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Guias e Dicas
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Apostila de Adm. Financeira, Notas de estudo de Administração Empresarial

Apostila de Adm. Financeira

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/05/2010

rodolfo-rodriguez-7
rodolfo-rodriguez-7 🇧🇷

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Baixe Apostila de Adm. Financeira e outras Notas de estudo em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA CUIABÁ, OUTUBRO/99 INDICE 1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................3 2 - CONCEITO DE CUSTOS..............................................................................................4 3 - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS....................................................................................5 4 - CENTROS DE CUSTOS..................................................................................................6 5 - MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.................................................................................10 6 - REGISTRO DIÁRIO......................................................................................................11 7 - APURAÇÃO DE RESULTADO....................................................................................15 8 - APURAÇÃO DE RESULTADOS..................................................................................17 9 - CONTAS A PAGAR......................................................................................................19 10 - CONTAS A RECEBER................................................................................................21 11 - FLUXO DE CAIXA......................................................................................................23 12 - ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS/ESTOQUES.....................................................25 12.1 - COMPRAS........................................................................................................................25 12.2 - FORMA DE CONTATO.................................................................................................25 12.3 - TIPOS DE RISCO............................................................................................................27 12.4 - FORMA DE COMPRA...................................................................................................27 12.5 - SELEÇÃO DE FORNECEDORES...............................................................................28 13 - CONTROLE DE ESTOQUES.....................................................................................30 14 - ESTRUTURA PATRIMONIAL...................................................................................35 15 - MODELO SIMPLIFICADO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL............................35 16 - CAPITAL DE GIRO....................................................................................................37 17 - CALCULO DO CAPITAL DE GIRO NA EMPRESA................................................41 18 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA.....................................................................42 19 - FATORES QUE INTERFEREM NA FORMAÇÃO DE PREÇOS..........................42 20 - OS OBJETIVOS DA EMPRESA...............................................................................43 21 - COMPETITIVIDADE DE CUSTOS..........................................................................44 22 - CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA..........................................................................49 2 c) O valor dos serviços prestados por outras empresas, como sejam empresas de transporte, empresas fornecedoras de força e luz, empresa de seguros, banco, etc. 3 - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS De acordo com sua natureza. Os custos classificam-se em Custos Fixos e Custos Variáveis. Existem outras classificações, como por exemplo: Custos Direto, Custos Indiretos, Semi – Variáveis, etc., porém para facilitar o entendimento, analisaremos basicamente os custos sob estes dois aspectos: Fixos e Variável. Custos Fixos São os valores consumidos ou aplicados: a) Independentemente do fato da empresa estar produzindo ou parada. Exemplo: Aluguel pago para a utilização de um ponto comercial; b) Independentemente da empresa estar produzindo maior ou menor quantidade de bens ou serviços. Exemplo: Salários do pessoal administrativo e honorário pagos ao escritório de contabilidade Custos Variáveis São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento dependentes da quantidade produzida pela empresa. Exemplo: Matérias-primas, quanto maior a produção, maior o número de produtos que saem dos nossos estoques. A soma dos custos fixos e variáveis resulta nos custos totais da empresa. Assim por exemplo, quando se vende um produto, o custo do material aplicado será sempre o mesmo por produto vendido. Daí dizer-se que o custo variável é fixo por unidade vendida. Porém, quando dizemos que pagamos R$ 2.000,00 pelo aluguel da empresa (custo fixo), se vendermos 1.000 unidades, o custo fixo por unidade será de R$ 2,00. 5 Se aumentarmos as vendas para 1.250 unidades, o custo fixo por unidade será de R$ 1,60. Daí dizer-se que o custo fixo é variável por unidade vendida. 4 - CENTROS DE CUSTOS Denomina-se “Centros de Custos”, as diversas seções de uma empresa delimitadas segundo o aspecto de localização de todos os custos aí verificados. Os centros de custos classificam-se em produtivos e administrativos e, eventualmente, em auxiliares. Centros de Custos Produtivos São aqueles setores da empresa onde se processa a fabricação dos produtos. Exemplo: corte, costura e acabamento na indústria de confecção. Em empresas de médio e grande porte costuma-se subdividir ainda mais algumas seções produtivos de modo a separar em vários centro de custos as máquinas ou atividades que devam ter diferentes custos hora/máquina ou hora/ homem, ainda que executando operações idênticas. Centros de custos Administrativos São os setores que executam atividades de caráter gerencial ou administrativo da empresa. Exemplos: Administração Geral, Administração do Material, Expedição, Vendas, Filiais, etc. Em empresas comerciais os custos são analisados sob dois aspectos (fixos e variáveis). Encargos sociais Um dos custos mais significativos da empresa são os encargos sociais. Para melhor analisá-los poderemos dividi-los em grupos_ Contribuições obrigatórias 6 São os recolhimentos feitos pelo empregador para os cofres de instituições públicas, de acordo com taxas preestabelecidas_ - Previdência social (Previdência Social, SESI, SENAI, INCRA, SEBRAE, Seguro de acidente no trabalho, salário maternidade, salário educação, etc.) ------- 27,80% - Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) ---------------------------------- 8,00% Total --------------------------------------------------------------------------------------------35,80% Encargos Anuais Neste grupo encontramos todos os proventos que são pagos aos empregados somente uma vez por ano. O montante anual deve ser distribuído pelos 12 meses. Temos então: - Férias ----------------------------------------------------------------------- 14,09% - 13º Salário ----------------------------------------------------------------- 11,31% Total ---------------------------------------------------------------------------- 25,40% Despesas eventuais Incluem-se neste grupo vários custos adicionais da mão-de-obra, todos eles dependendo de fatores mais ou menos aleatórios. Exemplos_ Indenização, aviso prévio, salário enfermidade, ausências remuneradas (alistamento militar, eleitoral, gravidez, etc.) e outros. O montante dessas despesas eventuais deverá ser calculado percentualmente, tomando-se por base as incidências ocorridas anteriormente. Neste trabalho vamos considerar as despesas eventuais como sendo igual a 3,80%. ENCARGOS SOCIAIS % - Contribuições obrigatórias 35,80% - Encargos anuais 25,40% - Despesa eventuais 3,80% - Total dos Encargos Sociais 65% 7 P E =____C F___ , onde Pvu – Cvu P E = Ponto de equilíbrio expresso em quantidade de produtos C F = Custos fixos P V = Preço de venda de cada unidade do produto C V = Custo variável por unidade de produto Substituindo-se os dados do nosso exemplo anterior na fórmula acima, temos que: P E = ___20.000,00___ = _20.000,00_ = 500 unidades 100,00 – 60,00 40,00 Verifica-se, portanto, que para chegar ao nível de atividade onde não há lucro nem prejuízo, a empresa necessita vender e fabricar 500 unidades do produto, pois: Receita originada pela venda de 500 unidades = 500 X $ 100 = $ 50.000 ( - ) Custo variável para produção de 500 unidades = 500 X $ 60 = $ 30.000 ( - ) Custo fixo $ 20.000 = Receita (lucro ou prejuízo) = $ 0 5 - MARGEM DE DECONTRIBUIÇÃO Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirada o valor do custo variável unitário. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e o lucro. 10 Veja um exemplo. Valores % Valores % Preço de Venda 300,00 100 ( - ) Custos variáveis 166,80 55,60 Matérias-primas 90,00 30 Serviços de terceiros 18,00 6 Impostos incidentes s/ vendas 30,00 10 Comissões sobre vendas 28,80 9,6 ( = ) Margem de contribuição 133,20 44,40 ( - ) Custos fixos 88,20 29,40 ( = ) Resultados 45,00 15 6 - REGISTRO DIÁRIO Este mapa serve para registrar diariamente a movimentação de caixa, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro da Empresa, fornecendo subsídio para; Controlar e analisas a movimentação financeira; Registrar os custos ; Preencher o mapa de apuração de resultados. Registra também, a movimentação de compras e vendas a prazo, bem como informações diárias do CMV ( custo da mercadoria vendida) ou CMA ( custo do material aplicado). Descrição de preenchimento dos principais itens Recebimentos: recebimento de duplicata em carteira ou em cobrança simples nos bancos. Dinheiro do sócio: empréstimos feitos pelos sócios para a empresa ou integralização de capital. Desconto de duplicatas: neste item deve ser lançado o montante correspondente ao total do bordero enviado ao banco. Empréstimo: deve ser lançado o total do empréstimo, sendo que as comissões, juros, etc., deverão ser lançados no item despesas bancárias. Retiradas dos sócios: valor referente a todo e qualquer saques efetuados pelo sócio, referente a gastos pessoais. 11 Juros pagos: pagamento de juros, correção monetária, multas, etc., referentes a duplicatas e juros de recolhimento. Despesas bancárias: taxas , comissões e demais operações junto às instituições financeiras. Saldo anterior: valor das disponibilidades de dinheiro em caixa mais o saldo bancário no término do dia considerado. Saldo atual: valor das disponibilidades de dinheiro em caixa mais o saldo bancário no término do dia considerado. EXERCÍCIO Lançar no registro diário, as operações efetuadas nos dias 28, 29 e 30 do mês de setembro da empresa comercial S.A Ltda., observando os valores acumulados até o dia 27. NO DIA 28 - Saldo anterior (dia 27)............................................................2.000,00 - Material de consumo e expediente............................................300,00 - Retirada dos sócios................................................................2.000,00 - Despesas com viagens............................................................1.000,00 - Água, luz, telefone................................................................. 1.200,00 - Recebimento diversos.............................................................5.000,00 - Vendas à vista........................................................................10.000,00 - Pagamento de duplicata....................................................... ..5.000,00 - Recolhimento do simples....................................................... 1.000,00 - Recolhimento do ICMS...........................................................2.000,00 - Pagamento de empréstimo.......................................................1.000,00 - Juros sobre empréstimo...............................................................100,00 - Vendas a prazo..........................................................................3.000,00 - Compras a prazo........................................................................6.000,00 12 7 - APURAÇÃO DE RESULTADO Serve para acompanhar sistematicamente as receitas, despesas e o resultado operacional da empresa, dentro de um período. O objetivo primordial da apuração de resultados é fornecer informações para uma melhor análise do desempenho da empresa. Ao final de cada período, o mapa de apuração de resultados dará informações sobre: - vendas à vista e a prazo; - custos variáveis; - margem de contribuição; - custos fixos; - resultado operacional; - ponto de equilíbrio. Descrição de preenchimento dos principais itens Vendas Totais: é o total das vendas à vista e a prazo. Custos Variáveis: Margem de Contribuição; Custos Fixos; Resultado Operacional; Ponto de Equilíbrio. Descrição de preenchimento dos principais itens Vendas Totais: é o total das vendas à vista e a prazo no período. Custos Variáveis: é o somatório do CMA ( custo dos materiais aplicados) ou CMV ( custo da mercadoria vendida), impostos e comissões. 15 Margem de contribuição: é a diferença resultante entre as vendas totais e os custos variáveis, destinados a cobrir os custos fixos e resultado operacional. Custos fixos: é a somatória de todos os gastos necessários para manter a estrutura da empresa. Resultado Operacional; valor resultante da diferença entre a margem de contribuição e os custos fixos. Se positivo, indica lucro; se negativo prejuízo. Ponto de Equilíbrio: é o valor que indica o momento em que as vendas deixam de dar prejuízo, mais ainda não começaram a dar lucro. É obtido da seguinte forma; Custos fixos dividido pela margem de contribuição, multiplicado pelas vendas totais. 16 8 - APURAÇÃO DE RESULTADOS Discriminação/ período Mês % mês % mês % 1- Vendas Totais 1.1-Vendas á vista 1.2-vendas a prazo 2- Custos Variáveis 2.1-CMA ou CMV 2.2-ICMS 2.3-Simples 2.4-Comissões 2.5- 3- Mar. Contrib. (1-2) 4- Custos Fixos 4.1-Retirada dos sócios 4.2-Salários 4.3-Encargos Sociais 4.4-Despesas Bancárias 4.5-Juros 4.6-Hono. Contábeis 4.7-Mat. Expediente e cons. 4.8-Aluguel 4.9-Despesas de Viagem 4.10-Agua,Luz,Telefone 4.11-propaganda 4.12-depreciação 4.13-Manutenção 4.14-Desp. C/ Veículos 4.15-Serviços de Terceiros 4.16-Vale transporte 4.17-Seguros 4.18- 4.19- 4.20- 4.21- 5- Lucro Operacional 6- P. Equil. Oper. (4/3)x1 7- P. Equil Finan. 17 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR MÊS: CREDOR data Nº doc Portador vento valor Data pto Juro ou desc Total Total 20 10 - CONTAS A RECEBER O controle de contas a receber possibilita manter o empresário permanentemente informado sobre os seguintes pontos: - Qual montante dos valores a receber; - Quais as contas vencidas e vencer; - Quais são os clientes que pagam em dia; - Como programar suas cobranças; - Dados necessários para a elaboração do fluxo de caixa. Prazo médio de cobrança Inversamente ao indicador anterior, o prazo médio de recebimento revela o tempo médio (meses ou dia) que a empresa despende em receber suas vendas realizadas a prazo. É obtido da seguinte forma: Prazo Médio de Venda: Valores a receber provenientes de vendas a prazo x360/vendas anuais a prazo. Ressalta-se que a empresa deve abreviar, sempre que possível, o prazo de recebimento de suas vendas. Com isso, poderá manter recursos disponíveis para outras aplicações mais rentáveis. 21 CONTROLE DE CONTAS A RECEBER MÊS: DEVEDOR data Nº doc Portador vento Valor Data pto Juro ou desc Total Total 11 - FLUXO DE CAIXA 22 DESCRIÇÃO 01 PERÍODO 02 PERÍODO 03 PERÍODO previsto realiz. previsto realiz previsto realiz. 1- Saldo Inicial 2- recebimento v. à vista 3- recebiment v. a prazo 4- empréstimos 5- outras receita 6- Total de entradas 7- compras à vista 8- salários 9-encargos sociais 10- impostos e taxas 11- pagamento de empréstimo 12-retirada dos sócios 13-despesas administrativas 14-outras despesas 15-Total de saídas 16- Saldo Final (1+6-15) 12 - ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS/ESTOQUES 12.1 - COMPRAS A aquisição de produtos de fornecedores deve ser ditada pela necessidade dos consumidores. Deve-se comprar o que se vende e não vender o que se compra. A ordem destes fatores é profundamente diferente. Determinar os fornecedores dos produtos que se vende é uma das mais importantes tarefas na empresa: como contatá-los, onde encontrá-los, como selecioná-lo, que tipo de risco assumir. 12.2 - FORMA DE CONTATO Entrar em contato com os fornecedores pode ser através das formas a seguir apresentadas. VISITA DO VENDEDOR 25 Normalmente é a forma mais comum de contato, quando o empresário é visitado por um vendedor de determinado fornecedor. Em geral este profissional poderá ser funcionário do próprio fabricante ou ainda um representante de vendas, especializado ou não; FEIRAS São mostras, em geral setorizadas, que reúnem parte dos fabricantes e/ou fornecedores de determinados tipos de produto. Por ser em geral especializadas, as feiras são locais privilegiados de análise mais profunda de determinada categoria de produto, comparação de fornecedores e contatos. As feiras tendem a ser uma das formas mais privilegiadas de contato para a empresa quando são especializados e a característica da indústria produtora de uma determinada categoria de produtos for pulverizada, tornando-se ocasião extremamente interessante de conhecer outros produtores, assim como produtos que tenham diferenciação acentuada ou apresentem importante inovação. Outra vantagem das feiras é que se poderá constatar quais as tendências do setor, coletando importantes informações dos produtores e até mesmo de outros empresários. PRODUTOS ENCONTRADOS EM OUTRAS LOJAS É quando o empresário encontra um produto que desconhecia em outra loja, sendo concorrente direta ou não da sua. Pelos dados encontrados na embalagem, pode então fazer contato com a empresa produtora. Isto especialmente ocorre quando visita-se lojas maiores do segmento e também quando o empresário visita lojas de outras cidades e estados. Visitar outras lojas é sempre importante fonte de informação de novidades em termos de produtos e fornecedores. Muitas vezes o empresário é que toma a iniciativa de buscar novos fornecedores, através da pesquisa de novos produtos, outras vezes isso nasce das demandas do consumidor, seja quando não encontra aquilo que está procurando na loja (que é um sinal forte de necessidade de ter o produto disponível), seja até mesmo quando o consumidor sugere objetivamente ao empresário um determinado tipo de produto. 12.3 - TIPOS DE RISCO 26 Em relação ao risco da compra pode haver duas situações, apresentadas a seguir. EFETIVA COMPRA Aquisição do produto por parte do empresário. É o tipo mais comum de compra, assumindo o risco de comprar determinada quantidade, numa determinada condição e para pagar em determinada data. CONSIGNAÇÃO A consignação é pouco comum. É quando o risco é do fornecedor, que disponibiliza para o empresário uma determinada quantidade de produtos, com margem previamente definida, e cujo acerto é realizado em data acordada. Apesar de aparentemente mais positiva para a empresa, a venda em consignação leva a uma série de fatores negativos. Como o risco do empresário é menor, este tenderá a dar menos prioridade, energia e atenção aos produtos consignados, resultando em venda menor do que se o risco fosse integralmente dele. Por outro lado, como os custos de comercialização são fortemente bancados pelo fornecedor (estoque, capital de giro, etc.), a margem oferecida por produtos em consignação tende a ser bem menor que os produtos tradicionalmente adquiridos pelo empresário. 12.4 - FORMA DE COMPRA Quanto à forma de compra, há duas vertentes possíveis: PELA PRÓPRIA EMPRESA Compra realizada pela própria empresa , através da seleção e aquisição de produtos. É a forma mais comum. CENTRAL DE COMPRAS Forma ainda pouco comum e representativa. Tem, no entanto, crescido nos últimos tempos. Normalmente, a central de compras é formada e utilizada por empresas varejistas do mesmo segmento, como supermercados, farmácias, padarias, etc., e tem como finalidade básica reunir um determinado setor para negociar em conjunto com os fornecedores e, desta forma, levar a dois benefícios essenciais:  aumentar o poder de barganha de pequenos e médias empresas junto aos fornecedores, no sentido de melhorar as condições de preço, pagamento, assistência aos varejistas e regularidade de entrega; e 27 Com o constante avanço dos instrumentos de comunicação, uma série de fornecedores têm implantado soluções que facilitam a comunicação com a empresa. Dependendo do tipo de produto e sua importância para a loja, é muito mais conveniente realizar-se as compras através de telemarketing, evitando a possível desnecessária perda de tempo do contato pessoal com o vendedor. Apesar de muitos empresários privilegiarem a forte diversificação de fornecedores, e constantes mudanças em busca de oportunidades, principalmente relativas a preço, no longo prazo, as mais bem sucedidas são aquelas que selecionam e privilegiam relacionamentos com fornecedores. 13 - CONTROLE DE ESTOQUES Estoques pode ser definido com sendo os materiais, mercadorias ou produtos mantidos fisicamente disponíveis pela empresa, na expectativa de ingressarem no ciclo de produção, de seguir seu curso normal ou serem comercializados. Tipos de estoques: - matérias-primas ; - produtos em processos; - produtos acabados; - materiais de consumo e almoxarifado. Finalidade: controlar a movimentação de materiais, produtos e mercadorias da empresa. Níveis de Estoque: Estoque mínimo: É a quantidade mínima de mercadorias que a empresa deve manter em estoques para atender as suas necessidades por um determinado período. Valor média das vendas x tempo de cobertura/30dias Venda média mensal= soma das vendas no período/ nº de meses Meses unidades vendidas 30 1 120 2 100 3 130 4 130 total 480/4 = 120 unidades Tempo de Cobertura É o período entre o momento em que o empresário verifica a necessidade de fazer o pedido ao fornecedor e o momento em que repõe a mercadoria em estoque. Calculo do tempo de cobertura; a) prazo de informação 01 dia b) Prazo de entrega do pedido 01 dia c) prazo de entrega das mercadorias 07 dias d) prazo de segurança 03 dias Tempo de cobertura 12 dias Estoque Mínimo = 120x10/30=40 unidades Estoque Máximo Quantidade máxima de itens a serem estocados. Se por um lado o estoque abaixo do mínimo pode prejudicar a produção/vendas, por outro lado o estoque acima do máximo espanta muito capital de giro. Rotação dos Estoques Rotação é giro do estoque em um determinado período de tempo. A apreciação dos índices de rotatividade de um estoque, no final de um determinado intervalo de tempo, fornece elementos de avaliação do comportamento do estoque. Sua comparação com índices de anos anteriores ou mesmo índices congêneres, poderá fornecer subsídios valiosos para o controle do item em questão. A duração do estoque ou mesmo permanência da mercadoria deve ser analisada conjuntamente com a margem de lucro. Uma margem reduzida de lucro exige um giro rápido de mercadorias. 31 Para que haja um lucro efetivo, decorrente de longos períodos de estocagem, o aumento dos preços de venda deve cobrir os custos da própria estocagem e, ainda o custo do dinheiro tomado para a aquisição das mercadorias, se for o caso. Os estoques costuma manter uma participação significativa no total dos ativos da maior parte das empresas industriais e comerciais. Na realidade, por demandarem altos volumes de recursos aplicados em itens de baixa liquidez, devem as empresas promover uma rápida rotação em seus estoques como forma de elevar a sua rentabilidade e contribuir para a manutenção de sua liquidez, no entanto, este objetivo requer atenções mais amplas, principalmente ao se procurar evitar que se estabeleçam volumes insuficientes para o atendimento das vendas. Não se deve nunca desprezar as necessidades de manter volumes adicionais em estoques (estoques de segurança) como forma de atender a certos imprevistos, geralmente não controláveis na curva da demanda e atividades produtivas. EXERCÍCIO 32 14 - ESTRUTURA PATRIMONIAL A melhor forma de se avaliar um negócio é acompanhar o seu desempenho através da evolução de seu patrimônio. Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa. Exemplo.: Dinheiro Contas a receber Mercadorias Móveis e utensílios Imóveis e terrenos Se a empresa tiver compromissos, ou seja, obrigações a pagar, o cálculo do patrimônio deverá considerar também este item, ou seja: Bens da empresa+ direitos-obrigações= patrimônio Líquido. Ativo= bens e direitos Passivo= obrigações + patrimônio Líquido. 15 - MODELO SIMPLIFICADO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL Ativo R$ % Passivo R$ % Circulante 55.000,00 53,4 Circulante 46.000,00 44,66 Disponíveis 5.000,00 4,85 fornecedores 20.000,00 19,42 Contas a receber 10.000,00 9,71 empréstimos 15.000,00 14,56 Estoques 40.000,00 38,83 Impostos 5.000,00 4,85 Outras obrigações 6.000,00 5,83 Permanente 48.000,00 46,6 Pat. Líquido 57.000,00 55,54 Imobilizado 48.000,00 46,60 Máq. Equipamentos 20.000,00 19,42 Instalações 10.000,00 9,71 Veículos 10.000,00 9,71 Móveis e utensilios 8.000,00 7,77 Total Ativo 103.000,00 100 Total do Passivo 103.000,00 100 35 EXECÍCIO Preencher o modelo simplificado da estrutura patrimonial e calcular o patrimônio líquido, com os dados abaixo discriminados: Disponível R$ 4.000,00 Contas a receber R$ 10.000,00 Estoques R$ 24.000,00 Máquina e equipamentos R$ 15.000,00 Instalações R$ 8.000,00 Móveis e utensílios R$ 9.000,00 Veículos R$ 10.000,00 Fornecedores R$ 20.000,00 Empréstimo curto prazo R$ 7.000,00 Outras obrigações R$ 8.000,00 Patrimônio Líquido R$ ? Ativo R$ % Passivo R$ % Circulante Circulante Disponíveis fornecedores Contas a receber empréstimos Estoques Impostos Outras obrig Permanente Pat. Líquido Imobilizado Máq. Equipamentos Instalações Veículos Móveis e utensílios Total Ativo Total do Passivo 36 16 - CAPITAL DE GIRO É o conjunto de valores necessários para a empresa girar seus negócios. CAPITAL DE GIRO: UM DESAFIO PERMANENTE O capital de giro representa, em média, 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa. O capital permanente tem um peso menor sobre o total dos ativos, atingindo entre 40 e 50%. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo. O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor. Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada para resolução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficit de caixa. Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu tempo é consumido "apagando incêndios", onde o foco mais perigoso reside no capital de giro. MEDIDAS PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE CAPITAL DE GIRO As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores: - Redução de vendas - Crescimento da inadimplência - Aumento das despesas financeiras 37 Alongar o perfil do endividamento Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até que a empresa se ajuste financeiramente. Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa. Reduzir custos A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas vendas ou à execução de suas operações. Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível. Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa. Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios, pois a crise de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminados. Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último caso. SOLUÇÃO DEFINITIVA É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital de giro da empresa e sua administração estratégica. Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de 40 outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade. 17 - CALCULO DO CAPITAL DE GIRO NA EMPRESA Especificação dias Valor R$ 1- Necessidades 1.1- Caixa Mínimo 8 1.2- Financiamento da vendas 30 1.3- estoques 60 2- recursos 2.1- Crédito fornecedor 28 2.2- Impostos 06 3- Capital de giro próprio (1-2) Com base nas informações abaixo completar o quadro de estimativa de capital de giro e, verificar a necessidade de capital de giro próprio. Custo total mensal R$ 43.510,00 Valor mensal das vendas a prazo R$ 18.000,00 Valor mensal das compras R$ 25.500,00 Valor mensal das compras a prazo R$ 17.500,00 Valor mensal dos impostos R$ 7.400,00 Valor mensal das vendas totais R$ 44.000,00 Os cálculos para encontrar os valores referentes às necessidades de capital de giro são efetuados da seguinte forma: Caixa mínimo custo total mensal x n.º de dias necessários/30 Financiamento de vendas= custo total mensal % de vendas a prazo x prazo médio concedido/30. 41 Estoques= custo mensal com compras x nº de dias de estocagem/30 Crédito de fornecedores=compras a prazo x prazo médio/30 Impostos= valor mensal dos impostos x prazo médio para pagamento/30 18 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Aspectos Gerais A formação dos preços está ligado às condições de mercado, às exigências governamentais, aos custos, ao nível de atividade e a remuneração do capital investido (lucro). O cálculo do preço de venda deve levar a um valor. - Que traga à empresa a maximização de seu valor de mercado; - Que seja possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado àquele preço determinado; - Que melhor aproveite os níveis de produção, etc. Condições que devem ser observadas na formação de preço de venda: - Forma-se um preço base; critica-se o preço base à luz das características existentes do mercado, com o preço dos concorrentes, volume de vendas, prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos promocionais, etc.; - Testa-se o preço às condições do mercado, levando-se em considerações as relações custo/volume/lucro e demais aspectos econômicos e financeiros da empresa; - Fixa-se o preço mais apropriado com condições diferentes para atender: Volumes diferentes; Prazos diferentes de financiamento de vendas; Descontos para prazo mais curtos; Comissões sobre vendas para cada condições. 19 - FATORES QUE INERFEREM NA FORMAÇÃO DE PREÇOS Na missão de formar preços, devem ser lavados em consideração os seguintes fatores: - a qualidade do produto em relação às necessidades do mercado consumidor; - a existência de produtos substitutos a preços mais competitivos; 42 Os custos devem estar associados os benefícios ou os resultados. Quando não existir vinculação direta ou indireta entre custo e o resultado temos um caso típico de desperdício. Dado este relacionamento Custo/Resultado quatro situações podem ocorrer: a) Os custos são diminuídos e os benefícios mantidos; b) Os custos e os benefícios são diminuídos; c) Os custos e os benefícios são aumentados; d) Os custos são diminuídos e os benefícios aumentados. Em qualquer situação, somente ocorre redução de custos quando a relação custo/benefício aumentar. Todo produto, atividade ou setor tem uma ou mais relação benefício/custo dos produtos, atividades ou setores de maior impacto nos resultados econômicos. Se os esforços trazem custos e os resultados representam os benefícios, o importante é a busca de melhores taxas entre os esforços e os resultados. Assim sendo, a alocação dos recursos nas principais áreas de resultados e oportunidades é o melhor e mais eficaz caminho para a redução de custos. Resumidamente, redução de custos é um esforço ordenado de melhoria das relações benefícios/custo de atividade, setores ou produtos de maior impacto sobre os resultados econômicos feitos, principalmente, através de alocação de recursos. Regras à observar na análise para redução de custos a) Como os custos são decorrência de modificações realizadas nos Produção/Serviços, poucos produtos, atividades ou setores, geram a maioria dos custos de uma empresa. Este fato tem importantes implicações: Podemos obter substancial redução nos custos de uma empresa agindo em poucas (uma ou duas) atividades. Os esforço para reduzir custos num item de pouco valor é praticamente idêntico ao de um item de grande valor. Assim sendo, devemos nos preocupar prioritariamente com as cifras maiores. b) Os custos variam considerávelmente em sua natureza e devem receber tratamentos diferentes. Muitas vezes surge a necessidade de consulta a pessoas experientes para que se possa definir ações para certos itens de custos aparentemente impossíveis de serem reduzidos. 45 c) A eliminação completa de uma atividade muitas vezes constitui a única forma realmente eficaz para cortar os custos. d) Muitos custos têm relação entre si. Por isso, custos podem diminuir num lugar porque são transferência de outro. Este fenômeno – chamado de transferência de custo – anula o esforço de redução de custos. Portanto, devemos analisar todas as atividades em conjunto, atentando para as suas relações. e) O custo deve ser definido como aquilo que o cliente paga para obter e usufruir os plenos benefícios de cada produto ou serviço. O sistema de custo que precisa ser analisado é portanto, toda a atividade econômico necessária para conseguir a plena satisfação das necessidades dos clientes. Conclusão É mais fácil fixar preço num país de inflação do que fazê-lo num de economia estável. O consumidor perde o ponto de referência, deixando de saber o que é caro e o que é barato, e o produtor compensa seu levantamento de custo malfeito com um lucro conseguido no sistema financeiro. Com a inflação baixa, esses subterfúgios vão deixando de funcionar e o que se descobre é que muitas empresas simplesmente não sabem quanto cobrar aquilo que vendem. A fixação do preço de venda é bastante simples, desde que o empresário considere diversas variáveis, tais como: - A matéria-prima; - Os materias secundários; - Os custos fixos; - Os impostos; - As comissões; - A margem de lucro. Todas essas variáveis serão usadas em uma fórmula abaixo descrita: Fórmula Usada na indústria: PV= CMA +C. FIXO/ 100%-( %impostos +%comissões+%lucro) PV = preço de venda CMA= Matéria-prima +materiais segundarias necessários para a elaboração de produto. 46 No caso de uma empresa comercial, considerar o valor de aquisição da mercadoria - crédito do ICMS incluir o frete e o IPI se houver. Impostos = o percentual incidente sobre o preço de venda Comissões= percentual pago aos vendedores sobre o preço de venda C. Fixos = parcela dos custos fixos incidentes no produto Preço de venda para empresas do comércio Para as empresas comerciais, os especialistas recomendam uma formula diferente para o cálculo de preço. Preço de venda= custo da mercadoria vendida/100%-(%impostos+ %comissões+%margem de contribuição) EXERCÍCIO 47
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