Baixe Manual de sinalização rodoviária e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! MANUAL DE SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA 1999 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO 705 100 MINISTRO DOS TRANSPORTES Dr. Eliseu Padilha DIRETOR GERAL DO DNER Eng.o Maurício Hasenclever Borges DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Eng.o Chequer Jabour Chequer CHEFE DA DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Eng.o Gabriel de Lucena Stuckert MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA MANUAL DE SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA RIO DE JANEIRO 1999 705 100 DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DIVISÃO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA Rodovia Presidente Dutra, km 163 - Centro Rodoviário 21240-330 - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (021) 471-5933 Fax.: (021) 471 - 6133 TÍTULO: MANUAL DE SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA Revisão: DNER/ABNT Contrato DNER/ABNT PG 182/95-00 Aprovado pelo Conselho Administrativo do DNER em 16 de setembro de 1998, Resolução n.o 35/98, Sessão n.o CA 14/98 Impresso no Brasil/ Printed in Brazil RESUMO A evidente melhoria técnica dos veículos automotores com conseqüente acréscimo de sua velocidade final tornou-se, fora de qualquer dúvida, fator decisivo no elevadíssimo número de acidentes nas vias urbanas e rurais no mundo inteiro com, inúmeras vezes, vítimas fatais. Estas circunstâncias aliadas à evolução da frota de veículos não compatível com a evolução da capacidade técnica da malha rodoviária, faz com que se torne de enorme importância a Sinalização Rodoviária com vistas à segurança do usuário. Justifica-se, pois, a edição do Manual de Sinalização Rodoviária que atualiza a anterior de 1978 e que ora se encaminha à comunidade rodoviária. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR APRESENTAÇÃO A qualidade crescente dos veículos produzidos no país, aliada ao significativo aumento dos importados nos últimos anos, tem implicado numa extraordinária elevação de seu desempenho, com repercussão não só nas velocidades finais por eles alcançadas (estas controladas pelos limites de velocidade das rodovias), como principalmente nas acelerações e retomadas de velocidade, o que veio a exigir reflexos cada vez mais apurados e menos tempo para tomada de decisões no tráfego rodoviário. Além disso, o aumento acentuado da frota de veículos, e o fato de não ter havido uma evolução da malha rodoviária do país compatível com a dos veículos e a do tráfego, fez com que a sinalização assumisse uma importância crescente na segurança viária, implicando na necessidade de atualização do Manual de Sinalização Rodoviária editado pelo DNER em 1979. Essa atualização, realizada com base principalmente na experiência positiva de órgãos internacionais voltados para a operação de tráfego, com destaque para o F.H.W.A. (Federal Highway Administration - U.S. Department of Transportation), procurou levar em consideração as particularidades do tráfego rodoviário do país e as carências constatadas no antigo Manual, em face dos aspectos evolutivos já mencionados. Finalmente, dois outros fatores tiveram ainda bastante relevância para o desenvolvimento do Manual, a saber, a possibilidade de maiores investimentos em sinalização em algumas das principais rodovias da malha federal, em decorrência dos recursos provenientes da cobrança de pedágio, e o aumento acentuado, verificado no país, da faixa etária dos usuários condutores de veículos, o que implica na necessidade de melhores condições de legibilidade para os sinais. Procurou-se também sugerir a adoção de novos sinais já de uso consagrado no exterior e a substituição de outros, de forma a acrescentar elementos renovadores para o aumento da segurança do tráfego rodoviário, em face da nova realidade anteriormente citada. No presente Manual não está incluída a sinalização temporária, uma vez que ela foi objeto de desenvolvimento, por parte da Diretoria de Operações Rodoviárias do DNER, de publicação específica em 1996, consubstanciada no Manual de Sinalização de Obras e Emergências. Da mesma forma, não está incluída a sinalização turística, objeto de Manual próprio da EMBRATUR. Solicita-se, finalmente, aos que venham a utilizar este Manual, que enviem suas críticas e sugestões para a Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico, IPR, na Rodovia Presidente Dutra, km 163, Centro Rodoviário, Parada de Lucas, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21240-330, aos cuidados da Divisão de Capacitação Tecnológica, DCTec. Eng.o Chequer Jabour Chequer Diretor de Desenvolvimento Tecnológico Manual de Sinalização Rodoviária PREFÁCIO A segunda metade do século que hoje vivemos caracterizou-se, sobretudo, pelo elevado incremento técnico dos veículos automotores potencialmente capazes de atingir altas velocidades, limitadas estas, quase que exclusivamente, pelas nem sempre compatíveis condições técnicas das rodovias oferecidas ao tráfego. A conjugação desses fatores conduziu, de maneira categórica para o alarmante número de vítimas fatais em acidentes de trânsito no mundo inteiro e, em especial, no Brasil. Assim, o DNER em sua permanente preocupação com a segurança dos usuários, seu cliente preferencial em ultima análise, vem apresentar à comunidade rodoviária o Manual de Sinalização Rodoviária, visando oferecer da forma mais ampla quanto possível, aos que utilizam a rede de estradas no País, os elementos essenciais para um trânsito disciplinado e seguro. Manual de Sinalização Rodoviária iii MT/DNER/IPR 2.4. Sinais Educativos .................................................................................. 107 2.4.1. Posicionamento ..................................................................................... 108 2.4.2. Dimensionamento ................................................................................. 108 2.4.3. Mensagens............................................................................................. 108 2.5. Dispositivos Auxiliares de Percurso ..................................................... 109 2.5.1. Marcadores de Obstáculo...................................................................... 109 2.5.2. Delineadores.......................................................................................... 111 2.5.2.1. Mudança de Alinhamento em Tangente ............................................... 111 2.5.2.2. Segmentos de Curva.............................................................................. 111 2.5.3. Balizadores............................................................................................ 113 2.5.3.1. Posicionamento Transversal.................................................................. 113 2.5.3.2. Posicionamento Longitudinal................................................................ 113 2.5.3.3. Balizador-Tipo ...................................................................................... 114 2.6. Sinais de Referência Quilométrica........................................................ 115 2.7. Sinalização Dinâmica............................................................................ 118 Capítulo 3. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL................................................................ 119 3.1. Marcações ............................................................................................. 119 3.1.1. Linhas Longitudinais............................................................................. 119 3.1.1.1. Linhas Demarcadoras de Faixas de Tráfego ......................................... 120 3.1.1.2. Linhas de Proibição de Ultrapassagem ................................................. 176 3.1.1.2A. Condições Básicas das Linhas de Proibição de Ultrapassagem ........... 121 3.1.1.2B. Critérios para a Definição de Zonas de Proibição de Ultrapassagem... 121 3.1.1.3. Linhas de Proibição de Mudança de Faixa ........................................... 121 3.1.1.4. Linhas de Borda de Pista....................................................................... 123 3.1.1.5. Linhas de Canalização........................................................................... 123 3.1.2. Linhas Transversais............................................................................... 123 3.1.2.1. Linhas de Retenção ............................................................................... 125 3.1.2.2. Linhas de Dê a Preferência ................................................................... 125 Manual de Sinalização Rodoviária iv MT/DNER/IPR 3.1.2.3. Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade...................................... 127 3.1.3. Linhas de Travessia de Pedestre ........................................................... 128 3.1.4. Áreas Zebradas...................................................................................... 129 3.1.5. Setas ...................................................................................................... 131 3.1.5.1. Setas Indicativas de Movimento ........................................................... 131 3.1.5.2. Seta Indicativa de Mudança Obrigatória de Faixa ................................ 133 3.1.6. Símbolos................................................................................................ 134 3.1.6.1. Símbolo de Dê a Preferência................................................................. 134 3.1.6.2. Símbolo de Interseção com Ferrovia ( Cruz de Santo André) .............. 135 3.1.6.3. Símbolo de Faixa Exclusiva.................................................................. 136 3.1.7. Legendas ............................................................................................... 137 3.1.7.1. Legendas de Regulamentação ............................................................... 138 3.1.7.2. Legendas de Advertência ...................................................................... 139 3.1.7.3. Legendas de Indicação .......................................................................... 139 3.2. Dispositivos Auxiliares ......................................................................... 139 3.2.1. Tachas ................................................................................................... 140 3.2.1.1. Pistas Simples........................................................................................ 140 3.2.1.2. Pistas Múltiplas ..................................................................................... 141 3.2.2. Tachões ................................................................................................. 141 Capítulo 4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA................................................................ 143 4.1. Requisitos Mínimos Necessários .......................................................... 143 4.1.1. Experiência de Acidentes...................................................................... 143 4.1.2. Volume Veicular Mínimo ..................................................................... 144 4.1.3. Interrupção de Tráfego.......................................................................... 144 4.1.4. Volume de Pedestres Mínimo ............................................................... 144 Capítulo 5. PROJETO DE SINALIZAÇÃO.................................................................. 145 5.1. Levantamento de Dados........................................................................ 145 Manual de Sinalização Rodoviária v MT/DNER/IPR 5.1.1. Inspeção de Trecho ............................................................................... 145 5.2. Desenvolvimento do Projeto ................................................................. 146 5.2.1. Zonas com Restrição de Visibilidade de Ultrapassagem ...................... 146 5.2.1.1. Segmentos de Restrição de Visibilidade em Perfil ............................... 147 5.2.1.2. Segmentos de Restrição de Visibilidade em Planta .............................. 147 5.2.1.3. Conjunção da Restrição de Visibilidade em Planta e Perfil.................. 147 5.2.1.4. Definição das Zonas de Proibição de Ultrapassagem no Campo.......... 148 5.2.2. Lançamento do Projeto ......................................................................... 149 5.3. Verificação de Campo........................................................................... 149 Capítulo 6. EXEMPLOS DE PROJETO DE SINALIZAÇÃO.................................... 151 Capítulo 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 157 ANEXO 1. Sinalização Vertical .................................................................................. 1 1.1. Sinais de Regulamentação......................................................................... 1 1.2. Sinais de Advertência.............................................................................. 57 1.3. Sinais de Identificação .......................................................................... 135 1.4. Letras e Números .................................................................................. 149 1.4.1. Tipo D ................................................................................................... 149 1.4.2. Tipo E.................................................................................................... 153 1.4.3. Letras Minúsculas ................................................................................. 157 2. Sinalização Horizontal .......................................................................... 161 2.1. Letras e Números Para V = 60 km/h..................................................... 161 2.2. Letras e Números Para V = 80 km/h.................................................... 164 2.3. Letras e Números Para V = 100 km/h................................................... 170 Manual de Sinalização Rodoviária viii MT/DNER/IPR 2.20 - Ilha de pilar ............................................................................................. 22 2.21 - Término de pista dupla............................................................................ 23 2.22 - Entrada de ramo ...................................................................................... 24 2.23 - Transição pista dupla - pista simples ...................................................... 31 2.24 - Sinal de regulamentação composto......................................................... 37 2.25 - Pista com acostamento ............................................................................ 39 2.26 - Pista sem acostamento............................................................................. 39 2.27 - Posicionamento longitudinal do sinal de advertência ............................. 40 2.28 - Sinais de advertência............................................................................... 44 2.29 - Interseção em Y....................................................................................... 51 2.30 - Sinal de reforço de legenda ..................................................................... 70 2.31 - Informações adicionais de extensão........................................................ 71 2.32 - Sinais de advertência por legendas ......................................................... 71 2.33 - Sinal de advertência composto................................................................ 72 2.34 - Posicionamento transversal..................................................................... 73 2.35 - Pórtico e semipórtico............................................................................... 74 2.36 - Posicionamento longitudinal do sinal de indicação ................................ 75 2.37 - Modelo de setas para sinais de indicação................................................ 83 2.38 - Seta vertical para baixo, para sinais suspensos ....................................... 84 2.39 - Sinal de pré-indicação com uma legenda em frente e duas à direita......................................................................................... 85 2.40 - Sinal de indicação com uma legenda em frente e duas à direita............. 85 2.41 - Sinal de pré-indicação ............................................................................. 86 2.42 - Sinal de indicação de saída ..................................................................... 86 2.43 - Sinal de pré-indicação com seta para baixo e legenda SÓ SAÍDA......... 87 2.44 - Sinal de pré-indicação com duas setas para baixo .................................. 87 2.45 - Dimensões básicas .................................................................................. 88 2.46 - Sinal de identificação para classe I-B ou inferior ................................... 90 Manual de Sinalização Rodoviária ix MT/DNER/IPR 2.47 - Sinal de identificação para classe I-A ou superior .................................. 91 2.48 - Sinal de identificação com o nome da rodovia ....................................... 92 2.49 - Seção transversal com o sinal de identificação....................................... 92 2.50 - Sinal de pré-indicação de direção e sentido para saída à direita............. 94 2.51 - Sinal de pré-indicação de direção e sentido para saída à esquerda......... 94 2.52 - Sinal de pré-indicação de direção e sentido para saídas à esquerda e à direita ................................................................................................. 94 2.53 - Sinal de indicação de direção e sentido para saída à direita ................... 95 2.54 - Sinal de indicação de direção e sentido para saída à esquerda ............... 95 2.55 - Sinal de indicação de direção e sentido para localidade única ............... 95 2.56 - Exemplo de numeração de saída ............................................................. 97 2.57 - Sinal de pré-indicação (Rodovias de classe I-A) .................................... 97 2.58 - Sinal de pré-indicação (Rodovias de classe 0)........................................ 98 2.59 - Sinal de indicação de saída ..................................................................... 98 2.60 - Sinal de confirmação de saída tipo I ....................................................... 99 2.61 - Sinal de confirmação de saída tipo II...................................................... 99 2.62 - Painel de pré-indicação de saída, com seta para baixo ......................... 100 2.63 - Painel de indicação de saída, com seta para baixo................................ 100 2.64 - Sinal diagramático de pré-indicação ..................................................... 101 2.65 - Sinal diagramático de pré-indicação com saída de ramo à esquerda .... 101 2.66 - Sinal de pré-indicação e indicação acrescidos de legenda SÓ SAÍDA ............................................................................................ 102 2.67 - Sinal diagramático com supressão de faixa à esquerda e inclusão de retângulo SÓ SAÍDA ............................................................................ 102 2.68 - Sinal de posicionamento de localidades................................................ 103 2.69 - Sinal de aproximação de localidades .................................................... 104 2.70 - Sinal indicando quantidade de saídas.................................................... 104 2.71 - Sinal indicando saídas sucessivas ......................................................... 104 2.72 - Indicativos de fronteira, divisa ou limite .............................................. 105 Manual de Sinalização Rodoviária x MT/DNER/IPR 2.73 - Painel composto com quatro serviços (pré-indicação) ......................... 106 2.74 - Painel composto com quatro serviços e seta ......................................... 106 2.75 - Sinais indicativos de serviços auxiliares em rodovias de classe 0........ 106 2.76 - Sinal complementar de indicação de serviços com indicação de telefone de emergência.......................................................................... 107 2.77 - Sinal complementar de indicação de serviços com indicação de atendimento hospitalar .......................................................................... 107 2.78 - Sinais educativos................................................................................... 109 2.79 - Marcadores de obstáculos ..................................................................... 110 2.80 - Exemplo de utilização de marcador de obstáculo ................................. 110 2.81 - Delineador e exemplos de utilização..................................................... 112 2.82 - Posicionamento dos balizadores em curva............................................ 114 2.83 - Posicionamento dos balizadores em tangente ....................................... 114 2.84 - Balizadores-tipo .................................................................................... 115 2.85 - Marcos quilométricos............................................................................ 116 2.86 - Posicionamento transversal do marco quilométrico ............................. 117 2.87 - Posicionamento longitudinal dos marcos.............................................. 117 Capítulo 3. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA 3.1 - Linhas delimitadoras de faixas de tráfego............................................. 120 3.2 - Zonas de proibição de ultrapassagem ................................................... 122 3.3 - Linha de canalização ............................................................................. 124 3.4 - Linha de canalização na aproximação de obstáculos............................ 124 3.5 - Detalhe da linha de retenção de parada associada à placa PARE......... 125 3.6 - Cruzamento de nível ............................................................................. 126 3.7 - Detalhe da linha de Dê a Preferência .................................................... 126 3.8 - Linhas de estímulo à redução de velocidade......................................... 128 3.9 - Linhas de travessia de pedestres ........................................................... 129 Manual de Sinalização Rodoviária 1 MT/DNER/IPR CAPÍTULO 1 1. INTRODUÇÃO A sinalização permanente, composta por placas, painéis, marcas no pavimento e elementos auxiliares, constitui-se num sistema de dispositivos fixos de controle de tráfego que, por sua simples presença no ambiente operacional de uma via, regulam, advertem e orientam os seus usuários. De modo geral, a sinalização deve conquistar a atenção e a confiança do usuário, permitindo- lhe ainda um tempo de reação adequado. Esta atenção depende, por sua vez, de um conjunto de fatores que compõem o seu ambiente operacional, como: • densidade e tipo do tráfego que se utiliza da via; • velocidade dos veículos; • complexidade de percurso e de manobra em função das características da via; • tipo e intensidade de ocupação lateral da via (uso do solo). Portanto, há uma dificuldade crescente em se atrair a atenção dos usuários para a sinalização permanente da via, o que requer projetos atualizados, o emprego de novas técnicas e materiais e correta manutenção. De qualquer forma, é conveniente destacar que uma sinalização adequada deve, além disso, ser resultado também de um processo de medidas comuns, que envolvam: • projeto - elaboração de projetos específicos de sinalização definindo os dispositivos a serem utilizados , dentro dos padrões de forma, cor, e dimensão, e sua localização ao longo da via; • implantação - a sinalização deve ser implantada levando em conta os padrões de posicionamento estabelecidos para os dispositivos e eventuais ajustes decorrentes de condicionantes específicas de cada local, nem sempre passíveis de serem consideradas no projeto; • operação - a sinalização deve ser permanentemente avaliada quanto à sua efetividade para a operação da via, promovendo-se os ajustes necessários de inclusão, remoção e modificação de dispositivos; • manutenção - para manter a credibilidade do usuário, deve ser feita uma manutenção cuidadosa da sinalização, repondo dispositivos danificados e/ou substituindo aqueles que se tornaram inapropriados. • materiais - o emprego de materiais, tanto na Sinalização Vertical quanto na Horizontal, deve estar de acordo com Normas da A.B.N.T. para chapas, estruturas de sustentação, tintas, películas e dispositivos auxiliares (tachas e elementos refletivos). Manual de Sinalização Rodoviária 2 MT/DNER/IPR Por conseguinte, não é objeto deste Manual estabelecer especificações de materiais, nem se deve interpretá-lo como excluindo quaisquer novos materiais que venham a surgir e capazes de atender às exigências de padronização definidas para sinais e marcas no pavimento. Nele se recomenda apenas que as estruturas de suporte de placas e painéis, suspensos ou posicionados lateralmente à via, devam ser construídas de modo a sustentar permanentemente os sinais em posição adequada e a serem resistentes às solicitações de carga devido ao peso próprio e à ação de ventos e ainda a atos de vandalismo. Deve ser também, objetivo de preocupação, evitar que esses suportes transformem em elementos que possam vir a ser ou oferecer perigo aos usuários. A seguir são abordados os tópicos referentes a cada um dos subsistemas que compõem a sinalização permanente. Manual de Sinalização Rodoviária 3 MT/DNER/IPR CAPÍTULO 2 2. SINALIZAÇÃO VERTICAL A sinalização viária estabelecida através de comunicação visual por meio de placas, painéis ou dispositivos auxiliares, situados na posição vertical, implantados à margem da via ou suspensos sobre ela, tem como finalidade: a regulamentação do uso da via, a advertência para situações potencialmente perigosas ou problemáticas do ponto de vista operacional, o fornecimento de indicações, orientações e informações aos usuários, além do fornecimento de mensagens educativas. Para que a sinalização vertical seja efetiva, devem ser considerados os seguintes fatores para os seus dispositivos: • posicionamento dentro do campo visual do usuário; • legibilidade das mensagens e símbolos; • mensagens simples e claras; • padronização. Os Sinais devem estar corretamente posicionados dentro do campo visual do usuário, ter formas e cores padronizadas, símbolos e mensagens simples e claras, além de letras com tamanho e espaçamento adequados à velocidade de percurso, de modo a facilitar sua percepção, assegurando uma boa legibilidade (ver itens 2.1, 2.2 e 2.3.1.2) e, por conseqüência, uma rápida compreensão de suas mensagens por parte dos usuários. Suas cores devem ser mantidas inalteradas tanto de dia quanto à noite, mediante iluminação ou refletorização. O posicionamento das placas e painéis será mais detalhadamente discutido na abordagem específica dos tipos de sinais adiante definidos. Como regra geral para todos os sinais posicionados lateralmente à via, deve-se garantir uma pequena deflexão horizontal (em torno de 3°), em relação à direção ortogonal ao trajeto dos veículos que se aproximam, de forma a minimizar problemas de reflexo (ver Figura 2.1). 3º Acos tame nto 90 º Figura 2.1 - A deflexão do sinal em planta Manual de Sinalização Rodoviária 6 MT/DNER/IPR Sinal de regulamentação de Parada Obrigatória de forma octogonal e com fundo vermelho. Sinal de regulamentação Dê a Preferência, de forma triangular, com o vértice na parte inferior, com fundo branco e borda vermelha. Sinal de indicação de Identificação de Rodovia, com a forma de brasão e fundo na cor branca. Sinal de advertência de Cruzamento de Ferrovia em Nível, com a forma de Cruz de Santo André. Sinais de indicação de Serviços Auxiliares, de forma retangular, com o posicionamento do lado maior na vertical e com fundo na cor azul. 2.1 Sinais de Regulamentação Os sinais de regulamentação têm por objetivo notificar o usuário sobre as restrições, proibições, e obrigações que governam o uso da via e cuja violação constitui infração prevista no Código Brasileiro de Trânsito. Além da forma normalmente circular, da borda vermelha e do fundo na cor branca, os sinais de regulamentação possuem o símbolo ou legenda na cor preta, e ainda uma tarja diagonal vermelha no caso dos sinais de proibição. PARE Manual de Sinalização Rodoviária 7 MT/DNER/IPR As exceções já citadas são o sinal de Parada Obrigatória que, além da forma octogonal e fundo vermelho, possui legenda na cor branca, e o sinal Dê a Preferência, que se diferencia pela forma triangular. As dimensões dos sinais variam em função das características da via, principalmente no tocante à sua velocidade de operação, de forma a possibilitar a percepção do sinal, e a legibilidade e compreensão de sua mensagem, por parte usuário, dentro de um tempo hábil para que se realize a operação ditada por esta mensagem. A partir daí, são recomendadas as dimensões dos sinais de regulamentação em geral, conforme indicado no Anexo, sendo as do tipo I correspondentes a rodovias com velocidade de operação igual ou inferior a 60 km/h, e as do tipo II correspondentes a velocidade de operação superior a 60 km/h. 2.1.1 Posicionamento dos Sinais de Regulamentação 2.1.1.1 Posicionamento Transversal No tocante ao seu posicionamento transversal, os sinais de regulamentação são colocados normalmente à margem direita da via, dela guardando uma distância segura, porém dentro do cone visual do motorista, e frontais ao fluxo de tráfego, conforme mostrado nas Figuras 2.3 e 2.4 a seguir: min. 2,00 m Pis ta B or do d a pi st a 1, 20 m 1, 20 m P ISTA SEM ACOSTAMENTO Figura 2.3 - Posicionamento dos sinais de regulamentação - Pista sem acostamento Manual de Sinalização Rodoviária 8 MT/DNER/IPR min 1,00 m AcostamentoPista 1, 20 m 1, 20 m PISTA COM AC OSTAMENTO Figura 2.4 - Posicionamento dos sinais de regulamentação - Pista com acostamento 2.1.1.2 Posicionamento Longitudinal Os sinais de regulamentação têm seu posicionamento ao longo da via condicionado pela distância de visibilidade necessária para sua visualização e pelo tipo de situação que se está regulamentando. A distância de visibilidade necessária para a visualização do sinal é composta pela distância de percurso na velocidade de operação da via, correspondente ao tempo de percepção e reação, acrescida da distância que vai desde o ponto limite do campo visual do motorista, até o sinal. (Ver Figura 2.5). A tabela a seguir relaciona distâncias de visibilidade para as velocidades de operação comumente consideradas, para um tempo de percepção e reação de 3 segundos. Velocidade de Operação (km/h) Distância Mínima de Visibilidade (m) 40 60 80 100 110 70 85 105 120 130 Já o posicionamento, em função do tipo de situação que se está regulamentando, é discutido adiante, para cada uma dos sinais, sempre que necessário. Manual de Sinalização Rodoviária
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R-18 (pág. 30) R-19 (pág. 26) R-20 (pãg. 38)
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R-22 (pág. 26) R-23 (pág. 23) R-24a (pag. 16)
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R-26 (pão. 19) R-27 (pãg. 24) R-28 (pág. 27)
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R-30 (pág. 25) R-31 (pág. 31)
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R-24b (pág. 20)
R-25d (pág. 18)
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R-29 (pág. 36)
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MT/DNER/IPR
Manual de Sinalização Rodoviária 12 MT/DNER/IPR Figura 2.6 - Sinais de regulamentação agrupados Os sinais de regulamentação são ainda agrupados em subclasses de acordo com quatro características funcionais: − obrigação; − restrição; − proibição; − permissão. A seguir é detalhada a forma própria, a composição gráfica e as condições de aplicação para os sinais de cada uma dessas subclasses. 2.1.2 Sinais de Regulamentação de Obrigação • Parada Obrigatória R-1 Este sinal é empregado sempre que seja necessária a parada de um veículo na aproximação de uma via preferencial, sendo assim aplicado em: − cruzamento da via preferencial; − conversão à esquerda para entrada numa via principal com mão dupla; − incorporação ao fluxo de tráfego de uma via principal através de conversão à direita onde a velocidade de aproximação, face às condições técnicas no local de inspeção, seja incompatível com a velocidade e intensidade do tráfego da via principal; − outros casos de cruzamento ou incorporação onde as combinações de diferenciais de velocidade com restrições de visibilidade, principalmente envolvendo histórico de acidentes, indicar sua adoção; − cruzamento em nível de vias férreas. Num cruzamento onde as condições de tráfego forem semelhantes para as duas vias, a prioridade deve ser estabelecida pelas condições geométricas das aproximações, colocando-se o sinal Pare na pista com geometria mais restritiva. Por outro lado, num cruzamento onde as condições geométricas forem semelhantes para as duas aproximações, situação que normalmente ocorre em interseções tipo Y, deve ser colocado o sinal Pare na via com menor volume de tráfego. Se por deficiência de projeto, ocorrerem simultaneamente as duas situações, escolhe-se implantar o sinal Pare dando preferência para o veículo que vem pela direita (de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito), adotando-se ainda outras medidas complementares de Manual de Sinalização Rodoviária 13 MT/DNER/IPR sinalização, como por exemplo as Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade (ver item 3.1.2.3), tendo em vista o alto risco de acidentes que se estabelece neste caso. 2.1.2.1 Posicionamento do sinal Pare O sinal Pare deve ser posicionado no ponto de parada do veículo, ou o mais próximo possível dele, sendo recomendável a sua suplementação por uma faixa de retenção e pela palavra Pare pintada no pavimento. A distância em relação à via principal varia de um mínimo de 1,8 m para um máximo de 5,0 m (situação sem canalização), ver Figuras 2.7 e 2.8. 5,00 m R = 1,5 cm Figura 2.7 - Aproximação sem ilhas 1,80 m R = 1,50 m 1,80 m PARE Figura 2.8 - Aproximação com ilha triangular Normalmente ela se situa à direita, considerando-se o sentido do tráfego de aproximação, exceção feita nas conversões à esquerda com canalização, quando ela estará postada somente à esquerda ou em ambos os lados, conforme ilustrado respectivamente nas figuras 2.9 e 2.10 a seguir: Manual de Sinalização Rodoviária 16 MT/DNER/IPR PARE Figura 2.12 - Conversão à esquerda em pista dupla com canteiro maior que 10 m • SENTIDO OBRIGATÓRIO R-24 Este sinal confirma para o condutor do veículo o sentido de tráfego a ser seguido ao final do entroncamento de uma pista, ou ramo, em outra pista que possui sentido único de tráfego. Ele é complementar a outros sinais que regulamentam a obrigatoriedade de movimentos à esquerda ou à direita, na aproximação do entroncamento. Deve ser colocado paralelamente ao eixo da via de destino, de forma a ser percebido somente pelos veículos que efetuam a conversão. (Ver Figuras 2.13 e 2.14). Manual de Sinalização Rodoviária 17 MT/DNER/IPR R = 1,5 cm R = 1,5 cm Figura 2.13 - Entroncamento com o sinal de sentido obrigatório - movimento à esquerda R = 1,5 cm R = 1,5 cm Figura 2.14 - Entroncamento com o sinal de sentido obrigatório - movimento à direita • VIRE À ESQUERDA R-25a Este sinal notifica ao condutor do veículo a obrigatoriedade de conversão à esquerda, ao final do entroncamento de uma pista ou ramo, em outra pista, possuindo esta sentido único de tráfego. Ele é complementado pelo sinal Sentido Obrigatório posicionado na outra via. (Ver Figura 2.13). Manual de Sinalização Rodoviária 18 MT/DNER/IPR • VIRE À DIREITA R-25b Este sinal notifica ao condutor do veículo a obrigatoriedade de conversão à direita, ao final do entroncamento de uma pista ou ramo, em outra pista, que possui sentido único de tráfego. Ele é complementado pelo sinal Sentido Obrigatório posicionado na outra via. (Ver Figura 2.14). • SIGA EM FRENTE OU À ESQUERDA R-25c Este sinal notifica ao condutor do veículo, antes do cruzamento de ramo ou pista com sentido único de tráfego, a obrigatoriedade de seguir em frente ou efetuar conversão à esquerda. Ele é complementado pelo sinal Sentido Obrigatório posicionado na outra via. • SIGA EM FRENTE OU À DIREITA R-25d Este sinal notifica ao condutor do veículo, antes do cruzamento de ramo ou pista com sentido único de tráfego, a obrigatoriedade de seguir em frente ou efetuar conversão à direita. Ele é complementado pelo sinal Sentido Obrigatório posicionado na outra via. Manual de Sinalização Rodoviária 21 MT/DNER/IPR Figura 2.17 - Início de pista dupla Figura 2.18 - Interseção tipo gota Manual de Sinalização Rodoviária 22 MT/DNER/IPR Figura 2.19 - Rótula Figura 2.20 - Ilha de pilar Manual de Sinalização Rodoviária 23 MT/DNER/IPR • CONSERVE-SE À DIREITA R-23 Este sinal assinala ao condutor a necessidade de se posicionar à direita da pista de rolamento devido a uma situação de operação obrigatória adiante, como por exemplo; − no início da redução de duas faixas para uma faixa de tráfego, na transição de pista dupla para pista simples (ver Figura 2.21); − ao final de segmentos com fluxos de sentidos opostos separados por canalização física ,na transição para pista simples; − nas entradas de ramo de conversão à direita em vias de tráfego intenso, encaminhando os veículos para a faixa de aceleração, evitando o conflito imediato com o tráfego direto (ver Figura 2.22). Este sinal é ainda indicado em situações constatadas de invasão da faixa de sentido contrário de tráfego, principalmente em segmentos sinuosos de curvas fechadas. Figura 2.21 - Término de pista dupla Manual de Sinalização Rodoviária 26 MT/DNER/IPR • USO OBRIGATÓRIO DE CORRENTES Este sinal notifica aos condutores o início de trecho onde é obrigatório o uso de correntes atreladas, pelo menos, em duas de suas rodas motrizes. Sua utilização é indicada para segmentos de rodovias não pavimentadas, em locais sujeitos a atoleiros. 2.1.3 Sinais de Regulamentação de Restrição • VELOCIDADE MÁXIMA R-19 código: • R 19-6 para 60 km/h; • R 19-8 para 80 km/h; • R 19-10 para 100 km/h; • R 19-11 para 110 km/h. Este sinal regulamenta o limite máximo de velocidade permitida num segmento de rodovia. A velocidade indicada no sinal deve ser observada até onde houver necessidade de se alterar esse limite e dar-se início a outra velocidade máxima regulamentar, estabelecida pela colocação de novo sinal. Antes de ser conhecido o comportamento operacional de uma rodovia, deve-se adotar o limite correspondente à velocidade de projeto nos seus diversos segmentos. Em trechos em operação, o limite de velocidade deve ser periodicamente reavaliado levando-se em conta, entre outros, os seguintes fatores: − registro de acidentes; − circulação intensa de pedestres; Manual de Sinalização Rodoviária 27 MT/DNER/IPR − alteração no uso do solo às margens da rodovia, com seus reflexos na segurança de operação; − agravamento das condições de operação em pontos localizados, tais como curvas e interseções; − estado do pavimento e do acostamento. Mantidas as condições de operação, deve sempre ser repetido o sinal Velocidade Máxima Permitida, em espaçamentos correspondentes a um tempo de percurso entre 10 e 12 minutos. As extensões aproximadas correspondentes são: − 10 km para 60 km/h; − 15 km para 80 km/h; − 20 km para 100 km/h; − 22 km para 110 km/h. Ao se alterarem as condições de operação, requerendo uma diminuição da velocidade máxima regulamentar, deve-se colocar o próximo sinal com a nova velocidade regulamentar antecedendo de 150 m, para cada redução de 10 km/h, o ponto a partir do qual a nova velocidade é necessária. Ultrapassado aquele ponto, a velocidade de operação deverá ser mantida por uma extensão mínima, (correspondente a um tempo aproximado de percurso de 1 minuto), conforme indicado a seguir: − 1000 m para 60 km/h; − 1400 m para 80 km/h; − 1700 m para 100 km/h; − 1800 m para 110 km/h. • MÃO DUPLA R-28 Este sinal restringe o tráfego de veículos pela faixa da esquerda, assinalando ao usuário, que vem de uma pista com sentido único de circulação (mão única), a mudança para duplo sentido de circulação (mão dupla). Ele deve ser posicionado no início do trecho onde ocorre a mudança no regime de circulação. Manual de Sinalização Rodoviária 28 MT/DNER/IPR • CARGA MÁXIMA PERMITIDA R-14 Este sinal restringe o trânsito de veículos cujo peso total, incluída a carga, exceder o valor nela indicado. Ele deve ser posicionado no início do trecho de restrição junto a uma bifurcação, acesso ou retorno, de forma a permitir o desvio ou a volta dos veículos afetados. A colocação deste sinal também é recomendada nas vias secundárias, antes dos ramos de acesso destas para rodovias onde existe a restrição. • ALTURA MÁXIMA PERMITIDA R-15 Este sinal é indicado para locais de rodovia onde haja restrição de altura como em passagens sob pontes, viadutos e passarelas ou no interior de túneis, de modo a impedir a circulação de veículos com altura igual ou superior à nele indicada. Ele deve ser posicionado no início do trecho de restrição junto a uma bifurcação, acesso ou retorno, de forma a permitir o desvio ou a volta dos veículos afetados. A colocação deste sinal também é recomendada nas vias secundárias, no início dos ramos de acesso destas para rodovias onde existe a restrição. Manual de Sinalização Rodoviária 31 MT/DNER/IPR Figura 2.23 - Transição pista dupla - pista simples • PROIBIDO VIRAR À ESQUERDA R-4a • PROIBIDO VIRAR À DIREITA R-4b Estes sinais indicam ao condutor do veículo a proibição de realizar o movimento de conversão à esquerda ou à direita. Sua principal aplicação em rodovias ocorre em interseções, de maneira a evitar que se entre em pista ou ramo no sentido oposto de tráfego. Manual de Sinalização Rodoviária 32 MT/DNER/IPR • PROIBIDO RETORNAR R-5 Este sinal é utilizado sempre que o movimento de retorno venha a causar manobras perigosas ao se acessar a pista de sentido contrário, ou venha a interferir acentuadamente na capacidade de operação da via, devido à redução de velocidade, e até mesmo à espera, por parte dos veículos que efetuam o referido movimento. Ele normalmente se aplica a vias multifaixa (duas ou mais faixas), ou a segmentos de interseção com pistas separadas, devendo ser posicionado em ambos os lados da pista onde se origina o movimento. • PROIBIDO ESTACIONAR R-6a O estacionamento de veículos é proibido, em qualquer situação, no leito estradal de uma rodovia. Entretanto, é necessário enfatizar essa proibição em locais onde se observe essa prática, principalmente onde o estacionamento de veículos representar risco adicional à segurança de operação da rodovia, pelo fato de se constituir em prejuizo à visibilidade, ou em obstáculo para eventuais manobras de emergência ou perda de direção. O sinal PROIBIDO ESTACIONAR é assim indicado para tais situações de maior risco, que ocorrem normalmente: • na área de influência de interseções; • em segmentos de travessias urbanas; • em segmentos de acostamento junto a postos de serviço. Manual de Sinalização Rodoviária 33 MT/DNER/IPR • PROIBIDO PARAR E ESTACIONAR R-6c Este sinal é indicado para locais onde se observe a parada de veículos e, por motivos de segurança, seja imperioso que se impeça essa prática, ainda que para operações de embarque e desembarque de passageiros e mesmo que essas ocorram em curto período de tempo. Ele normalmente se aplica em: • faixas de mudança de velocidade; • faixas de espera para conversão à esquerda (obviamente, não se aplica à parada necessária para a manobra de conversão); • áreas de confluência de tráfego; • locais sem visibilidade para o tráfego direto e sujeitos a manobras de emergência, como por exemplo, após curvas horizontais fechadas ou curvas verticais convexas restritas. • PROIBIDO ULTRAPASSAR R-7 Este sinal é utilizado em rodovias de pista simples, no início de segmentos onde, por razões de segurança, é proibida a ultrapassagem de um veículo por outro no mesmo sentido de tráfego. As zonas de proibição de ultrapassagem são definidas no Capítulo 5 , referente a projeto de sinalização e ocorrem sempre que: • não houver distância de visibilidade suficiente para efetuar a ultrapassagem com segurança; • na aproximação de locais com restrição de largura de pista, como por exemplo de pontes estreitas, independente da existência ou não de visibilidade; • em segmentos onde haja possibilidade de conflitos com tráfego entrando e saindo da pista, como por exemplo nas áreas de interseções e acessos. Em segmentos extensos de proibição contínua, deve-se repetir a colocação do sinal a cada 500 metros, de maneira manter a atenção do motorista para a proibição. Manual de Sinalização Rodoviária 36 MT/DNER/IPR • PROIBIDO O TRÂNSITO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS R-13 Este sinal indica a proibição do trânsito de máquinas agrícolas de qualquer espécie, sendo colocado em locais onde se registra a circulação com alguma freqüência desse tipo de veículo, o que é incompatível com a segurança da via. • PROIBIDO ACIONAR BUZINA OU SINAL SONORO R-20 Este sinal indica a proibição do acionamento da buzina ou qualquer outro sinal sonoro em locais como túneis e áreas próximas a hospitais. Ele deve ser colocado o mais próximo possível do local de proibição e, no caso de zonas de silêncio como nas imediações de hospitais, ser precedido de sinalização que anuncie previamente a existência dessa zona de silêncio. • PROIBIDO O TRÂNSITO DE PEDESTRES R-29 Este sinal é indicado para locais onde o trânsito de pedestres representa um risco maior à segurança da via, como por exemplo em pontes e viadutos sem calçada em que se verifica a circulação de pedestres com alguma freqüência. Nesse caso deve ser dada, sempre que possível, uma opção de circulação alternativa, com definição de trajetos e locais de travessia por meio de canalização física de pedestres e sinalização horizontal adequada (ver item 3.1.3). Manual de Sinalização Rodoviária 37 MT/DNER/IPR 2.1.5 Sinais de Permissão • ESTACIONAMENTO REGULAMENTADO R-6b Este sinal se aplica a locais situados fora da área estradal da rodovia (fora dos limites de pista e acostamento), previamente definidos para esse fim. 2.1.6 Sinais de Regulamentação Compostos Os Sinais de Regulamentação Compostos são empregados em rodovias de Classe Especial (vias expressas), ou em segmentos de rodovias de Classe I-A (rodovias de pista dupla), onde haja maior dificuldade de percepção por parte dos usuários dos sinais de Regulamentação convencionais, devido à alta densidade de tráfego e/ou à elevada participação de caminhões no fluxo de veículos, ou ainda em trechos de Travessia Urbana, onde o ambiente operacional da via costuma ser bastante complexo. Eles incorporam, num mesmo painel, o sinal de Regulamentação com respectivo símbolo e a mensagem correspondente a este símbolo. Possuem forma retangular, com dimensões básicas 2,0 m x 4,0 m, e são posicionados à margem da via, com a dimensão maior na vertical, podendo ser ainda empregados em bandeiras (neste caso, o painel teria outras dimensões e o lado maior posicionado na horizontal). Os Sinais de Regulamentação Compostos têm o fundo e a tarja nas mesmas cores branca e vermelha, respectivamente, dos sinais de regulamentação e as legendas em cor preta com caracteres da série D do “Standard Alphabets for Highway Signs and Pavement Markings”, da “Federal Highway Administration”, conforme especificado no item 2.3.2.2. A Fig 2.24 a seguir mostra um exemplo de Sinal de Regulamentação Composto. Figura 2.24 - Sinal de regulamentação composto Manual de Sinalização Rodoviária 38 MT/DNER/IPR 2.2 Sinais de Advertência Os sinais de advertência são utilizados sempre que se julgar necessário chamar a atenção dos usuários para situações permanentes ou eventuais de perigo, na via ou em suas adjacências. Estas situações exigem cuidados adicionais e reações de intensidade diversa por parte dos motoristas, que podem ir desde um simples estado de alerta, quando a situação é eventual, à adoção de manobras mais complexas de direção, a reduções de velocidade ou até mesmo à parada do veículo, quando a situação é permanente. Entre as situações permanentes de perigo a serem advertidas, incluem-se principalmente: • curvas; • interseções; • estreitamentos de pista; • condições de superfície da pista; • ocorrência de dispositivos de controle de tráfego que provoquem redução acentuada da velocidade ou parada do tráfego; • declives acentuados; • cruzamentos em nível; • passagens de nível. Entre as situações eventuais de perigo a serem advertidas, incluem-se a ocorrência, na pista ou em área a ela adjacente, de: • pedestres; • ciclistas; • animais; • maquinaria agrícola; • ventos fortes laterais; • queda de pedras; • cascalho. Além da forma normalmente quadrada com uma diagonal na vertical, os sinais de advertência trazem o fundo amarelo e o símbolo ou legenda na cor preta. As exceções já citadas são o sinal de Cruz de Santo André que, além da forma própria, possui cor branca, e os sinais de Sentido Único e Duplo (normalmente adotados em sinalização de obras), que se diferenciam pela forma retangular. As dimensões dos sinais variam em função das características da via, principalmente no tocante à sua velocidade de operação, de forma a possibilitar a percepção do sinal, e a legibilidade e compreensão de sua mensagem, por parte do usuário, dentro de um tempo hábil para que se realize a operação ditada por essa mensagem. A partir daí, são recomendadas as dimensões dos sinais de advertência em geral, conforme indicado no Anexo adiante, sendo as do tipo I correspondentes a rodovias com velocidade de operação igual ou inferior a 60 km/h, e as do tipo II correspondentes a velocidade de operação superior a 60 km/h. Manual de Sinalização Rodoviária 41 MT/DNER/IPR Veloc. Condição A Condição B - Desaceleração até Condição C (km/h) Complexidad e 20 km/h 40 km/h 60 km/h 80 km/h Parada 60 150 90 50 - - 80 80 200 130 110 80 - 120 100 250 190 170 140 100 180 110 270 225 200 165 110 210 Na condição B, considera-se frenagem mais confortável que na condição C, de acordo com A Policy on Geometric Design of Highways and Streets - 1984, o que resulta em distâncias mínimas maiores. FONTE: “Manual on Uniform Traffic Control Devices” - F.H.W.A. - Tabela Modificada Recomenda-se adotar, como regra geral, o afastamento de 150 metros entre o sinal e o local de advertência, desde que satisfeita a distância mínima indicada na tabela acima. Caso esta não seja satisfeita, o valor (superior) da tabela prevalecerá. Na impossibilidade de se adotar uma distância de 150 metros, por contingências do local, a distância pode ser reduzida desde que satisfazendo os valores mínimos da mesma tabela. Existem casos que não são necessariamente relacionados a um local específico, normalmente representados por situações eventuais de perigo, para os quais, por conseqüência, não está previsto um afastamento para o sinal, que deverá ser posicionado em trecho com probabilidade de ocorrência do perigo. Como exemplo podem-se citar, entre outras situações, a presença de pedestres, ciclistas, maquinaria agrícola e animais na pista, ou ainda a ocorrência de ventos laterais. A fim de facilitar sua indicação em projetos, os sinais de advertência são reunidos em ordem seqüencial segundo os correspondentes números de código oficial do DENATRAN, conforme se apresenta na Figura 2.28 a seguir. Manual de Sinalização Rodoviária 42 MT/DNER/IPR SINAIS DE ADVERTÊNCIA A-1a A-1b A-2a A-2b A-3a A-3b A-4a A-6 A-10a A-10b A-11a A-11b A-12 A-7a A-7b A-8 A-9 A-4b A-5a A-5b Manual de Sinalização Rodoviária
S
&
Ala pág.5a) A-I3b (págo5ajp ATA (pág, 55) A-15 (pág, 55)
&
ANT (pág. 56) AB (pág. 57) A-19 (pág.57) A-20a (pág. 57)
S
A-2ta (pág 58) A-2tb(pág.59) AcDtc (pág 59) A-Z2 (pág, 50)
&
&
A-Z3 (pág 61) ADS (pág.61) A-DT(pág.62) — A-Z8 (pág 69)
&
&
$
A-29 (pág. 63) A-30 (pág. 67) A-31 (pág. 67) A-32 (pág. 65)
43 MT/DNER/IPR
Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 46 ♦ CURVA À ESQUERDA ♦ CURVA À DIREITA O uso dos sinais referentes a Curva à Esquerda, ou Curva à Direita, deve ser baseado em investigação técnica que mostre estar a velocidade de percurso recomendada para o local entre 45 km/h e 60 km/h, desde que não se enquadre como Curva Acentuada, ou entre 60 km/h e 100 km/h, caso as condições de operação da curva sejam agravadas por um ângulo central acentuado. A velocidade de percurso em uma curva está assim condicionada por fatores geométricos (raio e superelevação) e pelo estado da superfície (existência ou não de deformações ou ressaltos), podendo estas condições estar ainda agravadas pelo ângulo central da curva, que permitiria ou não uma acomodação ou eventual correção no percurso do veículo. Na tabela a seguir, estão indicados valores básicos para os fatores geométricos determinantes e agravantes de restrição, em cada faixa de velocidade acima mencionada. Velocid. (km/h) Raio (m) Ângulo Central 45≤V≤60 60<R≤120 AC < 45° 60≤V≤100 120<R≤450 AC ≥ 45° Valores de raio para superelevação em torno de 8% Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 47 ♦ PISTA SINUOSA À DIREITA ♦ PISTA SINUOSA À ESQUERDA Estes sinais são indicados para advertir o usuário da existência de três ou mais curvas do tipo (A-2) ou acentuadas (A-1), sucessivas e em sentido contrário (curvas reversas), separadas por uma tangente menor que 120 metros. Adota-se o sinal de Pista Sinuosa à Esquerda ou à Direita em função de ser o sentido da primeira curva à esquerda ou à direita. Caso o trecho com pista sinuosa se prolongue por mais de 1 quilômetro, esse sinal deve ser associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão do trecho. ♦ CURVA ACENTUADA EM “S” À ESQUERDA Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 48 ♦ CURVA ACENTUADA EM “S” À DIREITA Estes sinais são indicados para advertir o usuário da existência de duas curvas sucessivas e em sentido contrário (curvas reversas), sendo as duas acentuadas (A-1), ou uma acentuada e a outra restrita (A-2), separadas por uma tangente menor que 120 metros. Adota-se o sinal de Curva Acentuada em “S” à Esquerda ou à Direita em função de ser o sentido da primeira curva à esquerda ou à direita. ♦ CURVA EM “S” À DIREITA ♦ CURVA EM “S” À ESQUERDA Estes sinais são indicadas para advertir o usuário da existência de duas curvas sucessivas e em sentido contrário (curvas reversas), sendo as duas restritas (A-2), separadas por uma tangente menor que 120 metros. Adota-se o sinal de Curva em “S” à Esquerda ou à Direita em função de ser o sentido da primeira curva à esquerda ou à direita. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 51 ♦ BIFURCAÇÃO EM “Y” Este sinal é indicado para advertir o usuário de uma rodovia da existência de um entroncamento adiante na forma de “Y”, em nível, com dois outros segmentos de rodovia. No caso da existência de canalização com separação de pistas de sentido contrário de tráfego, situação essa em que inicialmente os veículos ingressam na interseção obrigatoriamente pela direita, para posteriormente optarem por continuar à direita ou bifurcar à esquerda (ver Figura 2.29), o sinal deverá ser posicionado imediatamente após a separação de pistas, desde que haja distância suficiente até o ponto de bifurcação (pelo menos 150 m). Não havendo distância suficiente, o sinal não deverá ser adotado, pois sua implantação antes da separação de pistas pode induzir à entrada na pista de sentido contrário de tráfego. d 150m Não colocar nesta posição Figura 2.29 - Interseção em Y Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 52 ♦ ENTRONCAMENTO OBLÍQUO À ESQUERDA ♦ ENTRONCAMENTO OBLÍQUO À DIREITA Este sinal é indicado para advertir o usuário de uma via principal da existência de um entroncamento oblíquo em nível, com uma via secundária à esquerda ou à direita, alertando-o para possíveis conflitos e manobras perigosas decorrentes da operação de tráfego do referido entroncamento. ♦ JUNÇÕES SUCESSIVAS CONTRÁRIAS - PRIMEIRA À DIREITA Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 53 ♦ JUNÇÕES SUCESSIVAS CONTRÁRIAS - PRIMEIRA À ESQUERDA Este sinal é indicado para advertir o usuário de uma via principal da existência de dois entroncamentos sucessivos, alternados, alertando-o para possíveis conflitos e manobras perigosas decorrentes da operação de tráfego dos referidos entroncamentos. A utilização do sinal justifica-se somente quando esses entroncamentos forem muito próximos entre si (< 150m), de tal forma que a interligação desses dois entroncamentos se faz praticamente como um cruzamento da via principal, não permitindo inclusive que se adote o Sinal de Regulamentação de Entroncamento para cada um deles. ♦ INTERSEÇÃO EM CÍRCULO Este sinal é indicado para advertir os usuários da existência adiante de uma interseção tipo rotatória, em nível, devido à sua operação peculiar, com alteração de trajetória (que passa a ser circular) , à redução de velocidade e ainda à interferência com o fluxo dos veículos já em circulação na rotatória. ♦ CONFLUÊNCIA À DIREITA Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 56 ♦ DÊ A PREFERÊNCIA À FRENTE A-46 Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência de um sinal de Dê a Preferência adiante, quando houver situações de restrição de visibilidade para o referido sinal, tais como curvas horizontais e verticais, vegetação e outros tipos de obstrução. 2.2.4 Sinais de Mudança das Condições de Pista ♦ PISTA IRREGULAR Este sinal é indicado para advertir os usuários da ocorrência adiante de irregularidade de superfície de rolamento, causada por ressaltos e depressões seguidos, acarretando desconforto para os usuários e principalmente risco de acidentes pela perda de controle dos veículos e/ou desvio de seu curso. Quando sonorizadores, por defeito de projeto ou de má execução, vierem a se constituir em risco à segurança do usuário, este sinal pode ser adotado, preferencialmente com um Sinal de Reforço de Legenda( ver item 2.2.8.1) com os dizeres Sonorizador Adiante. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 57 ♦ SALIÊNCIA OU LOMBADA Este sinal é indicado para advertir os usuários da ocorrência adiante de ondulações transversais (quebra-molas) na superfície de rolamento, acarretando desconforto para os usuários e principalmente risco de acidentes pela perda de controle dos veículos e/ou desvio de seu curso. O sinal Saliência ou Lombada é indicado também para advertir os usuários da existência adiante de lombada (quebra-molas), em segmentos de travessia urbana. ♦ DEPRESSÃO Este sinal é indicada para advertir os usuários da ocorrência adiante de depressão decorrente de defeito na superfície de rolamento, acarretando desconforto para os usuários e principalmente risco de acidentes pela perda de controle dos veículos e/ou desvio de seu curso. ♦ DECLIVE ACENTUADO Este sinal é indicado para advertir os usuários do início adiante de uma rampa acentuada em descida, onde o percentual do greide associado ao comprimento da rampa e a outras condições como curvatura horizontal e restrições de seção (ponte estreita), venham a exigir cuidados especiais por parte dos usuários, principalmente dos condutores de veículos de carga. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 58 As condições próprias da rampa que, por si só, justificam a adoção do sinal Declive Acentuado são: Greide (%) Extensão (m) 5 900 6 600 7 300 8 225 9 150 Fonte: “Manual on uniform traffic control devices” Caso o trecho com rampa acentuada se prolongue por mais de 1 quilômetro, esse sinal deve ser associado com um Sinal Complementar de Advertência (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão da rampa, repetindo esse procedimento a intervalos regulares de aproximadamente 1 quilômetro. ♦ ESTREITAMENTO DE PISTA Este sinal é indicado para advertir os usuários da ocorrência adiante de estreitamento de pista em ambos os lados da via, decorrente da redução da largura de pista ou do número de faixas, que acarretam risco de acidentes pela necessidade de acomodação do tráfego. Este sinal precederá, quando for o caso, um sinal regulamentando a diminuição da velocidade para um valor compatível com a operação no trecho estreito e será complementado, ainda, pela implantação de delineadores (ver item 2.5.2) margeando a via ao longo de seu estreitamento, e por sinalização horizontal adequada (ver item 3.1). Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 61 ♦ MÃO DUPLA ADIANTE Este sinal é utilizado para advertir os usuários do início, adiante, de um segmento de operação com sentido duplo de tráfego, alertando-os assim para a transição de um trecho de pista dupla para outro de pista simples e contribuindo para evitar o risco de acidentes, principalmente os decorrentes da invasão da pista com sentido contrário. O sinal Mão Dupla Adiante complementa o sinal de regulamentação de Mão Dupla e deve preceder o de Fim de Pista Dupla. ♦ PONTE MÓVEL Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de uma ponte móvel e, por conseqüência, alertá-los para a eventual necessidade de parada quando a ponte for levantada. ♦ REBAIXO NO ACOSTAMENTO A-48 Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de ressalto entre o pavimento da pista e do acostamento, alertando-os para o risco de saída de pista ou tombamento em tais segmentos, principalmente à noite ou em condições adversas de visibilidade. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 62 ♦ FIM DE PAVIMENTO A-47 Este sinal é utilizado para advertir os usuários da mudança adiante da superfície do pavimento, alertando-os para o início de uma superfície irregular, como por exemplo paralelepípedo em segmentos de travessias urbanas, ou o início de segmentos com revestimento primário, e, por conseqüência, para a necessidade de redução de velocidade. Este sinal deve ser complementado por um sinal adicional de advertência (ver item 2.2.8), no mesmo suporte, com os dizeres Fim de Pavimento a ... m. 2.2.5 Situações Eventuais de Perigo ♦ ÁREA COM DESMORONAMENTO Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de uma área com risco de desprendimento intermitente de pedras de tamanhos diversos, chegando à possibilidade de desmoronamentos em épocas de maior ocorrência de chuvas, alertando-os para os problemas de segurança daí decorrentes. O sinal Área com Desmoronamento deve ser associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão da área de risco, quando esta for superior a 1 quilômetro. Neste caso, deve ser repetido, sem o sinal adicional, a intervalos regulares de 500 metros. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 63 ♦ PISTA ESCORREGADIA Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de um trecho com pista escorregadia quando molhada. O sinal Pista Escorregadia deve ser posicionado, como as demais de advertência, 150 metros antes do trecho e associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão da área de risco, quando esta for superior a 1 quilômetro. Neste caso, deve ser repetido, sem o sinal adicional, a intervalos regulares também de 1 quilômetro. ♦ PROJEÇÃO DE CASCALHO Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de um trecho da pista onde haja possibilidade de projeção de cascalho pelo seu atrito com pneus, em locais da pista onde haja acúmulo de agregados como o provocado, por exemplo, por derramamento sistemático de carga junto a pedreiras ou zonas de mineração. O sinal Projeção de Cascalho deve ser posicionado, como as demais de advertência, 150 metros antes do trecho e associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão da área de risco, quando esta for superior a 1 quilômetro. Neste caso, deve ser repetido, sem o sinal adicional, a intervalos regulares de 500 metros. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 66 ♦ CRIANÇAS Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de área de recreação junto à rodovia. Ele deve ser posicionado antes do local onde se encontra a referida área. ♦ CUIDADO ANIMAIS Este sinal é utilizado para advertir os usuários da eventual presença adiante de animais dentro da faixa de domínio. Ele deve ser posicionado antes do local onde se constata a freqüente presença de animais na pista. Em segmentos extensos, o sinal deverá ser associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), onde a legenda Nos Próx. .... km assinale a extensão da área de risco, e repetido sem o sinal adicional a intervalos regulares de 1 quilômetro. ♦ ANIMAIS SELVAGENS Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de área com travessia potencial de animais selvagens. Quando a extensão do segmento de risco for superior a 5 quilômetros, ele deve ser repetido a intervalos regulares também de 5 quilômetros. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 67 ♦ CICLISTAS A-30 Este sinal é utilizado para advertir os usuários da presença de ciclistas no trecho adiante da rodovia. Ele deve ser posicionado antes do segmento onde se constata essa presença e deve ser repetido nos locais de travessia para os quais o ciclista é conduzido, através de canalização física, (por exemplo, por meio de barreiras de pedestres e cercas). Em segmentos extensos, o sinal deverá ser repetido a intervalos regulares, com espaçamento definido em cada caso em função da densidade de ciclistas e dos possíveis locais de travessia. Neste caso, o primeiro sinal será associado com um Sinal Complementar de Advertência, no mesmo suporte (ver item 2.2.8), com a legenda Nos Próx. .... km assinalando a extensão da área de risco. Será ainda complementado por sinalização horizontal adequada ( ver item 3.1). ♦ MAQUINARIA AGRÍCOLA Este sinal é utilizado para advertir os usuários da eventual presença adiante de máquinas agrícolas cruzando a rodovia, ou nela transitando de forma inesperada, causando riscos para os usuários. Quando a extensão do segmento de risco for superior a 5 quilômetros, ele deve ser posicionado antes da área de risco e deve ser repetido a intervalos regulares também de 5 km. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 68 ♦ PASSAGEM DE NÍVEL SEM BARREIRA Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de passagem de nível sem cancela, havendo ou não sinal luminoso. Ele antecede ao sinal Cruz de Santo André, reforçando-o, e deve ser complementado por sinalização horizontal adequada (ver item 3.1.6.2). ♦ PASSAGEM DE NÍVEL COM BARREIRA Este sinal é utilizado para advertir os usuários da existência adiante de passagem de nível com cancela, havendo ou não sinal luminoso. Ele antecede ao sinal Cruz de Santo André, reforçando-o, e deve ser complementado por sinalização horizontal adequada (ver item 3.1.6.2). ♦ CRUZ DE SANTO ANDRÉ Este sinal é utilizado para advertir os usuários da necessidade de parada no local da passagem de nível, com ou sem cancela, indicando o número de linhas a serem atravessadas. Ele deve ser implantado nas aproximações, à direita do sentido de tráfego, obedecendo a um afastamento de 5 metros da linha férrea mais próxima ou no alinhamento da faixa de domínio da referida linha. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 71 Figura 2.31 - Informações adicionais de extensão 2.2.8.3 Sinal de Advertência por Legendas Este sinal é empregado para advertir, através de legendas, ocorrências de risco não previstas nos símbolos dos sinais de advertência. Neste caso, os Sinais de Advertência Complementares têm a forma retangular com dimensões variáveis em função da legenda , o fundo da mesma cor amarela dos sinais de advertência e as legendas em cor preta com caracteres de acordo com os Sinais de Indicação (ver item 2.3 e Figura 2.32 a seguir) Figura 2.32 - Sinal de advertência por legendas 2.2.9 Sinais de Advertência Compostos Os Sinais de Advertência Compostos são empregados em rodovias de Classe Especial (vias expressas), ou em segmentos de rodovias de Classe I-A (rodovias de pista dupla) onde haja maior dificuldade de percepção por parte dos usuários dos sinais de advertência convencionais, devido à alta densidade de tráfego e/ou à elevada participação de caminhões no fluxo de tráfego, ou ainda em trechos de Travessia Urbana, onde o ambiente operacional da via costuma ser bastante complexo. Eles incorporam, num mesmo painel, o sinal de advertência com respectivo símbolo, a mensagem correspondente ao símbolo e mensagem adicional relativa a distâncias. Possuem forma retangular, com dimensões básicas 2,0 m x 4,0 m, e são posicionados à margem da via, com a dimensão maior na vertical, podendo ser ainda empregados em bandeiras em segmentos de Via Expressa (neste caso, o painel teria outras dimensões, e o lado maior posicionado na horizontal). Os Sinais de Advertência Compostos têm o fundo nas cores preta (na área ocupada pelo desenho do sinal de advertência) e amarela (na área das mensagens). As legendas são em cor preta com caracteres da série D do “Standard Alphabets for Highway Signs and Pavement Markings”, da “Federal Highway Administration”, conforme especificado no Anexo . A Figura 2.33 a seguir mostra um exemplo de Sinal de Advertência Composto. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 72 Figura 2.33 - Sinal de Advertência Composto 2.3 Sinais de Indicação Os sinais de indicação têm como finalidade principal orientar os usuários da via no curso de seu deslocamento, fornecendo-lhes as informações necessárias para a definição das direções e sentidos a serem por eles seguidos, e as informações quanto às distâncias a serem percorridas nos diversos segmentos do seu trajeto. São também utilizados para informar os usuários quanto à existência de serviços ao longo da via, tais como postos de abastecimento e restaurantes, quanto à ocorrência de pontos geográficos de referência como divisas de estados e municípios, à localização de áreas de descanso, à existência de parques e locais históricos, além de fornecer-lhes mensagens educativas ligadas à segurança de trânsito. Enfim, ajudá-los a realizar a sua viagem de maneira direta, segura e confortável. Os sinais de indicação possuem forma normalmente retangular com o lado maior na horizontal, trazem o fundo verde e as legendas, setas e diagramas na cor branca. As exceções já citadas são os sinais de identificação de rodovia que possuem forma própria e os sinais de serviços auxiliares, que possuem fundo azul e o lado maior do retângulo normalmente na vertical. Apesar da indicação da existência de serviços, nenhum sinal colocado na faixa de domínio da rodovia pode conter mensagens comerciais ou de propaganda, por organizações privadas ou indivíduos, devendo ser removidos quaisquer sinais que não sejam essenciais à educação, controle, ou operação de tráfego, à própria indicação de serviços e à de pontos turísticos ou geográficos. Ocorrendo a existência de importante gerador de tráfego, como indústria ou shopping center, com acesso direto à rodovia, é facultada a colocação de Sinal de Indicação com fundo azul por se tratar de informação relativa a serviços. Manual de Sinalização Rodoviária MT/DNER/IPR 73 2.3.1 Posicionamento dos Sinais de Indicação 2.3.1.1 Posicionamento Transversal No tocante ao seu posicionamento transversal, os sinais de indicação são colocados normalmente à margem direita da via, dela guardando uma distância segura, porém dentro do cone visual do motorista, e frontais ao fluxo de tráfego, conforme ilustra o desenho a seguir: min 1,00 m AcostamentoPista 1, 20 m 1, 20 m Figura 2.34 - Posicionamento transversal Os sinais de indicação são ainda colocados suspensos em pórticos e semipórticos (bandeiras), de acordo com as seguintes condições: • vias com volume de tráfego próximo da capacidade; • vias com três ou mais faixas em cada sentido; • vias com tráfego de alta velocidade (velocidade de operação igual ou superior a 100 km/h); • vias com duas faixas por sentido, com tráfego intenso e alta porcentagem de caminhões; • aproximações de interconexões complexas; • interconexões pouco espaçadas entre si; • saídas de vias multifaixas para pistas laterais; • saídas de ramos à esquerda; • segmentos com distância de visibilidade restrita; • segmentos de via sem espaço lateral para colocação de placa. A altura livre entre a borda inferior dos painéis e a pista deve ser de, no mínimo 6,5 metros. A Figura 2.35 a seguir ilustra o posicionamento transversal de sinais suspensos: