárias, pode manifestar-se de forma aguda ou crônica.  manifestação aguda: IAM ou morte súbita.  manifestação crônica: angina. Os pacientes com diabetes podem apresentar a doença sem sintomatologia (IAM silencioso) e manifestações difusas nas coronárias. A aterosclerose é um processo de obstrução (placa de ateroma) na íntima dos vasos em direção à luz. A placa de ateroma é composta de fibrócitos, gordura etc. O que diferencia esse processo é a velocidade de envelhecimento dos vasos. A velocidade de formação dessa placa de ateroma é variável, pode levar anos para a obstrução chegar a 50% e alguns minutos para atingir 100%. A CI reflete uma insuficiência coronariana que reflete o desequilíbrio entre a oferta e o consumo de O2. A pressão do sangue contra o endotélio vascular abaulado aumenta e isso diminui a oferta de sangue no fim do vaso. Antigamente achava-se que a placa de ateroma crescia até obstruir totalmente o vaso, cessando a circulação e causando o infarto. Hoje se sabe que não é isso que acontece. Na verdade, essa placa de ateroma vai crescendo e começa a consumir O2 para seu metabolismo próprio. O endotélio vascular vai tornando-se mais fino e a pressão sobre ele vai aumentando, até que o vaso rompe. Com isso ocorre um processo de agregação plaquetária que leva a formação de um trombo que obstrui o vaso (trombose). Classificação da angina: (diferentes manifestações clínicas da CI)  Dor da angina: desencadeada por esforços ou depois da ingesta exagerada de alimentos, após evolui para médios esforços até ter-la em repouso, tem evolução gradual, não paroxística (tem início, fase de ascensão e platô e fim, não é de início súbito), retroesternal, opressiva, pode ser também dilacerante ou ardente, de forte intensidade, que se manifesta aos esforços ou em repouso em reposta ao estresse. É de curta duração (15 a 30min) e alivia ao repouso e com o uso de vasodilatador sublingual (nitratos).  Local sede e irradiação: Limites topográficos devido à origem embriológica. A dor não corre de um lugar ao outro ela aparece isolada nos pontos de irradiação.  parede anterior do tórax (fúrcula)  MMSS total ou parcialmente, se acometer parcialmente é esperada na região medial, cubital  Posterior aos pavilhões auriculares (não se espera no pavilhão auricular)  Parte posterior do tórax (inter-escapular, dor transfigurante) docsity.com  Pescoço (região anterior e lateral ; não se espera na região posterior)  Arcada dentária inferior (limite inferior da mandíbula, soalho da boca, tronco da língua)  Epigástrio (devido à isquemia da parede inferior do coração, zona de irrigação da coronária direita) Angina Estável: é a clássica. A dor dura de 5 a 10 minutos. Nos últimos 3 meses não houve mudança na intensidade ou na freqüência da dor frente aos mesmos esforços (características da dor constante). Melhora com nitratos. Não fica dor residual depois de passada. É preciso atentar por que o paciente pode acostumar-se com a doença e diminuir os esforços, aí pensa que a dor não piorou. Corresponde a um comprometimento de cerca de 70% da coronária. Paciente conhece à quantidade de esforço que desencadeia a dor. Angina Instável: nos últimos 3 meses houve mudança na intensidade e freqüência da dor frente aos mesmos esforços. É preciso investigar imediatamente: cateterismo, cintilografia miocárdica, anticoagulograma. Não pedir eletro de esforço. Dor dura mais tempo, mais intensa, aparece em repouso, sem alívio com o uso de nitrato sublingual, mais freqüente. Grau de isquemia mais severo. Exame físico pode estar normal, alterações no ECG de repouso durante a dor, pré- infarto, médico precisa evitar o infarto com medicação, hospitalização. Angina de início recente: os sintomas aparecem a menos de 3 meses e evoluem rapidamente. Indica gravidade. É mais raro aparecer em idosos. Comum em pessoas de 35 – 45 anos. Angina Prinz-Metal: está relacionado ao vaso espasmo coronariano, que pode ocorrer em coronária normal ou em lesão coronariana prévia. É recorrente. O paciente realiza esforços e não sente nada. À noite surge uma dor intensa que acorda o paciente. Isso acontece porque as catecolaminas são liberadas tardiamente, aumentando o trabalho cardíaco e o consumo de O2, ou seja, o stress orgânico acontece cerca de 6 horas após o esforço físico. No momento em que o paciente está com dor o ECG estará alterado, quando a dor passa o ECG normaliza. Pode ser confundida com sintomas gástricos (DRGE). É indicado o teste terapêutico: usar vasodilatador, se cessar a dor, o problema é coronariano. Também chamada angina de decúbito. Síndrome Intermediária ou Angina Pré-IAM : a primeira impressão que se tem do paciente é que ele está infartando, mas o quadro clínico é diferente. Os sintomas duram menos de 30 minutos a dor não é tão forte quanto a de um IAM. No ECG não há necrose. Na dosagem laboratorial das enzimas séricas, estas não estão muito elevadas. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): ocorre isquemia, lesão e necrose. Os sintomas duram mais de 30 minutos, dor forte e duradoura, taquicardia. Apresenta necrose (onda Q), as enzimas estão bem alteradas. Sensação docsity.com OBS.: PAs > 160mmHg Pad> 85 mmHg Sintomas:  cefaléia occipital (diagnóstico diferencial da musculatura da coluna cervical)  escotomas cintilantes  sensação de estar “flutuando”  sintomas de aumento da PIC (dor no globo ocular, sensação de tontura, zumbido nos ouvidos e palpitação) Manifestações da HAS sobre o organismo  coronariopatias  hipertrofia do VE (leva a uma má oxigenação do miocárdio que pode causar angina sem coronariopatia)  insuficiência renal  AVC: pode levar a hemiplegia, hemiparesia ou ser total  Cegueira (atua sobre os vasos da retina)  Arteriosclerose das carótidas (pode levar à síncope) Fatores coadjuvantes:  ACO  Sedentarismo  Ingesta de sal  Obesidade Obs: Fumo e colesterol não aumentam de modo significativo a PA, porém devem ser controlados pois se associados à HAS são fatores de maior risco para as coronariopatias. 3.MIOCARDIPATIAS: comprometimento do músculo cardíaco sem alterações de coronárias, pericárdio e endocárdio. Miocardiopatia Hipertrófica:  etiologia desconhecida  mais comum na reça negra e em pessoas que sobrecarregam demasiadamente o coração como os estivadores e os atletas  crescimento do septo interventricular principalmente no lado esquerdo  é causa de angina  faixa etária : 15 a 30 anos Doença de Chagas: Miocardiopatia Dilatada  acomete o sistema elétrico e o sistema de condução cardíaco ( plexos nervosos) docsity.com  ocorre enfraquecimento do miocárdio devido a metabólitos do T. cruzi, bem como inflamação do músculo cardíaco  leva a ICE e ICD concomitantemente Miocardiopatia Alcoólica:  degeneração das fibras cardíacas que perdem a capacidade contrátil levando à dilatação das câmaras Miocardite ou Miopericardite:  pode ser processo viral e agudo  em crianças podem ser decorrentes de infecções pulmonares que, por proximidade, acometam, principalmente o pericárdio e logo após se propaguem ao miocárdio, geralmente são benignas e evoluem bem. 4.VALVULOPATIAS: Não causam dor, causam febrícula e IC, alterações importantes em exame físico são os sopros. Febre reumática:  causada por Streptococcus beta-hemolíticos do grupo A, causam infecção respiratória alta.  Esta bactéria induz o organismo a produzir anticorpos contra ela porém os anticorpos também atacam o tecido conjuntivo do paciente (colagenose), produzindo reumatismo das grandes articulações (acomete uma de cada vez  migra) e comprometendo as válvulas cardíacas. A bactéria fica confinada nas válvulas superiores. É uma doença autolimitante e de quadro agudo, as alterações articulares voltam ao normal sem nenhum prejuízo, porém as válvulas cardíacas sofrem um processo de cicatrização levando-as a uma disfunção.. A longo prazo as valvulopatias podem levar a insufici6encia cardíaca. Acometem principalmente as válvulas E.  reinfecção por beta-hemolíticos causa uma lesão valvular adicional. Para prevenir recidiva aplica-se mensalmente penicilina benzatina.  faixa etária : entre 4 e 25 anos. Insuficiência ou Estenose: Acomete as válvulas do lado esquerdo (mitral é mais frequente e aórtica) A insuficiência da tricúspide pode ocorrer por aumento da pressão retrógrada, causada pela ICE. Endocardite Infecciosa: docsity.com É uma infecção do endocárdio que pode Ter como porta de entrada qualquer infecção prévia em outro ponto do organismo acometendo pacientes com válvulas previamente comprometidas. Valvulopatias da febre reumática é fator predisponente à endocardite bacteriana. A endocardite pode acometer pacientes imunodeprimidos onde as válvulas são normais (ex.: drogaditos). O processo infeccioso se caracteriza por:  picos febris  anemia  insuficiência cardíaca  prostação  alteração de ecocardiograma 5.INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: é uma dificuldade (falência) do coração em manter sua função, ou seja, é a dificuldade do coração de bombear a quantidade necessária de sangue para nutrir os tecidos num determinado momento. Incapacidade para manter débito cardíaco com o volume adequado de sangue. Todas as cardiopatias tendem a levar a uma IC, mas não necessariamente. É um diagnóstico sindrômico: conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma patologia. Fatores desencadeantes:  Infecções (aumenta o trabalho do organismo: aumenta o trabalho cardíaco)  Abandono do Tratamento  principal fator desencadeante Etiologia: A IC pode estar na dependência de fatores extrínsecos ou intrínsecos.  Cardiopatia Isquêmica: a diminuição da irrigação sangüínea do músculo cardíaco promove a perda da contratilidade do mesmo.  Vavulopatias;  Defeitos congênitos – shunts;  Defeitos miocárdicos.  Sobrecarga de pressão: Ocorre aumento da pós-carga, ou seja, o coração passa a trabalhar com uma resistência aumentada; portanto, com uma maior pressão. Ex: HAS  Sobrecarga de volume: Ocorre aumento da pré-carga, ou seja, aumenta o volume de sangue que chega ao coração; sendo assim, este passa a manejar com um volume inadequado. Ex: anemia, valvulopatias (insuficiência aórtica e/ou mitral).  Miocardites;  Miocardiopatias. docsity.com ↓ VD sofre pressão para esvaziar o sangue no pulmão ↓ VD torna-se insuficiente e transmite pressão para o AD, que transmite pressão para vasos sistêmicos Sinais e sintomas: São consequências ou do baixo DC ou da congestão venosa pulmonar  ASTENIA : musculatura facilmente fatigável devido a irrigação deficiente.  Convergência Pressórica : diferencial entre as pressões, é pequeno – pressão sistólica baixa, pois depende do DC e a pressão diastólica se mantem ou aumenta por vasoconstrição sistêmica dos vasos de pequeno calibre. Ex.: 90/80 mmHg.  Taquicardia  Palidez Cutânea (frialdade) por vasoconstrição periférica.  Oligúria  Cansaço  Congestão Venosa Pulmonar  Dispnéia Progressiva (evolução lenta, começando aos grandes esforços evoluindo para dispnéia paroxística noturna e ortopnéia) e dispnéia paroxística noturna (aumento do Retorno Venoso). Grau da IC de acordo com a dispnéia: o Grau I – dispnéia aos grandes esforços (GE); o Grau II – dispnéia aos médios esforços (ME); o Grau III – dispnéia aos pequenos esforços (PE); o Graus IV – edema agudo de pulmão (EAP). O paciente tem intensa dispnéia, pode estar transudando pela boca.  Edema Agudo de Pulmão: líquido do vaso para dentro do alvéolo não permitindo as trocas gasosas. : manifestação mais grave da congestão venosa pulmonar pode Ter início súbito, por exemplo paciente em crise hipertensiva que não dá tempo ao coração de iniciar os mecanismos adaptativos. Pode causar por si só: docsity.com dispnéia, tosse com hemoptise, estertores bolhosos, edema durante o dia e sumindo pela manhã (simétrico, cacifo indolor, sem alterações inflamatórias) aumento da pressão diastólica e diminuição da sistólica congestão hepática  Derrame pleural: passagem de líquido para a serosa que reveste o pulmão  Tosse por congestão pulmonar: geralmente ocorre em decúbito.  Tontura, perda de consciência (nas mais severas). Sintomas e sinais gerados a partir da “invasão” no átrio direito:  turgência jugular  edema de MMII (principalmente perimaleolar)  fígado aumentado, dolorido, com borda arredondada  ascite  anasarca INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA Etiologia: principalmente ICE Fisiopatologia: ICE   docsity.com PRESSÃO VENOSA PULMONAR   PRESSÃO DAS ARTERIAS PULMONARES   PRESSÃO DO VD   PRESSÃO DO AD   PRESSÃO SISTÊMICA Sinais e sintomas: Quando o coração direito entra em falência causa sinais e sintomas de congestão venosa sistêmica.  edema: mole, frio, principamente MMII, vespertino, se o paciente estiver deitado pode ser localizado na região sacral  nictúria docsity.com o Esquerda: edema pulmonar o Direita: edema vascular periférico Manifestações anterógradas: Com a sístole pouco eficiente, o volume sangüíneo ejetado é menor e ocorre vasoconstrição arteriolar, as células do corpo sofrem com isso; ocorre tontura, desmaio aos esforços, sensação de cansaço generalizado. Esses sintomas costumam surgir bem depois da dispnéia. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIASTÓLICA: Ocorre por hipodiastolia, ou seja, há dificuldade de dilatação ventricular. Ocorre, por exemplo, na hipertensão. O miocárdio responde a catecolaminas da mesma forma que os vasos periféricos. Com o aumento de força da contração miocárdica ocorre vasoconstrição arteriolar, isso causa hipertrofia ventricular. Como a sístole foi mais eficiente não fica volume residual maior; na diástole, haverá dificuldade de dilatação. O átrio esquerdo terá dificuldade de enviar sangue para o ventrículo, isso aumenta a pressão intra-atrial e ocorre edema pulmonar com todas as complicações. Outro exemplo é a pericardite (o pericárdio faz a defesa do coração; sua inflamação pode ocorrer por TBC, por exemplo). Na pericardite, o pericárdio inflamado passa a funcionar como uma “carapaça” e o coração encarcerado tem dificuldade de relaxar. O ictus estará em posição normal, porém mais duro, mais musculoso, batendo de forma mais demorada. Obs: I.C. Sistólica  Coração dilatado. I.C. Diastólica  Coração hipertrófico. Com o passar dos anos começa a haver I.C. sistólica também. Manisfestações semiológicas: ritmo de galope com quarta bulha. Sopre tele diastólico. Tratamento das Insuficiências Cardíacas A) I.C. Sistólica docsity.com - aumentar a força contrátil do coração: usar digitálico - diminuir a volemia: diuréticos (furosemida, espironolactona, hidroclorotiazida) - facilitar o esvaziamento do VE: vasodilatador arteriolar (arteriodilatador)  antagonista da ECA - diminuir a pré-carga: venulodilatador (vasodilatador venoso  nitratos) Obs :a vasoconstrição arteriolar aumenta a pós-carga, aumentando a resistência ao esvaziamento; estenose da válvula aórtica. -  bloqueador: bloqueador dos receptores  das catecolaminas endógenas (adrenalina e acetilcolina. A princípio diminuiria a força contrátil do coração; mas diminui a freqüência cardíaca, o que distende mais as fibras e, pela lei de Frank-Starling, aumenta a força de contração do coração. Também diminui o consumo de O2 pelo músculo cardíaco minimizando a remodelação danosa do VE. - Associação  +  bloqueador: carvedilol  dilatação ventricular. - Medidas Gerais: repouso (depende do caso); dieta hipossódica. docsity.com B) I.C. Diastólica: Na insuficiência cardíaca diastólica não há problema de força. - não usar digitálico (que tem inotropismo positivo) - arteriodilatador. - aliviar congestão venosa pulmonar e sistêmica: diurético. - usar venodilatador para diminuir o retorno venoso. - o  bloqueador é questionado. Obs: A ação terapêutica para indivíduos com IC visa diminuir a pré-carga, diminuir a pós-carga e/ou melhorar a contração do coração. E ela estará compensada quando, em repouso ou sob medicação, não houver manifestação de sinais e sintomas. Quando descompensada surge ao mínimo esforço e mesmo sob medicação há manifestação de sinais e sintomas. Não há estertores, B3 e B4, a FC está normal em um indivíduo compensado. 6.CORPULMONALE: Crônico: Designa sobrecarga do lado direito do coração decorrente de DPOC (bronquite, asma, enfisema). Leito capilar pulmonar obstruído  Resistência aumentada para o esvaziamento do VD  Hipertrofia do VD  Dilatação do VD (falência)  VD insuficiente transmite pressão para o AD  docsity.com que restavam imobilizados por ação do fumo voltaram a mover-se pela ausência do fumo e começaram também a tentar eliminar substâncias indesejadas. No pulmão há normalmente um equilíbrio entre enzimas proteolíticas (que digerem o pulmão) e enzimas antiproteolíticas (que protegem o pulmão). O fumo acaba com este equilíbrio e acaba ocorrendo destruição do parênquima pulmonar. A única maneira de reverter este quadro é fazer transplante de pulmão, no entanto, o paciente fumante não vai a transplante. O importante é convencer o paciente a parar de fumar, pois assim, poderá ter uma sobrevida maior. É o principal fator de risco que contribui para a DPOC (80 a 90%). 15% dos fumantes desenvolvem DPOC. O fumo reduz a VEF1 anualmente, principalmente em fumantes pesados – até 80mL/ano. Até hoje, não é comprovado que fumo passivo é fator de risco para DPOC, mas está provado que é fator de risco para infecções respiratórias em crianças de mães fumantes. O fumo passivo também é fator de risco para câncer pulmonar: a corrente lateral da fumaça do cigarro e a fumaça exalada possuem mais substâncias carcinogênicas que a corrente inalada para o pulmão.  Baixo nível socioeconômico: o fumo está diretamente associado ao baixo nível socioeconômico. As pessoas mais pobres e de menor escolaridade fumam mais, fumam cigarro de menor qualidade (“enroladinho” – mais prejudicial pois não tem filtro).  Exposições ocupacionais: pessoas que trabalham em ambientes altamente poluídos são mais predispostas a ter DPOC. Poluição ambiental.  Moradia urbana: a população que vive na zona urbana tem mais DPOC que a população da zona rural.  infecções na infância: várias infecções respiratórias agudas mal-tratadas na infância geram mais chance do paciente desenvolver DPOC, principalmente se forem fumantes na vida adulta.  Hereditariedade: existe um tipo de enfisema pulmonar por deficiência de α 1-antitripsina (esta enzima defende o pulmão), que atinge principalmente homens com cerca de 30-40 anos, tem um péssimo prognóstico e alta mortalidade, apesar de ser raro (1%). A α 1-antitripsina é uma enzima antiprotease e a sua deficiência irá desequilibrar o funcionamento do pulmão, que sofrerá ação maior da elastase, que afeta a integridade pulmonar. A elastase está presente nos macrófagos e é liberada em reações inflamatórias/infecciosas. Observa-se DPOC por deficiência de α 1-antitripsina, como foi dito, em pacientes jovens, com história familiar (genética) de deficiência desta enzima. É um enfisema pulmonar severo, observado no RX em bases, diferentemente do enfisema por outras etiologias que se apresenta mais em ápices. Pode haver bronquite crônica associada.  Hiper-reatividade brônquica;  Outros: sexo (mais em homens); raça (mais em brancos); estado sócio-econômico (mais em pobres); exposição ocupacional (agentes desencadeantes/agravantes).  Diagnóstico: História Clínica: tosse Sibilos Dispnéia ao esforço de evolução progressiva Hemoptise e dor (menos comuns) docsity.com História de fumo Exame Físico: Inspeção: Tórax hiperinsuflado, em barril Expansibilidade diminuída Dispnéia Taquipnéia; Fase expiratória prolongada; Respiração com lábios semicerrados; Ritmo respiratório obstruído Uso de musculatura acessória; Tiragem intercostal (principalmente no enfisema) Cianose. sinal de Hoover – rebaixamento do diafragma. O diafragma perde a capacidade de contração, e quando a pessoa inspira, há aumento de sua caixa torácica. Palpação: expansibilidade diminuída; frêmito toracovocal (FTV) diminuído no enfisema pulmonar; na bronquite crônica o FTV é dito brônquico (semelhante ao “ronronar” de um gato – devido à secreção); o espaço entre a fúrcula e a cartilagem cricóide está diminuído (o espaço normal são 4 dedos; nos DPOCs, 2) pela hiperinsuflação do pulmão. Percussão: Hiperressonância Ausculta: Diminuição do murmúrio; docsity.com Sibilos; Crepitações. Estertores bolhosos, principalmente na bronquite , indicando presença de secreção Outros: ▬ Cor pulmonale: características de IC direita causada por uma doença pulmonar. ▪ edema de MMII; ▪ turgência jugular; ▪ refluxo hepatojugular; ▪ cianose; ▪ hepatomegalia. ▬ Baqueteamento digital. Ectoscopia: ▬ Pink-puffers: tipo A (enfisema pulmonar) – indivíduo magro, rosado, longilíneo, usa o ponto de ancoragem, dispnéia intensa. ▬ Blue-bloaters: tipo B (bronquite crônica) – indivíduo gordo, fácies pletórica (face borrachuda, inchada, vermelha), cianótico, não utiliza ponto de ancoragem, dispnéia discreta, apresenta mais hipoxemia e hipercapnia. Exames complementares: RX de tórax; Tomografia de tórax; docsity.com
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