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Guias e Dicas
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Staphylococcus, Notas de estudo de Farmácia

Matrial dedicado aos academicos da saúde. Muito BOM

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 17/04/2010

Rhery
Rhery 🇧🇷

4.7

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Baixe Staphylococcus e outras Notas de estudo em PDF para Farmácia, somente na Docsity! GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS Staphylococcus ANA CLAUDIA BIANCA SANTOS FABRICIO SANTOS RHERYSONN PANTOJA Turma: FAM07S1 Abril de 2010 Manaus – AM ANA CLAUDIA BIANCA SANTOS FABRICIO SANTOS RHERYSONN PANTOJA MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS Staphylococcus Prof. Mst: NEILA RITA Abril de 2010 Manaus - AM INTRODUÇÃO Os estafilococos são bactérias Gram-positivos, em forma de cocos, que crescem seguindo um padrão que se assemelha a um cacho de uvas. Seu tamanho varia entre 0,5 a 1 micrometros de diâmetro. Os componentes citoplasmáticos dos estafilococos não variam dos componentes gerais de uma célula bacteriana, sendo os principais: - O nucleóide, onde se encontra o cromossomo bacteriano; - Os ribossomos, responsáveis pela síntese protéica; - Os plasmídios, moléculas de DNA circulares capazes de autoduplicação independente da replicação cromossômica. A parede celular dos estafilococos é constituída por: - Cápsula: camada frouxa de polissacarídeos que protege as bactérias ao inibir a quimiotaxia e da fagocitose.Também facilita a aderência à materiais sintéticos; - Peptideoglicano: componente estrutural composta de cadeias de glicano de ligação cruzada com peptídeos e confere maior rigidez à parede ; - Proteína A: reveste a superfície dos estafilococos e se liga a camada de peptideoglicano.Eficaz na prevenção da eliminação do microorganismo pelo sistema imune; - Ácidos teicóicos: polímeros que contém fosfatos ligados à camada de peptideoglicano ou à membrana plasmática. Medeiam a fixação dos estafilococos às superfícies mucosas; - Fator de aglutinação: proteína que provoca aglutinação ou agregação dos estafilococos. - Membrana citoplasmática: complexo de carboidratos, proteínas e de lipídios que atua como barreira osmótica e local de fixação para enzimas. 4. Cultura Crescem bem nos meios de culturas mais comuns, como o caldo simples ou ágar simples, pH 7, à temperatura ótima de 37 º C. Em placa de ágar simples, após 24 horas na estufa a 37º C, produzem colônias de cerca de 1-3mm de diâmetro, convexas, da superfície livre e bordos circulares, opacas e brilhantes. Deixando as placas um ou dois dias à temperatura ambiente, as culturas de estafilococos patogênicos, recém isolados, geralmente desenvolvem um pigmento amarelo, ao passo que os estafilococos saprófitas, formam colônias brancas. 5. Epidemiologia Os estafilococos possuem ampla distribuição na natureza e não são essencialmente parasitas humanos, podem também ser encontrados em objetos inanimados ou outros animais, e também alimentos. No homem os estafilococos se estabelecem principalmente na pele, e os locais onde se encontram uma considerável população dessas bactérias são os hospitais. Outro local onde os estafilococos estão presentes com muita freqüência é no leite bovino, que ao ser utilizado para a fabricação de queijos pode encontrar temperaturas ideais para sua multiplicação e gerar posteriormente intoxicação alimentar, por isso é necessário fazer a pasteurização do leite, processo que elimina os estafilococos. As vias de transmissão podem se dar de pessoa para pessoa, de alimentos, animais e objetos, uma vez que essas bactérias são de ampla distribuição. Pode ocorrer inclusive de pessoas infectadas, mas que não apresentam sintomas, para outras saudáveis. Um exemplo dessa via de transmissão são as infecções neonatais, que ocupam o segundo lugar na etiologia de todas as infecções, sendo superadas apenas pela E. coli. Isso se dá porque a porcentagem dessas bactérias encontradas nos enfermeiros é grande, sendo assim, mesmo os berçários sendo submetidos a rigorosos processos de limpeza, ainda há um risco de transmissão. 6. Fatores de virulência Os fatores de virulência são todos os mecanismos que permitem a invasão do hóspede, ou a evasão da bactéria ao sistema imune. Cada estirpe tem geralmente apenas alguns destes fatores. • CÁPSULA Proteção de muitas bactérias contra fagocitose e ao sistema imune. • PEOTÍDEOGLICANOS E ÁCIDOS TEITÓICOS Fazem parte da parede celular. Ativam a via alternativa do complemento e estimulam a produção de citocinas. • PROTEÍNA A Ela Impede que anticorpos interajam com as células fagocitárias (proteção contra a fagocitose juntamente com a cápsula). • ADESINAS São proteínas, que se ligam à fibronectina, ao colágeno e ao fibrinogênio. Estão ancoradas no peptideoglicano e promovem a colonização dos tecidos pelo S. aureus. • TOXINAS Toxina alfa e beta: produzida pelo Staphylococcus aureus, destroi vários tipos de células. Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococos. É um surfactante que desestabiliza com a membrana celular, a destrói por lise celular (explosão dos conteúdos), eritrócitos e muitos outros tipos de células. Toxina gama e leucocidina P-V: grupo de até seis toxinas que formam poros na membrana celular de leucócitos, destruindo-os por lise. • ENZIMAS Coagulase: Coagula o plasma, pela transformação da protrombina em trombina que, por sua vez, ativa a formação da fibrina a partir do fibrinogênio. Fibrinolisina: Possui capacidade de dissolver coágulos. 7. Mecanismo de Patogenicidade Além das enterotoxinas, as cepas de S.aureos produzem várias outras toxinas, como a-toxina, y- toxina, estafiloquinase, toxina do choque tóxico, etc. No entanto, apenas as enterotoxinas tem interesse em alimentos. Atualmente, essa denominação para as enterotoxinas não é considerada a mais adequada, uma vez que os sintomas da intoxicação parecem estar relacionados ao estímulo imunológico do que ao desequilíbrio eletrolítico da mucosa. As enterotoxinas são proteínas simples, com baixo PM- 26.000 a 30.000 daltons. Suas cadeias polipeptídicas apresentam quantidades apreciáveis de lisina, ácido glutâmico e tirosina. A composição de aminoácidos das enterotoxinas A, D e E é similar, o mesmo ocorrendo entre a B e a C. O seqüenciamento parcial de aminoácidos das enterotoxinas A,B e C mostrou a existência de uma região homóloga nas três moléculas, o que sugere ser esta região o sitio da molécula de enterotoxina. São higroscópicas e facilmente solúveis em água e soluções salinas.apresentam ponto isoelétrico entre 7,0 e 8,6, pico de absorbância a 277nm e são resistentes a tripsina, quimiotripsina,resina,papaína e pepsina, com exceção da enterotoxona B que é destruída por esta última enzima,em valores de pH ao redor de 2. As enterotoxinas são termorresistentes. Tal fator é especialmente importante para a industria de alimentos, porque a maioria dos alimentos processados sofre algum tratamento térmico durante o processamento. Por exemplo, a pasteurização do leite destruirá os mricrorganismo – S.aureos - mas não inativará a toxina, caso esteja presente. Apesar das enterotoxinas não serem destruídas facilmente pelo calor, sabe-e que as quantidades geralmente presentes em alimentos (0,5ug/100g de alimentos) envolvidos em surtos de da ANVISA [1]. Na legislação é designado por Staphylococcus coagulase positiva simplesmente, pois é produtor da enzima coagulase (ver item 9, Fatores de virulência) A prevenção se baseia em higiene pessoal: lavar as mãos com escovas, sabões desinfetantes; uso de máscaras, luvas e gorros pelo manipulador de alimento para evitar a contaminação dos alimentos e o uso de refrigeração adquada em todo o processo de alimentos. A temperatura de refrigeração deve ser sempre mantida inferior a 7o C. 10. Doenças em alimentos: A intoxicação é altolimitada. Pode ser necessário a administração de antieméticos e hidratação dos pacientes em casos graves. O disgnostico é feito clinicamente pelos sintomas e laboratorialmente pela identificação de enterotoxinas nas fezes do paciente. O quadro é fechado pelo isolamento do Staphylococcus aures no alimento, através do método biológico e a identificação do mesmo tipo de enterotoxina pela cepa isolada. REFERÊNCIAS TORTORA, Gerard J. et. al. Microbiologia. 8° ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. BURTON, Gwendolyn R. W; ENGELKIRK, Paul G. Microbiologia para as Ciências da Saúde. 5° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flavio. Microbiologia. 4° ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
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