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Guias e Dicas
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Coleta Seletiva e Reaproveitamento, Provas de Engenharia Ambiental

Coleta Seletiva e Reaproveitamento

Tipologia: Provas

2010

Compartilhado em 20/02/2010

juceliane-figueiredo-10
juceliane-figueiredo-10 🇧🇷

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Baixe Coleta Seletiva e Reaproveitamento e outras Provas em PDF para Engenharia Ambiental, somente na Docsity! ISO 14000 E A ANÁLISE DO CICLO DA VIDA: COLETA SELETIVA E REAPROVEITAMENTO Juceliane Gonçalves Figueiredo 200917040220 S1 – Engenharia Ambiental “Você pode não ser responsável por sua origem, mas certamente é responsável por seu futuro e de suas gerações.” (Autor desconhecido) MARACANAÚ 2009 1 1 INTRODUÇÃO Este trabalho consiste em apresentar a minimização dos resíduos através da coleta seletiva e o reaproveitamento dos mesmos através da reciclagem diminuindo assim os danos e impactos causados pelos mesmos à natureza fazendo este processo integrante do Sistema de Gestão Ambiental –SGA. Serão apresentados conceitos e definições de lixo e resíduo com o objetivo de que se entendam os danos trazidos a natureza e o impacto na qualidade de vida das gerações vindouras devido ao longo período de decomposição dos mesmos causando entupimento de bueiros, poluições atmosféricas, de rios, mares e lagoas. Além de trazer como solução a coleta seletiva e a reciclagem a fim de minimizar estes impactos considerando que a sensibilização do homem para o aspecto ambiental é o princípio de uma qualidade de vida melhor em um futuro próximo. • aparas de papel; • fotocópias; • envelopes; • rascunhos; • cartazes velhos; • papel de fax. • papéis metalizados; • papéis parafinados; • papéis plastificados; • guardanapos; • bitucas de cigarro; • fotografias MET AL Bauxita+Siderita Peperita Magnetita+Ferro Carbono+Cupirita NÃO RENOVÁVEIS Alumínio Ferro Aço Cobre • 1 T de alumínio reciclado evita a extração de 5 T de minério. • 100 T de aço reciclado poupam 27 kWh de energia elétrica e 5 árvores usadas como carvão no processamento de minério de ferro. • Folha-de-flandres • tampinha de garrafa; • latas de óleo, leite em pó e conservas; • latas de refrigerante, cerveja e suco; • alumínio; • embalagens metálicas de congelados • clips; • grampos; • esponjas de aço; • tachinhas; • pregos; • canos PLÁS TICO Petróleo NÃO-RENOVÁVEL Nafta • 100 T de plástico reciclado evitam a extração de 1 T de petróleo. • canos e tubos; • sacos; • CDs; • Disquetes; • embalagens de margarina e produtos de limpeza; • embalagens PET de refrigerante, suco e óleo de cozinha • plásticos em geral • cabos de panela; • tomadas VIDR O Areia NÃO-RENOVÁVEL Sílica, barrílica, feldspato calcário • 1 T de vidro reciclado evita a extração de 1,3 T de areia. • recipientes em geral; • garrafas; • copos. • espelhos; • vidros planos e cristais; • cerâmicas e porcelanas; • Tubos de TV’s e computadores Tabela 1 – Quadro orientativo material x recursos naturais x quantidade x recicláveis x não recicláveis É de suma importância a coleta seletiva no Sistema de Gestão Ambienta (SGA), pois este prevê desde a origem da matéria-prima necessária à realização do produto, seu desenvolvimento de forma sustentável no meio ambiente, ao resíduo gerado após o processo de realização do produto, bem como seu tratamento e reaproveitamento através da análise do ciclo da vida. 2. O LIXO De forma geral podemos considerar como lixo tudo o que nós não queremos, o que não usamos e jogamos fora, os desperdícios, o que vai para a lixeira, tudo o que não presta. Resíduo ou lixo, é qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar. Por fim, tudo que não serve mais para sua utilização ou consumo é lixo, entretanto o que para nós é lixo para outros é fonte de renda ou mesmo sobrevivência. São várias as formas possíveis de se classificar o lixo, pois podem ser: • por sua natureza física: seco e molhado; • por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica • pelos riscos potenciais ao meio ambiente: perigosos, não-inertes Normalmente, os resíduos são definidos segundo sua origem e classificados de acordo com o seu risco em relação ao homem e ao meio ambiente em resíduos urbanos e resíduos especiais. Resíduos Sólidos Urbanos – são constituídos pelo lixo que produzimos nas nossas casas, empresas, escolas, lojas, desde que a sua constituição e natureza sejam semelhantes. Nestes resíduos encontram-se: papel, papelão, vidro, latas, plásticos, trapos, folhas, galhos e terra, restos de alimentos, madeira e todos os outros detritos apresentados à coleta nas portas das casas pelos habitantes das cidades ou lançados nas ruas. Resíduos especiais – são aqueles gerados em indústrias ou em serviços de saúde, como hospitais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente, exigem maiores cuidados no seu acondicionamento, transporte, tratamento específico e destino final de acordo com seu grau de periculosidade. Também se incluem nesta categoria os materiais radioativos, alimentos ou medicamentos com data vencida ou deteriorados, resíduos de matadouros, inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e dos restos de embalagem de inseticida e herbicida empregados na área rural. De acordo com a norma NBR-10 004 da ABTN -- Associação Brasileira de Normas Técnicas, estes resíduos são classificados em: Classe I – Perigosos – São os que apresentam riscos ao meio ambiente e exigem tratamento e disposição especiais, ou que apresentam riscos à saúde pública. Classe II - Não-Inertes – São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico. Classe III – Inertes – São os resíduos que não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo, são resíduos como restos de construção, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações. Os resíduos compreendidos nas Classes II e III podem ser incinerados ou dispostos em aterros sanitários, desde que preparados para tal fim e que estejam submetidos aos controles e monitoramento ambientais. Os resíduos Classe I - Perigosos, somente podem ser dispostos em aterros construídos especialmente para tais resíduos, ou devem ser queimados em incineradores especiais. Nesta classe, inserem-se os resíduos da área rural, basicamente, as embalagens de pesticidas ou de herbicidas e os resíduos gerados em indústrias químicas e farmacêuticas. Uma outra classificação dos resíduos pela origem, pode ser também apresentada: o lixo domiciliar, comercial, de varrição e feiras livres, serviços de saúde e hospitalares; portos, aeroportos e terminais ferro e rodoviários, industriais, agrícolas e entulhos. A descrição destes tipos é apresentada na sequência e a responsabilidade pelo seu gerenciamento é apresentada na Tabela a seguir: Tipo de Resíduo Descrição por tipo DomiciliarAquele originado da vida diária das residências, constituído por setores de alimentos (tais como, cascas de frutas, verduras etc.), produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Contém, ainda, alguns resíduos que podem ser tóxicos. ComercialAquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes etc. O lixo destes estabelecimentos e serviços tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários, tais como, papel toalha, papel higiênico etc. Os impactos mais perceptíveis são os visuais e os olfativos, para além da frequente proliferação de insetos, roedores e aves. (Fig. 3 – lixão) Centenas de catadores de lixo vivem e ganham seu sustento a partir do que não nos tem serventia. Então há de se considerar que descartamos muitas das vezes algo que serve para reutilização ou reciclagem. (Fig. 4 – catadores de lixo) Compostagem – é um processo biológico de reciclagem de matéria orgânica e nutrientes, realizada por microrganismos na presença do oxigênio do ar, daí resultando a produção de um fertilizante natural e calor (elimina os microrganismos patogênicos). Em condições de ausência de oxigênio, dá-se a fermentação libertando biogás e maus cheiros. Os resíduos orgânicos, que resultam da confecção de alimentos ou de restos dos nossos jardins (matéria fermentável) são normalmente depositados com os restantes resíduos no caixote de lixo e podem ir para: Aterro, compostagem e incineração, onde o destino mais correto é a compostagem. Os resíduos são encaminhados para uma unidade de tratamento, onde se procede à sua separação dos restantes materiais que não são compostados. A matéria fermentável é depois colocada numa pilha onde é sujeita a processos de decomposição, condições ótimas de umidade, pH, oxigênio, temperatura, assistindo-se a uma diminuição de volume devido à produção de água e de dióxido de carbono. Passados alguns meses (3 a 6 meses) consegue-se um composto que pode ser utilizado como fertilizante na agricultura ou na jardinagem, corretivo de solos, recuperação de solos erodidos e na proteção e recuperação de solos salitrosos. Materiais que não são compostados: papel escrito, excrementos, fraldas, embalagens com restos de alimentos, metais, vidros, plásticos, pilhas, têxteis, couros, etc. A Compostagem pode ser: • aeróbia – Processo de degradação biológica, na presença de oxigênio, dos resíduos orgânicos, produzindo uma substância úmida que pode ser utilizado como fertilizante. • anaeróbia – Processo de degradação biológica dos resíduos orgânicos, na ausência de oxigênio, que produz uma substância úmida que pode ser utilizada como fertilizante e produção de biogás. (Fig. 5 – composto) Incineração é a queima do lixo em aparelhos e usinas próprias, consiste na destruição dos resíduos a alta temperatura, na presença do oxigênio do ar (combustão), geralmente com recuperação de energia. Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial. De um modo geral tudo aquilo que sendo orgânico, já não seja reutilizável ou reciclável, nomeadamente, papéis sujos ou degradados, plásticos velhos ou muito sujos, matéria orgânica fermentável, fraldas descartáveis, espumas e borrachas, têxteis, resíduos hospitalares contaminados, medicamentos, cabelos, etc. Não devem ser incinerados materiais orgânicos, contendo na sua composição halogenados (cloro, fluor), alguns metais (óleos de motor usados), e alguns tipos de resíduos hospitalares Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha, cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de concreto incinerado. (Fig. 6 – “obelisco de Ipanema – RJ”) Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800 e 3.000°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro. (Fig. 7 – interior de um forno de incineração) Biogasificação ou metanização é um tratamento de resíduos orgânicos por decomposição ou digestão anaeróbica que gera biogás, que é formado por cerca de 50% a 60% de metano e que pode ser queimado ou utilizado como combustível. O resíduos sólido da biogasificação pode ser tratado aerobicamente para formar composto. A digestão anaeróbica é o processo de decomposição orgânica onde as bactérias anaeróbicas, que apenas sobrevivem na ausência de oxigénio, conseguem rapidamente decompor os resíduos orgânicos. Quatro estágios da digestão anaeróbica são reconhecidos: • Hidrólise – estágio no qual as moléculas orgânicas complexas são quebradas em açúcares, amino-ácidos, e ácidos graxos com a adição de grupos hidroxila. • Acidogênese – continuação de quebra em moléculas menores ocorrendo formação de ácidos graxos voláteis (ex. acético, propiônico, butírico, valérico) e produção de amônia, dióxido de carbono e H2S como subprodutos. • Acetogênese – moléculas simples da acidogênese são digeridas produzindo dióxido de carbono, hidrogênio e ácido acético. • Metanogênese – ocorre formação de metano, dióxido de carbono e água. Confinamento permanente é um lixo altamente tóxico e duradouro, e que não pode ser destruído, como lixo nuclear, precisa ser tratado e confinado permanentemente, e mantidos em algum lugar de difícil acesso, como túneis escavados a quilômetros abaixo do solo, por exemplo. Reciclagem é a atividade de transformar materiais já usados em novos produtos que podem ser comercializados. Exemplo : papéis velhos retornam às indústrias e são transformados em novas folhas. Vejamos este tópico mais detalhado no item que segue. 3. RECICLAGEM Reciclagem é o processo de reaproveitamento de material orgânico e inorgânico do lixo. É considerado o melhor método de tratamento de lixo, em relação ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de mais matéria-prima diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser reciclados continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos materiais é viável, mas pouco ou não praticada por ser economicamente inviável. Algumas formas de lixo, em especial, lixo altamente tóxico, não pode ser reciclada, e precisa ser descartado. São considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua transformação industrial. Para citar um exemplo: fraldas descartáveis são recicláveis, mas no Brasil ainda não há essa tecnologia. Portanto não há destino alternativo aos lixões e aterros sanitários para fraldas descartáveis no Brasil. Logo, fraldas descartáveis não se configuram como materiais recicláveis no nosso contexto. Já o alumínio possui um processo de reciclagem barato e a grande vantagem da reciclagem do alumínio é o reaproveitamento do seu material sem a perda de suas características. O processo consome apenas 5% da energia gasta na produção de alumínio primário, obtido a partir da bauxita (minério de onde se produz o alumínio). Além disso, produzir um quilo de alumínio reciclado significa poupar cinco quilos de bauxita. A reciclagem de uma única latinha economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.
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