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Guias e Dicas
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A História da Estética, Notas de estudo de Fisioterapia

Estética - Estética

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 23/04/2010

natasha-sampaio-8
natasha-sampaio-8 🇧🇷

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Baixe A História da Estética e outras Notas de estudo em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity! Trabalho Je Estética Tema: História e evolução da Estética Profª: Cácia Rusenhak Turma: 1006 1 desenvolvidas. Estas vénus paleolíticas acentuavam os sinais de gravidez, em que o artesão pretendia assegurar não só a fertilidade da sua companheira como também demonstrava uma preocupação com a continuidade da espécie. Estas pequenas esculturas não exaltavam apenas a mulher mas constituíam uma homenagem à maternidade. As pequenas peças de escultura, como por exemplo a Vénus de Lespugue, houve uma evolução de uma tendência naturalista Tanto na pintura como na escultura notou-se a ausência de figuras masculinas. Contudo, é curioso observar que, durante este período, enquanto a sociedade humana vivia nas cavernas, em que a sua prioridade era, sem dúvida nenhuma, a sobrevivência, o poder do enfeite no rosto, ao mesmo tempo que se pintavam cenas diárias nas paredes, tinha uma enorme carga emocional, uma vez que através dessa pintura se dava a transformação do ser. O homem desta época demonstrou dedicar-se à contemplação da beleza e da estética e, como prova evidente temos as pinturas rupestres e as esculturas, assim como iniciou o uso de pinturas e de enfeites corporais, podendo-se afirmar tratar-se da primeira manifestação do gosto pela maquiagem, pela estética e pela beleza. Abandonando o Naturalismo, o homem adota uma intenção artística estilizada. As técnicas de desenho e pintura mudaram, passou a haver uma maior preocupação com a distribuição dos elementos no painel, a sensação de movimento, e a perspectiva. Além de desenhos e pinturas, o artista evidenciou uma preocupação estética na criação de objectos produzidos em 4 cerâmica que revelaram a sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objecto. A arte popularizou-se, o que significa que os cuidados de beleza da época também se difundiram. Estética na Idade Média O pensamento Grego que consistia no equilíbrio, na unidade entre o sujeito e o objeto, não só autorizava como solicitava uma estética, segundo o do pensamento Cristão. O ideal Cristão era preciso «matar» tudo o que era sensível e sensual no Homem. Os líderes religiosos manifestavam a sua indignação contra o uso de adornos ou maquiagem, que era encarada como uma força maléfica e sinal de impureza. As mulheres foram completamente apagadas enquanto seres sensuais. A higiene geral era praticamente nula nesta época, factor contributivo para o desenvolvimento das pestes (exemplo: Peste Bubónica). Os primeiros cristãos não perduraram, e no século XIII houve um compromisso com o mundo, então as Damas se indiguinaram contra a Igreja e começaram a ter interesse pela sua imagem. Os enfeites começaram também a ter sucesso. A Igreja acabou por perder a guerra contra a sua adversária “Cosmética”. Um dos atos mais básicos da nossa higiene é o banho diário, mas nem sempre foi assim... Os banhos além de raros, eram por regra tomados com uma camisa geralmente branca e fina a cobrir o corpo. Estes na maior parte 5 das vezes eram tomados nas estufas ou banhos públicos, locais que eram procurados para obtenção de prazer, e não por uma questão de higiene, dado que na altura acreditava-se que a água fragilizava a pele permitindo a entrada de pestes, mas por outro lado já nessa altura existiam banhos terapêuticos, cujas virtudes eram detalhadas num letreiro colocado em cada banho; aí também afluíam doentes, deficientes e estropiados. No final da idade Média, homens e mulheres lavam-se com mais frequência que os seus descendentes. No século XIV dava-se grande ênfase à lavagem das mãos antes e depois das refeições, à lavagem diária da cara e boca. Os dinamarqueses, por exemplo eram criticados por tomarem banho todos os Sábados, mudarem de roupa com frequência e pentearem os cabelos todos os dias. A lavagem da roupa era feita de tempos a tempos em barrela, eram perfumadas com uma grande quantidade de flores de violeta e humedecidas com água fresca na qual se tinha macerado raiz de íris finamente triturada. Século XVII O hábito do banho, quer em estabelecimentos públicos quer na privacidade do lar, praticamente desapareceu durante o século XVII. No caso dos banhos públicos, foi não só o receio de contágio (peste e sífilis) como uma atitude mais rígida em relação à prática da prostituição, que levaram ao encerramento da maior parte destes estabelecimentos. Por outro lado, no caso das abluções privadas, uma desconfiança crescente em relação à água e o desenvolvimento 6 Havia charlatães que vendiam loções miraculosas. O barão de Rochester, químico amador, armava-se em médico e prometia que, com uma poção sua, cujo segredo vinha de Itália, as mulheres de quarenta pareciam ter apenas quinze. Garantia que os seus remédios não estragavam a cútis e que libertavam a pele de «pontos, sardas e marcas de varíola». dólares para poder ficar com a barba. A taxa de uso de barbas para os camponeses era de cerca de três cêntimos. Século XVIII Foi no séc. XVIII que a França conseguiu marcar a moda a nível mundial. Propagou-se a moda das perucas com cachos, o pó de arroz e brilhos e a produção de perfumes. A corte francesa vivia luxuosamente, mas o uso dos cosméticos de tratamento não era correcto, ou seja, as mulheres não os usavam para tratar ou embelezar, elas usavam apenas para adornar o corpo e para o enfeitar, com a função de atrair os homens. Nesta época a higiene corporal não era um hábito da população, nem das mulheres nem dos homens, e por esta razão usavam perfumes em grandes quantidades. O perfume tinha como principais funções a eliminação de odores desagradáveis, servia de desinfectante e de purificador. Embora não tomassem banho, as mulheres não deixavam de se cuidar, utilizavam toalhinhas de linho embebidas em perfume, massajavam a cara e especialmente as axilas, onde o aroma agradável do perfume eliminaria o mau cheiro. A beleza seguia um determinado modelo, e as mulheres entregavam-se a grandes cuidados com a aparência de modo a que se enquadrasse com os padrões pretendidos pelos homens. Na Itália, França, Espanha, Alemanha e Inglaterra o conceito de modelo pretendido era: pele clara, cabelo loiro, lábios vermelhos, face rosada, sobrancelhas pretas, pescoço e mãos compridos e esguios, os pés pequenos e a 9 cintura flexível. Os seios deviam ser firmes, redondos e brancos, com os mamilos róseos. A cor dos olhos podia variar, os Franceses preferiam olhos verdes e os Italianos preferiam olhos castanhos ou pretos.. O pó de arroz e os perfumes tornaram-se num sinal de estatuto social, e a distância entre cheiros bons e cheiros maus tornou-se tão grande, que em 1709, Lemery propôs três categorias de aromas: parfum royal, parfum pour les bourgeois e parfum des pauvres, feito de óleo e fuligem e cujo único objectivo era desinfectar o ar. Daí resultava um outro privilégio de classe, já que o perfume protegia o corpo, ele garantia também boa saúde. Ele eliminava os maus cheiros, os vapores infecciosos. O regresso dos banhos foi encarado como passatempo de luxo e como exercício terapêutico. Foi na década de 1740 que os aristocratas começaram a tomar banho, foi também nesta altura que começaram a construir casas de banho luxuosas nos seus palácios e residências urbanas. Os banhos frios começaram a aparecer depois de 1750, após terem sido feitos vários estudos clínicos sobre os benefícios do banho e o seu contributo para a manutenção da saúde, nesta época acreditava-se que um banho tomado nas devidas condições ajudava nas mudanças de humor, que fortalecia os músculos e que estimulava o funcionamento dos órgãos. Por estas razões os banhos frios eram considerados de grande utilidade, não pelo fato de purificarem o corpo mas porque o fortaleciam. Em 1770, o parlamento britânico recebeu uma proposta de uma lei que permitia a anulação do casamento caso a noiva estivesse maquiada, usasse dentadura ou peruca. “Todas as mulheres que a partir deste ato tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimónio qualquer súbito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento seja anulado, caso sejam condenadas…”. 10 Nos anos seguintes mesmo com todas estas penalizações, a maquiagem pesada ganhou força tanto na Inglaterra como na França e foi assim até ao final da Revolução Francesa, quando apenas as pessoas mais velhas e os artistas se podiam embelezar. Em 1792, Nicolas Leblanc, um químico francês obteve soda cáustica através do sal de cozinha e pouco tempo depois, foi criado o processo de saponificação das gorduras, o qual deu um grande avanço na fabricação de sabão. A Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, em 1799 comprou o palácio Malmaison, onde realizava tratamentos de beleza. Josefina já na altura cuidava do seu corpo, preocupando- se em seguir regimes para emagrecer e banhando-se em leite de vaca para hidratar e cuidar da pele. 11 pesquisas, a indústria de perfumes passou de 500 a mais de 1000 fragrâncias sintetizadas. No final do século XIX, estava consolidada no mercado internacional a cosmética como um dos maiores e mais lucrativos negócios. Nascia, assim, a poderosa indústria de cosméticos que conhecemos até hoje, também muito influenciada pelos novos hábitos higiénicos, pela publicidade, pelo desenvolvimento dos meios de transporte, entre outros. É também nesta altura, que se tornam famosos os banhos de morangos da elegante Madame Tallien, pois tinha a extravagância de banhar-se em sumo de morangos frescos, extraído das 20 caixas que traziam para ela. Estudos médicos provaram que a maior causa da morte nos doentes, estava relacionada com infecções provocadas por falta de higiene dos médicos, que não lavavam as mãos antes de verem e tratarem os doentes. Passaram, então, a ser obrigados a desinfectar sempre as mãos. Médicos famosos, como o Dr. Caron, tiveram uma grande importância na história da higienização, recomendando o banho como um meio indispensável para a higiene e cuidado do corpo. É adoptando estes hábitos higiénicos, que surge o interesse pelos cuidados do corpo, vindo a aumentar ao longo do século. E são estes conceitos de higiene, tão fundamentais no dia-a-dia de uma esteticista que recorre sempre a: utensílios descartáveis, desinfectantes e equipamentos de esterilização. O primeiro Instituto de Beleza do mundo, surge em Paris, no ano de 1880 fundado por Madame Lucas, oferecendo para além dos serviços cosméticos, uma grande diversidade de técnicas: massagens, cirurgia estética e dietética. Desta forma, podemos constatar que os cuidados pessoais e a preocupação com a aparência, foram modificando ao longo dos tempos, atendendo ao evoluir das civilizações, ao ideal de belo e consequentes modas. 14 Século XX O Século XX pode ser considerado como um período de virada em toda a história, grandes avanços, mudanças, conquistas marcaram e foram alcançados nesta época. Começa assim a luta das mulheres pela sua afirmação numa sociedade que as oprimia, foi assim denominada. Enquanto os homens eram absorvidos pela Primeira Guerra Mundial, lutando nas frentes de batalha, as mulheres conquistavam o seu lugar no mercado do trabalho, mas nunca descuidando da sua feminilidade. Intimamente ligada à Primeira Guerra Mundial está a “morte” do espartilho, pois as mulheres assumiam trabalhos nos campos, nas cidades e nas fábricas que exigiam espartilhos menores, simples e mais confortáveis. Durante os anos de guerra os espartilhos foram sendo gradualmente substituídos por cintas e seguidamente pelo soutien. No entanto é só com a Segunda Guerra Mundial que os espartilhos desaparecem por completo do quotidiano feminino. Nesta época destacam-se mulheres como Helena Rubinstein, com o lançamento do primeiro creme produzido industrialmente, o Valese, e a abertura do primeiro salão de beleza do mundo, e Estée Lauder cuja campanha publicitária de “Glamour Luxuriante” levaria à conquista do título de “Rainha Americana dos Cosméticos”. 15 A célebre frase “A beleza é uma questão de atitude. Não há mulheres feias, apenas mulheres que não se cuidam ou que não acreditam que são atraentes”, proferida inúmeras vezes ao longo dos últimos 55 anos serviu de grande incentivo a muitas mulheres, sendo assim Estée Lauder considerada uma das maiores empresárias do sector da cosmética. . Já depois de ter acabado a Segunda Guerra Mundial, explodiu uma bomba atómica no atol de Bikini, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atómicos. Esta bomba serviu de inspiração ao engenheiro mecânico francês Louis Reard que inventou o biquini, batizando com o nome do Atol de Biquini, no Oceano Pacífico, e tinha como objectivo rebentar com as ideias conservadoras da sociedade, daí o nome “Biquini”, na tentativa de ter o mesmo efeito que a bomba teve no Atol. O lançamento do primeiro Biquini deu-se em Junho de 1946 causando um verdadeiro escândalo, e nenhuma modelo quis participar na sua campanha publicitária á excepção da corajosa stripper Micheline Bernardine, que abraçou este desafio. Já na década dos anos 50, grandes atrizes contribuíram para a divulgação do biquini, nomeadamente a francesa Brigitte Bardot, em 1956 que imortalizou o traje no filme “E Deus criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez Vichy. 16 reivindicativo e uma acentuada definição das feições. Os fabricantes realçam a duração dos seus cosméticos e incitavam as mulheres muito ocupadas a voltarem a aplicar a maquilhagem ao longo do dia. É no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas de cosméticos pigmentados. À beira do novo milénio surgem novas fórmulas baseadas em tecnologias de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para a nossa beleza, como protecção solar, manutenção e controle do envelhecimento da pele. Nos anos 90, a era do benefício visível ganha importância vital, ou seja, a sutileza na aplicação da maquiagem é a característica desta época, pois quando aplicada com arte, pode dar impressão de não estar a ser usada. Os nomes dos cosméticos sugerem conter ingredientes clinicamente testados e indicam um afastamento em relação ao glamour do princípio do século e uma tendência para a estética mais pura. Este Período é também marcado por alguns cosméticos:  O creme Nivea, que foi o primeiro hidratante do mundo, em 1911, resultando de uma pesquisa científica que descobriu um ingrediente activo para unir água e óleo;  O batom Lancôme, lançado em 1937, veio substituir o Rouge Baiser, um batom duro e seco. Brilho, suavidade e várias cores são as principais qualidades deste incrível batom;  O leite de rosas, surgiu em 1929, como uma loção embelezadora para a pele feminina. Até o seu frasco, na época de vidro, lembrava as formas do corpo feminino com “cintura fina”; 19  O sabonete Roger & Gallet, como o primeiro sabonete redondo envolto artesanalmente em papel drapeado;  Chanel 5 criado em 1921, o mundo inteiro apaixona-se por esta fragrância de Mademoiselle Coco Chanel;  E o Talco Granado, criado em 1903, pelo farmacêutico João Bernardo Coxito irmão de Jorge Coxito, o fundador da casa Granado, o polvilho anti-séptico granado, um talco para os pés, sendo a sua fórmula imbatível até aos dias de hoje. Conclusão A Estética surge na Grécia antiga como disciplina da filosofia que estuda as formas de manifestação da beleza natural ou artística. Platão, filósofo grego, afirma que o belo é uma manifestação do bem, da perfeição e do que é verdadeiro. Posteriormente, Aristóteles faz já uma distinção entre o bem e o belo. Defende que o belo é uma criação humana e é o resultado de um perfeito equilíbrio entre vários elementos. A Estética teve desde sempre um papel muito importante ligado à beleza, bem estar, sedução, arte... Desde o dia em que Eva colheu uma folha para enfeitar a sua nudez, percebeu que a natureza lhe fornecia elementos para a beleza e sedução. É uma ciência que foi evoluindo ao longo das épocas e por isso hoje temos um vasto conhecimento na área da estética com tratamentos, cremes aparelhos e etc... 20 Concluindo estética é sim fundamental para o nosso dia-dia,e nossa vida em um todo. Bibliografia  Dermatologia – Guanabara Koogam, Rio de Janeiro 1996 6° edição, Petri  História da Estética – Estampa, 1995 , Raynond Bayer  A História da Arte – LTC ,1999, Ernst H. Gombrinch  Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres – 2005, Sextante, Augusto Cury  Wikipédia 21
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