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Guias e Dicas
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Rede de frios, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

Manual do MS de rede de frios

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 03/12/2009

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daniel-costa-30 🇧🇷

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Baixe Rede de frios e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! FU N A S A IMUNIZAÇÕES Manual de Rede de Frio 3 Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde Manual de Rede de Frio Brasília, junho 2001 5. Controle de temperatura........................................................................................................... 39 5.1. Termômetro de máxima e mínima analógico ................................................................... 39 5.2. Termômetro digital de máxima e mínima, cabo extensor ................................................. 40 5.3. Termômetro linear ........................................................................................................... 41 5.4. Termômetro analógico, de cabo extensor......................................................................... 42 5.5. Termômetro a laser .......................................................................................................... 43 6. Sistema de refrigeração ............................................................................................................ 45 6.1. Conceito e história ........................................................................................................... 45 6.2. Princípios básicos de refrigeração .................................................................................... 45 6.2.1. Calor ..................................................................................................................... 45 6.2.2. Modos de transferência de calor .......................................................................... 45 6.2.2.1. Condução .............................................................................................. 45 6.2.2.2. Convecção ............................................................................................. 46 6.2.2.3. Radiação ................................................................................................ 46 6.2.3. Relação entre temperatura e movimento molecular .............................................. 47 6.2.4. Calor latente ........................................................................................................ 47 6.2.5. Convecção natural – Densidade ........................................................................... 51 6.2.6. Temperatura ......................................................................................................... 52 6.3. Sistema de refrigeração por compressão ......................................................................... 52 6.3.1. Componentes do sistema ..................................................................................... 52 6.3.1.1. Compressor ........................................................................................... 54 6.3.1.2. Condensador ......................................................................................... 54 6.3.1.3. Filtro desidratador ................................................................................. 55 6.3.1.4. Controle do líquido refrigerante ............................................................. 55 6.3.1.5. Evaporador ............................................................................................ 55 6.3.1.6. Termostato ou controle de temperatura .................................................. 55 6.4. Refrigerador fotovoltaico.................................................................................................. 56 6.5. Sistema de refrigeração por absorção ............................................................................. 56 6.4.1. Funcionamento ..................................................................................................... 56 6.4.2. Controle de temperatura ...................................................................................... 58 7. Sistema de estoque e Distribuição de Imunobiológicos – EDI..................................................... 59 7.1. Princípios básicos ............................................................................................................... 59 8. Anexos ...................................................................................................................................... 60 I - Fluxograma de solicitação e distribuição de imunobiológicos nas instâncias de coordenação e execução do PNI ...................................................................................... 60 II - Formulário para manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração ................... 61 III - Mapa para controle diário de temperatura ...................................................................... 64 IV - Formulário para avaliação de solicitação de reteste de imunobiológico ........................... 65 V - Informações técnicas sobre vacinas.................................................................................. 67 VI - Especificação para aquisição de geladeiras ..................................................................... 69 VII - Teste de qualidade para caixas de poliestireno expandido (isopor) .................................. 71 VIII - Formulário para solicitação de autorização para retificação de saldo do EDI ................... 72 IX - Guia de baixa no sistema ................................................................................................ 73 X - Inutilização mensal de imunobiológicos ........................................................................... 74 XI - Movimento mensal de imunobiológicos ........................................................................... 75 9. Bibliografia ............................................................................................................................... 77 Ilustrações Figura 1 - Fluxograma da Rede de Frio ..................................................................................... 12 Figura 2 - Câmara frigorífica ..................................................................................................... 13 Figura 3 - Freezers ou congeladores .......................................................................................... 15 Figura 4 - Organização interna da geladeira ............................................................................ 17 Figura 4A - Geladeira inadequada para conservação de vacinas ................................................ 18 Figura 4B - Geladeira comercial .................................................................................................. 19 Figura 5 - Caixas térmicas ......................................................................................................... 25 Figura 5A - Ambientação de bobinas de gelo reciclável ............................................................... 28 Figura 6 - Bancada para preparo e despacho de imunobiológicos ............................................ 30 Figura 7 - Transporte de imunobiológicos entre as diversas instâncias ...................................... 34 Figura 7A - Arrumação das caixas térmicas para transporte de vacinas em todas as instâncias ... 36 Figura 8 - Termômetro de máxima e mínima analógico ............................................................. 39 Figura 8A - Termômetro digital de máxima e mínima, cabo extensor ........................................... 40 Figura 8B - Termômetro linear ..................................................................................................... 41 Figura 8C - Termômetro analógico de cabo extensor ................................................................... 42 Figura 8D - Termômetro a laser ................................................................................................... 43 Figura 9 - Transferência de calor por condução ......................................................................... 46 Figura 9A - Transferência de calor por convecção ........................................................................ 46 Figura 9B - Transferência de calor por radiação em superfície refletora ...................................... 46 Figura 9C - Absorção de calor radiante por superfície fria ........................................................... 47 Figura 9D - Comportamento das moléculas de água em estados sólido, líquido e gasoso ........... 47 Figura 9E - Troca de calor entre vacinas e o meio ambiente ........................................................ 48 Figura 9F - Acondicionamento de vacinas em caixa, sem uso de bobinas de gelo reciclável ........ 48 Figura 9G - Acondicionamento de vacinas em caixa, com uso de bobinas de gelo reciclável ....... 48 Figura 9H - Proteção dos imunobiológicos por bobinas de gelo reciclável, de acordo com a espessura das paredes da caixa térmica.................................................................... 49 Figura 9I - Caixa com gelo reciclável com temperatura inferior a 0ºC ........................................ 50 Figura 9J - Caixa com gelo reciclável registrando variação de temperatura em vários pontos .... 50 Figura 9K - Proteção dos imunobiológicos por bobinas de gelo reciclável ................................... 51 Figura 9L - Troca de ar ao abrir a porta da geladeira ................................................................. 51 Figura 9M - Relação entre temperatura e convecção natural ........................................................ 52 Figura 9N - Sistema de refrigeração por compressão................................................................... 53 Figura 9O - Unidade condensadora ............................................................................................. 54 Figura 9P - Refrigerador fotovoltaico ........................................................................................... 56 Figura 9Q - Esquema de um sistema de refrigeração por absorção ............................................. 57 Apresentação A Fundação Nacional de Saúde espera com a 3ª edição deste Manual atingir o objetivo de contribuir com a confiabilidade e qualidade dos imunobiológicos em todos os recantos deste país, independente de sua diversidade geográfica e, conseqüentemente, garantir o direito de vacinação a toda a população. Trata-se de um instrumento uniforme e único destinado a todos que se envolvem nas tarefas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), desde a instância central, até as salas de vacina, objetivando a excelência de qualidade dos imunobiológicos a serem aplicados, ou seja, não garantindo tão-somente a vacinação, mas sim uma perfeita e adequada imunização. O PNI, ao longo destes 27 anos, vem construindo sua consolidação com esforços, pretendendo alcançar a imunização de 100% da população-alvo, através da aplicação de imunobiológicos bem conservados, proporcionando a erradicação, eliminação e/ou controle das doenças imunopreveníveis. A Comissão que elaborou este Instrumento procurou colocar de forma prática, concisa e clara os anseios que hoje estão nos profissionais que fazem a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI). Este Manual de Rede de Frio faz parte dos documentos normativos publicados pela CGPNI, do Centro Nacional de Epidemiologia/FUNASA/MS, como instrumento essencial de normatização que se complementa pelo de Capacitação de Rede de Frio, destinados à orientação e atualização dos profissionais da área da saúde, que se dedicam à imunização da população brasileira. FUNASA - junho/2001 - pág. 11 1. Rede de Frio 1.1. Rede de Frio A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações, e deve ter as condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada. O objetivo final da Rede de Frio é assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade, haja vista que são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois de determinado tempo quando expostos a variações de temperaturas inadequadas à sua conservação. O calor acelera a inativação dos componentes imunogênicos. É necessário, portanto, mantê-los constantemente refrigerados, utilizando instalações e equipamentos adequados em todas as instâncias: nacional, estadual, regional ou distrital e municipal/local. Um manuseio inadequado, um equipamento com defeito, ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia dos imunobiológicos. A Rede de Frio é composta basicamente dos seguintes elementos (figura 1): 1. Equipe técnica; 2. Equipamentos; 3. Instâncias de armazenamento; 4. Transporte entre as instâncias; 5. Controle de Temperatura; 6. Financiamento. FUNASA - junho/2001 - pág. 12 Figura 1 - Fluxograma da Rede de Frio CÂMARA FRIA CÂMARA FRIA INSTÂNCIA ESTADUAL TRANSPORTE LABORATÓRIO PRODUTOR CAIXA TÉRMICA CAIXA TÉRMICA CAIXA TÉRMICA TRANSPORTE TRANSPORTE INSTÂNCIA REGIONAL INSTÂNCIA LOCAL CAIXA GELADEIRA FREEZERS GELADEIRA COMERCIAL INSTÂNCIA NACIONAL FUNASA - junho/2001 - pág. 13 2. Equipamentos da rede de frio 2.1. Câmaras frigoríficas Também denominadas quartos frios ou câmaras frias, são ambientes especialmente projetados para a armazenagem de produtos predominantemente em baixas temperaturas e em grandes volumes (figura 2). Podem ser reguladas para trabalhar mantendo as mais diversas temperaturas, tanto positivas quanto negativas. Especificamente para os imunobiológicos, essas câmaras são projetadas para operarem em temperatura de +2ºC e -20°C, de acordo com a especificação do produtor. Os imunobiológicos podem em algum momento estar conservados em temperatura entre +2° e +8°C, sem perda da sua capacidade imunogênica, observada a data de validade especificada no produto. Figura 2 - Câmara frigorífica O seu funcionamento de uma maneira geral obedece aos princípios básicos de refrigeração, além de princípios específicos, tais como: • isolamento das paredes internas do ambiente a ser refrigerado; • sistema de ventilação no interior da câmara, para facilitar a distribuição do ar frio pelo evaporador; • compressor e condensador dispostos na área externa à câmara, com boa circulação de ar; • antecâmara, com temperatura de +4°C, objetivando auxiliar o isolamento do ambiente e prevenir a ocorrência de choque térmico aos imunobiológicos; • alarmes de baixa e alta temperatura para alertar a ocorrência de falta de energia elétrica; • alarme audiovisual indicador de abertura de porta; • dois sistemas independentes de refrigeração instalados: um em uso e outro em reserva, para eventual defeito do outro; • sistema de alarme com registrador de temperatura (termógrafo), registrador de umidade (higrômetro). FUNASA - junho/2001 - pág. 16 borracha apresentar resistência, a vedação está adequada, porém, se o papel sair com facilidade, deverá ser trocada a borracha. Este teste deverá ser feito em vários pontos da porta, especialmente nos quatro ângulos; • fazer o degelo a cada 30 dias ou sempre que for necessário; não deixar acumular gelo nas paredes, em espessura maior que 0,5cm, porque isto compromete a conservação das vacinas, vez que o gelo é um material isolante e não deixa passar o frio; • usar tomada exclusiva para cada equipamento; Observação: Este equipamento deverá ser submetido à manutenção preventiva conforme formulário anexo, e corretiva quando necessário. 2.4. Refrigeradores ou geladeiras São equipamentos de uso doméstico que na Rede de Frio são destinados à estocagem de imunobiológicos em temperaturas positivas a +2ºC, devendo para isto estar regulados para funcionar nesta faixa de temperatura. A vacina pode, em algum momento, estar em uma temperatura entre +2o e +8oC sem sofrer perda de potência (em armazenamento). 2.4.1 Geladeira doméstica As geladeiras, com capacidade a partir de 280 litros, utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações, devem ser organizadas de acordo com as seguintes recomendações (figura 4): • no evaporador (congelador) colocar gelo reciclável (gelox ou bobinas com água) na posição vertical. Esta norma contribui para a elevação lenta da temperatura, oferecendo proteção aos imunobiológicos na falta de energia elétrica ou defeito do equipamento; • na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas que podem ser submetidas à temperatura negativa (contra poliomielite, sarampo, febre amarela, rubéola, tríplice viral) dispostas em bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar (figura 4); • na segunda prateleira devem ser colocadas as vacinas que não podem ser submetidas à temperatura negativa (dT, DTP, Hepatite B, Hib, influenza, TT e BCG), também em bandejas perfuradas ou nas próprias embalagens do laboratório produtor (figura 4); • na segunda prateleira, no centro, colocar termômetro de máxima e mínima na posição vertical, em pé (figura 4); • na terceira prateleira pode-se colocar os diluentes, soros ou caixas com as vacinas conservadas entre +2 e +8ºC, tendo o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas, e entre as paredes da geladeira (figura 4); • retirar todas as gavetas plásticas e suportes que existam na parte interna da porta, e no lugar da gaveta grande preencher toda parte inferior exclusivamente com 12 garrafas de água com corante, que contribuem para a lenta elevação da temperatura interna da geladeira (figura 4). Essa providência é de vital importância para manter a temperatura da geladeira entre +2°C e +8°C quando ocorrer falta de energia ou defeito no equipamento. A porta do evaporador (congelador) e a bandeja coletora sob este deverão ser mantidas (figura 4). Não devem ser usadas bobinas de gelo reciclável como substitutas das garrafas. • A geladeira que não possuir o quantitativo de 12 garrafas de água deverá ser abastecida com o número necessário, colocando-se duas unidades por dia até atingir o número recomendado (12), evitando-se, dessa forma, modificação abrupta de temperatura no interior da geladeira, levando as vacinas a choque térmico. As unidades de saúde que dispuserem de geladeira para outro fim poderão utilizá-la para refrigerar a água que será usada para abastecer as 12 garrafas e em seguida colocá-las na geladeira da vacina de uma só vez. Essas garrafas devem ser tampadas para que a água não evapore, pois a evaporação acelera a formação de gelo no evaporador. FUNASA - junho/2001 - pág. 17 Observação: Não devem ser usadas geladeiras duplex (evaporadores separados do restante) e/ou frigobar. O evaporador desse tipo de geladeira não é elemento de segurança contra as bruscas elevações de temperatura em caso de defeito ou falta de energia elétrica, vez que não se localiza no compartimento destinado ao armazenamento. O congelador do frigobar não produz gelo na quantidade necessária, bem como não possui espaço físico suficiente para armazenamento de bobinas de gelo reciclável. Desta forma, não dá segurança contra as bruscas elevações de temperatura em caso de defeito ou falta de energia elétrica. E ainda a espessura do isolamento das paredes do frigobar facilita a troca de calor com o ambiente externo. Figura 4 - Organização interna da geladeira - Na porta: - não colocar imunobiológicos. - não colocar qualquer outro produto ou objeto. - No congelador (evaporador): • gelo reciclável (*) - Na primeira prateleira: • vacinas que podem ser submetidas à temperatura negativa(**) - Na segunda prateleira: • termômetro de máxima e mínima • vacinas que não podem ser sub- metidas a tempe- raturas negativas (***) - Na terceira prateleira: • estoque de vacinas • soros • diluentes - Na prateleira inferior: • garrafas com água e um corante (*) (*) O gelo reciclável e as garrafas com água servem para manter a temperatura baixa em caso de defeito ou falta de energia. (**) Organizar os imunobiológicos em bandejas perfuradas. (***) O termômetro deve ficar em pé, afixado com barbante ou arame. FUNASA - junho/2001 - pág. 18 2.4.1.1 Cuidados básicos • Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no início da jornada de trabalho e no final do dia e anotar no formulário de controle diário de temperatura; • manter afixado na porta aviso para que esta não seja aberta fora do horário de retirada e/ou guarda das vacinas; • usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver mais de uma; • instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor, sem incidência de luz solar direta, em ambiente climatizado, bem nivelada e afastada 20cm da parede; • colocar na base da geladeira suporte com rodas; • não permitir armazenar outros materiais (laboratório odontológico, alimentos, bebidas, etc. (figura 4A); • não armazenar absolutamente nada na porta; • certificar-se de que a porta está vedando adequadamente; • fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de gelo for superior a 0,5cm; • não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação de ar. Figura 4A - Geladeira inadequada para conservação de vacinas Nà O FUNASA - junho/2001 - pág. 21 Dentre a grande variedade de termostatos, para os mais diversos usos, distinguem-se três tipos: 1. termostato para ambiente; 2. termostato para líquido; 3. termostato para evaporador. O botão de regulagem vai permitir que o compressor seja acionado por mais ou menos tempo. Os números ou letras indicados no botão de regulagem dos termostatos não têm relação direta com a temperatura; indicam, apenas, se o compressor funcionará por mais ou menos tempo. Ajuste do termostato - Regulagem da temperatura Para regular a temperatura deve-se colocar um termômetro dentro do gabinete frigorífico, efetuando-se a seguir os ajustes do termostato, movendo-se o botão de regulagem para a esquerda ou direita, segundo a temperatura desejada. Cada movimento de ajuste, por mínimo que seja, deve ser realizado em várias sessões e depois de transcorrido certo tempo entre os ajustes (uma hora para cada ajuste). Isso é de grande importância, haja vista que o sistema requer certo tempo para estabilizar a temperatura. O compressor deve funcionar segundo um determinado ciclo (funcionando e desligando por intervalos de tempo) que será uma referência de que o sistema está funcionando com a temperatura requerida sendo alcançada, e com o termostato automaticamente conectando e desconectando o compressor por sensibilidade à temperatura. A regulagem do termostato da geladeira para atingir a temperatura mínima de +2 °C é feita no sentido de se evitar que, durante as horas noturnas, a parte posterior da primeira prateleira chegue a apresentar temperaturas negativas. Ao se fazer o sistema funcionar em temperatura determinada, pode acontecer que não se consiga uma grande precisão, em virtude do equipamento utilizado ou da qualidade do termostato. É necessário, portanto, procurar uma temperatura média entre os intervalos daquelas requeridas. Recomendações • Ao ajustar a temperatura, deve-se ter o cuidado de abrir a porta somente no ato de regular e ler o termômetro; • as leituras de temperatura devem ser feitas depois de transcorrido pelo menos uma hora para cada ajuste; • a abertura da porta por um tempo de três minutos, em ambiente com uma temperatura externa de 40°C, ocasiona modificação da temperatura interna da geladeira de tal forma que serão necessários 30 minutos, em média, para que a temperatura original se estabilize; • ao iniciar o funcionamento de um equipamento novo, não coloque as vacinas de imediato. É necessário, primeiro, testar a estabilidade do aparelho, por um período de 24 horas; • dentro do espaço frigorífico de um equipamento de refrigeração nem sempre existe uma mesma temperatura em todo o ambiente, por isto deve-se localizar quais as variações internas de temperatura, o que se faz deslocando o termômetro para vários pontos distintos, ou colocando um termômetro em cada um destes pontos; • o equipamento de refrigeração pode apresentar temperaturas diferentes, dependendo do horário em que são feitas as leituras (manhã, tarde ou noite). Geralmente as temperaturas registradas pela manhã são mais baixas que as da tarde, tendo em vista que à noite a temperatura ambiente é mais baixa e a geladeira não é aberta. 2.4.4. Limpeza da geladeira Para que sejam mantidas as condições ideais de conservação dos imunobiológicos, deve-se fazer a limpeza da geladeira periodicamente, a cada 15 dias, ou quando a camada de gelo atingir 0,5 centímetro. Para isso, recomenda-se: • transferir os imunobiológicos para outra geladeira, se houver, ou para uma caixa térmica com gelo reciclável, mantendo a temperatura recomendada (+2ºC a +8ºC) e vedar as caixas com fita gomada; • desligar a tomada e abrir as portas da geladeira e do congelador, até que todo o gelo aderido se desprenda: não usar faca ou outro objeto pontiagudo para a remoção mais rápida do gelo, pois esse procedimento pode danificar os tubos de refrigeração; FUNASA - junho/2001 - pág. 22 • não mexer no termostato; • limpar a geladeira com um pano umedecido em solução de água com sabão neutro, ou sabão de coco, por exemplo. Não jogar água no interior do refrigerador; • após a limpeza: - ligar a geladeira; - recolocar o termômetro, as 12 garrafas e o gelo reciclável; - manter as portas fechadas por uma hora, verificando a temperatura após esse período. Quando a mesma estiver entre +2ºC e +8°C recolocar as vacinas e soros nos seus devidos lugares. Observação: Para verificar se a borracha da porta da geladeira está vedando adequadamente, deve-se pegar uma tira de papel com 3cm de largura aproximadamente e colocá-la entre a borracha da porta e a geladeira. Se ao puxar o papel a borracha apresentar resistência está em perfeito estado, porém se o papel sair com facilidade deverá ser trocada a borracha. Este teste deverá ser feito em vários pontos da porta, especialmente nos quatro ângulos. 2.5. Situações de emergência A geladeira pode deixar de funcionar por dois motivos. Em ambos os casos deverão ser tomadas providências para evitar a perda dos imunobiológicos acondicionados no mesmo: • Defeito técnico: os imunobiológicos deverão ser acondicionados em caixas térmicas mantendo a temperatura recomendada de +2ºC a +8ºC, onde poderão permanecer até 24 horas. • Corte de energia elétrica: nessa situação recomenda-se: - Se a geladeira está em perfeito estado de funcionamento, apresentando variação de temperatura de +2°C a +4°C, deve-se mantê-la fechada por um período máximo de oito horas. - O serviço de saúde deverá dispor de bobinas de gelo reciclável congeladas para serem usadas no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas quando a interrupção do fornecimento de energia elétrica durar mais que oito horas. - Caso a geladeira em uso não apresente um perfeito estado de funcionamento e sua temperatura variar entre +6°C e +8°C com freqüência, a permanência dos imunobiológicos nesse equipamento não deverá ser por mais que duas horas e meia, a partir do início da falta de fornecimento de energia elétrica. - Em situações em que o equipamento de refrigeração apresentar as condições acima mencionadas e não se tiver estimativa do tempo em que a energia elétrica permanecerá interrompida, o acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas, utilizando-se a devida técnica, deverá ser providenciado em uma hora. Caso o defeito identificado não seja solucionado e a corrente elétrica não se restabeleça até o encerramento dos trabalhos da unidade de saúde, transferir as caixas térmicas com os imunobiológicos para o serviço de saúde mais próximo ou para a instância regional. Recomenda-se que, na caixa de distribuição da força elétrica, seja identificada a chave responsável pela condução de energia para a sala de vacinação. Nessa chave deve-se colocar um aviso para que nunca seja desligada sem comunicar com antecedência ao responsável pelos imunobiológicos. É importante, também, manter a articulação constante com a empresa local de energia elétrica, a fim de ter informação prévia sobre eventuais cortes de energia. Nas situações de emergência, a instância central estadual ou regional da Rede de Frio (secretaria estadual ou órgão regional de saúde) necessita ser informada sobre as circunstâncias em que essas situações ocorreram, para tomar providências de acordo com a ocorrência. Quando a temperatura da geladeira ultrapassar +8°C os imunobiológicos deverão ser colocados sob suspeita. 2.6. Imunobiológicos sob suspeita A manutenção da qualidade do imunobiológico, desde a sua produção até o momento em que ele é administrado, deve ser uma constante preocupação daqueles que distribuem, recebem e utilizam esses produtos. FUNASA - junho/2001 - pág. 23 Em qualquer situação, os imunobiológicos devem ser examinados para se verificar, por exemplo, a presença de substâncias estranhas ou alterações da cor e da consistência do produto. Além disso, é importante se verificar as condições de conservação do estoque, no transporte e na utilização dos imunobiológicos, bem como elevação da temperatura da vacina superior a +8°C. Quando um imunobiológico é colocado sob suspeita deve ser submetido a processos de análise e/ou reteste. Será necessário o preenchimento correto do formulário para Avaliação de Imunobiológicos sob Suspeita, o qual deverá ser enviado pela Coordenação Estadual do PNI à Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Esta, por sua vez, avaliará a situação de suspeita recomendando ou não o reteste (processo bastante dispendioso), ou indicar a autorização para utilização ou descarte do imunobiológico. É importante ressaltar, entretanto, que ao colocar um imunobiológico sob suspeita, até decidir sobre a realização ou não do reteste, deve-se adotar as seguintes providências: • suspender de imediato a utilização do imunobiológico, mantendo-o sob refrigeração adequada; • identificar o imunobiológico sob suspeita, registrando o número do lote, procedência, quantidade, data da validade do lote, local e condições de armazenamento; • registrar o problema identificando a causa no formulário padronizado de Avaliação de Imunobiológicos sob Suspeita; • contatar a rede de frio imediatamente superior (local para o municipal, regional ou estadual, de acordo com a situação do estado); • o imunobiológico sob suspeita poderá ser remetido à instância imediatamente superior, devidamente acondicionado em caixas térmicas e acompanhado do documento de devolução, assinado pelo responsável (no caso de falta de espaço nos armazenamentos, necessidade de acondicionamento adequado ou por determinação do coordenador estadual do PNI). A decisão final sobre a realização ou não de reteste dos imunobiológicos será de competência da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Por outro lado, no caso de alterações da temperatura, é importante levar em conta a temperatura máxima, mínima e do momento atingida e o tempo em que o imunobiológico permaneceu nesta temperatura. Observações: • As vacinas não poderão ser inutilizadas sem autorização por escrito da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações; • O tempo de duração do reteste, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS, varia entre 45 e 90 dias, dependendo do imunobiológico. 2.6.1. Inutilização dos imunobiológicos sob suspeita Muitas vezes o quantitativo de imunobiológicos sob suspeita não justifica a realização de reteste, outras vezes o resultado da reanálise orienta a não utilização do produto. Nesses casos, os imunobiológicos devem ter um destino adequado que será determinado pela Coordenação Estadual/ Regional do Programa. Alguns produtos são compostos por microorganismo vivos atenuados (vacinas contra: sarampo, poliomielite, febre amarela, tuberculose, etc.) e, por isso, constituem material biológico infectante que deve receber tratamento prévio antes de ser desprezado. Os compostos por produtos de bactérias e vírus mortos ou sintéticos obtidos por engenharia genética (as vacinas DTP, dT, DT, Hib, HB, etc.) não precisam receber tratamento especial antes de serem inutilizadas. O descarte de grandes volumes de imunobiológicos deverá ser feito através da Central Regional ou Estadual de Imunizações, com conhecimento, orientação e acompanhamento da Vigilância Sanitária e proceder conforme condições técnicas locais (incineração, autoclavagem, aterro, etc.) Observação: Os municípios de grande porte que preencherem os requisitos necessários, acima citados, poderão proceder o descarte. FUNASA - junho/2001 - pág. 26 O Programa Nacional de Imunizações recomenda para a conservação de imunobiológicos apenas a bobina de gelo reciclável de gel com capacidade de 1 litro, as quais são utilizadas apenas para o transporte de produtos em temperatura positiva (entre +2ºC e +8ºC). Para o transporte de imunobiológicos em temperatura negativa, é utilizado o gelo seco (CO 2 ). Durante o processo licitatório para aquisição deste produto, deverão ser exigidas das empresas licitantes amostras para serem submetidas aos seguintes testes: a) Manter as bobinas em freezer durante um período mínimo de 48 h; b) Colocar as bobinas congeladas em caixa térmica que atenda às especificações contidas neste manual e monitorá-la durante 48 horas, verificando se a temperatura preconizada para conservação de imunobiológicos durante o transporte se mantém por 24 horas no mínimo; e se ao completar as 48 horas de monitoramento ainda apresenta temperatura máxima de até +8ºC. 2.9.1. Cuidados com as bobinas de gelo reciclável • como complemento indispensável da caixa térmica, o programa recomenda a utilização de gelo reciclável de gel, como descrito anteriormente; • caso o frasco plástico seja danificado, deixando vazar seu conteúdo, no total ou em parte, a bobina deverá ser desprezada. NUNCA USAR ÁGUA COM SAL OU OUTRA SUBSTÂNCIA, para completar o volume de bobinas porque quando se adiciona sal à água, baixa-se o ponto de congelamento e desta forma poderá haver congelamento de vacinas bacterianas; • uma vez terminado o uso da caixa térmica, as bobinas deverão ser retiradas, lavadas, enxugadas e retornadas ao congelador ou freezer. NÃO SE DEVE MANTER BOBINAS FORA DO CONGELADOR OU FREEZER. Quando a unidade de saúde só dispor de uma geladeira, guardar o máximo de bobinas possíveis na bandeja coletora de água situada abaixo do evaporador. NUNCA ARMAZENAR BOBINAS NA PORTA DA GELADEIRA. • todas as instâncias de armazenamento e distribuição de imunobiológicos deverão possuir bobinas congeladas em quantidade suficiente ao abastecimento do número de caixas térmicas utilizado. • observar o prazo de validade das bobinas, pois as que contêm celulose vegetal propiciam o crescimento de microorganismos após o vencimento do prazo de validade. 2.10. Procedimentos para aquisição de caixas térmicas • As caixas térmicas de poliestireno expandido (isopor) a serem utilizadas pelo Programa deverão ter uma densidade mínima de 25 kg/m3 e uma espessura mínima de 2cm (caixas de sete litros), 3cm (caixas de 17 e 37 litros), 4cm (caixas de 80 litros) e 5cm (caixas de 180 litros). • As caixas térmicas de poliuretano a serem utilizadas pelo Programa deverão ter uma densidade mínima de 35 kg/m3 e uma espessura mínima de 2cm (caixas de sete litros), 3cm (caixas de 17 e 37 litros), 4cm (caixas de 80 litros) e 5cm (caixas de 180 litros). • Durante o processo licitatório, deverá ser fornecida pelos participantes amostra do produto que será enviada ao requisitante (Coordenação do Programa de Imunizações) para efetuar testes de qualidade, cujo procedimento está descrito no anexo VII. • O uso de caixas térmicas de poliestireno expandido (isopor), ao invés de poliuretano, no transporte em instância nacional, deve-se ao alto custo do frete aéreo que inviabiliza o retorno das mesmas. • Recomenda-se a aquisição de caixas de poliuretano em todas as localidades que utilizem transporte terrestre e fluvial terceirizados. FUNASA - junho/2001 - pág. 27 2.11. Organização da caixa térmica para vacinação de rotina na sala de vacinação No serviço de saúde, a conservação dos imunobiológicos a serem utilizados na vacinação durante a jornada de trabalho deve ser feita em caixa térmica do tipo retangular, com capacidade de sete litros e com tampa ajustada (evitar usar caixas do tipo “cumbuca” porta-gelo). Ao organizar a caixa térmica para início das atividades diárias, deve-se ter os seguintes cuidados: • manter a temperatura interna da caixa entre +2ºC e +8ºC, monitorando-a com termômetro de cabo extensor, de preferência, ou com termômetro linear, trocando as bobinas de gelo reciclável sempre que se fizer necessário; • usar bobina de gelo reciclável, a qual deverá estar no congelador da geladeira da sala de vacina e que precisará ser ambientada para uso, vez que a temperatura atingida por esta no congelador chega a aproximadamente -7°C; • arrumar os imunobiológicos na caixa, deixando-os circundados (ilhados) pelo gelo reciclável (três a cinco bobinas de gelo reciclável com capacidade de 500ml para a caixa térmica acima mencionada); • manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distante de fontes de calor (estufa, aquecedor, etc.); Observação: Embora o gelo em barra ou em escamas não seja adequado para a manutenção da temperatura recomendada para a conservação de vacinas, é prática sua utilização em campanhas de vacinação, considerando-se assim uma situação especial. Sendo esta a única alternativa, utilizar gelo em barra ou em escamas dentro de saco plástico, considerando-se a insuficiência de bobinas. Os serviços de saúde deverão conservar devidamente as bobinas enviadas pela instância central, ou adquiridas com recursos próprios, a fim de que torne cada vez mais desnecessária a utilização de gelo comum. 2.11.1. Procedimentos no final das atividades: • desprezar as sobras das vacinas BCG-ID, contra o sarampo, dupla viral, contra a febre amarela, tríplice viral e contra a rubéola conforme normas da CGPNI (ver “imunobiológicos sob suspeita”); • retornar à geladeira aquelas que podem ser utilizadas no dia seguinte: DTP, dT, DT, Hib, Hepatite B, e Sabin, dependendo das condições de manuseio e refrigeração; • retornar as bobinas de gelo reciclável ao congelador da geladeira; • lavar a caixa térmica, enxugá-la e guardá-la destampada em local protegido. 2.11.2. Ambientação da bobina de gelo reciclável a) Quando as bobinas de gelo reciclável estiverem estocadas em freezer, ou seja, próximo de -20°C, ou em congelador de geladeira, próximo de -7°C, deverá ser feita a ambientação das mesmas, isto é: as bobinas de gelo reciclável devem ser retiradas do freezer, colocadas sobre uma mesa, pia ou bancada, até que desapareça a “névoa” que normalmente cobre a superfície externa da bobina congelada (figura 5A). Ao mesmo tempo, colocar uma das bobinas sobre um material isolante (tampa da caixa de isopor) e colocar sob a bobina o bulbo de um termômetro de cabo extensor, para indicação de quando as bobinas terão alcançado a temperatura mínima de 0ºC. Após o desaparecimento da “névoa”, e a confirmação da temperatura positiva através do termômetro de cabo extensor mantido em uma das bobinas, colocá-las nas caixas conforme figura abaixo. Concomitantemente recomenda-se mensurar a temperatura interna da caixa através do termômetro de cabo extensor, antes de colocar as vacinas dentro dela. b) A ambientação do gelo reciclável deverá ser feita sempre que se for acondicionar as vacinas na temperatura de +2ºC a +8°C, seguindo os procedimentos descritos para transporte de vacinas, entre as diversas instâncias, ou para uso em sala de vacina; c) A precipitação de uma vacina deve-se a sua permanência a uma temperatura inferior a 0°C, por um período de tempo de vários dias, ou acúmulo de períodos parciais de tempo. FUNASA - junho/2001 - pág. 28 Figura 5A - Ambientação das bobinas de gelo 0 º Retirar o gelo reciclável do freezer, podendo estar a uma temperatura de -15ºC a -20ºC; Colocar o gelo reciclável sobre uma superfície até desaparecer a névoa. Ao mesmo tempo, monitorar uma delas com termômetro de cabo extensor; Colocar na caixa térmica e em seguida colocar as vacinas. FUNASA - junho/2001 - pág. 31 Os imunobiológicos deverão ser distribuídos aos municípios de acordo com o cronograma e a solicitação mensal, que deve ser avaliada segundo o consumo médio mensal de cada solicitante (ver modelo em anexo), em caixas térmicas de poliestireno expandido ou poliuretano devidamente acondicionados. Observação: Deve-se prever instalação de gerador com capacidade para atender à demanda dos equipamentos. A manutenção permanente, preventiva e corretiva desses equipamentos é responsabilidade do Gestor, desenvolvida através de serviços próprios ou contratados. Na maioria dos casos o gerador não será maior que 15KVA e alimentado a óleo diesel. NÃO UTILIZAR GERADOR À GASOLINA. 3.4. Armazenamento municipal A Rede de Frio municipal deverá ser dimensionada tendo como parâmetro o quantitativo dos imunobiológicos necessários à população a ser atendida. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) recomenda os seguintes parâmetros: 1) Para municípios a partir de cinco milhões de habitantes: - Câmara Fria Positiva (+2°C); - Câmara Fria Negativa (-20°C); - Freezers para estocagem de gelo reciclável; - Área física com ar-condicionado; - Gerador. 2) Para municípios entre dois e cinco milhões de habitantes: - Câmara Fria Positiva (+2ºC); - Freezers para conservação de gelo reciclável; - Área física com ar-condicionado; - Gerador. 3) Para municípios com menos de dois milhões de habitantes: - Geladeiras para conservação +2ºC; - Freezers para estocagem de gelo reciclável; - Área física com ar-condicionado; - Gerador. Observação: a) O número de geladeiras e freezers deve estar de acordo com o quantitativo de imunobiológico recebido, a rotatividade, bem como da reserva estratégica. b) O município deverá ser o responsável pela manutenção permanente, preventiva e corretiva dos mesmos, pelos serviços próprios ou contratados. c) Nos municípios onde a oscilação da corrente elétrica é freqüente, os equipamentos deverão contar com estabilizador de corrente elétrica. d) Os municípios nos quais a interrupção de energia elétrica é freqüente deverão possuir geladeiras elétrica/gás, com dois botijões de gás. 3.5. Armazenamento local Onde são armazenados os imunobiológicos a serem utilizados na sala de vacinação da unidade de saúde. Todos os imunobiológicos devem ser mantidos em temperatura de +2ºC, utilizando-se geladeiras domésticas com capacidade mínima de 280 litros. A temperatura da geladeira deverá ser regulada a +2°C, devendo porém oscilar normalmente entre +2ºC e +4ºC. A ocorrência de oscilação entre +2ºC e +8ºC quando esporadicamente, não compromete a qualidade do imunobiológico. A quantidade de geladeiras necessária deve estar de acordo com os quantitativos de imunobiológicos necessários para a população de referência, sua rotatividade, bem como da necessidade de reserva estratégica. FUNASA - junho/2001 - pág. 32 O ambiente deve ser arejado e protegido da luz solar direta. Quando possível, a instalação de aparelho de ar- condicionado contribui para conservar a qualidade dos imunobiológicos. Observação: a) A manutenção permanente, preventiva e corretiva desses equipamentos é de responsabilidade do Gestor, através de serviços próprios ou contratados; b) Os municípios nos quais a oscilação da corrente elétrica é freqüente deverão contar com estabilizador de corrente elétrica. Obs.: Espaço necessário para armazenar os imunobiológicos nos equipamentos da rede de frio, orientação da opas - PAI • Refrigerador - ocupar somente 50% da capacidade do equipamento com os imunobiológicos; • Freezer - ocupar 65% da capacidade do equipamento com os imunobiológicos. Quando este for destinado à conservação de gelo reciclável, poderá ser ocupado em 100% de sua capacidade. FUNASA - junho/2001 - pág. 33 4. Transporte entre as diversas instâncias No transporte de vacinas se distinguem dois tipos totalmente diferenciados (figura 7): a) Da instância nacional para a estadual; O transporte da instância nacional para a estadual é realizado por via terrestre, em veículo refrigerado, ou via aérea. Utilizam-se companhias transportadoras organizadas e responsáveis, com pessoal preparado e horários pontualmente estabelecidos. O transporte via terrestre é realizado em veículo refrigerado próprio da Cenadi. Com isso, se minimizam os riscos de ocorrência de danos aos imunobiológicos, provocados por atrasos ou esquecimentos em áreas não refrigeradas. b) Da instância estadual para a regional/municipal O transporte da instância estadual para a regional/municipal é realizado por via terrestre, em veículos próprios do serviço público ou particulares. Em situações em que a distância entre as instâncias e/ou de clima quente, recomenda-se que se utilize veículo climatizado, a fim de garantir a boa qualidade dos imunobiológicos. O transporte fluvial é realizado geralmente em embarcações particulares e nestes casos a duração do período de viagem é maior em tempo, apesar de os percursos serem menores em distância que no transporte da instância nacional. 4.1. Da instância nacional para a estadual O transporte dos imunobiológicos é feito utilizando-se caixas térmicas de poliestireno expandido, nas quais os imunobiológicos são devidamente acondicionados e as caixas transportadas por via aérea ou terrestre em veículo climatizado. O acondicionamento dos imunobiológicos durante o transporte, leva em conta a temperatura de conservação e o tempo previsto para o deslocamento. Nas caixas térmicas utilizadas para o transporte dos imunobiológicos conservados a -20ºC é empregado gelo seco (CO 2 ) em quantidade compatível com o tempo de deslocamento e o volume a ser transportado. Nas caixas térmicas utilizadas para o transporte dos imunobiológicos conservados entre +2ºC e +8ºC é empregada bobina de gelo reciclável. FUNASA - junho/2001 - pág. 36 A temperatura deverá ser verificada durante 30 minutos com termômetro de cabo extensor. Lacrar a caixa, colocar a etiqueta identificando-a com endereço de destino, nome e telefone do responsável pelo recebimento (para contato em caso de emergência), data e hora da embalagem e prazo para entrega do volume. A caixa deverá além dos imunobiológicos conter: • Nota de Fornecimento • Formulário de Detalhamento da Carga onde deverá constar: - temperatura de saída dos imunobiológicos virais e bacterianos; - data e hora da embalagem; - número de volumes; - número de bobinas utilizadas; - assinatura do responsável pela embalagem. • Formulário Comprovante de Recebimento de Imunobiológicos, onde consta: - data e hora de chegada; - número da nota; - quantidade de volumes; - temperaturas no momento da chegada; - observação; - assinatura do responsável. 4.3. Da instância regional estadual para a municipal O transporte dos imunobiológicos é feito utilizando-se caixas térmicas de poliestireno expandido ou poliuretano. Todos os imunobiológicos são transportados conservando-se a temperatura entre +2ºC e +8ºC, em caixas térmicas separadas, as virais das bacterianas e virais conservadas em +2ºC a +8ºC, para evitar que as vacinas conservadas a -20°C congelem as demais durante o transporte. Figura 7A - Arrumação das caixas térmicas para transporte de vacinas em todas as instâncias 1- Colocar gelo reciclável no fundo da caixa térmica 3- Colocar os imunobiológicos no centro da caixa térmica 2- Colocar gelo reciclável nas paredes da caixa térmica 4- Finalmente colocar o gelo reciclável para cobrir os imunobiológicos FUNASA - junho/2001 - pág. 37 Nas caixas térmicas destinadas ao transporte de imunobiológicos conservados entre +2ºC e +8 ºC devem ser utilizadas bobinas de gelo reciclável previamente mantidas em freezers e ambientadas em torno de 0°C. Após o processo de ambientação das bobinas, colocá-las no fundo e nas paredes laterais da caixa. Colocar os imunobiológicos no centro e posteriormente bobinas sobre estes (figura 7A). Verificar a temperatura durante 30 minutos com termômetro de cabo extensor. Lacrar a caixa, colocar a etiqueta identificando o endereço para entrega, telefone do destinatário, nome e telefone da pessoa responsável pelo recebimento (para caso de emergência), data e hora da embalagem e prazo para entrega do volume. 4.4. Da instância regional estadual para a municipal/local O transporte dos imunobiológicos é feito utilizando-se caixas térmicas de poliestireno expandido ou poliuretano. Todos os imunobiológicos são transportados conservando-se a temperatura entre +2°C e +8°C em caixas térmicas separadas, as virais das bacterianas e virais conservadas em +2ºC a +8ºC, com o objetivo de evitar que as vacinas conservadas a -20°C congelem as bacterianas durante o transporte. Nas caixas térmicas destinadas ao transporte de imunobiológicos conservados entre +2ºC e +8ºC devem ser utilizadas bobinas de gelo reciclável previamente mantidas em freezers e ambientadas em torno de 0°C. Após o processo de ambientação das bobinas, colocá-las no fundo e nas paredes laterais da caixa. Colocar os imunobiológicos no centro e posteriormente bobinas sobre estes (figura 7A). Verificar a temperatura durante 30 minutos com termômetro de cabo extensor. Lacrar a caixa, colocar a etiqueta identificando o endereço para entrega, telefone do destinatário, nome e telefone do responsável pelo recebimento (para casos de emergência), data e hora da embalagem e prazo para entrega do volume. 4.5. Cuidados básicos no transporte: • Como o transporte entre as diferentes instâncias é feito predominantemente por via terrestre, recomenda-se o máximo cuidado na colocação das caixas térmicas no interior dos veículos: não fechar as janelas; quando estacionar o veículo procurar fazê-lo à sombra, evitando-se a incidência de luz solar direta; e deixando as caixas afastadas das paredes e do motor; • nos percursos mais longos recomenda-se levar caixa térmica exclusivamente com bobinas de gelo reciclável em baixas temperaturas iniciais (-20ºC) para, durante o trajeto, efetuar a troca se for necessário; • quando do transporte de imunobiológicos por equipes móveis de vacinação, a temperatura recomendada é entre +2ºC e +8ºC, observando-se as mesmas recomendações concernentes ao transporte terrestre de vacinas. O saldo restante das vacinas transportadas deverá ser devidamente conservado até o retorno da equipe, quando do término de jornada de trabalho; • para o transporte fluvial, devem ser utilizadas unicamente caixas térmicas de poliuretano de 10cm de espessura, contendo bobinas de gelo reciclável em todas as faces internas da caixa, devidamente ambientadas, se for o caso, antes de colocar as vacinas. Este procedimento mantém a vacina segura durante um período de cinco a sete dias. Deverá ser levada outra caixa com bobinas de gelo, para efetuar a troca se for necessário. FUNASA - junho/2001 - pág. 39 5. Controle de temperatura É importante a verificação da temperatura dos equipamentos da Rede de Frio, nas instâncias nacional e estadual, pelo menos três vezes ao dia: no início de cada jornada de trabalho (manhã e tarde) e a terceira no final da jornada de trabalho (à tarde). Na instância local esta temperatura é verificada no início da jornada pela manhã e no final da jornada, à tarde. Conforme descrito anteriormente. Observação: Recomenda-se o treinamento dos plantões e vigias para execução destes procedimentos em finais de semana e feriados. Para isso utiliza-se o termômetro de máxima e mínima analógico, o digital de cabo extensor , ou o analógico de cabo extensor (figuras 8, 8A e 8C), termômetro linear (figura 8B). O termômetro recomendado para ser usado nos equipamentos da Rede de Frio é o de máxima e mínima, pois pode-se verificar as temperaturas máxima e mínima ocorrida em um espaço de tempo e a temperatura no momento da verificação. A leitura deve ser rápida, visto que tais termômetros sofrem ligeiras alterações nos indicadores de leitura quando expostos à variação de temperatura. O termômetro de cabo extensor digital evita esta alteração, uma vez que o mostrador fica fora da geladeira, indicando a temperatura Max./Min./Momento constantemente. 5.1. Termômetro de máxima e mínima analógico (figura 8) Figura 8 - Termômetro de máxima e mínima analógico • Como instalar o termômetro de máxima e mínima analógico (figura 4, pág. 17) 1º Passo - anular a marcação do termômetro pressionando o botão central, até que os filetes azuis se encontrem com a coluna de mercúrio; M ÍN IM A M Á X IM A Cada Traço Corresponde a 1ºC (Filete Azul) Marca a temperatura Mínima (Filete Azul) Marca a temperatura Máxima (Botão Central) Para anular temperatura Máxima e Mínima (Coluna de Mercúrio) Marca a temperatura do momento (Coluna de Mercúrio) Marca a temperatura do momento FUNASA - junho/2001 - pág. 42 Como usá-lo em caixa térmica: 1º Passo – colocar o termômetro no centro da caixa, próximo às vacinas e tampá-la; 2º Passo – aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura; 3º Passo – verificar a temperatura na extremidade superior da coluna. Atenção: Caso seja utilizado na rotina de vacinação, na caixa térmica da sala ou do trabalho extramuro, a temperatura deverá ser verificada com freqüência para controle de temperatura, substituindo-se as bobinas de gelo reciclável quando a temperatura estiver maior que +8ºC. 5.4. Termômetro analógico, de cabo extensor Este tipo de termômetro é utilizado para verificar a temperatura do momento, principalmente das caixas térmicas: a) onde estão acondicionadas as vacinas para serem transportadas; b) no uso diário da sala de vacina; c) no trabalho extramuro. Pode ser utilizado também nos demais equipamentos da Rede de Frio, para verificação contínua de temperatura (figura 8C). Figura 8C - Termômetro analógico de cabo extensor 1º Passo - colocar o sensor ou bulbo do termômetro de cabo extensor entre os imunobiológicos que estão na caixa térmica, fechar com o cabo extensor passando entre a tampa e a borda da mesma deixando o visor do lado externo, em cima da caixa térmica; 2º Passo - aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura; 3º Passo - verificar a temperatura na extremidade superior da coluna de mercúrio; 4º Passo – registrar a hora e a temperatura verificada naquele momento no mapa de Controle Diário de Temperatura; Atualmente já está disponível no mercado o termômetro de máxima e mínima digital, o qual é utilizado para conferir a temperatura em geladeiras domésticas, comerciais e freezers. Observação: • Quando do envio ou recebimento de vacinas anotar a temperatura verificada no formulário que acompanha a remessa. • No caso de uso do cabo extensor em geladeira colocar o sensor ou bulbo na bandeja de vacinas, passar o fio pela parte superior da porta e colocar o visor em cima da geladeira. Registrar a hora e a temperatura verificada naquele momento, no mapa de Controle Diário de Temperatura. • Quando o termômetro utilizado for do tipo cabo extensor digital de máxima e mínima, o bulbo deverá ser mantido dentro de um pequeno frasco contendo água (p. ex.: um frasco vazio de vacina DTP abastecido com água). Esse procedimento deve-se ao fato de que será fornecida a temperatura interna dos frascos de vacina e não apenas do ambiente interior da geladeira. • Registrar a hora e a temperatura verificada naquele momento, no mapa de controle diário de temperatura. Cabo extensor Analógico Sensor ou bulbo Cada traço corresponde a 1ºC Coluna de mercúrio FUNASA - junho/2001 - pág. 43 Figura 8D - Termômetro a Laser 5.5. Termômetro a laser Este equipamento é de tecnologia de última geração, sendo de grande utilidade principalmente para a verificação de temperatura dos imunobiológicos nos volumes (caixas térmicas), recebidos ou expedidos. Tem a forma de uma pistola, com um gatilho que ao ser pressionado aciona o envio de um feixe de raio laser que ao atingir o objetivo e verificada sua temperatura, registra no display digital do aparelho a temperatura real do momento. Para um registro preciso faz-se necessário manter a pressão no gatilho por um tempo mínimo de sete segundos (figura 8D). FUNASA - junho/2001 - pág. 45 6. Sistema de refrigeração 6.1. Conceito e história Refrigeração é o processo de reduzir a temperatura de uma substância ou de um espaço determinado. Esse espaço pode ser o interior de um refrigerador, de uma câmara frigorífica ou qualquer outro espaço fechado, onde haja a necessidade de se manter uma temperatura mais baixa que a do ambiente que o cerca. A história do gelo acompanha o homem desde a pré-história, quando era usado na conservação de alimentos. Os egípcios descobriram que a água esfriava graças ao costume de colocá-la em jarras porosas sobre os tetos das habitações. Na realidade, à noite, a brisa evaporava a umidade que se filtrava através da parede da jarra, fazendo com que a água dentro da mesma esfriasse. Durante o ano de 1683, o alemão Anton Van Leeuwenhoek detectou micróbios em cristais de gelo e os cientistas constataram que em temperaturas abaixo de +10ºC os micróbios não se multiplicavam, fato esse que rapidamente ocorre acima dessa temperatura. Em relação aos alimentos, a utilização da refrigeração destina-se a impedir a multiplicação de microorganismos e sua atividade metabólica, mantendo a mesma qualidade e não produzindo toxinas e enzimas que poderiam vir a deteriorar os alimentos. Nos casos dos produtos imunobiológicos (vacinas e soros), a refrigeração destina-se exclusivamente à conservação de sua capacidade de imunização, haja vista que são produtos termolábeis, isto é, se deterioram em temperatura ambiente depois de determinado tempo. 6.2. Princípios básicos de refrigeração O frio é definido como a falta ou ausência de calor 6.2.1. Calor O calor é uma forma de energia que pode transmitir-se de um corpo a outro, em virtude da diferença de temperatura existente entre eles. O calor se transmite da substância de temperatura mais alta para a de temperatura mais baixa. Quando duas substâncias de temperaturas diferentes estão em contato, há uma tendência para que as temperaturas sejam igualadas. 6.2.2. Modos de transferência de calor 6.2.2.1. Condução O processo de condução se dá quando o calor é transferido pelo contato direto entre as moléculas de um corpo ou entre as moléculas de dois ou mais corpos. A transmissão pela condução funciona da seguinte forma: quando aquecemos a extremidade de uma barra metálica, o calor é transmitido por condução até a outra extremidade. Na figura abaixo, por exemplo, tem-se uma barra metálica principal com quatro barras menores, de metais diferentes, engastadas. Nesse caso, a barra principal recebe calor e o mesmo é transmitido por condução a toda a barra, mas para as quatro restantes a transmissão é feita de forma distinta, haja vista que os metais diferem em condutividade (figura 9). FUNASA - junho/2001 - pág. 48 a) Ao se colocar sobre uma mesa determinada quantidade de vacinas que estejam em temperaturas mais baixas do que o ar existente na sala, ou seja, frias, ocorrerá uma transferência de calor do ar ambiental para as vacinas, até que decorrido algum tempo todo o conjunto (ar e vacinas) encontrar-se-ão na mesma temperatura (figura 9E). Figura 9E - Troca de calor entre vacinas e o meio ambiente Figura 9G - Acondicionamento de vacinas em caixas, com uso de bobinas de gelo reciclável Figura 9F - Acondicionamento de vacinas em caixas sem uso de bobinas de gelo reciclável b) Colocando-se a mesma quantidade de vacinas dentro de uma caixa isolante (poliestireno expandido, poliuretano, etc.), isso fará com que elas fiquem parcial e temporariamente protegidas do calor existente na sala, apesar de virem a perder frio com o recebimento do calor existente no ar dentro da caixa (figura 9F). c) Colocando-se junto com as vacinas bobinas de gelo no interior da caixa, o gelo, como elemento mais frio do conjunto, funcionará como receptor de calor do ar e das vacinas. Em conseqüência, as vacinas permanecerão mais tempo frias até que todo o calor transferido para o gelo o faça derreter. Somente a partir desse momento as vacinas passarão a receber calor, já que serão os elementos mais frios do conjunto (figura 9G). Vacinas Frio Calor Caixa térmica Caixa térmica Vacinas Bobinas de gelo Calor Frio Calor Calor Vacinas Mesa Frio FUNASA - junho/2001 - pág. 49 Nos exemplos apresentados pode-se verificar que três fatores interferem na manutenção ou não do frio das vacinas: • A temperatura ambiente em torno da caixa térmica. Caso a temperatura ambiente seja mais elevada do que a temperatura da caixa isso fará com que toda a superfície da mesma seja afetada, em virtude da penetração do calor através das paredes da caixa. • A qualidade e espessura do material utilizado no isolamento da caixa térmica também afetam a penetração do calor. Com paredes mais grossas, o calor terá maior dificuldade para penetrar no interior da caixa (figura 9H-A). Com paredes mais finas, o “calor” passará mais facilmente (figura 9H-B). • A qualidade do material empregado nas paredes também é importante. Com material mau condutor (por exemplo: poliuretano ao invés de poliestireno expandido), o calor terá maior dificuldade para penetrar através das paredes da caixa. • A quantidade e temperatura do gelo colocado dentro da caixa, junto com as vacinas. A quantidade de gelo a ser colocado no interior da caixa é de vital importância para a correta conservação das vacinas, já que, caso se coloque pouco gelo, a transferência do calor recebido das vacinas, do ar dentro da caixa e através das paredes rapidamente fará com que o gelo se derreta (temperatura acima de 0ºC). • Ao se colocar gelo em quantidade suficiente para “ilhar” as vacinas e ocupar os vazios dentro da caixa obtém- se um tempo maior até que o calor proveniente da sala penetre através das paredes da caixa, derreta o gelo e alcance as vacinas. As vacinas, por sua vez, perderão “calor” para o gelo fazendo com que haja, durante um determinado tempo, a mesma temperatura nas vacinas e nas bobinas de gelo (figura 9H). Figura 9H - Proteção dos imunobiológicos por bobinas de gelo reciclável, de acordo com a espessura das paredes da caixa térmica A B Calor Calor Caixa térmica de paredes grossas Caixa térmica de paredes finas Frio Frio FUNASA - junho/2001 - pág. 50 A temperatura do gelo empregado na conservação das vacinas é de grande importância. Caso se utilize gelo em temperaturas muito baixas (-20ºC, por exemplo) e em grande quantidade (“ilhando” as vacinas) corre-se o risco de que, em determinado momento, a temperatura das vacinas esteja próxima à temperatura do gelo. Em conseqüência, as vacinas ficarão congeladas, o que inativará alguns tipos específicos, como, por exemplo: a DTP (figura 9I). Figura 9J - Caixa com gelo reciclável registrando variação de temperatura em vários pontos Figura 9I - Caixa de gelo reciclável com temperatura inferior a 0ºC Além desses fatores, os exemplos citados permitem lembrar alguns pontos importantes: • o calor, decorrido algum tempo, passará através das paredes da caixa com maior ou menor facilidade, em função das características do material utilizado e da espessura das mesmas; • a temperatura no interior da caixa nem sempre é uniforme. Num determinado momento pode-se encontrar temperaturas diferentes em vários pontos (a, b e c). O procedimento de ilhar as vacinas é entendido como uma proteção ao avanço do calor, que parte sempre do mais quente para o mais frio (figura 9J); • no acondicionamento de vacinas em caixas térmicas é possível manter ou reduzir a temperatura das mesmas em um tempo determinado, utilizando-se, para tal, diferentes temperaturas e quantidades do gelo empregado. Caixa térmica Bobinas de gelo Calor +2 +4 0º a c b Caixa térmica Calor Frio Vacina Bobina de gelo FUNASA - junho/2001 - pág. 53 b) condensador; c) filtro desidratador; d) controle do líquido refrigerante; e) evaporador; f) termostato ou controle de temperatura. Figura 9N - Sistema de refrigeração por compressão Estes elementos estão unidos entre si por meio de tubulações, dentro das quais circula o meio refrigerante (R-12), o qual, ao passar por cada um dos componentes do sistema, muda de estado físico constantemente. Esse circuito deve estar hermeticamente selado, não permitindo a fuga do refrigerante. Nas geladeiras e freezers o compressor e o motor estão hermeticamente fechados em uma mesma carcaça (figura 9O). Evaporador Bulbo do termostato Tubulação capilar do termostato Termostato Condensador Filtro desidratador Controle do líquido (Tubulação capilar) Tubulação de sucção Tubo de serviço do compressor Compressor Relé de arranque e protetor térmico Tubulação de descarga FUNASA - junho/2001 - pág. 54 6.3.1.1. Compressor O compressor (bomba) é um conjunto mecânico constituído de certos elementos básicos que funcionam segundo os princípios de bombeamento. Ele é composto de um pistom dentro de um cilindro que succiona e bombeia o gás refrigerante para o sistema. A força motriz é proveniente de um motor elétrico ou qualquer outro elemento mecânico giratório (figura 9O). 6.3.1.2. Condensador O condensador é o elemento do sistema de refrigeração que se encontra instalado e conectado imediatamente após o ponto de descarga do compressor. O condensador nada mais é do que uma linha ou serpentina por onde circula o refrigerante que sai do compressor a alta pressão e alta temperatura. Como o condensador está exposto ao ambiente, cuja temperatura é inferior à temperatura do refrigerante em circulação, o calor vai sendo dissipado para esse mesmo ambiente. Assim, na medida em que o refrigerador perde calor ao circular pelo condensador vai-se esfriando e convertendo em líquido. Existem vários tipos e formas de condensadores: desde os esfriados por convecção natural (estáticos: geladeiras domésticas), ar forçado (utilizando um ventilador: geladeiras comerciais) até os condensadores refrigerados a água, ar, etc., para uso em grandes sistemas. Nas geladeiras e freezers utilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), são predominantemente utilizados os condensadores estáticos, nos quais o ar e a temperatura ambiente são os únicos fatores de interferência. As placas, ranhuras e pequenos tubos incorporados aos condensadores, visam exclusivamente facilitar a dissipação do calor, aumentando a superfície de resfriamento. Olhando-se lateralmente uma geladeira doméstica verifica-se que o condensador localiza-se na parte posterior, afastado do corpo do refrigerador. O calor é dissipado para o ar circulante que sobe em corrente, dos lados do evaporador. Pelo exposto, é que se recomenda que: Figura 9O - Unidade condensadora Compressor Ventilador Condensador Unidade condensadora com compressor (Hermético) motor com condensador utilizando forçador de ar FUNASA - junho/2001 - pág. 55 O sistema de refrigeração (geladeira, freezers, etc.) deve ficar afastado da parede, instalado em lugar ventilado, na sombra e longe de toda fonte de calor, para que o condensador possa ter um rendimento eficiente. Não devem ser colocados objetos sobre o condensador. Periodicamente, deve-se fazer uma limpeza no mesmo, para evitar acúmulo de pó ou outro produto que funcione como isolante. Alguns equipamentos (geladeiras comerciais, câmaras frigoríficas, etc.) utilizam um conjunto de motor, compressor e condensador, instalado sobre as geladeiras comerciais ou fora do espaço reservado às câmaras. 6.3.1.3. Filtro desidratador Logo após o condensador, encontra-se um elemento denominado filtro desidratador, que contém um filtro dotado de uma substância desidratadora que retém as impurezas ou substâncias estranhas e absorve a umidade residual que possa existir no sistema. 6.3.1.4. Controle do líquido refrigerante Depois do compressor e do condensador o elemento seguinte de um sistema de refrigeração é o dispositivo chamado de controle do líquido refrigerante. A finalidade deste dispositivo é regular a passagem do líquido refrigerante que ingressa no evaporador. Para tal, existem muitos tipos de dispositivos para o controle da passagem do líquido refrigerante, tais como tubo capilar, válvula de expansão, etc. 6.3.1.5. Evaporador O evaporador é a parte do sistema de refrigeração na qual o refrigerante se expande, absorve calor e ferve, transformando-se em vapor refrigerante. Em um sistema de refrigeração, a finalidade do evaporador é absorver calor do ar, da água ou de qualquer outra substância que se queira esfriar. Essa retirada de calor ou esfriamento ocorre no evaporador, em virtude de o líquido refrigerante controlado a baixa pressão se evaporar, absorvendo calor dos pacotes de gelo e das vacinas colocadas dentro do refrigerador. À medida em que o líquido vai se evaporando, deslocando-se pelas tubulações, se converte em vapor aquecido, que será aspirado pelo compressor através da linha de baixa pressão (sucção). Posteriormente, será comprimido e enviado pelo compressor ao condensador, fechando o ciclo, e assim sucessivamente, durante o funcionamento do sistema. 6.3.1.6. Termostato ou controle de temperatura O termostato é um mecanismo destinado a abrir e fechar um circuito elétrico, permitindo a passagem ou não da corrente elétrica, mediante um dispositivo termostático que atua por meio de mudança de temperatura em refrigeração; é utilizado para pôr em funcionamento o compressor do sistema, ou para desligá-lo quando a temperatura alcançada for a pretendida. Dentre a grande variedade de termostatos, para os mais diversos usos, distinguem-se três tipos: 1) termostatos de ambiente; 2) termostatos para líquido; 3) termostatos para evaporador. O botão de regulagem vai permitir que o compressor seja acionado por mais ou menos tempo. Os números ou letras indicados no botão de regulagem dos termostatos não têm relação direta com a temperatura; indicam, apenas, se o compressor funcionará por mais ou menos tempo. FUNASA - junho/2001 - pág. 58 6.4.2. Controle de temperatura Num refrigerador por absorção, para se controlar a temperatura desejada, existem diversos sistemas, tais como: a) sistemas que funcionam com combustíveis líquidos. O controle é efetuado através da diminuição ou aumento da chama utilizada no aquecimento do sistema, por meio de um controle que movimenta o pavio do queimador; b) sistemas que funcionam com combustíveis gasosos. Nestes sistemas, o controle é feito por um elemento termostático que permite abrir ou limitar a passagem do gás que alimentará a chama do queimador, provocando as alterações de temperatura desejadas; c) sistemas que funcionam com eletricidade. O controle é feito através de um termostato para refrigeração simples, que conecta ou desconecta a alimentação do elemento-resistência elétrica, do mesmo tipo utilizado nos refrigeradores à compressão. FUNASA - junho/2001 - pág. 59 7. Sistema de estoque e distribuição de imunobiológicos – EDI A fim de manter em progresso sua evolução, o PNI sentiu a necessidade de criar um Comitê de Reavaliação Organizacional, formado por representantes dos Programas nacional, estadual, regional, municipal e local, com o objetivo de reestruturar todos os aspectos da função Estoque e Distribuição de Imunobiológicos e informatizar a Central Nacional de Armazenamento e as coordenações e centrais estaduais da Rede de Frio, buscando uma padronização das informações das diversas instâncias. Desta forma, cria-se a possibilidade de que todos os dados do Programa sejam tratados e administrados de forma homogênea em todos os planos de atuação, ou seja, da unidade de saúde, onde este Programa cumpre o seu maior objetivo, até a Central, preservando as garantias de tratamento padronizado das informações. Esse trabalho resultou na criação do Sistema de Estoque e Distribuição de Imunobiológicos (EDI). O EDI passou por um processo de avaliação e adequação, sendo criado também um modelo padronizado de formulários para a coleta dos dados, a serem preenchidos e utilizados em todos os planos de forma eminentemente prática e objetiva, com o principal objetivo de registrar as informações referentes à movimentação quantitativa de imunobiológicos e outros insumos utilizados pelo PNI, registro de suprimento, controle de temperatura, cronograma de distribuição e controle das doses utilizadas e inutilizadas. Discutiu-se muito a padronização obrigatória em instância nacional de nomenclatura, código e abreviatura dos imunobiológicos e a extrema importância da divulgação das normas e procedimentos técnicos para o gerenciamento da Rede de Frio. 7.1 Princípios básicos Criação e padronização de formulários a serem preenchidos e utilizados em todas as instâncias de atuação da CGPNI, da unidade de saúde até a Central, cujo principal objetivo é o registro das informações referentes à movimentação quantitativa dos imunobiológicos, seringas e agulhas, registro do pedido de ressuprimento, e controle de temperatura e do cronograma de distribuição. Padronização obrigatória no plano nacional, de nomenclatura, código e abreviatura dos imunobiológicos. Estabelecimento da periodicidade mensal, para o envio das informações referentes à movimentação quantitativa dos imunobiológicos. Objetivando atender às normas e procedimentos técnicos de verificação de temperatura no recebimento das vacinas, faz-se necessário e imprescindível que todas as unidades e pontos de recebimento de vacinas possuam termômetro com cabo extensor, condições básicas instrumentais para a medição das condições de recebimento de vacinas. É importante a divulgação das normas e procedimentos técnicos para o gerenciamento da Rede de Frio, em conjunto com as ações a serem tomadas. As seringas e agulhas devem ser obrigatoriamente contempladas nas atividades relacionadas ao controle de estoque, com codificação nacional. Em todas as instâncias de atuação da CGPNI, onde a atividade de controle de estoque e distribuição é obrigatória, a ferramenta a ser utilizada será o sistema informatizado nacional, a fim de que fiquem preservadas as garantias de treinamento padronizado das informações. FUNASA - junho/2001 - pág. 60 8. Anexos Anexo I Fluxograma de solicitação e distribuição de imunobiológicos nas instâncias de coordenação e execução CENTRAL NACIONAL DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS (CENADI) COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (CGPNI) COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PNI (CE-PNI) CENTRAL ESTADUAL DE REDE DE FRIO LABORATÓRIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS COORDENAÇÕES MUNICIPAIS DO PNI (CM-PNI) SALA DE VACINA DE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SALA DE VACINA DE HOSPITAL CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS Observações: Fluxo de informações e solicitações de imunobiológicos. Fluxo de distribuição de imunobiológicos. A Cenadi ao receber os imunobiológicos dos diversos laboratórios, envia amostras ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para testes. CENTRAL MUNICIPAL DE REDE DE FRIO FUNASA - junho/2001 - pág. 63 Revisão com periodicidade semestral: Câmara fria e painel elétrico Manutenção dos contactores Aferição dos termostatos Freezer e Geladeira Desligar a tomada elétrica do equipamento Fazer limpeza externa do condensador, compressor e motor do ventilador Ligar a tomada elétrica do equipamento Verificar se há vazamento de gás no sistema de refrigeração Verificar a posição numérica do termostato Verificar a amperagem do motor compressor Fazer a leitura de temperatura Verificar borrachas de vedação das portas Observações Anexo II - Continuação FUNASA - junho/2001 - pág. 64 Mapa para controle diário de temperatura MUNICÍPIO UNIDADE SANITÁRIA GELADEIRA FREEZER MÊS ANO UF PERÍODO MANHà TARDE 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 HORA MOMENTO MÍN. MÁX. RUBRICA HORA MOMENTO MÍN. MÁX. RUBRICA OBSERVAÇÕES DIA HORA TEMPERATURA ENCONTRADA DIAS PARADOS OBSERVAÇÕES FALHA Anexo III FUNASA - junho/2001 - pág. 65 1 - Instituição solicitante: ___________________________________________________ UF: ______ Endereço: ______________________________________________________________________ Telefone ( ) ______________ FAX: ( ) ________________ e-mail: ____________________ Data da Solicitação: _____/ _____ / _____ 2 - A Ocorrência foi em instância: Local ( ) Regional ( ) Central ( ) 3 - Há termógrafo ( ), Termômetro de máxima e mínima ( ), Termômetro linear ( ), no local? Sim ( ) Não ( ) 4 - Providências tomadas: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 5 - Identificação do(s) imunobiológico(s) que sofreu(ram) alteração(ões) Nome imunobiológico Apresentação Laboratório Produtor Número Lote Data Recebimento Prazo Validade Quantidade Doses 6 - Histórico da ocorrência: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 7 - Houve alteração de temperatura: Sim ( ) Não ( ) 8 - O produto já sofreu outras alterações de temperatura anteriores fora da faixa ideal recomendada: Sim ( ) Não ( ) 9 - O último dia em que se verificou temperatura ideal foi ____/____/____, às ____:____h, quando a mínima era de _______ºC, a máxima de _______ ºC e no momento _______ ºC. O período de alteração foi de exatamente ( ) aproximadamente ( ) das ____:____h, do dia _____/_____/_____, às _____:_____ h do dia ______/______/_____. Anexo IV Formulário para avaliação de solicitação de reteste de imunobiológicos FU N A S A - junho/2 0 0 1 - pág. 6 8 Varia de acordo com o tipo de exposição e o animal agressor Vírus inativado COMPOSIÇÃO NÚMERO DE DOSES VACINAÇÃO BÁSICA REFORÇO - Vírus da influenza fracionados ou de subunidades Depende do tipo de vacina e do tipo de exposição 3 3 menores de 13anos = 1 dose a partir de 13 anos = 2 doses Poliovírus inativados por formaldeído dos tipos I,II e III Associação dos toxóides diftérico e tetânico com toxina da Bordetella Pertussis Inativada Suspensão de antígenos polissacarídeos purificados de 23 sorotipos de pneumococo Vírus cutivado em células humanas e inativado Vírus atenuado cultivado em células Vírus cultivado em células e inativado Imunoglobulinas específicas contra antígenos específicos Soros específicos contra antígenos específicos 6 -35 meses = 2 doses de 0,25 ml(****) 3 - 8 anos = 2 doses de 0,5 ml(****) a partir de 9 anos = 1dose de 0,5 ml 1 2 1 1 NACIONAL ESTADUAL REGIONAL MUNICIPAL LOCAL -20ºC ou +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC -20ºC ou +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC -20ºC ou +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC 1 1 dose após 3-5 anos, se a indicação persistir. 1 - - - - TEMPERATURA E CONSERVAÇÃO (*) +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC +2ºC a +8ºC+2ºC a +8ºCContra a raiva IMUNOBIOLÓGICO Contra Influenza Vacina contra pólio inativada Contra a difteria, a coqueluche e o tétano: tríplice Acelular - DTaP Contra Pneumococo Contra Hepatite A Contra varicela (*****) Contra Raiva (cultura de células) Imunoglobulina humana: • anti-hepatite B • anti-rábica • antitetânica • antivaricela zoster Soros (heterólogos) +2ºC a +8ºC (*) Todos os imunobiológicos, na instância municipal ou local, devem ser conservados entre +2ºC e +8ºC. (****) somente na primeira vacinação, nos anos subseqüentes apenas ultra dose por ano. (*****) As vacinas sob conservação negativa quando submetida à temperatura entre +2ºC e +8ºC devem ser utilizadas no prazo de 72 horas. Anexo V - continuação Informações técnicas sobre vacinas FUNASA - junho/2001 - pág. 69 Anexo VI A - Comerciais 1- Referência: quatro portas 2- Medidas Externas: a - Altura: 1.960mm b - Frente: 1.180mm – Profundidade: 630mm 3- Sistema de refrigeração: a - Ar forçado 4- Tipo de compressor: a - Hermético 5- Tipo de unidade condensadora: a - Resfriada a ar 6- Tipo de evaporador: a - Ar em convenção forçada (usando ventilador) 7- Tipo de termostato: a - Em regulagem mecânica (manual) 8- Capacidade de refrigeração: a - Temperatura na faixa de 0Cc a + 8ºCc 9- Capacidade do compressor em HP: a - 1/3 HP - Mínimo 10- Capacidade de Armazenamento em doses: a - Volume útil aproximado 780 litros 11- Quantidade de evaporadores: a - Um 12- Tipo de termômetro: a - Mecânico, analógico com escala -30ºC a + 30ºC 13- Sistema elétrico: a - Com timer para degelo automático sem iluminação 14 - Tipo de pintura: a - Chapa em aço inox 430 15- Tipo de Chapas externa e interna: a - Externa – Frente/cabeceira – aço inox 430 BA b - Interna – Aço galvanizado c - Portas de poliestireno 16- Espessura das chapas: a - Externa – Frente/Cabeceiras: 0,50mm b - Encosto/fundo/teto : 35mm 17- Tipo de isolamento e espessura das portas: a - Poliuretano b - 35mm 18- Qualidade de Vedação: a - Na união dos painéis é utilizado selante de silicone b - Resistências nas gaxetas de vedação das portas 19- Tipo de prateleiras e material utilizado: a - Prateleira aramada com pintura em epoxi b - Ferro redondo trifelado Especificação para aquisição de geladeiras FUNASA - junho/2001 - pág. 70 20- Voltagem da rede : a - 110 ou 220 volts conforme a solicitação OBS: Para geladeiras de seis portas se alteram os seguintes itens: 1) seis portas 2) Frente 1.750mm/profundidade 630mm/altura 1.165mm 9) Compressor em ¾ HP Demais dados não se alteram. B - Domésticas 1 - Gabinete construído em aço pintado a forno, cor branca, chapa de espessura min. de 0,5mm, com isolamento em poliuretano de 3mm mínimo densidade 35kg /m3 2 - Dimensões mínimas: Largura 610mm mínima Profundidade 610mm mínima Altura 1.600mm mínima e 1.800mm máxima 3 - Congelador de mínimo 30 litros 4 - Capacidade mínima de 280 litros 5 - Gavetas da porta desmontáveis C - Freezers 1 - Gabinete construído em aço pintado de espessura mínima de 0,5mm isolado com poliuretano de 3cm de espessura e 35kg/m3 de densidade 2 - Dimensões mínimas Largura 1.500mm mínima Profundidade 680mm mínima Altura 890mm mínima e 950mm máxima 3 - Tampas quatro 4 - Compressor 1/3 HP mínimo Anexo VI - continuação FUNASA - junho/2001 - pág. 73 Obs.: Motivo Imuno Laboratório Lote Apresentação Quantitativo Data _______/______/______ Assinatura: ___________________________________ Anexo IX Guia de baixa no sistema FUNASA - junho/2001 - pág. 74 UF Reg. Código do Município Município/Regional/Estado IDENTIFICAÇÃO Dia Mês Ano Código da Unidade Unidade de Saúde Quantidade Inutilizadas (em doses) Descrição dos ProdutosCódigo Perda por Validade Vencida Perda por falha no equipam. Perda por falta de energia elet. Perda por quebra de frascos Perda por outros motivos Total de Perdas Unitário Total Valores (R$) 503207 494925 478342 001317 478350 494933 478369 274291 478296 478300 191175 478318 478326 478334 001260 380121 478288 168262 596353 518452 191280 527173 542865 516597 380091 380083 583006 494950 581950 542873 191272 380156 380199 004928 457302 571113 597015 297372 585025 380067 380059 297380 380040 002003 380075 380032 Poliomielite – Fr 10d Poliomielite – Fr 20d Poliomielite – Fr. 25d Tríplice – DTP – Fr 10d Tríplice – DTP – Fr 20d Sarampo – Fr 05d Sarampo – Fr 10d BCG – Amp. 10d BCG – Amp. 20d BCG – Amp. 50d Toxóide Tetânico – Amp. 01d Toxóide Tetânico – Fr 05d Toxóide Tetânico – Fr 10d Toxóide Tetânico – Fr 20d Contra Raiva Humana–Amp. 1d Dupla Adulto – dT – Amp. 01d Dupla Adulto – dT – Fr 10d Hepatite “B” – Fr 01d Hepatite “B” – Fr 05d Hepatite “B” – Fr 10d Febre Amarela – Fr 50d Tríplice Viral – Fr 01d Tríplice Viral – Fr 02d Tríplice Viral – Fr 05d Tríplice Viral – Fr 10d Rubéola Monovalente – Fr 01d Rubéola – Fr 10d Febre Tifóide – Amp. 01d Febre Tifóide – Fr 20d Meningite AC – Fr 01d Meningite AC – Fr 50d Meningite C – Fr 50d Meningite BC – Fr 20d Dupla Infantil – DT – Amp. 01d Dupla Infantil – DT – Fr 10d Contra Gripe – Fr-Amp. 01d Tríplice Acelular – Amp 01d Haemóp.Influenza B – Amp 01d Haemophilus – Fr 10d Inativa Contra Pólio – Amp. 01d Pneumococo – Amp. 01d Raiva Cél.Dipl./Vero – Amp 01d Imunoglobina Hep. B - Fr Imunoglobina Tetânica - Fr Imunoglobina Rábica - Fr Imunog. Varicela Zoster - Fr Valor parcial das perdas durante o mês (Total 1) Anexo X Inutilização mensal de imunobiológicos FUNASA - junho/2001 - pág. 75 Anexo XI Poliomielite – Fr 10d Poliomielite – Fr 20d Poliomielite – Fr 25d Tríplice – DTP – Fr 10d Tríplice – DTP – Fr 20d Sarampo – Fr 05d Sarampo – Fr 10d BCG – Amp. 10d BCG – Amp. 20d BCG – Amp. 50d Toxóide Tetânico – Amp. 01d Toxóide Tetânico – Fr 05d Toxóide Tetânico – Fr 10d Toxóide Tetânico – Fr 20d Contra Raiva Humana–Amp. 1d Dupla Adulto – dT – Amp. 01d Dupla Adulto – dT – Fr 10d Hepatite “B” – Fr 01d Hepatite “B” – Fr 05d Hepatite “B” – Fr 10d Febre Amarela – Fr 50d Tríplice Viral – Fr 01d Tríplice Viral – Fr 02d Tríplice Viral – Fr 05d Tríplice Viral – Fr 10d Rubéola Monovalente – Fr 01d Rubéola – Fr 10d Febre Tifóide – Amp. 01d Febre Tifóide – Fr 20d Meningite AC – Fr 01d Meningite AC – Fr 50d Meningite C – Fr 50d Meningite BC – Fr 20d Dupla Infantil – DT – Amp. 01d Dupla Infantil – DT – Fr 10d Contra Gripe – Fr-Amp. 01d Tríplice Acelular – Amp 01d Haemop.Influenza B – Amp 01d Haemophilus – Fr 10d Inativa Contra Pólio – Amp. 01d Pneumococo – Amp. 01d Raiva Cél.Dipl./Vero – Amp 01d Imunoglobina Hep. B - Fr Imunoglobina Tetânica - Fr Imunoglobina Rábica - Fr Imunog. Varicela zoster - Fr UF Reg. Código do Município Município/Regional/Estado IDENTIFICAÇÃO Dia Mês Ano Código da Unidade Unidade de Saúde Descrição dos Produtos Doses Distribuídas Estoque Anterior (Saldo) Entrada Doses Recebidas Saída Movimento de Estoque Doses Inutizadas Doses Remanejadas Saldo Indisponível Saldo Disponível Código do Material Doses Solicitadas Pedido MensalEstoque Atual Varicela - Fr/Amp. Soro Antitetânico – Fr/Amp. Soro Antidiftérico – Fr/Amp. Soro Anti-Rábico – Fr/Amp. Soro Antibotr./Crotálico – Amp. 503207 494925 478342 001317 478350 494933 478369 274291 478296 478300 191175 478318 478326 478334 001260 380121 478288 168262 596353 518425 191280 527173 542865 516597 380091 380083 583006 494950 581950 542873 191272 380156 380199 004928 457302 571113 597015 297372 585025 380067 380059 297380 380040 002003 380075 380032 608149 002267 191191 007285 191221 Movimento mensal de imunobiológicos
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